Cidade do Vaticano (RV) - “A herança mais bonita que podemos deixar aos outros é a fé”, disse o Papa Francisco na missa matutina desta quinta-feira (04/02), na Casa Santa Marta. 

A primeira leitura do dia fala sobre a morte do Rei Davi. “Toda vida tem um fim. Este é um pensamento que não gostamos muito, mas é a realidade de todos os dias”, sublinhou o Pontífice. “Pensar no último passo é uma luz que ilumina a vida, é uma realidade que devemos ter sempre diante de nós”:

“Numa das Audiências de quarta-feira, entre os doentes estava uma religiosa idosa, mas com um rosto que transmitia paz, um olhar iluminado. Quantos anos a senhora tem, irmã? E com um sorriso ela respondeu: 83, mas estou terminando o meu percurso nesta vida para começar outro percurso com o Senhor, pois tenho câncer no pâncreas. Assim, em paz, aquela mulher viveu intensamente a sua vida consagrada. Não tinha medo da morte: Estou terminando o meu percurso de vida para começar outro. É uma passagem. Estas coisas nos fazem bem.”

Davi reinou sobre Israel durante 40 anos, “porém 40 anos também passam”. Antes de morrer, exorta o filho Salomão para que observe a Lei do Senhor. Ele, em vida, pecou muito, mas aprendeu a pedir perdão e a Igreja o chama de “Santo Rei Davi. Pecador, mas Santo”! Agora, na hora da morte, deixa ao filho “a herança mais bonita e maior que um homem e uma mulher podem deixar aos filhos: deixa a fé”:

O que incluir no testamento

“Quando se faz o testamento, as pessoas dizem: ‘Mas a ele deixo isto, a este deixo aquilo, àquele deixo aquilo outro …’. Sim, tudo bem, mas a mais bela herança, a maior herança que um homem, uma mulher pode deixar aos seus filhos é a fé. E Davi faz memória das promessas de Deus, faz memória da própria fé nessas promessas e as recorda ao filho. Deixar a fé como herança. Quando na cerimônia de Batismo damos aos pais a vela acesa, a luz da fé, estamos dizendo: ‘Mantenha-a, faça-a crescer no seu filho e na sua filha e deixe-a como herança”. Deixar a fé como herança, isso nos ensina Davi, e morre assim, simplesmente como cada homem. Mas sabe bem o que aconselhar ao filho e qual é a melhor herança que lhe deixa: não o reino, mas a fé!”.

Nos fará bem fazer-nos uma pergunta – concluiu o Papa: “Qual é a herança que eu deixo com a minha vida?”:

“Deixo a herança de um homem, uma mulher de fé? Aos meus deixo esta herança? Peçamos ao Senhor duas coisas: de não ter medo deste último passo, como a irmã da Audiência de quarta-feira  - ‘estou concluindo o meu percurso e inicio outro’ – de não ter medo; e a segunda coisa, que todos nós possamos deixar com a nossa vida, como melhor herança, a fé, a fé neste Deus fiel, este Deus que sempre está ao nosso lado, este Deus que é Pai e jamais desilude”. (MJ/BF)

Cidade do Vaticano (RV) - Na manhã desta quinta-feira (04/02) o Papa Francisco visitou alguns dicastérios da Cúria Romana: a Congregação para as Igrejas Orientais e os Pontifícios Conselho “Cor Unum” e para a Promoção da Nova Evangelização. A Rádio Vaticano ouviu o presidente deste último, Dom Rino Fisichella. Eis o que disse: 

Dom Rino Fisichella:- “Somos profundamente gratos ao Papa Francisco por esta visita que mais uma vez manifesta a sua profunda disponibilidade também em relação ao trabalho que estamos realizando. O Papa deu-nos uma grande lição sobre como levar adiante a nova evangelização, sobretudo o tema da conversão pastoral que tem muito a peito, bem como o tema da catequese, um grande desafio que está em nossas mãos, um grande desafio para a Igreja. São temáticas que o Papa abordou em consonância com as competências do nosso dicastério. Obviamente, com grande disponibilidade o Papa respondeu às perguntas que vários colaboradores lhe fizeram.”

RV: Tratou-se de uma visita que assume também um significado muito específico no contexto do Ano jubilar em andamento...

Dom Rino Fisichella:- “Estamos na vigília de uma procissão muito importante em que as relíquias de Pe. Leopoldo e Pe. Pio serão solenemente trasladadas esta sexta-feira para a Basílica de São Pedro. O Papa acenou também a isso, recordando sua profunda devoção, em particular, também por Pe. Leopoldo. Com esses dois santos confessores o Papa quer dar um grande exemplo aos sacerdotes do mundo inteiro, a fim de que redescubram o grande valor que, na vida de fé e, sobretudo, na vida de tantos cristãos, possui o Sacramento da Reconciliação, para que este seja celebrado com um profundo acolhimento e com um sentido de grande misericórdia.” (RL)

Ouça clicando acima

Roma (RV) - As relíquias de São Pio de Pietrelcina e São Leopoldo Mandić foram acolhidas com grande emoção em Roma, nesta quarta-feira (03/02), na Basílica de São Lourenço Fora dos Muros, no Cemitério Verano. 

Os restos mortais de São Pio vieram de San Giovanni Rotondo e os de São Leopoldo, de Pádua, por ocasião do Jubileu da Misericórdia. 

Nesta quinta-feira (04/02), as relíquias dos santos seguem para a Paróquia de San Salvatore in Lauro, no centro de Roma. Na sexta-feira (05/02), as relíquias serão acompanhadas em procissão para a Basílica de São Pedro, onde permanecem até a manhã do dia 11. No sábado (06/02), terá lugar na Praça São Pedro, às 10h a Audiência Jubilar do Papa para os grupos de Oração Padre Pio. Já à tarde, a partir das 14h, as relíquias ficarão expostas para a veneração dos fiéis na Basílica de São Pedro

Sinal de fé

“Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz, e me siga’. Aqui, damos testemunho vivo de São Pio de Pietrelcina e São Leopoldo Mandić que são dois campeões da santidade cristã porque fizeram dessas palavras de Jesus um programa de vida”, disse Vigário-geral para a Diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, na missa celebrada na Basílica São Lourenço Fora dos Muros, nesta quarta-feira, para a chegada dos corpos dos santos. 

Testemunhos

Após a missa, a nossa emissora entrevistou algumas pessoas que participaram da celebração. Uma delas contou que foi ali agradecer ao Pe. Pio porque um de seus irmãos teve leucemia em 1998 e, agora, no próximo dia 23, completará 86 anos. 

Um brasileiro que também estava presente disse que no Brasil as pessoas pedem muito a intercessão de Pe. Pio e seus pedidos são atendidos. “É uma graça ver o seu corpo. Um sinal de santidade”, disse ele.

Uma senhora italiana contou que sua mãe e sua tia eram muito devotas de São Leopoldo Mandić e diziam que ele era um homem modesto e afável. Elas se confessavam com ele. “Estou aqui hoje por elas que já faleceram”, disse.

Um sacerdote, por fim, disse que devemos seguir esses santos porque foram grandes confessores, souberam curar bem as almas e guiá-las nos caminhos do Senhor. (MJ)

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco e Ronaldinho anunciaram juntos um novo jogo beneficente “Futebol pela paz”. “Convido a todos a assistirem ao segundo jogo pela paz que organizaremos no dia 29 de maio em Roma”, disse o Papa. 

O ex-camisa 10 do Barcelona já havia sido convidado pelo Papa para o jogo beneficente em 2014, no Estádio Olímpico de Roma, mas não compareceu. Na ocasião, participaram Diego Maradona, Roberto Baggio, Shevchenko, Valderrama, Del Piero, Zanetti, entre outros.

O encontro com Ronaldinho ocorreu na tarde de quarta-feira (03/02), ao final de um evento na Casina Pio IV, no Vaticano, da Fundação Pontifícia “Scholas Occurrentes”, para dar um estatuto internacional ao organismo criado pelo próprio Papa quando era Arcebispo de Buenos Aires. 

Foram apresentados os programas ’Scholas Arts’, para a formação dos jovens através das artes e da criatividade, com a participação de especialistas de 17 países; ’Scholas sports y social’, para a formação por meio do esporte; e ’Scholas ciudadania’, para a participação ativa dos jovens na vida da comunidade civil. 

Depois da apresentação dos projetos e dos testemunhos de alguns jovens, o Papa destacou o valor da educação para a harmonia da pessoa. “Quando se fala de educação, se deve falar de toda a riqueza da pessoa humana”, disse. Para Francisco, arte, desporto, cultura e música são os veículos pelos quais passa a educação e uma formação contra todo tipo de exclusão: econômica, política, cultural. E anunciou então duas iniciativas: no dia 7 de maio, um encontro de boxe entre um católico e um muçulmano em Las Vegas (EUA), e em 29 de maio o jogo “Futebol pela paz” no estádio Olímpico de Roma.

Cidade do Vaticano (RV) – A equipe do Programa Brasileiro da Rádio Vaticano está pronta para a cobertura especial da Viagem Apostólica do Papa Francisco ao México, entre 12 e 18 de fevereiro.

Na redação, na Cidade do Vaticano, a equipe entra em regime de plantão para transmitir ao vivo os principais eventos do Papa no México. Ao todo, serão 11 transmissões extraordinárias.

Na Cidade do México, nosso enviado especial acompanhará de perto os passos do Papa Francisco que, em sua primeira visita à terra de Nossa Senhora de Guadalupe, chega como peregrino de paz e misericórdia.

Programação (Horário de Brasília)

Sábado, 13 de fevereiro

Cidade do México (CDMX)

14h – Encontro com as Autoridades, Sociedade Civil e Corpo Diplomático

(Áudio – Vídeo – Texto)

15h – Encontro com os Bispos

(Áudio – Vídeo – Texto)

20h45 – Santa Missa na Basílica de Guadalupe

Domingo, 14 de fevereiro

Ecatepec

15h – Santa Missa

(Áudio – Vídeo – Texto)

Cidade do México (CDMX)

21h30 – Visita ao Hospital Pediátrico “F. Gomez”

(Áudio – Vídeo – Texto)

Segunda-feira, 15 de fevereiro

San Cristóbal

14h – Santa Missa com as comunidades indígenas de Chiapas

(Áudio – Vídeo – Texto)

Tuxtla-Gutiérrez

20h – Encontro com as famílias

(Áudio – Vídeo – Texto)

Terça-feira, 16 de fevereiro

13h45 – Morelia

Santa Missa com sacerdotes, religiosos, consagrados e seminaristas

(Áudio – Vídeo – Texto)

20h15 – Morelia

Encontro com os jovens]

(Áudio – Vídeo – Texto)

Quarta-feira, 17 de fevereiro

Ciudad Juárez

15h15 – Visita à Penitenciária Estatal

(Áudio – Vídeo – Texto)

16h45 – Encontro com o mundo do trabalho

(Áudio – Vídeo – Texto)

20h45 – Santa Missa

(Áudio – Vídeo – Texto) 

Liubliana (RV) - O Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin, em visita à Eslovênia, centro-sul da Europa, abraçou esta quinta-feira os refugiados no campo de acolhimento de Dobova: trata-se em sua maioria de famílias sírias e iraquianas e de jovens afegãos e iraquianos.

O purpurado levou a todos a saudação do Papa. Disse ter ficado fortemente impressionado com o que viu e apreciou o trabalho realizado por muitas organizações, entre as quais, a Caritas, em favor dos refugiados.

O purpurado afirmou que é preciso partir da solidariedade para enfrentar o complexo fenômeno das migrações: é necessário trabalhar juntos, unidos, porque sozinho não se faz nada.

O Cardeal Parolin recordou o empenho do Papa em favor dos migrantes e o encorajamento de Francisco aos que os assistem e lhes oferecem seu auxílio. A Igreja não dá aos governos soluções técnicas para tal questão, mas oferece princípios-guia, em primeiro lugar, o da solidariedade, concluiu ele. (RL)

Londres (RV) – O Secretário para as Relações com os Estados, Arcebispo Paul Gallagher, afirmou que a Igreja católica continuará a prestar assistência humanitária às vítimas da guerra na Síria, que entra no sexto ano. A declaração foi feita durante a Conferência “Auxiliar a Síria e a região” promovida pelos países doadores, nesta quinta-feira, na capital inglesa.

O orçamento da ajuda humanitária para 2016 cresceu exponencialmente em relação ao ano passado, quando somente 50% do montante foi arrecadado.  Diante deste quadro dramático – mesmo com a esperança de que se chegue a um acordo político para o fim do conflito –, Dom Gallagher destacou que a ajuda humanitária deve ser prevista também a longo prazo, e acolheu positivamente a decisão de que é preciso promover a educação, o trabalho e o desenvolvimento econômico dos refugiados e dos países que os acolhem.

Necessidades humanitárias

Contudo, advertiu o arcebispo, “enquanto discutimos as necessidades humanitárias da crise, nos cabe recordar que o custo real desta crise humanitária é mensurado pela morte e sofrimento de milhares de seres humanos”.

Neste ponto, Dom Gallagher recordou que desde o início da guerra a Santa Sé tem respondido às necessidades humanitárias na região.

“Ao distribuir as ajudas, as agências e entidades católicas não fazem distinção de religião ou identidade étnica daqueles que requerem assistência, enquanto procuram sempre dar prioridade aos mais vulneráveis e necessitados. Particularmente vulneráveis são as minorias religiosas, incluindo os cristãos, que sofrem desproporcionalmente os efeitos da guerra e da convulsão social na região. Na verdade, a presença e existência dos cristãos está gravemente ameaçada”, recordou o Secretário para as Relações com os Estados.

Assistência humanitária católica

No ano passado, a Igreja católica, com os recursos provenientes de apelos feitos pelas Conferências episcopais, doações privadas de fiéis católicos do mundo inteiro e parcerias com Governos e organizações internacionais, contribuiu com 150 milhões de dólares em assistência humanitária que beneficiou diretamente mais de 4 milhões de pessoas atingidas pela guerra na Síria. (RB)

Cidade do Vaticano (RV) – Foi projetado no Vaticano na tarde desta quinta-feira, 4, na Sala do Palácio São Carlos, “Ressuscitado”,  último filme do Diretor estadunidense  Kevin Reynolds. O filme tem como protagonista o tribuno romano (ndr – magistrado da Roma antiga) Clavio, encarregado de investigar o desaparecimento do sepulcro de um corpo recém crucificado, Jesus. 

Foram três dias cruciais desde que Jesus foi estendido sobre a pedra fria no sepulcro. Sua Mãe, seus discípulos e Maria Madalena, na dor de uma morte, na expectativa de uma promessa. “Ressuscitado” inicia pela cruz e termina com a Ascensão do Senhor num facho de luz. Com liberdade narrativa e respeitando o Evangelho, Kevin Reynolds dirige um enredo investigativo – que lembra, num certo sentido, “A investigação”, de Damiano Damiani – que tem como protagonistas o tribuno Clavio, encarregado por Pilatos de desvelar o mistério do desaparecimento do corpo de Jesus;  Pilatos, que ordena a ele tal missão, sem desconfiar a fissura que a Ressurreição e a missão apostólica provocarão no Império que representa; Caifás e o Sinédrio, tomados pelo pânico e os onze, que depois das dúvidas e os temores, se alegrarão pela Ressurreição e receberão a missão de levar a Boa Nova até os confins da terra. O ator Joseph Fiennes, protagonista do filme, participou da Audiência Geral com o Papa Francisco na última quarta-feira, 3. Eis a sua recordação a respeito:

“O tempo passado no Vaticano foi fantástico e nunca poderíamos pensar que o destino final de nosso filme teria sido Roma, Vaticano. Assim, este foi um momento muito especial, precioso. Do filme não foi dita nenhuma palavra, porque não era o momento de falar do filme; era sim o momento para centenas de pessoas usufruírem da experiência de um verdadeiro, extraordinário cavalheiro, que é o Papa Francisco”.

RV: Por que você aceitou participar da realização do “Ressuscitado”?

“O que me atraiu neste filme é que chegamos a ver a crucifixão, a ressurreição – muitos acontecimentos em um único filme – através dos olhos de um não crente. Existe um elemento na história da investigação que é a versão “fiction” das Escrituras. Temos, portanto, uma espécie de matrimônio – por assim dizer – entre a Escritura e a fiction história”.

RV: Como você interpreta a dimensão espiritual de seu personagem?

“Considerando o aspecto espiritual – que é a pergunta que você fez – naturalmente Clavio faz uma viagem muito interessante. Daquela viagem, eu penso que a redenção é o elemento principal. A ideia de uma segunda possibilidade”.

RV: Você interpretou também Lutero. O que lhe atrai nestes personagens?

“Penso ter uma forte atração, consciente e inconsciente, em relação a determinados personagens – históricos, não de fantasia, como por exemplo, como você falou, Martinho Lutero que levou a Reforma à Igreja, talvez cem anos antes do devido. Estas pessoas exercem em mim um chamado especial, porque eles levantaram a bandeira da integridade humana ou de sua evolução pessoal e porque têm uma fé à qual permanecem fieis. Sabem superar a tempestade, quando às vezes eu não sou capaz de fazê-lo. Gosto de pessoas que têm uma integridade moral que as leva a uma evolução mais elevada. A palavra “fé” está ligada a esta viagem, a este percurso; talvez seja este o elemento pelo qual me sinto atraído”.

RV: “Ressuscitado” chegará às telas em todo o mundo no Ano Jubilar da Misericórdia. Como você contextualizaria o filme na atual situação histórica e política?

“Acredito que estamos atravessando uma época particular hoje, como aconteceu, na realidade, ao longo de toda a história da humanidade. Penso que n]ao temos conceito ou ideia do êxito que esta revelação poderia ter. Se trabalha com uma ideia voltada ao público: eles são os destinatários finais. E tu esperas que filme possa iluminar, estimular e entreter. Gosto de pensar que o sucesso deste filme possa ser encontrado no fato de que aqueles que valorizam as Escrituras e aqueles que não acreditam, possam sentar juntos no mesmo ambiente e apreciar o filme. Não seria maravilhoso se todas as pessoas de cada ambiente da vida e de cada denominação e fé pudessem sentar no mesmo ambiente e usufruir algumas coisas juntos? Penso que este poderia ser o verdadeiro sucesso do filme”. (JE)

Cidade do Vaticano (RV) – Os contágios com o zika vírus preocupam também a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Os membros do Consep, Conselho Episcopal Pastoral, se reuniram em Brasília e incluíram o tema na pauta. Esta quinta-feira (04/02), uma nota será divulgada a respeito.

O Programa Brasileiro contatou o Secretário-Geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner. Em entrevista a Manoel Tavares, o Bispo Auxiliar de Brasília fala do engajamento dos católicos no combate ao vírus e reforça o posicionamento da Igreja contra o aborto, afirmando que não é uma solução ao problema.

Ouça aqui:

E nesta quinta-feira, o Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma mensagem sobre o combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, do vírus zika e da chikungunya.

Confira a seguir a mensagem na íntegra:

MENSAGEM DA CNBB SOBRE O COMBATE AO AEDES AEGYPTI

“Tu me restauraste a saúde e me deixaste viver” (Is 38,16b)

O Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, reunido em Brasília-DF, nos dias 3 e 4 de fevereiro de 2016, conclama toda a Igreja no Brasil a continuar e intensificar a mobilização no combate ao mosquito aedes aegyti, transmissor da dengue, do vírus zika e do chikungunya. Com um grande mutirão, que envolva todos os setores da sociedade, seremos capazes de vencer estas doenças que atingem, sem distinção, toda a população brasileira.

Merece atenção especial o vírus zika por sua provável ligação com a microcefalia, embora isso não tenha sido provado cientificamente. A gravidade da situação levou a Organização Mundial da Saúde a declarar a microcefalia e o vírus zika emergência internacional. O estado de alerta, contudo, não deve nos levar ao pânico, como se estivéssemos diante de uma situação invencível, apesar de sua extrema gravidade. Tampouco justifica defender o aborto para os casos de microcefalia como, lamentavelmente, propõem determinados grupos que se organizam para levar a questão ao Supremo Tribunal Federal num total desrespeito ao dom da vida.

Seja garantida, com urgência, a assistência aos atingidos por estas enfermidades, sobretudo às crianças que nascem com microcefalia e suas famílias. A saúde, dom e direito de todos, deve ser assegurada, em primeiro lugar, pelos gestores públicos. A eles cabe implementar políticas que apontem para um sistema de saúde pública com qualidade e universal. Nesse sentido, a Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano contribui muito ao trazer à tona a vergonhosa realidade do saneamento básico no Brasil. Sem uma eficaz política nacional de saneamento básico, fica comprometido todo esforço de combate ao aedes aegypti.

O compromisso de cada cidadão também é indispensável na tarefa de erradicar este mal que desafia nossas instituições. O princípio de tudo é a educação e a corresponsabilidade. Por isso, exortamos as lideranças de nossas comunidades eclesiais a organizarem ações e a se somarem às iniciativas que visem colocar fim a esta situação. As ações de competência do poder público sejam exigidas e acompanhadas. Nas celebrações, reuniões e encontros, sejam dadas orientações claras e objetivas que ajudem as pessoas a tomarem consciência da gravidade da situação e da melhor forma de combater as doenças e seu transmissor. Com o esforço de todos, a vitória não nos faltará.

Deus, em sua infinita misericórdia, faça a saúde se difundir sobre a terra (cf. Eclo 38,8). Nossa Senhora Aparecida, mãe e padroeira do Brasil, ajude-nos em nosso evangélico compromisso de promoção e defesa da vida.

Brasília, 4 de fevereiro de 2016

Dom Sergio da Rocha

Arcebispo de Brasília-DF

Presidente da CNBB

Dom Murilo S. R. Krieger

Arcebispo de São Salvador da Bahia- BA

Vice-presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner

Bispo Auxiliar de Brasília-DF

Secretário Geral da CNBB

Damasco (RV) - "Estou feliz em participar e de estar junto com vocês nesta importante iniciativa, essencial para o povo sírio". Com estas palavras, Padre Jacques Mourad, religioso sírio mantido refém pelo Estado Islâmico por mais de cinco meses, comunicou a sua adesão ao Dia Mundial de Oração e Jejum pela Paz na Síria e no Iraque, convocado para a Quarta-feira de Cinzas, 10 de fevereiro.

Com esta iniciativa, que tem por título "Carregarás a cruz deles por um dia? Na Quarta-feira de Cinzas reze e jejue pelo Iraque e pela Síria", a Fundação de Direito Pontifício Ajuda à Igreja que Sofre convida todos os cristãos do mundo a unirem-se em oração e a observarem um dia de jejum pela paz nos dois países martirizados pela guerra.

Conversações pela paz em Genebra

"A oração é realmente a fonte de todos os milagres que o bom Deus pode realizar - declarou Padre Mourad à AIS - e é fundamental acreditar na sua força". O religioso sublinha, ademais, a importância de rezar nestes dias pela Síria e pelo bom êxito dos colóquios de paz em Genebra entre a oposição e o regime de Damasco, que serão retomados em 25 de fevereiro.

"Hoje, mais do que nunca, devemos rezar para que o encontro de Genebra tenha um desfecho positivo e para que o Senhor ilumine os participantes e os ajude a buscar realmente uma saída para este massacre e miséria que afligem o inocente povo sírio".

Padre Mourad recorda, outrossim, a necessidade que a população síria tem de sentir a nossa proximidade: "os sírios são as primeiras vítimas desta tragédia". É possível participar da campanha também por meio das redes sociais, usando as hashtag #fastandpray #carrythecross e #AshWednesday. (JE)

Damasco (RV) - Seis projetos para as seis semanas de Quaresma, todos voltados a apoiar os cerca de 250 mil cristãos iraquianos que permaneceram no Iraque. Este é o objetivo da Campanha lançada pela Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) para os 40 dias que precedem a Páscoa, para auxiliar os cristãos iraquianos a viver dignamente e manter viva a sua fé.

A primeira semana será dedicada aos 46 alunos da escola de Aqra, administrada pelas Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena. Não obstante muitas das religiosas tenham sido obrigadas pelo Estado Islâmico a abandonar Mosul e a Planície do Nínive, assim que chegaram ao Curdistão iraquiano, passaram a ajudar os refugiados cristãos, ocupando-se, em particular, da educação e da formação na fé das crianças.

A segunda semana será dedicada às ajudas humanitárias como, por exemplo, às 182 famílias cristãs refugiadas em Kirkuk e mais tarde, na quinta semana, a ajuda às 135 famílias cristãs que vivem no Campo de Refugiados Virgem Maria, em Bagdá, quando receberão, além de alimento, água e remédios, também geradores de energia.

Centro de Estudos Bíblicos em Ankawa

A Ajuda à Igreja que Sofre não negligenciou apoio à pastoral e à assistência espiritual, e nesta Quaresma pede aos seus benfeitores para ajudar o Centro de Estudos Bíblicos de Ankawa (terceira semana). Antes do avanço do EI, o Centro encontrava-se em Mosul, onde nos últimos 15 anos haviam sido formados mais de 450 estudantes.

Agora, os 60 alunos obrigados a fugir para o Curdistão têm necessidade de apoio para prosseguirem seus estudos. Ao mesmo tempo, a AIS prometeu financiar quatro campos de formação cristã para mais de 1,1 mil jovens cristãos e em Irbil frequentarão cursos que serão ministrados por 25 sacerdotes e 65 irmãs  (quarta semana).

Serviços Sanitários para o Vilarejo Padre Werenfried

Por fim, a última semana da Quaresma será dedicada ao Vilarejo Padre Werenfried, nome oriundo do fundador da AIS, formado pelas 150 estruturas pré-fabricadas doadas entre o final de 2014 e início de 2015 pela Fundação de Direito Pontifício, às 175 famílias de refugiados cristãos. Nascida como resposta à emergência humanitária, faltava uma adequada estrutura às habitações. Neste sentido, a AIS deseja nesta Quaresma doar aos habitantes do vilarejo duchas e banheiros, adaptados também à pessoas portadoras de deficiências.

Iniciativas de oração 

Desde junho de 2014 até hoje, a Ajuda à Igreja que Sofre realizou projetos em favor  da população iraquiana num total de mais de 15,1 milhões de euros. Além do apoio econômico, a Fundação de Direito Pontifício demonstra sua proximidade aos cristãos do Iraque por meio de numerosas iniciativas de oração, como o Dia Mundial de Oração e de Jejum pela Paz na Síria e no Iraque, que a AIS lançou para o próximo dia 10 de fevereiro, Quarta-feira de Cinzas.

A iniciativa tem por título "Carregarás a cruz deles por um dia? Na Quarta-feira de Cinzas reze e jejue pelo Iraque e pela Síria". Também é possível participar da campanha nas redes sociais usando as hashtag #fastandpray #carrythecross e #AshWednesday. (JE)

Budapeste (RV) -  A capital húngara será sede do próximo Congresso Eucarístico Internacional, em 2020. O anúncio foi feito no último domingo pelo Papa em uma videomensagem, no encerramento do Congresso Eucarístico em Cebu, Filipinas. O Cardeal Arcebispo de Esztergom-Budapest e Primaz da Hungria, Cardeal Péter Erdö, presente no encontro, contou à Rádio Vaticano como acolheu a notícia: 

"Antes de tudo, já ali, no Statio Orbis, no final da celebração, acompanhamos a mensagem do Santo Padre. Com a delegação húngara gritamos com alegria "Viva o Santo Padre!" e o agradecemos publicamente por esta esplêndida decisão. E, de fato, a delegação húngara que estava presente em Cebu, composta por bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas e fiéis leigos, por meio do legado Pontifício, Cardeal Charles Bo, já agradeceu ao Santo Padre. Para nós, seguramente, a experiência feita nas Ilhas Filipinas mostrou quantas possibilidades existem já na preparação de um Congresso Eucarístico Internacional. Certamente, temos as recordações do Congresso Eucarístico de 1938. Também naquele ano, de fato, pudemos organizar o Congresso Internacional após o Congresso Eucarístico realizado em Manila. Assim, como se fosse uma lei natural: após as Ilhas Filipinas é a vez da Hungria. E também, vimos que existem tantas possibilidades novas, tantas exigências novas, no modo de celebrar o Congresso Eucarístico. Vimos que a Santíssima Eucaristia dá inspiração para estar atentos aos pobres, para o aprofundamento da fraternidade entre os povos, pela sensibilidade em relação aos portadores de deficiência. Vimos também a luz que a Eucaristia gera na vida das famílias. Fizemos a experiência dos muitos frutos de renovação eucarística, entre os quais a motivação da juventude, a maciça participação dos jovens como voluntários na preparação do Congresso, que foi fantástica. Depois, o aprofundamento do diálogo inter-religioso, tão atual na Ásia, mas também em outras partes do mundo, que é de inspiração para a missão. Estamos convencidos, portanto, de que o próximo Congresso Eucarístico poderá tornar-se uma ocasião de autêntica renovação espiritual também para a nossa Igreja na Hungria".

RV: Esta notícia é um presente e um desafio ao mesmo tempo. Certamente, toda a Igreja na Hungria se empenhará com grande alegria e zelo apostólico na preparação espiritual e concreta...

"Certamente. Motivo pelo qual criaremos em breve uma comissão muito grande - com subcomissões com tarefas especiais - e que deverá preparar o Congresso Eucarístico. Devemos programar também o conteúdo teológico e espiritual e devemos encontrar uma frase, uma citação bíblica, que seja o tema central do Congresso. Isto, de fato, ajuda muito também na organização teológica do programa. Devemos trabalhar muito no aspecto artístico, na música sacra. Para a Igreja húngara, por exemplo, representa uma grande ocasião para adotar finalmente o espírito de renovação litúrgica também na música sacra".

RV: Em 1939, ou seja, há 78 anos, Budapeste acolheu, como o senhor mencionou, um Congresso Eucarístico Internacional. Este evento ainda está presente na memória?

"Sim, muito presente. Tanto que celebramos os aniversários de 50 e 70 anos do Congresso Eucarístico. Deixou, portanto, uma recordação inesquecível na população, não somente entre católicos. É verdade que logo depois do Congresso começou a guerra, portanto, era uma data muito significativa, uma última tentativa de pedir aos povos para conservar a paz. A celebração de 1938 tinha, de fato, este aspecto". (JE)

Manila (RV) - Angariar fundos para matar a fome de pelos menos 25 mil crianças desnutridas nas Filipinas. Este é o objetivo marcado para 2016 pela coleta de fundos "Fast2Feed" (Jejuar para nutrir).

A iniciativa é promovida anualmente no primeiro dia da Quaresma pela fundação “Pondo ng Pinoy” (Fundos para os filipinos), entidade caritativa católica fundada pelo Arcebispo emérito de Manila, Cardeal Gaudencio Rosales.

A campanha exorta os fieis a doar o dinheiro economizado com o jejum no próximo dia 10, Quarta-feira de Cinzas, para a compra de alimento. Também este ano, a promoção do projeto é guiada pelo Arcebispo de Manila, Cardeal Luis Antonio Tagle, que numa carta pastoral exorta os fieis a doar o dinheiro para as crianças desnutridas como gesto concreto de caridade no Jubileu da Misericórdia. 

“Bastam 1.200 pesos filipinos, pouco mais de 26 dólares, ou seja, 10 pesos por dia, para transformar em seis meses uma criança faminta e desnutrida numa crianças sadia”, escreve na carta o purpurado que é também o presidente atual da fundação “Pondo ng Pinoy”.

Criada em 2004, a fundação deu aos fieis filipinos a oportunidade de ajudar milhares de crianças carentes. Em 2015, as doações ofereceram alimento durante seis meses a 21 mil crianças desnutridas. Além da comida, o programa fornece também cursos aos pais para que aprendam a dar uma boa alimentação a seus filhos. (MJ)

Cidade do Vaticano – O convidado do programa “O caminho da Misericórdia” desta quinta-feira (04/02) é o Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, que nos fala sobre o Jubileu na Bíblia.  

Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, nesta edição do quadro "Nova Evangelização e Concílio Vaticano II" continuamos com a participação do Arcebispo de Palmas – TO, Dom Pedro Brito Guimarães. 

Na edição passada, Dom Pedro afirmou, entre outras coisas, que o Concílio “entrou de vez na vida da Igreja e trouxe frutos”. De fato o arcebispo de Palmas disse que estamos vivendo o tempo da colheita: plantamos, regamos, cuidamos e agora estamos colhendo os frutos, que é essa Igreja viva, missionária, participativa, comprometida com a causa, empenhada na missão”.

Entrevistado pelo colega Silvonei José, na edição de hoje ele nos diz como se pode viver, em nossos dias, a dimensão do Concílio Vaticano II.

Ao vivermos os 50 anos da conclusão do Concílio, Dom Pedro chama a atenção para o desafio de não acomodar-se, ressaltando que ainda há muito por fazer, sobretudo, retomar a idéia de Igreja como comunidade de comunidades que já foi muito mais vivida, e aponta para a volta a essa concepção como um desafio para o mundo de hoje. Vamos ouvir. (RL)

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