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Sumario del 06/02/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa pede para nos libertarmos da escravidão do consumismo

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Cidade do Vaticano RV- O Papa divulgou sexta-feira (05/02) o seu segundo vídeo dedicado às intenções mensais do Apostolado de Oração (AO), no qual pede a todos os homens e mulheres de boa vontade que cuidem da criação, recebida como dom gratuito que deve ser cultivado e protegido, para as gerações futuras.  

Mudar estilo de economia

“Crentes e não crentes concordamos que a terra é herança comum, cujos frutos devem beneficiar a todos. Contudo, que acontece no mundo em que vivemos?”, questiona Francisco.

“A relação entre a pobreza e a fragilidade do planeta requer outro modo de lidar com a economia e o progresso, concebendo um novo estilo de vida”.
“Precisamos de uma mudança que nos una a todos; libertar-nos da escravidão do consumismo”, continua.

O pedido do Papa

Entremeado com imagens de crianças em uma praia poluída por resíduos, o Papa faz “um pedido especial”:

“Que cuidemos da criação, recebida como um dom que é preciso cultivar e proteger para as gerações futuras. Cuidar da casa comum”, sublinha Francisco.

Nova plataforma

’O Vídeo do Papa’ é uma nova plataforma lançada pela Rede Mundial de Oração do Papa - Apostolado da Oração (AO), da Companhia de Jesus. Por meio desta plataforma, o Papa apresentará mensalmente suas intenções de oração em um vídeo, também disponibilizado na rede social facebook, em www.facebook.com/ovideodopapa.

O Apostolado da Oração estima que no mundo mais de 30 milhões de pessoas façam parte da Rede Mundial de Oração do Papa, nas seguintes línguas: italiano, inglês, espanhol, francês, alemão, chinês, esloveno, árabe, holandês e português. 
www.ovideodopapa.org

(CM)
 

 

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Papa: "Padre Pio é um carinho de Deus Pai"

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Cidade do Vaticano (RV) – Na manhã deste sábado (06/02), os grupos de oração de São Padre Pio, os peregrinos da Arquidiocese de Manfredonia-Vieste-San Giovanni Rotondo, e devotos do santo de Pietrelcina provenientes de todo o mundo se reuniram com o Papa Francisco na Praça São Pedro em um “encontro de oração”.  

Cerca de 80 mil fiéis participaram da audiência. Desde cedo, antes da chegada do Papa, o público foi animado com cantos e orações. Também o Pregador Oficial do Vaticano, o capuchinho Raniero Cantalamessa, fez uma reflexão e entreteve os fiéis com alguns relatos sobre a vida de São Padre Pio e São Leopoldo Mandic. 

Ao ingressar na Praça, sob os aplausos da multidão, o Pontífice deu uma volta com o Papamóvel, abençoando e trocando seu carinho com os fiéis. A fria, mas ensolarada manhã de inverno, foi o cenário ideal para este evento.

Confessar até a exaustão

Em seu discurso aos devotos, definiu “Padre Pio como um servidor da misericórdia, praticando o apostolado da escuta muitas vezes até o esgotamento”. Através do ministério da Confissão, ele se tornou uma carícia viva do Pai, que cura as feridas do pecado e fortalece o coração com a paz. São Pio não se cansou de acolher as pessoas e ouvi-las, de dedicar tempo e forças para difundir o perfume do perdão do Senhor. Podia fazê-lo porque estava sempre ligado à fonte: saciava a sede continuamente em Jesus Crucificado, e assim se tornava um canal de misericórdia. Carregou no coração muitas pessoas e muitos sofrimentos, unindo tudo ao amor de Cristo que se doou até o fim. Viveu o grande mistério da dor oferecido por amor. Assim, a sua pequena gota se tornou um grande rio de misericórdia que irrigou muitos corações áridos e criou oásis de vida em muitas parte do mundo”.

Oração é a força da Igreja

Na sequência, o Papa recordou que São Pio definia estes grupos de oração “viveiros de fé, fontes de amor”; porque não eram apenas centros de encontro para estar bem com os amigos e se consolar um pouco, mas verdadeiras fontes de amor divino. A oração, dizia ele “é uma força que move o mundo, expande o sorriso e a bênção de Deus sobre todo vazio e fraqueza”.

Segundo o Pontífice, “a oração é uma obra de misericórdia espiritual, um dom de fé e amor, uma intercessão necessária como o pão. Numa palavra, significa confiar: confiar a Igreja, as pessoas, as situações ao Pai, para que Ele cuide de tudo”. Para Padre Pio, “a oração é a melhor arma que temos, uma chave que abre o coração de Deus”.  

Misericórdia corporal

No final de seu discurso, o Papa quis recordar a obra de “misericórdia corporal” criada pelo Santo de Pietrelcina: a Casa Alívio do Sofrimento, inaugurada sessenta anos atrás, que ele queria que fosse um “templo de ciência e oração”, pois “os seres humanos precisam sempre de algo que vai além de uma cura tecnicamente correta. Precisam de humanidade. Precisam da atenção do coração”.

Antes de se despedir, Francisco convidou os fiéis a rezarem junto com ele o Pai Nosso e a Ave Maria. 

Exposição das relíquias

As relíquias dos dois santos se encontram no altar maior da Basílica do Vaticano e estarão expostas para a veneração dos fiéis até o dia 11. 
Padre Pio morreu em 1968 e foi canonizado por João Paulo II em 2002.

(CM/MJ)

 

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Igreja na América Latina



Bispos cubanos: encontro Francisco-Kirill é 'primeiro passo'

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Havana (RV) – A Conferência Episcopal Cubana afirmou sexta-feira (05/02) que o encontro entre o Papa e o Patriarca russo Kirill, no dia 12, em Havana, terá “transcendência histórica” e é parte dos esforços de Francisco em promover uma “cultura do encontro, do diálogo e da reconciliação”.

Diálogo inter-confissional

“Além da transcendência histórica, depois de séculos de afastamento, será um encontro de grande significado do ponto de vista do diálogo entre as confissões”, declarou o porta-voz da Conferência, José Félix Pérez.

O porta-voz recordou que já no início do Pontificado, Francisco mostrou disposição em encontrar-se “em qualquer lugar” com o Patriarca Kirill, líder da Igreja Ortodoxa Russa, reunião que finalmente terá lugar na próxima semana em Cuba, país que o Papa já visitou em setembro passado.

Encontros em Cuba

Embora não esteja confirmado, Pérez não descartou que o Patriarca mantenha também encontros com membros da hierarquia católica da ilha, durante os quatro dias que permanecerá em Cuba, primeira escala de uma turnê em que irá também ao Brasil. 

Para Pérez, o encontro dos líderes das Igrejas Católica e Ortodoxa, separadas por um cisma em 1054, pode ser o primeiro passo para incentivar o diálogo e uma maior aproximação entre as confissões.

Neste sentido, recordou que Francisco viajará no próximo outubro à Suécia, para participar de uma cerimônia conjunta entre a Igreja Católica e a Federação Luterana Mundial, para comemorar os 500 anos da Reforma.  

(CM)

 

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Igreja no Mundo



Bispos europeus satisfeitos por encontro Francisco-Kirill

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São Galo (RV) – Ao receber a confirmação do encontro entre o Papa Francisco e o Patriarca Kirill de Moscou e todas as Rússias, o Cardeal Péter Erdo, Presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa, CCEE, quis manifestar a sua alegria pelo evento histórico e enviou uma carta ao Patriarca Kirill.

O incentivo das Igrejas da Europa

O cardeal húngaro afirma ter recebido a notícia com grande alegria, e que este encontro vai coroar de modo feliz décadas de diálogo entre a Santa Sé e o Patriarcado da Igreja Ortodoxa Russa. Isto, segundo o Cardeal Erdo, é ainda um incentivo para a CCEE investir neste diálogo.

“Com o Metropolita Hilarion de Volokolamsk, Presidente do Departamento de Relações Eclesiásticas Exteriores do Patriarcado de Moscou, trabalhamos muito para criar e realizar o Fórum Europeu Católico Ortodoxo, uma instância que visa promover uma maior colaboração pastoral entre a Igreja Católica e as Igrejas Ortodoxas na Europa, e cuja 5ª edição está sendo preparada”.

“A Igreja na Europa aprecia este evento como mais um passo no sentido da unidade e do testemunho comum dos cristãos. Invoco a bênção do Senhor sobre este encontro e seu sucesso, e asseguro as minhas orações por este importante passo rumo à unidade da Igreja e, em especial, pela Igreja Ortodoxa Russa”.

“Santidade, em nome do Conselho das Conferências Episcopais da Europa, garanto a oração da Igreja Católica na Europa e acompanharemos com imenso interesse e alegria Seu encontro com o Papa Francisco”. 

(CM)

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Arcebispo de Santiago: misericórdia seja estilo de vida cristã

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Santiago de Compostela (RV) - “O estilo de vida do cristão deve ser definido pela misericórdia” porque “os cristãos devem ser pessoas de misericórdia”: é o que escreve o arcebispo de Santiago de Compostela, na Espanha, Dum Julián Barrio Barrio, em sua mensagem para a Quaresma, intitulada “Misericórdia, meu Deus, pela vossa bondade”, inspirada no Salmo 50.

Em vista deste “tempo forte”, que terá início na Quarta-feira de Cinzas (10/02), o prelado exorta as paróquias e as comunidades a “refletir sobre as parábolas da misericórdia e a recorrer às orações e aos textos litúrgicos de caráter penitencial”.

Interessar-se por Deus, que sempre responde a nossas aspirações mais profundas

“Deus nos interessa verdadeiramente?”, pergunta Dom Barrio Barrio aos fiéis, dizendo sentir-se “entristecido” pelo fato de “por vezes não nos interessarmos pelo Senhor e vivermos nos ocupando somente das nossas coisas, transformando-as em ídolos que não dão respostas às nossas aspirações mais profundas”.

Daí, o convite do arcebispo de Santiago a “não deixar Deus esperando, mas a nos voltarmos para Ele, sem aguardar outra ocasião”.

Praticar a partilha e a caridade

Concluindo sua mensagem, o prelado encoraja os fiéis a viverem “uns para os outros, em família, na paróquia, na sociedade”, praticando um estilo de vida simples, baseado na partilha e na caridade.

“Diante da atual deterioração do ser humano da qual somos vítimas, a fé torna a vida mais humana e diga de ser vivida”, ressalta por fim o arcebispo espanhol. (RL)

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Formação



Reflexão dominical: a vocação dos primeiros discípulos

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Cidade do Vaticano (RV) Vemos na primeira leitura a disponibilidade de Isaías. Javé não lhe faz o convite diretamente, mas pergunta a Si mesmo quem enviar? Isaías não se faz de rogado e imediatamente se apresenta e se oferece. Já bem antes, diante da magnífica visão de Deus, Isaías já havia se reconhecido pecador e indigno da visão. Agora, já purificado, sentiu-se fortalecido para colaborar com Deus.

 

No Evangelho Simão Pedro e seus companheiros fazem uma pesca infrutífera. Jesus aparece, quando eles já se preparam para voltar para suas casas e sobe na barca de Simão, dando-lhe ordem para se afastar da praia. Pedro obedece e Jesus se acomoda em sua barca. Dela ensinava às multidões.

Quando terminou, o Senhor mandou que ele avançasse para águas mais profundas e jogasse as redes para a pesca. Simão contesta dizendo que labutaram toda a noite e nada conseguiram, mas em atenção à palavra d’Ele, iria lançar as redes. Evidentemente a pesca foi abundante e a reação de Pedro foi semelhante à de Isaías, sentindo-se pecador, indigno diante de tal maravilha. Ele se joga aos pés de Jesus e diz: “Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador!”

Do mesmo modo como aconteceu com o profeta, acontece com Pedro. Jesus lhe dá a missão: ser pescador de homens. Então deixaram tudo e seguiram o Senhor. Sem renunciar ao que se possui não é possível servir ao Senhor e a seus irmãos. É preciso esvaziar-se, deixar-se tomar por Deus. Somente assim o cristão poderá penetrar águas mais profundas e tirar das garras da morte aqueles que o mal aprisiona como escravo do dinheiro, do poder, do prazer, transformando seu próprio umbigo no centro do mundo.

Certamente também o Senhor me vocaciona, chamando-me a ser seu apóstolo onde estou. Ele quer depender de meu sim, para que possa agir no coração e na mente das pessoas. Tenho consciência de que preciso me esvaziar para que a graça de Deus possa agir em mim, constituindo-me seu servidor?

Tendo a graça de renunciar a si mesmo, o cristão poderá como São Paulo, na segunda leitura de hoje, dizer: “É pela graça de Deus que sou o que sou. Sua graça para comigo não foi estéril.” (Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para o V Domingo do Tempo Comum)

 

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Atualidades



Editorial: O consagrado deve estar disposto a sujar as mãos

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Cidade do Vaticano (RV) – O encerramento do Ano da Vida Consagrada marcou a semana aqui no Vaticano. Foram 14 meses de iniciativas, encontros, cartas e congressos organizados em Roma e mundo afora. 

O evento conclusivo reuniu mais de 5 mil homens e mulheres de todos os continentes, representando a Ordem das Virgens, a clausura, os institutos religiosos de vida apostólica e de vida monástica e conventual, as sociedades de vida apostólica, os institutos de vida seculares e os novos institutos e “novas formas”. Todos aqui para expressarem os diferentes carismas que o Espírito suscita na Igreja, mas – sobretudo – a unidade desses mesmos carismas.

A Congregação que no Vaticano se ocupa da vida consagrada é guiada pelo Cardeal brasileiro João Braz de Aviz. Ele e o secretário, Dom José Carballo, realizaram durante este Ano da Vida Consagrada mais de 30 viagens, em todos os continentes, para se reunirem com os religiosos locais e conhecer a realidade concreta em que atuam. Desses encontros, ficaram evidentes problemas e desafios, mas também alegrias e motivos de esperança.

Nas inúmeras entrevistas que concedeu ao Programa Brasileiro, Dom João detalhou algumas das dificuldades que necessitam ser superadas. São elas: como as ordens, congregações e institutos lidam com os bens e o dinheiro, a relação de obediência com o superior, a necessidade da formação permanente dos consagrados, a vida fraterna em comunidade, o relacionamento entre homem e mulher - entre o consagrado e a consagrada - e a crise vocacional. Aliás, no encontro que teve com os consagrados por ocasião do evento conclusivo deste Ano, realizado na segunda-feira passada, Francisco falou justamente destes desafios, sublinhando três aspectos: a profecia, a proximidade e a esperança.

“A profecia é dizer às pessoas que existe um caminho de felicidade, grandeza, uma estrada que nos enche de alegria, que é o caminho de Jesus. “A vida consagrada deve conduzir à proximidade com as pessoas, proximidade física, espiritual, conhecer as pessoas”. E o primeiro próximo de um consagrado é precisamente seu irmão e irmã de comunidade. É na comunidade que se deve evitar “o terrorismo das fofocas”, a intriga cai como uma “bomba”, é fazer “guerra”, advertiu. 

Falando da esperança, o Papa citou a queda das vocações, e questionou: “Por que o ventre da vida consagrada se torna tão estéril?” A solução, afirmou, não é a inseminação artificial, mas a oração. E fez uma menção especial às mulheres, às consagradas: “O que seria da Igreja sem as freiras?”. De fato, as consagradas na Igreja são proporcionalmente 10 vezes mais que os consagrados.

Mas o que fica então deste Ano dedicado à Vida Consagrada? Fica a consciência clara dos obstáculos a serem superados. O seu reconhecimento já é um caminho para solucioná-los. Agora é tempo de discernimento. E há pessoas aqui no Vaticano que estão trabalhando para isso.

Mas fica também o agradecimento a esses homens e mulheres de fronteira, a esses combatentes silenciosos que estão sempre na linha de frente nas periferias existenciais e geográficas, que dão a vida pelos outros.

Nós aqui do Programa Brasileiro somos testemunhas deste trabalho, ao dar voz a esses incansáveis missionários.

Francisco aos consagrados recordou sua verdadeira missão: uma missão feita de cotidianidade, de trabalho diário, árduo, “de sujar as mãos”. O que conta, disse ele, é como viver esses dias: com esperança, fazendo memória do primeiro chamado, do amor com o qual foram escolhidos pelo Senhor, e, assim, semear o bem. “Continuar”, disse o Papa. “A espinha dorsal da vida consagrada é a oração. E assim envelhecer, mas envelhecer como o bom vinho!”

(Bianca Fraccalvieri)

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