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Sumario del 07/02/2016

Papa e Santa Sé

Formação

Papa e Santa Sé



Papa: "Confortar quem se sente pecador e indigno"

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Cidade do Vaticano (RV) – “A lógica que orienta a missão de Jesus e a missão da Igreja é ir em busca, “pescar” os homens e as mulheres – sem fazer proselitismo – para restituir a todos a plena dignidade e a liberdade, mediante o perdão dos pecados. O mais essencial do cristianismo é difundir o amor regenerador e gratuito de Deus, com atitude de acolhimento e misericórdia, para que cada um possa encontrar a ternura de Deus e ter a plenitude de vida”. Esta foi a passagem central da reflexão feita pelo Papa na manhã de domingo (07/02), antes da oração mariana do Angelus. 

São Padre Pio e São Leopoldo, confessores

Francisco também lembrou em especial os confessores, os primeiros a oferecer a misericórdia do Pai seguindo o exemplo de Jesus, “como fizeram os dois frades santos, Padre Leopoldo e Padre Pio”, cujas relíquias estão expostas no Altar da Confissão, na Basílica de São Pedro.

A pesca milagrosa de Simão Pedro

Às milhares de pessoas presentes na Praça São Pedro, o Papa mencionou o episódio da Pesca Milagrosa narrado no Evangelho de Lucas: Simão Pedro deixa tudo e decide seguir o Mestre, vendo que depois de sua pregação, as redes se encheram de peixes. Tiago e João fazem o mesmo. Aquele sinal prodigioso os convenceu de que Jesus não tinha apenas uma palavra verdadeira e poderosa, mas que Ele era o Senhor, a manifestação de Deus. Tornaram-se os primeiros discípulos de Jesus.

Inicialmente espantado com a proximidade do Senhor, Pedro sente a sua mesquinhez; sabe que é um pecador. Mas Jesus o tranquiliza:  “Não tenhas medo! De agora em diante serás pescador de homens!”. 

Confiar na palavra

“Do mesmo modo, hoje o Evangelho nos questiona: sabemos confiar realmente na palavra do Senhor? Ou nos deixamos desencorajar por nossos fracassos? Neste Ano Santo da Misericórdia, somos chamados a confortar aqueles que se sentem pecadores e indignos, aqueles que estão desanimados por seus erros, e a dizer-lhes as mesmas palavras de Jesus: “Não tenham medo, a misericórdia do Pai é maior do que os seus pecados, é maior!”.

Após rezar o Angelus com os fiéis, o Papa concedeu a todos a sua bênção.

Mais esforços pela 'amada Síria'

Prosseguindo, Francisco pediu um maior esforço da comunidade internacional em levar ajudas e promover negociações de paz para a 'amada e martirizada Síria':

"Com viva preocupação acompanho o dramático destino dos povos envolvidos nos violentos combates na amada Síria e forçados a abandonar tudo o que têm para fugir do horror da guerra. Espero que, com solidariedade e generosidade, seja oferecida a ajuda necessária para assegurar sua sobrevivência e dignidade. Apelo à comunidade internacional pedindo que não poupe nenhum esforço para levar os contendentes a uma mesa de negociações. Somente a solução política do conflito será capaz de garantir um futuro de reconciliação e de paz para este querido e martirizado país, pelo qual convido todos a rezar muito". 

O Pontífice pediu aos presentes que se unissem a ele e rezassem juntos a 'Ave Maria'.

(CM)

 

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Orações pelo encontro com "Kirill, querido irmão", pede o Papa

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Cidade do Vaticano (RV) – Depois de rezar a oração do Angelus, na sacada do Palácio Apostólico, no Vaticano, o Papa se dirigiu ainda aos presentes lembrando alguns eventos: neste domingo (07/02), celebra-se na Itália o Dia pela Vida, que tem o tema “A misericórdia faz a vida florescer”. Francisco quis manifestar a sua adesão à iniciativa, pedindo aos atores institucionais, educativos e sociais do país um maior empenho em favor da vida humana, desde a concepção até o fim natural:  

“A nossa sociedade precisa ser ajudada a se curar dos atentados à vida, ousando mudanças interiores que se manifestam também em obras de misericórdia. Cumprimento e encorajo os professores universitários de Roma e todas as pessoas comprometidas em testemunhar a cultura da vida”, disse.

Tráfico humano, 'intolerável vergonha'

Já na segunda-feira (08/02), decorre o Dia de oração e reflexão contra o tráfico de pessoas, que propicia a todos uma oportunidade para ajudar os novos ‘escravos’ de hoje a romper as pesadas correntes da exploração e se apropriarem de sua dignidade e liberdade. “Penso em especial em muitas mulheres e homens e tantas crianças! É preciso fazer todo os esforço possível para debelar este crime e esta intolerável vergonha”. 

Ano Novo lunar

E ainda segunda-feira (08/02), no Extremo Oriente e em várias partes do mundo, milhões de homens e mulheres celebram o Ano Novo lunar. E nesta ocasião, o Papa desejou a todos “serenidade e paz em suas famílias, primeiro lugar onde se vivem e se transmitem valores como o amor e a fraternidade, a convivência e a partilha, a atenção e o cuidado com o próximo. Que o novo ano traga frutos de compaixão, misericórdia e solidariedade”, auspiciou, convidando todos a um aplauso. 

Orações pela viagem ao México

O Papa fez também uma saudação a todos os grupos paroquiais e as associações e movimentos que vieram de vários países (“muitos para citar todos”) e uma menção aos sacerdotes do Colégio Mexicano de Roma e cidadãos mexicanos: “Obrigado por sua promessa de acompanhar minha viagem apostólica ao México com suas orações!”. 

Encontro histórico

Por último, Francisco pediu as preces de todos pelo êxito do encontro que terá em Havana, Cuba (em 12/02) com o “seu querido irmão Kirill” (Patriarca da Igreja Ortodoxa russa, ndr).

Desejando a todos um bom almoço e pedindo, como sempre, que os fieis rezem por ele, Francisco deixou a Praça com o já tradicional “Arrivederci!”.

 

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Papa reza por vítimas de terremoto em Taiwan

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa está profundamente entristecido pelo sofrimento causado pelo terremoto que atingiu a ilha de Taiwan, que deixou até o momento pelo menos 26 mortos e 120 dispersos. É o que afirma um telegrama de pesar enviado pela Secretaria de Estado do Vaticano, expressando as condolências na oração às famílias das vítimas e solidariedade aos envolvidos nos socorros e autoridades civis. O Pontífice invoca ainda a ternura e a misericórdia do Senhor; a consolação e a força para todos os que foram afetados com esta tragédia. 

Socorros nos escombros

Enquanto isso, as equipes de resgate se apressam em tentar socorrer os soterrados mais acessíveis entre os escombros do terremoto que sacudiu em Tainan, no sul de Taiwan, diante do temor que a passagem do tempo cobre cada vez mais vidas.

Uma equipe japonesa e dois chineses chegaram à ilha e estão cooperando com os taiuaneses nas operações de salvamento, que resgataram mais de 290 pessoas, várias delas estavam há mais de 30 horas sob os escombros no edifício Weiguan Jinlong, de Tainan.

Bombeiros, policiais, soldados e voluntários vasculharam os escombros, alguns usando as próprias mãos, observados por dezenas de familiares das vítimas. Equipes médicas aguardam por perto.

O presidente Ma Ying-jeou visitará o local do desastre segunda-feira (08/02), primeiro dia do Ano Novo Lunar. Tsai Ing-wen, eleito presidente no mês passado, também visitará Tainan no mesmo dia.

(CM)

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México: 'Náhuatl' será reconhecida como língua litúrgica

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Cidade do México (RV) – O Papa Francisco receberá a Bíblia traduzida em tzeltal e tzotzil, duas línguas indígenas maia, no final da missa dedicada aos indígenas que celebrará em 15 de fevereiro em San Cristobal de Las Casas, no México. A entregar o livro ao Pontífice será um sacerdote jesuíta, Eugenio Maurer, de 88 anos. 

Cerca de 100 mil participarão da missa. No altar, haverá uma representação da pirâmide maia de Palenque, e as leituras serão feitas em várias línguas nativas. Também está prevista uma dança ritual. No final da cerimônia, como antecipado pelo bispo de San Cristobal, Dom Felipe Arizmendi, o Pontífice emitirá um decreto de reconhecimento do ‘náhuatl’, idioma usado por mais de um milhão e 700 mil pessoas, como língua litúrgica. 

Padre Maurer, antropólogo e linguista, liderou o trabalho de tradução da Bíblia em tzeltal, que se encerrou em 2004, depois de mais de 40 anos.

A rica cultura mexicana mistura elementos de diversos períodos da história. Possui cerca de 50 povos indígenas sucessores das sociedades pré-hispânicas, que deram origem a aproximadamente 60 línguas indígenas.

O país tem a maior população de língua espanhola no mundo, com quase um terço de falantes nativos. Além disso, quase 6% da população falam uma língua indígena, das quais o náhuatl é a que conta com o maior número de falantes, e 1,2% não falam espanhol.

(CM)

 

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Formação



Reflexão dominical: a vocação dos primeiros discípulos

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Cidade do Vaticano (RV) Vemos na primeira leitura a disponibilidade de Isaías. Javé não lhe faz o convite diretamente, mas pergunta a Si mesmo quem enviar? Isaías não se faz de rogado e imediatamente se apresenta e se oferece. Já bem antes, diante da magnífica visão de Deus, Isaías já havia se reconhecido pecador e indigno da visão. Agora, já purificado, sentiu-se fortalecido para colaborar com Deus.

 

No Evangelho Simão Pedro e seus companheiros fazem uma pesca infrutífera. Jesus aparece, quando eles já se preparam para voltar para suas casas e sobe na barca de Simão, dando-lhe ordem para se afastar da praia. Pedro obedece e Jesus se acomoda em sua barca. Dela ensinava às multidões.

Quando terminou, o Senhor mandou que ele avançasse para águas mais profundas e jogasse as redes para a pesca. Simão contesta dizendo que labutaram toda a noite e nada conseguiram, mas em atenção à palavra d’Ele, iria lançar as redes. Evidentemente a pesca foi abundante e a reação de Pedro foi semelhante à de Isaías, sentindo-se pecador, indigno diante de tal maravilha. Ele se joga aos pés de Jesus e diz: “Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador!”

Do mesmo modo como aconteceu com o profeta, acontece com Pedro. Jesus lhe dá a missão: ser pescador de homens. Então deixaram tudo e seguiram o Senhor. Sem renunciar ao que se possui não é possível servir ao Senhor e a seus irmãos. É preciso esvaziar-se, deixar-se tomar por Deus. Somente assim o cristão poderá penetrar águas mais profundas e tirar das garras da morte aqueles que o mal aprisiona como escravo do dinheiro, do poder, do prazer, transformando seu próprio umbigo no centro do mundo.

Certamente também o Senhor me vocaciona, chamando-me a ser seu apóstolo onde estou. Ele quer depender de meu sim, para que possa agir no coração e na mente das pessoas. Tenho consciência de que preciso me esvaziar para que a graça de Deus possa agir em mim, constituindo-me seu servidor?

Tendo a graça de renunciar a si mesmo, o cristão poderá como São Paulo, na segunda leitura de hoje, dizer: “É pela graça de Deus que sou o que sou. Sua graça para comigo não foi estéril.” (Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para o V Domingo do Tempo Comum)

 

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