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Sumario del 22/02/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Papa: trabalhando na Cúria ninguém se sinta maltratado

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco presidiu nesta segunda-feira (22/02), festa da Cátedra do Apóstolo Pedro, na Basílica Vaticana, a missa do Jubileu da Cúria Romana, do Governatorato e Instituições ligadas à Santa Sé. 

O Jubileu da Cúria Romana teve início, esta manhã, na Sala Paulo VI, com a celebração da Hora Média da Liturgia das Horas e a meditação do diretor do Centro Aletti, o jesuíta Pe. Marko Ivan Rupnik. Antes da celebração eucarística, houve a procissão dos religiosos e leigos até a Porta Santa, seguida da procissão dos sacerdotes.

Cátedra de São Pedro

“A festa litúrgica da Cátedra de Pedro nos reúne para celebrar o Jubileu da Misericórdia. Passamos pela Porta Santa e chegamos ao túmulo do Apóstolo Pedro para fazer a nossa profissão de fé. Hoje, a palavra de Deus ilumina de modo especial os nossos gestos”, disse o pontífice em sua homilia.

Francisco disse que “o primeiro a ser chamado a renovar a sua profissão de fé é o Sucessor de Pedro, que carrega consigo a responsabilidade de confirmar os irmãos”.


 
Jesus é a pedra fundamental

“Deixemos que a graça plasme novamente o nosso coração para crer, e abra a nossa boca para cumprir a profissão de fé e obter a salvação. Façamos nossas as palavras de Pedro: ‘Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo’. Que o nosso pensamento e o nosso olhar estejam fixos em Jesus Cristo, início e fim de toda ação da Igreja. Ele é o fundamento e ninguém pode colocar um alicerce diferente. Ele é a pedra sobre a qual devemos construir. É o que recorda com palavras expressivas Santo Agostinho quando escreve que a Igreja, não obstante agitada e abalada pelas vicissitudes da história, não cai, porque é fundamentada na pedra que é Cristo, e sobre este fundamento também Pedro foi edificado”. 

Segundo Francisco, esta profissão de fé dá a cada um de nós a tarefa de corresponder ao chamado de Cristo. “Aos pastores é pedido para que tenham como modelo o próprio Deus que cuida do seu rebanho. O Profeta Ezequiel descreveu a maneira de agir de Deus: Ele vai à procura da ovelha perdida, reconduz a ovelha perdida ao pasto, enfaixa a ovelha ferida e cura a que está doente. Um encorajamento que é sinal do amor que não conhece limite. É uma dedicação fiel, constante e incondicionada para que aos mais fracos possa chegar a misericórdia”, disse ainda o pontífice. 

Renovados para a missão

O Papa disse que não devemos nos esquecer que a profecia de Ezequiel vem de uma constatação da falta de pastores em Israel. “Portanto, faz bem também a nós, chamados a ser pastores na Igreja, deixar que o rosto do Deus Bom Pastor nos ilumine, nos purifique, nos transforme e nos restitua plenamente renovados à nossa missão”. 

“Que também em nossos ambientes de trabalho possamos sentir, cultivar e praticar um forte sentido pastoral, sobretudo com as pessoas que encontramos todos os dias. Que ninguém se sinta transcurado ou maltratado, mas cada um possa experimentar, primeiramente, o cuidado atencioso do Bom Pastor”, disse ainda Francisco à Cúria Romana e Instituições ligadas à Santa Sé.

Fidelidade ao ministério

“Somos chamados a ser colaboradores de Deus e a testemunhar com a nossa existência a força da graça que transforma e o poder do Espírito que renova. Deixemos que o Senhor nos liberte de toda tentação que distancia do essencial de nossa missão, e redescubramos a beleza de professar a fé no Senhor Jesus.”
 
“A fidelidade ao ministério se conjuga bem com a misericórdia que queremos fazer experiência. Na Sagrada Escritura, fidelidade e misericórdia são um binômio inseparável. Onde está uma, lá se encontra a outra, e na reciprocidade e complementaridade se vê a presença do Bom Pastor”, concluiu o Papa, afirmando que a fidelidade que o Senhor nos pede “é a de agir segundo o coração de Cristo” e apascentar o rebanho com um coração generoso.  

Na Basílica São Pedro, completamente tomada por funcionários e familiares, estava presente também a nossa colega Jane Nogara, do Rio Grande do Sul, que trabalha no Departamento Internet da Secretaria das Comunicações. Ela conversou conosco, ressaltando os aspectos mais significativos do evento.

Ouça, clicando aqui:  

(MJ/CM)

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Papa, peregrino em meio aos fiéis, volta a atravessar a Porta Santa

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Cidade do Vaticano (RV) - Francisco voltou a atravessar a Porta Santa da Misericórdia nesta segunda-feira, (22/02). O Papa seguiu em romaria com centenas de fiéis que o seguiram em peregrinação silenciosa, a partir da Sala Paulo VI, percorrendo as colunas de Bernini até a Praça São Pedro. Para de lá, então, prosseguir à entrada da Basílica Vaticana onde passaram a Porta Santa da Misericórdia.  Na Festa da Cátedra de São Pedro, o Papa celebrou o Jubileu da Cúria Romana. “Atravessamos a Porta Santa para chegar até ao sepulcro do Apóstolo Pedro e fazer a nossa profissão de fé; e hoje a Palavra de Deus ilumina de modo especial os nossos gestos.” (RB)

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Padre Lombardi deixa a Rádio Vaticano depois de 25 anos

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Cidade do Vaticano (RV) – O jesuíta Federico Lombardi, 73 anos, deixa a direção da Rádio Vaticano no próximo dia 29 de fevereiro. No âmbito das reformas da mídia do Vaticano, o Prefeito da Secretaria das Comunicações, Mons. Dario Edoardo Viganò, nomeou segunda-feira (22/02), o Dr. Giacomo Ghisani como diretor administrativo e jurídico da Rádio.  

Padre Federico Lombardi chegou à “Rádio do Papa” em janeiro de 1991 como Diretor de Programação e em 2005 foi nomeado Diretor Geral. O sacerdote italiano permanece na direção da Sala de Imprensa da Santa Sé. 

A reforma da mídia vaticana começou com a incorporação de Rádio Vaticano; Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Sala de Imprensa da Santa Sé, Serviço Internet Vaticano, Centro Televisivo Vaticano; L’Osservatore Romano; Tipografia Vaticana; Serviço Fotográfico; e Livraria Editora Vaticana, sob a nova Secretaria das Comunicações. 

O Conselho dos 9 Cardeais (C9) constituído pelo Papa para assistí-lo na reforma de toda a Cúria, dispôs que em 2016 se formalize a fusão entre a Rádio e o CTV. Esta união já foi iniciada com a produção e a distribuição de áudio e vídeo das cerimônias papais e outros eventos vaticanos.  

Em relação às atividades das redações linguísticas e do pessoal da Rádio Vaticano, a responsabilidade permanece nas mãos do padre jesuíta polonês Andrzej Majewski.

(CM)

 

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Santo Egídio após apelo do Papa: pena de morte torne-se capítulo do passado

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Cidade do Vaticano (RV) - Um dia após o premente apelo do Papa Francisco em prol de uma moratória universal da pena de morte, os direitos fundamentais à vida e à dignidade da pessoa estiveram no centro do Simpósio promovido pela Comunidade romana de Santo Egídio na Câmara dos Deputados italiana, que teve como tema “Por um mundo sem a pena de morte”.

O apelo do Papa por uma moratória da pena capital durante o Ano Santo do Jubileu extraordinário Misericórdia revigorou o importante debate entre representantes e ministros da Justiça de 30 países, não somente de Estados abolicionistas.

Desde 1786, ano em que o Grão-Ducado da Toscana (Estado que existiu na península Itálica até o Sec. XIX) foi o primeiro Estado a abolir legalmente a pena de morte, foram dados muitos passos rumo a um mundo sem esta chaga.

Na última votação da Onu por uma moratória universal das execuções capitais, 114 países votaram a favor. Durante o Simpósio foi também recordado que depois da Europa, a África está prestes a tornar-se o segundo continente livre da chaga da pena de morte.

Cardeal Marx: justiça esteja sempre unida à misericórdia

O presidente da Conferência Episcopal da Alemanha, Cardeal Reinhard Marx, recordou que a misericórdia para os cristãos tem o rosto de um homem, condenado à morte, que perdoou seus algozes.

Para preservar a humanidade é preciso defender a sociedade da sede de vingança, acrescentou o purpurado. A justiça deve estar unida à misericórdia, afirmou. Matar em nome da justiça deve ser considerado coisa do passado, não da nossa civilização, ponderou o cardeal alemão.

Juiz Huber: a pena de morte avilta o homem

O juiz da Corte Suprema alemã, Peter M. Huber, recordou que a Alemanha nazista “banalizou” a pena de morte, aplicada durante os anos de regime por uma ampla casuística de delitos.

A pena de morte viola a dignidade humana porque não responde a uma exigência de prevenção ou a uma instância de educação, mas somente a um desejo de vingança ou a um presumível valor de dissuasão, explicou o juiz. Nestes casos, porém, o ser humano torna-se um objeto da política estatal. A pena de morte avilta o homem, o reduz a um meio para um fim político.

Ministro sul-africano: hoje prevalece o direito à vida

Alguns ministros da justiça de países marcados por violências e conflitos descreveram a virtuosa parábola que, tendo atravessado páginas de injustiças e de sofrimentos, completou o iter rumo à abolição da pena de morte.

O Ministro da Justiça da África do Sul, Michael Masutha, recordou que a pena de morte foi um instrumento utilizado no período do Apartheid. Em 1996, explicou, a pena capital na África do Sul foi abolida porque considerada incompatível com o direito à vida, firmemente unido ao direito à dignidade. A história ensinou que na África do Sul, como em outros lugares, apena de morte não teve a função de dissuasão, acrescentou.

Ministro cambojano: prisão perpétua para graves delitos

O Ministro da Justiça do Camboja, Ang Vong Vathana, recordou que no país asiático a prisão perpétua é a pena máxima para graves delitos, entre os quais, crimes de guerra e contra a humanidade.

O ministro cambojano recordou também que nos recentes processos a expoentes do regime dos “Khmer Vermelhos” – responsável, entre 1975 a 1979, pela morte de mais de dois milhões e meio de pessoas – não foram emitidas sentenças de condenação à morte. Ang Vong Vathana fez votos de que cada país considere a possibilidade de aplicar a anistia e de abolir a pena capital.

Ministro leonês: abolição da pena capital também de iure

Por fim, registra-se, entre os vários pronunciamentos, o que foi feito pelo Ministro da Justiça de Serra Leoa, Joseph Kamara. O Estado da costa oeste africana, país abolicionista de facto, foi abalado por uma sangrenta guerra civil que durou dez anos, concluída em 2002.

O país prossegue o processo de revisão da Constituição para reforçar a defesa dos direitos humanos e já iniciou o iter para a abolição da pena de morte também em seu código penal. (RL)

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Igreja na América Latina



Cardeal cubano: visita de Obama ajudará desenvolvimento da ilha

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Havana (RV) - O Arcebispo de Havana, Cardeal Jaime Ortega y Alamino, comentou a decisão do Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de visitar Cuba no mês de março. 

O Cardeal Ortega y Alamino, que foi um "mensageiro especial" em mediar a participação do Papa nas negociações entre os Estados Unidos e Cuba, explicou à Agência Reuters que "a visita de Obama não é um evento de valor publicitário, mas algo importante para o país".

"Esta visita a Cuba é muito significativa, tem uma importância concreta porque servirá para o desenvolvimento do país, para o povo", destacou o Arcebispo de Havana. 

Obama anunciou que estará na ilha nos dias 21 e 22 de março. Trata-se do primeiro Presidente dos Estados Unidos no cargo que visitará Cuba desde 1928.

(BF/Fides)

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Aos 82, Pe. Fernando Cardenal morre em Manágua

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Manágua (RV) – A família jesuíta, a família Cardenal, amigos e “filhos de ensinamento” de Pe. Fernando Cardenal Martínez se reuniram domingo (21/02) numa emotiva despedida ao sacerdote, mestre e amigo que dedicou a vida à luta pelo ensino de qualidade e a inclusão para os mais pobres. Cardenal morreu sábado (20/02) em Manágua, aos 82 anos. 

As honras fúnebres começaram à tarde, com uma missa de corpo presente na Sala Magna da Universidade Centro-americana, presidida pelo Cardeal Leopoldo Brenes. O lugar ficou pequeno para acolher a multidão que queria se despedir de Pe. Cardenal e do lado de fora foram colocados telões e cadeiras para que dali se pudesse participar da eucaristia.

A cerimônia foi particularmente emocionante e totalmente musicada com cantos da missa ‘campesina’; composições de  Carlos Mejía Godoy que uniam o folclore nicaraguense e letras que falavam de um Deus dos pobres, de um Cristo trabalhador e da fé e o esforço do povo rural.

Homenagem nos funerais 

No ofertório, no lugar das tradicionais oferendas, desfilou um retrato do Padre Fernando com uma imagem da Cruzada Nacional de Alfabetização. Atrás, crianças e jovens levavam elementos da Fé e Alegria, movimento de educação popular, que o padre dirigiu até sua morte.

Na homilia, o Padre José Alberto Idiáquez, reitor da Universidade Centro-americana, UCA, combinou a leitura de parte do testamento de Cardenal a anedotas sobre seu trabalho pela educação inclusiva e de qualidade para os pobres.

O Padre Fernando Cardenal foi sepultado ao cair da tarde deste domingo no Cemitério Geral da Companhia de Jesus. Os hinos de Fé e Alegria e da Cruzada Nacional de Alfabetização, considerados seus maiores legados ao país, foram entoados por familiares, amigos e crianças que escoltaram o caixão sob lágrimas, aplausos, flores e balões vermelhos.

“¡Hasta siempre, Fernando, gracias!”   

Personalidade de renome no tempo da guerra civil na Nicarágua, como o irmão Ernesto, também sacerdote e poeta, expoente da Teologia da Libertação, Fernando Cardenal foi suspenso ‘a divinis’ por seu envolvimento com o governo sandinista, do qual foi ministro de 1984 a 1990. Já antes, promoveu e coordenou uma campanha de alfabetização para mais de meio milhão de pessoas no país, que lhe valeu um reconhecimento mundial da UNESCO.

Em 1997, após repetir um ano de noviciado entre os mais pobres de El Salvador, aos 63 anos, Cardenal foi readmitido na Companhia de Jesus, da qual havia sido expulso em 1984 por causa de suas ligações com o movimento sandinista, que derrubou do poder o ditador Somoza do governo da Nicarágua.

(CM)

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Igreja no Mundo



Santuários russo-ortodoxos serão abertos a peregrinação católica

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Moscou (RV) - Ainda este ano, os Santuários da Igreja russa-ortodoxa serão abertos à peregrinação dos fiéis católicos. Foi o que anunciou o presidente do Departamento das relações eclesiásticas exteriores do Patriarcado de Moscou, o metropolita Hilarion, numa entrevista concedida à agência de notícias Interfax-religion.

A exemplo do que se registra já de há muito em Bari – sul da Itália –, aonde um notável fluxo de ortodoxos acorre todos os anos em peregrinação para venerar as relíquias de São Nicolau, o arcebispo Hilarion faz votos de uma intensificação do recíproco intercâmbio de peregrinações.

“Devemos aumentar os fluxos, vez que para as pessoas é muito importante encontrar-se e ter acesso aos santuários da outra Igreja”, afirmou o metropolita russo-ortodoxo. (RL)

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Bispos de toda a América reunidos em Tampa, na Flórida

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Tampa/Florida (RV) – Inicia-se segunda-feira (22/02) em Tampa, no estado da Florida (EUA) a 40ª reunião dos bispos católicos da América: um encontro informal que desde 1967 reúne anual ou bianualmente as presidências das Conferências Episcopais dos Estados Unidos, do Canadá e da América Latina e Caribe (Celam).

Cristo, rosto da misericórdia

No encontro, que este ano tem a participação de vinte bispos, serão analisados os progressos e os desafios pastorais do continente. O tema no centro do debate, que prossegue até dia 25, é “Cristo, rosto da Misericórdia à luz da Encíclica do Papa Francisco Laudato si e do Documento de Aparecida de 2007” (texto final da V Conferência geral do Episcopado latino-americano e do Caribe, cujo principal redator foi o então Cardeal Bergoglio).

Migrações, evangelização e família

Conhecidas precedentemente como ‘Reuniões interamericanas de bispos’, estes encontros assumiram a atual denominação em 1999, em vista da publicação da Exortação Apostólica pós-sinodal “Ecclesia in America” de São João Paulo II, para ressaltar a unidade da Igreja do hemisfério ocidental.

O primeiro encontro desta nova série se realizou em Vancouver, no Canadá, durante o Grande Jubileu de 2000 com o tema do cancelamento da dívida dos países mais pobres. Ao longo dos anos seguintes, os episcopados da América discutiram sobre imigração (Clearwater, Flórida - 2001), globalização da economia (Salvador da Bahia, Brasil - 2002), globalização das culturas locais (Quebec City, Canadá - 2003), família (San Antonio, Texas - 2004), meios de comunicação social (Bogotá, Colômbia - 2005), leigos (Toronto, Canadá  - 2006), nova evangelização e secularização da sociedade (Huntington, EUA - 2008), Ano sacerdotal e ajudas humanitárias em Haiti (Montreal, Canadá - 2010), comunhão e a comunicação (Baltimore, EUA – 2011) e, enfim, missão e evangelização (Tampa, EUA – 2014).  

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Iraque: Premiê garante esforços para que cristãos não emigrem

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Bagdá (RV) – O governo iraquiano não discrimina seus cidadãos com base em sua pertença religiosa, considera também os cristãos como um “componente genuíno” da identidade nacional, e fará o possível para impedir que estes emigrem. 

Com essas considerações, o Primeiro-ministro iraquiano, o xiita Haydar al Abadi, tranquilizou uma delegação de bispos estadunidenses de várias Igrejas cristãs – entre eles o Cardeal Theodore Edgar McCarrick, Arcebispo emérito de Washington – que visitou Bagdá quinta-feira, 18 de fevereiro. 

Em 10 de fevereiro passado, durante a sua visita a Roma, o Premiê iraquiano foi recebido em audiência pelo Papa Francisco, e encontrou também o Secretário de Estado vaticano, Card. Pietro Parolin, acompanhado pelo Secretário, Dom Paul Gallagher.

Durante os colóquios, fez-se referência também à vida da Igreja no país e à situação dos cristãos e das minorias étnicas e religiosas que vivem no Iraque, com referência especial à importância de sua presença e à necessidade de tutelar seus direitos. 

(BF/Fides)

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Formação



Audiência geral: oportunidade para recém-casados estarem perto do Papa

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Cidade do Vaticano (RV) – As Audiências gerais concedidas pelo Pontífice são uma oportunidade ímpar para estar perto do Papa e, quem sabe, até ganhar um abraço.

Um setor específico que o Papa costuma dar muita atenção é o dos “recém-casados”. Para ter acesso a este local, é preciso estar vestido a caráter, ou seja, fraque e vestido de noiva.

Os ingressos dedicados aos recém-casados podem ser solicitados com antecedência também a partir do Brasil. Basta acessar o site da Prefeitura da Casa Pontifícia, baixar o módulo específico e seguir as orientações.

A Rádio Vaticano ouviu Renan e Maylla Alves, um jovem casal de Campinas (SP), que realizou o sonho de estar perto e conversar com o Papa Francisco.

“O setor estava tranquilo, os jovens cumprimentavam o Papa e, em seguida, davam espaço ao próximos”, disse Maylla.

“O olhar dele nos transpassou”, revelou Renan. 

Clique para ouvir o especial na entrevista concedida ao colega Jackson Erpen

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Piedade popular: lugar de encontro com Jesus

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o projeto de animação missionária chamado “Missão Continental”, oriundo da Conferência de Aparecida (maio de 2007) tem dado nestes anos um renovado impulso à ação evangelizadora de nossas Igrejas, buscando assim atender ao objetivo proposto pelo episcopado latino americano: colocar toda a Igreja na América Latina e no Caribe em estado permanente de missão. 

Na edição passada do nosso quadro semanal “O Brasil na Missão Continental” nos ativemos a um dos temas de particular importância em Aparecida, “a piedade popular”. Traço característico da religiosidade dos nossos povos, a V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe buscou valorizar, resgatar e incentivar esta forma genuína de expressão da nossa fé.

Na edição precedente, para tratar do assunto destacamos o recente discurso do Papa Francisco aos participantes, em Roma, do Jubileu dos Agentes de Peregrinações e Reitores de Santuários (21/01), ocasião em que sublinhou a importância da peregrinação, “uma das expressões mais eloquentes da fé do povo de Deus e que manifesta a piedade de gerações de pessoas”.

O Papa citou uma curiosidade que vale a pena repropor: o Beato Paulo VI, na “Evangellii nuntiandi”, fala de “religiosidade popular”, mas diz que é melhor dizer “piedade popular”. E depois, disse Francisco, o episcopado latino-americano no Documento de Aparecida dá um passo a mais e fala de “espiritualidade popular”. "Os três conceitos são válidos, mas juntos", observou.

E recorrendo ao Documento de Aparecida, trouxemos o que este nos diz a respeito nos números 37, 258 e 549. Na edição de hoje vamos ver o que nos dizem os números 263, 264 e 265.

263. Não podemos rebaixar a espiritualidade popular ou considerá-la um modo secundário da vida cristã, porque seria esquecer o primado da ação do Espírito e a iniciativa gratuita do amor de Deus. A piedade popular contém e expressa um intenso sentido da transcendência, uma capacidade espontânea de se apoiar em Deus e uma verdadeira experiência de amor teologal. É também uma expressão de sabedoria sobrenatural, porque a sabedoria do amor não depende diretamente da ilustração da mente, mas da ação interna da graça. Por isso, a chamamos de espiritualidade popular. Ou seja, uma espiritualidade cristã que, sendo um encontro pessoal com o Senhor, integra muito o corpóreo, o sensível, o simbólico e as necessidades mais concretas das pessoas. É uma espiritualidade encarnada na cultura dos simples, que nem por isso é menos espiritual, mas que o é de outra maneira.

264. A piedade popular é uma maneira legítima de viver a fé, um modo de se sentir parte da Igreja e uma forma de ser missionários, onde se recolhem as mais profundas vibrações da América Latina. É parte de uma “originalidade histórica cultural” dos pobres deste Continente, e fruto de “uma síntese entre as culturas e a fé cristã”. No ambiente de secularização que vivem nossos povos, continua sendo uma poderosa confissão do Deus vivo que atua na história e um canal de transmissão da fé. O caminhar juntos para os santuários e o participar em outras manifestações da piedade popular, levando também os filhos ou convidando a outras pessoas, é em si mesmo um gesto evangelizador pelo qual o povo cristão evangeliza a si mesmo e cumpre a vocação missionária da Igreja.

265. Nossos povos se identificam particularmente com o Cristo sofredor, olham-no, beijam-no ou tocam seus pés machucados, como se dissessem: Este é “o que me amou e se entregou por mim” (Gl 2,20). Muitos deles golpeados, ignorados despojados, não abaixam os braços. Com sua religiosidade característica se agarram no imenso amor que Deus tem por eles e que lhes recorda permanentemente sua própria dignidade. Também encontram a ternura e o amor de Deus no rosto de Maria. Nela vem refletida a mensagem essencial do Evangelho. Nossa Mãe querida, desde o santuário de Guadalupe, faz sentir a seus filhos menores que eles estão na dobra de seu manto. Agora, desde Aparecida, convida-os a lançar as redes ao mundo, para tirar do anonimato aqueles que estão submersos no esquecimento e aproximá-los da luz da fé. Ela, reunindo os filhos, integra nossos povos ao redor de Jesus Cristo.

Amigo ouvinte, por hoje é só. Semana que vem tem mais, se Deus quiser!

(RL)

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