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Sumario del 27/02/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Luta à pobreza marca encontro entre Papa e Presidente argentino

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu em audiência na manhã de sábado (27/02), no Vaticano, o Presidente da Argentina, Mauricio Macri, acompanhado de sua esposa, Juliana Awada. Tratou-se do primeiro encontro desde que Macri foi eleito, em novembro passado. 

De acordo com uma nota da Sala de Imprensa da Santa Sé, no decorrer dos colóquios, foram tratados tema de interesse mútuo, como a ajuda ao desenvolvimento integral, o respeito dos Direitos Humanos, a luta à pobreza e ao narcotráfico, a justiça, a paz e a reconciliação social.

Neste contexto, reiterou-se a contribuição positiva, sobretudo no âmbito da promoção humana e da formação das novas gerações, oferecida pelo episcopado e pelas instituições católicas na sociedade argentina, particularmente na atual conjuntura.

Após a audiência com o Papa, Mauricio Macri reuniu-se com o Secretário de Estado, Card. Pietro Parolin, e com o Secretário das Relações com os Estados, Dom Paul Richard Gallagher.

Contatos precedentes

A primeira conversa telefônica entre o Papa e Macri, após sua eleição em novembro, foi em 17 de dezembro, dia do aniversário de Bergoglio. No mesmo dia, Macri recebeu na Casa Rosada expoentes da Conferência Episcopal argentina.

Já o primeiro encontro entre os dois foi em 19 de março de 2013, dia em que foi celebrada a missa de início do pontificado de Francisco.

(BF)

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Papa a empresários: rejeitem a desonestidade

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Cidade do Vaticano (RV) – A pessoa está acima do mercado: foi o que recordou Francisco aos empresários que viveram este sábado (27/02), no Vaticano, o seu Jubileu da Misericórdia. 

O Papa recebeu na Sala Paulo VI cerca de sete mil membros da Confederação da Indústria Italiana (Confindustria). A eles, o Pontífice desenvolveu o seu discurso em torno do slogan escolhido pela Confederação: “fazer juntos”.

“Fazer juntos significa investir em projetos que saibam envolver pessoas muitas vezes esquecidas e ignoradas”, disse o Papa, citando de modo especial os jovens, que sofrem com o desemprego, e os idosos, descartados como improdutivos.

Homem no centro da empresa

“No centro de cada empresa, afirmou Francisco, deve estar o homem: não aquele abstrato, ideal, teórico, mas aquele concreto, com os seus sonhos, as suas necessidades, as suas esperanças e as suas fadigas.”

Esta atenção à pessoa concreta, acrescentou, comporta uma série de escolhas importantes, como trabalhar para que o emprego crie mais emprego, tirando mães e pais da angústia de não poder oferecer um futuro aos próprios filhos.

Humanismo do trabalho

Para que o “fazer juntos” não seja somente um slogan, os empresários são chamados a fazer passos corajosos diante de tantas barreiras da injustiça, da solidão e da desconfiança. Citando sua Encíclica Laudato Si, Francisco recordou que os empresários não devem somente produzir riquezas, mas devem ser construtores do bem comum e artífices de um novo “humanismo do trabalho”.

Evitar atalhos

Para isso, o Papa os convida a evitar atalhos, como favoritismos, desvios perigosos da desonestidade e compromissos fáceis. O caminho é a justiça e a lei suprema é a atenção à dignidade do outro, “valor absoluto”. Isso levará a rejeitar categoricamente que a dignidade da pessoa seja espezinhada em nome de exigências produtivas, que escondem miopias individualistas, tristes egoísmos e sede de lucro.

Francisco então concluiu: “Que o bem comum seja a bússola que orienta a atividade produtiva, para que cresça uma economia de todos e para todos. Isso é possível desde que a simples proclamação da liberdade econômica não prevaleça sobre a concreta liberdade do homem e sobre os seus direitos, que o mercado não seja um absoluto, mas honre as exigências da justiça e, em última análise, da dignidade da pessoa. Porque não há liberdade sem justiça e não há justiça sem o respeito da dignidade de cada um”.

(BF)

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Saiba como será o retiro quaresmal de Francisco

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Cidade do Vaticano (RV) – Dez perguntas para se preparar para a Páscoa. Assim serão os exercícios espirituais que o padre Ermes Ronchi, da Ordem dos Servos de Maria, preparou para o Papa Francisco e para os membros da Cúria romana. O retiro será realizado de 6 a 11 de março na Casa Divino Mestre de Ariccia, nas proximidades de Roma. 

O programa dos exercícios prevê para o domingo inicial (06/03), às 18h, a adoração eucarística e as vésperas. Os dias sucessivos se abrirão com as laudes às 7h30, seguidas da primeira meditação às 9h30 e da concelebração eucarística. Na parte da tarde, às 16h, haverá a segunda meditação, que precederá a adoração eucarística e as vésperas. No dia conclusivo, sexta-feira, está programada uma única meditação.

As dez perguntas

A primeira das perguntas evangélicas, que abrirá a reflexão de domingo, é extraída do Evangelho de João: “Jesus vol­tou-se para trás e, vendo que eles o seguiam, perguntou-lhes: “Que procurais?”  (Jo, 1, 38). Esta pergunta servirá de introdução para todo o ciclo de exercícios.

No outros dias, estas serão as meditações: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes­ fé?” (Mc, 4, 40); “Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal perde seu sabor, com que se salgará? (Mt, 5, 13); “E vós, quem dizeis que eu sou?” (Lc, 9, 20); “Voltando-se para a mulher, disse­ a Simão: ‘Estás vendo esta mulher?’”  (Lc, 7, 44); Jesus perguntou aos discípulos: “Quantos pães tendes?”  (Mc, 6, 38; Mt 15, 34);  Ele levantou-se e disse: “Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?” (Jo, 8, 10); “Mulher, por que choras? Quem procuras?”  (Jo, 20, 15); “Simão, filho de João, tu me amas?” (Jo, 21, 16); Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso?» (Lc, 1, 34).

Audiências suspensas

Durante o período de retiro, como de costume, estão suspensos todos os compromissos e audiências do Papa Francisco, inclusive a Audiência Geral de quarta-feira. 

(BF)

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Igreja no Brasil



O Jubileu dos fiéis da região serrana do Rio Grande do Sul

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Caxiar do Sul (RV) – Seis portas santas como oportunidade de renovar a vida: este é o Jubileu dos católicos região serrana do Rio Grande do Sul.

A Diocese de Caxias do Sul preparou inúmeras iniciativas para que os fiéis vivam intensamente este Ano jubilar convocado pelo Papa Francisco.

Para o Bispo da Diocese, Dom Alessandro Ruffinoni, atravessar a porta santa e praticar as obras de misericórdia são uma oportunidade de renovar a vida.

A jornalista Vânia Cassol, da Rádio São Francisco de Caxias do Sul, integrante da RedeSul de Rádio, preparou especialmente para a Rádio Vaticano uma reportagem entrevistando fiéis, religiosas e sacerdotes que viveram a experiência de atravessar uma das portas santas da Diocese.

Confira:

 

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Formação



Reflexão dominical: vocação cristã: servir a Deus e ao seu Povo

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Cidade do Vaticano (RV)A cena de Moisés e da sarça ardente, que temos na primeira leitura, apresenta-nos o coração do grande líder judeu. Moisés possuía grande sensibilidade e senso de justiça. Ele se revoltou com a injustiça praticada em relação a um homem judeu e deixou vir à tona um grande arroubo em favor do oprimido. Ele demonstrou ser possuído por grandes paixões. 

É de homens assim que Deus quer precisar para agir no mundo. Deus deu missão a Moisés, a Sansão, a Davi, a João Batista, a todos aqueles que se deixaram tomar por uma grande paixão em favor do ser humano. Vejamos nossos santos: Vicente de Paulo, Damião de Veuster, Madre Teresa de Calcutá, e tantos outros!

Mas voltemos a Moisés. Deus vê nele o libertador nato para redimir seu povo, subjugado pelos egípcios. Por outro lado Moisés, em suas orações, percebeu que Deus precisava dele. Deixou-se tocar pelo Senhor no momento em que se revoltou quando viu injustiças. Mais tarde, refletindo sobre esses fatos, percebeu que deveria deixar sua vidinha acomodada de pastorear rebanho, de estar com a família e com os amigos  para se colocar  a serviço de Deus, a serviço do povo.

Sabia que Deus estaria sempre com ele e jamais o abandonaria, nem a ele e nem aos seus.

Essa vocação para ser libertador, nasceu junto a uma imperfeição grave. Moisés agiu com violência matando o egípcio que oprimia um seu conterrâneo. Mesmo assim, Deus viu nele qualidades de libertador.

Agora, no Evangelho, Jesus vai corrigir essa ação de Moisés, ao não concordar com a indignação do povo em relação a Pilatos.

Jesus não concorda nem com retribuição sanguinária à atitude de Pilatos e nem em atribuir aos galileus mortos alguma culpa.

Jesus não concorda que cultivemos sentimentos de violência contra as pessoas que nos fizeram mal. Ele convida todos a uma mudança, a uma conversão.

A parábola da figueira estéril nos convoca a uma paciência e a uma esperança divinas, tolerantes com as fraquezas humanas. Tolerante, mas não conivente ou negligente.

Deus nos quer pessoas apaixonadas, vibrantes, dedicadas à missão até à raiz de nossa existência, contudo ele nos quer cidadãos absolutamente convertidos ao bem. (Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para o III Domingo da Quaresma)

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Atualidades



Festa do sacrifício, Eid al Adha, fonte de unidade e paz

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Dubai (RV*) - Amigas e amigos, recebam uma saudação fraterna das Arábias.

Estudando e vivendo no seio de culturas e religiões diferentes, aos poucos, vamos nos convencendo de que nelas existem filões da fraternidade. Uma pena que as divisões surjam a partir de detalhes, de uma visão estreita e parcial. São as interpretações doutrinais com objetivos pessoais ou de grupos que comprometem a unidade na diversidade. 

Uma das festas queridas do Islã é o Eid AL Adha, ou seja, a Festa do Sacrifício. Chama-se assim porque lembra a história de Abraão e seu filho Ismael, segundo os islâmicos, Isaac segundo os cristãos, como verdadeiros exemplos de submissão a Deus.

 Abraão teve uma inspiração em sonho; deveria sacrificar seu amado filho pela causa de Deus.  Mesmo  sendo extremamente dificultoso, Abraão não hesitou em obedecer às ordens do seu Senhor, pois era verdadeiramente submisso ao Conhecedor do oculto e do manifesto.

Então Abraão foi até seu filho e disse-lhe sobre o sonho.  Embora jovem, o filho também, um exemplo de submissão a Deus, respondeu: “Oh meu pai faça o que te foi ordenado.”.

Ambos haviam-se submetido a Deus. Abraão afiou a faca e colocou-a no pescoço de seu amado filho, mas a faca não fazia sequer um arranhão no pescoço dele.  Neste momento, Deus enviou o anjo Gabriel dizendo-lhe para substituir o filho por um cordeiro que deveria ser sacrificado, em nome de Deus.

É nessa narração que teve origem a Festa do Sacrifício, Eid aL Adha, no Islã. Por isso, setenta dias depois do encerramento do Jejum, Ramadan, os seguidores do profeta Maomé invadem os mercados para adquirir cabritos, cordeiros ou até camelos para sacrificá-los, lembrando da submissão de Abraão e seu filho ao único Deus.

Uma vez adquiridos, os animais são levados a lugares adequados onde, sob a supervisão das autoridades sanitárias, são sacrificados.

É condição obrigatória que o animal seja macho, adulto e saudável. A carne que resulta desses sacrifícios é distribuída, um terço para familiares, um terço para vizinhos e um terço para os pobres.

A história pode-nos sugerir a seguir a orientação de Paulo: “Façam todo o esforço para conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz”. (Efésios 4:3)

*Missionário Olmes Milani CS para a Rádio Vaticano.

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