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Sumario del 03/03/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Papa: se o coração estiver fechado, a misericórdia não entra

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Cidade do Vaticano (RV) – Somente se o nosso coração estiver aberto, será possível acolher a misericórdia de Deus. Esta foi a exortação que o Papa Francisco fez na manhã de quinta-feira (03/03), na Missa celebrada na Casa Santa Marta. 

Na homilia, Francisco comentou a fidelidade de Deus e a fidelidade do seu povo. Na Primeira Leitura extraída do Livro de Jeremias, o Papa destacou que “Deus é sempre fiel, porque não pode renegar a si mesmo, enquanto o povo não presta atenção à sua Palavra. Jeremias narra de “tantas coisas que Deus fez para chamar à atenção os corações do povo”, mas o povo permanece na sua infidelidade.

Se o coração estiver fechado, a misericórdia de Deus não entra

“Esta infidelidade do povo de Deus – advertiu – e também a nossa própria infidelidade, endurece o coração: fecha o coração!”:

“Não deixa entrar a voz do Senhor que, como pai amoroso, sempre nos pede para abrir-nos à sua misericórdia e ao seu amor. Rezamos no Salmo, todos juntos: ‘Escutem hoje a voz do Senhor. Não endureçam o seu coração!’. O Senhor sempre nos fala assim, inclusive com ternura de pai nos diz: ‘Voltem a mim com todo o coração, porque sou misericordioso e piedoso. Mas quando o coração é duro, não se entende isso. A misericórdia de Deus só é compreensível se você é capaz de abrir o seu coração para que possa entrar”.

“O coração se endurece – retomou o Papa – e vemos a mesma história” no trecho do Evangelho de Lucas, onde Jesus é enfrentado por aqueles que tinham estudado as Escrituras, “os doutores da lei que conheciam a teologia, mas eram tão, tão fechados”. A multidão, ao invés, “estava impressionada”, “tinha fé em Jesus! Tinha o coração aberto: imperfeito, pecador, mas o coração aberto”. 

Pedir perdão

“Este teólogos”, acrescentou o Papa, “tinham um comportamento fechado! Sempre buscavam uma explicação para não entender a mensagem de Jesus”, pediam-lhe um sinal do céu. Sempre fechados! Era Jesus que tinha de justificar aquilo que fazia”: 

“Esta é a história, a história daquela fidelidade falida. A história dos corações fechados, dos corações que não deixam a misericórdia de Deus entrar, que se esqueceram da palavra ‘perdão’, perdoa-me Senhor, simplesmente porque não se sentem pecadores: se sentem juízes dos outros. Uma longa história de séculos. Esta fidelidade falida, Jesus a explica com duas palavras chaves, para colocar fim, para terminar o discurso desses hipócritas: Quem não está comigo, está contra mim. Ou você é fiel, com o seu coração aberto, ao Deus que é fiel a você ou você está contra Ele: ‘Quem não está comigo, está contra mim’.”

Fidelidade a Deus

“Mas é possível um meio termo, uma negociação”, se pergunta o Papa. “Sim”, é a sua resposta. “Existe uma saída: se reconheça pecador! Se você diz: sou pecador, o coração se abre e entra a misericórdia de Deus e você começa a ser fiel: 

“Peçamos ao Senhor a graça da fidelidade. O primeiro passo para caminhar nesta estrada da fidelidade é sentir-se pecador. Se você não se sente pecador, você começou mal. Peçamos a graça para que o nosso coração não se endureça, que seja aberto à misericórdia de Deus e à graça da fidelidade. Peçamos, nós, infiéis, a graça de pedir perdão.” (BF/MJ)

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No signo do Jubileu, Papa abrirá iniciativa "24 horas para o Senhor"

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Cidade do Vaticano (RV) - O mundo inteiro vai imergir na misericórdia de Deus com a iniciativa “24 horas para o Senhor”. Na tarde desta sexta-feira (04/03), com a celebração penitencial na Basílica de São Pedro, o Papa Francisco abrirá a inciativa, que parte de Roma, mas cresceu muito rapidamente e ganhou alcance mundial. 

De fato, durante a liturgia penitencial dioceses dos cinco continentes estarão unidas espiritualmente ao Santo Padre para oferecer a todos a possibilidade de fazer experiência pessoal da misericórdia de Deus.

De volta, sexta-feira e sábado, “24 horas para o Senhor”. A iniciativa, que este ano chega à terceira edição, nasceu com o intento de recolocar no centro a importância da oração, da adoração eucarística e o do dom do sacramento da Reconciliação.

“24 horas para o Senhor” representa uma ocasião aberta a todos, até tarde à noite, no coração de nossas cidades, para haurir a misericórdia de Deus – diz um comunicado do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, dicastério vaticano responsável pela organização do Jubileu extraordinário da Misericórdia.

O lema do Ano jubilar “Misericordiosos como o Pai” constitui o fio condutor do evento cujos temas nas precedentes edições de 2014 e 2015 foram, respectivamente, “O perdão mais forte do que o pecado” e “Deus, rico de misericórdia”.

Promovida pelo referido dicastério vaticano com a imediata adesão de muitas dioceses, “24 horas para o Senhor” foi fortemente querida pelo Pontífice. Em 13 de março de 2015, segundo aniversário de sua eleição à Cátedra de Pedro, justamente durante a celebração penitencial Francisco anunciou o Ano Santo da Misericórdia.

Na Bula de convocação do Jubileu (Misericordiae Vultus), o Papa escreveu:

“A iniciativa “24 horas para o Senhor”, a ser celebrada na sexta-feira e sábado que precedem o IV Domingo da Quaresma, deve ser incrementada nas dioceses. Muitas pessoas estão se reaproximando do sacramento da Reconciliação e, entre estas, muitos jovens, que nesta experiência muitas vezes reencontram o caminho para voltar para o Senhor, para viver um momento de intensa oração e redescobrir o sentido da própria vida.”

O presidente do referido organismo vaticano, Dom Rino Fisichella, afirma que é importante ressaltar que “a misericórdia não se reduz ao sacramento da Reconciliação, ela tem um horizonte muito mais amplo, que empenha cada um de nós a tornar-se instrumento da misericórdia para o próximo”. (RL)

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Santa Sé e Timor-Leste ratificam relações diplomáticas

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa recebeu em audiência, na manhã desta quinta-feira (03/03), o Primeiro Ministro da República Democrática do Timor-Leste, Rui Maria de Araújo.

Nos cordiais colóquios, foram abordadas as boas relações entre a Santa Sé e o Timor-Leste, assim como a contribuição histórica da Igreja para a edificação do país asiático.

A seguir, o Primeiro Ministro foi recebido pelo Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin na Sala dos Tratados, onde ocorreu a troca dos instrumentos de ratificação do Acordo entre a Santa Sé e o Timor-Leste, assinado em Dili em 14 de agosto de 2015.

O acordo sanciona o reconhecimento da pessoa jurídica da Igreja e de suas Instituições e garante a liberdade da Igreja em desenvolver a própria missão em favor da população timorense.

O Timor-Leste integra a Comunidade do Países de Língua Portuguesa (CPLP).

(RB)

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Francisco: o ser humano é um valor a ser protegido

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta quinta-feira (03/03), na Sala Clementina, no Vaticano, cerca de 150 participantes da 22ª assembleia plenária da Pontifícia Academia para a Vida.

 

O encontro se realiza até o próximo dia 5, na Sala Nova do Sínodo, no Vaticano, sobre o tema ‘As virtudes na ética da vida’ que dirige uma mensagem importante para a cultura atual. 

“O bem que o homem realiza não é o resultado de cálculos e estratégias, e nem o produto da constituição genética ou de condicionamentos sociais, mas é o fruto de um coração bem disposto, da escolha livre que tende ao bem verdadeiro. Não bastam a ciência e a técnica. Para realizar o bem é preciso a sabedoria do coração”, disse o Pontífice em seu discurso.

É verdade que existem hoje muitas instituições “engajadas no serviço em prol da vida, mas existem também muitas estruturas preocupadas mais com o interesse econômico que ao bem comum”. 

“Falar de virtude significa afirmar que a escolha do bem envolve e compromete toda a pessoa; não é uma questão cosmética, um embelezamento exterior que não dá fruto. Trata-se de desarraigar do coração os desejos desonestos e buscar o bem com sinceridade”, afirmou o Papa.

Humanidade

“Em nosso tempo, algumas orientações culturais não reconhecem mais a marca da sabedoria divina nas realidades criadas e nem mesmo no homem. A natureza permanece reduzida somente a matéria, que se plasma segundo qualquer desígnio. A nossa humanidade, porém, é única e muito preciosa aos olhos de Deus! Por isso, a primeira natureza a ser protegida a fim de que dê fruto é a nossa humanidade. Devemos dar-lhe o ar puro da liberdade e a água viva da verdade, protegendo-a dos venenos do egoísmo e da mentira. Assim, no terreno de nossa humanidade poderá desabrochar uma grande variedade de virtudes”, sublinhou o Pontífice.

Virtude, escolha do bem

“A virtude é a expressão mais autêntica do bem que o homem, com a ajuda de Deus, é capaz de realizar. Ela permite à pessoa, não somente realizar bons atos, mas de dar o melhor de si. A virtude não é um simples hábito, mas a atitude constantemente renovada de escolher o bem. A virtude não é uma emoção, não é uma habilidade que se adquire com um curso de atualização, e nem um mecanismo bioquímico, mas é a expressão mais elevada da liberdade humana. A virtude é o melhor que o coração do homem oferece. Quando o coração se distancia do bem e da verdade contida na Palavra de Deus, corre muitos perigos, permanece sem uma orientação e corre o risco de chamar o bem de mal e o mal de bem. Assim, as virtudes se perdem e entra mais facilmente o pecado e depois o vício.” 

Francisco destacou que “hoje, não faltam conhecimentos científicos e instrumentos técnicos capazes de oferecer apoio à vida humana nas situações em que se mostra frágil. Porém, às vezes falta a humanidade. A boa ação não é a aplicação correta do saber ético, mas pressupõe um interesse real pela pessoa frágil. Os médicos e os agentes de saúde nunca deixem de conjugar ciência, técnica e humanidade. O ser humano é um valor a ser protegido”.

Novas colonizações

“Devemos estar atentos às novas colonizações ideológicas que entram no pensamento humano, até mesmo cristão, sob forma de virtude, de modernidade, de comportamentos novos, mas são colonizações, ou seja, tiram a liberdade, e são ideológicas, porque têm medo da realidade assim como Deus criou”, acrescentou.

“Que aqueles que defendem e promovem a vida possam mostrar a sua beleza. Como a Igreja não cresce por proselitismo, mas por atração, a vida humana se defende e promove de maneira eficaz quando se conhece e se mostra a sua beleza. Vivendo a compaixão genuína e outras virtudes, vocês serão testemunhas privilegiadas da misericórdia do Pai da vida”, concluiu Francisco. (MJ)

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Click to pray: aplicativo para rezar pelas intenções do Papa

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Cidade do Vaticano (RV) - A Rádio Vaticano sediará na sexta-feira (04/03) a coletiva de imprensa de apresentação da iniciativa Click to Pray, um aplicativo para rezar pelas intenções de oração do Papa.

Este aplicativo, no momento, está disponível em português, inglês, espanhol e francês (proximamente, também em italiano, chinês, coreano e outras línguas) e será apresentado por ocasião da iniciativa “24h para o Senhor”.

O Click to Pray é uma plataforma multicanal que disponibiliza propostas de oração simples e breves, para três momentos do dia, durante os 365 dias do ano. Apresenta também as intenções que o Papa Francisco confia mensalmente ao Apostolado de Oração e a todos os cristãos.

A finalidade é utilizar as novas tecnologias para levar a oração aos espaços quotidianos, enquadrá-la no ritmo de vida de cada um e, desta forma, criar uma atitude de disponibilidade para fazer aquilo que Deus pede a cada dia.

O Click To Pray é também uma rede social de oração, que permite colocar num mural as intenções de oração de cada um e rezar pelas intenções dos outros usuários.

(BF)

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CardealTurkson: caridade e educação para combater racismo

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Cidade do Vaticano (RV) - Verdade, inclusão e reconciliação: assim se derrota o racismo. Essa é, em síntese, a mensagem enviada pelo presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, Cardeal Peter Turkson, para a conferência “Negro e branco nos EUA”, programada para esta quinta e sexta-feira em Birmingham, no Alabama, EUA.

O racismo torna as pessoas invisíveis

“Onde quer que exista uma minoria perseguida e marginalizada por causa da sua etnia, o bem-estar de toda a sociedade é prejudicado”: a mensagem do purpurado ganense se abre com uma citação do Papa Francisco e é propriamente “em nome do Pontífice” que o presidente de Justiça e Paz condena “o mal do racismo no mundo contemporâneo”.

Em seguida, seu olhar dirige-se à cultura africana e afirma: o povo Zulu, para cumprimentar, diz “Sawubona”, que significa “Estou vendo você”. Ao invés, o racismo faz exatamente o contrário, explica o purpurado, porque “torna as pessoas invisíveis, nega-lhes a dignidade e provoca a perda de identidade, o desespero, a desconfiança social e política”.

Reatar e preservar os laços de reciprocidade e irmandade

Sobretudo, “o racismo exclui suas vítimas dos recursos para as necessidades primárias”, como a moradia, a educação, o trabalho e a assistência aos anciãos, ressalta o Cardeal Turkson.

“Trata-se de barreiras não imaginárias, mas até por demais reais, e as enormes injustiças e sofrimentos que elas provocam devem ser abatidas e superadas”, reitera.

Recordando a herança trágica que a escravidão deixou nos EUA, o purpurado exorta “todos os povos a reatar e a preservar os laços fundamentais da reciprocidade e da irmandade”, porque “a cura do racismo tem início no coração”. O exame de consciência torna-se então central, vez que “reconhecer a própria incapacidade de ver o outro como um ser humano significa começar a combater o racismo inconsciente”, explica ele.

A importância da caridade e da educação

Mas o que realmente nos ajuda a ver o outro? O Cardeal Turkson indica dois caminhos: o primeiro é o do amor, da caridade capaz de reconduzir “os marginalizados e os excluídos para dentro do circuito da atenção humana”.

O segundo caminho é o da educação, que “desempenha um papel fundamental”, porque “as crianças são capazes de aceitar imediatamente as diferenças”.

Por isso, o presidente de Justiça e Paz lança um apelo: “A demolição eficaz do racismo deve começar agora” olhando para o princípio fundamental e essencial segundo o qual “cada um de nós é criado à imagem e semelhança de Deus”.

Estender as oportunidades para todas as pessoas negras

“Uma análoga conversão interior deverá depois estender-se às leis, à política, à educação, ao sistema de saúde, ao trabalho e ao contexto habitacional”, a fim de que “a cura interior e exterior” da sociedade torne-se “contenção para a onda crescente de desespero juvenil”, acrescenta.

Em particular, o purpurado ressalta que “é chegado o momento de estender as oportunidades para todas as pessoas negras que, durante gerações, ”foram vítimas do racismo.

Promover cultura do encontro e do respeito recíproco

Em seguida, citando novamente o Papa Francisco e seu convite a “reforçar a convicção de que somos todos uma única família humana”, o purpurado sugere quatro linhas-guias a serem desenvolvidas durante a conferência sobre o racismo:

Refletir seriamente sobre o que a fé católica diz sobre o racismo, rezando pelo perdão e a reconciliação; compreender como as atitudes racistas levam à pobreza e à violação sistemática dos direitos humanos fundamentais; trabalhar pela superação das barreiras pessoais e sistemáticas que impedem ver no outro um irmão criado à imagem e semelhança de Deus.

Por fim, multiplicar os esforços para promover a cultura do encontro, do respeito, da compreensão e do perdão recíproco. (RL)

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Igreja no Brasil



ONU volta ao Brasil para investigar violação de direitos indígenas

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Genebra (RV) – Após oito anos, a ONU volta a investigar a violação dos direitos humanos no Brasil. A Relatora Especial das Nações Unidas sobre os direitos dos povos indígenas, Victoria Tauli-Corpuz, visitará o Brasil entre 7 e 17 de março para identificar e avaliar as principais questões enfrentadas pelos índios brasileiros.

“Enquanto a população indígena no Brasil é relativamente pequena, os desafios que ela enfrenta, no momento, são imensos. Espero que esta visita contribua para trazer à tona algumas das preocupações e ajude na resolução de questões de longa data”, declarou.

A última visita de um relator especial para as questões indígenas da ONU ao Brasil foi em 2008.

“Avaliarei a implementação das recomendações feitas por meu predecessor, incluindo um seguimento sobre o caso da Raposa Serra do Sol, os estatutos e as propostas de emendas relativas aos povos indígenas, a demarcação e a proteção das terras indígenas, o impacto dos projetos de desenvolvimento de grande escala, bem como as atualizações relativas à saúde dos indígenas”, pontuou.

Visita aos Estados

A Relatora visita o Brasil a convite do Governo e vai passar por Brasília, Mato Grosso do Sul, Bahia e Pará, onde manterá encontros com representantes do Governo e com funcionários da ONU.

Diversas organizações da sociedade civil e de direitos humanos, e outros atores não-estatais, incluindo aqueles que trabalham sobre os direitos dos povos indígenas também solicitaram encontros com a representante da ONU.

In loco

Tauli-Corpuz também vai visitar comunidades indígenas para ouvir diretamente de seus integrantes quais são seus problemas e suas preocupações. 

“Este é um momento oportuno e crucial não apenas para conversar com todos os atores e considerar os desafios atuais, mas também para identificar iniciativas positivas tomadas pelo Governo, a sociedade civil e os líderes indígenas”, afirmou.

A Relatora Especial apresentará um relatório com suas conclusões e recomendações ao Governo brasileiro e ao Conselho de Direitos Humanos em setembro de 2016. (ONU/RB)

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O Jubileu da Misericórdia na Caritas Brasileira

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Cidade do Vaticano (RV) - Em nosso espaço “O Caminho da Misericórdia” desta quinta-feira (02/03), temos dois convidados. O primeiro é o Presidente da Caritas Brasileira, Dom João José da Costa, que conversou com Cristiane Murray sobre o Jubileu da Misericórdia na Caritas, e o segundo é o Diretor de Estudos do Pio Brasileiro, Pe. Domingos Barbosa, que conversou com Silvonei Jose sobre como a comunidade está vivendo este jubileu. (MJ) 

 

 

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Igreja na América Latina



Universidade Católica da Argentina alerta para aumento do narcotráfico no país

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Buenos Aires (RV) – Dados de uma pesquisa recente da Universidade Católica de Buenos Aires (UCA) revelam um aumento ‘alarmante’ na venda de drogas, principalmente, nos bairros da periferia das cidades argentinas. O estudo demonstrou que os lugares mais pobres e com problemas de emprego são os mais afetados com a penetração das drogas.

O narcotráfico e a toxicodependência cresceram 15% em quatro anos: de 30% em 2010 a 45% em 2014. A pesquisa também comprovou um aumento na difusão do alcoolismo que chegou a atingir 48% da população.

O reitor da Universidade, Dom Víctor Manuel Fernández, explicou que “se trata de um fenômeno que se encontra entre as preocupações do Papa Francisco, tanto que inclusive na recente viagem ao México, em fevereiro, o Pontífice usou palavras fortes contra o narcotráfico”. Por isso a exortação do reitor para “trabalhar com qualquer governo” para reduzir essa praga social.

A pesquisa apresentada pela Universidade Católica foi realizada entre os anos 2010 e 2014 numa amostra de 5.680 famílias argentinas. O estudo foi dividido em quatro seções que abordaram: a evolução do tráfico de drogas nos bairros da periferia; a relação entre a toxicodependência grave e alguns fatores sociais estruturais; os problemas de saúde das pessoas afetadas pela dependência e, enfim, um relatório intitulado “Ninguém nasce toxicodependente” que apresenta o drama da droga em contextos de maior vulnerabilidade social.

(AC)

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Igreja no Mundo



Semear paz nas casas para combater a violência na Costa Rica

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San José (RV) – A Costa Rica sofre com a onda de assassinatos no país, na maioria da vezes, associados ao narcotráfico. Só em 2015 foram registrados 560 homicídios, número que, segundo a Conferência Episcopal, representa uma verdadeira “epidemia”. Em mensagem divulgada recentemente pelos bispos por ocasião de mais uma assembleia ordinária, a misericórdia é representada como o verdadeiro antídoto à violência no país.

Outros dados apresentados no documento referem-se à violência contra a infância: “Em menos de 10 anos, de 2006 a 2015, as mortes entre os menores foram praticamente duplicadas”, tanto que “em 2014, o Hospital Nacional da Infância tratou 2.400 crianças vítimas de agressões, enquanto que em 2015 acolheram 3.100”. Sem esquecer, acrescentam os bispos, as violências domésticas que “levaram muitos estudantes ao suicídio”, junto a outros atos de injustiça que devastam o país, como “a fome, a falta de uma vida digna e de assistência médica, a pobreza que atinge mais de um milhão de pessoas” e a “crescente e aparentemente incontrolável insegurança social”.

A Igreja católica de San José, então, aponta o dedo contra “a desigualdade; um modelo de desenvolvimento econômico que não se põe como objetivo o ser humano e o bem comum”. Todavia, a Costa Rica não tem somente sombras, mas também luzes: os bispos lembram que o país detém “uma importante reserva de cultura pacífica, profunda e radicada” que requer, no entanto, “uma mudança radical na cultura e no comportamento, com grande empenho da parte de todos”.

Neste Ano Santo, então, a Conferência Episcopal enaltece que “a misericórdia é a essência da cultura da paz” e exorta a praticá-la “em todos os âmbitos da sociedade para poder vencer a violência com a paz, a indiferença com a solidariedade”. “Vamos abrir os nossos olhos para enxergar com um coração de compaixão os muitos irmãos e irmãs privados de dignidade”, praticando obras de misericórdia corporais e espirituais. “Vamos semear a paz nas casas para que sejam escolas de convivência harmoniosa”, finalizam os bispos na mensagem.

(AC)

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Guatemala: jovens escalam vulcão Pacaya em preparação à JMJ

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Cidade da Guatemala (RV) – Estamos a 150 dias, ou a 5 meses da Jornada Mundial da Juventude de Cracóvia, na Polônia. Como é previsto, os preparativos estão mobilizando jovens de todas as partes do mundo para o evento deste ano, marcado para 26 a 31 de julho. 

A peregrinação em direção à Jornada polonesa já começou há diversos meses na Guatemala, por exemplo, onde a maior parte dos 15,5 milhões de habitantes é católica. A experiência mais recente é vivida por 24 jovens do Movimento Regnum Christi que escalaram o vulcão Pacaya, de 2.552 metros de altitude. É um dos três vulcões ativos no país e fica a 50 quilômetros ao sul da capital. Eles seguiram meditando sobre as estações da Via Crucis, transportando uma cruz de 2 metros de altura.

Escalada

Paola Arroyave contou que “enquanto transportava a cruz num dos trechos mais íngremes do vulcão, sentia como se a força estivesse me abandonando”. Mas a oração, compartilhada com outros jovens pelo caminho, deu-lhe a coragem de prosseguir. Quando chegaram no topo do Pacaya, os jovens meditaram sobre o Evangelho de Mateus, em particular sobre o verso que o Papa Francisco escolheu como lema da Jornada de Cracóvia, que diz: “Bem-aventurados os misericordiosos porque encontrarão misericórdia”.

Já Edgar Tortola conta que foi uma experiência única: “Sem dúvida aprendi muito sobre o amor sem limites de Deus por nós e espero com impaciência o momento em que poderei compartilhá-lo com outros peregrinos da JMJ”. Os depoimentos foram divulgados pelo site oficial da Jornada.

Mas os preparativos dos jovens da Guatemala não terminam aí, porque um ciclo de catequeses sobre a misericórdia vai percorrer várias cidades do país. Um grupo pastoral de jovens está organizando a atividade que será dividida em onze encontros de formação. Mais de 500 jovens estão envolvidos na iniciativa, todos unidos por um único objetivo: “A gente se vê em Cracóvia”.

(AC)

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Igreja centro-africana: visita do Papa contribui para a paz

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Bangui (RV) - O feliz e pacífico êxito das recentes eleições presidenciais na República Centro-Africana se deve muito à visita do Papa Francisco, realizada em novembro passado. 

Esta opinião foi expressa por várias personalidades e organizações, e foi plenamente acolhida pelo Arcebispo de Bangui, Dom Dieudonné Nzapalainga. 

O primeiro-ministro Faustin-Archanhe Touadéra venceu as eleições presidenciais no segundo turno, realizado em 20 de fevereiro.

Novo clima

“Desde a visita do Santo Padre sentimos soprar um vento de mudança, existe uma total inversão de rota”, disse o prelado que é um dos principais protagonistas, junto com expoentes islâmicos e evangélicos, da reconciliação do país africano, palco até poucos meses atrás de uma sangrenta guerra civil entre grupos identificados, muitas vezes arbitrariamente, como muçulmanos e cristãos. 

“O Papa veio como mensageiro da misericórdia e pediu a reconciliação em nossas comunidades. Este apelo em favor da paz e ao perdão foi acolhido pelos combatentes e se concretizou, dando ao novo presidente uma verdadeira oportunidade para a paz”, frisou ainda Nzapalainga.

Líderes religiosos

O Arcebispo de Bangui sublinhou a contribuição importante dos líderes religiosos muçulmanos e protestantes no sucesso da visita do Papa Francisco. “A partir daquele momento, o sino do diálogo e da negociação continuou a soar forte e claro, junto com o sino do compromisso, do consenso e do desenvolvimento. Foi para isso que votamos”, disse o prelado.

Touadéra

Sobre a eleição de Touadéra, Dom o Nzapalainga disse que se trata da pessoa mais indicada para reconciliar e reunificar o povo centro-africano e fazer justiça às vítimas das violências sectárias destes anos. 

Paz ameaçada

Já o Bispo de Bangassou, Dom Juan José Aguirre Muño, falou de esperança e luz no fundo do túnel, e se diz preocupado com as  agressões contínuas no território de sua diocese perpetradas pelas milícias do LRA (Exército de Resistência do Senhor), guerrilha ugandense que age também no Sudão do Sul e na República Democrática do Congo. (MJ)

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Desmantelar Calais não é a solução, afirmam Cáritas

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Bruxelas (RV) – As Cáritas de França, Inglaterra e País de Gales se pronunciaram a respeito do desmantelamento do campo de refugiados em Calais, dizendo que esta “não é a solução”.

Em declarações divulgadas pela Cáritas Europa, o gestor de projeto em Calais lamenta a decisão do governo local em acabar com grande parte do acampamento improvisado, uma vez que “não existem ainda alternativas viáveis para as pessoas”.

“É como se quisessem fazer com que as pessoas desaparecessem antes da primavera, por temerem a chegada de mais refugiados”, aponta Vincent De Coninck.

Na região de Calais, no norte de França, estavam até agora cerca de quatro mil migrantes e refugiados vivendo em tendas e barracas improvisadas.

O coordenador da Caritas do País de Gales, Philip McCarthy, destaca a situação de muitas crianças e jovens que estão ali completamente “desacompanhadas” e que devem ser alvo de uma “atenção prioritária”.

“É vital assegurar as suas necessidades sociais e de saúde e garantir que eles tenham a oportunidade de reencontrar os seus familiares que encontraram refúgio no Reino Unido ou em outra região da Europa”, afirma McCarthy.

As organizações católicas estão desenvolvendo esforços no sentido de evitar o “despejo” dos migrantes e refugiados em Calais, até que haja as condições mais adequadas para a recolocação das pessoas.

As Cáritas sublinham ainda a importância de evitar o uso da força contra “pessoas que já têm sido vítimas de violência”.

(BF/Ecclesia)

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Formação



Artigo: Alegra-te!

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Cidade do Vaticano (RV*) - O IV Domingo da Quaresma é chamado de Domingo “Laetare”- alegra-te! Na Antífona de Entrada do missal romano, está escrito, para esta Missa: “Alegra-te, Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós, que estais tristes, exultai de alegria! Saciai-vos com a abundância de suas consolações”. São palavras do Profeta Isaías, no capítulo 66, 10s.

Este convite à alegria a essa altura da Quaresma, e logo após as “24 horas para o Senhor” é muito oportuno! Pensando nos nossos pecados, em tantas de nossas infidelidades e escândalos que nos cortam o coração, poderíamos ser tentados a desanimar, em pensar que não temos solução e na dificuldade em debelar o mal que se incrusta no nosso coração.

O Senhor nos convida à alegria; convida a Igreja, nova e eterna Jerusalém, à alegria, convida-nos a nós, que amamos a Mãe católica – tão sofrida pelas fraquezas de seus filhos –, convida-nos a nós à alegria: “Reuni-vos, vós todos que a amais; vós, que estais tristes, exultai de alegria! Saciai-vos com a abundância de suas consolações”. Quais seriam as consolações da Igreja entre tanta desolação? Sem dúvida, aquelas que vêm do Senhor que é fiel, que Se entregou por nós, que amou a Sua Igreja e nela permanece sempre com invencível fidelidade! E todo aquele que se une ao Senhor e nele permanece pode experimentar tal consolação.

A Primeira Leitura deste domingo recorda a chegada dos israelitas à Terra Prometida. Eles celebraram a Páscoa ao partirem do Egito e, agora, chegando à Terra Santa, celebram-na novamente. Aí, então, o maná deixou de cair do céu. Coragem, também nós: estamos a caminho: nossa Terra Prometida é Cristo, nossa Páscoa é Cristo, nosso maná é Cristo! Ele, para nós, é, simplesmente, tudo! Estão chegando os dias solenes de celebração de sua Páscoa.

A Segunda Leitura, tirada da Carta de São Paulo aos Coríntios, nos ensina que, em Cristo, Deus reconciliou o mundo com Ele e fez de nós criaturas novas. O mundo velho, marcado pelo pecado, desapareceu. Em nome de Cristo, Paulo anunciou: “Deixai-vos reconciliar com Deus! Aquele que não cometeu nenhum pecado, Deus o fez pecado por nós, para que Nele nos tornemos justiça de Deus”!

Quanto ao Evangelho, chama-nos atenção hoje a parábola do filho pródigo. Por que está ela aí, na Quaresma? Recordemos como Lucas começa: “Naquele tempo, os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para escutá-Lo. Os fariseus, porém, e os escribas criticavam Jesus. ‘Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles’”. Então: de um lado, os pecadores, miseráveis sem esperança ante Deus e ante os homens, que, agora, cheios de esperança nova e alegria, aproximam-se de Jesus, que se mostra tão misericordioso e compassivo. Do outro lado, os homens de religião, os praticantes, que sentem como que ciúme e recriminam duramente Jesus! É para estes que Jesus conta a parábola, para explicar-lhes que o Seu modo de agir, ao receber os pecadores, é o modo de agir de Deus.

O capítulo quinze do Evangelho segundo São Lucas contem três parábolas chamadas “da misericórdia”: a ovelha perdida, a moeda perdida e o filho perdido. Tudo perdido! Mas, se invertermos o quadro temos o bom pastor que busca a ovelha, a boa mulher que busca a sua moeda e o bom pai misericordioso que espera e ama o seu filho pródigo.

 Tanto o pastor quanto a mulher têm atitudes que não são nada comuns; o mesmo diga-se do pai do filho pródigo. Nem naqueles tempos nem hoje em dia se atuaria dessa maneira! Pense comigo: se você fosse um pastor e tivesse cem ovelhas, delas perdesse somente uma, será que deixaria as noventa e nove sozinhas, com perigo de se perderem, para procurar somente aquela desgarrada? Será que é lógico deixar noventa e nove ovelhas sozinhas e procurar somente uma? Eu, pelo menos, deixaria a pobre ovelha pra lá, não correria o risco de perder noventa e nove ovelhinhas por causa de uma. E se você tivesse dez moedas e perdesse uma, faria como aquela mulher da parábola: acenderia a luz, varreria a casa, colocando-a quase de cabeça para baixo, para encontrar a única moedinha perdida? Como se não bastasse: convidaria os amigos para dar uma notícia tão efêmera como essa do encontro de uma mísera moeda?       

A lógica do Evangelho é outra! Sem contrapor a justiça à misericórdia, a parábola nos apresenta um pai que não é o comum dos pais dessa Terra, mas o pai que só pode ser Deus. O Papa Francisco está sempre lembrando que Deus não se cansa de perdoar, e somos nós que nos cansamos de pedir perdão. Este é o motivo de grande alegria! Ele é o nosso Pai, cheio de amor para conosco. Nós, culpados e pecadores, cheios de boas intenções e, também, cheios de intenções torcidas e más ações, somos os queridos de Deus. Já está justificada a nossa alegria para todo o dia de hoje: Deus é Pai! Eu sou seu filho! Deus é muito bom, e os sacerdotes, no Sacramento da Penitência, têm o Coração de Deus e, por isso, compreendem sempre. Essa é a recomendação do Papa Francisco aos padres: acolham com carinho o que se aproxima do Sacramento da Penitência. É o rosto misericordioso de Deus que, em Cristo, se manifesta como perdão através da Igreja. Por isso, não tenha medo, e caso ainda não se confessou, esta é a oportunidade.

Como embaixadores de Cristo, nós vos suplicamos: deixai-vos reconciliar com Deus! É este o tempo, é este o momento da graça. Quem está em Cristo é uma nova criatura e pode ser fermento na massa de um mundo novo. O mundo velho desapareceu e tudo se faz novo... Alegra-te, povo de Deus, exultai de alegria!

*Orani João, Cardeal Tempesta, O.Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ        

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Concílio não quis reforma exterior, mas profunda, dentro das pessoas

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, na edição de hoje do quadro “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” temos a participação do bispo de Quixadá, Dom Ângelo Pignoli, que partilhará conosco alguns temas pertinentes ao Concílio, olhando para a caminhada da Igreja nestes 50 anos de sua realização. 

Desde janeiro de 2007 à frente desta Igreja particular do Ceará, Dom Pignoli atém-se, nesta edição, a algumas considerações acerca da implementação do Concílio em nossa realidade eclesial.

Nesta caminhada, ele nos aponta o despertar para esta grande renovação litúrgica, catequética proposta pelo Vaticano II; a abertura para todas as realidades, sem julgar ninguém; o tentar também o ecumenismo com as realidades locais de sua diocese e, neste âmbito ecumênico, procurar viver uma partilha comum de valores.

Dom Pignoli nos diz que tudo isto é importante “pra gente crescer e ver uma Igreja mais servidora e aberta” e observa que “o Concílio não quis uma reforma apenas exterior, mas profunda, dentro das pessoas, porque sem mudar as pessoas a Igreja não se muda”. “Esta conversão pessoal é muito importante”, afirma. Vamos ouvir. (RL)

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CF 2016 é ecumênica e apoiada pela Alemanha. Ouça

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Cidade do Vaticano (RV) - “Casa Comum, nossa Responsabilidade” é o tema da Campanha da Fraternidade lançada quarta-feira de cinzas pela CNBB em parceria com o CONIC, Conselho Nacional das Igrejas Cristãs e o apoio da Misereor, a entidade da Igreja Católica na Alemanha que trabalha na cooperação para o desenvolvimento de países da Ásia, da África e na América Latina. No âmbito desta parceria, os bispos Dom Wilmar Santin O.Carm. (Itaituba), Dom Erwin Kräutler CPPS (Xingu) e Dom Bernardo Johannes Bahlmann OFM (Óbidos) estiveram na Alemanha em fevereiro e lema falaram na Plenária da Conferência Episcopal Alemã.

Os três bispos, de dioceses paraenses, ilustraram a realidade amazônica e a atuação da REPAM, Rede Eclesial Pan-amazônica e abordaram a responsabilidade da Igreja na contribuição por uma vida mais justa. Dom Bernardo Bahlman, de passagem por Roma, faz um relato desta experiência:

O objetivo da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 é assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas e debater políticas públicas e ações que garantam a integridade e o futuro da Casa Comum. 

Ouça Dom Bernardo Bahlman: 

(CM)

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