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Sumario del 10/03/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Pe. Ronchi: o contrário do amor não é o ódio, mas a indiferença

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Ariccia (RV) - O Amor de Deus pelo homem inflama o coração e abre os olhos: esse é o cerne da nona meditação, feita na tarde desta quinta-feira pelo sacerdote dos Servos de Maria, Pe. Ermes Ronchi, no quinto e penúltimo dia dos exercícios espirituais propostos ao Papa Francisco e à Cúria Romana em Ariccia, nas proximidades de Roma. “O contrário do amor não é o ódio, mas a indiferença”, devemos “voltar a nos enamorar”, disse o pregador do Retiro.

Entre Páscoa e Pentecostes Jesus se manifestou novamente aos discípulos no lago de Tiberíades numa noite “sem estrelas”, “amarga” até o “romper da aurora” com Jesus que se manifesta aos seus. A meditação de Pe. Ronchi parte dessa cena com a pergunta de Amor três vezes feita por Jesus, para aproximar-se sempre mais de Simão Pedro. Tu me amas?

Uma pergunta de amor dirigida a cada homem e que “abre percursos, inicia processos”, ressaltou Pe. Ronchi evidenciando mais vezes o dinamismo do amor de Jesus pelo homem, dinamismo este que tudo transforma:

A santidade na paixão por Cristo

“Vejo a santidade descrita nesta página do Evangelho. A santidade não consiste na ausência de pecados, num campo já não mais com ervas daninhas, mas está numa paixão renovada, está no renovar agora a minha paixão por Cristo e pelo Evangelho. Agora.”

Pe. Ronchi explicou que o amor de Deus reacende “os corações”, “a paixão”. “A santidade não é uma paixão apagada, mas uma paixão convertida”, acrescentou. “Quando o amor existe não pode haver equívoco, é evidente, solar, indiscutível.”

A fé possui três passos

É Deus que “ama o homem”, que preenche as insuficiências, “preenche as pobrezas”, não busca nele “a perfeição”, mas “a autenticidade”. “Não estamos no mundo para sermos imaculados, mas para sermos encaminhados”. E invertendo todo esquema fala de “Jesus, mendicante de amor, mendicante sem pretensões” que “conhece a minha pobreza” e que pede “a verdade de um pouco de amizade”. “A fé possui três passos: preciso, confio, me entrego:

O reavivador de laços

“Crer é precisar de amor, confiar-se e fundar-se nisso, como forma de Deus, como forma do homem, como forma do mundo, do futuro, do viver. Confiar-se é fundar a vida nesta hipótese: que mais amor é bom, menos amor é ruim.”

“É abandonar a regra toda vez que ela se opõe ao amor”, dizia Irmã Maria do eremitério de Campello (região italiana da Úmbria). Enquanto o mundo proclama a sua fé, a sua evidência: mais dinheiro é bom, menos dinheiro é ruim.

Mas todo fiel é um fiel no amor: ou seja, um reavivador de laços, um reanimador de laços, alguém que ajuda os homens a reencontrar confiança no amor. Nós cremos no Amor.”

Crer é ter uma relação com Deus

Pe. Ronchi frisou que “crer é ter uma relação com Deus”, caminhar no amor com uma pessoa” e a salvação está na certeza de que é Ele quem “ama”. “A crise de fé no mundo ocidental”, explicou em seguida o pregador dos exercícios espirituais, “começa” propriamente “com a crise do ato humano de crer”. “Porque não se crê no amor.” O amor é dar:

O contrário do amor não é  o ódio

“O contrário do amor não é o ódio, mas a indiferença que é a seiva que alimenta todo mal, a seiva secreta do pecado. A indiferença na qual o outro para você não existe, não conta, não vale, não é nada.”

“Hoje devemos voltar a enamorar-nos.” Amar a Deus “com todo nosso ser, corpo e alma”. “Deixe de amar como submisso, deixe de amar como escravo”, concluiu. “É preciso voltar a amar a Deus como enamorados. Aí sim, a vida, e a fé” se tornarão repletas de sorrisos. (RL)

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Meditação de Quaresma: a verdadeira compaixão não é abstrata

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Cidade do Vaticano (RV) – A Igreja e todos os cristãos demonstrem a compaixão do bom samaritano diante das feridas do mundo, porque cuidar de quem sofre melhora as relações sociais e acaba com a cultura do descarte. Esta é a síntese da oitava meditação conduzida por Padre Ermes Ronchi para o Papa e a Cúria Romana, nesta quinta-feira (10/03), que marca o quinto dia de exercícios espirituais.

 

É o amanhecer de domingo e três dias se passaram com uma imensa sensação de vazio e muitas lágrimas. Também a mulher que se aproxima do sepulcro traz as marcas no rosto e ter visto a pedra deslizada aumenta a angústia. Uma voz a paralisa: “Mulher, quem procuras? Por que choras?”. A reflexão parte desta cena para descrever o comportamento de Deus diante das dores dos homens.

Os três verbos da compaixão

Jesus ressuscitou, observa o pregador, “é o Deus da vida” e se “interessa pelas lágrimas” de Madalena. “Na última hora da sexta-feira, na Cruz, tinha se interessado pela dor e angústia de um ladrão, na primeira hora da Páscoa se interessa pela dor e amor de Maria”. Porque, destaca Padre Ronchi, este é o estilo de “Jesus, o homem dos encontros”: não “procura o pecado de uma pessoa, mas se coloca sempre sobre o sofrimento e as suas necessidades”. E, então, pergunta-se o religioso, “como ver, entender, tocar e deixar-se tocar pelas lágrimas” dos outros?:

“Aprendendo o olhar e os gestos de Jesus, que são aqueles do bom samaritano: ver, parar, tocar, três verbos a não serem esquecidos jamais (...) Ver: o samaritano viu e teve compaixão. Viu as feridas daquele homem e sentiu-se ferir (...) A fome tem um porquê, os migrantes trazem em si montanhas de porquês, os tumores da terra têm um porquê. Interrogar-se sobre as causas é uma atitude de discípulo. Estar presente lá aonde se chora (...) e procurar juntos como chegar à raiz do mal e cortá-la”.

Não “fingir que não viu”

Em muitas passagens do Evangelho Jesus vê a dor humana e sente compaixão. Esta palavra, diz Padre Ronchi, no texto grego é traduzida como sentir “uma câimbra no ventre”. A verdadeira compaixão não é, portanto, um pensamento abstrato e nobre, mas uma mordida física. Aquilo que induz o bom samaritano a não “fingir que não viu” como aconteceu com o sacerdote e o levita. Tanto porque, afirma Padre Ronchi, “para além do fingimento não há nada, muito menos Deus”:

“A verdadeira diferença não é entre cristãos, muçulmanos ou judeus, a verdadeira diferença não é entre quem acredita ou quem diz não acreditar. A verdadeira diferença é entre quem para ou quem não para diante das feridas, entre quem para ou quem passa reto (...) Se eu passei somente uma hora junto às dores de uma pessoa, a conheço melhor, sou mais sábio do que quem leu todos os livros. Sou sábio da vida”.

Misericórdia não se faz à distância

Terceiro verbo: tocar. “Todas as vezes que Jesus se comove, toca”, recorda o pregador dos exercícios. “Toca o intocável”, um leproso, o primeiro dos descartes humanos. Toca o filho da viúva de Naim e “viola a lei, faz aquilo que não se pode: pega um menino morto, o levanta e o entrega à sua mãe”:

O olhar sem coração produz escuridão e, depois disso, começa uma operação ainda mais devassante: há o risco de transformar os invisíveis em culpados, de transformar as vítimas – os refugiados, os migrantes, os pobres – em culpados e em causa dos problemas (...) E se vejo, paro e toco. Se seco uma lágrima, eu sei, não mudo o mundo, não mudo as estruturas da desigualdade, mas transmiti a ideia de que a fome não é imbatível, que as lágrimas dos outros têm direito sobre qualquer um e sobre mim, que eu não deixo à deriva o necessitado, que não foste jogado fora, que o compartilhar é a forma mais adequada do humano. (...) Porque a misericórdia é tudo aquilo que é essencial à vida do homem. A misericórdia é um fato de ventre e de mãos. E Deus perdoa assim: não com um documento, com as mãos, um toque, uma carícia”. (AC/RB)

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Que imagem simboliza o terceiro ano de Pontificado de Francisco?

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Cidade do Vaticano (RV) – O aniversário de terceiro ano do Pontificado do primeiro Papa jesuíta e latino-americano da história cai nos primeiros meses do Ano Santo Extraordinário que ele mesmo quis dedicar à Misericórdia. Os últimos doze meses viram o pontífice argentino viajar por quatro continentes, publicar uma Encíclica dedicada ao “cuidado da Criação” e celebrar um Sínodo dedicado à família. Mas tantas foram as oportunidades e os encontros em que Francisco confirmou a sua imagem de pastor “em caminho” com o Povo de Deus, um pastor empenhado – como afirmou o ator italiano Roberto Benigni – a imprimir, com todas as suas forças, a Igreja em direção a Jesus Cristo. Mas qual é a imagem mais representativa desse último ano que vivemos com ele?

Os dois Papas passam a Porta Santa

O Mons. Giuseppe Lorizio, docente de Teologia Fundamental da Pontifícia Universidade Lateranense de Roma comenta que a imagem que ele gosta de recordar “é aquela de dois Papas, Papa Francisco e o Papa emérito, Bento XVI, que, em 8 de dezembro de 2015, depois de se abraçarem, atravessarem a Porta Santa da Basílica do Vaticano, um depois do outro. É uma fotografia que nos ajuda a liberar o campo de certos estrabismos jornalísticos: como aquele de quem aplaude este Papa como se o pontificado dos outros fosse negativo. Uma imagem que nos confirma como que a Francisco, como aos seus predecessores, esteja bem presente a comunhão na diversidade. Duas pessoas assim tão diferentes que atravessam juntas aquela Porta Santa, unidas pela mesma fé e pelo ministério que compartilharam, simbolizando a variedade da Igreja mas também a sua unidade, que não é homogeneidade. Um instante importante também para responder a quem representa Francisco como um Papa da ‘descontinuidade’ em relação ao Magistério e à tradição que o precederam. Nada de mais falso, porque o seu ensinamento, embora conduzido com um estilo único, é enraizado na tradição. Uma imagem para evitar, enfim, inclusive o risco da ‘papolatria’, que leva alguém a se concentrar mais no Papa que em Jesus Cristo”.

Imagem dupla: Porta Santa de Bangui e São Pedro

Para descrever Francisco também perguntamos a Marco Burini, jornalista que segue diariamente as atividades do Papa para a TV2000, o canal de TV dos católicos italianos.

“Se levamos a sério o convite do Papa para considerar e viver a Igreja ‘em saída’, na sua vocação ‘missionária’, devemos, em um certo modo, sair do próprio Papa, porque o Ministério petrino é um tesouro da Igreja. Façamos atenção, então, ao fazer o monumento a Bergoglio antes da hora. Seja porque sabemos que fim fazem os monumentos nas praças, seja porque seria particularmente contraindicado, sobretudo em âmbito mediático, em relação a um Pontífice que está levando adiante um ministério ‘centrífugo’, de ‘saída’, que condena a auto-referencialidade”.

A respeito da imagem símbolo dos últimos doze meses de Pontificado, Burini também volta à abertura do Jubileu da Misericórdia. “Proponho uma imagem dupla: a Porta Santa de Bangui, na República Centro-africana, que se escancara ao leve empurrão de Francisco e aquela de São Pedro que lhe apresenta certa resistência. Nessa dupla imagem, nessa dialética, nessa contradição tão eloquente, há uma riqueza para ser apreciada, mesmo além das ansiedades do balanço e classificação de nós, jornalistas. Devemos entrar em sintonia com o estilo de Francisco que, como recordava Roberto Benigni, é o estilo do ‘caminhar pregando’, o melhor do ‘pregar caminhando’, como faz Jesus no Evangelho de Marcos”.

O Papa parado na fronteira, mas capaz de misericórdia

Raniero La Valle, jornalista e escritor, 50 anos atrás cobrindo o Concílio Vaticano II, propõe uma outra imagem para contar o terceiro ano de Pontificado de Francisco. “Eu volto ao último dia da sua recente viagem ao México, quando o Papa foi até a fronteira com os EUA, na Ciudad Juarez, para celebrar missa. Naquela fronteira, onde um mar de pobres, refugiados, exilados violam a lei à procura de uma vida melhor, inclusive ele, de uma certa forma, parou. Em frente ao muro, ao arame farpado, às patrulhas que impedem a entrada. Uma imagem, essa de Francisco na fronteira, que se conecta à sua primeira viagem na Itália, poucos meses depois da eleição, à ilha de Lampedusa. A escolha de visitar o mundo do sofrimento, da exclusão, do descarte, como dizendo que esse povo deve ser o primeiro pela qual a Igreja se empenha. Nota-se, no entanto, como na fronteira com o Texas o Papa foi capaz inclusive de abençoar aqueles que rejeitam os migrantes. Ao mesmo tempo em que para na fronteira, também é capaz de ultrapassá-la, de oferecer esse sinal de comunhão que vai além da inimizade”.  

Não é o Papa, mas o mundo que muda

La Valle conclui: “Parece uma imagem forte que nos ajuda também a terminar com a questão de que Francisco seja ou não o Papa da mudança. O Ministério petrino, de fato, continua o mesmo, mas é o mundo que muda. Nunca tinha acontecido que 50 milhões de pessoas fossem em movimento no globo ou que as águas iniciassem a submergir a terra. Então, essa é a novidade. Não é o Pontífice que é diferente, mas é o mundo ao qual é chamado a anunciar a Boa Nova que mudou, apresenta exigências, dramas, urgências diversas. A pergunta verdadeira, no entanto, não é se Francisco está mudando o Papado, mas se realmente está mudando a Igreja. Porque uma Igreja que não sente a exigência de mudar, sob o empurrão do sopro do Espírito, é uma Igreja que precisa ser levada para sala de reanimação”.

(AC)

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Francisco confia intenções de oração para março

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Cidade do Vaticano (RV) – Foi divulgado nesta quinta-feira (10/03), o vídeo em que o Papa confia as suas intenções de oração ao Apostolado da Oração para o mês de março.

A família é um dos bens mais preciosos da humanidade, afirma o Pontífice.

- Mas não será também o mais vulnerável?, questiona Francisco.

Ao afirmar que quando a família não é protegida e surgem as dificuldades econômicas, de saúde, de qualquer tipo, as crianças crescem em situações difíceis, o Papa faz a seguinte proposta:

“Quero partilhar com todos e com Jesus a minha intenção deste mês: para que as famílias em dificuldade recebam os apoios necessários e as crianças possam crescer em ambientes saudáveis e serenos”.

(rb)

 

 

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Papa aprova nova gestão na Congregação das Causas dos Santos

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Cidade do Vaticano (RV) – O Pontífice aprovou, em fase experimental por três anos, as novas “Normas sobre a administração dos bens das Causas de beatificação e canonização”, anulando aquelas precedentes aprovadas por São João Paulo II, em 1983. 

O documento recorda que, por suas complexidades, as Causas de beatificação e canonização requerem muito trabalho e comportam despesas. A partir de agora, a intenção é que a administração de tais bens seja mais transparente, clara e funcional. Os promotores das Causas e os bispos diocesanos competentes terão ainda um envolvimento maior no processo.

Contenção das despesas

Dada a natureza peculiar de bem público das Causas, a Sé Apostólica custeará a fase romana, para a qual os promotores participarão por meio de uma contribuição.  A Santa Sé também supervisionará os honorários e as despesas para que estes estejam contidos e não sejam obstáculos para o bom andamento dos processos.

Os promotores constituem um fundo de bens para as despesas da Causa, proveniente de ofertas de pessoas físicas e jurídicas, que será considerado, em razão de sua natureza particular, “fundo de Causa pia”. O administrador do fundo deve respeitar minuciosamente a intenção dos doadores, manter uma contabilidade regularmente atualizada, preparar balanços anuais a serem apresentados ao promotor para a devida aprovação e enviar uma cópia ao postulador.

Intervenções disciplinares em caso de abuso

Caso os promotores tenham a intenção de utilizar até mesmo somente uma parte dos bens para objetivos diversos das Causas deverá obter a autorização da Congregação das Causas dos Santos. O promotor, recebido o balanço, após tê-lo aprovado tempestivamente, envia uma cópia às autoridades competentes para a vigilância. Em caso de inadimplência ou de abusos de natureza administrativa ou financeira por parte de quem participa do desenvolvimento da Causa, o Dicastério intervém disciplinarmente.

Celebrada a beatificação ou a canonização, o administrador do fundo presta contas da administração completa dos bens para a devida aprovação. Depois da canonização a Congregação das Causas dos Santos, em nome da Sé Apostólica, dispõe da eventual reminiscência do fundo, tendo presente os pedidos de utilização por parte dos promotores. Efetuado o quanto prescrito, o fundo da Causa e a Postulação deixam de existir.

Fundo de solidariedade

Um “Fundo de Solidariedade” constituído junto à Congregação das Causas dos Santos será alimentado com ofertas livres dos promotores ou de qualquer outra fonte. Nos casos em que exista uma real dificuldade em apoiar os custos de uma Causa em fase romana, o promotor pode pedir uma contribuição à Congregação das Causas dos Santos por meio do ordinário competente. A Congregação avaliará caso por caso. (rb)

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Mais de 2 mil jovens italianos em serviço civil encontrarão o Papa

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Cidade do Vaticano (RV) -  A audiência jubilar com o Papa no próximo sábado, 12 de março, vai contar com a participação de 2.500 jovens voluntários do serviço civil das entidades que fazem parte do Tesc, a Mesa Eclesial do Serviço Civil. Depois do encontro na Praça São Pedro, os jovens e os seus responsáveis, provenientes de diversas partes da Itália, passarão pela Porta Santa da Basílica.

O Tesc atua na coordenação de órgãos da Igreja italiana que desde 2003 promove o serviço civil e o propõe a todos, em modo particular aos jovens, como uma importante experiência de formação, do serviço aos necessitados, de testemunho dos valores da paz, justiça, cidadania ativa e solidariedade. Atualmente, mais de 6 mil voluntários estão empenhados em diferentes projetos na Itália e também no exterior: da assistência aos doentes, pobres e imigrantes, à educação de menores e jovens, à proteção do ambiente e na proteção civil, até a ação de cooperação internacional e de reconciliação em outros países depois de conflitos e guerras.

XI Encontro de São Maximiliano

Doze de março também marca o XI Encontro de São Maximiliano de Tebaste, o jovem martirizado nesse dia no ano de 295 d.C. por oposição de consciência ao serviço militar e considerado o patrono do serviço civil. Esse encontro virou tradição desde 2003, quando a Caritas Italiana reuniu os próprios opositores de consciência e moças do serviço civil voluntário na cidade de Sotto il Monte, em Bergamo.

Na tarde de sábado, das 14h às 16h30, na igreja vizinha de São Gregório VII, será realizada a segunda parte do encontro. A mediação ficará a cargo do jornalista Nicola Ferrante do canal televisivo católico TV2000, com momentos de reflexão sobre o tema indicado pelo Papa Francisco para a recente Jornada Mundial da Paz: “Vence a indiferença e conquista a paz”.

(AC)

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Santa Sé: o pensamento único mina a liberdade religiosa

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Genebra (RV) - A Santa Sé está alarmada com o aumento das violações da liberdade de religião e de credo em muitos países no mundo. Foi o que afirmou o encarregado ad interim de assuntos vaticanos no escritório da Onu em Genebra, na Suíça, Mons. Richard Gyhra, durante uma sessão dedicada à relação entre liberdade religiosa e liberdade de expressão.

Trata-se de uma tendência que “parece indicar uma falta de vontade política por parte das várias instituições da comunidade internacional de enfrentar as causas de tal violência”.

Liberdade religiosa e liberdade de expressão são interdependentes

Liberdade religiosa e de expressão “são interdependentes e unidas”: o perigo se apresenta “quando os direitos humanos são compreendidos segundo uma abordagem que considera a liberdade como licença ou autonomia completa” e “o exercício da própria liberdade sem alguma referência ao outro”, precisou o prelado.

O pensamento único

Mons. Gyhra recordou que “minimizar o papel essencial que a religião tem em todas as sociedade não é a resposta aos desafios atuais”. O mundo se mostra sempre mais sujeito à “globalização do paradigma tecnocrático”, que “aspira conscientemente a uma uniformidade unidimensional” almejando “eliminar todas as diferenças e as tradições numa busca superficial de unidade”.

Ao invés, observou, “um sadio pluralismo, que realmente respeite os outros e os valores como tais”, é um “aliado precioso no empenho a defender a dignidade humana”.

Por isso, enquanto essa tendência a tornar todos iguais “destrói a individualidade de toda pessoa”, a liberdade religiosa, “radicada no respeito pela liberdade de consciência”, por sua própria natureza transcende “a esfera privada dos indivíduos e das famílias e busca construir o bem comum de todas as pessoas”.

Tirania moderna que busca suprimir a liberdade religiosa

O representante pontifício cita o Papa Francisco, quando diz que, “num mundo onde as diferentes formas de tirania moderna buscam suprimir a liberdade religiosa ou buscam reduzi-la a uma subcultura sem direito de expressão na esfera pública, ou, ainda, buscam utilizar a religião como pretexto para o ódio e a brutalidade, é imperioso que os seguidores das diferentes tradições religiosas unam suas vozes para invocar a paz, a tolerância e o respeito à dignidade e aos direitos dos outros”. (RL)

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Igreja no Mundo



Religiosos brasileiros convidam para Via-Sacra em Roma

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Roma (RV) - “Nossa casa comum”: a Encíclica Laudato Si inspira este ano as estações da Via-Sacra organizada pela Comissão JPIC (Justiça e Paz e Integridade da Criação) da União das Superioras e Superiores Gerais (UISG/USG). A Via-Sacra será realizada no Domingo de Ramos, 20 de março, no parque Villa Borghese, no coração da capital italiana.

Como no ano passado, os Religiosos Brasileiros em Roma (RBR) se unem à Comissão JPIC. As estações serão feitas em italiano, inglês, espanhol e português. O convite é aberto a religiosas e religiosos e leigas e leigos que queiram participar.

“Enquanto caminhamos pelo parque Villa Borghese, contemplaremos as árvores, as plantas, as rochas, o solo, a água, os pássaros, o vento, e deixaremos que eles nos interpelem sobre nossas relações quebradas, não só com os seres humanos nossos irmãos e irmãs, mas também com toda a criação”, lê-se no convite.

Programa

A Via-Sacra terá início com a celebração da Eucaristia às 9h, na Basílica de Santa Maria del Popolo, em frente à Piazza del Popolo. Em seguida, os participantes caminharão até o parque onde terá inicio a Via-Sacra. Os organizadores pedem que os interessados enviem um e-mail para jpicusguisg@lasalle.org informando o número de participantes e a preferência de idioma do grupo.

“Um santo tempo de preparação para a Pascoa. Esperamos por você com grande alegria”, lê-se ainda no convite.

(BF)

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Formação



A Palavra de Deus deve estar no caminhar da vida do povo

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” continua com a participação do bispo de Quixadá, Dom Ângelo Pignoli, há nove anos à frente desta Igreja particular do Ceará. 

Na edição passada, atendo-se à implementação do Concílio nestes 50 anos, Dom Pignoli apontou o despertar para a grande renovação litúrgica, catequética proposta pelo Vaticano II e observou que “o Concílio não quis uma reforma apenas exterior, mas profunda, dentro das pessoas, porque sem mudar as pessoas a Igreja não muda”.

Na edição de hoje o bispo de Quixadá nos traz suas considerações acerca de alguns desafios e intuições conciliares que ainda hoje merecem particular atenção.

Dom Ângelo aponta a questão do anúncio do Evangelho e cita a necessidade da preparação par tal anúncio. Diz que é preciso começar com os poucos, com aqueles que querem, “uma nova visão, uma nova mentalidade, para podermos renovar tudo: a liturgia, a vida de comunidade, porque a Igreja é essencialmente comunidade”, observa.

Dom Pignoli diz que “é preciso viver não só de ideias bonitas, mas de partilha realmente com os irmãos, isto se torna um sinal para o mundo”, afirma.

E ao considerar que “ainda há pouca evangelização, pouco anúncio”, chama a atenção para o fato que “a Palavra de Deus ainda deve ser muito mais anunciada, testemunhada, deve estar no caminhar da vida do povo todos os dias”. Vamos ouvir. (RL)

Ouça clicando acima

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Jubileu da Misericórdia no Sudão do Sul

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Cidade do Vaticano (RV) - No programa “O Caminho da Misericórdia” desta quinta-feira (10/03) temos dois convidados. O primeiro, é o missionário comboniano Pe. Raimundo Nonato Rocha dos Santos da Diocese de Balsas (MA), que trabalha no Sudão do Sul. Ele nos conta como está sendo vivido o Jubileu da Misericórdia nesse país africano.  

O segundo, é o Coordenador da Pastoral Diocesana de Sete Lagoas (MG), Pe. Israel Alves Cardoso. Eis o que disse a propósito do Jubileu em sua diocese. (MJ)

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Atualidades



CNBB e CRB enaltecem vida e obra de Fr. Moser

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Brasília (RV) – A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Conferência Nacional dos Religiosos do Brasil (CRB) manifestaram pesar pela morte do Frei Antônio Moser, ocorrida na manhã de quarta-feira (09/03) durante tentativa de assalto, na Rodovia Washington Luiz (RJ). Frei Moser era natural de Gaspar (SC), tinha 75 anos e residia em Petrópolis (RJ).

"A vida de frei Antônio Moser foi rica e fecunda", disse o Secretário-Geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, destacando a atuação do religioso junto à instituição. "Assessorou a Conferência na elaboração de textos e na reflexão teológica, especialmente, na teologia moral", lembrou. “A CNBB é grata pela ajuda recebida e pede ao Pai misericordioso que acolha o frade menor no Reino definitivo. Brilhe para ele a luz da eternidade”, acrescentou.

Sepultamento

O velório está marcado para esta quinta-feira, 10, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Petrópolis, até às 13h. A missa de corpo presente será na Catedral de Petrópolis, às 15h. O sepultamento ocorrerá no mausoléu dos Frades Franciscanos, no cemitério municipal. 

Entusiasmo e determinação

A CRB Nacional também expressa “sinceros sentimentos” pelo assassinato de Frei Antônio Moser. Já o Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, pediu orações e lamentou a morte trágica do seu confrade: "A dura realidade que povoa com frequência os nossos noticiários bate à nossa porta. Com susto e tristeza recebemos a notícia da partida repentina de um irmão, vítima da violência que infelizmente tem se tornado cada vez mais comum. Frei Antônio Moser sempre teve como marcas o entusiasmo e a determinação. Atuou em muitas frentes simultaneamente, desde o estudo e a pesquisa, o trabalho pastoral, as aulas, conferências, o trabalho na comunicação, a dedicação a obras sociais. Especialmente nas décadas de 1970 e 1980, dedicou-se de corpo e alma ao pastoreio de comunidades da Baixada Fluminense, atuando na formação do povo e na construção de igrejas. Hoje, infelizmente, devolvemos a Deus a vida deste irmão, vítima de assassinato na mesma Baixada que tanto amou. Que sua partida leve toda a sociedade a buscar caminhos alternativos, que vençam a violência e a dor, que suplantem a injustiça e a morte, que abram para o mundo um horizonte de esperança. Para nossa Província fica um vazio e aumenta nossa responsabilidade em levar adiante o legado por ele deixado".

(BF/CNBB/CRB)

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Em Romaria: homenagem a Frei Antonio Moser

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Cidade do Vaticano (RV) - O Programa Em Romaria desta quinta-feira homenageou a memória de Frei Antonio Moser, assassinado nesta quarta-feira durante uma tentativa de assalto em uma rodovia do Rio de Janeiro.

O convidado é o Diretor da Tipografia Vaticana, Padre Renato dos Santos. Ele fala, entre diversos assuntos, sobre as lutas do seu conterrâneo catarinense para o bom caminhar da Igreja, da herança do pensamento do religioso, que pode ser encontrada em seus diversos livros, e da contribuição de Frei Moser aos debates do Sínodo para as Famílias, quando pode conversar com o Papa Francisco.

A entrevista foi ao ar nesta quinta-feira e está disponível on demand. 

(rb)

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Caritas Brasil, 60 anos na misericórdia

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Cidade do Vaticano (RV) - A Caritas Brasileira completará 60 anos em 12 de novembro de 2016. Entidade de promoção e atuação social que trabalha na defesa dos direitos humanos, da segurança alimentar e do desenvolvimento sustentável solidário, o organismo atua junto aos excluídos em defesa da vida e na participação da construção solidária de uma sociedade justa, igualitária e plural.

A rede solidária conta com mais de 15 mil agentes, a maioria voluntária, com ação por todo o país. Nos últimos 10 anos, A Caritas deu ajuda a mais de 300 mil famílias, contribuindo para a transformação de suas vidas e devolvendo a elas a esperança de novas conquistas.

A Caritas Brasileira é uma das 164 organizações-membros da Rede Cáritas Internacional presentes no mundo. Seu presidente é Dom João José Costa, arcebispo coadjutor de Aracaju (SE), eleito em novembro de 2015 para um mandato que vai até 2019.

De passagem por Roma, Dom João conversou conosco.

Ouça aqui:

  

(CM)

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Incêndio criminoso destrói igreja e casa paroquial no Chile

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Vilcún (RV) – A Igreja de São Sebastião e a casa paroquial em Vilcún, região de La Araucanía, no sul do Chile, foram incendiadas na madrugada de terça-feira (8). Informações preliminares apontam que o ato criminoso foi realizado por um grupo de encapuzados que amedrontou com disparos o guarda que fazia a segurança e que, depois de tocar fogo no local, fugiu. 

A polícia foi mobilizada em um plano de busca para localizar os responsáveis. O grupo deixou um lenço no local com ordens ligadas ao movimento do povo mapuche – o que serve como pista para encontrá-los. Ninguém ficou ferido no ataque, mas a igreja e a casa paroquial que pertencem aos Frades Menores Capuchinhos teriam ficado destruídas.

O Ministro Provincial dos Capuchinhos no Chile, Frei Héctor Campos, disse que “ver o templo destruído e derrubado é muito doloroso. Atentam contra o mais precioso que os cristãos têm, um lugar onde muita gente vem para se encontrar com Deus. É um dano enorme para a nossa vida como crentes, católicos, como capuchinhos”, comentou ele.

Em cerca de 10 dias, no próximo dia 20 de março, está marcada a festa de São Sebastião. Frei Héctor disse que a celebração será sobretudo para “pedir a Deus o dom da paz, da serenidade e da harmonia, valores que hoje estão sendo transtornados e que geram esse tipo de violência”.

Movimento Mapuche

As comunidades mapuches que moram no sul do Chile estão mobilizadas na luta pela recuperação do que consideram suas terras ancestrais e por mudanças constitucionais em prol dos direitos indígenas. Eles defendem que o Estado não deu importância às denúncias que eles fizeram ao permitir a realização de projetos hidrelétricos e florestais.

A insatisfação do movimento mapuche já provocou diversos atos de violência nas regiões Biobío, La Araucanía e Los Rios, como ataques a agricultores, em áreas de preservação florestal e contra motoristas de caminhões. Além disso, em 2014, a comunidade mapuche Trapilhue ocupou o Seminário Maior São Fidel, na diocese de Villarrica, mas finalmente foi retirada do local à força no início deste mês.

(ACI/AC)

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A RV com o Papa na Semana Santa. Confira nossa programação

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco presidirá publicamente as seguintes cerimônias, em março. Os horários referem-se ao de Brasília.

Domingo, 20, Praça São Pedro

Santa Missa de Domingo de Ramos, a partir das 5h25

Quinta-feira, 24, local a ser definido

Santa Missa da Ceia do Senhor e rito do Lava Pés, a partir das 12h55

Sexta-feira, 25, Basílica Vaticana

Celebração da Paixão do Senhor, a partir de 12h55

Sexta-feira, 25, Coliseu

Via Sacra, a partir de 17h05

Sábado, 26, Basílica Vaticana

Vigília Pascal na Noite Santa, a partir das 16h25

Domingo, 27, Praça São Pedro

Santa Missa de Páscoa e Bênção Urbi et Orbi, a partir das 5h05

O Programa Brasileiro transmitirá todos os eventos integralmente e ao vivo, com comentários em português. As cerimônias podem ser acompanhadas por Rádio, TV e Player. 

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