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Sumario del 17/03/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: esperança, virtude humilde e forte que nos sustenta

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Cidade do Vaticano (RV) - “A esperança cristã é uma virtude humilde e forte que nos sustenta e não nos deixa afundar nas muitas dificuldades da vida.” Foi o que disse o Papa Francisco na missa matutina desta quinta-feira (17/03), na Casa Santa Marta. 

O Pontífice reiterou que a esperança nunca desilude. É fonte de alegria e dá paz ao nosso coração.  

Jesus fala com os doutores da lei e afirma que Abraão “exultou na esperança” de ver o seu dia. O Papa Francisco se inspirou na passagem do Evangelho do dia para sublinhar que a esperança é fundamental na vida do cristão. “Abraão teve as suas tentações no caminho da esperança, mas acreditou, obedeceu ao Senhor e se colocou a caminho rumo à terra prometida”, disse o Pontífice. 

A esperança nos dá alegria

“Existe um fio de esperança que une toda a história da salvação e é fonte de alegria”, disse Francisco que acrescentou: 

“Hoje, a Igreja nos fala da alegria da esperança. Na primeira oração da missa pedimos a graça de Deus para que proteja a esperança da Igreja a fim de que não falhe. Paulo, falando de nosso Pai Abraão, nos diz: ‘Esperando contra toda esperança’. Quando não há esperança humana, há aquela virtude que nos leva adiante, humilde e simples, e nos dá uma alegria, às vezes uma grande alegria, às vezes somente a paz, mas a segurança de que aquela esperança não desilude. A esperança não desilude.”

“Esta alegria de Abraão, esta esperança”, prosseguiu, “cresce na história. Às vezes se esconde, não se vê; às vezes se manifesta abertamente”. Francisco cita o exemplo de Isabel grávida que exulta de alegria quando foi visitada pela sua prima Maria. “É a alegria da presença de Deus que caminha com o seu povo. E quando existe alegria, existe paz. Esta é a virtude da esperança: da alegria à paz”. “Esta esperança nunca desilude, nem mesmo nos momentos da escravidão, quando o Povo de Deus estava em terra estrangeira.” 

A esperança nos sustenta

Este fio de esperança começa com Abraão, “Deus que fala a Abraão e termina com Jesus”. Francisco se deteve sobre as características desta esperança. Se, de fato, se pode dizer ter fé e caridade, é mais difícil responder sobre a esperança: 

“Isto tantas vezes podemos facilmente dizer, mas quando perguntamos: ‘Você tem esperança? Você tem a alegria da esperança? ‘Mas, Padre, eu não entendo, explica-me’. A esperança, esta virtude humilde, a virtude que escorre por baixo da água da vida, mas que nos sustenta para não nos afogarmos nas muitas dificuldades, para não perdermos o desejo de encontrar Deus, de encontrar aquele rosto maravilhoso que todos nós vamos ver um dia: a esperança."

A esperança não desilude

Hoje, disse o Papa, vai ser um bom dia para pensar sobre isso: o mesmo Deus, que chamou Abraão e o fez sair da sua terra, sem saber para onde estava indo, é o mesmo Deus que vai à cruz, para realizar a promessa que fez":

“É o mesmo Deus que na plenitude dos tempos faz com que a promessa se torne uma realidade para todos nós. E o que une aquele primeiro momento a este último momento é o fio de esperança; e o que une minha vida cristã à nossa vida cristã, de um momento para outro, para ir sempre avante - pecadores, mas avante - é a esperança; e o que nos dá a paz em tempos difíceis, nos momentos mais sombrios da vida é a esperança. A esperança não desilude, está sempre ali: silenciosa, humilde, mas forte”.

(MJ/SP)

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Papa: por trás de toda dificuldade existem pessoas concretas

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa recebeu em audiência nesta quinta-feira, (17/03), na Sala Paulo VI, cerca de 3 mil universitários participantes da 8ª edição da Conferência da Universidade de Harvard nos modelos das Nações Unidas (WorldMUN), em curso em Roma.

 

“Estou particularmente feliz de saber que vocês representam muitas nações e culturas, e por isso simbolizam a rica diversidade de nossa família humana”, disse o pontífice em seu discurso.

“Como estudantes universitários, vocês se dedicam à busca da verdade e da compreensão, ao crescimento na sabedoria, não somente para o seu benefício, mas também para o bem de suas comunidades locais e toda a sociedade. Espero que esta experiência os leve a apreciar a necessidade e a importância de estruturas de cooperação e solidariedade que foram forjadas pela comunidade internacional durante os últimos anos. Estas estruturas são particularmente eficazes quando se destinam ao serviço dos vulneráveis e marginalizados do mundo. Rezo para que as Nações Unidas e cada um dos Estados Membros sejam sempre disponíveis  a tal serviço e zelo.”

Os problemas do mundo têm um rosto

Francisco disse aos jovens que “o maior fruto de seu estar juntos aqui em Roma não está na aprendizagem acerca da diplomacia, dos sistemas institucionais e das organizações, que são importantes e merecem o seu estudo, mas no tempo passado juntos, no encontro com as pessoas de várias partes do mundo que representam não somente os muitos desafios atuais, mas sobretudo a rica variedade de talentos e o potencial da família humana”. 

O Papa disse que os assuntos e problemáticas que os participantes do encontro trataram possuem um rosto. “Cada um de vocês pode descrever as esperanças e os sonhos, os desafios e os sofrimentos que caracterizam as pessoas de seu país”, disse. 

Francisco destacou que nesses dias os jovens estão aprendendo muito uns dos outros e devem se lembrar que por trás de toda dificuldade que o mundo enfrenta estão homens e mulheres, jovens e idosos, pessoas como eles. 

“Existem famílias e indivíduos que vivem lutando todos os dias, que procuram cuidar de seus filhos e garantir-lhes não somente um futuro, mas também as necessidades básicas de hoje". "Ao mesmo tempo”, reiterou Francisco, “muitos daqueles que foram atingidos pelos problemas mais graves do nosso mundo atual, pela violência e pela intolerância, tornaram-se refugiados, tragicamente obrigados a abandonar as suas casas, privados de sua terra e sua liberdade”.

A força da comunidade está na compaixão

“Estas pessoas precisam de sua ajuda”, disse o pontífice aos universitários. “Eles pedem a vocês em alta voz para serem ouvidos e são dignos de seu esforço pela justiça, paz e solidariedade.”

São Paulo nos diz que devemos nos alegrar com aqueles que se alegram e chorar com os que choram. “A nossa força como comunidade, em qualquer nível de vida e organização social, se apoia não tanto em nossos conhecimentos e habilidades pessoais, mas na compaixão que temos uns pelos outros, no cuidado que temos sobretudo com aqueles que não podem cuidar de si mesmos”, disse ainda Francisco. 

O Papa deseja que a experiência vivida pelos jovens aqui em Roma os leve a ver o compromisso da Igreja Católica no serviço aos pobres e refugiados, no apoio às famílias e comunidades, e na proteção da dignidade inalienável e dos direitos de todo membro da família humana. 

Cuidar dos outros é um chamado universal

“Nós cristãos acreditamos que Jesus nos chama a servir os nossos irmãos e irmãs, a cuidar dos outros prescindindo de sua proveniência e circunstâncias. Todavia, esta não é somente uma tarefa dos cristãos, mas um chamado universal, arraigado em nossa humanidade comum”, frisou Francisco. 

O Papa concluiu, pedindo a Deus para conceder aos estudantes a mesma felicidade que prometeu aos que têm fome e sede de justiça e trabalham pela paz. (MJ)

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Francisco recebe o Presidente de Portugal Rebelo de Sousa

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu na manhã desta quinta-feira, (17/03), o Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa em sua primeira viagem oficial ao exterior.

 

No encontro “foram sublinhadas as boas relações entre a Santa Sé e Portugal, bem como a contribuição da Igreja à vida do país, com especial referência ao debate na sociedade sobre a dignidade da vida humana e  sobre a família”.

Durante a audiência, prossegue um comunicado da Sala de Imprensa vaticana, “houve uma troca de opiniões sobre a situação na Europa e na área do Mediterrâneo, em particular sobre a questão da migração, bem como sobre outras questões de interesse internacional".

Gratidão

Por ocasião do terceiro ano de pontificado de Francisco nos dias passado o presidente, em uma mensagem, manifestou “a gratidão e o reconhecimento do povo português pelo luminoso magistério” do pontífice.

Rebelo de Sousa elogia “uma visão arrojada do combate às desigualdades, marginalizações e opressões de mais de oito séculos”. “Pela palavra e pelo exemplo, ao longo dos últimos três anos tem Sua Santidade levado a todos os continentes a mensagem cristã e os princípios éticos que a fundamentam, assentes na dignidade da pessoa humana, na justiça social e no respeito pelos nossos semelhantes, crentes e não-crentes”, acrescenta a mensagem oficial.

O presidente da República disse na segunda-feira que a escolha do Vaticano para a sua primeira viagem oficial se relaciona com o fato de ter sido a primeira instituição a reconhecer Portugal como estado independente.

Visita do Papa a Portugal

Entretanto o Patriarca de Lisboa, Cardeal Manuel Clemente, espera que o Presidente da República traga do Vaticano novidades sobre a possível visita do Papa Francisco a Portugal.

Em declarações à Rádio Renascença, Dom Manuel manifestou o desejo de que o Papa permaneça em Portugal o maior número de dias possível, na visita prevista para o centenário das Aparições de Fátima, no próximo ano.

“Eu até espero que venham de lá já mais pormenores acerca dessa vinda do Papa, se vem só para o dia 13 de maio ou, se como todos desejamos, vem um bocadinho antes ou fica um bocadinho depois”, afirmou o patriarca. “Oxalá que esta visita do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa também ajude a esclarecer e que o Papa nos diga alguma coisa”, sublinhou.

Depois de ser recebido pelo Papa no Vaticano, o Presidente português segue imediatamente para Madri, para um encontro com o Rei Filipe VI de Espanha. (SP-Renascença)

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Programa brasileiro vai ajudar a traduzir tuítes do Papa

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Cidade do Vaticano (RV) – Em breve a redação do Programa Brasileiro da Rádio Vaticano vai colaborar com a tradução das mensagens do Papa Francisco no Twitter.

A conta do Papa em português no Twitter está próxima de alcançar a marca de 2 milhões de seguidores. O perfil em língua portuguesa consolida-se assim como o 4º maior, atrás do inglês, espanhol e italiano.

A redação brasileira também está presente no Twitter com a conta Vaticano Informação, que pode ser seguida em @news_va_pt

(rb)

 

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Papa Francisco no Instagram a partir do próximo sábado

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Roma (RV) – A novidade foi anunciada pelo prefeito da Secretaria para a Comunicação do Vaticano, Mons. Dario Edoardo Viganò. Depois da experiência com o Twitter, o Papa Francisco percorre novos caminhos das redes sociais e chega ao Instagram. A conta oficial do Pontífice, com o nome “Franciscus”, entra no ar no dia 19 de março, festa de São José.

 

O Papa Apple

Mons. Viganò deu a notícia durante a apresentação do seu livro nesta segunda-feira (14), em Roma. A obra é intitulada “Fedeltà e cambiamento – La svolta di Francesco raccontata da vicino”, (Fidelidade e mudança – a reviravolta de Francisco contada de perto). O autor ilustra a revolução comunicativa de Bergoglio como “um Papa Apple com interface simples e um sistema complexo, um homem de grande cultura que sabe explicar as coisas às crianças”.

Com os jornalistas, Mons. Viganò falou das novas modalidades de comunicação introduzidas pelo Papa argentino que pode se definir “um perfeito contador de histórias”: “Francisco segue os grandes ensinamentos da Igreja mas, ao mesmo tempo, mudou muito o seu modo de comunicar o pontificado: não somente simplificando a figura do Pontífice, mas também contando história e parábolas. Basta pensar nas homilias de Santa Marta, pelas quais entra nos sentimentos das pessoas através do Evangelho”, disse ele.

Reforma da mídia do Vaticano

Questionado sobre a reforma da mídia do Vaticano, o prefeito explicou que “a plataforma digital pretende repensar de forma unitária e de acordo com o modelo top-down (estratégia de elaboração e administração da informação que parte de um sistema geral às partes individuais e detalhadas) para compreender quem são os usuários. Faremos confluir em um único portal os textos, a rádio e os vídeos. Começamos a fazer grupos de trabalho mistos para juntar todas as coisas boas que existem”.

Mons. Viganò explicou que podem ser necessários cerca de 5 anos para a reforma da mídia do Vaticano. “Este será um ano importante porque vai ocorrer a fusão de TV e Rádio”, num único “Centro de Rádio e TV Vaticano”. “A ideia não é cortar, mas passar aos investimentos. Queremos que cada euro gasto tenha tanto a força comunicativa quanto a semente de missão apostólica”, finalizou Viganò.

(Zenit/AC)

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Igreja na América Latina



Bispos paraguaios enviam mensagem para Marcha dos camponeses

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Assunção (RV) - Solidários com os “camponeses”, os trabalhadores da terra, e com suas reivindicações por uma “vida mais plena e digna”: é o que escreve a Conferência Episcopal do Paraguai (CEP) numa mensagem difundida por ocasião da 22ª Marcha Nacional dos Camponeses, realizada esta quarta e quinta-feira.

No contexto do Jubileu da Misericórdia, escrevem os bispos, “precisamos que a misericórdia abrace a justiça e para isso devem ser promovidas soluções estruturais para a questão dos trabalhadores da terra, graças ao diálogo e ao encontro dos atores políticos, em vista de um desenvolvimento integral e sustentável”.

Agricultura familiar, solução para os problemas sociais

A Conferência Episcopal do Paraguai observa que muitas famílias no campo “vivem situações de grande carência de bens primários” e ressalta que “um processo sustentável será possível quando a agricultura familiar for adotada como solução para os problemas sociais dos camponeses”.

Mas tudo isso “requer tanto um pedaço de terra para poder viver dignamente graças à agricultura, quanto o acesso gratuito e de qualidade à escola e à assistência de saúde”, reiteram os bispos.

Todo camponês tem direito a possuir um pedaço de terra

Em seguida, os bispos do Paraguai recordam o que escreveu o Papa Francisco na Carta encíclica “Laudato si” sobre o cuidado da casa comum (n. 94): O rico e o pobre têm igual dignidade”. Isso tem consequências práticas, como as anunciadas pelos bispos paraguaios:

“Todo camponês tem direito natural a possuir um pedaço razoável de terra, onde possa estabelecer sua moradia, trabalhar pelo sustento de sua família e ter segurança para a própria existência.”

“Tal direito deve ser assegurado a fim de que seu exercício não seja ilusório, mas real. Isso significa que, além do título de propriedade, o camponês deve contar com meios de formação técnica, empréstimos, assegurações e acesso ao mercado.”

Trata-se de uma citação extraída da Carta pastoral da Conferência episcopal, de 1983, intitulada “O camponês do Paraguai e a terra”.

Tutelar a pessoa e a paz social

“Exortamos todos os agricultores, as autoridades e a sociedade em geral a colocar em primeiro lugar a pessoa e a salvaguarda dos princípios da paz social”, evitando atos que possam levar à violência, acrescentam os bispos.

Daí, o convite conclusivo dos prelados às autoridades, a fim de que ouçam “o grito dos camponeses e suas reivindicações e, consequentemente, concretizem aquelas ações estratégicas que contribuem para o bem-estar dos irmãos que vivem no campo”. (Sir / RL)

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Igreja no Mundo



Igrejas cristãs e entidades ecumênicas unidas pela Europa da solidariedade

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Bruxelas (RV) – As igrejas cristãs europeias e cinco organizações ecumênicas se manifestam aos líderes políticos europeus, por ocasião do Conselho Europeu aberto nesta quinta-feira (17), em Bruxelas. A crise dos migrantes na Europa pauta tanto o encontro na Bélgica como a declaração assinada pela Comissão das Igrejas para os Migrantes na Europa (Ccme), Conferência das Igrejas Europeias (KEK), Eurodiaconia, Eu-Cord e Act Alliance.

A carta exorta aos governos europeus de “manter as suas promessas e obrigações em conformidade com o direito internacional”. Convida ainda a União Europeia a “incrementar os esforços para socorrer as pessoas na região do Mediterrâneo e, ao mesmo tempo, a criar passagens seguras e legais para os refugiados, não somente serviços de apoio adequados quando chegam à Europa”.

Vida digna aos migrantes

A “passagem segura” dos refugiados no continente, prosseguem as Igrejas que assinaram a carta, deve incluir programas de “recomposição familiar”, porque “a unidade da família é importante para a integração dos refugiados nas sociedade europeias” e, em tal modo, se evitaria que os migrantes “arrisquem a vida ou recorram aos traficantes”. Daqui, a observação para assegurar os padrões mínimos europeus para as condições de acolhida dos refugiados e o pedido de remover, onde possível, o que barra o acesso aos serviços sanitários, à formação, às iniciativas de inclusão social e ao mercado de trabalho.

Ainda no documento se lê que “a crise dos refugiados é um desafio tanto para a União Europeia como para os países vizinhos e pede uma ampla cooperação e colaboração com os países, além das fronteiras externas da União Europeia”. Por isso, as Igrejas expressam preocupações com o acordo proposto entre União Europeia e Turquia, em especial pelo chamado plano ‘one in, one out’ para os refugiados sírios, que arrisca de excluir quem chega dos outros países como Afeganistão e Eritreia. “As expulsões coletivas são um contrasto com as convenções europeias dos direitos do homem; além disso, segundo a jurisprudência da Corte Europeia de Justiça e da Corte Europeia dos Direitos do Homem, qualquer um tem direito de solicitar asilo no país de chegada ou em qualquer outro país”.

O desejo, então, é que “qualquer futuro acordo com a Turquia respeite as obrigações dos Estados membros da União Europeia segundo o direito europeu e internacional e, em particular, os princípios estabelecidos pela Convenção de Genebra sobre os refugiados”. As Igrejas invocam a paz pela Síria e esperam que a justiça e o respeito às minorias religiosas e étnicas sejam a prioridade de um futuro acordo para o país.

Sinais de esperança e humanidade para migrantes

Conscientes, portanto, “das pressões e das controvérsias” presentes nas sociedades europeias em relação à acolhida dos refugiados, as Igrejas se dizem de acordo sobre a necessidade de “desenvolver um sistema mais organizado”, mas ao mesmo tempo lembrando o quanto seja mais importante dar “sinais de esperança e humanidade” porque assim, conclui a carta assinada, vive-se “a Europa da solidariedade”, pela qual a política poderia dar mais.

(Sir/AC)

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Bispos da Costa do Marfim exortam serenidade e coexistência pacífica

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Abidjan(RV) – Os bispos da Costa do Marfim exortam “serenidade e coexistência pacífica”, depois dos recentes atentados na região turística de Grand Bassam, no último domingo (13). Um grupo de terroristas islâmicos atacou hotéis turísticos próximos à praia, matando 18 pessoas (15 civis e 3 membros das forças especiais).

Numa declaração assinada por Dom Alexis Touabli Youlo, bispo de Agboville e presidente da Conferência Episcopal, eles expressam gratidão a todos os voluntários que se mobilizaram para ajudar os feridos, além de elogiar a ação rápida das forças especiais de segurança e dos serviços de pronto-socorro, como também a presença do presidente Alassane Ouattra no local onde aconteceram os ataques.

O presidente do país também elogiou a ação das forças de segurança que atuaram ‘45 minutos depois’ do início do ataque, "controlado em três ou quatro horas". Segundo fontes de segurança ocidentais, as forças policiais agiram efetivamente de forma rápida, diferentemente do ocorrido em outros atentados em solo africano.

No documento, os bispos ainda expressam proximidade e oração aos conterrâneos feridos e às vítimas (entre as quais, quatro estrangeiros). Uma delas de origem alemã, foi identificada como Henrike Grohs, de 55 anos, diretora do Goethe Institute da cidade.  Enfim, evocam a Deus para que possa “purificar os corações de todos aqueles que colocam a paz em perigo, transforme todos os homens em testemunhas da verdade, da justiça e do amor fraterno” e ajude os governantes da Costa do Marfim a manter a paz e a segurança no país.

Ainda na segunda-feira (14), o presidente do país reuniu os ministros para um conselho extraordinário sobre o ataque jihadista.

(AC)

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Igreja na África: tradução da Bíblia nas línguas do continente

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Johanesburgo (RV) -  “A Igreja na África deve enfrentar os desafios atuais, cooperando com outras confissões cristãs na tradução da Bíblia para todos os grupos linguísticos de nosso continente”.

Foi o que disse o Arcebispo de Cidade do Cabo, Dom Stephen Brislin, Presidente da Conferência Episcopal do Sul da África, durante o discurso de abertura do encontro promovido pelo Centro de Apostolado Bíblico (BICAM) do Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagascar (SECAM/SCEAM). Segundo a Agência Fides, a conferência se realiza, em Johanesburgo, até o próximo sábado (19/03). 

Dom Brislin fez um apelo aos bispos africanos para aumentarem o número de sacerdotes formados como exegetas e outras disciplinas relativas à tradução da Bíblia. Segundo o arcebispo, a Igreja Católica na África tem a responsabilidade e a missão de levar a Palavra de Deus a todas as pessoas de boa vontade. Por isso, é preciso ter exegetas capazes de traduzir a Bíblia nas várias línguas africanas. 

Em seu discurso, Dom Brislin se deteve sobre alguns males que afligem a África, em particular a África do Sul, sublinhando como a avidez e as tensões raciais aumentam a distância entre ricos e pobres, mesmo quando os recursos disponíveis são abundantes. “Devemos ter a coragem de afirmar a verdade e lutar contra os males da sociedade, proteger os indefesos e os marginalizados”, disse ele. 

O coordenador da conferência, Pe. Yves-Lucien Evaga-Ndjana, Diretor do BICAM, explicou que os trabalhos são divididos em dois momentos. O primeiro, sobre a necessidade de tradução da Bíblia nas línguas africanas. O segundo, sobre a inserção “Ad Experimentum” do Apostolado Bíblico no currículo dos Seminários Maiores e dos Centros de Formação na África. (MJ)

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Bispos franceses discutem perseguição anticristã e crise refugiados

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Marselha (RV) - O Jubileu da Misericórdia, os cristãos perseguidos no mundo e a emergência refugiados na Europa, o diálogo com os muçulmanos na França, a próxima JMJ de Cracóvia, a crise econômica, mas também os escândalos da pedofilia no clero, em evidência estes dias com a abertura de uma investigação contra o Cardeal Philippe Barbarin.

Estes são os temas no centro dos trabalhos dos bispos franceses reunidos desde esta terça-feira (15/03), em Lourdes, em sua sessão primaveril (europeia).

Necessário um ímpeto de consciência diante da crise dos refugiados

Na abertura dos trabalhos, o presidente da Conferência Episcopal Francesa, Dom Georges Pontier, dirigiu um pensamento particular aos “cristãos que vivem na carne o mistério pascal: no Iraque, Síria, Nigéria e em outros países da África, mas também na Ásia”.

Falando de centenas de milhares de refugiados que “escapam da guerra, da miséria e da morte”, denunciou o que definiu como sendo “a ação satânica do Estado Islâmico que com a violência e também em nome de Deus faz imperar a morte e a tirania”.

Em seguida, o arcebispo de Marselha pediu “um ímpeto de consciência”, encorajando a Europa a mostrar uma solidariedade constante para com os refugiados “distante dos egoísmos nacionais”. “Os migrantes não podem ser tratados como “mercadoria de troca” à mercê dos interesses dos governos, disse o prelado.

Após atentados de Paris é necessário, na França, um diálogo confiante entre cristãos e muçulmanos

Dom Pontier pediu “um diálogo sério e confiante”, em particular, “entre cristãos e muçulmanos” diante da ameaça do terrorismo islâmico que continua recaindo sobre o país após os atentados de Paris em 2015:

“A pertença a uma mesma nação deve apoiar-se num amor comum pela nossa história. O respeito necessário entre franceses não pode fundar-se na proibição de expressar as próprias convicções profundas”, ressaltou o arcebispo.

Dar um futuro aos jovens

Dom Pontier dirigiu um pensamento aos jovens, convidando-os, em nome dos bispos, a participar numerosos da próxima JMJ de Cracóvia, em julho deste ano.

O prelado deteve-se, em particular, sobre a situação das novas gerações marcadas pelas dificuldades de “entrar na vida ativa e de construir uma vida de casal e uma família” e defendeu políticas capazes de dar perspectivas, em particular, para os jovens, dando um freio “às lógicas financeiras que não têm nada a ver com o homem”. (RL)

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Formação



No signo do Papa Francisco, Igreja vive tempo de renovação

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, continuamos em nosso quadro “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” com a participação do bispo da Diocese de Quixadá, Dom Ângelo Pignoli. 

Originário da região italiana da Lombardia, Dom Pignoli, que chegou ao Brasil quando adolescente, com apenas 14 anos, está desde 2007 à frente desta Igreja particular do Ceará.

Na esteira da edição passada – na qual o bispo de Quixadá ressaltou que “é preciso uma visão nova, uma nova mentalidade, para podermos renovar tudo” –, hoje ele nos fala de um período de renovação na Igreja no signo do Papa Francisco, cujo “exemplo influencia muito os sacerdotes e aqueles que estão próximos e caminham como Igreja”.

Dom Ângelo inicia, porém, tecendo algumas considerações acerca da difícil realidade do ecumenismo no Regional Nordeste 1 (CE) e sobre como vê, nesta realidade do Ceará, essa questão da relação da Igreja com as demais confissões cristãs. Vamos ouvir. (RL)

Ouça clicando acima

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Migração feminina: os perigos da exploração

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Cidade do Vaticano (RV) – Na Audiência Geral da última quarta-feira (16/03), o Papa voltou a falar do desafio da migração. Ao citar o exílio do povo de Israel no Egito, Francisco recordou quem vive hoje uma real e dramática situação, longe de sua pátria, com o olhar marcado pelas ruínas das suas casas, com o coração repleto de medo e a dor da perda dos entes queridos.

“Quantos tentam chegar em outros lugares e lhes fecham as portas. E estão ali na fronteira, porque tantas portas e tantos corações estão fechados. Os migrantes de hoje que sofrem, que sofrem ao relento, sem alimento, e não podem entrar, não sentem a acolhida. Como gosto quando vejo as nações, os governantes que abrem o coração e abrem as portas”, afirmou Francisco.

A Rádio Vaticano contatou a Diretora do Instituto Migrações e Direitos Humanos, Irmã Rosita Milesi. Em especial, Ir. Rosita faz a análise a partir de uma das categorias que ela considera mais vulnerável: a das mulheres. A scalabriniana alerta para os perigos da exploração e de uma visão utilitarista da migração. Clique aqui para ouvir: 

(BF)

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O Jubileu na Arquidiocese do Rio de Janeiro

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Cidade do Vaticano (RV) - O nosso convidado no programa o “O Caminho da Misericórdia” desta quinta-feira (17/03), é o Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Paulo César Costa, que conversou com Silvonei José sobre o andamento do Jubileu da Misericórdia na Arquidiocese do Rio de Janeiro. (MJ) 

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Atualidades



Cardeal Scherer: conchavos palacianos não resolverão crise

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Cidade do Vaticano (RV) – A presidente Dilma Rousseff empossou na manhã desta quinta-feira (17/03), em Brasília, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil.

Logo após a cerimônia no Palácio do Planalto, uma decisão em primeira instância pediu a suspensão da nomeação de Lula.

Diante do panorama de incertezas que desponta no horizonte político brasileiro, a Rádio Vaticano pediu uma análise dos fatos ao Arcebispo de São Paulo, o Cardeal Odilo Scherer.

Dom Odilo defende a liberdade pacífica de manifestação e diz que a crise é uma oportunidade para que o Brasil amadureça politicamente:

“O que nós pedimos a todos é: calma, prudência e serenidade. Mas ao mesmo tempo que cada um tenha toda a liberdade e firmeza em se manifestar democraticamente, se manifestar pacificamente. Eu acho que é sim um momento de amadurecimento do convívio político brasileiro e de uma passagem: essa crise levará a uma passagem de amadurecimento, sem dúvidas. Um amadurecimento político da sociedade em que a sociedade, através de suas organizações, dos seus grupos espontâneos, está querendo participar e não deixar que as coisas se resolvam por, digamos assim, conchavos palacianos”.

Ouça a entrevista completa: 

(sp/rb)

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Dom Basso exorta jovens a atos conscientes nos protestos

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Cidade do Vaticano (RV) – O Presidente da Pastoral da Juventude do Brasil, Dom Wilson Basso, bispo de Caxias no Maranhão, convida os jovens brasileiros que se manifestam contra a corrupção à “uma participação consciente, respeitosa, dialogal, que queira o bem e que promova a paz entre todas as pessoas”.

Em entrevista à Rádio Vaticano, ao falar sobre o respeito à Constituição em um momento de crise generalizada, Dom Wilson reitera que o jovem deve manter a percepção do Estado de Direito, fundamental para a vida democrática da nação.

“É algo que depende muito do trabalho que se faz. A educação passa pela família, escola, igrejas, e nós esperamos sim que o nosso país, já acostumado com a democracia, possa-a manter. E que possamos passar também por este momento difícil e que possam sempre mais surgir oportunidades para toda a nossa juventude, porque a juventude precisa de esperança para construir seu presente e seu futuro”.

Ouça a um trecho da entrevista: 

(rb)

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A RV com o Papa na Semana Santa. Confira nossa programação

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco presidirá publicamente as seguintes cerimônias, em março. Os horários referem-se ao de Brasília.

Domingo, 20, Praça São Pedro

Santa Missa de Domingo de Ramos, a partir das 5h25

Quinta-feira, 24, local a ser definido

Santa Missa da Ceia do Senhor e rito do Lava Pés, a partir das 12h55

Sexta-feira, 25, Basílica Vaticana

Celebração da Paixão do Senhor, a partir de 12h55

Sexta-feira, 25, Coliseu

Via Sacra, a partir de 17h05

Sábado, 26, Basílica Vaticana

Vigília Pascal na Noite Santa, a partir das 16h25

Domingo, 27, Praça São Pedro

Santa Missa de Páscoa e Bênção Urbi et Orbi, a partir das 5h05

O Programa Brasileiro transmitirá todos os eventos integralmente e ao vivo, com comentários em português. As cerimônias podem ser acompanhadas por Rádio, TV e Player. 

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Festa de São Patrício: seguir o exemplo do santo imigrante

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Armagh (RV) – Hoje, 17 de março, é dia de São Patrício e o arcebispo de Armagh, Eamon Martin, dá os parabéns “aos irlandeses no país e exterior, mas, em modo especial, aos novos irlandeses, os tantos imigrantes que fizeram da Irlanda a sua casa”.

Em mensagem, Dom Martin comenta que a festa nacional do padroeiro da Irlanda é ao mesmo tempo de conquistas e desafios: celebra tantas conquistas do país que neste ano comemora o centenário da sua independência, além da enraizada identidade cristã permeada na sociedade irlandesa com os seus valores de fé, esperança e caridade. “Mas a Irlanda em 2016 deve também enfrentar inúmeros desafios: da pobreza à emergência de moradias e grandes desafios sobre a família. Perante esses desafios, a Festa de São Patrício nos lembra um profundo sentido pessoal da misericórdia de Deus e o desejo de compartilhá-lo com os outros”, enaltece o arcebispo.

Seguir o exemplo de São Patrício

Dom Martin, então, faz uma exortação a todos os irlandeses a seguirem o exemplo do santo, abrindo-se à amizade pessoal com Cristo e à experiência da misericórdia de Deus nas próprias vidas para levar essa misericórdia e caridade a todos os que sofrem e aos necessitados do mundo, em especial, aos refugiados e suas famílias: “Como povo irlandês não podemos pensar em Patrício, o prisioneiro, o escravo em exílio, o imigrante irregular, sem reconhecer os enormes desafios humanitários e pastorais enfrentados por tantas pessoas hoje expulsas de um lugar reconhecido no mundo, como acontece na crise dos refugiados na Europa. Então, a mensagem lembra os tantos emigrantes irlandeses no mundo e a obra desenvolvida pelas capelanias nos vários países onde são imigrantes. Inspirados pelo ensinamento do Evangelho: eles oferecem uma ajuda pastoral essencial a tantos irlandeses que procuram se estabilizar em novas sociedades”, conclui o arcebispo.

(AC)

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