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Sumario del 29/03/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Francisco felicita amigo armênio na Argentina

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Buenos Aires (RV) -  O Papa Francisco enviou uma carta ao líder da Igreja armênia na Argentina e Chile, o Arcebispo Kissag Mouradian, para felicitá-lo pelos 25 anos de sua consagração episcopal, segundo divulgou o Centro Armênio da República Argentina, em comunicado. 

“Desde aqui, me uno a esta celebração e à oração de ação de graças”, afirma a carta do Pontífice a Mouradian, recebida poucos dias antes do aniversário, celebrado em 22 de março passado.

“Querido irmão”, começa Francisco, “desejo que o Senhor lhe retribua todo o bem que fazes”, prossegue. “Dou graças a Deus por teu ministério e rezo para que siga fecundo; e por favor, peço que não te esqueças de rezar por mim”, acrescenta. 

Forte amizade

No texto, o Pontífice cumprimenta também os membros da “querida comunidade armênia”, antes de se despedir com um “fraternalmente, Francisco”.
Segundo o Centro Armênio, o Papa e Mouradian mantêm uma “grande relação de amizade” desde a época em que o Cardeal Jorge Bergoglio era arcebispo de Buenos Aires. 

(CM)

 

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Igreja no Brasil



Assembleia Geral da CNBB será dedicada aos leigos

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Aparecida (RV) – Faltam poucos dias para o início da 54ª Assembleia Geral  (AG) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A Assembleia se realizará no período de 6 a 15 de abril, no Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida, em Aparecida (SP). Este ano, o tema central será “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade – Sal da Terra e Luz no Mundo”. 

“A Assembleia é momento muito precioso para nossa Conferência Episcopal e para as igrejas particulares. Trata-se de um espaço de oração, partilha, estudos e convivência fraterna. Durante esses dias, fortalecemos a comunhão entre nós bispos”, explica o Secretário-Geral da (CNBB), Dom Leonardo Steiner. 

Entre os temas prioritários previstos, estão a “Liturgia na Vida da Igreja”, a 14ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, a conjuntura político-social, a mensagem “Pensando o Brasil: crises e superações” e as mudanças do quadro religioso no país.

Pensando o Brasil

Na Assembleia, será preparado um novo volume da série Pensando o Brasil, que apresenta a visão do episcopado brasileiro acerca de temas da realidade do País.

Em 2014, na 52ª AG, foi elaborado o volume 1 do subsídio, que tratou dos “Desafios diante das eleições 2014”, com indicações para o pleito eleitoral que estava em curso. No ano passado o texto abordou as desigualdades.

Em 2016, os bispos devem dar pistas para as eleições municipais. De acordo com dom Leonardo, a mensagem sobre as eleições buscará orientar os fiéis no momento do voto. “Essa orientação não tem a ver com partido político, mas sim com opções políticas. A Igreja deve ter sempre uma opção pela democracia e a CNBB tem procurado ser fiel também às orientações e motivações do Santo Padre”, diz o bispo. 

No texto, os bispos irão tratar das crises e superações, com base no momento atual do País. "A partir do Evangelho, dos documentos da Igreja e do Magistério do papa Francisco,  refletirá sobre essas crises, sejam elas culturais, políticas e sociais. E a partir desses textos, iremos propor superações”, antecipa dom Leonardo. 

Programação

Este é o maior encontro do episcopado brasileiro. São esperados cerca de 320 bispos ativos e eméritos, dos dezoito regionais da CNBB. Diariamente, os trabalhos da Assembleia Geral iniciam com celebração da missa com laudes, das 7h30 às 8h45, no Santuário Nacional de Aparecida, com transmissão ao vivo pelas emissoras católicas de rádio e televisão.

“Esse momento da missa nos ajuda a celebrar como Igreja.Todos os bispos, juntamente com os assessores e assessoras que participam da vida da CNBB e o povo de Deus, celebram na Casa da Mãe Aparecida. A força sempre vem da meditação e escuta da Palavra de Deus, mas também dos nossos gestos caritativos e misericordiosos. Tudo isso trazemos para a liturgia da Assembleia”, comenta dom Leonardo Steiner. 

Tema central

A reflexão do tema “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade – Sal da Terra e Luz no Mundo” foi iniciada em 2014, durante a 52ª Assembleia Geral da CNBB.

O secretário geral, dom Leonardo Steiner, ressalta que nesta Assembleia o texto de trabalho será aprofundado, podendo ser aprovado como documento. O bispo considera o momento importante para refletir sobre a presença dos leigos na Igreja e na sociedade “Os nossos leigos, queridos irmãos batizados, têm papel muito importante na Igreja por conta da vocação que receberam pelo batismo e pela crisma.

São convidados a serem testemunhas de Jesus crucificado e ressuscitado”, diz. . Ainda de acordo com dom Leonardo, os leigos têm a missão de dinamizar as comunidades, sob a orientações dos sacerdotes.

“Eles estão presentes nos grupos, pastorais e movimentos da Igreja. Neste Ano da Misericórdia somos convocados a pensar a missão do leigo na sociedade, pois são eles que levam o consolo, a misericórdia, o cuidado para com os pobres, os necessitados”, pontua. 

Sessões de trabalho

A 54ª Assembleia Geral da CNBB iniciará no dia 6, às 7h30, com uma missa no Santuário Nacional de Aparecida. A cerimônia de instalação da AG acontecerá no mesmo dia, às 9h15, no auditório do Centro de Eventos Padre Vítor Coelho e será aberta à imprensa. Os trabalhos da Assembleia serão desenvolvidos em quatro sessões. O retiro dos bispos começará no dia 9 de abril, às 15h30, e terminará no domingo, 10, às 12h, com uma missa no Santuário de Aparecida.  

O pregador será o presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, cardeal Gianfranco Ravasi.  No dia 12 de abril, terça-feira, às 18h, haverá sessão solene ecumênica. A cerimônia de encerramento da Assembleia será realizada no Centro de Eventos, no dia 15 de abril, às 10h30.  

RV

O Programa Brasileiro da Rádio Vaticano estará presente com o colega Silvonei José.

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Igreja no Mundo



Cristãos paquistaneses: conforto e consolo das palavras do Papa

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Cidade do Vaticano (RV) - “Jesus nos mostra que o poder de Deus não significa destruição, mas amor; a justiça de Deus não significa vingança, mas misericórdia”, afirma o Papa Francisco no tuíte publicado, nesta terça-feira (29/03), na conta @Pontifex. Estas palavras fazem pensar no atentado ocorrido no Domingo de Páscoa (27/03), em Lahore, no Paquistão, perpetrado pelos talibãs, que causou 72 mortos, dos quais 30 crianças e seis mulheres, e 315 feridos. 

No Regina Coeli desta segunda-feira (28/03), o Santo Padre fez um forte apelo em defesa da minoria cristã no Paquistão e condenou o ódio que leva somente à destruição. Nas últimas horas, desafiando o medo, centenas de cristãos e muçulmanos se reuniram, em oração, na entrada do parque de diversão onde ocorreu o atentado. 

A nossa emissora conversou com o presidente da Associação dos Paquistaneses Cristãos na Itália, Prof. Mobeen Shahid. 

Shahid: “As palavras do Santo Padre foram acolhidas com grande conforto e consolo. O Papa soube imediatamente dos fatos terríveis ocorridos em Lahore, e se expressou recordando as vítimas do ataque. Não obstante a maioria das vítimas seja cristã, não devemos nos esquecer que havia também famílias muçulmanas e que também alguns muçulmanos morreram. Tratou-se essencialmente de um ataque contra os cristãos, mas existem também vítimas muçulmanas. Não é um fenômeno contra os cristãos, mas diz respeito a toda nação! Infelizmente, neste momento o país está pagando as consequências daquela educação que foi dada, inspirada no fanatismo, contra o comunismo internacional na guerra contra a Rússia no Afeganistão.” 

Quando o Papa pede “não vingança, mas misericórdia” traça um percurso longo, talvez difícil, mas o único possível, de educação ao diálogo, à convivência a fim de tirar aquela água envenenada onde depois nadam os peixes do integralismo que matam todos aqueles que são contra eles: cristãos, muçulmanos, sem distinção, como aconteceu em Lahore...

Shahid: “Nós como cristãos e especialmente no Ano da Misericórdia devemos assumir um comportamento de fé profunda, segundo o exemplo de Cristo que perdoa. Infelizmente, existe a dor das famílias que perderam suas crianças. Agora mesmo eu soube que morreu mais um menino que estava internado no hospital. Por isso, as crianças mortas são 31, e 8 as mulheres mortas. Tem quem perdeu a mãe, a irmã, o filho ou a filha. Eles também devem ser considerados. O presidente da República e o primeiro-ministro reconheceram o compromisso das minorias religiosas no fundamento do Paquistão. Agora, penso que chegou a hora de o presidente e o primeiro-ministro restabelecerem o Ministério das Minorias, porque sem um ministério federal não é possível proteger as minorias e nem permitir que se desenvolvam e contribuam para o desenvolvimento da nação.”

O Papa Francisco pediu um esforço das autoridades. Este é outro ponto: a dificuldade do Governo de enfrentar o extremismo. Por outro lado, há também o fato de que está ainda de pé uma lei como a da blasfêmia...

Shahid: “Ontem, o primeiro-ministro, Nawaz Sharif, em seu apelo feito à noite a toda nação, se expressou a propósito do abuso da lei sobre a blasfêmia. Foi um passo positivo para os cristãos e para as minorias do Paquistão. De fato, em seu discurso, o primeiro-ministro disse: ‘Não aceitaremos ilegalidade em nome de Deus e do Profeta’. É a primeira vez que isso acontece depois dos três governos. É um passo importante o fato de que o primeiro-ministro tenha ressaltado que não se pode aceitar a ilegalidade. Esperamos que além de restabelecer o Ministério das Minorias no Paquistão se possa também instituir um comitê que possa tomar medidas concretas, reais e efetivas para diminuir o abuso do recurso a essa lei ou até mesmo aboli-la.”

Essa tragédia ocorreu no Domingo de Páscoa, dia em que os cristãos do mundo inteiro celebram o Cristo Ressuscitado. O que os cristãos, inclusive os que vivem na Itália, podem fazer para a comunidade cristã do Paquistão?

Shahid: “Como cristãos, convido todos a rezar pelas vítimas dessa tragédia que eu chamo também de ‘mártires da fé’, visto que morreram pelo fato de ser cristãos, e isso foi declarado pelos talibãs. Hoje, junto com a Comunidade de Santo Egídio, nos reuniremos às 20h locais na Basílica Romana de Santa Maria in Trastevere para rezar pelas vítimas. Todos aqueles que desejam participar estão convidados a rezar conosco.” (MJ)

 

 

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Celebração em Bruxelas une cristãos e muçulmanos na Catedral

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Bruxelas (RV) – A cidadania belga respondeu ao convite de líderes religiosos e participou maciçamente de uma homenagem, segunda-feira (28/03), às vítimas dos atentados de Bruxelas em uma celebração ecumênica e inter-religiosa às 18h locais, na Catedral de São Miguel e Santa Gúdula, na capital.  

Líderes de todas as grandes religiões participaram da vigília, assim como pessoas envolvidas diretamente no ataque, incluindo equipes de resgate, polícia e funcionários do aeroporto.

Vigília no signo da paz

O rito teve o título da oração de São Francisco de Assis: “Senhor, fazei de mim um instrumento de tua paz”. 

O convite foi assinado pelo bispo Jozef De Kesel, arcebispo de Malines-Bruxelles, Dom Atenagora, metropolita da Bélgica, Steven H. Leak, presidente do Conselho sinodal da Igreja Evangélica do Reino da Bélgica, Geert W.Lorein, presidente do Sínodo das Igrejas Evangélicas da Bélgica e o reverendo Jack Mc Donald, presidente do Comitê central do culto anglicano belga.

Em declaração conjunta, convidaram não apenas seus fiéis, mas todos os homens e mulheres de boa vontade a se reunirem em oração em memória das vítimas de 22 de março e seus familiares.

“Estou aqui pelos outros. Estou em segurança, mas quero estar aqui por todos os outros, para que fiquemos unidos. Foi essa união que me foi trazida pelos outros durante últimos dias. Se puder fazer o mesmo pelos outros, é claro que o farei com prazer,” afirmou uma das vítimas do atentado terrorista no aeroporto de Bruxelas, Geoffroy Lemaître.

“Ser convidada para um local como a Catedral de Bruxelas tem um grande simbolismo para mim, significa que estamos todos juntos, sejam quais forem as nossas crenças. Quaisquer que sejam as mensagens, estamos unidos, de mãos dadas, em sofrimento,” revelou uma mulher muçulmana, Kamar Takkal.

Balanço de mortos aumenta

O número de mortos do ataque terrorista no aeroporto e no metrô da capital belga subiu, esta segunda-feira, para 35, além dos 3 terroristas.

Cerca de 340 pessoas ficaram feridas e 96 ainda estão internadas, 55 das quais em cuidados intensivos.

(CM)

 

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Conselho Mundial de Igrejas condena ataque no Paquistão

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Genebra (RV) - “Chocante e brutal”: assim o Secretário-Geral do Conselho Mundial de Igrejas (Wcc), Rev. Olav Fykse Tveit, define o ataque num parque público de Lahore, no Paquistão, no dia de Páscoa. Mais de 70 pessoas morreram, das quais pelo menos 50 cristãs. Entre as vítimas, há também muçulmanos e inúmeras crianças. Cerca de 300 pessoas ficaram feridas. O atentado foi reivindicado pelos talibãs. 

Ataque chocante

“Trata-se de um ataque particularmente chocante” – afirma Tveit em comunicado. “Em primeiro lugar, porque parece que teve a intenção clara de atingir as crianças que estavam simplesmente se divertindo no parque”. Em segundo lugar, destaca o Secretário-Geral do Wcc, “porque parece que tinha como alvo a vulnerável minoria cristã do Paquistão, atacando num dos dias mais sagrados do calendário litúrgico”, isto é, a Páscoa.

Empenhar-se no respeito da pessoa humana

“Diante de tal brutalidade – continua Tvei –, a família humana, todos os fiéis e as pessoas de boa vontade devem permanecer unidos e se empenhar em favor do respeito e do cuidado ao próximo e da prevenção de violências semelhantes”. Encorajando à oração em solidariedade às vítimas e a seus familiares, Olav Tveit exorta o governo e as autoridades do Paquistão a “fazer mais para proteger toda a população – seja esta cristã, muçulmana ou de outras religiões – da violência perpetrada por extremistas”.

Tutelar o princípio da liberdade religiosa

“O princípio da liberdade de religião e de credo para todos – conclui o Conselho Mundial de Igrejas - deve ser afirmado e tutelado no Paquistão e no restante do mundo, como responsabilidade fundamental, ética e legal dos governos.” Por fim, Tveit destaca que “toda referência à violência em nome da religião ou motivada pela religião é inaceitável e perigosa”. (BF) 

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Ajuda à Igreja que Sofre levará doações do Papa a cristãos iraquianos

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Roma (RV) - A fundação “Ajuda à Igreja que Sofre” (AIS) estará no norte do Iraque, mais precisamente em Irbil, no Curdistão iraquiano, a partir da próxima sexta-feira (01/04). Para a ocasião, o Papa Francisco confiou ao bispo de Carpi – norte da Itália –, Dom Francesco Cavina, alguns paramentos sagrados e uma contribuição financeira pessoal para os cristãos iraquianos. 

Dom Cavina fará parte da delegação, conduzida pelo diretor  da AIS-Itália, Alessandro Monteduro, com o bispo de Ventimiglia-San Remo, Dom Antonio Suetta, e Pe. Massimo Fabbri, representando a Arquidiocese de Bolonha.

“Assim que o Santo Padre soube desta minha viagem com a “Ajuda à Igreja que Sofre”, me telefonou expressando o desejo de enviar uma doação aos nossos irmãos na fé iraquianos”, disse Dom Cavina.

Além disso, o Pontífice entregou ao bispo de Carpi uma carta na qual louva a viagem organizada pela “AIS”, “iniciativa que expressa amizade, comunhão eclesial e proximidade a muitos irmãos e irmãs, cuja situação de aflição e de tribulação profundamente me entristece e nos convida a defender o inalienável direito de toda pessoa a professar livremente a própria fé”, lê-se na missiva.

O Papa convida a “não esquecer o drama da perseguição”, notando que “o testemunho de fé corajosa e paciente de muitos discípulos de Cristo representa para toda a Igreja um chamado a redescobrir a fonte fecunda do Mistério Pascal do qual obter energia, força e luz para um novo humanismo”.

“A misericórdia convida-nos a inclinar-nos a estes nossos irmãos para enxugar suas lágrimas, para curar suas feridas físicas e morais, para consolar seus corações dilacerados e talvez desfalecidos. Não se trata somente de um ato imperioso de caridade, mas de um socorro ao próprio corpo, porque todos os cristãos, em virtude do mesmo batismo, são “um” em Cristo”, prossegue o Santo Padre.

No Curdistão, a delegação encontrará o arcebispo caldeu de Irbil, Dom Bashar Matti Warda, com o qual visitará os centros para refugiados, no subúrbio de Ankawa, de maioria cristã. Entre estes, também o vilarejo Padre Werenfried, que tem o nome do fundador de “AIS”, Pe. Werenfried van Straaten, um assentamento de 150 casas pré-fabricadas doadas pela “AIS” no qual vivem 175 famílias cristãs.

A visita prosseguirá nas escolas pré-fabricadas doadas pela “AIS”, que permitem a cerca de 7 mil crianças iraquianas continuar estudando.

Nos dias seguintes a delegação encontrará também o bispo siro-católico de Mosul, Dom Petros Mouche, obrigado a viver em Irbil com seus fiéis após a cidade sede de sua diocese ter sido conquistada pelo autoproclamado Estado Islâmico.

O diretor de AIS-Itália recordou que desde o primeiro momento, a fundação auxiliou os cristãos refugiados no Curdistão iraquiano: “doamos alimentos, casas e escolas a fim de que pudessem viver dignamente. Sem jamais esquecer o apoio pastoral, de modo que os cristãos pudessem viver plenamente sua fé. Uma fé à qual corajosamente jamais quiseram renunciar mesmo a custa da vida”.

De junho de 2014 até hoje a "AIS" doou aos cristãos iraquianos mais de 15 milhões e 10 mil eurosA ajuda aos cristãos iraquianos foi levada adiante também na Quaresma deste ano, durante a qual a seção italiana da fundação pontifícia promoveu seis diferentes projetos para ajudar 250 mil cristãos que ficaram no País do Golfo. Também as referidas dioceses de Carpi e de Vantimiglia-San Remo aderiram à campanha com generosas doações. (RL)

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Arcebispo de Lahore visita vítimas do atentado

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Lahore (RV) - “Visitei cada leito e cada vítima independentemente de sua fé. Foi muito difícil, porque vi muitas crianças de apenas 4 ou 5 anos, cristãs e muçulmanas, feridas ou mortas por este terrível ataque”, disse o Arcebispo de Lahore, Dom Sebastian Francis Shaw, à fundação ‘Ajuda à Igreja que Sofre’ (AIS), depois do atentado  ocorrido no Domingo de Páscoa (27/03), em Lahore, no Paquistão, no parque de diversão. 

O prelado conversou com AIS de retorno do hospital onde visitou alguns dos 300 feridos e as famílias das 72 vítimas do atentado, dentre as quais 30 crianças. “Depois do ataque do ano passado contra duas igrejas cristãs no bairro de Youhanabad, tivemos medo de que pudesse ocorrer outro atentado. Por isso, o Governo nos forneceu todas as medidas de segurança necessárias para proteger as igrejas, mas ninguém pensou no parque”, disse o arcebispo.

Na tarde do Sábado Santo as autoridades locais fizeram uma reunião para concordar as medidas necessárias de segurança. Dom Shaw acredita que a comunidade cristã fosse o objetivo dos terroristas, mas sublinha que entre as vítimas e feridos estão também muitos muçulmanos. O prelado ofereceu conforto e consolo também a eles. “Aos meus fieis eu lhes disse para não perderem a esperança, porque mesmo se enfrentamos um período tão difícil, devemos aprender a nos reerguer como Cristo soube se reerguer, mesmo levando a cruz. Também nós, carregando a nossa cruz, devemos ir adiante, porque Deus está e estará sempre conosco”, disse ainda o arcebispo de Lahore. 

O diretor da Comissão Justiça e Paz do Paquistão, Peter Jacob, disse à AIS que os terroristas quiseram atingir sobretudo a comunidade cristã. Ele acredita também que eles quiseram mandar uma advertência ao Governo de Nawaz Sharif pelo compromisso do Exército paquistanês na luta contra o terrorismo e que o atentado possa estar ligado à recente execução de Mumtaz Qadri que, em 2011, matou o governador do Punjab Salmaan Taseer que criticou a lei da blasfêmia. 

Depois de sua morte houve em todo o país vários protestos. “Não podemos excluir uma ligação porque entre manifestantes e terroristas existe uma ligação ideológica”, disse Jacob. (MJ)

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"Nem tudo o que reluz é ouro": Campanha faz sucesso na Suíça

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Genebra (RV) – Cerca de 3 mil paróquias suíças aderiram em 2016 à Campanha de Quaresma, a iniciativa anual ecumênica promovida no país pelo organismo caritativo católico “Action de Carême”, (Ação de Quaresma), em parceria com os protestantes de “Pain pour le prochaine” (Pão para o Próximo) e aos cristãos de “Etre partenaire” (Ser parceiro). A Campanha este ano focou a denúncia dos efeitos nocivos da extração do ouro junto às populações do país do sul do mundo. O tema escolhido para a edição foi “Nem tudo o que reluz é ouro”.

Sensibilizar sobre o impacto das atividades extrativas nas comunidades locais

Cerca de 60 palestras e debates foram realizados para conscientizar a cidadania suíça a respeito do impacto das atividades extrativas nas comunidades locais. Houve ainda peças de teatro, projeções de filmes, refeições de quaresma em salas de paróquias, escolas e outros locais públicos. Um dos momentos mais fortes foram os testemunhos de hóspedes convidados de Burquina-Faso e África do Sul, que falaram sobre a situação em seus países e seu trabalho no território.

Nas ruas de Friburgo, Losanne, Peseux e Sion foi exposto um cubo dourado de 5 metros cúbicos, equivalente à quantidade de outro transformada nas refinarias suíças, com painéis explicando o papel do país no comércio deste metal precioso.

Numerosas adesões de outras iniciativas 

“Pain du partage” (Pão da compartilha) recolheu 50 mil francos suíços, enquanto a venda de 130 mil rosas levantou meio milhão. A arrecadação vai permitir o financiamento de projetos de ajuda aos cidadãos de Burquina-faso, para que continuem cultivando suas terras, e às comunidades da África do Sul, na denúncia das contínuas violações dos direitos do homem perpetradas pelas indústrias extrativas. 

Uma petição para pedir a regulamentação da indústria extrativa

Enfim, as Igrejas se mobilizaram para recolher assinaturas para a petição “Multinacionais responsáveis”, lançada em abril de 2015 por “Pão para o Próximo” e “Ação de Quaresma”, com cerca de 70 organizações pedindo uma regulamentação global para as atividades extrativas no mundo.

 

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Bispos filipinos: jogo de azar é imoral e favorece lavagem de dinheiro

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Manila (RV) - “Uma vergonha nacional”: com essas palavras, o presidente da Conferência Episcopal das Filipinas, Dom Socrates Villegas, define a dramática relação entre jogo de azar e lavagem de dinheiro no país do sudeste asiático. 

As palavras do arcebispo de Lingayen-Dagupan, divulgadas através de uma declaração, referem-se a um fato recente: um grupo de hackers conseguiu roubar mais de 80 milhões de dólares da Federal Reserve de Nova Iorque (Banco Central EUA), utilizando senha e nome usuário do Banco Central de Bangladesh e desviando uma parte do montante para algumas contas corrente nas Filipinas e, dali, para alguns Cassinos com o objetivo de fazer a lavagem do dinheiro roubado.

Lavagem de dinheiro alimenta atividades criminosas e terroristas

“A lavagem de dinheiro é aquilo que permite às organizações criminosas prosperar e continuar suas ações ilegais”, escreve Dom Villegas. “A lavagem de dinheiro alimenta a seiva vital dos grupos terroristas, quer nacional quer internacional” e é por isso que é preciso “medidas legislativas rígidas” para contrastá-la.

O prelado lança acusações não somente contra os hackers, mas também contra “os dirigentes bancários mancomunados e os funcionários governamentais e administrativos” que permitiram um furto tão grave porque “ninguém concebe um plano criminoso dessa natureza completamente sozinho”, ressalta.

Cassinos destroem família e futuro

Em seguida, o presidente dos bispos filipinos ressalta: “Os cassinos podem ser instrumentos de lavagem de dinheiro” de modo que “as entradas provenientes de atividades  criminosas assumem o aspecto de lucros e volumes legítimos”.

Daí, a forte denúncia que a Igreja filipina faz contra as casas de jogo, definidas “o símbolo do abandono desmedido em que muitos vivem a própria vida”, “desperdiçando seus haveres, destruindo suas famílias, arruinando o futuro delas”.

Todavia, os cassinos “continuam prosperando e seus proprietários se tornando cada vez mais ricos”, observam os bispos filipinos.

Acabar com as apostas on line

Dom Villegas critica também as apostas on line, recordando que “em muitos países do mundo elas são ilegais, enquanto nas Filipinas essas detestáveis atividades continuam”, permitindo “a muitos estrangeiros usufruir do país não para fins comerciais, nem para contribuir economicamente para o melhoramento da vida nacional, mas para apostar on line e dedicar-se ao jogo de azar na web”.

“Reiteradas vezes, em larga escala, o jogo de azar esteve relacionado à criminalidade organizada. E embora não possamos dizer que todo jogo de azar nas Filipinas esteja ligado a atividades criminosas, em todo caso, estamos  alarmados com a brandura com a qual o governo e a sociedade civil enfrentam essas formas de jogo de azar de alto risco”, lê-se na nota do presidente dos bispos filipinos.

Atenção aos jovens: não deixar que caiam no vício do jogo

-Os bispos são convidados a “estar atentos sobretudo aos jovens, a fim de que se mantenham longe deste vício”. “Sabemos que podemos conseguir isso”, conclui, por fim, o presidente da Conferência Episcopal das Filipinas. (RL)

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Formação



Terça-feira da Páscoa: o túmulo vazio!

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Cidade do Vaticano (RV) - O Evangelho de João nos fala de Madalena ao lado do túmulo vazio de Jesus.

Ela chora porque buscou o corpo morto de Jesus e não o encontrou. Entre um soluço e outro, espia dentro do sepulcro e então, enxerga dois anjos vestidos de branco e sentados um à cabeceira e o outro aos pés da sepultura de Jesus. 

A dor é tamanha que ela não percebe o significado do que vê. Dois anjos sentados nas extremidades de um retângulo lembram, para qualquer judeu, a arca da aliança com os anjos do propiciatório.

A arca está vazia. Ela guardava a aliança antiga, agora a nova aliança – Jesus Cristo – que criou vida e vida eterna! A aliança eterna feita pelo Filho de Deus na Ceia, e consumada no sacrifício sangrento da cruz, agora está valendo eternamente, pois o Cristo ressurgiu.

Mas Maria está fechada em sua dor e não vai além dos sinais, daquilo que vê.

Jesus, vivendo seu papel pascal de Consolador, vai ao encontro de Maria, mas de modo discreto. Ele lhe pergunta por que chora e ela, ainda fechada em sua dor, não reconhece a voz do Mestre, a não ser quando ele pronuncia seu nome.

Aí Maria ressuscita e realmente enxerga a realidade: Cristo, seu amado, seu Mestre, como ela o chama, está vivo! E o Senhor, vendo tanto amor, a transforma em apóstola, com a missão de anunciar aos seus irmãos a ressurreição da VIDA!

Como Maria Madalena, tenhamos um imenso amor por Cristo e anunciemos a vitória da Vida sobre a morte, porque ele, a Vida, ressuscitou para sempre! (Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para Terça-feira da Páscoa)

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Enterrar os mortos: obra corporal da Pastoral da Esperança

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Cidade do Vaticano (RV) – Neste espaço dedicado ao este Ano Jubileu Extraordinário, concluímos a reflexão sobre a sete obras corporais de misericórdia.

Com a Superiora da Congregação da Divina Providência, Ir. Márian Ambrósio, comentamos nas edições precedentes as obras que o Papa Francisco nos convida a redescobrir e praticar com mais afinco neste período.

Ir. Márian falou sobre dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, acolher quem não tem teto, vestir os nus, visitar os doentes e os presos. E conclui suas reflexões sobre o ato de enterrar os mortos – obra que tem uma pastoral específica no Brasil: a pastoral da esperança.

Ouça aqui:

 

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Família orionita recuperando jovens da dependência química

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Cidade do Vaticano (RV) - Recentemente, foi inaugurada na ‘Fazenda Campo Alegre’, no Município de Morada Nova (MG), a Comunidade Terapêutica São Luís Orione, que trabalha na recuperação de dependentes químicos.  

Esta iniciativa é uma concretização do projeto da Congregação Religiosa Pequena Obra da Divina Providência, fundada por Dom Orione, para atender as novas formas de pobreza, atualizando na história o carisma de São Luís Orione, que é o amor incondicional aos pobres.

Para enfrentar uma das maiores formas de miséria da atualidade, a Comunidade Terapêutica Dom Orione, nascida em berço católico e inspirada no carisma de São Luís Orione, surgiu em 2011 para acolher homens, maiores de 18 anos, dependentes de droga, álcool e outros, independentemente, de suas convicções religiosas ou estado de vida.

O tratamento de recuperação adotado se baseia no trabalho, na convivência fraterna e na espiritualidade, como forma de encontrar um sentido para a vida e promover a reinserção familiar, social e ocupacional dos residentes.

O nosso convidado de hoje é o Provincial Orionita da Província Nossa Senhora de Fátima - Brasil Norte, Pe. Tarcísio Vieira, que nos fala sobre a Comunidade Terapêutica São Luís Orione. (MJ/www.orionitas.com.br)

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