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Sumario del 30/03/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Audiência: Deus é maior que os nossos pecados

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Cidade do Vaticano (RV) – Mais de 30 mil pessoas participaram da Audiência Geral desta quarta-feira (30/03), na Praça S. Pedro, ainda enfeitada com as flores para o dia de Páscoa. 

Em sua catequese, o Papa Francisco encerrou a série sobre a misericórdia no Antigo Testamento, meditando sobre o Salmo 51, chamado Miserere.

Trata-se de uma oração penitencial, precedida de uma confissão de culpa, na qual o orante deixa-se purificar pelo amor de Deus que o torna uma nova criatura. A tradição atribui este Salmo ao Rei Davi que, após ter cometido adultério com Betsabeia, fazendo que o marido desta, Urias, fosse morto, é ajudado pelo profeta Natã a reconhecer a sua culpa diante de Deus.

O Salmo tem início com palavras de súplicas: “Ó Deus, tem piedade de mim, conforme a tua misericórdia; no teu grande amor cancela o meu pecado. Lava-me de toda a minha culpa, e purifica-me de meu pecado”.

Verdade

Nesta oração, manifesta-se a verdadeira necessidade do homem: a única coisa de que realmente necessitamos na nossa vida é ser perdoados, libertados do mal e das suas consequências.

Assim, neste Salmo, somos convidados a ter os mesmos sentimentos de Davi, reconhecendo a nossa miséria, certos da misericórdia do Senhor. “Deus é maior que os nossos pecados”, afirmou Francisco, repetindo esta frase inúmeras vezes e convidando a multidão a fazer o mesmo.

Fidelidade do Pai

“Deus, que nunca nos abandona, ao perdoar, cancela os nossos pecados, faz de nós novas criaturas.” E o Papa se dirigiu aos fiéis para perguntar se havia alguém que não tinha pecados.

Portanto, nós, pecadores perdoados, podemos até mesmo ensinar aos outros a não pecarem mais. “A dignidade que o perdão de Deus nos dá é levantar-se depois de um pecado”, explicou o Pontífice, citando o Salmista: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro, renova em mim um espírito resoluto. Quero ensinar teus caminhos aos que erram e a ti voltarão os pecadores”.

O Papa então concluiu: “Todo pecador perdoado é chamado a compartilhar com cada irmão e irmã que encontra este dom, pois todos são, como nós, necessitados da misericórdia de Deus. O perdão purifica o coração e transforma a vida”. (BF)

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Francisco visita Bento XVI durante a Semana Santa

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Cidade do Vaticano (RV) – Uma visita estritamente particular com o intuito de levar pessoalmente suas felicitações de Páscoa ao Papa emérito. Assim Francisco foi ao mosteiro Mater Ecclesia, nos Jardins do Vaticano, onde Bento XVI vive desde a sua renúncia. 

Durante a Semana Santa – cita a agência Ansa – o Papa emérito presidiu a Liturgia da Paixão e também alguns rituais pascais. Joseph Ratzinger completará 89 no próximo dia 16 de abril.

Apesar de privada, a visita marcou o reencontro entre Francisco e Bento XVI após a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, em 8 de dezembro.

Encontros públicos

O primeiro – histórico – foi o encontro em Castel Gandolfo, no dia 23 de março de 2013, quando Bento XVI e Francisco rezaram juntos por alguns momentos.

Depois disso, em 5 de julho de 2013, Bento XVI apareceu novamente ao lado de Francisco durante a inauguração de um monumento a São Miguel, nos Jardins Vaticanos.

Em 22 de fevereiro de 2014, durante o consistório para a criação de novos cardeais, a Basílica Vaticana teve pela primeira vez na história a presença de dois papas.

Ratzinger voltaria a encontrar o público – e Bergoglio – em 27 de abril de 2014, quando da canonização de São João Paulo II e São João XXIII, na Praça São Pedro.

Dois meses mais tarde, em 28 de setembro, a convite de Francisco, Bento XVI voltou à Praça São Pedro, onde participou do encontro com a terceira idade. O Papa emérito aparecera bem disposto, apesar de caminhar muito devagar e com a ajuda de uma bengala.

Sempre a convite do Papa Francisco, Bento XVI esteve novamente na Praça São Pedro em 19 de outubro de 2014, quando concelebrou o rito de beatificação do Papa Paulo VI.

Em 2015, Bento XVI voltou à Basílica de São Pedro, onde participou do consistório no qual Francisco criou 20 novos cardeais em 14 de fevereiro.

No final de 2015, Bento XVI passou a Porta Santa da Misericórdia da Basílica de São Pedro, aberta pelo Papa Francisco para o Jubileu, em 8 de dezembro.

Notícias de Bento XVI

A Fundação Joseph Ratzinger mantém um site atualizado com informações acerca das atividades do Papa emérito.

A Rádio Vaticano mantém uma seção especial dedicada às notícias sobre Bento XVI. (ansa/rb)

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Católicos chineses marcam presença na Praça São Pedro

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Cidade do Vaticano (RV) - Uma representativa comitiva de católicos chineses esteve presente na Praça São Pedro para a Audiência geral com o Papa Francisco, na manhã desta quarta-feira (30/03). 

Ao perceber a procedência do grupo de fiéis, o Pontífice acenou positivamente agradecendo a presença de todos.

Diálogo

Durante a coletiva de imprensa no avião papal ao retornar do EUA, em setembro de 2015, Francisco já havia manifestado seu desejo de ver estabelecidas relações diplomáticas entre Santa Sé e China ao confimar que existe diálogo entre as respectivas delegações diplomatas.

"Para mim, ter um país amigo como a China, que tem tanta cultura e tanta possibilidade de fazer bem, seria uma alegria”.

Entrevista

Recentemente, o Papa recebeu na Casa Santa Marta uma equipe do jornal "Asia Times", cuja entrevista recebeu críticas positivas de Pequim. (rb)

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Igreja no Mundo



Assis: novo encontro entre líderes religiosos em setembro

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Cidade do Vaticano (RV) – Diante do quadro atual de conflito internacional, Frei Mauro Gambetti, responsável pela comunidade franciscana de Assis, na Itália, propõe um novo encontro de reflexão e oração pela paz entre os dias 18 e 20 de setembro. A ideia é reunir os líderes religiosos do mundo todo na cidade de Assis.

 

Em comunicado, Frei Mauro analisa que “àquilo que está acontecendo, não podemos responder com o silêncio. A ‘terceira guerra mundial’ já está em marcha e a Europa, ferida no coração e desafiada insistentemente, não pode mais ficar à parte, permanecendo na janela a ver aquilo que acontece no Oriente Médio, na África e em outros países aparentemente distantes. Não pode sequer limitar-se a atualizar programas e convenções para acolhimento dos refugiados”.

A mensagem convergente das religiões

Para o líder da comunidade franciscana de Assis, chegou a hora de “governos e cidadãos tomarem uma posição: esconder-se como ratos ou dar as caras”. Frei Mauro sustenta que “diante da violência furiosa, as religiões devem dar ao mundo uma mensagem convergente” e que “a política deve fazer o esforço de traçar uma rota rumo à justiça e à paz entre os povos, combinando cada projeto com a sustentabilidade ambiental”.

O encontro pela paz em Assis vai acontecer 30 anos depois do primeiro evento do gênero. Frei Mauro, então, cita João Paulo II que, em plena Guerra Fria, convocou os líderes mundiais da religiões para invocar a paz no mundo. Para o diálogo inter-religioso deste ano, em Assis, com dois dias de debates e um dia de oração, são esperados líderes religiosos, como também políticos, representantes do mundo científico e da cultura, e agentes de paz. “Juntos veremos quais são os princípios reconhecidos por todas as religiões para uma coexistência pacífica”, aponta Frei Mauro.

Que deste encontro, conclui o franciscano, possam sair diretrizes para uma maior integração de culturas e que esse modelo possa ser levado a todo o mundo, à União Europeia e às Nações Unidas.

(Sir/AC)

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Prêmio São João Paulo II será entregue neste sábado

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Teggiano (RV) – Está marcada para o próximo sábado, 2 de abril, a cerimônia de entrega do prêmio São João Paulo II na diocese da pequena cidade de Teggiano, ao sul da Itália, com pouco mais de 8 mil habitantes. O evento acontece na data do 11° aniversário da morte de Wojtyla, no salão da Paróquia de São Marcos. 

Prêmio São João Paulo II

A distinção procura valorizar o trabalho dos jornalistas empenhados na comunicação eclesial. Os vencedores da primeira edição do Prêmio foram: Pe. Ciro Benedettini, vice-diretor emérito da Sala de Imprensa da Santa Sé, com um prêmio de carreira por ter sido o microfone de três pontífices (Karol Wojtyla, Joseph Ratzinger e Jorge Mario Bergoglio); e os jornalistas italianos Stefania Falasca, do jornal Avvenire, e Fabio Marchese Ragona, da rede televisiva Mediaset.

No mesmo dia, às 21h37, hora da morte de São João Paulo II, será possível beijar a relíquia dos cabelos do Papa polonês, que se encontra na Paróquia de São Marcos. Já no domingo, 3 de abril, às 11h30, Pe. Benedettini vai presidir a solene concelebração eucarística do dia, dedicado por Wojtyla à Divina Misericórdia.

(AC)

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Conferência espiritual prepara jovens para a JMJ de Cracóvia

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Cracóvia (RV) - Com proposta de motivar os peregrinos para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2016, o Comitê Organizador tem realizado conferências espirituais. Pela quinta vez, a iniciativa “Por nós e pelo mundo inteiro” reúne peregrinos para rezar, virtualmente, no Santuário da Divina Misericórdia. 

A próxima conferência espiritual ocorrerá em 2 de abril, data do 11º aniversário da morte do Papa João Paulo II e também véspera do Domingo da Divina Misericórdia. Os convidados para conduzir a meditação são o Bispo Auxiliar de Cracóvia, Dom Grzegorz Ryś, e Padre Peter Hocken. Eles irão falar sobre a Divina Misericórdia, as preparações para a Jornada Mundial da Juventude e o papel da Eucaristia na vida dos discípulos de Cristo.

“Eu desejo que a Jornada Mundial da Juventude seja um tipo de revolução para os jovens, que possam ser capazes de ver a si mesmos no contexto de outros e ver que ser uma pessoa de fé não é algo constrangedor, é algo fantástico, e que temos algo para dar ao mundo”, disse o secretário da Equipe de Nova Evangelização da Conferência Episcopal Polonesa, Padre Artur Godnarski.

A 5ª Conferência espiritual será transmitida, online, em polonês, inglês e espanhol, no site oficial da JMJ de Cracóvia

Brasil na JMJ

Em reunião, os bispos referenciais para a juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) confirmaram participação na JMJ 2016. O Bispo de Caxias (MA) e o Presidente da Comissão Episcopal para a Juventude, Dom Wilsom Basso, disse que ao menos 23 bispos guiarão os jovens brasileiros que irão de Cracóvia, em julho.

Para Dom Wilsom, acompanhar a juventude é missão indispensável na vida da Igreja. "Uma Igreja sem jovens é uma Igreja sem presente e sem futuro. Por onde andamos sentimos esta presença forte, pró-ativa, de nossa juventude. E nós, enquanto Comissão Episcopal, com todas as instâncias que temos em nosso país, temos trabalhado nesta direção, para colocar no coração de todas as pessoas que trabalham com a juventude este mesmo sentimento de acreditar nesta força que vendo a juventude que é decisiva e fundamental para toda nossa Igreja e também para a nossa sociedade", disse o Bispo.

(BF/CNBB)

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Formação



Jubileu da Misericórdia mobiliza sacerdotes e religiosas

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Cidade do Vaticano (RV)-  A edição desta quarta-feira (30/03) do “Porta Aberta no Ano da Misericórdia” dá destaque aos muitos sacerdotes e religiosas que visitam os estúdios da Rádio Vaticano.

Com o Padre Vanderley de Oliveira, da Diocese de Volta Redonda (RJ), falamos sobre o Domingo da Divina Misericórdia (03/04), que vai reunir os seus devotos na Praça S. Pedro para o seu Jubileu. Foi justamente sua devoção a essa espiritualidade a que o inspirou a se tornar, neste Ano Jubilar, um missionário da misericórdia.

Na sequência, há as entrevistas que Silvonei José fez a três sacerdotes que visitaram recentemente nossa redação: o Pe. Domingos Barbosa, Diretor de Estudos do Colégio Pio Brasileiro; Pe. Adilson Schio, Vigário-Geral da Congregação dos Missionários Saletinos; e Pe. Aldino Kiesel, Superior dos Oblatos de S. Francisco de Salles.

O Programa se conclui com a Superiora da Congregação da Divina Providência, Ir. Márian Ambrósio. Ela finaliza seus comentários sobre as sete obras corporais de misericórdia, falando sobre o ato de enterrar os mortos.

(BF)

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Devotos da Divina Misericórdia celebram Jubileu no Vaticano

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Cidade do Vaticano (RV) – No próximo domingo (03/04) celebra-se a Divina Misericórdia. E nesta ocasião, os fiéis que aderem à espiritualidade virão ao Vaticano para celebrar o seu Jubileu com o Papa Francisco.

O Programa Brasileiro contatou o Padre Vanderley de Oliveira, da Diocese de Volta Redonda (RJ). Foi justamente sua devoção à Divina Misericórdia que o inspirou a se tornar, neste Ano Jubilar, um missionário da misericórdia.

Doutorando em Roma, Padre Vanderley é estudante do Colégio Pio Brasileiro. Nesses dias se encontra na Sardenha para um missão e de lá nos falou deste Jubileu dos devotos da Divina Misericórdia.

Clique abaixo para ouvir:

 

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Igreja latino-americana assumiu signo da Lumen Gentium

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Cidade do Vaticano (RV) - No nosso espaço Memória Histórica, 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos começar a tratar na edição de hoje da Constituição Dogmática Lumen Gentium sobre a Igreja. 

A Constituição Dogmática Lumen Gentium sobre a Igreja é uma das quatro Constituições do Concílio Vaticano II, onde pela primeira vez na história dos Concílios a Igreja revê a si mesma. O Documento coloca fundamentos, balizas muito importantes, não somente para a Eclesiologia, mas também para a Cristologia. Ele foi aprovado na presença de Paulo VI pela ampla maioria dos Padres Conciliares, recebendo na votação final 2.151 placet e somente 5 non placet.

Mas quem nos fala da importância deste documento para a Igreja é o Bispo de Santo André (SP), Dom Pedro Cipollini:

"Na verdade tudo que se fala da Igreja após o Concílio Vaticano II, deve estar ancorado nesta Constituição Dogmática, porque realmente foi um momento de grande inspiração, profundidade teológica, os Padres Conciliares souberam aproveitar de toda uma reflexão teológica, com muito equilíbrio, basta que vejamos as citações deste documento, baseadas nos Santos Padres, no Magistério, no Magistério não só próximo, mas também o Magistério ao longo da história da Igreja. É uma verdadeira joia este documento que tem iluminado a Igreja nos anos posteriores ao Vaticano II, de forma que ao falar de Igreja, nós devemos partir deste documento, desta Constituição Dogmática, da sua riqueza, da sua beleza e da sua inspiração".

A Igreja latino-americana assumiu as linhas conciliares traçadas pelo documentos, como nos explica Dom Pedro:

"Eu, como Professor de Eclesiologia durante 25 anos na faculdade de Teologia da Universidade Católica de Campinas sempre pude apreciar e ver a alegria dos alunos ao descobrirem a partir deste documento, uma Igreja que é sempre a mesma, mas que pode ser compreendida de uma forma mais brilhante, mais atual e por isto pode ser vivida de uma forma mais intensa a partir desta compreensão da fé, que ilumina a razão, que busca compreender. De forma que a Lumen Gentium tem a sua atualidade. Muito bem balizada e podemos dizer que a Igreja latino-americana, ela assumiu essas linhas conciliares, que estão aqui na Lumen Gentium. A Eclesiologia latino-americana contempla esta Igreja do Capítulo II povo de Deus. A Igreja, que abre a participação dos leigos e uma Igreja que brota do mistério da unidade da Trindade, que deve recuperar a Unidade entre o gênero humano, trabalhando pela justiça do Reino. Lógico, alguns desafios aconteceram, mas isto não impede a beleza da intuição e do esforço feito para se praticar a eclesiologia do Concílio Vaticano II na Igreja latino-americana. Quer dizer, então é necessário reconhecer isto e também a produção eclesiológica após o Vaticano II, a partir da Lumen Gentium, tem uma riqueza muito grande. Vamos bendizer a Deus por este Concílio Vaticano II, que através deste documento ilumina o Céu da Igreja, colocando a Igreja como aquela que reflete Jesus. A Igreja verdadeira é a que mais se parece com Jesus. Então a imagem de Agostinho na mysterium lunae, Jesus é o sol, a Igreja é a lua iluminada pelo sol e que reflete os raios do sol. Esta é a Igreja da Lumen Gentium". (je)

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Atualidades



Dom Auza: valor das mulheres na resolução de conflitos na África

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Nova Iorque (RV) - “Sem a contribuição das mulheres não será possível alcançar os objetivos fixados pela ONU na Agenda para o Desenvolvimento Sustentável.” Foi o que disse o Observador Permanente da Santa Sé na ONU, em Nova Iorque, Dom Bernardito Auza, no debate aberto pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, nesta segunda-feira (28/03), sobre o tema “O papel das mulheres na prevenção e resolução dos conflitos na África”. 

Dentre os 17 objetivos indicados pela ONU, que devem ser alcançados até 2030, está a promoção de sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável. Porém, este objetivo, “é ainda um sonho distante em muitos países da África, sobretudo na Região dos Grandes Lagos” disse Dom Auza, sublinhando a grande contribuição das mulheres nesse desenvolvimento. 

“A Santa Sé aprecia as iniciativas promovidas pelo Conselho de Segurança da ONU e pelos governos a fim de aumentar a consciência e alcançar um maior reconhecimento do papel vital das mulheres na diplomacia preventiva, na mediação, nos processos de construção e preservação da paz”, frisou ainda o arcebispo. O prelado acredita que “este reconhecimento deve ser plenamente traduzido em ações a fim de libertar as competências e capacidades das mulheres no restabelecimento da ordem no caos, da comunhão na divisão e da paz nos conflitos”. 
 
As mulheres têm “um dom especial na educação das pessoas a serem receptivas e sensíveis às necessidades dos outros. Isso é crucial na resolução dos conflitos e na promoção da reconciliação no pós-conflito”.
 
“Por isso, a Igreja apoia através de várias iniciativas as mulheres que na África defendem os vulneráveis, impedem as divisões, curam as vítimas de guerra, reforçam a paz fragilizada e promovem os direitos humanos.” “O aumento das mulheres nos altos cargos políticos e nas esferas diplomáticas pode ajudar a África a começar a garantir educação a todas as mulheres, âmbito em que a Igreja Católica está particularmente comprometida”, observou o arcebispo. 
 
“Infelizmente, para muitas mulheres o emancipar-se de situações de marginalização, violência, abandono e exclusão é ainda uma luta difícil. O mundo continua se confrontando com várias, antigas e novas formas de violência direta contra mulheres e garotas”, em particular no uso do estupro como arma durante os conflitos, abusos nos campos de refugiados, tráfico de pessoas com o objetivo de exploração sexual, abortos, conversões e matrimônios forçados”, disse ainda Dom Auza. O prelado sublinhou a necessidade de por fim a essas ações bárbaras contra mulheres e garotas. 

Enfim, o representante da Santa Sé fez uma homenagem particular às quatro Missionárias da Caridade, Marguerite e Reginette, ruandesas, Judit, queniana, e Anselm, indiana, massacradas por fundamentalistas, em 4 de março, no convento de Aden, no  Iêmen. (MJ)

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FAO: fome pode acirrar conflitos

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Nova Iorque (RV) - Melhorar a segurança alimentar pode ajudar países em conflito a alcançar a paz sustentável, segundo o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO.

José Graziano da Silva esteve em Nova Iorque na terça-feira (29/03), explicando aos representantes do Conselho de Segurança o papel da fome em confrontos. O debate a portas fechadas foi organizado pelas missões de Angola e da Espanha na ONU.

Estabilidade

Após o encontro, o chefe da FAO conversou com a Rádio ONU e explicou mais sobre a relação entre insegurança alimentar e conflitos violentos.

"O fato de você ter uma situação aguda de fome ou de insegurança alimentar generalizada acirra os conflitos. Acirra o conflito pela terra, acirra o conflito pela água e acirra o conflito pelo alimento. Uma situação de segurança alimentar ajuda muito a conseguir uma estabilidade política e social em um país."

José Graziano da Silva lembra que a FAO conhece as estratégias para prevenir essas crises. São medidas que a própria agência já coloca em prática, apoiando governos de países da África e do Oriente Médio, por exemplo.

Renda 

"Temos procurado atacar o problema da subnutrição. Há uma deterioração muito rápida da alimentação, sobretudo das crianças e mulheres, então esses dois grupos são prioritários na assistência que a gente dá. O nosso modelo predileto de intervenção tem sido através de programas de transferência de renda. Esses programas são os que dão resultado mais rápido. Mesmo naquelas áreas de conflito, quando você entrega o dinheiro para a mulher principalmente, ela encontra um jeito de comprar alimentos."

Outra medida é ajudar os agricultores de pequena escala, com a distribuição de sementes, como a agência da ONU faz na Síria, por exemplo. Apesar de muitos produtores terem abandonado suas terras, os que permaneceram conseguem plantar e colher dois terços dos níveis de trigo de antes da crise.

Segundo a FAO,  a fome tem três vezes mais chances de acontecer em países em conflito, sendo que as nações mais afetadas pela insegurança alimentar são aquelas que passam por confrontos.

(BF/Rádio ONU)

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Reportagem mostra os dramas na maior ferrovia do Brasil

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São Paulo (RV) – A reportagem “Vida nos Trilhos”, produzida pela Signis Brasil, associação que busca integrar e animar os meios de comunicação católicos no país, vai revelar os impactos ambientais e as violações dos direitos humanos no contexto da exploração de minérios na Amazônia e do escoamento por meio da Estrada de Ferro Carajás, que atravessa o Maranhão e o sul do Pará.

 

A Estrada de Ferro Carajás é a maior ferrovia de transporte de passageiros, sendo, no entanto, especializada no transporte de minérios. Em 10 dias, a reportagem percorreu parte dos 892 quilômetros da ferrovia que corta 25 municípios de ambos Estados. Estende-se desde as minas da Serra dos Carajás até os portos da Baía de São Marcos, entre a Ilha de São Luís e o oeste do Maranhão. Os trilhos margeiam portos importantes, como o Porto do Itaqui, Ponta da Madeira e o Cujupe.

“Vida nos Trilhos” apurou os impactos ambientais e as violações dos direitos humanos que ocorrem naquela região devido à exploração do minério, bem como o trabalho organizado pela população local na busca de seus direitos.

Casa Comum

Em atenção aos apelos do Papa Francisco, em sua preocupação com relação ao futuro do planeta lançado na Encíclica Laudato Si, e atendendo ao pedido expresso do presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, o Cardeal Cláudio Hummes, para que seja divulgada a realidade da Amazônia Legal, a Signis Brasil propôs a seus associados reportagens daquela região.

“Vida nos Trilhos” será veiculada em 230 emissoras de rádio e em 11 títulos impressos entre jornais e revistas, associados à Signis Brasil atingindo uma tiragem superior a 1 milhão e meio de exemplares. A reportagem também será transmitida por 8 TVs de inspiração católica, além dos sites desses veículos e suas respectivas redes sociais.

(signis/rb)

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Brasil: nenhum Estado livre do Zika vírus

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Brasília (RV) – Novos casos registrados no Acre e em Roraima, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, selam a presença do Zika vírus em todo território nacional, informou o Ministério da Saúde, na terça-feira (29/03).

 

O Brasil é um dos países mais afetados pelo vírus e que registra o maior número de casos de microcefalia em recém-nascidos, associados à infecção.

De acordo o Ministério da Saúde, desde outubro do ano passado foram confirmados 944 casos de microcefalia possivelmente associada ao Zika, enquanto ainda estão sendo investigados outros 4.291 casos de recém-nascidos ou fetos com sintomas compatíveis.

A grande maioria dos casos de microcefalia, 895 confirmados e 3.276 em investigação, se concentra nos Estados do Nordeste.

O Governo brasileiro decretou estado de emergência sanitária em novembro e recorreu aos militares para buscar e eliminar possíveis criadouros do mosquito transmissor, o Aedes aegypti, que também transmite a dengue e o chikunguña”. (efe/rb)

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