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Sumario del 05/04/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Francisco: cristãos vivam em harmonia, não em tranquilidade

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Cidade do Vaticano (RV) – O Pontífice celebrou nesta terça-feira (05/04), a missa matutina na capela da Casa Santa Marta, no Vaticano. E baseou a sua homilia, como habitualmente, nas leituras do dia. 

Um só coração, uma só alma, nenhum pobre e bens distribuídos segundo as necessidades. Os sentimentos e o estilo de vida da primeira comunidade cristã podem ser resumidos em uma única palavra, segundo os Atos dos Apóstolos: harmonia. 

A harmonia e seu inimigo

Uma palavra sobre a qual é preciso um consenso – afirma o Papa no início da homilia, porque não se trata de uma concórdia qualquer, mas de um dom do céu para quem renasceu do Espírito Santo, como os primeiros cristãos:

“Nós podemos fazer acordos, uma certa paz... mas a harmonia é uma graça interior que somente o Espírito Santo pode promover. E estas comunidades viviam em harmonia, e os sinais da harmonia são dois: ninguém fica na necessidade, porque tudo era em comum. Em que sentido? Tinham um só coração, uma só alma e ninguém considerava o que lhe pertencia como propriedade, porque tudo era em comum. Ninguém deles era carente. A verdadeira ‘harmonia’ do Espírito Santo tem uma relação muito forte com o dinheiro: o dinheiro é inimigo da harmonia; o dinheiro é egoísta e, por isso, todos davam o que tinham para que não faltasse nada a ninguém”.

Harmonia não é tranquilidade 

O Papa se detém sobre este aspecto e repete o exemplo virtuoso oferecido pelo trecho dos Atos, o de Barnabé, que vende sua terra e entrega o dinheiro aos Apóstolos. No entanto, os versículos seguintes, não incluídos na leitura do dia, propõem outro episódio, oposto ao primeiro, que Francisco cita: o de Ananias e Safira, um casal que finge dar o arrecadado com venda de suas terras, mas na realidade retém uma parte do dinheiro; uma escolha que para eles terá um preço muito amargo, a morte. Deus e o dinheiro são dois patrões “cujo serviço é irreconciliável”, repete Francisco, que logo depois esclarece também o equívoco que pode surgir sobre o conceito de ‘harmonia’. Não se trata – afirma – de ‘tranquilidade’. 

“Uma comunidade pode ser muito tranquila, em que tudo vai bem: tudo funciona… Mas não está em harmonia. Uma vez, ouvi dizer de um bispo algo muito sábio: ‘Na diocese há tranquilidade. Mas se você tocar um problema, ou este ou aquele outro problema, logo começa a guerra’. Esta seria uma harmonia negociada, e esta não é a do Espírito Santo. É uma harmonia – digamos – hipócrita, como aquela de Ananias e Safira com aquilo que fizeram”.

O Espirito e a coragem

Francisco conclui convidando à releitura dos Atos dos Apóstolos sobre os primeiros cristãos e sua vida em comum. “Nos fará bem”, disse ele, para entender como testemunhar a novidade em todos os ambientes em que se vive. Consciente de que, assim como para a harmonia, também no empenho do anúncio se colhe o sinal de outro dom:

“A harmonia do Espirito Santo nos dá esta generosidade de não ter nada próprio enquanto há alguém necessitado. A harmonia do Espírito Santo nos dá uma segunda postura: ‘Com grande força, os apóstolos davam testemunho da Ressurreição do Senhor Jesus, e todos regojizavam de grande favor’, isto é, de coragem. Quando existe harmonia na Igreja, na comunidade, existe coragem, a coragem de testemunhar o Senhor Ressuscitado”. (bf/cm)

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Publicadas celebrações do Papa para abril e maio

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Cidade do Vaticano (RV) – O Vaticano publicou na manhã desta terça-feira, (05/04), o calendário das celebrações litúrgicas presididas pelo Papa nos meses de abril e maio. 

A primeira será no próximo dia 17, IV Domingo de Páscoa. Na Basílica Vaticana, às 9h15, Francisco presidirá ordenações presbiterais.

Uma semana depois, V Domingo de Páscoa, 24 de abril, na Praça São Pedro, o Pontífice celebra missa no âmbito do Jubileu dos Jovens, a partir das 10h30.

Em 5 de maio, o Papa preside a vigília de oração “Enxugar as lágrimas”, na Solenidade da Ascensão do Senhor. A cerimônia será na Basílica Vaticana, às 18h.

Domingo, 15 de maio, celebra-se Pentecostes e Francisco preside missa na Basílica Vaticana, às 10h.

Dia 26, quinta-feira, decorre a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, Corpus Christi. Na Praça de São João de Latrão, sede da Diocese de Roma, a missa tem início às 19h. Na sequência, o Papa conduz a procissão até a Basílica de Santa Maria Maior e concede a bênção eucarística.

Enfim, 29 de maio, IX Domingo do Tempo Comum, Francisco preside uma missa por ocasião do Jubileu dos Diáconos. Às 10h30, terá início a celebração, na Praça São Pedro.

Os horários mencionados se referem a Roma, com cinco (5) horas a mais em relação a Brasília. (cm)

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Vídeomensagem papal sobre as intenções de oração de abril

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco divulgou uma vídeomensagem, nesta terça-feira (05/04), sobre as intenções de oração do mês de abril para o Apostolado de Oração.

Eis o texto proferido pelo pontífice na vídeomensagem.

“Obrigado, camponês. O teu contributo é imprescindível para toda a humanidade. Como pessoa, filho de Deus, mereces uma vida digna.

Mas... pergunto-me: Como são retribuídos os teus esforços?

A terra é um dom de Deus. Não é justo utilizá-la para favorecer apenas alguns, despojando a maioria dos seus direitos e dos seus benefícios. 

Gostaria que pensasses nisso e unisses a tua voz à minha por esta intenção: que os pequenos agricultores recebam a justa compensação pelo seu precioso trabalho.” (MJ)

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Papa confere distinção honorífica a Gasbarri: exemplo de serviço à Santa Sé

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu na tarde de segunda-feira (04/04), na Casa Santa Marta, no Vaticano, o ex-diretor administrativo da Rádio Vaticano e ex-organizador das viagens papais, Alberto Gasbarri – acompanhado de seus familiares –, para condecorá-lo com a Medalha de Cavaleiro da Grã-Cruz da Ordem Piano. 

Participaram da cerimônia, entre outros, o Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin; os cardeais Fernando Filoni, Giovanni Battista Re e Beniamino Stella; Mons. Piero Marini; Joaquín Navarro-Valls, Dom George Gaenswein; as Memores Domini e os colegas envolvidos na organização das viagens papais.

A entrega da honorificência foi acompanhada do discurso do substituto da Secretaria de Estado, Dom Angelo Becciu. “Um trabalho árduo e entusiasmante”, “uma incumbência que o levou a visitar numerosos países”, sempre servindo à Igreja, ao Papa e à Santa Sé com “discrição, prudência” e “amor”.

Com essas palavras, Dom Becciu traçou o extraordinário serviço prestado por Gasbarri que, de 1992 a 2016, portanto, durante três pontificados, se ocupou da organização das viagens pontifícias fora da Itália.

No momento de receber a honorificência do Pontífice, Gasbarri quis a seu lado não somente seus familiares, mas também os colegas envolvidos na organização das viagens apostólicas, quase uma “segunda família”, considerando o tempo transcorrido juntos.

O substituto da Secretaria de Estado ressaltou tratar-se de uma tarefa para a qual “é necessária uma pronta disponibilidade a dedicar o próprio tempo, por vezes subtraído daquele a passar com a própria família, para seguir de perto a organização do evento”.

O arcebispo agradeceu a Gasbarri por seu serviço lembrando também seu “qualificado trabalho na qualidade de diretor administrativo da Rádio Vaticano”.

A Ordem Piano (também indicada com o nome de Ordem de Pio IX, fundada por este Pontífice em 1847) é atualmente a primeira Ordem de cavalaria regularmente conferida pela Santa Sé. (RL)

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Visita do Papa seria um grande gesto e exemplo, diz Caritas Grécia

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Atenas (RV) – Uma possível presença do Papa Francisco na Ilha grega de Lesbo, onde desembarcam os refugiados, “seria um grande gesto e um exemplo muito forte para todos os outros, não obstante eu tema que os políticos europeus não lhe darão ouvidos”. Foi o que afirmou esta terça-feira à Agência SIR o Presidente da Caritas Grécia, Padre Antonio Voutsinos, sem ter presente os contatos em andamento entre Santa Sé e Igreja Ortodoxa sobre a eventualidade de uma visita do Papa Francisco à ilha na próxima semana. O sacerdote tem uma forte preocupação pela situação na Grécia, que “está se complicando sempre mais”, especialmente após as repatriações em direção à Turquia iniciadas na segunda-feira, 4, por decisão da União Europeia.

Atualmente encontram-se em território grego cerca de 50 mil refugiados, distribuídos entre as ilhas meridionais, Atenas, o Campo de Idomeni - na fronteira com a Macedônia (entre 4 e 5 mil) -, além de outros assentamentos informais. 

Na segunda-feira, 4, partindo da Ilha de Lesbo, foram repatriadas para a Turquia mais de duzentas pessoas, a maioria paquistaneses e bengaleses. “Os refugiados não querem voltar atrás, em direção à Turquia, e estão procurando ganhar tempo fazendo pedidos de asilo político, explica o Presidente da Caritas. Mas se inicialmente estavam somente de passagem, agora são obrigados a permanecer aqui e tudo se tornará mais complicado. Por consequência, aumentarão as necessidades e as dificuldades na assistência”.

Caritas Hellas, em colaboração com outras Caritas europeias, implementou diversos programas de ajudas humanitárias em Lesbo, nas ilhas meridionais, em Atenas e em Idomeni, e assiste milhares de refugiados com o apoio de muitos voluntários. “Os gregos deram um grande exemplo evangélico de solidariedade, não obstante a crise econômica que estamos vivendo”, precisou. Nas ilhas gregas, no entanto, “os desembarques continuam, mesmo que tenha se verificado uma leve diminuição”. (JE/SIR)

 

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Santa Sé questiona acordo entre UE e Turquia sobre refugiados

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Cidade do Vaticano (RV) - O Presidente do Pontifício Conselho para os Migrantes e os Itinerantes, Card. Antonio Maria Vegliò, questionou o acordo entre a União Europeia e a Turquia quanto aos refugiados, que entrou em vigor na segunda-feira (04/04). 

O acordo prevê que todos os migrantes irregulares oriundos da Turquia e que entrem nas ilhas gregas sejam devolvidos a este país.

O Cardeal italiano lamenta que os refugiados sejam tratados como “mercadoria”, pedindo uma abordagem mais “humana” nestas situações.

“É preciso ser muito claro e distinguir entre migrantes e refugiados: em relação a estes, há um acordo internacional assinado pelos países mais desenvolvidos, os quais se comprometem a dar-lhes a possibilidade de viver fora dos territórios dos quais tiveram de fugir”, afirmou o Card. Vegliò, em declarações à Rádio Vaticano.

O Presidente do Pontifício Conselho manifesta “perplexidades” sobre o acordo, questionando em particular os “ganhos económicos” para a Turquia e a falta de “garantias” para os refugiados.

A este respeito, acrescenta, surgem ainda preocupações em relação à possibilidade de reagrupamento familiar.

“Este acordo suscita muitas incertezas. Os refugiados não são mercadorias, são pessoas”, conclui o Cardeal italiano.

(BF)

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Mostra fotográfica revela cotidiano da Guarda Suiça

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Cidade do Vaticano (RV) - “A vida de um guarda suiço: um olhar privado”, é o título de uma mostra fotográfica inaugurada nos dias passados nos Museus Vaticanos,  e que revela,  por meio de 87 imagens em preto e branco e à cores, aspectos da vida diária dos jovens suíços a serviço do Pontífice.

Aberta até 12 de junho, a exposição pretende revelar através das imagens, como um guarda vive o seu cotidiano. O Comandante Christoph Graf revelou durante a inauguração da mostra, que a visão que as pessoas têm do guarda, na clássica postura imóvel com o uniforme, não corresponde 100% à normalidade de sua vida, visto que existem dias marcados “pelas ordinárias atividades diárias e pelos serviços internos; serviços estes, que no final das contas, são sempre um desafio e um compromisso para os guardas que os realizam”. Como exemplo, o Comandante citou a experiência do serviço noturno realizado pelos guardas a partir da meia-noite, até às seis da manhã: um serviço – evidenciou – que muitos deles enfrentam, organizando um programa de atividades que consiste “no estudo da língua italiana, na leitura de jornais e livros e na preparação de exames e na oração”.

Perfil do guarda suiço

Mas, qual é o perfil da guarda pontifícia?  “São jovens suíços – explicou Graf – com cerca de 20, 23 anos, que depois de uma aprendizagem ou o segundo grau e o serviço militar, buscam um mínimo de dois anos em uma outra atividade”. Os motivos que levam à escolha de servir o Corpo podem ser diversos: entre estes, o Comandante enumerou “a tradição, o privilégio, servir em uma organização militar, estudar a língua ou conhecer a cultura italiana, descobrir o Vaticano e a Igreja Católica, servir o Papa”. Mas existem motivos de fé. “Muitos guardas – revelou – têm o desejo de crescer espiritualmente e até mesmo na Guarda temos também vocações. Quase que anualmente temos um guarda que decide entrar em um seminário ou em uma ordem religiosa”.

Uma família

O comandante ressaltou também a dimensão “família” do Corpo da guarda Suiça: “uma família – afirmou – que tem necessidade de cuidado e apoio”. E acrescentou que o objetivo principal é o de fazer com que estes jovens “se sintam bem, se sintam em casa”. Somente desta maneira – explicou – “pode ser cumprida a nossa missão. Não queremos ser super-heróis ou ser chamados de anjos da guarda do Santo Padre”. Antes disto, deve ser recordada a vontade de trabalhar “no silêncio, com dedicação e humildade” e em espírito de serviço. “Estou particularmente convencido – assegurou ao concluir – de que não existe uma missão mais nobre e bela do que a da Guarda suíça”. (JE)

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Museus Vaticanos incentivam a doação de sangue

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Cidade do Vaticano (RV) - Os Museus Vaticanos se uniram à iniciativa ‘Arte Vermelha’ para estimular a doação de sangue. 

Divulgar em todo lugar que a falta de sangue é uma emergência crônica para os hospitais e conscientizar os cidadãos para a doação de sangue é o objetivo do evento que envolve os Museus Vaticanos, o Policlínico e Capelania Tor Vergata  e a associação de voluntariado ‘Na ponta dos pés’. 

Os doadores que se apresentarem ao Centro de Transfusão do Policlínico Tor Vergata receberão um vale pessoal para uma entrada nos Museus Vaticanos. Com esse vale a pessoa  não irá fazer fila e pagará o valor especial de 4 euros. O vale deve ser utilizado até 31 de dezembro deste ano.

A iniciativa ‘Arte Vermelho’ quer ser um atestado de gratidão para com aqueles que, com um ato de senso cívico profundo e solidário, periodicamente, anonimamente e responsavelmente doam sangue. 

O projeto será apresentado na próxima quinta-feira (07/04), às 15h30 locais, na sala de conferências dos Museus Vaticanos pelo Diretor dos Museus Vaticanos, Prof. Antonio Paolucci, e pelo Diretor do Centro de Transfusão do Policlínico Tor Vergata, Dr. Gaspare Adorno.

Com tal iniciativa, as instituições envolvidas pretendem reconhecer na cultura a sensibilidade que as pessoas mostram submetendo-se à doação de sangue e lembrar as palavras do Papa Francisco proferidas durante o Jubileu dos Doadores de Sangue: “As suas ações são sinal de zelo, de uma fantasia na caridade que vem de um coração que pulsa, cujo motor é o amor pelo ser humano em dificuldade”. Essas palavras do pontífice sugerem a doação de sangue, neste Ano Jubilar, como obra de misericórdia corporal. Doar o plasma indica uma atenção real e eficaz ao próximo. Um dom que realmente salva a vida. 

“É bonita esta aliança”, disse Antonio Paolucci, “entre o sangue que gera e alimenta a vida e a arte que nos dá consolo e felicidade. Como diretor dos Museus Vaticanos estou orgulhoso de hospedar uma iniciativa que, com o nome bem escolhido de ‘Arte Vermelha’, favorece a doação do líquido mais precioso do mundo e o conhecimento privilegiado do museu mais ilustre e emocionante de Roma”. 

Ao primeiro grupo de doadores será oferecida uma visita às coleções dos Museus do Papa. (MJ)

 

 

 

 

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Igreja no Brasil



CNBB e magistrados assinam manifesto "Na busca da Justiça e da Paz"

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Brasília (RV) - A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) assinou na segunda-feira (04/04) o manifesto "Na busca da Justiça e da Paz".  

Com a CNBB, assinaram também a Associação dos Magistrados Brasileiros, a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho e a Associação dos Juízes Federais do Brasil.

No texto, as associações afirmam que a polarização política cada vez mais radical está provocando “reações carregadas de intolerância e agressividade, dividindo brasileiros e brasileiras e gerando o risco de uma preocupante escalada da violência, em prejuízo de toda a nação”. “A unidade nacional não pode sofrer divisões insuperáveis”, escrevem os signatários.

As entidades acreditam que é preciso consolidar a luta contra a corrupção e fazem um apelo a toda a sociedade brasileira e suas instituições, “para que se engajem na incansável busca pela Justiça e pela Paz". 

A assinatura do documento foi realizada na sede da CNBB, em Brasília, com a participação do Secretário-Geral, Dom Leonardo Steiner. Confira a íntegra:

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NA BUSCA DA JUSTIÇA E DA PAZ

A sociedade brasileira passa por um momento de grave crise institucional, provocada por uma polarização política em crescente radicalização.

Esse sentimento que atinge hoje grandes segmentos da população apresenta, infelizmente, reações carregadas de intolerância e agressividade, dividindo brasileiros e brasileiras e gerando o risco de uma preocupante escalada da violência, em prejuízo de toda a nação.

Neste momento, urge que os atores da cena política procurem o entendimento para consolidar a luta contra a corrupção, sempre de acordo com a institucionalidade democrática. 

A unidade nacional não pode sofrer divisões insuperáveis. Por isso, é necessário que as entidades da sociedade civil se unam pela superação da intolerância e pela busca de soluções que priorizem o compromisso com o interesse comum do país.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a Associação dos Magistrados Brasileiros, a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho e a Associação dos Juízes Federais do Brasil formulam veemente apelo fraterno à inteira sociedade brasileira e suas instituições para se engajarem, de forma decidida, na incansável luta pela Justiça e pela Paz, para a construção de um país,  casa comum de brasileiros e brasileiras e daqueles que adotaram esta terra como seu lar.

Brasília, 4 de abril de 2016.

 

Leonardo Ulrich Steiner

Bispo Auxiliar de Brasília

Secretário Geral da CNBB

Dr. João Ricardo dos Santos Costa

Presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros

Dr. Ricardo Lourenço Filho

Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho

Dra. Candice Galvão Jobim

Vice-presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil

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Igreja no Mundo



Caritas suíça pede ao governo mais ajudas aos refugiados sírios

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Genebra (RV) – A Caritas Suíça fez um novo apelo ao governo para que faça mais em favor dos refugiados sírios e apontou o dedo contra a política de fechamento das fronteiras.  

“As pessoas que fogem tentam somente sobreviver e fronteiras, mares ou o endurecimento de leis não as podem deter”, afirma uma nota da organização católica de caridade. A Caritas denuncia a incapacidade dos líderes políticos de fazer uma análise pragmática e concreta da crise, o que permitiria encontrar soluções para esta situação, definida ‘catastrófica’. 

“Ninguém está pedindo para a Europa ou a Suíça acolherem todos os sírios que pedem asilo”. Na realidade, 80% da população síria, que conta 23 milhões de habitantes, permaneceu no país, mas em fuga. Cerca de 5 milhões se refugiaram em países vizinhos: Turquia, Líbano, Jordânia e Iraque. “O milhão e meio de refugiados na Europa representam 0,2% da população europeia, que é de 650 milhões de pessoas!”.

Ajudas suíças são insuficientes

A nota reitera à comunidade internacional a necessidade de garantir a criação de espaços humanitários na Síria sob a proteção da ONU e aponta o dedo contra as “responsabilidades das potencias regionais e das grandes nações empenhadas no conflito, que se recusam em entrar em acordo”. Em relação à Suíça – sua contribuição nesta frente é de apenas 50 milhões de francos por ano, metade do necessário. Nesta perspectiva, segundo a Caritas, os cortes propostos pelo Parlamento nas ajudas à cooperação e o desenvolvimento são totalmente “irrealistas”.

Não ao fechamento das fronteiras e à expulsão dos refugiados

A Caritas Suíça, por sua vez, destinou até agora 18 milhões de francos suíços para programas de ajuda na Síria, Iraque, Jordânia e Líbano, aos quais se somam outros 2,8 para a rota dos Bálcãs. Tudo graças à generosidade de doadores suíços, que “dão exemplo de solidariedade” ao mundo político. A nota se encerra com o apelo ao governo para o acolhimento dos refugiados e o rechaço ‘categórico’ de empregar o exército para rejeitá-los nas fronteiras.

(CM)

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Ajuda à Igreja que Sofre: cristãos no Iraque precisam da nossa presença

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Roma (RV) - “Uma experiência que a força, a serenidade e a dignidade dos fiéis iraquianos tornaram inesquecível.” Assim se expressa o diretor da seção italiana da fundação “Ajuda à Igreja que Sofre” (AIS), Alessandro Monteduro, de retorno de uma viagem ao norte do Iraque, mais precisamente, Irbil, no Curdistão, onde se encontra uma parte consistente dos 120 mil cristãos fugidos em 2014 de Mosul e dos vilarejos da Planície do Nínive por causa do autoproclamado Estado Islâmico.

“A fé que sustenta estes nossos irmãos, apesar de viverem ainda em condições dramáticas, envolve num modo único. Milhares deles em container de 12 metros quadrados, com banheiros comunitários, enquanto os que tiveram mais sorte encontraram refúgio em casa de aluguel que acolhem 3 ou 4 famílias.”

Monteduro esteve acompanhado do bispo de Carpi – norte da Itália –, Dom Francesco Cavina, do bispo de Ventimiglia-San Remo, Antonio Suetta, e de um representante da Arquidiocese de Bolonha, Pe. Massimo Fabbri, com os quais visitou alguns campos de refugiados da cidade.

“É surpreendente a gratidão mostrada pelos refugiados a um Ocidente que com seus povos, e não com seus governos, permitiu a eles encontrar uma acomodação, por quanto desconfortável, e um apoio diário.”

A delegação visitou várias escolas que foram realizadas em poucos meses para permitir que as crianças pudessem estudar. ”A educação de milhares de crianças cristãs é, certamente, a página mais bonita do apoio da fundação “Ajuda à Igreja que Sofre” no Iraque, disse o diretor “AIS” Itália, Monteduro. (RL)

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Bispos caldeus defendem participação de cristãos no governo iraquiano

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Bagdá (RV) – A solicitação para incluir também políticos cristãos na equipe de governo, o convite aos fieis para não deixarem-se convencer por quem promove a sua fuga do Iraque e uma clara afirmação de apoio a todos os grupos militares nacionais empenhados na luta contra os jihadistas do autoproclamado Califado. Estas são algumas das conclusões a que chegaram os bispos iraquianos, reunidos na manhã desta terça-feira, sob a presidência do Patriarca Louis Raphael Sako, ao avaliar a evolução da situação no território iraquiano e em todo o Oriente Médio. 

Satisfação dos bispos pelas vitórias das forças iraquianas contra o EI

O encontro foi realizado em Ankawa, bairro de Irbil, onde estão concentradas as comunidades cristãs da capital do Curdistão iraquiano. No comunicado final do encontro, referido pela Agência Fides, os prelados iraquianos expressam um certo “orgulho” pelas vitórias e os sucessos obtidos pelo Exército iraquiano em colaboração com as milícias curdas Peshmerga, as forças de auto-defesa e as tribos sunitas. Os bispos caldeus expressam também o desejo de que em breve também seja libertada a cidade de Mosul e a Planície do Nínive.

Apelo às autoridades islâmicas para abrir mão dos privilégios e interesses pessoais

Os bispos, além disto, fazem um apelo às “sábias autoridades islâmicas” para contribuirem juntos para a estabilização e a segurança da nação, promovendo “os direitos humanos” e renunciando aos “privilégios e interesses pessoais e sectários”, na consciência de que a reconciliação nacional somente pode ser obtida por meio de uma real parceria política, “distante de todo favoritismo e do sistema das cotas de poder, divididos com base sectária”. (JE)

 

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Diálogo inter-religioso para combater extremismo nas redes sociais

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Amã (RV) – Prevenir a violência em nome da religião e promover o diálogo inter-religioso entre os jovens no Oriente Médio por meio das redes sociais. Com este objetivo o Centro Internacional para o Diálogo Inter-religioso e Cultural Kaiciid “Rei Abdullah Bin Abdulaziz”, fundado em 2012 com a contribuição da Santa Sé, organiza um ciclo de cinco cursos de formação dirigido especificamente à jovens líderes religiosos da região. 

Contrastar a propaganda dos extremistas religiosos nas redes sociais

O primeiro seminário, de três dias, teve início no último domingo em Amã, na Jordânia, com a participação de 300 jovens provenientes do Líbano, Palestina, Síria e Jordânia, entre os quais também expoentes da sociedade civil empenhados no diálogo inter-religioso. Os participantes das sessões são encorajados a promover as suas iniciativas e campanhas nas redes sociais nas próprias comunidades e junto às instituições. A ideia de fundo é contrastar a propaganda dos extremistas religiosos que usam as novas plataformas sociais para desinformar, difundir preconceitos e recrutar novos afiliados. No Oriente Médio, de fato, oito pessoas entre dez, usam as redes sociais que são um poderoso instrumento de formação de opinião. “A nossa experiência – explica Fahad Abualnasr, Diretor Geral do Kaiciid – nos mostra que os jovens não querem ouvir pregações de figuras de autoridade. Por isto estamos procurando envolver jovens homens e mulheres já ativos nas redes sociais e interessados em promover a paz e a convivência. Queremos dar a eles os meios para atingir os seus coetâneos para que possam encorajar um debate honesto sobre convivência e a coesão social”.

Unidos contra a violência em nome da religião

A nova iniciativa do Kaiciid se insere no âmbito da mobilização lançada em Viena em 19 de novembro de 2014 pela conferência “Unidos contra a violência em nome da religião”, em que os líderes religiosos do Oriente Médio indicaram o diálogo como “o instrumento principal e mais poderoso para resolver conflitos e discórdias” e comprometeram-se  em apoiar “iniciativas e instituições que consideram o diálogo o melhor método para construir a paz, a coexistência e para promover uma cidadania comum”. Os próximos quatro cursos terão lugar no Cairo (Egito), Irbil (Iraque), Túnis e Dubai (Emirados Árabes Unidos). (JE)

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Formação



O rosto materno da Igreja nas obras de Dom Orione

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Cidade do Vaticano (RV) - Morada NovaRecentemente, foi inaugurada na ‘Fazenda Campo Alegre’, no Município de Morada Nova (MG), a Comunidade Terapêutica São Luís Orione, que trabalha na recuperação de dependentes químicos.  

O tratamento de recuperação adotado se baseia no trabalho, na convivência fraterna e na espiritualidade, como forma de encontrar um sentido para a vida e promover a reinserção familiar, social e ocupacional dos residentes.

Em entrevista ao Programa Brasileiro Pe. Tarcísio Vieira, Provincial Orionita da Província Nossa Senhora de Fátima - Brasil Norte, nos disse que a Comunidade Terapêutica São Luís Orione é providencial no Ano da Misericórdia. (MJ/www.orionitas.com.br)

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