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Sumario del 06/04/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: misericórdia de Deus cancela nossas misérias

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Cidade do Vaticano (RV) – O Evangelho da misericórdia exemplificado pela vida terrena de Jesus, a partir do Batismo de Cristo no Rio Jordão. Com esse tema, o Papa Francisco abriu nesta quarta-feira (6/4), uma nova etapa nas suas reflexões durante as Audiências gerais.

 

“Jesus é a misericórdia de Deus feita carne. Uma misericórdia que Ele expressou, realizou e comunicou sempre (...) encontrando as multidões, anunciando o Evangelho, curando os doentes, perdoando os pecadores”, disse o Papa.

Com estes gestos, Jesus torna visível um amor ilimitado aberto a todos – que não exclui ninguém –, sublinhou Francisco. Amor que se reflete também na presença de Jesus na fila para receber o Batismo de João Batista:

Marca indefectível

“Este é um fato que imprime uma marca decisiva para toda a missão de Cristo. Ele não se apresentou ao mundo no esplendor do tempo – poderia ter feito – não se fez anunciar ao som de trombetas – poderia ter feito – e tampouco apresentou-se nas vestes de um juiz – poderia ter feito”, ponderou repetidamente o Papa.

Jesus “não teve vergonha, estava ali com todos os pecadores, para ser batizado”. Portanto – prosseguiu Francisco – desde o início do seu ministério, Ele se manifestou como Messias que assume a condição humana, movido pela solidariedade e pela compaixão”.

Expressões convergentes do plano inicial da vida de Cristo na Terra, que marca o início do tempo de misericórdia para toda a humanidade: “levar a todos o amor de Deus que salva”.

Vida nova

“Jesus não trouxe o ódio, a inimizade, nos trouxe o amor, um amor grande, um coração aberto a todos, todos nós, um amor que salva”, reiterou o Papa – ao afirmar que Ele se fez próximo aos últimos, comunicando a eles a misericórdia de Deus que é perdão, alegria, vida nova”.

Francisco recordou que é na Cruz que Jesus “apresenta o pecado do mundo à misericórdia do Pai”:

Misérias

“Mas quantas vezes dizemos: ‘este é um pecador, fez isso e aquilo, julgamos os outros?’ Mas, e tu? Cada um de nós deveria se perguntar: sim, aquele  é um pecador, mas, e eu? Todos somos pecadores, mas todos somos perdoados, todos temos a possibilidade de receber este perdão que é a misericórdia de Deus”.

Nada e ninguém – advertiu o Pontífice – está excluído desta oração de Jesus na hora da Paixão: “isso significa que não devemos ter medo de nos reconhecermos e de nos confessarmos pecadores (...) não devemos temer as nossas misérias: e cada um tem as suas. Mas a potência inexaurível de amor do Crucificado não conhece obstáculos e esta misericórdia cancela todas as nossas misérias”.  (rb)

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Francisco abraça Lizzy, menina que ficará cega e surda

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Cidade do Vaticano (RV) - No final da Audiência Geral desta quarta-feira (06/04), na Praça São Pedro, o Papa Francisco abraçou afetuosamente a pequena Lizzy Myers, estadunidense de cinco anos, que tem a síndrome de Usher tipo 2, doença genética rara caracterizada pela deficiência auditiva e perda progressiva da visão.  

A menina estava acompanhada por sua irmãzinha e seus pais. A família veio de Ohio, Estados Unidos, para realizar o desejo expresso por Lizzy de encontrar o Papa Francisco. 

A história de Lizzy, que progressivamente ficará cega e surda, foi divulgada, no ano passado, pela imprensa estadunidense. Os seus pais, católicos, programaram uma série de coisas para ela ver e ouvir antes que perca completamente a audição e a visão.

Solidariedade

O desejo de Lizzy de encontrar o Papa abriu uma disputa solidária: a Turkish Airlines ofereceu as passagens de avião, Appia resort a estada, em Roma, e a União Nacional Italiana de Transporte de Doentes a Lourdes e Santuários Internacionais (Unitalsi) a assistência na viagem. 

Depois do encontro com o Pontífice, os pais da menina Christine e Steve se encontraram com a imprensa na Casa Bernadete que pertence a Unitalsi.

O abraço do Papa

Eles falaram da emoção forte da garotinha ao ver o Papa a quem presenteou uma caixinha com partes de um meteorito que caiu em Ohio. Francisco abraçou Lizzy carinhosamente, abençoou os seus olhos e ouvidos, e garantiu sua oração por ela e sua família. 

“Senti uma grande paz interior”, disse a mãe de Lizzy, agradecendo a todos os italianos que demonstraram grande afeto. 

“A história de Lizzy, um sinal neste Jubileu da Misericórdia, aproxima todos ao mundo do sofrimento, atravessada pela esperança cristã”, disse o presidente de Unitalsi-Roma, Emanuele Trancalini.

Dura realidade

“Gostaria de dizer que, infelizmente, também aqui na Itália existem muitas pessoas como Lizzy. Queria divulgar isso, porque muitas vezes o mundo da doença, sobretudo o das crianças, é um mundo escondido, e as pessoas percebem somente quando vivem esse problema na própria pele. Temos nove casas de acolhimento em toda a Itália e todos os dias ajudamos famílias, situações e casos como o de Lizzy”, alertou Trancalini.

Segundo o presidente de Unitalsi-Roma, a superexposição da mídia desempenhou um papel positivo a fim de chamar a atenção de todos para o mundo do sofrimento.

“Devo dizer que o Jubileu da Misericórdia é a expressão disso. O Papa Francisco tem uma atenção particular ao mundo da doença e sobretudo ao mundo das crianças, e isso é um grande sinal do Jubileu”, concluiu. (MJ)

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Papa ajudará a compreender o drama dos refugiados, diz Presidente grego

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Atenas (RV) – A iminência de uma viagem do Papa Francisco à Ilha grega de Lesbos, acompanhado pelos Patriarcas Bartolomeu I e Ieronimus II, motivou o Presidente grego ProkopÄ«s Paulopoulos a escrever uma mensagem ao Santo Padre. Na carta publicada no site Dogma.gr, o primeiro a dar a notícia da viagem, o mandatário grego afirma que a presença do Pontífice na ilha “reforçará o esforço para compreender o drama dos refugiados”.  

O site Il Sismógrafo publicou alguns trechos da mensagem, que reproduzimos agora. “Santidade. Muitas milhares de pessoas que são obrigadas hoje a deixar a sua terra de origem por causa da guerra, o terror e a pobreza, estão agora em uma situação de marginalização extrema. Na busca de um futuro de paz e segurança, longe de suas casas em ruínas, muito frequentemente deparam-se com a indiferença e as portas fechadas. O drama dos refugiados que buscam a humanidade e a solidariedade de todos aqueles que assumem os valores morais da nossa cultura, coloca cada ser humano diante de suas responsabilidades”, escreve o Presidente grego.

“Estou convencido – continuou – de que é necessário o empenho de todos os povos e dos governos europeus para enfrentar esta situação dramática e estou seguro, Santidade, de que a sua contribuição pode ser extremamente significativa e decisiva.  A sua visita à Lesbos melhorará consideravelmente o esforço para compreender o drama dos refugiados e colocará em evidência os valores humanitários da nossa comum civilização europeia”.

O eventual encontro do Presidente grego com o Papa Francisco em Lesbos, será o primeiro, dado que, em ocasião de sua visita à Itália em 26 de novembro passado, o Papa realizava sua Viagem Apostólica à África.

Na noite de terça-feira, 5, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, confirmou que “existem contatos” com autoridades civis e religiosas a respeito da viagem, sem existir até o momento, no entanto, qualquer definição oficial sobre data, local e mesmo sobre a viagem. “Tais decisões – afirmou - até o momento não foram ainda tomadas”. (JE)

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Cardeal Parolin: procriação, respeitar a dignidade da mulher

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Roma (RV) - O Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, participou nesta quarta-feira (06/04), em Roma, da inauguração do novo laboratório do Instituto Científico Internacional Paulo VI de pesquisas sobre a fertilidade e infertilidade humana por uma procriação responsável. 

Na ocasião, o purpurado viu funcionar o aparelho de ecografia  doado pelo Papa Francisco, “para mostrar a atenção com a qual acompanha as atividades do Instituto”. 

“A estrutura, que tem 15 anos, é uma resposta concreta ao apelo do Beato Paulo VI aos homens de ciência para que esclarecessem as várias condições que favorecem a regulação honesta da procriação humana” (Carta Encíclica Humanae Vitae).

O Cardeal Parolin recordou Bento XVI quando definiu o Instituto “exemplo eloquente da síntese entre verdade e amor que constitui o centro vital da cultura católica”.

“A recente participação do Instituto ao Congresso Mundial de Endocrinologia ‘ENDO 2016’, em Boston, EUA, de 1º a 4 deste mês, mostra como a qualidade da pesquisa por ele desenvolvida seja reconhecida pela comunidade científica internacional”, frisou ainda o Secretário de Estado Vaticano.

O purpurado saudou as famílias presentes na inauguração e todos os casais que procuram o Instituto para realizar o desejo de maternidade e paternidade. 

“O seu recurso a tal centro, além de uma resposta aos pedidos de natureza moral e religiosa, é também uma escolha apropriada para o aceso a técnicas e métodos cientificamente válidos, que respeitam a dignidade da mulher. O Instituto Científico Internacional Paulo VI está a serviço de todos”, concluiu o Cardeal Parolin. (MJ)

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Papa Francisco prefacia obra sobre trapistas assassinados na Argélia

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Cidade do Vaticano (RV) -  “Em Tibhirine se vivia o diálogo da vida com os muçulmanos; nós, cristãos, queremos ir de encontro ao outro, onde quer que ele esteja, para estabelecer laços de amizade espiritual e o diálogo fraterno que poderão vencer a violência”. Foi o que escreveu o Papa Francisco no Prefácio do livro “Tibhirine. L’heritage” (Tibhirine. A herança), organizado por Christophe Henning. A obra recolhe testemunhos de diversas personalidades sobre os frutos da mensagem de paz e de convivência entre cristianismo e islã, dos sete monges trapistas sequestrados e mortos na Argélia em 1996. O Prefácio, com data de 2 de janeiro de 2016, intitulado “Um sinal sobre a montanha”,  foi publicado no L’Osservatore Romano. 

“Não fugiram diante da violência: combateram com as armas do amor, da acolhida fraterna, da oração comunitária”, comenta o Papa Francisco. “Deram testemunho com o seu sangue”, “na sua carne”, venceram o ódio no dia da grande provação”. “Mas é com toda a sua vida que são testemunhas (mártires) do amor – recorda o Papa – e não sem dificuldades”. “Doamos o nosso coração inteiramente a Deus, e já muito nos custa que no lo tome para si em parte”, afirmava Padre Christian de Chergé, Prior da pequena comunidade. Isto não diz respeito somente aos monges e monjas: todos nós somos chamados a dar a nossa vida no detalhe de nossos dias, em família, no trabalho, na sociedade, a serviço da “casa comum” e do bem de todos”, escreveu Francisco.

Eis o Prefácio na íntegra, numa tradução livre do Programa Brasileiro:

                                            Um sinal sobre a montanha

“Ninguém tem amor maior que este: dar a vida pelos próprios amigos” (João 15,13).

Christian de Chergé e os seus companheiros escolheram viver de modo simples a sua vocação contemplativa naquela bela e árida região do Atlas argelino. Os monges estavam presentes em Tibhirine desde 1938, mas o mosteiro era frágil: eram os “hóspedes” da casa do islã, trabalhavam a terra e compartilhavam a vida pobre dos camponeses. Os irmãos levavam uma vida comunitária despojada, irredutivelmente voltada a Deus que os unia. Sete vezes ao dia, em sua capela, elevava-se o louvor de sua oração.

Sequestrados na noite entre 26 e 27 de março de 1996, os sete monges de Tibhirine foram assassinados após longos dias de sequestro, vítimas da luta fratricida que dilacerava o país. Mas não foram os assassinos que tomaram-lhes a vida: a haviam dado antecipadamente, precisamente como os outros doze religiosos e religiosas, entre os quais o nosso irmão bispo Pierre Claverie, morto na Argélia durante aqueles anos escuros.

Não fugiram diante da violência: a combateram com as armas do amor, da acolhida fraterna, da oração comunitária. Instrumento de paz, de diálogo e de amizade, os monges responderam assim ao convite dirigido por São João Paulo II aos bispos do Maghreb durante sua visita ad limina em 1986: “Vocês vivem aquilo que o Concílio diz da Igreja. Ela é um sacramento, ou seja, um sinal, e não se pede a um sinal para fazer número”. Pequena Igreja orante em meio a um povo de orantes, os monges eram um sinal sobre a montanha.

Os irmãos cistercienses do Atlas deram testemunho com o seu sangue, vivendo em modo trágico esta prescrição da Regra de São Bento: que “Cristo (…) nos conduza a todos à vida eterna” (Capítulo 72). Na sua carne, venceram o ódio no dia da grande prova. Mas é com toda a sua vida que são testemunhas (mártires).  E não sem dificuldades. “Doamos o nosso coração inteiramente a Deus, e já muito nos custa que no lo tome para si em parte”, afirmava Padre Christian de Chergé, Prior da pequena comunidade. Isto não diz respeito somente aos monges e monjas: todos nós somos chamados a dar a nossa vida no detalhe de nossos dias, em família, no trabalho, na sociedade, a serviço da “casa comum” e do bem de todos”.

Vinte anos após a sua morte, somos convidados a ser sinais de simplicidade e de misericórdia, no exercício cotidiano do dom de si, a exemplo de Cristo. Não haverá outro modo de combater o mal que tece a sua teia em nosso mundo. Em Tibhirine se vivia o diálogo da vida com os muçulmanos; nós, cristãos, queremos ir de encontro ao outro, onde quer que esteja, para estabelecer laços de amizade espiritual e diálogo fraterno, que poderão vencer a violência. “Para conquistar o coração do homem, é necessário amar”, confidenciava Christophe, o mais jovem da comunidade. Eis a mensagem que podemos conservar em nosso coração. É simples e grande: à exemplo de Jesus, fazer de nossa vida um “Te amo”.

Papa Francisco

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Igreja no Brasil



Assembleia da CNBB: a busca da justiça não se faz por meio da violência

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Aparecida (RV) – Tiveram início na manhã desta quarta-feria, 06, com a Santa Missa no Santuário Nacional de Aparecida, os trabalhos da 54ª Assembleia Geral (AG) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, (CNBB). A celebração eucarística foi presidida pela presidência da entidade. 

Na sua homilia, o Arcebispo de Brasília e Presidente da CNBB, Dom Sergio da Rocha recordou os “esforços em favor da unidade da Igreja, do empenho da Igreja pela justiça e a paz no Brasil. Disse ainda que a justiça e a paz no mundo devem ser acompanhados de muita oração e escuta da Palavra para poder discernir os passos a serem dados e ter a força necessária para caminhar na fidelidade ao Senhor”. 

A missa foi presidida por Dom Sergio e concelebrada pelo Arcebispo de Salvador (BA) e Vice-presidente, Dom Murilo Krieger, e pelo Bispo auxiliar de Brasília e Secretário-Geral da Conferência, Dom Leonardo Steiner. Da procissão de entrada participaram os presidentes das 12 Comissões Episcopais de Pastoral da CNBB.

Misericórdia, justiça, unidade e paz foram as palavras de destaque na homilia de Dom Sergio, que falou do sentido da eucaristia na vida eclesial. “A Igreja eucarística vive da misericórdia, que é fonte de paz. O presidente da CNBB ressaltou que a celebração eucarística, primeiro ato da AG da CNBB, “é sinal e recordação de que a eucaristia é a fonte e o sustento permanente da vida e da missão da Igreja, Igreja que é chamada a experimentar e a testemunhar a misericórdia divina, de modo especial nesse ano santo”.

No contexto de crise e de crescimento da violência e da intolerância, Dom Sergio considerou que “somos chamados a vivenciar a comunhão eucarística num tempo marcado por muitas divisões e por muita violência”.

Dom Sergio recordou que o tema central da Assembleia Geral da CNBB deste ano  é “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade. Sal da terra e luz do mundo”. Disse, ainda, que durante esses dias os bispos estarão atentos à atual situação do país. “Em tempos de crise, os critérios que devem nortear o nosso agir sejam sempre os critérios de Deus e não os critérios do mundo. O evangelho nos convida a aproximarmos da luz e caminhar na luz”, sublinhou. 

“Somos chamados a ser mensageiros da misericórdia e portadores da paz, em casa, em nossas comunidades, nas redes sociais e nas ruas.

Fazendo uma alusão ao que acontece pelo Brasil afora, Dom Sérgio exortou: “Seja nosso louvor pascal manifestado não apenas com os lábios, mas com o coração e a vida, seja acompanhado pela busca da paz, jamais cedendo à tentação da agressividade em palavras ou atos”.

“A busca da justiça, que conduz à paz, não se faz por meio da violência. Pessoas com diferentes posturas, especialmente nos campos da política e da religião,  não podem ser tratadas como inimigas, mas sim com o devido respeito”, concluiu.

Após a Missa de abertura da Assembleia a cerimônia de inauguração no auditório do Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida e a primeira sessão de trabalhos.

Sobre o início dos trabalhos nós conversamos com Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena, Bispo de Guarabira, Paraíba...... 

Na tarde desta quarta-feira participam da coletiva de imprensa a Arcebispo de Mariana (MG), Dom Geraldo Lyrio Rocha, e o Bispo de Campos (RJ), Dom Roberto Francisco Paz.

De Aparecida, SP, para a Rádio Vaticano, Silvonei José.

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Começa em Aparecida a Assembleia da CNBB: leigos tema central

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Aparecida (RV) – Tem início na manhã desta quarta-feira (6/4), em Aparecida (SP) a 54ª Assembleia Geral (AG) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, que tem como tema central, “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade – Sal da terra e luz do mundo”. A reflexão sobre o tema teve início em 2014, durante a 52ª Assembleia Geral da CNBB. Nesta Assembleia o texto de trabalho será aprofundado, podendo ser aprovado como documento. 

Este é o maior encontro do episcopado brasileiro. São esperados cerca de 320 bispos ativos e eméritos, dos dezoito regionais da CNBB. Diariamente, os trabalhos da Assembleia Geral iniciam com celebração da missa com laudes às 7h30, no Santuário Nacional de Aparecida, com transmissão ao vivo pelas emissoras católicas de rádio e televisão.

A Missa de abertura da Assembleia Geral nesta quarta-feira é presidida por Dom Sérgio da Rocha, Presidente da CNBB. Já a cerimônia de inauguração dos trabalhos da AG irá se realizar às 9h15, no auditório do Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida.

O Bispo auxiliar de Brasília (DF) e Secretário-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Steiner, encontrou-se no início da tarde desta terça-feira (5) com os jornalistas no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida. Dom Leonardo, na coletiva, destacou a programação e os assuntos a serem abordados durante a Assembleia Geral.

Como dissemos, a 54ª Assembleia Geral da CNBB neste ano se volta para os leigos e leigas na Igreja e na Sociedade como “sal da terra e luz do mundo” (cf. Mt 5,13-14), pois sabe da real importância deles dentro do Povo de Deus para a Igreja no Brasil em um tempo no qual, mais do que nunca, somos convocados a ser discípulos e missionários de Jesus Cristo em todas as realidades e ambientes, disse o Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta.

Entre os temas prioritários previstos desta Assembleia, estão a “Liturgia na Vida da Igreja”, a 14ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, a conjuntura político-social, a mensagem “Pensando o Brasil: crises e superações” e as mudanças do quadro religioso no país.

Na Assembleia, será preparado um novo volume da série Pensando o Brasil, que apresenta a visão do episcopado brasileiro sobre temas da realidade do País. Conversamos ainda com Dom Leonardo Steiner, Secretário-Geral da CNBB sobre os trabalhos e temas desta Assembleia...

“A Assembleia é momento muito precioso para nossa Conferência Episcopal e para as igrejas particulares. Trata-se de um espaço de oração, partilha, estudos e convivência fraterna. Durante esses dias, fortalecemos a comunhão entre nós bispos”, explica o Secretário-Geral da (CNBB), Dom Leonardo Steiner. 

Ainda durante os 10 dias de trabalhos, os bispos deverão também dar orientações para as próximas eleições municipais no mês de outubro. De acordo com Dom Leonardo, a mensagem sobre as eleições buscará orientar os fiéis no momento do voto. “Essa orientação não tem a ver com partido político, mas sim com opções políticas. A Igreja deve ter sempre uma opção pela democracia e a CNBB tem procurado ser fiel também às orientações e motivações do Santo Padre”, afirmou o Secretário-Geral. 

Os trabalhos da Assembleia serão desenvolvidos em quatro sessões, duas de manhã e duas à tarde. No final de semana, sábado, 9, e domingo, 10, o retiro dos bispos, que será pregado este ano pelo Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi. Os encontros desta Assembleia se concluem no dia 15 de abril.

De Aparecida, SP, para a Rádio Vaticano, Silvonei José.

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Igreja no Mundo



Nova fraternidade franciscana na Turquia

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Istambul (RV) – Testemunhar o Evangelho promovendo o diálogo ecumênico e inter-religioso e o diálogo com a cultura, na modalidade específica e no exemplo de Francisco de Assis. Com este espírito os Frades menores abriram uma nova fraternidade franciscana em Esmirna (Izmir), na Turquia centro-ocidental. Como comunicado à Agência Fides pela Cúria Generalícia dos Frades menores, o atual Ministro Geral, Fr. Michael A. Perry e o seu Definidor, tomaram a decisão de agregar à já existente fraternidade de Istambul a nova comunidade de Esmirna.

Fraternidades internacionais

Trata-se de fraternidades internacionais, formadas por frades provenientes de todo o mundo. Foi Frei Hermann Schalück, então Ministro Geral OFM, ao visitar Bartolomeu I, a ter em 1995 a intuição de uma presença franciscana internacional. Nos anos sucessivos foi constituída a primeira fraternidade para o diálogo ecumênico e inter-religioso em Istambul, que testemunha a forma de vida evangélica promovendo o diálogo ecumênico e inter-religioso, vivendo a comunhão com a Igreja local e oferecendo um serviço de formação permanente à Ordem. Após 12 anos, o projeto desenvolveu-se, nascendo então a segunda fraternidade.

Diálogo ecumênico e inter-religioso

“A dimensão de evangelização – explicam os franciscanos em Istambul – é vivida em primeiro lugar no desenvolvimento do diálogo ecumênico e inter-religioso. Entre as diversas atividades desenvolvidas anualmente, estão a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, as partilhas e as visitas aos irmãos muçulmanos no mês do Ramadã, um curso de formação permanente sobre diálogo ecumênico e inter-religioso, que chegou à sua 12ª edição (em 2016 realizar-se-á em Istambul, de 13 a 28 de outubro), um encontro de oração inter-religiosa no espírito de Assis, além das diversas atividades na Igreja local”.

Notícias e maiores detalhes sobre a vida e as iniciativas dos frades franciscanos na Turquia estão disponíveis também no novo site http://www.istanbulofm.org. (JE)

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Igreja Sírio-ortodoxa: humilhante detenção do Metropolita Swerios

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Belém (RV) – A Igreja Sírio-ortodoxa considerou “ofensivo” o modo como a polícia palestina deteve o Metropolita Swerios Malki Murad, Vigário Patriarcal à frente da comunidade dos cristãos sírio-ortodoxos presentes na Terra Santa. Tal detenção de poucas horas – ocorrida na noite de sábado 2 de abril – representa “uma humilhação para todos os fieis da Igreja Sírio-ortodoxa disperos no mundo”. É o que se lê no comunicado divulgado pelo Secretariado Geral do Santo Sínodo Sírio-ortodoxo, reunido nos dias 4 e 5 de abril no Mosteiro Mor Jacob Baradaeus a Atchaneh, no Líbano.

Reprovação à ação da polícia palestina

O Patriarcado – refere o comunicado chegado à Agência Fides – expressou “grande desprazer” pela modalidade como o bispo foi detido. Análogos juízos de reprovação pela ação da polícia palestina foram expressos também pelo Bispo greco-ortodoxo palestino Atallah Hanna, segundo o qual o tratamento dispensado ao Metropolita foi “degradante, injustificado e inaceitável”.

Autoridades palestinas não explicam motivos da detenção

A polícia palestina deteve o Metropolita Swerios Malki Murad na noite de 2 de abril, retirando-o do comboio de automóveis que o levavam à Jerusalém, após uma visita realizada no vilarejo palestino de al-Khader. O Metropolita foi liberado sob caução, após ter sido submetido a um breve interrogatório. As autoridades palestinas não forneceram explicações até o momento sobre os motivos que levaram á detenção temporária do prelado.

Indiscrições nas redes sociais atribuídas ao Chefe da Promotoria de Belém, Basem Badawi, fazem referência a uma denúncia apresentada contra o Metropolita por uma mulher cristã sírio-ortodoxa. (JE)

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Bispo chinês fiel à Igreja de Roma falece aos 96 anos

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Pequim (RV) – O Bispo chinês Dom Zeng Jing Mu, símbolo da fidelidade ao Papa e ao Vaticano, faleceu no último sábado, 2 de abril, aos 96 anos, após sofrer uma queda em sua casa. O funeral foi realizado esta quarta-feira.

Dom Zeng Jing Mu foi ordenado sacerdote em 1949. Segundo a Fundação de direito Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), conheceu de perto a violência do regime comunista de Mao Tse-Tung contra a comunidade cristã.O Bispo Emérito da Diocese de Yujiang passou 23 anos na prisão devido à sua fidelidade à Igreja Católica.

Dezenas de ordens de prisão foram emitidas contra o prelado durante o período da Revolução Cultural e pela sua recusa em jurar fidelidade à Associação Patriótica, controlada pelo governo chinês.

Dom John Peng Weizhao foi nomeado pelo Vaticano como seu sucessor para a Diocese Yujiang. A ordenação foi realizada no início de 2014. Em maio do mesmo ano, o novo prelado foi detido, mas libertado em novembro. (JE/Aci)

 

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Formação



Lumem Gentium: Igreja como Sacramento de Salvação

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Cidade do Vaticano (RV) - No nosso espaço Memória Histórica, 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos continuar a tratar na edição de hoje da Constituição Dogmática Lumen Gentium sobre a Igreja. 

No programa passado, vimos a importância da Constituição Dogmática Lumen Gentium sobre a Igreja, pois pela primeira vez em um Concílio, a Igreja olha para si mesmo, colocando fundamentos, balizas muito importantes, não somente para a Eclesiologia, mas também para a Cristologia. No Programa de hoje, o Padre Gerson Schmidt nos fala da Igreja como Sacramento de salvação:

Deixamos na última quarta-feira aqui uma pergunta no ar: a Igreja está sendo sacramento de salvação ao mundo, como propõe a constituição conciliar Lumen Gentium?

A Igreja é a salvação para o mundo, mas não entendido no sentido jurídico de que todos precisam ser batizados, crismados ou estarem dentro dos átrios da Igreja. A Igreja não é a única tábua de salvação. A frase de São Cipriano, “fora da Igreja não há salvação” tem que ser bem entendida. Toda a salvação vem de Cristo e os méritos de Cristo se operam na sua Igreja, hoje e sempre. Apesar de alguém não pertencer a Igreja, sem culpa sua e por não ter oportunidade, poderá se salvar pelos méritos de Cristo que se operam na sua Igreja, por meio dos sacramentos e sinais. Mas no número 14 da Lumen Gentium aponta para um perigo: “Não podem salvar-se aqueles que, sabendo que a Igreja Católica foi fundada por Deus por meio de Jesus Cristo como instituição necessária, apesar disso não querem entrar ou nela perseverar”(LG,14).

A Lumen Gentium significou uma renovação radical desta mentalidade de que todos deveriam ser batizados à força, de qualquer jeito ou receberem nos hospitais a “unção extrema”, como era entendida antigamente. Se todos deveriam pertencer a Igreja, era justo batizar ou converter as pessoas de qualquer jeito. Voltaríamos a fazer um proselitismo da época da Cristandade. Mas a Igreja deve realmente ser uma luz, um sacramento, um sinal de salvação aos povos. Portanto, ser Igreja não é um privilégio, como se estivéssemos salvos e abrigados estando dentro da Arca, como a de Noé. Ser Igreja é um chamado a responsabilidade de ser luz, de ser fermento, de ser sal da terra. Como o fermento, a luz o sal basta apenas um pouco para salgar, iluminar e fermentar, também o cristão, dentro da Igreja, é chamado ao serviço autentico de cumprir sua missão no mundo, de apontar o Reino dos céus.

Por isso é importante a introdução desse documento que dá o tom dos Padres conciliares. Diz assim o número um desse Documento:

1. A luz dos povos é Cristo: por isso, este sagrado Concílio, reunido no Espírito Santo, deseja ardentemente iluminar com a Sua luz, que resplandece no rosto da Igreja, todos os homens, anunciando o Evangelho a toda a criatura (cfr. Mc. 16,15). Mas porque a Igreja, em Cristo, é como que o sacramento, ou sinal, e o instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o género humano, pretende ela, na sequência dos anteriores Concílios, pôr de manifesto com maior insistência, aos fiéis e a todo o mundo, a sua natureza e missão universal. E as condições do nosso tempo tornam ainda mais urgentes este dever da Igreja, para que deste modo os homens todos, hoje mais estreitamente ligados uns aos outros, pelos diversos laços sociais, técnicos e culturais, alcancem também a plena unidade em Cristo.

Vejam bem... A salvação é Cristo, luz dos povos – A Igreja é sacramento dessa luz que ilumina todo o homem. Por isso, “como Cristo realizou a obra da redenção na pobreza e na perseguição, assim a Igreja é chamada a seguir pelo mesmo caminho para comunicar aos homens os frutos da salvação”(LG, 8). Preparada desde a criação do mundo, a Igreja é, em Cristo, a semente do Reino definitivo. Pela ação dos sacramentos, o Espírito constrói a unidade que o Pai preparou para o gênero humano. Dela a Igreja se faz sinal elevado em meio às nações.

Lumen Gentium abre o seu primeiro capítulo falando da Trindade. A luz torna-se aqui um mistério: o mistério da Igreja, enquanto sacramento da Trindade e sacramento da comunhão dos seres humanos como povo de Deus – que é uma das várias imagens da Igreja, talvez a mais forte que rende um capítulo inteiro dos oito totais.

O primeiro capítulo aborda a Igreja como mistério. Ela é sacramento de Cristo. Realiza a vontade salvífica do Pai na missão e obra do Filho, seu fundamento primeiro e último. É vivificada e santificada pelo Espírito. Torna-se na terra a semente do Reino que vai se realizando em figuras que constituem o Corpo Místico de Cristo, que é uma segunda imagem utilizada pela Lumen Gentium como comparativa da Igreja. Como mistério a Igreja é uma sociedade ao mesmo tempo visível e espiritual. A Igreja é o lugar, o espaço e a comunidade para encontrar o Pai, em Cristo pela santificação do Espírito.

Deixo aqui novamente essa interrogação que exige de todos nós, que fazemos parte do Povo de Deus e da Igreja: Como Igreja que somos todos, estamos sendo sinal e sacramento para o mundo, de que Jesus Cristo é o Salvador, por meio de nosso testemunho e de nossas palavras? Sem dúvida uma pergunta que nos intriga e não cabe uma resposta tão simples". 

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A Bíblia ainda pode ser discutida? A resposta do perito

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Cidade do Vaticano (RV) – Com cerca de dois mil anos de história, a Bíblia, livro mais vendido de todos os tempos, ainda pode ser discutida. Como indica a origem grega de seu nome, a Bíblia não é um livro, mas uma verdadeira biblioteca. Quanto à história, pode-se dizer que ela começou a existir a partir dos primeiros escritos, vários séculos antes de Cristo.

Plenária da Pontifícia Comissão Bíblia

No Vaticano, a Comissão Bíblica organiza sua Assembleia Plenária a cada ano na segunda semana após a Páscoa, sobre um tema escolhido pelo Cardeal Presidente, atualmente Gerhard Muller. Um dos membros desta Comissão é o sacerdote mineiro Luís Henrique Eloy e Silva, membro da Comissão Pastoral para a Doutrina da Fé da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), que está participando dos trabalhos na Casa Santa Marta.

Entrevista

“A Sagrada Escritura é uma fonte inesgotável. Os rabinos sempre disseram que um texto bíblico tem pelo menos 70 faces. Isto significa que segundo este princípio hermenêutico, do rabinismo judaico, há ao menos 70 possibilidades de leitura de um texto. Quando nos deparamos com a Sagrada Escritura e o Santo Padre nos pede um determinado tema, isso significa que de alguma forma, é preciso voltar às fontes e olhar para aquele germe inicial fundamental que está à base da própria compreensão do caminho cristão, da teologia e da ética”.

Para ouvir a reportagem completa, clique aqui:

  

Padre Luís Henrique Eloy e Silva é também vigário paroquial da paróquia Nossa Senhora Rainha, em Belo Horizonte e colabora com a Faculdade Jesuíta, também na capital mineira.

(CM)

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Atualidades



"Situação em Lesbos é explosiva", afirmam bispos gregos

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Cidade do Vaticano (RV) – Enquanto se estuda a possibilidade de o Papa Francisco visitar a ilha grega de Lesbos, a Organização Internacional para Migrações (OIM) divulgou dados alarmantes sobre o fluxo migratório no Mediterrâneo. 

De acordo com a entidade, mais de 172 mil migrantes e refugiados chegaram à Europa pelo mar em 2016, até o primeiro fim de semana de abril. As rotas mais movimentadas são as que ligam a Turquia à Grécia e o norte da África à Itália, mas um pequeno número de migrantes chegou a Chipre e à Espanha.

A agência parceira da ONU calcula que este ano já morreram no mar 714 pessoas – um aumento de cerca de 50% em relação ao mesmo período de 2015, quando 489 migrantes perderam a vida. No ano passado, o número de mortes no Mediterrâneo chegou a 3.770.

Entre janeiro e março de 2016, os sírios foram os que mais chegaram à Grécia,  seguidos de afegãos, iraquianos, paquistaneses e iranianos. Já a Itália, nos primeiros dois meses deste ano, recebeu sobretudo somalianos, seguidos de cidadãos da Gâmbia, Senegal, Mali e Nigéria.

Patriarca Bartomoleu

De acordo com um comunicado divulgado pelo Patriarcado Ecumênico de Constantinopla e pelo Santo Sínodo da Igreja da Grécia, a intenção é reunir líderes religiosos na ilha de Lesbos para sensibilizar a opinião pública internacional sobre o problema dos refugiados e dos cristãos perseguidos e pedir medidas eficazes às instituições competentes.

No comunicado, afirma-se que o Patriarca Bartolomeu expressou várias vezes a sua preocupação pelo fluxo de refugiados e falou a respeito com o Papa Francisco numa carta enviada em 30 de março.

Esta iniciativa dos líderes religiosos – se lê ainda no texto – tem a finalidade de manifestar solidariedade aos milhares de refugiados que sofrem, inspirar ações para a proteção das comunidades  cristãs que enfrentam inúmeras dificuldades e encontrar soluções justas para a situação dos refugiados.

Situação explosiva

Segundo o Presidente da Conferência Episcopal da Grécia, Dom Franghiskos Papamanolis, se confirmada, a visita do Pontífice é “altamente significativa”, pois a situação na ilha é “explosiva”.

Isso se deve, segundo ele, a episódios de violência por parte dos migrantes. “Não era assim até poucos dias atrás, mas agora o clima na ilha mudou. Registram-se atos de violência causados também pelas péssimas condições em que são obrigados a viver. Tantos dias no frio e debaixo de chuva os exasperaram”, afirma o Presidente dos Bispos gregos, acrescentando também a entrada em vigor do plano de repatriação.

“Não é fácil nesta situação preparar a visita do Papa”, disse Dom Papamanolis. “Mas esperamos que esta visita contribua para restabelecer a calma e dar esperança a todos.” 

(BF)

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Cristãos começam a retornar à cidade síria de Sadad

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Damasco (RV) – A cidade síria de Sadad testemunha o retorno das primeiras famílias cristãs, migradas à Europa em fuga das violências do conflito interno. Foi o que informou à imprensa russa o Prefeito da cidade localizada na Província de Homs, Suleiman al Khalil.

Vitórias militares devolveram confiança

“Os cristãos que haviam deixado a Síria rumo à Europa, começam à voltar à Sadad e também à outras cidades”, diz o Prefeito, acrescentando que a volta das famílias foi favorecida pela confiança suscitada pelo sucesso das operações militares apoiadas pela Rússia e pelo cessar fogo ainda em vigor concordado em Munique, em 12 de fevereiro.

Presença cristã

Antes do conflito, Sadad era uma cidade com cerca de 12 mil habitantes, a maioria cristãos assírios e sírio-ortodoxos. Nos anos da guerra, ao menos mil deles haviam fugido da Síria, incluindo o Arcebispo Selwanos Boutros Alnemeh, Metropolita sírio-ortodoxo de Homs e Hama.

Massacres

Segundo fontes eclesiásticas locais, durante a temporária conquista da cidade por jihadistas do grupo al Nusra, ligado à Al Qaeda, em outubro de 2013, teriam sido perpetrados massacres contra a população civil, o que foi confirmado com a descoberta de uma fossa comum com pelo menos 30 cadáveres. Em novembro passado, também os jihadistas do estado Islâmico haviam tentado reconquistar a cidade, atacando postos de controle do exército sírio.

Nos últimos três meses – refere o Prefeito al Khalil – ao menos cem cristãos de Sadad fugidos da Síria, retornaram às próprias casas e espera-se para breve o retorno de outros duzentos.

A cidade encontra-se à 14 quilômetros da estrada que liga Damasco à Homs e possui 15 igrejas. (JE)

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CPT: "A democracia não pode ser vilipendiada"

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Goiânia (RV) - A Comissão Pastoral da Terra divulgou uma nota pública intitulada "A democracia não pode ser vilipendiada".

Abaixo, a íntegra: 

"Neste grave momento de crise generalizada no País, a Comissão Pastoral da Terra vem a público juntar-se a tantas entidades e cidadãos e cidadãs de boa vontade, em defesa da democracia e contra os retrocessos políticos e sociais que se querem impor de forma autoritária ao povo brasileiro. Reafirmando seus valores éticos e pastorais, baseados no Evangelho, a CPT rechaça o processo em curso que, em várias frentes e sob aparatos de contorcida legalidade, visa impedir o mandato da presidenta Dilma Rousseff, desastroso, sim, mas democraticamente outorgado pela maioria dos eleitores brasileiros em 2014. 

Tal situação nos deixa profundamente revoltados. A CPT nasceu em plena Ditadura Civil-Militar para apoiar a resistência e a luta por direitos dos camponeses e camponesas trucidados pelo avanço do Capital no campo, por ela incentivado, como uma de suas principais estratégias de poder. Fazemos parte da geração que com duras perdas redemocratizou o País e que por isso não admite retrocessos institucionais. Se o Governo Dilma não é bom, não cumpre o que prometeu em campanha – e temos motivos suficientes para concordar com isso –, deve ser pelo voto da maioria que ele seja removido, em 2018! 

A crise política atual – em muito fabricada por disputa espúria do poder do Estado, sob injunções econômicas obscuras – é um duro revés. A partidarização de setores do Judiciário e da Polícia Federal – que macula seus importantes avanços contra a impunidade – o jogo baixo no Congresso conservador como nunca, os vacilos do governo central e a distorção e espetacularização do noticiário pela mídia empresarial hegemônica, têm constituído no conjunto um retrocesso amargo e inaceitável. 

Favorecidos pela conjuntura econômica global, os governos de coalizão e pacto social liderados pelo PT lograram avanços sociais inéditos e importantes para os mais pobres: ascensão social, renda mínima, acesso ao consumo, à energia, à moradia, saúde (programa Mais Médicos), ao transporte aéreo, à educação técnica e universitária, à água no Semiárido, à afirmação étnica, etc. Na verdade, os avanços havidos só foram possíveis porque os donos do Capital também ganharam, mais e muito. Mas os governos não atacaram o âmago da desigualdade que se manteve inalterada, ou pior ainda, cresceu. Não deram passos concretos para uma adequada e justa reforma tributária, não propuseram uma reforma urbana para combater a concentração fundiária urbana e uma melhor distribuição do espaço entre seus habitantes. Praticamente paralisaram a reforma agrária deixando milhares de famílias vivendo em acampamentos mais que precários. Pior, colocaram um freio violento no reconhecimento e regularização das terras indígenas e no reconhecimento de territórios quilombolas.  E mais, se furtaram a propor instrumentos para quebrar o monopólio da mídia em mãos de meia dúzia de famílias que determinam o que o povo pode e deve ver e saber. 

A crise atual, com o desembarque do governo de quem sempre esteve no governo, como ratos fugindo de um navio a naufragar, deve servir de lição para alianças feitas simplesmente para garantir o poder, sem qualquer compromisso maior com o povo e seus direitos. Mas, se tais alianças não mais se sustentam, não será um golpe civil (como em Honduras e no Paraguai) que vai consertar a situação. 

O que subjaz à crise, com fragorosa omissão dos senhores dos discursos hegemônicos, é que para continuar ganhando, o Capital agora quer mudar o governo, a qualquer custo, inclusive da democracia, a qual despreza. Como não consegue pelas eleições, visam o “golpe branco”. 

A CPT, buscando ser coerente com sua trajetória democrática de 40 anos, reafirma a imposição incondicional do respeito às regras do jogo democrático, nos gabinetes e nas ruas. Por outro lado, exige do Governo Federal a retomada e o aprofundamento das políticas que atendam aos direitos dos mais pobres do campo e das cidades, com prioridade de fato para as Reformas Agrária e Urbana. Inspirados na Palavra de Deus (Provérbios 31,5), condenamos os que inebriados pelo poder se esquecem do bom senso e das leis, e não são solidários aos direitos dos fracos e dos pobres".

Goiânia, 05 de abril de 2016. 

A Diretoria e Coordenação Executiva Nacional da Comissão Pastoral da Terra

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Polônia: conferência católico-judaica sobre as migrações

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Varsóvia (RV) - Teve início nesta terça-feira (05/04), em Varsóvia, na Polônia, a conferência católico-judaica sobre as migrações, promovida pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, a Comissão para as relações religiosas com os judeus e a Comissão judaica internacional para consultas religiosas. 

“A abordagem bíblica em relação aos refugiados parece ser mais elástica que o direito positivo de hoje”, disse o Presidente da Conferência Episcopal Polonesa, Dom Stanislaw Gadecki, na abertura do evento. 

“Diverso na tradição judaica e católica: os refugiados no mundo de hoje” é o tema do encontro cujo objetivo “é reforçar os vínculos de amizade entre judeus e católicos”, disse o Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, citado pela Agência Sir.

Amizade

Durante a conferência, o Embaixadora de Israel na Polônia, Anna Azari, sublinhou que “as relações com a Igreja Católica na Polônia são uma grande festa”, acrescentando que os judeus “têm muitos amigos entre os católicos na Polônia”. 

O Rabino-chefe da Polônia, Michael Schudrich, destacou a importância dos lações entre judeus e católicos poloneses, evidenciando que no âmbito das relações inter-religiosas “sacerdotes e católicos poloneses podem ser de exemplo para o mundo”. 

No final da conferência, na próxima quinta-feira (07/04), está prevista a publicação de um comunicado conjunto. (MJ)

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O Jubileu nas periferias existenciais do Rio de Janeiro

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Cidade do Vaticano  (RV) - O ritmo foi intenso nos últimos dias de eventos relacionados ao Ano Jubilar Extraordinário.

A edição desta quarta-feira do Programa “Porta Aberta no Ano da Misericórdia” tem início, como sempre, com a Audiência Geral que o Papa concedeu esta manhã na Praça S. Pedro. Depois de concluir o ciclo de catequeses sobre a misericórdia no Antigo Testamento, Francisco inaugurou uma nova série, sobre como Jesus realizou plenamente a misericórdia divina. “Jesus é a misericórdia de Deus feita carne”, disse.

Já no último final de semana, os fiéis que aderem à espiritualidade da Divina Misericórdia celebraram seu Jubileu com o Papa na Praça S. Pedro. No sábado, participaram de uma vigília de oração, ao final da qual Francisco fez um apelo a todas as dioceses do mundo para que realizem uma obra concreta – um hospital, uma creche ou uma escola – como monumento vivo deste Jubileu. E no domingo, Domingo da Divina Misericórdia, celebrou a Santa Missa.

Do Vaticano iremos ao Brasil. A Arquidiocese do Rio de Janeiro acolhe a partir desta quarta-feira o evento denominado “Pátio dos Encontros”, uma iniciativa do Pontifício Conselho para a Cultura que tem como objetivo incentivar o diálogo, especialmente entre crentes e não-crentes. O evento terá a participação do Presidente desse dicastério vaticano, Cardeal Gianfranco Ravasi.

A iniciativa, que já se realizou em várias cidades da Europa e da América com o nome “Pátio dos Gentios”, tem lugar pela primeira vez no Brasil, com o tema “Ética e transcendência”.

A caminho de Aparecida para a Assembleia Geral da CNBB, o colega Silvonei José esteve no Rio e entrevistou o Arcebispo, Cardeal Orani João Tempesta. O “Porta Aberta” propõe o trecho da entrevista sobre o Ano Santo da Misericórdia, assim como a entrevista do Bispo Auxiliar do Rio, Dom Paulo César Costa.

(BF)

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