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Sumario del 07/04/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Papa: santos e mártires de hoje levam a Igreja adiante

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Cidade do Vaticano (RV) – São os santos da vida ordinária e os mártires de hoje que levam a Igreja adiante com a coerência e o corajoso testemunho de Jesus ressuscitado, graças à obra do Espírito Santo: foi o que disse, em síntese, o Papa Francisco na homilia da Missa celebrada na manhã desta quinta-feira (07/04) na Casa Santa Marta. 

A primeira leitura, extraída dos Atos dos Apóstolos, fala da coragem de Pedro que, depois da cura do paralítico, anuncia a Ressurreição de Jesus diante dos chefes do Sinédrio que, furiosos, queriam matá-lo.

Ele foi proibido de pregar em nome de Jesus, mas continuou a proclamar o Evangelho porque – afirma – “é preciso obedecer a Deus e não aos homens”. Este Pedro “corajoso” – disse o Papa Francisco – não tem nada a ver com o “Pedro covarde” da noite da Quinta-feira Santa, “quando, repleto de medo, renega o Senhor três vezes”. Agora, Pedro se tornou forte no testemunho. “O testemunho cristão – observou o Papa – tem o mesmo caminho de Jesus: dar a vida”. Num modo ou no outro, o cristão “coloca a vida em jogo no verdadeiro testemunho”:

Coerência cristã

“A coerência entre a vida e aquilo que vimos e ouvimos é justamente o início do testemunho. Mas o testemunho cristão tem outro aspecto, não é somente de quem o dá: o testemunho cristão, sempre, é feito por duas pessoas. ‘E desses fatos somos testemunhas nós e o Espírito Santo’. Sem o Espírito Santo não há testemunho cristão. Porque o testemunho cristão, a vida cristã é uma graça, é uma graça que o Senhor nos dá com o Espírito Santo”. 

“Sem o Espírito”, ressalta o Papa, “não conseguimos ser testemunhas”. A testemunha é aquele que é “coerente com aquilo que diz, com o que faz e com o que recebeu, ou seja, o Espírito Santo”. “Esta é a coragem cristã, este é o testemunho”:

Mártires

“É o testemunho de nossos mártires hoje. Muitos, expulsos de suas terras, deslocados, decapitados e perseguidos, têm a coragem de confessar Jesus até o momento da morte. É o testemunho daqueles cristãos que vivem sua vida seriamente e dizem: ‘Eu não posso fazer isto, eu não posso fazer o mal ao outro; eu não posso trapacear; eu não posso conduzir uma vida pela metade, eu devo dar o meu testemunho’. E o testemunho é dizer o que viu e ouviu na fé, ou seja, Jesus Ressuscitado, com o Espírito Santo que recebeu como dom.”

“Nos momentos difíceis da história”, sublinha o Papa, se ouve dizer que “a pátria precisa de heróis. Isso é verdade. É justo”. Mas do que a Igreja precisa hoje? De testemunhas, de mártires”:

“São as testemunhas, ou seja, os santos, os santos de todos os dias, os da vida cotidiana, mas com coerência, e também as testemunhas até o fim, até a morte. Estes são o sangue vivo da Igreja; estes são aqueles que levam a Igreja adiante, as testemunhas; aqueles que atestam que Jesus ressuscitou, que Jesus está vivo, e o testemunham com a coerência de vida e com o Espírito Santo que receberam como dom.” (BF/MJ)

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Papa a metodistas: "Servindo juntos, nossa comunhão aumenta"

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu na manhã desta quinta-feira, (07/04), uma delegação de representantes do Conselho Metodista Mundial, que acaba de abrir em Roma um escritório ecumênico. 

A Comissão teológica conjunta de católicos e metodistas está preparando um documento, “O chamado à santidade”, que deve estar pronto até o final deste ano.

“Uns têm muito a aprender com os outros sobre como compreender e viver a santidade; a Declaração Comum encorajará a ajuda mútua na vida de oração e na devoção”, disse o Pontífice, discursando ao grupo.

Francisco mencionou John Wesley, um clérigo anglicano e teólogo britânico, precursor do movimento metodista, e sua “Carta a um católico romano”: Católicos e metodistas são chamados a ajudar-se reciprocamente em qualquer coisa (...) que conduza ao Reino”.

“É verdade que não pensamos da mesma maneira a respeito de muitas questões relativas aos ministérios ordenados e à ética; ainda há muito o que fazer, mas nenhuma destas diferenças é obstáculo para amarmos e darmos um testemunho comum diante do mundo. Nossa vida na santidade deve sempre incluir o serviço de amor ao mundo. Quando servimos juntos quem precisa, nossa comunhão aumenta”, completou o Papa.

O Presidente do Conselho Metodista Mundial é o Bispo brasileiro Paulo Tarso de Oliveira Lockmann, que estava na audiência com o Pontífice.

(CM)

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Francisco recebe premiê croata: refugiados em pauta

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu em audiência na manhã desta quinta-feira (07/04), no Vaticano, o Primeiro-Ministro croata, Tihomir Orešković. Depois do colóquio com o Pontífice, o premiê encontrou-se com o Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, e com o Subsecretário das Relações com os Estados, Mons. Antoine Camilleri. 

Segundo comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, as boas relações existentes entre Santa Sé e República da Croácia foram destacadas durante o encontro e confirmado o desejo comum de prosseguir no diálogo construtivo sobre temas bilaterais concernentes às relações entre as comunidades eclesial e civil. 

Falou-se também sobre a posição de relevo que os fiéis croatas atribuem ao Beato Alojzije Stepinac e sobre a condição da minoria croata na Bósnia-Herzegóvina. 

Na ampla troca de visões sobre questões internacionais e regionais foi manifestada preocupação pela crise humanitária dos refugiados do Oriente Médio, pelas situações de conflito em várias regiões do mundo e pelos atos que visam enfraquecer as bases da convivência civil. (MJ)

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Sala de Imprensa confirma viagem do Papa à ilha de Lesbos

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Cidade do Vaticano (RV) – Está confirmada a ida do Papa à ilha grega de Lesbos – atual centro nevrálgico da crise migratória na Europa – que abriga atualmente mais de 3 mil refugiados 

 

“Acolhendo os convites de Sua Santidade Bartolomeu, Patriarca Ecumênico de Constantinopla e do Presidente da Grécia, o Papa irá a Lesbos no sábado, 16 de abril”, refere o comunicado publicado no início da tarde desta quinta-feira (07/04).

Na ilha, o Papa, o Patriarca e Sua Beatitude Hieronumus II, Arcebispo de Atenas e de toda a Grécia, encontrarão os refugiados provenientes, sobretudo, do Oriente Médio e da Ásia.

Patriarca Bartomoleu

De acordo com um comunicado divulgado pelo Patriarcado Ecumênico de Constantinopla e pelo Santo Sínodo da Igreja da Grécia, a reunião de líderes religiosos na ilha de Lesbos pretende sensibilizar a opinião pública internacional sobre o problema dos refugiados e dos cristãos perseguidos e pedir medidas eficazes às instituições competentes.

No comunicado, afirma-se que o Patriarca Bartolomeu expressou várias vezes a sua preocupação pelo fluxo de refugiados e falou a respeito com o Papa em uma carta enviada ao Pontífice em 30 de março.

Esta iniciativa dos líderes religiosos – lê-se ainda no texto – tem a finalidade de manifestar solidariedade aos milhares de refugiados que sofrem, inspirar ações para a proteção das comunidades cristãs que enfrentam inúmeras dificuldades e encontrar soluções justas para a situação dos refugiados.

Turquia

No início da semana, a Santa Sé contestou o acordo entre a União Europeia e a Turquia que estabelece que os migrantes que desembarcaram nas ilhas gregas depois de 20 de março sejam levados de volta ao território turco. A medida levou milhares de migrantes a entrarem o pedido de asilo na Grécia.

(rb/bf)

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Presença do Papa em Lesbos é chamado à solução para crise migratória

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Cidade do Vaticano (RV) – Após confirmar a visita do Papa à ilha de Lesbos no próximo dia 16, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, concedeu uma entrevista à Rádio Vaticano.

Ele fala do significado da visita do Papa à ilha, da questão ecumênica e do chamado à ação da Comunidade Internacional representado pela presença dos líderes religiosos em Lesbos.

Pe. Lombardi: Como sabemos, o Papa está sempre extremamente atento a todas as grandes emergências do mundo de hoje, em particular quando existem pessoas que sofrem, que precisam de nossa solidariedade e de nossa ajuda. Assim como foi a Lampedusa, apenas poucos meses após o início do Pontificado, para manifestar a sua proximidade na fronteira do Mediterrâneo, entra a África e a Itália, também agora, quando a emergência é tão forte no fronte do Egeu, o Papa deseja naturalmente fazer presente – também concretamente – a sua participação e preocupação.

Ecumenismo

Contudo, uma vez que estamos em uma área que é, do ponto de vista da Igreja cristã, principalmente ortodoxa, o fará junto das autoridades ortodoxas competentes, que são o Patriarca de Constantinopla e o Arcebispo de Atenas.

Portanto, é um gesto de solidariedade e de proximidade cristã ao grande problema dos refugiados, dos prófugos, dos migrantes, que é feito ecumenicamente pelos representantes das Igrejas cristãs. Este é, naturalmente, um convite à responsabilidade e ao compromisso de todos: o Papa não realiza ações de caráter diretamente político, realiza ações de caráter humano, moral e religioso extremamente significativos que chamam todavia à responsabilidade de cada um, de acordo com seus deveres e da sua situação na sociedade e nas relações humanas.

Chamado à ação

Certamente, é também um convite aos políticos a agir para encontrar soluções mais humanas, respeitosas e solidárias para as pessoas que sofrem nestes grandes movimentos problemáticos do mundo de hoje. (rb)

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Igreja no Brasil



Assembleia CNBB: Amazônia em pauta

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Aparecida (RV) – Neste segundo dia da 54ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em Aparecida, SP, os trabalhos tiveram início com a celebração eucarística no Santuário Nacional presidida pelo Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni D’Aniello. Participaram da procissão de entrada os bispos de recente nomeação.   

Durante toda a manhã, os trabalhos da Assembleia se concentraram no esforço para o aprofundamento do Tema Central deste ano: “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade – Sal da Terra e Luz do mundo”.  Este tema já foi refletido em outras Assembleias Gerais da CNBB e em várias instâncias da Igreja: comunidades, paróquias e dioceses. O texto que os bispos têm em mãos nesses dias busca retomar e aprofundar o papel e a participação dos leigos e leigas que são “mulheres e homens que ajudam na construção do Reino da verdade e da graça, do amor e da paz; que assumem serviços e ministérios que tornam a Igreja consoladora, samaritana, profética, serviçal, maternal” afirmou o Secretário-Geral da CNBB Dom Leonardo Steiner.

O Cardeal Claudio Hummes e os outros membros da Comissão para a Amazônia terão parte da primeira sessão da tarde de hoje para apresentar os trabalhos realizados na animação pastoral daquela região do Brasil. Entre os assuntos variados a serem apresentados estão as últimas iniciativas tomadas pela REPAM (Rede Eclesial Pan-amazônica) no campo da divulgação e aplicação da Encíclica Laudato Sí sobre o cuidado com a Casa Comum escrita pelo Papa Francisco.

Os bispos reunidos em Aparecida começam ainda hoje a elaboração de uma declaração oficial da Conferência em relação à uma realidade bastante grave: a situação hídrica e energética do nordeste brasileiro. O processo de aprovação do texto requer várias oportunidades de debates, de correções e de inserções de novas sugestões, por causa disso, comunica a assessoria da CNBB, pode ser que não tenhamos o texto final com rapidez.

Após a constituição da Comissão de Trabalho, os bispos iniciam na tarde de hoje, o debate sobre os termos de uma “Nota Oficial” sobre as eleições municipais deste ano. A CNBB já considerou, em outras situações semelhantes que “as eleições são uma festa da democracia que nasce da paixão política”. Mas é preciso manter atenção constante para riscos como aqueles que se notam presentes no ambiente atual: “o recurso à violência, que marca a campanha eleitoral em muitos municípios, é inadmissível: candidatos são adversários, não inimigos. A divisão, alimentada pelo ódio e pela vingança, contradiz o princípio evangélico do amor ao próximo e do perdão, fere a dignidade humana e desrespeita as normas básicas da sadia convivência civil, que deve orientar toda militância política” (Nota Oficial sobre Eleições de 2012).

Sobre os trabalhos e o tema da Assembleia nós conversamos com Dom José Aristeu Vieira, Bispo de Luz (MG).

O dia termina com trabalho de grupo. Os bispos continuarão a reflexão sobre o projeto “Pensando o Brasil” que se estende a outras questões além das eleições. A reforma política, por exemplo, é um dos assuntos do Projeto.

De Aparecida, SP, para a Rádio Vaticano, Silvonei José

 

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“Corrupção sangra o Brasil”, diz Arcebispo de Maringá

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Cidade do Vaticano (RV) – O programa Em Romaria desta quinta-feira, (07/04), transmitido ao vivo do Vaticano em conexão direta com Aparecida, aonde acontece a 54ª Assembleia Geral dos bispos do Brasil, teve como convidado o Arcebispo de Maringá (PR), Dom Anuar Battisti.

Dom Anuar compartilhou suas opiniões a respeito dos leigos que ocupam o centro dos debates dos bispos que, ao final da Assembleia, publicarão um documento final com uma visão renovada do papel deles na Igreja e na sociedade.

Crítica à CNBB

O Arcebispo de Maringá todavia criticou o documento sobre a “conjuntura nacional” apresentado na abertura da Assembleia: apesar de bem elaborado e compilado, Dom Anuar observou que, em nenhum momento, o texto contemplou a palavra corrupção.

Ao citar o livro do Papa “O nome de Deus é misericórdia”, em que Francisco diferencia corruptos de pecadores – assim como também havia refletido na Casa Santa Marta – o arcebispo disse que vai lutar para que o documento conclusivo dos bispos ao final da Assembleia sobre a conjuntura nacional considere esta distinção, porque a “corrupção está sangrando o Brasil”. 

Dom Anuar: Eu penso que este discurso do Papa, fazendo esta distinção entre pecador, sim, corrupto, não, deveria aparecer na mensagem final da CNBB. Vou lutar por isso, para que, ao menos, apareça isso. Uma das falhas – estou falando pessoalmente – na apresentação da conjuntura nacional do Brasil, que foi muito bem feita, realmente uma análise profunda, foi que, porém, nenhuma vez nesta análise apareceu a palavra corrupção. Isso é muito sério. Falar de uma conjuntura nacional sem apontar a corrupção é uma falha tremenda. É o que está sangrando hoje o Brasil. De todos os mais de 60 políticos que já foram presos, foram todos por causa de roubo, realmente roubo”.  

(rb)

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Assembleia da CNBB: resgatar o sentido da política

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Aparecida (RV) – Segundo dia de atividades da 54ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em Aparecida, SP, sobre o tema “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade. Sal da terra e luz do mundo”. Cerca de 320 bispos participam do encontro. 

Nesta quinta-feira os trabalhos, como de costume, têm início com a celebração eucarística no Santuário Nacional. A Santa Missa será presidida pelo Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni D’Aniello. Participam da procissão de entrada os bispos de recente nomeação.

Os trabalhos da parte da manhã se concentram no tema dos leigos, que é o tema central desta Assembleia.

Ontem, quarta-feira, na parte da manhã tivemos a Santa Missa presidida pelo presidente da CNBB, Dom Sérgio da Rocha. Logo após a Celebração, no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho a abertura oficial da assembleia. Durante a cerimônia de abertura, Dom Sérgio da Rocha agradeceu a presença da imprensa. Ainda no início do seu discurso, recordou o Ano da Misericórdia e pediu a luz do Espírito Santo, para que o rosto de Cristo possa brilhar nestes dez dias de encontro.

Sobre o tema central dos trabalhos, Dom Sérgio reforçou a participação ativa dos leigos e leigas na missão da Igreja e a importância dos bispos fortificarem estes laços com os cristãos.

Ao fim do seu pronunciamento, Dom Sérgio salientou que, durante a Assembleia, serão tratados temas como eleições municipais e a atual realidade sócio-política brasileira.

“No momento da crise, muitos, com razão, voltam seu olhar para Igreja em busca de sabedoria e discernimento”.

Já a conjuntura política, econômica e social do Brasil e a tragédia do rompimento da barragem em Mariana (MG) foram assuntos destacados na primeira coletiva de imprensa da Assembleia Geral, na tarde desta quarta-feira (06). Presentes, o Arcebispo de Mariana (MG), Dom Geraldo Lyrio Rocha, e o Bispo de Campos (RJ), Dom Roberto Francisco Ferrería Paz.

Ainda foram apresentados aos jornalistas outros assuntos que estão na agenda de trabalho dos bispos em Aparecida (SP), como o XVII Congresso Eucarístico Nacional, o 5º Centenário da Reforma de Martinho Lutero (1483-1546), além dos jogos olímpicos e paraolímpicos do Rio de Janeiro.

Falando sobre a conjuntura político-social do Brasil, Dom Geraldo Lyrio Rocha destacou que foi formada uma comissão para elaborar um texto que será aprovado e divulgado durante o período de realização da Assembleia Geral.

Dom Roberto Francisco Ferrería Paz, acrescentou que neste ano de eleições municipais é necessário resgatar o sentido da política e promover um diálogo acerca da crise que vive o país.

Respondendo a pertunta de um jornalista sobre a situação atual do país, Dom Roberto Francisco Ferrería Paz salientou que a CNBB como Igreja não pratica política partidária, não apoia nenhum partido e cabe aos leigos fomentar e animar a política no Brasil.

Sobre o momento vivido em nosso país e sobre a reflexão dos bispos em Aparecida nós ouvimos o Arcebispo emérito de Jales, SP, Dom Demétrio Valentin....

Ainda durante a coletiva de imprensa de ontem Dom Geraldo Lyrio Rocha falou sobre a tragédia ocorrida em 5 de novembro, no Distrito de Bento Rodrigues, município de Mariana (MG), provocada pelo rompimento da barragem de rejeitos Fundão, da empresa Samarco Mineradora, que causou centenas de vítimas.

“Nós não estamos diante de uma catástrofe provocada pela natureza, estamos diante de uma grande tragédia ambiental, de magnitude incalculável, provocada pela mão humana. Portanto há responsabilidades das empresas mineradoras, o Estado e uma ausência de fiscalização por parte dos órgãos públicos”, afirmou.

Dom Geraldo afirmou que as empresas mineradoras estão dando apoio às famílias vitimas da tragédia, mas salientou que as ações ainda estão longe de recuperar as vidas perdidas.

De Aparecida, SP, para a Rádio Vaticano, Silvonei José

 

 

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Igreja no Mundo



Bispos filipinos lançam dez mandamentos para as próximas eleições

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Manila (RV) - Escolher líderes políticos animados por uma “visão” alta do bem comum e dedicados ao serviço em prol da cidadania: é a exortação dos bispos filipinos aos fiéis, quando falta um mês para as eleições políticas no país do sudeste asiático.

Numa nota assinada pelo presidente da Conferência episcopal, Dom Socrates Villegas – reportada pela agência de notícias Fides –, os Pastores filipinos traçam “os dez mandamentos para os eleitores”.

Votar em candidatos que respeitem Deus e a sacralidade da vida

Em primeiro lugar, os bispos convidam a “não votar num ateu ou alguém que menospreza o nome de Deus” e a não escolher candidatos acostumados a fazer promessas vazias, posteriormente não mantidas.

Terceiro ponto: “As autoridades públicas deveriam assegurar aos cidadãos um tempo destinado ao repouso e ao culto divino”. Como quarta indicação se recorda que os políticos têm o dever de promover políticas em favor da família.

Em relação ao quinto mandamento, “Não matar”, o documento episcopal afirma que “um eleitor católico não pode votar em candidatos que se opõem à sacralidade da vida humana, da concepção até a morte natural”.

Promover visão cristã do matrimônio

No sexto ponto, a Igreja recorda o compromisso de “promover a visão cristã da sexualidade e do matrimônio, com a dignidade e a autêntica liberdade de vida, verdadeiramente frutuosa”.

“O problema da população não é uma questão de números, mas o cuidar das pessoas e o melhoramento da qualidade da vida humana” – recorda a mensagem.

Não à corrupção. Tutelar a dignidade da mulher e derrotar a pobreza

Em relação ao sétimo mandamento, “Não roubar”, os bispos exortam a olhar os candidatos não envolvidos em falcatruas, corrupção ou apropriação indébita do dinheiro público. Já em relação ao mandamento “Não prestar falso testemunho”, se convida a desconfiar das “propagandas falaciosas difundidas por candidatos que enganam intencionalmente” os eleitores para “conquistá-los”.

Por fim, a Igreja filipina recorda o compromisso necessário de respeito pela mulher e dignidade humana e a importância de libertar os cidadãos das garras da pobreza. (RL)

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Eleições na Escócia: católicos não sejam expectadores passivos

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Edimburgo (RV) - Em vista das próximas eleições parlamentares na Escócia, programadas para 5 de maio, os bispos escoceses exortam os católicos a “participar ativamente” da vida política local e a não ser “simples expectadores passivos”.

Voto católico pode fazer a diferença

Numa carta que será lida este final de semana nas 500 paróquias do país, os bispos escoceses recordam aos fiéis que “é dever de todo católico influenciar positivamente a sociedade e, por conseguinte, pedem que “exerçam este direito democrático indo votar”.

De fato, o voto católico pode “fazer a diferença e influenciar os líderes políticos”. A carta recorda que – como consequência da devolution do Reino Unido – o Parlamento escocês tem agora mais poderes do que antes em vários âmbitos, inclusive nas políticas econômicas e na legislação em matéria de aborto.

A intenção do episcopado é fazer conhecer seus pontos de vista aos candidatos e partidos e escolher os candidatos “mais compatíveis” com esses pontos de vista.

Promover os valores cristãos inclusive entrando num partido

“Nestas eleições levem os benefícios da visão da fé cristã de vocês”, exortam os bispos escoceses na conclusão, referindo-se à “dignidade de toda pessoa, sobretudo dos mais fracos e mais vulneráveis”; “ao valor de toda vida humana da concepção até a morte natural”; à “família como unidade fundamental da nossa sociedade”, à “justiça social e econômica para todos” e ao “cuidado da casa comum em que vivemos”.

Para promover estes valores, a carta encoraja os católicos a também entrar na vida política ativa para que não sejam “os outros a determinar o futuro da Escócia”. (RL)

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Formação



Dom Murilo sobre crise: Brasil é maior que seus problemas

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Aparecida (RV) – A crise política no Brasil será um dos temas da Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reunida em Aparecida.

Os Bispos irão publicar uma mensagem com orientações e um pedido de diálogo em busca da paz.

De acordo com o Vice-Presidente da CNBB, Dom Murilo Krieger, Arcebispo de Salvador, nessa nota não haverá posicionamento político.

“Não somos a favor nem contra. Temos o Evangelho que inspira orientações. O Brasil é maior do que os seus problemas e as tensões”, disse Dom Murilo em entrevista ao correspondente Silvonei José.

Ouça aqui: 

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50 anos do Concílio: Deus nos está chamando a momentos altos

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, na edição de hoje do quadro “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” concluímos a participação do bispo da Prelazia do Marajó, Dom José Luis Azcona Hermoso, OAR, a quem agradecemos por ter-nos trazido – com sua preciosa contribuição – um pouco da realidade desta Igreja particular do Pará. 

Na edição passada, falando-nos sobre o acolhimento e implementação do Concílio em nossa realidade eclesial, entre outras coisas, Dom Azcona disse que o episcopado brasileiro assimilou elementos do Concílio com clareza e liberdade, concretamente, a condição da opção preferencial pelos pobres e a dimensão sócio-transformadora da evangelização.

Continuando suas considerações, hoje, o bispo prelado de Marajó fala de um arrefecimento do que chama de “fibra profética” e daquele poder de libertação integral e evangelizadora a partir dos pobres.

Fazendo uma retrospectiva, Dom Azcona diz crer firmemente que Deus nos está chamando, nestes 50 anos do Concílio, a momentos altos em que a Igreja no Brasil manifestou-se com uma identidade clara na compreensão de si mesma e na missão.

Com relação à 54ª Assembleia Geral da CNBB, em andamento em Aparecida, SP (de 6 a 15 de abril), olhando para o difícil momento porque o Brasil está passando, o bispo prelado diz-nos que esta “será um momento de reflexão, de pensar os apelos do Espírito a partir do Concílio”, que continua atual para o hoje da América Latina e do Brasil, a quem o bispo de origem espanhola diz amar com todo o coração. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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O Jubileu da Misericórdia na Tailândia

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Cidade do Vaticano (RV) - O nosso convidado no programa “O Caminho da Misericórdia”, desta quinta-feira (07/04), é o Pe. Braz Lourenço de Oliveira missionário do Pontifício Instituto das Missões Exteriores (PIME), natural de Cataguases (MG), que atualmente trabalha na Tailândia. 

Ele nos conta como a Igreja está vivendo o Jubileu da Misericórdia nesse país asiático. (MJ)

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