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Sumario del 10/04/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: Somos chamados a proclamar a grandeza do amor de Deus e a riqueza da sua misericórdia

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Cidade do Vaticano (RV) – Como cristãos, somos todos chamados a fazer chegar um raio da luz de Cristo ressuscitado a todos. A presença de Jesus ressuscitado transforma todas as coisas e a fé pascal traz uma nova esperança às nossas vidas. Em síntese, este foi o teor da reflexão do Papa Francisco neste III Domingo da Páscoa, ao encontrar os 50 mil fieis de todas as partes do mundo na Praça São Pedro, para a tradicional oração do Regina Coeli

Inspirado no Evangelho do dia, que narra a pesca milagrosa, Francisco mergulhou nos sentimentos que brotaram no coração dos discípulos após a ressurreição: “o conheceram, haviam deixado tudo para segui-lo, cheios de esperança, e agora? O haviam visto ressuscitado, mas depois pensavam: "Foi embora e nos deixou....Foi como um sonho". As redes vazias, representavam, num certo sentido, "o balanço de sua experiência com Jesus".

Mas é o Senhor que vai novamente procurá-los, e no amanhecer, se apresenta na margem do lago, pedindo para que joguem novamente as redes. Eles não o reconheceram, mas o milagre da pesca abundante, transforma o sentimento de desolação que imperava. “É o Senhor”, disse João a Pedro, que “pula na água e nada até a margem, ao encontro a Jesus”:

“Naquela exclamação: “É o Senhor!”, há todo o entusiasmo da fé pascal, plena de alegria e de estupor, que contrasta fortemente com a perda, o desconforto, o sentimento de impotência, que haviam se acumulado na alma dos discípulos. A presença de Jesus ressuscitado transforma todas as coisas: a escuridão é vencida pela luz, o trabalho inútil torna-se novamente frutuoso e prometedor, o sentimento de cansaço e de abandono dá lugar a  um novo ímpeto e à certeza de que Ele está conosco”.

Francisco recorda, que desde então estes mesmos sentimentos animam a Igreja, animam a nós, que somos a Comunidade do Ressuscitado:

“Se num olhar superficial pode parecer às vezes que as trevas do mal e o cansaço do viver cotidiano tem a supremacia, a Igreja sabe com certeza, que sobre aqueles que seguem o Senhor Jesus, resplandece a luz da Páscoa que não se apaga mais. O grande anúncio da Ressurreição infunde nos corações dos fieis uma íntima alegria e uma esperança invencível. Cristo está realmente ressuscitado! Também hoje a Igreja continua a ecoar este anúncio festivo: a alegria e a esperança continuam a jorrar nos corações, nos rostos, nos gestos, nas palavras”.

Daqui, o chamado aos cristãos, para que levem a mensagem da ressurreição:

“Todos nós cristãos somos chamados a comunicar esta mensagem de ressurreição àqueles que encontramos, especialmente a quem sofre, a quem é solitário, a quem se encontra em condições precárias, aos doentes, aos refugiados, aos marginalizados. A todos fazemos chegar um raio da luz de Cristo ressuscitado, um sinal de seu misericordioso poder”.

Ao concluir, o Santo Padre pediu que “o Senhor renove em nós a fé pascal. Nos torne sempre mais conscientes da nossa missão a serviço do Evangelho e dos irmãos; nos preencha com seu Santo Espírito para que, apoiados pela intercessão de Maria, com toda a Igreja possamos proclamar a grandeza de seu amor e a riqueza da sua misericórdia”.

Após recitar a Oração do Regina Coeli, o Pontífice lançou um veemente apelo pela libertação de todas as pessoas sequestradas em zonas de conflito:

“Na esperança a nós doada por Cristo ressuscitado, renovo o meu apelo pela libertação de todas as pessoas sequestradas em zonas de conflito armado; em particular desejo recordar o sacerdote salesiano Tom Uzhunnalil, sequestrado em Aden, no Yemen, em 4 de março passado".

Ao concluir o encontro dominical, o Papa saudou os grupos presentes, com especial menção ao Dia Nacional para a Universidade Católica do Sagrado Coração e aos participantes da Maratona de Roma. (JE)

 

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O pesar do Papa pelas vítimas do incêndio ocorrido na Índia

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco “recebeu com pesar a notícia do trágico incêndio ocorrido no Templo de Puttingal, em Paravoor, no Estado indiano de Kerala”. Em uma mensagem assinada pelo Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, o Santo Padre envia “as condolências  às famílias das vítimas e das pessoas feridas, rezando por todos aqueles que foram envolvidos nesta tragédia e pelos agentes de socorro”, que estão trabalhando no local. Por fim o Pontífice invoca “sobre a nação a bênção divina de força e de paz. 

Tragédia ocorreu na noite de sábado

O balanço ainda provisório é de 110 mortos e 350 feridos – muitos dos quais em condições críticas. O terrível incêndio irrompeu no complexo do Templos de Puttingal, no povoado costeiro de Paravoor, no Estado de Kerala, Índia meridional. No templo era festejada a deusa Bhadrakali, com um espetáculo de fogos de artifício, como é tradição. Este ano a queima de fogos não havia sido autorizada pelas autoridades de Kerala por motivos de segurança. Algumas fagulhas atingiram fogos estocados nas proximidades para outra festividade, o ano novo hinduísta, celebrado na próxima quinta-feira.

Ajuda governamental

No momento da tragédia, dentro do templo transformado em uma gaiola de fogo, estima-se que estavam presentes cerca de três mil pessoas. O fogo já foi controlado e no momento equipes de socorro trabalham no local. O Primeiro Ministro indiano, Narenda Mori, que visitou o local da tragédia, anunciou a entrega de 200 mil rúpias às famílias que tiveram uma vítima e de 50 mil àqueles que tiveram algum ferido no incidente. (JE)

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Pe. Spadaro: Amoris Laetitia, a doutrina é radicalmente pastoral

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Roma (RV) – Na última edição da revista 'La Civiltà Cattolica', seu Diretor, o Padre Antonio Spadaro, ilustra o significado e a estrutura da Exortação Apostólica Amoris Laetitia do Papa Francisco, publicada na sexta-feira, 8, como fruto dos dois Sínodos sobre a família. O documento, segundo descrito, vai de encontro à experiência cotidiana e é capaz de superar visões abstratas da família. Eis o que disse a este respeito  o sacerdote jesuíta à Rádio Vaticano: 

“Esta é uma Exortação que qualquer pessoa pode ler, não é reservada aos  entendidos no tema. Portanto, eu diria que o respiro é absolutamente amplo e permeado de experiência. Sobretudo é importante a insistência do Papa para se evitar toda forma de inútil abstração idealística, que muitas vezes permeou a linguagem teológica. Amoris Laetitia pretende reiterar com força não o ideal abstrato da família, mas a sua realidade rica e complexa. Existe uma abordagem absolutamente positiva em relação à realidade, acolhedora, cordial”.

RV: Podemos dizer, então, tratar-se de um documento que afirma como teologicamente não existam verdades abstratas....

“O Papa afirma que existe uma doutrina cristã, cujo significado deve ser radicalmente pastoral. No fundo, isto me parece o coração, o motor da Exortação Apostólica, ou seja, a doutrina é radicalmente pastoral, serve – como diz o Direito Canônico – para a salus animarum, isto é, a salvação das almas, das pessoas. Se não existe isto, a doutrina torna-se um conjunto de pedras inúteis”.

RV: Parece bastante claro que uma das palavras-chave deste documento seja o discernimento. Mas que significado assume no coração da Amoris Laetitia?

“O discernimento significa – na perspectiva inaciana – sobretudo buscar e encontrar Deus na própria vida. Portanto é claro que existe uma forte referência à doutrina evangélica, que porém, depois, se encarna na minha vida concreta, portanto, na minha liberdade, na minha consciência, nos meus limites. Portanto o Papa concentra a sua atenção sobre este diálogo entre o homem e Deus e sobre como a verdade evangélica pode ganhar forma dentro de uma vida humana”.

RV: Isto não significa que exista uma verdade, mas depois, na prática se pode fazer rasgos na regra?

“Uma vez o Papa disse, escandalizando um pouco, que a verdade é relativa. O que ele quis dizer? Não que a verdade não seja absoluta, mas que é relativa às pessoas, ou seja, se não existe o ser humano, a verdade evangélica permanece sozinha, isolada, inútil. Portanto, o discernimento consiste em compreender, como a verdade evangélica se encarna concretamente na minha existência, na minha pessoa”.

RV: Sobre a situação das famílias feridas, aquelas situações consideradas “irregulares”, como diz o Papa Francisco, o documento sublinha a importância de não colocar limites à integração....

“O Papa sempre insistiu sobre a necessidade de integrar também aqueles que não estão em grau de viver na plenitude da vida cristã. E a Igreja mãe, a Igreja misericordiosa, é exatamente isto: uma Igreja que acolhe os seus filhos. Isto significa que uma norma canônica não pode ser aplicada sempre, contudo, em todos os casos, em qualquer situação, precisamente porque existe a consciência. Portanto, às vezes se está em uma situação de pecado objetivo – diríamos - onde, porém, não existe uma consciência objetiva. Assim, um juízo objetivo sobre uma situação subjetiva, não implica um juízo sobre a consciência da pessoa envolvida. Esta é uma passagem muito importante porque salienta a consciência e porque não coloca mais um limite à integração, nem mesmo à sacramental”.

RV: Neste texto, o Papa repete uma afirmação central da Evangelii Gaudium: “O tempo é superior ao espaço”. No âmbito da pastoral familiar, o que significa?

“A vida familiar é um processo de amadurecimento que requer tempo e que se desenrola no tempo. É muito bonita a imagem deste processo que tem início na liberdade. O Papa fala seguidamente de amadurecimento, fala de crescimento, de cultivo da autêntica autonomia. Portanto a Igreja não deve ser, como toda boa mãe, muito obsessiva em relação aos seus filhos, como se devesse ser espacialmente presente sempre e em todo lugar ao lado do filho. O importante é que exista um a intencionalidade e uma proximidade de coração, que exista uma sintonia que valorize: o crescimento e a liberdade das pessoas".

RV: A atenção da opinião pública, da imprensa, era particularmente dirigida em ver o que diria o Papa sobre a questão da possibilidade de acesso aos Sacramentos para os divorciados e recasados. Qual a resposta que este documento dá a esta questão?

“Provavelmente a pergunta se os divorciados e recasados podem ter acesso ou não aos Sacramentos, não faz mais sentido, porque faz referência à ideia de uma norma geral aplicável a todos os casos, portanto, positiva ou negativa. O Papa desmonta esta lógica e afirma a importância do discernimento diante de situações que são muito diferentes. Assim, antes de tudo, afirma com grande clareza que somos chamados a formar as consciências e não ter a pretensão de substituí-las. Portanto, dá grande valor à consciência que depois deve ser confrontada com os pastores. É na conversa com eles que se compreende qual é a situação efetiva que as pessoas estão vivendo, qual é o grau de responsabilidade e se pode entender assim se este acesso é possível ou não”.

RV: Com o texto, conclui-se o percurso sinodal sobre a família. Mas, abre-se algum outro?

“Eu não estaria assim tão seguro de que este texto conclua alguma coisa. Eu considero que os textos do Papa Francisco nunca fecham nada. Mesmo sendo uma etapa muito importante a nível magisterial, de alto perfil, dentro do percurso sinodal que foi aberto poucos meses após a eleição do Papa Francisco, mas que certamente continuará com o aprofundamento”. (JE)

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Igreja no Brasil



Assembleia CNBB: Reitor do Santuário fala à Rádio Vaticano

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Aparecida (RV) – Neste domingo pausa nas atividades da 54ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, que se realiza desde a última quarta-feira dia 06 e se encerra no próximo dia 15 de abril. Os bispos participaram de um retiro conduzido pelo Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi e que se encerrou com a Santa Missa no final desta manhã no Santuário Nacional de Aparecida. Os trabalhos serão retomados na manhã desta segunda-feira. 

O Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, o maior Santuário no mundo dedicado a Maria, Mãe de Deus, e que recebe os bispos nestes dias localiza-se no Vale do Paraíba, no eixo Rio – São Paulo, e entre as duas cidades mais importantes do País, São Paulo e Rio de Janeiro. Por esse vale corre um rio de nome Paraíba, que foi palco do aparecimento da devoção que une todo o Brasil.

A pedra fundamental da Basílica Nova foi lançada em 10 de setembro de 1946, mas o início efetivo da construção ocorreu em 11 de novembro de 1955. A primeira missa no local aconteceu no dia 11 de setembro de 1946 e o primeiro atendimento aos romeiros em 21 de junho de 1959.

Mas sobre a acolhida dos bispos e as atividades do Santuário nós conversamos com o Reitor do Santuário, Padre João Batista.

De Aparecida, SP, para a Rádio Vaticano, Silvonei José.

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Igreja no Mundo



Refugiados no Iraque: igrejas improvisadas desafiam o conflito

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Erbil (RV) – Mais de 3 milhões de pessoas foram deslocadas pelo conflito no Iraque desde janeiro de 2014. Os dados são da ONU, mas confirmados pelo Superior geral da Congregação dos Rogacionistas, o padre brasileiro Angelo Ademir Mezzari, que esteve visitando acampamentos na região do Curdistão, no final do mês de março. Em reportagem de Andressa Collet, Pe. Angelo ilustra uma realidade desafiadora às famílias cristãs feita de igrejas, escolas e centros médicos improvisados em galpões. Basta clicar abaixo para ouvir a entrevista.

 

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Atualidades



Espaço Interativo: os destaques das redes sociais

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Cidade do Vaticano (RV) - Nesta edição destacamos os principais assuntos que repercutiram em nossas redes socias: Facebook, YouTube e Twitter. Analisamos a interação de nossos amigos sobre o abraço do Papa Francisco à pequena Lizzy Myers e o lançamento da Exortação Apostólica Amoris Laetitia do Papa.  

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