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Sumario del 16/04/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Francisco deixa Lesbos: no avião, três famílias sírias

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Cidade do Vaticano (RV) – O avião papal decolou do aeroporto de Mitilene às 15h30 (hora local) em direção a Roma. A bordo, 3 famílias de refugiados sírios, 12 pessoas no total, dentre as quais 6 menores, todos muçulmanos.

 

“O Papa quis realizar um gesto de acolhida em relação aos refugiados. São pessoas que já estavam em Lesbos antes do acordo entre a União Europeia e a Turquia”, precisou o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi.

Diplomacia vaticana

As negociações foram intermediadas pela Secretaria de Estado junto às autoridades gregas e italianas. Duas das famílias são originárias de Damasco e a outra de Deir Azzor – região ocupada pelos extremistas do auto-proclamado Estado Islâmico: as três famílias tiveram as casas bombardeadas.

"A acolhida e ajuda às famílias ficarão a cargo do Vaticano. A hospitalidade inicial será garantida pela Comunidade de Santo Egídio”, finalizou Pe. Lombardi.

(rb)

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Lesbos: Oração pelas vítimas das migrações

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Cidade do Vaticano (RV) - No Porto de Lesbos, o Papa, acompanhado dos outros dois líderes religiosos, Bartolomeu I e Hieronymus II, recitou a seguinte oração pelas vítimas das migrações:

“Deus de misericórdia, pedimo-vos por todos os homens, mulheres e crianças, que morreram depois de ter deixado as suas terras à procura de uma vida melhor.

Embora muitos dos seus túmulos não tenham nome, cada um é conhecido, amado e querido por vós. Que nunca sejam esquecidos por nós, mas possamos honrar o seu sacrifício mais com as obras do que com as palavras.

Confiamo-vos todos aqueles que realizaram esta viagem, suportando medos, incertezas e humilhações, para chegar a um lugar seguro e esperançoso.

Como vós não abandonastes o vosso Filho quando foi levado para um lugar seguro por Maria e José, assim agora mantende-vos perto destes vossos filhos e filhas através da nossa ternura e proteção. Fazei que, cuidando deles, possamos promover um mundo onde ninguém seja forçado a deixar a sua casa e onde todos possam viver em liberdade, dignidade e paz.

Deus de misericórdia e Pai de todos, acordai-nos do sono da indiferença, abri os nossos olhos às suas tribulações e libertai-nos da insensibilidade, fruto do bem-estar mundano e do confinamento em nós mesmos.

Dai inspiração a todos nós, nações, comunidades e indivíduos, para reconhecer que, quantos atingem as nossas costas, são nossos irmãos e irmãs.

Ajudai-nos a partilhar com eles as bênçãos que recebemos das vossas mãos e a reconhecer que juntos, como uma única família humana, somos todos migrantes, viajantes de esperança rumo a vós, que sois a nossa verdadeira casa, onde todas as lágrimas serão enxugadas, onde estaremos na paz, seguros no vosso abraço”.

Depois das orações, o Papa Francisco, o Patriarca Bartolomeu I e o Arcebispo de Atenas Hieronymos II lançaram três coroas de louro no mar, em memória das vítimas das migrações. (MT)

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Francisco recorda a memória das vítimas das migrações

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Cidade do Vaticano (RV) - Na parte da tarde, após o almoço com os refugiados e migrantes, o Papa, sempre acompanhado por Bartolomeu I e Hieronymus II, se dirigiu ao Porto de Lesbos, onde mantiveram um encontro com cerca de 5 mil pessoas representantes da Comunidade católica e demais cidadãos gregos, para celebrar a memória das vítimas da migrações. 

Aos presentes, o Papa Francisco recordou que “desde que Lesbos se tornou meta para tantos migrantes à procura de paz e dignidade, sentiu o desejo de visitá-la. Por isso, disse:

“Quero expressar a minha admiração ao povo grego, que, apesar das graves dificuldades que enfrenta, soube manter abertos seus corações e suas portas. Muitas pessoas simples puseram à disposição o pouco que tinham, partilhando-o com quem estava privado de tudo. Deus recompensará a sua generosidade e das outras nações vizinhas que receberam com grande disponibilidade inúmeros migrantes forçados”.

Futuro

Assim, perante uma situação tão dramática, o Papa lançou, novamente, um premente apelo à responsabilidade e à solidariedade:

“Muitos refugiados, que se encontram nesta ilha e em várias partes da Grécia, estão vivendo em condições críticas, em clima de ansiedade, medo e, por vezes, de desespero, devido às limitações materiais e à incerteza do futuro”. As preocupações das instituições e da população, aqui e em outros países da Europa, são compreensíveis e legítimas, mas nunca devemos esquecer que, antes de ser números, os migrantes são pessoas, rostos, nomes, casos”.

A Europa é a pátria dos direitos humanos e toda a pessoa que aqui vier deve poder experimentá-los, respeitá-los e defendê-los. Infelizmente, salientou o Papa, alguns, inclusive muitas crianças, nem sequer conseguiram chegar aqui: perderam a vida no mar, vítimas de viagens desumanas, submetidas às tiranias de ignóbeis algozes.

Acolhida grega

Vocês, habitantes de Lesbos, – acrescentou Francisco – dão prova de que nesta terra, berço da civilização, ainda pulsa o coração de uma humanidade que sabe reconhecer o irmão e a irmã e quer construir pontes, evitando a ilusão de levantar muros para se sentir mais segura.

Na verdade, em vez de ajudar o verdadeiro progresso dos povos, as barreiras criam divisões e, mais cedo ou mais tarde, as divisões provocam confrontos. E sugeriu:

“Não basta limitar-se a resolver a emergência do momento, é preciso desenvolver políticas de amplo respiro, não unilaterais. Em primeiro lugar, é necessário construir a paz nos lugares aonde a guerra levou destruição e morte e impedir que se espalhe em outros lugares. Por isso, é preciso opor-se firmemente à proliferação e ao tráfico das armas. Pelo contrário, deve-se promover, incansavelmente, a colaboração entre os países, as Organizações Internacionais e as instituições humanitárias”.

Nesta perspectiva, o Papa expressou seus votos de bom êxito para o I Encontro de Cúpula Humanitário Mundial, que terá lugar em Istambul, no próximo mês.

A minha presença aqui, concluiu o Santo Padre, juntamente com o Patriarca Bartolomeu e o Arcebispo Hieronymos, é dar testemunho do desejo comum de continuar a cooperar para que este desafio se torne ocasião, não de confronto, mas de crescimento da civilização do amor. (MT)

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Papa Francisco exorta refugiados: "não percam a esperança!"

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Cidade do Vaticano (RV) - O primeiro compromisso de Francisco, em Lesbos, na manhã de sábado (16/04), foi a visita ao campo de refugiados de Mòria, onde cumprimentou 150 menores e 250 pessoas que pedem asilo político. O encontro foi marcado pelas súplicas de alguns refugiados ao encontrarem os líderes religiosos.

 

Em seu discurso aos migrantes, o Papa expressou sua alegria por estar ali e reafirmou sua solidariedade para com eles:

“Hoje quis estar aqui com vocês. Quero dizer-lhes que não estão sozinhos. Ao longo destes meses e semanas, vocês sofreram inúmeras tribulações à busca de uma vida melhor. Muitos se sentiram obrigados a fugir de situações de conflito e perseguição, sobretudo por amor aos seus filhos pequeninos. Suportaram grandes sacrifícios por amor das suas famílias; sentiram a amargura de deixar todos os seus bens, sem saber qual o destino que lhes aguarda”.

“Vim aqui, disse Francisco, com meus irmãos, o Patriarca Bartolomeu I e o Arcebispo Hieronymos II, para estar com vocês e ouvir seus dramas. Viemos para chamar a atenção do mundo para esta grave crise humanitária e solicitar uma resolução”.

Esforço mundial

“Como pessoas de fé, acrescentou  o Papa, queremos unir nossas vozes para falar abertamente em nome de vocês, esperando que o mundo preste atenção a estas situações trágicas e as resolva de modo digno”.

Muitos, afirmou o Pontífice, aproveitam de tais tribulações, mas outros tentam ajudar com generosidade. E deixou a seguinte mensagem aos refugiados:

“Não percam a esperança! O maior dom que podemos dar uns aos outros é o amor; um olhar misericordioso; a solicitude de ouvirmos e compreendermos; uma palavra de encorajamento; uma oração. Oxalá possam partilhar este dom uns com os outros”.

Aqui, o Santo Padre recordou o episódio do Bom Samaritano, uma parábola alusiva à misericórdia de Deus, destinada a todos. Ele é Misericordioso! E concluiu:

“Que todos os nossos irmãos e irmãs, neste continente, possam – à semelhança do Bom Samaritano – ir ao seu auxílio, animados por aquele espírito de fraternidade, solidariedade e respeito pela dignidade humana, que caracterizou a sua longa história. Queridos amigos, que Deus os abençoe, especialmente as crianças, os idosos e os que sofrem no corpo e no espírito. Sobre vocês e quem os acompanha, invoco os dons divinos da fortaleza e da paz”.

Após o discurso, foi assinada uma Declaração Conjunta entre Francisco,  o Patriarca Bartolomeu I e o Arcebispo Hieronymos II.

(MT)

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Súplicas aos prantos marcam visita do Papa a campo em Lesbos

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Lesbos (RV) – A visita do Papa junto com o Patriarca Bartolomeu e o Arcebispo de Atenas ao Campo de Refugiados Mòria, na ilha de Lesbos, foi marcada pelo desespero de alguns refugiados, ao encontrar os líderes religiosos na manhã de sábado, (16/04). 

Diante de Francisco, um homem cristão suplicou, ao gritos, por ajuda enquanto agradecia pelo encontro e pedia para que fosse abençoado.

Ao se dirigirem para a saída, após cumprimentar mais de 250 refugiados, uma mulher cristã ajoelhou-se diante do Papa pedindo para que lhe ajudasse e a abençoasse.

Aos jornalistas, durante o voo para Lesbos, Francisco havia dito que esta seria uma viagem triste.

 (rb)

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Lesbos: Declaração conjunta dos três Líderes Religiosos

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco e os outros dois líderes religiosos assinaram uma Declaração Conjunta, sobre a qual destacamos alguns trechos: 

“Nós, Papa Francisco, Patriarca Ecumênico Bartolomeu I e Arcebispo Hieronymos II de Atenas e de toda a Grécia, reunidos na Ilha grega de Lesbos, queremos manifestar a nossa profunda preocupação pela trágica situação de numerosos refugiados, migrantes e requerentes asilo, que chegaram à Europa fugindo de situações de conflito e, em muitos casos, ameaças diárias à sua sobrevivência.

A opinião mundial não pode ignorar a crise humanitária colossal, criada pelo incremento de violência e conflitos armados, a perseguição e deslocamento de minorias religiosas e étnicas e o desenraizamento de famílias dos seus lares, violando a sua dignidade humana, os seus direitos humanos fundamentais e suas liberdades.

A tragédia da migração e deslocamento forçados afeta milhões de pessoas e é, fundamentalmente, uma crise da humanidade, clamando por uma resposta feita de solidariedade, compaixão, generosidade e um compromisso econômico imediato e prático.

Daqui de Lesbos, fazemos apelo à comunidade internacional para responder, com coragem, a esta maciça crise humanitária e às causas que lhe estão subjacentes, por meio de iniciativas diplomáticas, políticas e caritativas e de esforços de cooperação simultaneamente no Oriente Médio e na Europa.

Como líderes das nossas respectivas Igrejas, estamos unidos no nosso desejo de paz e na nossa disponibilidade para promover a resolução de conflitos pelo diálogo e a reconciliação. Que os indivíduos e as comunidades, incluindo os cristãos, permaneçam nos seus países de origem e com o direito fundamental de viver em paz e segurança.

Juntos, solenemente, imploramos o fim da guerra e da violência no Médio Oriente, uma paz justa e duradoura e o regresso honroso daqueles que foram forçados a abandonar as suas casas. Pedimos às comunidades religiosas que aumentem os seus esforços para receber, assistir e proteger os refugiados de todas as crenças, e que os serviços religiosos e civis de assistência se empenhem por coordenar os seus esforços.

Pedimos a todos os países que alarguem o asilo temporário, ofereçam o estatuto de refugiado a quantos se apresentarem idôneos, ampliem os seus esforços de socorro e colaborem com todos os homens e mulheres de boa vontade para um rápido fim dos conflitos em curso.

Da nossa parte, obedientes à vontade de Nosso Senhor, estamos firmes e decididos a intensificar os nossos esforços para promover a plena unidade de todos os cristãos. O nosso encontro de hoje pretende ser sinal de coragem e esperança aos que procuram refúgio e a todos os que os acolhem e os assistem”. (MT)

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Papa aos jornalistas: esta é uma viagem triste

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Cidade do Vaticano (RV) - Em um rápido encontro com os jornalistas a bordo do voo papal para Lesbos, o Papa Francisco exprimiu o seu estado de espírito para esta viagem: 

"É uma viagem assinalada pela tristeza. E isso é importante. É uma viagem triste. Vamos encontrar a maior catástrofe humanitária após a Segunda Guerra Mundial. Veremos tantas pessoas que sofrem, que não sabem onde ir, que tiveram que fugir. Também iremos a um cemitério: o mar! Tantas pessoas ali afogadas. Não é com amargura que digo: mas espero que o trabalho de vocês hoje possa transmitir este estado de espírito com o qual faço esta viagem".

Confira como foi a chegada do Papa à ilha

(rb)

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Francisco chega a Lesbos e agradece generosidade dos gregos

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Cidade do Vaticano (RV) - O avião papal aterrissou no aeroporto de Mitilene, em Lesbos, às 10h03 hora local. Francisco foi recebido na pista do aeroporto pelo Primeiro Ministro Alexis Tsipiras e, em seguida, foi saudado pelo Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu e pelo Arcebispo de Atenas e de toda a Grécia, Sua Beatitude Hieronymos. 

No encontro privado com o Primeiro Ministro, as primeiras palavras do Papa foram de agradecimento pela acolhida e também pela generosidade do povo grego em acolher os refugiados. 

Após ouvir as boas-vindas do Patriarca Bartolomeu, o Arcebispo de Atenas e de toda a Grécia dirigiu as seguintes palavras ao Papa:

"O senhor chega em um momento crítico para o nosso povo: a questão econômica, mas estes são problemas que afligem não só a Grécia, aqui devemos enfrentar também a questão dos refugiados e isto é maior do que podemos resistir. O Sínodo da Igreja da Grécia enviou uma carta a todos os líderes da Europa e, sobretudo, aos chefes das Igrejas Cristãs, para que saibam deste problema, para que estejam juntos espiritualmente. Obrigado por aceitar este convite para vir aqui. Seja bem-vindo!"

Lesbos é uma ilha grega localizada no nordeste do mar Egeu. É a terceira maior ilha da Grécia e a sétima do Mediterrâneo. Sua população é de aproximadamente 90 mil habitantes, um terço dos quais vive em sua capital, Mitilene, no sudeste da ilha. A capital foi fundada no século XI a.C.

(rb/mt)

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Papa emérito Bento XVI completa 89 anos

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Cidade do Vaticano (RV) - Francisco enviou seus parabéns, do avião que o levou à Grécia, ao Papa emérito Bento XVI que, neste sábado (16/4), completa 89 anos. 

Juntamente com todos os que o acompanham nesta viagem a Lesbos - delegação vaticana e jornalistas - o Papa transmite a Bento XVI “suas felicitações mais carinhosas e cordiais pelo seu aniversário, pedindo ao Senhor que continue a abençoar o seu precioso serviço de proximidade e oração por toda a Igreja”.

Concerto

Por ocasião dos seus 89 anos, Bento XVI será homenageado, na tarde deste sábado, com um concerto da Orquestra Filarmônica de Franciacorta, região italiana de Brescia, na Sala Assunta da Palazzina Leão XIII, no Vaticano.

Este, certamente, é um presente que agrada ao Papa Emérito, tendo em vista sua paixão pela música de Mozart, como ele mesmo declarou em seu discurso de agradecimento a uma conferência da Pontifícia Universidade “João Paulo II” de Cracóvia e da Academia de Música de Cracóvia, em 4 de julho de 2015.

Serão executados três dos seis quartetos de arcos que Wolfang Amadeus Mozart dedicou ao amigo Franz Joseph Haydn, que estão entre as obras de mais alto nível do compositor de Salzburg. A direção é do Maestro Edmondo Mosé Savio.

Presente

A homenagem contará com a presença de alguns amigos e do irmão mais velho, Mons. Georg Ratzinger, que em janeiro completou 92 anos.

Em uma recente entrevista, o Prefeito da Casa Pontifícia e Secretário de Bento XVI há mais de 21 anos, Dom Georg Gänswein, afirmou: “Em abril, o Papa emérito Bento XVI comemora 89 anos: é como uma vela que lenta e serenamente vai se apagando, como acontece com uma pessoa idosa. No entanto, ele é sereno, lucidíssimo e em paz com Deus, consigo mesmo e com o mundo. Ele se interessa por tudo o que acontece e mantém seu humor fino e sutil; mantém também sua paixão por dois gatos, Contessa e Zorro, que vivem nos jardins adjacentes à sua Casa, no Vaticano.

Devido à sua idade avançada, Bento XVI caminha lentamente com um andador. Mantém em dia suas numerosas correspondências, mas não escreve mais livros; ele se limita a ditar cartas à sua secretária. Enfim, leva uma vida de monge, como ele deseja, mas não está isolado: reza, lê, ouve música, recebe visitas, toca o piano”. (MT/Zenit)

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Igreja no Brasil



Dom Darci sobre a crise: "quem mentiu tem responsabilidade"

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Aparecida (RV) – Encerrou-se ontem em Aparecida, SP, a 54ª Assembleia Geral (AG) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB. No último dia, a Missa de encerramento na Basílica Nacional presidida por Dom Sérgio da Rocha, Arcebispo de Brasília e Presidente da CNBB e concelebrada pelo Vice-presidente, Dom Murilo Krieger e o Bispo auxiliar de Brasília e Secretário Geral, Dom Leonardo Steiner.

Depois, no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho, realizou-se a cerimônia de conclusão dos trabalhos. Pedimos ao Arcebispo de Diamantina, MG, Dom Darci José Nicioli, que até poucos dias era o bispo auxiliar de Aparecida, que nos fizesse um balanço dos trabalhos desta Assembleia. Ele fala sobre a retomada das indicações do Concílio Vaticano II apresentadas no documento final sobre os leigos e também sobre a crise brasileira.

 

Dom Darci: Há muito que nós abandonamos aquela mentalidade nós e eles, porque partia de uma eclesiologia piramidal. Estamos recuperando aquilo que foi orientação do Vaticano II e todo esse espírito do Vaticano II com o Papa Francisco está revivendo em toda a Igreja e também na Igreja do Brasil. A eclesiologia de comunhão: a partir do Batismo todos nós temos o nosso lugar e a nossa responsabilidade na Igreja. É sobre isso que fala este documento, Leigos e leigas na Igreja e na sociedade, para serem luz do mundo e sal da terra. Este é o foco que o documento nos traz que não é uma novidade, mas eu acredito que nós pontuamos tudo isso para que não esqueçamos as conquistas já havidas. E enfim, que elas continuem sendo colocadas em prática. O leigo e a leiga participantes da Igreja em igualdade de condições na responsabilidade de continuar a obra de Nosso Senhor Jesus Cristo não voltando-se somente para a sacristia, não ficando preso dentro das quatro paredes de uma igreja , mas uma Igreja que está nas ruas – como o Papa tem pedido: para que os leigos assumam suas funções na política, na sociedade, construindo a casa comum, fazendo com que nós mudemos, por exemplo, no Brasil, essa mentalidade terrível do levar vantagem em tudo, a fim de que nós de fato nos preocupemos com o bem comum. E cada um é responsável neste sentido. Olha o momento político que estamos vivendo. Então nós somos chamados a dar um testemunho cristão nesta situação toda.

RV: Que sentimento tem como brasileiro?

Dom Darci: É um momento crítico, nós falamos tanto de crises, e é verdade. Crise política, econômica, crise das instituições, mas na base de tudo isso esta de fato, que nos temos tanto insistido, uma crise moral, uma crise de valores. Há uma frustração geral, muitos acreditaram no “novo tempo”. Foi propagandeado que nós já éramos um país do primeiro mundo e, de repente, descobrimos que havia muita mentira nisto tudo. Então, isto está sendo cobrado, de quem mentiu. E quem mentiu tem responsabilidade. A maneira de cobrar essas responsabilidades? Nós também temos um ordenamento jurídico que reza como isso deve ser cobrado e de quem deve ser cobrado e com qual intensidade isso deve ser cobrado. Então, preservando as instituições, preservamos a democracia. Isso nos dá esperança. É um momento difícil? É um momento difícil! Mas não perdemos a esperança. Porque as instituições estão correspondendo e elas encontrarão, segundo ordenamento jurídico, a saída para este impasse em que nos encontramos. E, partir dai, nós sairemos desta crise muito mais maduros, muito mais adultos, como país. Já estamos deixando aquela história, ‘ah, não falo de política, é coisa suja’. O povo em geral aprendeu com todo esse processo o quão importante é ser político no bom sentido, participar da sociedade, fazendo com que o bem comum esteja em primeiro lugar e os privilégios sejam abolidos. Desta história que estamos vivendo, sairemos como um país mais maduro e haveremos de construir juntos, como brasileiros e brasileiras, com todas as forças vivas da sociedade atuando, inclusive a Igreja, na construção de um Brasil melhor.

(sp/rb)

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Formação



Domingo do Bom Pastor: "Eu e o Pai somos um"

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Cidade do Vaticano (RV) - Celebramos hoje, como em todo IV Domingo Pascal, o Dia do Bom Pastor!

A dimensão dada ao título “pastor” neste domingo, não é a de um homem manso e carinhoso em relação a cada uma das ovelhas de seu rebanho, mas a de um enérgico pastor que toma conta e luta pelo rebanho.

A salvação das ovelhas está assegurada pela determinação do pastor que diz “ninguém vai arrancá-las de minha mão.” Nada que fizermos conseguirá nos separar de Deus! Essa é uma incomensurável boa nova! E o Senhor acrescenta: “ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai.” Somos de Deus e pronto!

Cristo é o Pastor que deu vida pelo rebanho, formado por pessoas que praticam o bem, que dão a vida pelos irmãos, como Jesus. Só pode dar a vida quem crê na ressurreição, quem já vive como ressuscitado. Seu dom supera a morte!

Aí está o sinal da vocação, viver neste mundo sem deixar-se apegar ao mal, ouvindo o chamado para fazer o bem! “As minhas ovelhas escutam a minha voz”, a voz do bem, do ressuscitado, do livre!

Somos chamados ao rebanho de Cristo se nossa vida é fazer o bem!

Jesus e o Pai constituem uma unidade: “Eu e o Pai somos um”. Criticar e rejeitar Jesus, é criticar e rejeitar o Pai. É necessário que nos tornemos um com Cristo. Nossos valores, nossos projetos, nossos desejos deverão ser os de Cristo. Recordemos nossas renúncias e nossa profissão de fé realizadas no batismo. Foi nossa rejeição ao pecado, à morte, e nosso sim a Deus, à Vida.

A força de Jesus é transmitida aos que recebem sua vida, o sopro de seu Espírito. Por isso o mundo não pode arrebatar aqueles que são de Jesus, que são do Pai.

Peçamos ao Pai do Senhor Jesus, o Bom Pastor, que nos fortifique, que nos solidifique na vocação à vida e na resposta dada através de nosso batismo. Digamos a oração da missa de hoje: “Deus eterno e todo-poderoso, conduzi-nos à comunhão das alegrias celestes, para que o rebanho possa atingir, apesar de sua fraqueza, a fortaleza do Pastor.”

(Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para o IV Domingo da Páscoa)

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Atualidades



Crônica: As megalomanias nas Arábias

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Dubai (RV*) - Amigas e amigos da Rádio Vaticano, recebam uma saudação das Arábias. O espírito e vontade de grandeza foi e continua sendo uma das características dos seres  humanos. Às vezes é tão forte que limita a visão de uma pessoa à uma única direção, ignorando alternativas. Vira uma espécie de obsessão. 

Desde que o Sheik Rashid pensou em fazer de Dubai uma cidade que fosse falada em todo o mundo, obras incríveis surgiram sob seu governo. Por isso, a expressão “maior do mundo” soa como poesia, nos ouvidos de muita gente. Impressiona ainda mais porque as obras grandiosas  surgem numa região desértica e carente de água, aparentemente inadequada para grandes empreendimentos.. Vejamos alguns exemplos.

Em Dubai está o maior arranha-céu do mundo, com 828 metros de altura. O peso da torre é o equivalente a 100.000 elefantes. Os aços empregados na construção seriam suficientes para construir uma ponte entre São Paulo e o  Oriente Médio.

O Burj Arábia em forma de veleiro, construído sobre uma ilha artificial, com sua estética e formas incomparáveis, é considerado o hotel mais alto do mundo ,com 321 metros.

A maior fonte de água dançante da terra também está em Dubai. Os números já impressionam. Numa coreografia belíssima ao som de músicas famosas, joga jatos de água iluminada por 6.600 luzes e 25 projetores de cor,  até 150 metros de altura que equivale a um prédio de 50 andares.

O  fascinante “Miracule Garden”( O Jardim Milagre),  com 45 milhões de flores  plantadas sobre 72.000 metros quadrados, é considerado o maior jardim natural do mundo.

Na lista das maiores criações do mundo está também o Borboletário de Dubai que, sob 9 cúpulas com vegetação, flores e cascata, abriga 15.000 borboletas e pupas de mais de 30 espécies.

O Centro Comercial Dubai não fica para trás. É conhecido como o maior do mundo por causa da sua área total: 13 milhões de pés quadrados e tem cerca de 1.200 lojas de varejo. Tem ainda uma pista de gelo, um jardim zoológico subaquático, cachoeira e um aquário. Traz também 22 cinemas, um hotel de luxo e mais de 100 restaurantes e cafés.

Tem grande destaque também o aeroporto de Dubai. Ele é o principal aeroporto do mundo para conexões internacionais. Mais de 85 milhões de passageiros passam por este aeroporto. O número é impressionante se consideramos que a população da cidade do emirado é de 2. 250 milhões de habitantes.

Entre as companhias aéreas, a Emirates  orgulha-se de ter em sua frota, o maior número de aviões tipo Jumbo.

Amigas e amigos, a palavra grande está relacionada com o tamanho. A grandeza de verdade, porém, está na virtude.

*Missionário Pe. Olmes Milani CS, das Arábias para a Rádio Vaticano.

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