Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
RedaÇão +390669883895 e-mail: brasil@vatiradio.va

Sumario del 18/04/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: quem segue Jesus não erra. Não confiar em falsos videntes

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – “Se ouvirmos a voz de Jesus e o seguirmos, não erraremos o caminho”. Com essa reflexão, o Papa Francisco começou a semana celebrando a missa na manhã de segunda-feira, (18/04), na Casa Santa Marta.

 

A porta, o caminho e a voz. O Pontífice se inspirou no Evangelho do dia – quase um “eco” do trecho sobre o Bom Pastor – para comentar três realidades determinantes para a vida do cristão. Antes de tudo, observou, Jesus adverte que “quem não entra no redil das ovelhas pela porta é um ladrão e assaltante”. Cristo é a porta. Não existe outra, afirmou Francisco.

Tomamos decisões em nome de Jesus?

“Jesus – prosseguiu ele – sempre falava para as pessoas com imagens simples: toda aquela gente conhecia como era a vida de um pastor, porque a via todos os dias”. E entenderam que “se entra no redil das ovelhas somente pela porta”. Os que querem entrar por outra parte, ao invés, são delinquentes:

“O senhor fala tão claro. Não se pode entrar na vida eterna por outra porta que não seja A porta, isto é, Jesus. É a porta da nossa vida e não somente da vida eterna, mas também da nossa vida cotidiana. Esta decisão, por exemplo, eu a tomo em nome de Jesus ou a tomo – digamos numa linguagem simples – de contrabando? No redil se entra somente pela porta, que é Jesus!”

Seguir Jesus e não cartomantes

“Jesus, prosseguiu, fala sobre o caminho”. O Pastor conhece as suas ovelhas e as conduz para fora: “Caminha diante delas e as ovelhas o seguem”. “O caminho é este”, disse o Papa, seguir Jesus no “caminho da vida, da vida de todos os dias”. Não se pode errar, “Ele está diante e nos indica o caminho”: 

“Quem segue Jesus não erra! Mas Padre, as coisas são difíceis. Muitas vezes eu não vejo claro o que fazer. Disseram-me que lá havia uma vidente e eu fui lá. Fui à cartomante que me mostrou as cartas. Se você faz isso, você não segue Jesus! Segue outro que lhe mostra outra estrada, diferente. Ele adiante indica o caminho. Não há outro que possa indicar a estrada. Jesus nos avisou: “Virão outros que dirão: o caminho do Messias é este. Não os escutem! Eu sou o caminho! Jesus é a porta e também a estrada. Se seguirmos Jesus não erraremos.” 

Bem-aventuranças

Francisco se deteve na voz do Bom Pastor. “As ovelhas o seguem porque conhecem a sua voz”, disse o Pontífice. “Mas podemos conhecer a voz de Jesus”, perguntou o Papa, e também nos defender “da voz daqueles que não são Jesus, que entram pela janela, que são bandidos, que destroem, que enganam”?

“Eu lhe direi a receita, simples. Você encontrará a voz de Jesus nas Bem-aventuranças. Alguém que lhe ensine um caminho contrário às Bem-aventuranças é uma pessoa que entrou pela janela: não é Jesus! Segundo ponto: Você conhece a voz de Jesus? Você pode conhecê-la quando nos fala das obras de misericórdia. Por exemplo, no capítulo 25 de São Mateus: “Se uma pessoa lhe diz aquilo que Jesus diz ali é a voz de Jesus. E terceiro: Você pode conhecer a voz de Jesus quando ele lhe ensina a dizer Pai, ou seja, quando lhe ensina a rezar o Pai Nosso.”

“É tão fácil a vida cristã”, comentou o Papa. Jesus é a porta. Ele nos guia no caminho e nós conhecemos a sua voz nas Bem-aventuranças, nas obras de misericórdia e quando nos ensina a dizer Pai. Lembrem-se! Ele é a porta, o caminho e a voz. Que o Senhor nos ajude a entender esta imagem de Jesus, este ícone: o Pastor, que é a porta, indica o caminho e nos ensina a ouvir a sua voz. (BF/MJ)

inizio pagina

Francisco recebe presidente Centro-Africano: tempo de paz

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Francisco auspiciou que “tempos de paz e prosperidade” sejam vividos na República Centro-Africana, ao receber o novo presidente do país, Faustin-Archange Touadéra, nesta segunda-feira, (18/04).

Durante a audiência, foi destacado o clima construtivo com o qual é levado adiante a revitalização do processo eleitoral e das Instituições, o que contribui para o diálogo entre as confissões religiosas.

Por outro lado, foi evidenciado o quanto ainda pesam sobre a população as graves consequências dos conflitos armados dos últimos anos e, neste sentido, as delegações diplomáticas acordaram que é importante que a Comunidade internacional continue a sustentar o desenvolvimento da República Centro-Africana.

Por fim, foi expresso o desejo de que as boas relações bilaterais entre a Santa Sé e a República Centro-Africana possam consolidar-se ulteriormente no quadro dos instrumentos jurídicos previstos pelo direito internacional.

Em novembro do ano passado o Papa abriu a Porta Santa do Jubileu da Misericórdia na capital Bangui.

(rb)

inizio pagina

Papa receberá sobreviventes de Chernobyl

◊  

Moscou (RV) – O Papa Francisco receberá no Vaticano, na próxima quarta-feira, um grupo de sobreviventes da catástrofe da Central nuclear de Chernobyl, vindos da Ucrânia e da Bielorrússia, os dois países mais atingidos pela tragédia. No dia 26 de abril recorre o 30º aniversário do trágico acidente na central nuclear. A informação foi confirmada pelo Escritório de Imprensa da Igreja Greco-católica, citando a representante do Centro Internacional de Educação da cidade de Dortmund, Astrid Sahm. 

O acidente

O acidente ocorreu às 1:23:58 a.m. (hora local) do dia 26 de abril de 1986, quando o  quarto reator da usina de Chernobil (então na República Socialista Soviética Ucraniana e sob responsabilidade das autoridades soviéticas) sofreu uma catastrófica explosão de vapor que resultou em incêndio, uma série de explosões adicionais, e um derretimento nuclear. As explosões e o incêndio lançaram na atmosfera grande quantidade de partículas radioativas que se espalharam por boa parte da União Soviética e da Europa Ocidental.

Localização 

A Usina nuclear de Chernobil está situada no assentamento de Pripyat, Ucrânia, 18 km a noroeste da cidade de Chernobyl, 16 quilômetros da fronteira com a Bielorrússia, e cerca de 110 km a norte de Kiev.

A usina era composta por quatro reatores, cada um capaz de produzir um giga watt de energia elétrica (3,2 giga watts de energia térmica). Em conjunto, os quatro reatores produziam cerca de 10% da energia elétrica utilizada pela Ucrânia na época do acidente.

Pior acidente da história

Chernobyl é considerado o pior acidente nuclear da história em termos de custo e de mortes resultantes, além de ser um dos dois únicos classificados como um evento de nível 7 (classificação máxima) na Escala Internacional de Acidentes Nucleares (sendo o outro o Acidente nuclear de Fukushima I, no Japão, em 2011). A batalha para conter a contaminação radioativa e evitar uma catástrofe maior envolveu mais de 500 mil trabalhadores e um custo estimado de 18 bilhões de rublos. Durante o acidente propriamente dito, 31 pessoas morreram, mas foram longos os efeitos a longo prazo, como câncer e deformidades, que ainda estão sendo contabilizados.

Sequência dos acontecimentos

A maior parte da radiação foi emitida nos primeiros dez dias. Inicialmente houve predominância de ventos norte e noroeste. No final de abril o vento mudou para sul e sudeste. As chuvas locais frequentes fizeram com que a radiação fosse distribuída local e regionalmente.

De  27 de abril a 5 de maio de 1986, cerca de 1800 helicópteros jogaram em torno de 5000 toneladas de material extintor, como areia e chumbo, sobre o reator que ainda queimava.

No dia 27 de abril de 1986, os habitantes da cidade de Pripyat foram evacuados.

Em 28 de abril de 1986, às 23 horas,  um laboratório de pesquisas nucleares da Dinamarca anunciou a ocorrência do acidente nuclear em Chernobyl.

No dia 29 de abril de 1986, o acidente nuclear de Chernobyl foi divulgado como notícia pela primeira vez, na Alemanha.

Até o dia 5 de maio 1986, durante os 10 primeiros dias após o acidente, 130 mil pessoas haviam sido evacuadas.

Em 6 de maio de 1986, cessou a emissão radioativa, mas de 15 de maio a 16 de maio novos focos de incêndio e emissão radioativa foram registrados.

Em de 23 de maio de 1986, o governo soviético ordenou a distribuição de solução de iodo à população.

Em novembro de 1986, o "sarcófago" que abriga o reator foi concluído. Ele destina-se a absorver a radiação e conter o combustível remanescente. Considerado uma medida provisória e construído para durar de 20 a 30 anos, seu maior problema é a falta de estabilidade, pois, como foi construído às pressas, há risco de ferrugem nas vigas.

Em 1989 o governo russo embargou a construção dos reatores 5 e 6 da usina e somente em 12 de dezembro de 2000, após várias negociações internacionais, a usina de Chernobyl foi desativada.

Causas

Há duas teorias oficiais, mas contraditórias, sobre a causa do acidente. A primeira foi publicada em agosto de 1986, e atribuiu a culpa, exclusivamente, aos operadores da usina. A segunda teoria foi publicada em 1991 e atribuiu o acidente a defeitos no projeto do reator RBMK, especificamente nas hastes de controle. Ambas teorias foram fortemente apoiadas por diferentes grupos, inclusive os projetistas dos reatores, pessoal da usina de Chernobyl, e o governo. Alguns especialistas independentes agora acreditam que nenhuma teoria estava completamente certa. Na realidade o que aconteceu foi uma conjunção das duas, sendo que a possibilidade de defeito no reator foi exponencialmente agravado pelo erro humano.

Porém o fator mais importante foi que Anatoly Dyatlov, Engenheiro Chefe responsável pela realização de testes nos reatores 3 e 4, mesmo sabendo que o reator era perigoso em algumas condições e contra os parâmetros de segurança dispostos no manual de operação, levou a efeito intencionalmente a realização de um teste de redução de potência que resultou no desastre. A gerência da instalação era composta em grande parte de pessoal não qualificado em RBMK: o Diretor, V.P. Bryukhanov, tinha experiência e treinamento em usina termoelétrica a carvão. Seu Engenheiro Chefe, Nikolai Fomin, também veio de uma usina convencional. O próprio Dyatlov somente tinha "alguma experiência com pequenos reatores nucleares". (JE/Wikipédia)

inizio pagina

Card. Tagle: visita do Papa a Lesbos ajuda superar medo dos migrantes

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Uma visita para testemunhar proximidade a quem sofre, mas também para mexer com as consciências e vencer o medo. Passados dois dias da visita do Papa Francisco à ilha grega de Lesbos em meio aos refugiados, e um dia após o novo apelo feito pelo Santo Padre no Regina Caeli em favor dos migrantes, a Rádio Vaticano ouviu o testemunho do arcebispo de Manila, nas Filipinas, e presidente da Caritas Internacional, Cardeal Luis Antonio Tagle, que poucos meses atrás visitou os refugiados sírios no campo de Idomeni, perto da fronteira com a Macedônia:

Cardeal Luis Antonio Tagle:- “Meu sentimento é de alegria, porque os refugiados, o povo que sofre, precisa de um apoio: não somente de um apoio exterior, mas de uma manifestação de compaixão que vem de um coração puro, sincero. Esta visita não tem nada a ver com uma agenda política, com o proselitismo, mas para mim é um testemunho, que dá esperança e alegria a todos, especialmente aos refugiados. No ano passado fui ao campo de refugiados de Idomeni na Grécia, perto da Macedônia. Ali senti, vi de perto o sofrimento… E o povo que sofre é consolado, consolado com atos simples. Simples atos de amor e de compaixão. A presença do Santo Padre bastava para oferecer essa consolação.”

RV: O Papa Francisco trouxe de volta consigo três famílias de refugiados. O próprio Pontífice disse numa ocasião que as obras de misericórdia são “manifestação da vida cristã”. Este gesto é também um chamado, um exemplo para todos os cristãos…

Cardeal Luis Antonio Tagle:- “Sim, realmente o é. Quero acrescentar que a caridade – a misericórdia – se manifesta em atos. Porém, não basta, um ato exterior, porque o coração do qual nasce este ato é outra coisa. Por exemplo, no mundo político – durante as eleições – vemos muitos, muitos atos de benevolência por pare dos candidatos, porém, me pergunto: “Mas, eles são sinceros?” O Santo Padre o manifestou, sim, com um ato concreto, o de levar refugiados para Roma: não somente indivíduos, mas famílias, para protegê-las, porque a família deve permanecer unida, no sofrimento, assim como na alegria e na esperança. Tenho certeza de que essas três famílias que vêm da Síria experimentaram um amor misterioso… De onde vem este ato de caridade? – perguntam-se. De um coração eclesial, do coração de um Papa!”

RV: É plausível esperar que depois desta visita, das imagens que o mundo inteiro pôde ver, de sofrimento, haja um despertar das consciências, dos corações e das mentes dos europeus, sobretudo dos líderes políticos da Europa?

Cardeal Luis Antonio Tagle:- “Esperamos, certamente! Creio que muitos líderes e também o povo, especialmente aqui na Europa, tem medo, medo dos refugiados: medo de receber estes estrangeiros, estes migrantes... Porém, devemos enfrentar este medo: para mim o caminho justo é encontrar as pessoas: Por exemplo, vendo os jovens das famílias de refugiados, percebi que eles são jovens normais, como os das outras famílias... As mães e os pais dos refugiados são iguais aos outros pais e outras mães, que desejam somente o bem para suas famílias! Esses pensamentos, porém, vêm de um encontro pessoal, porque sem encontro pessoal há somente o medo, o medo prevalece. Esperamos que este exemplo do Santo Padre, do encontro pessoal, faça diminuir esse medo.” (RL)

inizio pagina

Acnur elogia o Papa por solidariedade expressa aos refugiados

◊  

Roma (RV) - O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) acolhe com satisfação a demonstração de solidariedade do Papa aos refugiados do mundo inteiro, inclusive acolhendo três famílias sírias, na visita de sábado passado (16/04) à ilha grega de Lesbos.

O Papa Francisco retornou a Roma na tarde de sábado com doze refugiados sírios: três mulheres, três homens e seis crianças dos quatro aos catorze anos. O Vaticano arcou com a transferência do grupo para Roma, assegurando habitação para estes refugiados que tinham chegado à ilha grega um mês atrás, 18 de março,  e aguardavam ser recolocados em outro Estado europeu.

As famílias (duas provenientes de Damasco e uma de Dier ez-Zor) tinham chegado à ilha pouco antes de o acordo União Europeia-Turquia entrar em vigor, em 20 de março.

Durante a visita, no sábado, o Pontífice visitou os refugiados e os migrantes que se encontram no centro de Moria, em Lesbos, e saudou crianças, mulheres e homens que fugiram da guerra e de violações dos direitos humanos. Ao menos dois refugiados, comovidos, não seguraram as lágrimas e choraram copiosamente ao aproximar-se do Santo Padre para receber sua bênção.

“O último gesto do Papa constitui uma veemente manifestação de solidariedade. Deve inspirar os governos e as sociedades num mundo em que a situação desesperada de um número recorde de pessoas obrigada à fuga encontra muitas vezes barreiras, rejeição e medo”, declarou o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados, Filippo Grandi.

Durante a visita, junto com o Patriarca ecumênico de Constantinopla Bartolomeu I e o Arcebispo de Atenas e de toda a Grécia Ieronymos, o Santo Padre convidou os líderes  mundiais a responder com coragem ao enfrentar esta enorme crise humanitária e suas causas, e a dar proteção e soluções de longo prazo para os refugiados em fuga de guerras e violências.

Já de há muito, o Acnur convida todos os países a assumir uma cota maior de refugiados oriundos da maior crise humanitária do mundo, e a oferecer aos cidadãos sírios caminhos seguros e organizados para encontrar segurança num país terceiro, inclusive na Europa.

Efetivamente, o Acnur pede aos governos da União Europeia que incrementem e acelerem o ritmo da recolocação dos refugiados da Grécia para os Estados membros da União. (RL)

inizio pagina

Jubileu dos Adolescentes com o Papa Francisco

◊  

Roma (RV) – Os adolescentes também celebrarão o seu Jubileu no âmbito do Ano Santo da Misericórdia convocado pelo Papa Francisco. De fato, de 23 a 25 de abril, milhares de jovens e adolescentes entre os 13 e os 16 anos, provenientes de diversas partes do mundo, estarão reunidos em Roma e no Vaticano para participar de momentos de reflexões, mas também de espetáculos. Na Solenidade da Epifania do Senhor (6 de janeiro), o Papa Francisco havia divulgado uma Mensagem para o Jubileu da Misericórdia dos Adolescentes, intitulada “Crescer misericordiosos como o Pai”.

O Jubileu dos Adolescentes está estruturado em quatro momentos principais: a peregrinação à Porta Santa, a Festa dos Jovens, a Santa Missa com o Papa Francisco e as Tendas da misericórdia.

Peregrinação à Porta Santa

A peregrinação à Porta Santa tem início com a preparação ao Sacramento da Reconciliação, que se realizará nas três Igrejas Jubilares (San Salvatore in Lauro, Santa Maria in Vallicella e San Giovanni dei Fiorentini), na manhã de sábado, 23 de abril.

Mais tarde, chegando ao Castel Sant’Angel, terá início o percurso reservado aos peregrinos, que percorrerá toda a Via da Conciliação, até a Praça São Pedro, onde embaixo das Colunatas de Bernini estarão dispostos confessionários, com sacerdotes atendendo confissões em diversas línguas. Após, os adolescentes poderão finalmente atravessar a Porta Santa, indo até o Túmulo de Pedro para a profissão de fé e as outras orações para a indulgência jubilar.

A Festa dos Adolescentes

No sábado, aqueles que tiverem concluído o percurso jubilar, poderão ir ao Estádio Olímpico à pé, em grupos, a partir da Basílica de São Pedro, a cada duas horas. Ao longo do trajeto serão distribuídos kits refeição para aqueles que fizeram o pedido, segundo indicações inseridas no site do Jubileu. A festa termina por volta das 22 horas.

Missa com o Papa

Na manhã do domingo, 24 de abril, às 10 horas, os adolescentes tem um encontro marcado na Praça São Pedro com o Papa Francisco, que presidirá a celebração da missa, que será transmitida, com comentários em português, pela Rádio Vaticano, a partir das 9h55min, hora local.

Tendas da Misericórdia

Sete praças no Centro Histórico de Roma acolherão as Tendas da Misericórdia, que contarão aos jovens e aos cidadãos de Roma e do mundo, alguns testemunhos sobre as obras de misericórdia espiritual e corporal. São elas: Piazza dela Minerva, Piazza del Popolo, Piazza di Spagna, Piazza Navona, Piazza Santa Maria in Trastevere, Piazza di Santa Maria in Vallicella (Chiesa Nuova), Piazza Pia em Castel Sant’Angel.

Acolhida em Roma

O Serviço para a Pastoral Juvenil da Diocese de Roma e o Centro Oratórios Romanos estão organizando a acolhida nas Paróquias, nos Institutos religiosos, nas Escolas Católicas e em outras estruturas que se disponibilizaram em acolher os jovens que participarão ao evento.

Noite de sábado no Estádio Olímpico

O evento é organizado pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização e pelo Serviço Nacional para a Pastoral Juvenil da Conferência dos bispos italianos (CEI), com a colaboração da  TV2000 - responsável pela transmissão ao vivo de imagens – e a rede de rádios católicas italianas inBlue. Na noite do dia 23 de abril, a partir das 20h30min, o evento reunirá artistas do mundo da música e do espetáculo, como Francesca Michielin e Dear Jack, entre outros, numa festa conduzida por Simone Annicchiarico, com a participação  da atriz Tosca D’aquino.

O encontro também será uma ocasião para os jovens e adolescentes refletirem e darem uma atenção especial à vida. Importantes testemunhos de pessoas conhecidas no mundo do esporte e das artes serão dados no palco, mas cujas identidades serão reveladas somente durante o espetáculo.

“Os jovens – explicam os organizadores – serão os verdadeiros protagonistas de um evento que quer olhar além, quer olhar ao futuro e quer de alguma maneira confiá-lo a eles. Desta maneira, os seus sonhos, as suas esperanças serão o fio condutor da festa. Os seus olhos serão aqueles com os quais olhar o mundo, ao menos por algumas horas. Com a alegria e o entusiasmo de estarem em Roma na expectativa de encontrar e escutar as palavras do Papa Francisco”.

A TV2000 estará desde às 15h20min de sábado falando do evento, a começar com o especial “Todos no concerto, nenhum excluído”. Será uma verdadeira maratona televisiva conduzida por Arianna Ciampoli, tendo por convidados nos estúdios jovens participantes do Jubileu, com suas experiências e caminhadas. Haverá também reportagens ao vivo direto da Praça São Pedro e do Estádio Olímpico. A trilha musical da tarde estará a cargo da Orquestra Filarmônica de Benevento, a mais jovem da Itália.

A programação do Jubileu dos Adolescentes pode ser conferida no site do Jubileu. (JE)

inizio pagina

Scalabrinianas: A Europa siga o exemplo do Papa em Lesbos

◊  

Roma (RV) - “O sinal que o Papa quis dar em sua visita a Lesbos é muito claro para todo o planeta: a emergência migratória se enfrenta com ecumenismo, solidariedade, diálogo e confronto. É o sinal daquela Igreja em saída, de missão, que todos os dias arregaça as mangas e trabalha para melhorar as condições de vida dos últimos do mundo”: foi o que disse a Superiora-Geral da Congregação de São Carlos Borromeu – Scalabrinianas –, Ir. Neusa de Fátima Mariano.

 

Numa nota, a religiosa brasileira escreve que “a presença do Patriarca ortodoxo Bartolomeu testemunha que a Igreja de Cristo está unida. O ecumenismo pode ser uma das respostas concretas para os migrantes. Que a Europa siga o exemplo do Pontífice: abandone o projeto de construções de redes e muros e abra as próprias portas”.

Acolhida

A Superiora recorda que fugir de uma guerra é um drama emotivo, social, familiar e comunitário, significa violentar a serenidade da própria vida. “Não podemos dizer ‘não’ a essas pessoas, mas devemos dar uma resposta clara. A política europeia deve fazer o mesmo, já que – desde o pós-guerra - foi criado um Estado supranacional que sempre valorizou as políticas de respeito dos Direitos Humanos”, destaca a religiosa brasileira, que denuncia:

“Quem fecha as portas, quem omite ajuda, quem fecha os olhos diante desses milhares de pessoas desesperadas, favorece e apoia as violações dos direitos do indivíduo. Esperamos também que a viagem do  Papa a Lesbos não seja instrumentalizada, mas seja sinal eloquente para as nossas consciências, uma reflexão teológica e nos ajude a jamais cair na tentação de pensar que o terrorismo é  sinônimo de migração e, por isto, é justo fechar as fronteiras”.

Nesta segunda-feira, (18/04), cerca de 400 migrantes desapareceram no Mar Mediterrâneo. Quatro embarcações partiram do Egito e afundaram antes de chegar à costa italiana, levando a bordo sobretudo somalis, eritreus e etíopes. O episódio desta manhã ocorre quando se recorda a tragédia de exatamente um ano atrás, 18 de abril de 2015, em que 800 pessoas morreram na travessia no Canal da Sicília. (bf)

inizio pagina

Igreja na América Latina



Terremoto no Equador: Caritas se mobilizam

◊  

Quito (RV) - A Caritas Equatoriana se mobilizou junto com a Pastoral Social no atendimento às vítimas do terremoto de magnitude 7,8 na escala Richter que abalou o Equador neste sábado (16/04), causando 272 mortos e mais de 2 mil feridos. 

Segundo o bispo de Zamoran, Dom Walter Heras Segarra, Presidente da Pastoral Social, as províncias atingidas são as de Esmeraldas, Manabí, Santo Domingo, Santa Elena, Guayas, Los Ríos e El Oro. Infelizmente, o número de vítimas, feridos e os prejuízos continuam aumentando. A Conferência Episcopal do Equador convidou os cidadãos a se mobilizar e promoveu uma coleta de fundos. 

Urgência

O secretário-executivo de Caritas Equador, Mauricio Lopez, confirmou o compromisso do organismo em coordenação com a Pastoral Social. As Caritas das dioceses atingidas estão sendo envolvidas para detectar as necessidades mais urgentes. Por causa das chuvas, muitas estradas são intransitáveis e isso dificulta o acesso às áreas afetadas. 

A Caritas Italiana doou 100 mil euros para ajudar nas emergências e continua acompanhando a situação em contanto constante com a Caritas Equador com a qual colabora ativamente há anos. 

A província de Esmeraldas e as montanhas andinas da vizinha província de Imbambura estão entre as regiões mais sísmicas do Equador. Para reduzir a vulnerabilidade da população em caso de catástrofes, a Caritas iniciou nos últimos anos projetos de preparação para as emergências, atividades de prevenção e planos de evacuação que foram apresentados também nas escolas. (MJ) 

inizio pagina

Terremoto: uma religiosa e cinco postulantes mortas em convento

◊  

Esmeraldas (RV) – Segundo as últimas notícias, o terremoto que atingiu o litoral do Equador na noite de sábado, 16 de abril, causou até o momento pelo menos 272 mortos e 2068 feridos, dos quais alguns graves. Dentre as vítimas, estão uma religiosa e cinco postulantes da comunidade das irmãs "Siervas del Hogar de la Madre" de Playa Prieta, que estava cheia no momento do terremoto.  

O nome das vítimas

Em meio às ruinas, perderam a vida a missionária irmã Clare Crocket (irlandesa, há 15 anos no Equador) e 5 postulantes: Jazmina, María Augusta, Maira, Valeria e Catalina. Os socorredores conseguiram extrair, vivas mas feridas, as outras três religiosas da comunidade, ainda hospitalizadas: irmã Estela Morales (espanhola), irmã Merly (equatoriana), irmã Thérèse Ryan (irlandesa), e duas postulantes equatorianas: Guadalupe e Mercedes. 

As Siervas del Hogar de la Madre administram uma escola na Costa que, segundo as redes sociais da área, foi completamente destruída pelo terremoto.

O conforto dos Bispos do país

“Diante do forte terremoto ocorrido no Equador, da morte de muitas pessoas e dos prejuízos em imóveis de tantas cidades, os Bispos do Equador querem oferecer ao povo equatoriano uma palavra de confiança no Senhor”, consta no comunicado da Conferência Episcopal do Equador. “Nosso pensamento – escrevem os Bispos – se dirige especialmente aos nossos irmãos nas províncias de Manabi e Esmeraldas, aparentemente os mais atingidos, e convidamos todos a participar da coleta nacional para as vítimas, a fim de socorrer suas necessidades mais urgentes”. 

Ajudas

O primeiro relatório da Caritas-Equador assinala ter recebido 4.068 pedidos de ajuda de 23 províncias do país, inclusive chamados de Ipiales e Pasto, duas cidades da Colômbia. 

A Defesa Civil informou que o tremor, de 7,8 graus na Escala Richter, foi o mais forte desde 1979. 

(CM-Fides)

inizio pagina

Chile: questão Mapuche é problema político, diz Dom Chomali

◊  

Santiago (RV) - O arcebispo de Concepción, no Chile, Dom Fernando Chomali, interpelado pela imprensa local após os incêndios às igrejas ocorridos nos últimos tempos, reivindicados por defensores da causa Mapuche – assim se autodenominam –, considera que o governo, a polícia, o ministério público e os juízes “estão muito bem informados sobre os eventos específicos verificados, mas que estes não reconhecem que este é um problema político, que requer uma definição do Estado sobre o tratamento do povo Mapuche”.

Dom Chomali, que trabalhou durante vários anos com o povo Mapuche, observa que “a falta de trabalho, a escassa instrução e os problemas irresolutos da propriedade das terras” são as dificuldades de fundo, reporta a agência missionária Fides.

O arcebispo ressalta que “há um mal-estar generalizado na área indígena, consequência da precária situação de seus habitantes”, acrescentando que “reconstruir a confiança, a justiça e a paz para o povo Mapuche é uma questão para a qual é preciso tempo e requer, o quanto antes, políticas estatais claras e visíveis”. (RL)

inizio pagina

Igreja no Mundo



Encontro entre Kirill e Francisco salvou milhares de sírios, diz Sínodo da Igreja Russa

◊  

Moscou (RV) – O Sínodo da Igreja Russa declarou que o encontro do Patriarca Kirill de Moscou e de Todas as Rússias e o Papa Francisco, ajudou a resolver o conflito na Síria.

"A Declaração conjunta do Patriarca Kirill e do Papa Francisco contribuiu para alcançar a reconciliação na Síria e, assim, ajudou a salvar milhares de vidas", afirma o site da Igreja Russa, ao resumir os resultados da sessão do Sínodo realizado em São Petersburgo.

Hierarcas destacaram a importância do apelo "por ações imediatas voltadas a impedir novos deslocamentos de cristãos do Oriente Médio", e de não poupar esforços "com o objetivo de derrotar o terrorismo, com ações conjuntas”, coordenadas conjuntamente", dirigido à comunidade internacional, expresso pela declaração conjunta do Patriarca e o Pontífice.

Membros do Sínodo expressaram a esperança de "uma maior consolidação das forças que lutam contra o terrorismo". Eles também reconheceram  como oportunas as considerações sobre a discriminação dos cristãos e da crise da família em certos países, expressas na Declaração conjunta e o pedido para se respeitar o direito essencial à vida, incluindo o direito dos bebês no útero da mãe.

Os participantes da sessão abordaram o tema da Ucrânia também referida na Declaração conjunta do Papa e do Patriarca. Os membros do Sínodo sublinharam que a Unia (Greco-catolicismo) permanece como uma ferida não cicatrizada nas relações entre ortodoxos e católicos e ressaltaram a importância do apelo à reconciliação entre ortodoxos e católicos gregos manifestado pelo Patriarca e o Papa.

O Sínodo espera que o apelo dos líderes ortodoxos e católicos seja ouvido por "todos os lados do confronto civil na Ucrânia", e exorta os defensores do cisma da igreja na Ucrânia "para voltar ao redil salvífico da Igreja Ortodoxa."

O Sínodo exortou os bispos e clérigos para explicar aos clérigos, monges e fiéis a mensagem da declaração conjunta do Papa e do Patriarca, que é um texto que não deve ser considerado como "questões teológicas, dogmáticas e eclesiásticas”, mas sim voltado aos graves problemas sociais, políticos, morais da presente”.

O Patriarca de Moscou e o Papa Francisco reuniram-se pela primeira vez após o Grande Cisma de 1054, no dia 12 de Fevereiro, em Havana. A reunião havia sido preparado em segredo por dois anos. A questão da realização dessa reunião estava na agenda ortodoxo-católico por mais de 20 anos. O Patriarca Kirill e o Papa Francis assinaram uma Declaração conjunta na reunião em que abordam muitos problemas atuais para ortodoxos e católicos. (JE/Interfax)

inizio pagina

Assembleia de Emmaus começa com flash mob na praia

◊  

Jesolo (RV) – Passaram-se 10 anos da morte do Abbé Pierre, o padre francês fundador do movimento Emaús, mas a sua criação está mais viva do que nunca: 430 grupos, de 35 países do mundo, se reúnem a partir de segunda-feira (18/04) até sábado (23/04) em Jesolo nordeste da Itália. 

O evento é a assembleia mundial do movimento que terá o tema “Emaús, valores comuns, ações pelo amanhã”. Como a reunião de 2003 na capital de Burquina-Fasso, importante pela dimensão ‘política’ do movimento, esta também se preanuncia significativa, principalmente porque elegerá como guia, nos próximos 4 anos, o primeiro não-europeu, provavelmente um membro proveniente da África.   

Flash-mob

O encontro começou com uma marcha na praia dos mais de 400 delegados: um ‘flash mob’ em que foram depostos na areia lenços e camisetas coloridas entremeadas para simbolizar um mundo unido na diversidade. 

Combater a miséria e suas causas

Que lugar têm os excluídos? Que papel têm Emaús Internacional e seus membros em todo o mundo? Por que Emaus estuda todos os dias, em todo o mundo, alternativas para combater a miséria e suas causas em um mundo onde precariedade e miséria continuam a aumentar? Quatro oradores tentarão responder:

Representando a África, Joséphine Ouedraogo, socióloga de Burquina-Fasso; a Ásia, Medha Patkar, indiana e ativista social e ecológica; a América, o uruguaio Gustavo Dans, pesquisador e especialista em políticas sociais do Mercosul; e a Europa, o comboniano italiano Alex Zanotelli, fundador de diversos movimentos pela paz e a justiça social.

Emergência ecológica

Segundo Renzo Fior, italiano que liderou Emaús internacional por dois mandatos, “os desafios de amanhã são ligados ao momento histórico concreto. A situação está diante dos olhos de todos e está se deteriorando: a riqueza está em mãos de poucos, a miséria se alastra, a economia condiciona a política, as migrações são um fenômeno dramático e o acesso aos bens comuns é um problema para muitos. Neste quadro, Emaús tenta entender como agir, levando em conta a emergência ecológica apontada pelo Papa na “Laudato si’”.

O Movimento Emaús nasceu na França há 50 anos e vive uma proposta de solidariedade entre os pobres. 

(CM)

inizio pagina

Formação



Diretor da Unaids alerta jovens: Aids não é coisa do passado

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - “A cura, provavelmente, virá antes de uma vacina”, afirmou o Diretor Adjunto da Agência das Nações Unidas para a Aids, Unaids, o médico brasileiro Luiz Loures, um dos pioneiros no tratamento da Aids no Brasil.

Em Roma para participar de um evento que buscava unir forças com as instituições religiosas para fazer chegar a mais crianças os antirretrovirais, ele informou que hoje, das 3 milhões de crianças que convivem com o hiv no mundo, somente 900 mil têm acesso aos medicamentos.

O diretor insiste que os avanços científicos não bastam para acabar com a epidemia: é preciso levar o teste a todos. Ele alerta ainda para o alto índice de recorrência de infecções entre os jovens: “a Aids não é coisa do passado”. 

Luiz Loures: “A cura provavelmente vai vir antes de uma vacina e, hoje, uma pessoa que trata, tem uma expectativa de vida normal, tem uma inserção social, familiar e pessoal normal. Cada vez mais temos disponibilidade de tecnologias, de tratamentos, que vão ter um impacto muito grande na qualidade da vida da pessoa tratada. O que está se tornando uma realidade hoje? Ao invés de uma pessoa com hiv tomar uma droga todos os dias, num futuro muito próximo eu espero que seja um injeção a cada três meses, sem ter essa parte que incomoda mais do tratamento que é a adesão diária às drogas. Então, existe progresso e eu tenho uma expectativa muito positiva que vamos chegar à cura. Somente a ciência não resolve: a questão central hoje é garantir que todos, independente de onde eles vivem, tenham acesso sem discriminação a essa ciência”.

RV: Muitos adolescentes de hoje pensam que a Aids é coisa do passado...

Luiz Loures: “Não é! Apesar de termos as ferramentas para tratar e para levar essa epidemia ao fim, ainda não acabou. O que nós observamos no mundo é que existe uma tendência de recorrência da Aids principalmente entre pessoas mais jovens. Isso está claramente a esta percepção que Aids não é importante: uma baixa da guarda, uma baixa do ponto de vista da prevenção em relação ao hiv. Este talvez seja o desafio mais importante hoje: o que eu chamo de ‘fechar a lacuna de geração’. Minha geração viu uma epidemia que a geração mais jovem não vê, felizmente, mais. Mas a consequência disso é que existe também uma percepção incorreta de que a Aids já acabou. Vamos acabar! Mas para isso precisamos sem duvida de um engajamento total da população mais jovem em prevenção, tratamento e teste, principalmente! O chamado principal para um jovem hoje: faça o teste. É muito importante conhecer o seu estado. Se negativo, que se mantenha negativo, continue tomando as vias de prevenção, se positivo, vai ter uma via normal, com o tratamento disponível, mas faça o teste: isso ajuda muito a uma tomada de posição do jovem em relação à epidemia da Aids”.

Pastoral da Aids

A Pastoral da Aids no Brasil atua há 14 anos e hoje está presente em quase todo território. O bispo de Goiás, Dom Eugênio Rixem, referencial da Pastoral no país, reitera a preocupação com o aumento da infecção entre os jovens.

“A gente percebe que está aumentando, apesar de todo o trabalho, principalmente na juventude. Já temos grupos trabalhando nesta área em mais da metade das 275 dioceses dos Brasil. Geralmente, são pequenos grupos, mas que fazem um trabalho muito bonito, de preservação, seguindo e respeitando os valores da nossa Igreja, mas também levando as pessoas a se conscientizar sobre o perigo desta infecção”. (rb)

inizio pagina

Sair de uma pastoral de manutenção para ir ao encontro das pessoas

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro semanal “O Brasil na Missão Continental” de hoje continua com a participação do bispo da Diocese de Campina Grande, Dom Manoel Delson Pedreira da Cruz, O.F.M. Cap., trazendo-nos um pouco da realidade eclesial desta Igreja particular da Paraíba. 

Na edição de hoje tratamos de um dos desafios pastorais deste projeto de animação missionária oriundo da Conferência de Aparecida: a conversão pastoral.

Diante da proposta de se passar de uma pastoral de manutenção a uma pastoral eminentemente missionária, perguntamos a Dom Manoel Delson como se tem vivido essa experiência face aos desafios que se apresentam para a evangelização numa realidade complexa e ampla como é a da Diocese de Campina Grande.

Entre outros, ele nos diz que é preciso sair de nós mesmos, sair de nossa rotina de uma pastoral de manutenção apenas aos fiéis que vêm à igreja, para irmos ao encontro das pessoas. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

inizio pagina

Atualidades



Votação do impeachment repercute na imprensa italiana

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – A aprovação da abertura do processo de impeachment da Presidente Dilma Rousseff ocupou as primeiras páginas dos principais jornais italianos nesta segunda-feira, (18/04). 

La Repubblica fala em um país divido após a aprovação “massacrante” na Câmara dos Deputados, e explica que o Senado deverá votar duas vezes, mas que decisão final caberá ao Supremo Tribunal Federal.

Il Corriere della Sera escreve sobre uma “reviravolta” no Brasil ao dizer que a ratificação do impeachment no Senado será somente uma "formalidade", alegando que a maioria votará a favor do afastamento de Dilma Rousseff.

Il Fatto Quotidiano descreve o primeiro “sim” ao impeachment da presidente ao trazer a posição do Governo que disse se tratar de “uma derrota para a democracia” e, por outro lado, destaca a “festa” nas ruas de grandes cidades como Rio de Janeiro e São Paulo.

A redação italiana da Rádio Vaticano fala em um momento delicado vivido no Brasil ao recordar que os bispos brasileiros fizeram um apelo à exatidão dos procedimentos e à calma. Nossos colegas ouviram o presidente do Movimento Político para a Unidade ligado aos Focolares, Sérgio Henrique Prévidi:

“Este é um momento muito particular para o Brasil: a maioria dos políticos luta para ganhar o poder e o que é realmente muito triste para nós é que o povo brasileiro é deixado em segundo plano: não há nenhuma garantia que haverá uma mudança e que, se haverá, esta mudança possa realmente ser um ganho para todo o povo brasileiro”, declarou Prévidi.

Cardeal Tempesta

O Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, em entrevista à RV, exortou à consciência dos brasileiros em relação à responsabilidade social e política neste momento. 

(rb)

inizio pagina

400 desaparecidos em mais uma tragédia no Mediterrâneo

◊  

Roma (RV) – O drama dos migrantes não tem interrupção. Enquanto as imagens do Papa Francisco com o Patriarca Bartolomeu e o Arcebispo Hierònymos em meio aos refugiados de Lesbos estão ainda vivas em nossa memória, outra tragédia acontece no Mediterrâneo: barcos com a bordo mais de 400 imigrantes, em maioria somalis (e muitos etíopes e eritreus) naufragaram perto da costa do Egito, enquanto tentavam chegar às costas do sul da Europa. Poucas horas antes, foram recuperados em um bote inflável seis cadáveres, no Canal da Sicília.  

Um ano atrás, a pior tragédia

Há um ano, cerca de 800 pessoas desapareceram neste Canal quando tentavam alcançar o litoral da Itália, na maior tragédia deste tipo ocorrida no Mar Mediterrâneo nas duas últimas décadas.  

Os passageiros viajavam em quatro embarcações, de acordo com a BBC, que cita fontes egípcias.  

30 pessoas salvas

O embaixador da Somália no Egito confirmou o incidente e disse que está avaliando as ações a serem tomadas. A imprensa somali diz que as equipes de resgate conseguiram salvar, até o momento, cerca de 30 pessoas. Os sobreviventes estão sendo desembarcados na ilha italiana de Lampedusa.

Na internet, a guarda costeira italiana publicou um vídeo com imagens de um resgate de imigrantes na costa mediterrânea do último domingo.

Travesssias aumentam 

A emergência se agrava não apenas na costa líbica, mas também no Mar Egeu. Ainda esta manhã, a Guarda Costeira grega socorreu 55 migrantes ao largo da ilha grega de Samos. Há 18 crianças e 2 bebês entre os socorridos.  

Segundo balanço de 14 de abril do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), 24.443 migrantes chegaram por mar à Itália desde o início do ano e mais de 350 morreram ou desapareceram nas águas.

inizio pagina