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Sumario del 19/04/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Mundo

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Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa Francisco: ninguém fica órfão quando atraído por Jesus

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Cidade do Vaticano (RV) - “Um cristão que não se deixa atrair pelo Pai é um cristão que vive como um órfão”. Foi o que afirmou o Papa Francisco na homilia da Missa celebrada na manhã desta terça-feira, (19/04), na capela da Casa Santa Marta. 

Francisco inicia sua reflexão partindo da pergunta que os judeus fazem a Jesus, contida no Evangelho do dia: “És tu o Messias?”

Esta pergunta, que escribas e fariseus repetirão várias vezes, observou Francisco, nasce de uma coração cego. Uma cegueira de fé que o próprio Jesus explica: “vós não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas”. Fazer parte do rebanho de Deus é uma graça, mas é necessário um coração disponível:

“‘As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão’. Essas ovelhas estudaram para seguir Jesus e depois acreditaram? Não. ‘Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior que todos’. É propriamente o Pai que dá as ovelhas ao pasto. É o Pai que atrai os corações para Jesus”.

Como órfãos

A dureza de coração de escribas e fariseus, que veem as obras realizadas por Jesus mas se negam a reconhecer Nele o Messias, é “um drama”, afirmou Francisco, que “vai avante até o Calvário”. Ou melhor, prossegue inclusive depois da Ressurreição, quando sugerem aos soldados que vigiavam o sepulcro para que digam que estavam dormindo e, assim, atribuir aos discípulos o roubo do corpo de Cristo. Nem mesmo o testemunho de quem assistiu à Ressurreição os fez mudar de ideia. “São órfãos”, reiterou Francisco, “porque renegaram o seu Pai”:

“Estes doutores da lei tinham o coração fechado, se sentiam donos de si mesmos e, na realidade, eram órfãos porque não tinham uma relação com o Pai. Falavam, sim, de seus Pais – o nosso pai Abraão, os Patriarcas... – falavam, mas como figuras distantes. Em seus corações eram órfãos, viviam no estado de órfãos, em condições de órfãos, e preferiam isso a deixar-se atrair pelo Pai. E este é o drama do coração fechado destas pessoas”.

“Atrai-me para Jesus”

A importância de se deixar atrair por Deus – enfatiza o Papa ao recordar a Primeira leitura – se percebe na notícia que chegou a Jerusalém de que muitos pagãos se abriam à fé em Cristo graças à pregação dos discípulos. Eles levaram a Palavra até a Fenícia, Chipre e Antioquia onde, num primeiro momento, também tiveram medo, mas o coração aberto os guiou. Um coração como aquele de Barnabé que, enviado a Antioquia, não se escandaliza com a conversão dos pagãos porque, finaliza o Papa, “aceitou a novidade”, se “deixou atrair pelo Pai por Cristo”:

“Jesus nos convida a sermos seus discípulos mas, para sê-lo, devemos nos deixar atrair pelo Pai em direção a Ele. E a oração humilde do filho, que podemos fazer é: ‘Pai, atrai-me para Jesus; Pai, faz-me conhecer Jesus’, e o Pai enviará o Espírito para nos abrir o coração e nos levar até Jesus. Um cristão que não se deixa atrair pelo Pai para Jesus é um cristão que vive em condição de órfão; e nós temos um Pai, não somos órfãos”. 

(bf/rb)

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Francisco: migrantes são pontes que unem povos distantes

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Roma (RV) – O Papa enviou uma mensagem pelos 35 anos de fundação do Centro Astalli, a sede italiana do Serviço dos Jesuítas para os Refugiados, celebrados nesta terça-feira, (19/04). O vídeo foi exibido durante a apresentação do Relatório Anual da instituição, cuja sede está localizada no centro de Roma. 

O número de requerentes de asilo e refugiados que procuraram o Centro Astalli cresceu exponencialmente em 2015: mais de 21 mil migrantes foram atendidos somente na sede romana num ano em que mais de 153 mil migrantes desembarcaram na Itália.

Os migrantes que chegam à Itália são sobretudo africanos, com um pequeno percentual  proveniente do Oriente Médio e da Ásia. Os pedidos de proteção ao governo italiano ultrapassaram 80 mil, com um acréscimo de 20 mil requisições em relação a 2014.

Peregrinos nesta Terra

“Cada um de vocês, refugiados, que bate à nossa porta, tem o rosto de Deus, é carne de Cristo. As suas experiências de dor e de esperança nos recordam que somos todos estrangeiros e peregrinos nesta Terra, acolhidos por alguém com generosidade e sem nenhum mérito. Quem, como vocês, fugiu da própria terra por causa da opressão, da guerra, de uma natureza desfigurada pela poluição e pela desertificação, ou da injusta distribuição dos recursos do planeta, é um irmão com quem compartilhar o pão, a casa, a vida”, disse o Papa no início da mensagem.

“Muitas vezes nós não vos acolhemos!” – destacou o Papa: “Perdoem o fechamento e a indiferença das nossas sociedades que temem a mudança de vida e de mentalidade que a vossa presença pede”, reconheceu Francisco.

Refugiados são pontes

“Tratados como um peso, um problema, um custo, vocês são, ao contrário, um dom”,  disse o Pontífice.

“Vocês são o testemunho de como nosso Deus clemente e misericordioso sabe transformar o mal e a injustiça que vocês padecem em um bem para todos. Porque cada um de vocês pode ser uma ponte que une povos distantes, que torna possível o encontro entre culturas e religiões diversas, uma estrada para redescobrir a nossa comum humanidade”.

Por fim, Francisco encorajou todos os envolvidos no trabalho do Centro Astalli, “exemplo concreto e diário de acolhida nascido da visão profética do Padre Pedro Arrupe”. “Vocês demonstram com os fatos que se se caminha juntos a estrada é menos amedrontadora. Continuem a caminhar com coragem ao lado dos migrantes: eles conhecem os caminhos que levam à paz porque conhecem o odor acre da guerra”, finalizou o Papa.

(rb)

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Em novembro, o encontro dos católicos holandeses com o Papa

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Amsterdã (RV) - Grande alegria na Igreja católica nos Países Baixos com a notícia de que em 15 de novembro o Papa vai receber os peregrinos holandeses no Vaticano.

“O Cardeal Eijk, em nome de todos os católicos do país, apresentou ao Papa o pedido para presidir a celebração eucarística da ‘Jornada Holandesa’ em Roma”, explica uma nota da Conferência Episcopal. “Isto não será possível, mas os fiéis estão felizes porque o Papa poderá falar com eles, depois da missa”.

Mais de 1 mil católicos holandeses em Roma

A peregrinação a Roma estava programada há tempos para o Ano da Misericórdia e, agora, a confirmação do encontro com o Pontífice encoraja as dioceses a unirem-se à iniciativa. Está prevista a participação de mais de mil pessoas. A cerimônia do dia 15 será presidida pelo Cardeal Willelm Eijk, Arcebispo de Utrecht e Presidente da Conferência Episcopal, e concelebrada por todos os bispos holandeses.

“Estamos felizes e gratos porque Francisco se comprometeu em nos encontrar. Espero que sempre mais fiéis se unam às peregrinações provenientes dos Países Baixos para encontrarmos todos juntos o vigário de Cristo na terra”, declarou o Cardeal Eijk.

(CM)

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Papa vai canonizar Madre Teresa no Vaticano

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco vai presidir a canonização de Madre Teresa de Calcutá na Praça São Pedro, em 4 de setembro. A confirmação foi divulgada nesta terça-feira, (19/04), pela Congregação para a Causa dos Santos.

 

O milagre atribuído à religiosa albanesa e que a levará à glória máxima dos altares foi a cura inexplicável de um homem brasileiro.

O calendário das beatificações e canonizações para 2016 prevê ainda as seguintes celebrações ao longo do ano:

- A beatificação de Valentim Palencia Marquina, em 23 de abril, em Burgos, na Espanha;

- A beatificação de Francisco Maria Greco, em 21 de maio, em Cosenza, na Itália;

- As canonizações de Estanislau de Jesus Maria e Maria Elisabeth Hesselblad, em 5 de junho, no Vaticano;

- A beatificação de Giacomo Abbondo, em 11 de junho, em Vercelli, na Itália;

- A beatificação de Maria Celeste Crostarosa, em 18 de junho, em Foggia, Itália;

- A beatificação de Ladislao Bukowinski, em 11 de setembro, em Qaraghandy, no Cazaquistão;

- A beatificação de Elisabetta Sanna, em 17 de setembro, em Codrongianos, na Itália;

- A beatificação de Engelmar Unzeitig, em 24 de setembro, em Würzburg, na Alemanha;

- As canonizações de José Sanchez del Rio e de José Gabriel do Rosário Brochero, em 16 de outubro, no Vaticano;

-  A beatificação de Mario Borzaga, em 11 de dezembro, em Vientiane; no Laos.

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(rb)

 

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Bento XVI agradece felicitações pelos 89 anos

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa emérito Bento XVI retribuiu “com votos de todo bem” as felicitações recebidas por ocasião de seu 89º aniversário, transcorrido no último 16 de abril, “acompanhando a todos neste Ano Jubilar, com a sua oração e bênção”. A mensagem foi confiada à Fundação Vaticana Joseph Ratzinger–Bento XVI, como agradecimento “pelas numerosas felicitações” chegadas de diversos lugares por ocasião de seu aniversário. 

A breve mensagem foi publicada no site da Fundação dedicada a Joseph Ratzinger, cujo 11º aniversário da eleição à Cátedra de Pedro recorre esta terça-feira, 19 de abril.

Em 16 de abril passado, também o Papa Francisco enviou afetuosas felicitações a Bento XVI, quer falando aos jornalistas no avião que o levou a Lesbos, quer sucessivamente com um tuíte em que pedia orações por ele, agradecendo a Deus “por tê-lo dado à Igreja e ao mundo”. (JE)

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Em 6 de maio, o juramento de 23 novos guardas suiços

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Cidade do Vaticano (RV) –  Vinte e três novos guardas suíços prestarão juramento no próximo dia 6 de maio. A data recorda a morte de 147 soldados suíços caídos na defesa do Papa Clemente VII,  durante o Saque de Roma em 1527.

Os festejos da guarda do Pontífice terão início já no dia 5 de maio, com um concerto e com a participação na Vigília de Oração “Para enxugar lágrimas”, na Basílica Vaticana, na presença do Papa Francisco.

No dia 6 a missa, a comemoração dos “caídos” e na parte da tarde o juramento dos novos recrutas. O Cantão hóspede este ano será o de Glarona. Um dos guardas fará o juramento em italiano.

No dia 4 de maio de 2015, o Papa Francisco havia recebido na Sala Clementina os 32 novos soldados da Guarda Suíça, que prestaram juramento no dia 6. E na Audiência Geral da quarta-feira, em 6 de maio,  o Pontífice havia saudado as famílias dos 32 novos soldados da Guarda Suíça, que prestaram juramento na parte da tarde no Pátio São Dâmaso. (JE)

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"Amoris laetitia" é apresentada às representações diplomáticas

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Cidade do Vaticano (RV) - O fórum das organizações católicas com atividade de representação junto às realidades internacionais com base em Genebra, na Suíça, realizou no Vaticano um Simpósio para apresentar aos membros do corpo diplomático junto à Santa Sé e aos líderes de Ongs internacionais a Exortação apostólica pós-sinodal do Papa Francisco, Amoris laetitia, sobre o amor na família.

Estiveram presentes na explicação acerca do valor universal do documento sobre a família, o presidente do Pontifício Conselho para a Família, Dom Vincenzo Paglia, e o observador permanente da Santa Sé no escritório da Onu em Genebra, Dom Ivan Jurkovic.

“A Igreja não deve ser reticente no anunciar o ideal do matrimônio, mas a comunicação do Evangelho da família deve voltar a atrair os jovens casais que devem unir-se abrindo-se à sociedade e não debruçando numa visão meramente romântica do amor.”

Falando às representações diplomáticas, Dom Paglia fez suas as palavras do Papa Francisco sobre a família na Exortação Amoris laetitia. Tratou-se de um pronunciamento todo ele voltado para demonstrar a participação fundamental da família para a construção do bem comum. Se a família está mal, está mal toda a sociedade, ressaltou Dom Paglia:

A Amoris laetitia é a síntese de um caminho sinodal que requer de todos uma nova consciência não somente em relação à família, mas também numa nova imaginação da Igreja que deve ser, ela mesma, familiar no acompanhar estes jovens rumo ao crescimento tendo altos ideais.”

A universalidade da família e seu papel em todos os Estados nacionais foi reiterado também pelo observador permanente da Santa Sé no escritório da Onu em Genebra, Dom Jurkovic, o qual recordou o trabalho da Igreja católica na defesa da família natural, que é cada mais objeto de revisões de caráter ideológico nos tratados internacionais. Uma ação de tutela e promoção da antropologia familiar que adquire um aspecto dialógico e positivo graças à Exortação do Pontífice:

O nosso problema é um desafio: falar somente àqueles que nos escutam não é suficiente, não é mesmo? É preciso falar com uma linguagem aberta.

Alguns embaixadores apresentaram seu ponto de vista, muito diferente, mas num tom respeitoso. Todos sabem muito bem que com os valores fundamentais não se deve brincar. Para nós são novas bases para o diálogo, assim como o são para uma embaixada, para uma missão diplomática. São todas preciosas.

O documento sobre a família torna-se, portanto, instrumento de cotejamento nas sedes internacionais, como ressalta ainda Dom Jurkovic:

As organizações internacionais não são entidades autônomas; são representantes de governos individualmente considerados, como ressalta ainda observador permanente da Santa Sé em Genebra.

As organizações internacionais não são entidades autônomas; são representantes de cada governo. Devemos fazer esse cotejamento não somente mediante o diálogo entre Igreja e Estado em cada país, mas encontrar um diálogo concernente a matérias como o matrimônio sem associar-se a ninguém, promover uma linha que traga equilíbrio e clareza naquilo que é o conflito derivante da introdução destas novas tecnologias antropológicas que certamente são, em grande parte ou completamente, inaceitáveis para a Igreja católica.

Nós como estrutura diplomática da Santa Sé temos esta vantagem de propor as ideias também em nome de muitos outros. Penso que isto seja muito apreciado, talvez também por outros Estados que não partilham totalmente a nossa posição, mas são próximos do ponto de vista da visão antropológica ou tradicional ou “natural”, como se diz, ponderou Dom Jurkovic. (RL)

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Igreja no Mundo



Portugal: Igreja indignada com revelações dos 'Panama papers'

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Lisboa (RV) – A Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), organismo de leigos da Igreja Católica em Portugal, manifestou a sua indignação ante as notícias emersas dos chamados ‘Panama Papers’, que revelam uma imoral fuga dos impostos.

“Sabíamos que as ‘offshores’ iam fazendo o seu trabalho de ajuda ao crescimento das grandes fortunas graças a uma imoral fuga aos impostos internacionalmente legalizada. A investigação jornalística dos Panama Papers fez emergir a verdadeira dimensão daquilo que já conhecíamos”, refere uma nota da CNJP, publicada pela Agência Ecclesia.

Em causa está a investigação realizada por uma centena de jornais em todo o mundo sobre 11,5 milhões de documentos, que revelou bens em paraísos fiscais de responsáveis políticos ou personalidades públicas.

A CNJP alerta para a possibilidade de branquear negócios ilícitos, com “pequenos e grandes desvios de fundos e fuga dos impostos”.

Segundo os membros do organismo laical ligado à Conferência Episcopal Portuguesa, a corrupção atinge diferentes instituições, inclusive as que têm por missão o controle da legalidade.

“Não queremos, porém, deixar de acreditar na Justiça. Fazemos, por isso, um apelo veemente aos cristãos, mas também à sociedade civil, aos governos nacionais e aos organismos internacionais, para que se eliminem estas e outras injustiças”, consta na nota.

A CNJP sustenta que este conjunto de esquemas permite que poucos enriqueçam mais, enquanto outros não têm o mínimo necessário para viver com dignidade.

Citando o Papa Francisco, a nota observa que este branqueamento de capitais se estende ao comércio de armas, ao tráfico de pessoas (incluindo refugiados), de órgãos humanos e de drogas, bem como às redes internacionais de exploração da prostituição.

“Até onde deixamos ir este escândalo? Não teríamos que exigir que os governos e as instituições que nos servem tomem medidas mais eficazes e menos contemporizadoras?”, questiona a CNJP.

O documento recorda que as comissões Justiça e Paz europeias escolheram o tema da “desigualdade crescente e a tributação justa” como objeto da sua ação concertada deste ano.

“Denunciaremos todas as situações que alimentem esta grave injustiça com que nos confrontamos nos tempos de hoje”, assinala o organismo católico português.

Segundo o consórcio internacional de investigação, que reuniu para este trabalho 370 jornalistas de mais de 70 países, incluindo Portugal, milhares de empresas foram criadas em ‘offshores’ e paraísos fiscais para que centenas de pessoas pudessem administrar o seu patrimônio.

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Líderes relgiosos: COP21 requer coragem e honestidade

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Cidade do Vaticano (RV) – “Os desafios que nos aguardam requerem honestidade e coragem, porque todos deverão agir para reduzir as emissões poluentes”. É o que recordam 270 líderes e representantes religiosos que, em vista da cerimônia, sexta-feira, 22, em Nova York, para a assinatura do acordo sobre o clima, difundiram um apelo para solicitar Chefes de Estado e de Governo a ratificar o quanto antes o conteúdo do acordo alcançado na COP21, em dezembro de 2015. 

Limitar o aquecimento global

O acordo será vinculante se for ratificado por um mínimo de 55 países, que somados representam 55% das emissões globais de gases de efeito estufa. Ficará estabelecido que até a segunda metade deste século, as emissões deverão se reduzir a zero, com o compromisso dos países em prosseguir o esforço para limitar o aumento da temperatura a 1,5 grau.

Responsabilidade comum

O apelo, entregue segunda-feira (18/04) à Assembleia geral das Nações Unidas, é assinado por expoentes religiosos como o bispo Marcelo Sánchez Sorondo, chanceler da Pontifícia Academia das Ciências e das Ciências Sociais, pelo rabino-chefe Shear Yashuv Cohen, o grande imame  Maulana Syed Muhammad Abdul Khabir Azad, o arcebispo anglicano Desmond Tutu, e pelo Secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas, rev. Olav Fykse Tveit.

No texto, recordam que “o cuidado pela Terra é uma nossa responsabilidade comum”, e “cada um de nós tem o dever moral de agir, como afirmado na Encíclica Laudato si e em declarações de budistas, cristãos, hindus, judeus, muçulmanos, siques e outros líderes religiosos”. Com efeito, “o planeta já superou os níveis de segurança em relação ao gás carbônico e se não baixarem rapidamente, os impactos serão irreversíveis para centenas de milhões de vidas”.

Coragem e honestidade

Segundo as lideranças religiosas, portanto, “o desafio requer coragem e honestidade da parte de todos, em primeiro lugar dos governantes”. “É preciso iniciar uma transição dos combustíveis fosseis poluentes para fontes limpas de energia renovável. É claro que para muitas pessoas, isto comporta uma mudança radical nos próprios estilos de vida, mas devemos lutar por uma alternativa à cultura do consumismo, tão destrutiva para nós mesmos e para nosso planeta”.

“O futuro se abre à esperança”, escrevem. “O consenso sem precedentes registrado em Paris abriu um novo caminho; e a colaboração global entre todas as nações é a prova de que nossos valores comuns são bem maiores do que as diferenças que nos dividem”. 

(CM)

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Bispos da Polônia: nota após ritos de cristianização do país

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Gniezno (RV) - “Onde há batismo, há esperança” é o título do comunicado de imprensa emitido na conclusão da 372ª Plenária dos bispos poloneses e o lema das comemorações dos 1050 anos da cristianização da Polônia, que se realizou em Gniezno e Poznan, de 14 a 16 de abril. Os bispos – refere a agência Sir – “expressam a sua gratidão” ao Papa Francisco por sua “proximidade espiritual aos participantes na celebração” e ao legado pontifício, Cardeal Pietro Parolin, que presidiu as celebrações.

Sobre os refugiados “hospitalidade evangélica”

“Olhando para o futuro, os bispos sublinharam a necessidade de revalorizar a iniciação cristã (catequese) e de ir ao encontro dos homens de acordo com as palavras do Papa”, lê-se no documento. Ao Papa vão também os “agradecimentos por ter promovido a coleta em prol dos habitantes da Ucrânia”. Em relação à crise migratória, os bispos “recordam que os refugiados devem ser tratados dentro do espírito de hospitalidade evangélica, solidariedade, responsabilidade e respeito da dignidade humana”.

Os bispos em defesa da vida

Referindo-se à discussão em andamento na Polônia sobre a proibição total do aborto, os bispos sublinharam “o valor fundamental e inviolável” da vida humana, cuja defesa “é dever de todos, independentemente dos pontos de vista”, declarando ainda “não apoiar a criminalização das mulheres que realizaram o aborto” e que ao invés “deveriam receber cuidados e apoio benevolentes”. (SP)

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Reforma do Santo Sepulcro terá início após Páscoa ortodoxa

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Jerusalém (RV) – Os trabalhos de reforma do Santo Sepulcro - que terão início após as celebrações da Páscoa ortodoxa, celebrada em 2016 no dia 1º de maio – serão continuamenteacompanhados e documentados por um staff de cerca de trinta professores da National Technical University, de Atenas, e por especialistas do lado católico e armênio. A restauração será possível graças ao acordo entre as Igrejas Greco-ortodoxa, Católica (representada pelos franciscanos) e Armênia, as três principais confissões às quais é confiada a custódia da Basílica da Ressurreição. Ao financiamento das três confissões cristãs se somará o do Governo grego, do Fundo Mundial para a Conservação dos Monumentos (World Monuments Fund, WMF), de benfeitores privados e do Rei da Jordânia Abdullah II, na sua veste de Custódio dos Lugares Santos de Jerusalém do Leste.

As restaurações

O portal da Custódia da Terra Santa explica que a edícula será desmontada, para ser reconstruída identicamente e que serão substituídas somente as partes muito frágeis ou danificadas. As placas de mármore – em bom estado de conservação – serão limpas, enquanto a estrutura que as suportará será consolidada. Mesmo durante as reformas, o Lugar Santo estará acessível ao culto e à devoção dos fieis. O avançado estado de degradação do Túmulo de Jesus, situado no centro da rotunda do Santo Sepulcro, é fruto de diversos fatores, entre os quais, defeitos estruturais do prédio, que remontam à época da sua construção, e à grande frequência de peregrinos e turistas. A causa principal da torção dos blocos de mármore é provocada pela alteração das argamassas devido à umidade crescente produzida pela condensação da respiração dos visitantes. O uso das velas, que queimam por longas horas a poucos metros da edícula que abriga o lugar da deposição do crucificado, acabou provocando fortes pressões térmicas sobre o mármore e a fumaça provocou um acúmulo de materiais escuros e oleosos, o que alterou o mármore e criou as condições para reações físico-químicas que aceleraram a oxidação e a deterioração das superfícies arquitetônicas.

Última tentativa de reforma foi em 1947

O lugar de sepultura e ressurreição de Cristo está inalterado desde 1947, quando os britânicos colocaram traves de aço para escorar a edícula e assim dar início a uma restauração que acabou nunca acontecendo. Construída nos anos de 1809 e 1810, depois do grande incêndio de 1808 que afetou toda a construção, a edícula atual – em estilo barroco otomano – mostrou sinais de fragilidade após alguns decênios. Até 1868, além disto, a cúpula da rotunda a protegia somente parcialmente das intempéries, pois na parte superior havia um oculus aberto. Estando a Palestina sob mandato britânico, os engenheiros do Departamento dos Trabalhos Públicos (Department of Public Works DPW) empregaram dois meses para obter das autoridades religiosas a permissão para inspecionar os locais. A pesquisa efetuada sob o Sepulcro, evidenciou que a estrutura incorporava os restos de uma edificação precedente. Mas os responsáveis das Igrejas não conseguiram chegar a um acordo satisfatório para a sua recuperação. Posteriormente, também contribuíram para o aumento da degradação as intempéries e os novos abalos sísmicos, sobretudo em 1934. Os gregos, os franciscanos (pelo lado dos latinos) e os armênios, providenciaram trabalhos esporádicos em alguns locais do complexo, mas não no Sepulcro de Jesus.

A história da edícula que custodia o local da sepultura de Cristo

O Sepulcro de Jesus foi escavado ao lado de uma colina, em uma gruta abandonada de pedras. O Jardim da Ressurreição e a tumba foram sepultados por volta de 135, sob o templo construído pelo Imperador Adriano. Por volta de 324, o Imperador Constantino pediu ao Bispo Macario de Jerusalém para que encontrasse o Sepulcro de Cristo e ali construísse uma Basílica. Assim, cresce a primeira Igreja do Santo Sepulcro. Escavou-se ao redor da câmara funerária, onde havia sido depositado o corpo de Jesus, para liberar um espaço, e a rocha originária foi coberta de mármore com decorações constantinas. Assim, foi construído a primeira edícula. Parcialmente danificada pelos persas em 614, e novamente saqueada e destruída a golpes em 1009 por ordem de Al-Hakim bi-Amr Allah,ela foi substituída por outra edícula de estilo romano por volta de 1014. Devido às intempéries, incêndios e saques, em 1555 é construído um prédio muito similar ao precedente, mas em estilo gótico, por desejo do Custódio da Terra Santa, Bonifacio de Ragusa. Após o incêndio de 1808 foi acrescentada a atual edícula. (JE)

 

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Hilarion compara ateísmo na Europa moderna à antiga URSS

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Moscou (RV) - O Chefe do Departamento para as Relações Externas da Igreja Ortodoxa Russa,  Metropolita Hilarion de Volokolamsk, fez  um paralelo entre a extinta União das Repúblicas Soviéticas Socialistas (URSS) e Europa atual.

"É surpreendente que hoje civilizações russas e europeias tenham invertido os seus papéis, num certo sentido. A União Soviética era o país do ateísmo oficial do Estado, enquanto todos nós percebíamos o Ocidente como a região cristã", afirmou o hierarca no programa “Igreja e Mundo” transmitido pela ‘Rossiya 24 television’.

Segundo ele, agora o que se percebe é o contrário: a fé e a Igreja são revividos na Rússia, com novas igrejas estão sendo construídas, mosteiros e escolas teológicas sendo abertas, enquanto que "religiosidade está diminuindo no Ocidente, igrejas são fechadas, alguns prédios são vendidos ".

"O secularismo e o ateísmo têm-se tornado, de fato, uma nova ideologia da Europa Ocidental. Certamente, a Igreja não é perseguida como o foi aqui nos tempos soviéticos, quando as igrejas eram queimadas e destruídas. Mas a ideologia da moderna secular Europa praticamente exclui a Igreja e a religião da esfera pública, então você pode ser religioso somente como uma pessoa privada, mas a sua religiosidade não pode influenciar o seu papel público, suas atividades profissionais ", afirmou o Metropolita.

Ele também acredita que o renascimento religioso na Europa passará através do "estar embriagado com a liberdade, com a permissividade, o que fará com que as pessoas entendam a que isto leva  e começarão a voltar às suas raízes cristãs". (JE)

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Manifestação no Líbano recorda bispos sequestrados na Síria

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Beirute (RV) – Esta terça-feira, 19 de abril, militantes de associações e organizações libanesas encontraram-se na sede municipal de Sin el Fil, periferia oriental da capital libanesa, para recordar o sequestro dos dois Bispos Metropolitas de Aleppo -  o sírio-ortodoxo Mar Gregorios Yohanna Ibrahim e o greco-ortodoxo Boulos Yazigi – de quem não se tem notícias desde o dia em que foram sequestrados em 22 de abril de 2013.

O encontro organizado por instituições ligadas à Igreja Sírio-ortodoxa e à Igreja Greco-ortodoxa três anos após o sequestro, procura impedir que o acontecimento envolvendo os dois líderes religiosos caia no esquecimento e para reativar canais e iniciativas para romper a total falta de informação em torno de sua sorte. A reunião, intitulada “Nós não esquecemos”, contou com a presença de Abib Afram (Presidente da Liga siríaca do Líbano, que representa 60 mil cristãos siríacos), e os pronunciamentos de alguns oradores, como o ex-Ministro sunita Faisal Karami, o membro do Hezbollah Ali Fayyad Hezbollah e o deputado cristão-ortodoxo Marwan Abu Fadel.

Os dois Bispos Metropolitas de Aleppo – o greco-ortodoxo Boulos al-Yazidi e o sírio ortodoxo Mar Gregorios Yohanna Ibrahim – foram sequestrados na região compreendida entre a metrópole síria de Aleppoe a fronteira com a Turquia. Nenhum grupo reivindicou o sequestro e desde então as diversas informações surgidas a respeito dos dois, revelaram-se totalmente infundadas. (JE)

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Encontro em Berlim busca superar preconceitos religiosos e culturais

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Berlim (RV) – Construir a paz, ter cuidado pelo outro, proteger a criação. Estes foram os conceitos-chave do encontro ecumênico «Cut the Prejudice! Different religious traditions through the lens of a camera», realizado em Berlim de 11 a 17 de abril. O encontro foi promovido pelo “Ecumenical Youth Council in Europe (Eyce)”, no âmbito dos percursos de formação ao diálogo para jovens diretamente comprometidos nas Igrejas e nas comunidades cristãs.

O objetivo é destacar a importância da partilha de experiências cotidianas e da criação de instrumentos que favoreçam o nascimento de uma sociedade europeia enriquecida pelo diálogo inter-religioso e intercultural, graças, sobretudo, à contribuição ecumênica dos cristãos.

Os jovens estiveram reunidos em Berlim para refletir sobre como as Confissões cristãs na Europa podem prosseguir no caminho de uma sempre maior partilha do patrimônio espiritual, de modo a reforçar as iniciativas para superar os conflitos que têm marcado profundamente a sociedade europeia.

Na apresentação do encontro foi destacada a importância em se dar uma dimensão inter-religiosa a estas iniciativas, tanto mais agora em função dos ataques terroristas que envolveram a Europa nos últimos meses, o que gerou tensões e medo.

Na capital alemã, graças aos pronunciamentos de testemunhas e especialistas, refletiu-se sobre a delicada relação entre religião e sociedade na Europa, sobretudo em como esta relação tem se desenvolvido recentemente, quando a política procurou dar respostas à violência de matriz fundamentalista. Neste sentido, os compromissos concretos das diferentes religiões para derrotar tal violência foram objeto de uma fase sucessiva do percurso de formação ao diálogo, como etapa fundamental para remover as causas que provocam tais preconceitos.

Também foram analisadas as origens dos preconceitos religiosos, mas formas e os tempos de sua formação, recordando que estes sentimentos têm um peso relevante na situação presente, sobretudo na Europa.

Um dos momentos marcantes foi o encontro com um grupo de jovens da comunidade islâmica de Berlim, com os quais nasceu um debate em como combater os estereótipos, em grande parte alimentados pela ignorância e por imagens privadas de realidade histórica. Preconceitos que – como recordaram os jovens muçulmanos – seguidamente representam uma barreira que gera outras barreiras, impedindo assim a criação de um clima de escuta e de diálogo sem o qual não é possível imaginar um futuro de recíproca acolhida. Disto, a necessidade também de individuar novas iniciativas ecumênicas e inter-religiosas, à luz das tantas experiências já realizadas, mesmo entre inevitáveis dificuldades, nas diversas comunidades locais.

Este encontro constituiu a ocasião para a realização de um breve filme no qual os participantes se propuseram a falar sobre os preconceitos, indicando o que se pode e se deve fazer para superá-los, graças a um testemunho ecumênico no dia-a-dia, procurando envolver também os jovens das outras religiões.

A ideia de recorrer a um documentário para superar os preconceitos nasceu com o intuito de abrir novos caminhos a um conhecimento das dificuldades e das riquezas da Europa inter-religiosa e intercultural.

Ao final da semana de encontros, entremeada pela escuta da Palavra de Deus como fonte primária para a superação dos preconceitos e para a construção da paz, foi reafirmada a vontade da Eyce de prosseguir na definição de percursos formativos com os quais se possa “superar os preconceitos e criar pontes”, proporcionando o encontro entre jovens cristãos de diversas tradições, unidos no desejo de testemunhar a única Igreja de Cristo (JE/RBUR)

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Terra Santa: centro pastoral se torna oásis para migrantes

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Telaviv - Um local de encontro onde os migrantes de várias confissões podem se encontrar para confessar sua fé e se beneficiar das várias atividades pastorais que são propostas. 

Este é o centro pastoral ‘Nossa Senhora Mulher de Valor’ situado em Tel Aviv, Israel, que se torna um oásis para os migrantes. 

Segundo o site do Patriarcado Latino de Jerusalém, neste centro se concentram a maior parte das atividades da Pastoral dos Migrantes. 

Filipinos, indianos, eritreus, cingaleses e sudaneses vão ao centro para buscar conforto espiritual. A estrutura oferece formação, ajuda social e cursos para crianças que seguem a catequese em língua hebraica, que falam e aprenderam a ler e escrever na escola. 

‘Nossa Senhora Mulher de Valor’ é sobretudo um local em que os desafios sociais são enfrentados cotidianamente e que permite aos migrantes encontrar uma vida digna. (MJ)

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Entrevistas



Família síria trazida pelo Papa: sonhamos viver num país em paz

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Cidade do Vaticano (RV) - Estupor e incredulidade definem os sentimentos das três famílias sírias que o Papa Francisco trouxe a Roma ao final de sua viagem à ilha grega de Lesbos. A Rádio Vaticano entrevistou Hassan e Nour Zahidà, o casal mais jovem, que chegou à Itália com o único filho e foram acolhidos pela Comunidade de Santo Egídio.

Uma fuga que teve início em Damasco, prosseguiu por Aleppo até a Turquia, de onde seguiram rumo à Grécia numa embarcação com a finalidade de fugir da guerra:

  

Nour Zahidà:- Nous avons quitté la Syrie…

“Deixamos a Síria em dezembro de 2015, porque meu marido foi chamado a se alistar no exército: chamaram todos os homens entre 18 e 45 anos para lutarem na guerra com o exército sírio! O nome do meu marido constava em toda delegacia de polícia e, portanto, não podíamos sair do país através das fronteiras regulares. Fomos obrigados a sair por vias ilegais.”

Nour conta que chegaram a Lesbos em 18 de março e ficaram ali um mês. Devido à chegada de inúmeras famílias, as condições no campo de refugiados começaram a piorar, a ponto de não ter água disponível a todos.

Então chega a notícia inesperada de que o Papa os levaria a Roma... Uma emoção que o marido Hassan assim descreve:

Hassan Zahidà:- Actually, that was …

“Foi realmente um sonho. Estávamos  comprando algo no centro, em Lesbos, às oito da noite; voltamos ao campo de Karatepe e o responsável, Stavros, disse que três famílias tinham sido escolhidas para ir à Itália. Mas não nos disseram nada do Papa e que seria um voo especial com ele. E quando descobrimos, foi de novo um sonho, realmente. Não conseguíamos entender o que estava acontecendo. Depois entendemos quando encontramos o responsável pela Comunidade de Santo Egídio.”

O encontro com o Papa foi no aeroporto:

Hassan Zahidà:- Yes, we met the Pope at the airport…

“Sim, encontramos o Papa no aeroporto. Ele nos perguntou a situação em Lesbos e nós dissemos que apreciamos os esforços que estão sendo feitos pelos refugiados, especialmente pelos sírios.”

Nour Zahidà:- Je tiens à remercier le Pape pour son geste…

“Gostaria de agradecer ao Papa pelo seu gesto. “Obrigado! Obrigado! Obrigado por nos salvar!”. Eu espero que este gesto possa influenciar e tocar a todos, que possa mudar as posições políticas e que as fronteiras possam ser abertas a esses refugiados. Para meu filho, espero que possa ter uma vida feliz e que eu e meu marido possamos encontrar um trabalho na Itália. Gostaria de dizer que somos pessoas normais. Não somos jihadistas; não somos terroristas! Somos pessoas normais como vocês. Sonhamos somente com uma vida normal num país onde exista paz.”

(BF)

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Formação



Jubileu - Papa sobre corrupção: "praga putrefata da sociedade"

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Cidade do Vaticano (RV) – Corruptos e criminosos: estas são as duas categorias para as quais o Papa Francisco pede conversão.

Na bula de convocação do Ano Extraordinário da Misericórdia, o Pontífice escreve: 

“O meu convite à conversão dirige-se, com insistência ainda maior, àquelas pessoas que estão longe da graça de Deus pela sua conduta de vida. Penso de modo particular nos homens e mulheres que pertencem a um grupo criminoso, seja ele qual for. Para vosso bem, peço-vos que mudeis de vida. (...) O mesmo convite chegue também às pessoas fautoras ou cúmplices de corrupção. Esta praga putrefata da sociedade é um pecado grave que brada aos céus, porque mina as próprias bases da vida pessoal e social. A corrupção impede de olhar para o futuro com esperança, porque, com a sua prepotência e avidez, destrói os projetos dos fracos e esmaga os mais pobres. É um mal que se esconde nos gestos diários para se estender depois aos escândalos públicos. (…) Este é o momento favorável para mudar de vida! 

Palavras do Papa Francisco mais atuais do que nunca para a crise que o Brasil está vivendo, como nos fala o Bispo da Diocese de Campina Grande (PB), Dom Manoel Delson Pedreira da Cruz, O.F.M. Cap., entrevistado por Raimundo Lima: 

 

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Crianças ficam para trás no acesso ao tratamento do HIV

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Cidade do Vaticano (RV) - A Caritas Internacional promoveu recentemente uma conferência mundial, no Hospital Menino Jesus de Roma, com o objetivo de estudar novas estratégias para a assistência e apoio às crianças que vivem com a Aids. 

Não obstante os progressos da medicina, que permitem uma vida serena aos adultos graças aos antirretrovirais, mais de dois milhões e seiscentas mil crianças que contraíram o vírus Hiv não têm acesso aos medicamentos e correm o risco de morrer antes do segundo ano de vida. Os programas de saúde das Igrejas cobrem de 40 a 70% das necessidades nos países subdesenvolvidos e recebem do Fundo Global somente 5% dos financiamentos.
  
A conferência internacional da Caritas reuniu personalidades de várias organizações e se propôs a impelir os governos e companhias farmacêuticas a estenderem o acesso dos antirretrovirais às crianças afetadas pelo Hiv. 

Rafael Belincanta conversou com o Diretor-Executivo Adjunto da Unaids, o médico brasileiro Luiz Loures, que participou da conferência. Segundo ele, as crianças estão ficando para trás no acesso ao tratamento. (MJ)

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Atualidades



Acnur levará ajudas humanitárias a vítimas de terremoto no Equador

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Copenhague (RV) - A Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) está ultimando os preparativos para uma grande operação de distribuição de ajudas via aérea, prevista para as próximas 48 horas, em apoio às pessoas deslocadas devido ao desastroso terremoto que sacudiu o Equador na noite sábado (16/04).

A operação está sendo organizada após um pedido de ajuda às Nações Unidas feita pelo governo do Equador.

Esta terça-feira (19/04), em Copenhague – polo logístico local do Acnur –, foi estabelecido o plano operacional para um primeiro avião com as ajudas humanitárias que partirá da capital dinamarquesa com destino a Quito levando bens de primeira necessidade, entre os quais, cerca de 900 tendas, lonas de plástico, 15 mil colchões, utensílios de cozinha e, à luz do risco do vírus Zika, 18 mil mosquiteiros impregnados de líquido repelente, dos quais precisam com urgência.

Uma vez na capital equatoriana, estes bens serão distribuídos no tempo mais breve possível e segundo as prioridades individuais a nível local. Os esforços serão concentrados nas áreas do país mais atingidas pelo abalo sísmico de 7,8 graus na escala Richter, no oeste, nas zonas de Manabi, Santo Domingo, Esmeraldas e Guayaquil. (RL)

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