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Sumario del 23/04/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Procurar o "sinal" de Jesus: mensagem do Papa aos jovens

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Cidade do Vaticano (RV) – Perdoar e procurar o “sinal” de Jesus: estes são os conselhos do Papa Francisco aos adolescentes reunidos no Estádio Olímpico de Roma.

A noite de testemunhos, oração e reflexão foi uma das etapas dos três dias de Jubileu que os jovens estão celebrando com o Papa Francisco. Pela manhã, o Pontífice confessou 16 rapazes e moças na Praça S. Pedro.

Na videomensagem veiculada no Estádio, Francisco agradeceu a presença dos jovens e falou dos lenços que muitos deles estavam usando com as Obras corporais de misericórdia. “Coloquem essas Obras na cabeça, porque são o estilo de vida cristão. Como sabem, as Obras são gestos simples, que pertencem à vida de todos os dias, permitindo reconhecer a Face de Jesus no rosto de tantas pessoas. Inclusive jovens! Jovens como vocês que têm fome, sede; que são prófugos ou forasteiros ou doentes e pedem a nossa ajuda e a nossa amizade”.

Ser misericordiosos – prosseguiu o Papa – quer dizer ser capazes de perdoar, quando ofendemos ou somos ofendidos. “E isso não é fácil, eh? Não permaneçamos com o rancor ou com o desejo de vingança! Não serve para nada: é um cupim que come a alma e não nos permite ser felizes. Perdoemos! Perdoemos e esqueçamos a ofensa recebida, assim poderemos compreender o ensinamento de Jesus e ser seus discípulos e testemunhas de misericórdia.”

Francisco deu como exemplo a busca por sinal para falar no celular. “Estou certo de que isso acontece também com vocês, que o celular fica sem sinal em alguns lugares.... Pois bem, lembrem-se que se Jesus não está em nossa vida é como não ter sinal. Não se consegue falar e nos fechamos em nós mesmos. Devemos ficar onde há sinal! A família, a paróquia, a escola, porque deste modo sempre teremos algo de bom e verdadeiro a dizer.”

O Papa concluiu marcando com os adolescentes encontro no domingo (24/04), para a celebração da Santa Missa na Praça S. Pedro – cerimônia que será transmitida ao vivo pela Rádio Vaticano, com comentários em português a partir das 10h20 – hora local (05h20 – horário de Brasília).

(BF)

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Acompanhe com a RV o Jubileu dos adolescentes

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Cidade do Vaticano (RV) – “Queridos jovens, os seus nomes estão escritos no céu, no coração misericordioso do Pai. Sejam corajosos, contracorrente!” Este é o tuíte do Papa Francisco neste sábado (23/04) dedicado ao Jubileu dos adolescentes em andamento este final de semana no Vaticano. 

Neste sábado, a Praça São Pedro se transformou num grande confessionário a céu aberto, com 150 sacerdotes atendendo confissões dos jovens, entre eles o próprio Pontífice, para a surpresa dos fiéis. Francisco confessou por uma hora e meia 16 rapazes e moças. À noite, o encontro será no Estádio Olímpico, com música, reflexão, testemunhos e a videomensagem do Santo Padre.

Acompanhe com a RV

Já na manhã de domingo, na Praça S. Pedro, o Papa presidirá à Santa Missa com a participação de cerca de 60 mil adolescentes, entre 13 e 16 anos, vindos da Itália e sobretudo de países europeus. A Rádio Vaticano transmite a cerimônia ao vivo, com comentários em português, a partir das 10h20 - hora local (05h20 - horário de Brasília).

Além disso, sete praças no centro histórico de Roma vão acolher as ‘Tendas da Misericórdia’, com testemunhos sobre as obras de misericórdia espirituais e corporais. O Jubileu encerra-se na segunda-feira.

Coragem

Francisco divulgou em janeiro uma mensagem para este Jubileu da Misericórdia dos Adolescentes, intitulada ‘Crescer misericordiosos como o Pai’.

“Não acreditem nas palavras de ódio e terror que se repetem com frequência; pelo contrário, construam novas amizades. Ofereçam o seu tempo, preocupem-se sempre com quem lhes pede ajuda. Sejam corajosos, contracorrente”, escreve o Papa.

“Estejam preparados para se tornarem cristãos capazes de escolhas e gestos corajosos, capazes de construir cada dia, mesmo nas pequenas coisas, um mundo de paz”, acrescenta.

Aos adolescentes que vivem em áreas de conflitos, de guerras e de extrema pobreza, Francisco pede para que não percam a esperança.

“O Senhor tem um grande sonho a realizar juntamente com vocês. Os amigos da mesma idade, que vivem em condições menos dramáticas do que as suas, lembram-se de vocês e comprometem-se para que a paz e a justiça possam pertencer a todos”, escreve ainda o Pontífice.

 

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Igreja no Brasil



Jovens farão homenagem às Mães em Aparecida

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Aparecida (RV) - A Juventude do JUMI - Juventude em Missão, projeto do Santuário Nacional para a Juventude - fará homenagem especial às mães no Santuário Nacional de Aparecida.

Todo ano, no dia das mães, o Santuário Nacional de Aparecida dedica sua programação especialmente as mamães. Neste ano, a comemoração terá um toque diferente: a presença da juventude.

No dia 8 de maio, terá início também no Santuário a Semana da Juventude. Assim o reitor, Padre João Batista Almeida, fez um convite aos jovens: “O convite é que, como presente do dia das mães, o jovem venha participar da Missa das 10h com a sua mãe no Santuário Nacional”, explica o reitor do Santuário, padre João Batista Almeida.

Neste dia, as mães serão homenageadas com um coral de 100 vozes que se apresentará.

Além disso, após a celebração, haverá show na Tribuna Bento XVI com a banda “Expresso HG” e descida de paraquedistas na explanada Papa João Paulo II.

Os atletas trarão a bandeira do JUMI – Juventude em Missão, projeto do Santuário Nacional para a Juventude – e de Nossa Senhora Aparecida.

Os presentes ainda poderão apreciar apresentações de dança, skate e outras atividades para a juventude. (MT/CNBB)

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Encontro de Presbíteros: "Alegria no testemunho do Evangelho"

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Aparecida (RV) O Santuário Nacional de Aparecida está sendo sede, de 20 a 25 do corrente, do 16º Encontro Nacional de Presbíteros que tem como tema: “Presbíteros do Brasil, alegria no testemunho do Evangelho”.

O evento é promovido pela Comissão Nacional dos Presbíteros e pela Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB e reúne 554 padres de todas as Dioceses do Brasil e convidados de outros países. Está presente no encontro Dom Jorge Patrón Wong, secretário para os Seminários junto à Congregação para o Clero e mais dois assessores de renome nacional e internacional.

O Arcebispo de Salvador (BA), Dom Murilo Krieger, vice-presidente da CNBB, presidiu à celebração Eucarística inaugural, na última quarta-feira (20/4), dizendo: “Muitos olhares estão voltados para vocês. Entre esses olhares estão os dos leigos e leigas que esperam muito de vocês para viverem à luz do Evangelho, sendo sal da terra e luz do mundo... a maior parte do que o bispo consegue realizar em sua diocese, consegue fazê-lo por meio de seus sacerdotes".

Destacando ainda que os sacerdotes são exemplos para muitas pessoas, Dom Murilo falou ainda do olhar que os bispos têm sobre os sacerdotes: “Quando assumi a arquidiocese de Salvador disse uma frase aos meus sacerdotes ‘Quero testemunhar o que eu aprendi ao longo dos meus anos de episcopado’: a maior parte do que o bispo consegue realizar em sua diocese, consegue fazê-lo por meio de seus sacerdotes”.

Em nome da presidência da CNBB, Dom Murilo encerrou sua homilia pedindo que os padres vivenciem intensamente os dias do Encontro Nacional dos Presbíteros.

Ao final da celebração, a Diocese de Primavera do Leste Paranatinga (MT) recebeu a imagem de Nossa Senhora Aparecida, que irá peregrinar pela região do Mato Grosso em preparação ao Jubileu dos 300 anos. (MT/CNBB)

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Pastoral Operária: campanha contra acidentes de trabalho

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São Paulo (RV) - Pastoral Operária lançará, em São Paulo, no próximo dia 28, Campanha de Combate às mortes por acidente de trabalho.

Com o objetivo de denunciar o enorme número de mortes por acidente de trabalho, a Pastoral Operária de São Paulo vai lançar oficialmente a campanha “Acidentes de Trabalho – culpa da vítima?”.

Com assessoria do bispo referencial da Pastoral Operária, dom Antônio Celso Queiroz, e do engenheiro de segurança no trabalho e membro da Pastoral, Gilmar Ortiz, a Campanha promoverá estudos e debates com os trabalhadores, oferecendo informações e reflexões a acerca do tema.

Tendo como subsídios um filme educativo, um folheto e depoimentos de vítimas de acidentes no trabalho, a Campanha pretende chegar aos bairros, igrejas e movimentos populares.

Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes do Trabalho

O Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes do Trabalho é celebrado no dia 28 de abril, pois foi nesta data, em 1969, que ocorreu a explosão de uma mina dos Estados Unidos, matando 78 trabalhadores. Encampando essa luta, mas com foco na prevenção, a Organização Internacional do Trabalho instituiu, em 2003, o 28 de abril como o Dia Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a cada 15 segundos morre um trabalhador no mundo, devido a doenças e acidentes no trabalho. São mais de dois milhões por ano, sendo a maioria (86%) devido a doenças.

No Brasil, segundo os dados mais recentes do Ministério do Trabalho e Previdência Social, ocorreram 717.911 acidentes no trabalho em 2013 com 2.797 mortes.  A minoria (25%), devido a doenças. (MT/Diocese SP)

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Formação



Editorial: Gestos de amor

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Cidade do Vaticano (RV) – No sábado passado, dia 16 de abril, o Papa Francisco fez mais um gesto que mexeu com a consciência internacional. O Sucessor de Pedro foi até Lesbos, a terceira ilha em ordem de grandeza da Grécia, localizada somente a 9km do território da Turquia, para se encontrar com os refugiados provenientes de terras martirizadas pela guerra e pela miséria.

 

Em Lesbos o Papa Francisco obrigou o mundo inteiro a refletir sobre uma pergunta: para os migrantes estamos fazendo o que é justo? Estamos respondendo às suas necessidades com justiça e caridade? Uma pergunta que a imprensa internacional fez ecoar chamando a atenção para os milhares de refugiados que se encontram nesta ilha – porta da esperança para muitos – aguardando a possibilidade de tocar os pés no continente e iniciar um caminho de esperança em outras terras. Francisco tocou com mãos a dor e o desânimo de homens e mulheres obrigados a deixarem suas terras por causa da guerra e da pobreza. Ali lançou as sementes da esperança e da compaixão.

Somente na Grécia, para se ter uma ideia segundo os últimos dados, os migrantes e refugiados bloqueados nos campos de acolhida são cerca de 50 mil. Suas condições são precárias, como o campo de Moria, que Francisco visitou. Um campo com paredes duplas, com fio de arame farpado.

Ali essas pessoas que fogem da guerra encontraram simplesmente um local de contenção, e não uma esperança. Vivem em condições dramáticas, denunciam membros das Nações Unidas que trabalham com as Migrações. Não podendo deixar a Grécia através dos canais legais tentam fazê-lo através de rotas clandestinas colocando em risco a própria vida.

Fechar o caminho da esperança de milhares desses deserdados, na tentativa de bloquear os fluxos, como estão tentando fazer muitos governos, não serve a nada. O resultado desta somatória de intenções é a abertura de novas rotas mais perigosas onde quem ganha, quem lucra, são os traficantes de seres humanos. Por isso, o Papa Francisco chamando a atenção dos governos para a acolhida deseja precisamente evitar que tudo isso ocorra.

Outro mérito da viagem do Papa Francisco a Lesbos é certamente, como sempre faz com a sua presença, voltar a ligar os refletores da mídia sobre questões de suma importância, como por exemplo a dos menores desacompanhados: são centenas, fala-se de 2 mil, entre os migrantes presentes na Grécia. Muitos deles correm o risco de serem explorados e abusados.

A visita de Francisco a essa ilha do Mar Mediterrâneo foi ainda marcada pelo desespero de alguns refugiados, ao encontrarem, seja o Santo Padre, seja o Patriarca Bartolomeu e o Arcebispo Hyeronimus, ambos ortodoxos, que acompanharam Francisco. Uma viagem que também marcou mais um momento na caminhada ecumênica. Diante de Francisco, um homem cristão suplicou, aos gritos, por ajuda enquanto agradecia pelo encontro e pedia para que fosse abençoado.

De retorno o Papa, num gesto que tocou muito as pessoas, deu abrigo no Vaticano a três famílias sírias, no total 12 pessoas. Segundo relato de Mons Viganó, Prefeito da Secretaria para a Comunicação, antes que o Papa entrasse no avião para voltar, as três famílias embarcaram na aeronave para entender onde iriam se sentar. Elas souberam na noite anterior que iriam partir e levaram consigo uma pequena bolsa. Entraram no avião, depositaram suas poucas coisas e depois foram convidadas a descer para depois subirem novamente com o Papa. Não queriam mais descer. Por que? Porque tinham medo de serem deixadas lá embaixo.

Foi uma viagem, como disse o próprio Papa, assinalada pela tristeza. Francisco encontrou a maior catástrofe humanitária após a Segunda Guerra Mundial. Encontrou muitas pessoas que sofrem, que não sabem para onde ir, que tiveram que fugir. Foi também ao cemitério a céu aberto: o mar!

Consolando e enxugando as lágrimas intermináveis dos refugiados Francisco, como peregrino da esperança desenhou em seus corações e mentes a imagem de uma possível melhor vida, desenhou a imagem de uma forte solidariedade, de humanidade. Ao mesmo tempo escreveu uma página histórica na qual chama a atenção dos líderes mundiais para que encontrem respostas às lágrimas e gritos de desespero.

A visita a Lesbos e as palavras de Francisco nesta semana são gestos de amor e o testemunho da sua proximidade a quem sofre, mas também um modo para sacudir as consciências e vencer o medo do diverso. (Silvonei José)

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Dom Orani: São Jorge, Cavaleiro da Misericórdia

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Rio de Janeiro (RV) – Artigo do Cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, sobre “São Jorge, Cavaleiro da Misericórdia”

“Todos sabemos que o amado povo do Rio de Janeiro tem uma bela devoção a São Jorge, o assim chamado “santo guerreiro”. Isso eu aprendi logo no primeiro ano que assumi a missão de servir a esta Igreja nesta cidade. Damos graças a Deus por esta devoção! Temos poucas informações sobre a vida de São Jorge. O carinho de seus devotos acrescentou elogios em sua vida, dando algumas características daquilo que o coração fala e admira, embora nem sempre corresponda a fatos históricos.

Temos na antiguidade vários santos mártires que foram soldados: São Sebastião, nosso padroeiro, Santo Expedito, celebrado no dia 19 de abril, e São Jorge, que comemoramos dia 23 de abril.

Trago aqui alguns poucos fatos que são de domínio público em livros e na internet: a vida de São Jorge se dá no século III, quando Diocleciano era imperador de Roma: havia nos domínios do seu vasto Império um jovem soldado chamado Jorge de Anicii. Filho de pais cristãos, converteu-se a Cristo ainda na infância, quando passou a temer a Deus e a crer em Jesus como seu único e suficiente salvador pessoal. Nascido na antiga Capadócia, região que atualmente pertence à Turquia, Jorge mudou-se para a Palestina com sua mãe, após a morte de seu pai. Tendo ingressado para o serviço militar, distinguiu-se por sua inteligência, coragem, capacidade organizativa, força física e porte nobre.

Foi promovido a capitão do exército romano devido à sua dedicação e habilidade. Tantas qualidades chamaram a atenção do próprio Imperador, que decidiu lhe conferir o título de Conde. Com a idade de 23 anos, passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo altas funções. Nessa mesma época, o Imperador Diocleciano traçou planos para exterminar os cristãos. No dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião, declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses.

São Jorge foi um grande defensor e testemunha da fé cristã.  Com grande coragem e sua fé em Jesus Cristo como Senhor e salvador dos homens. Indagado por um cônsul sobre a origem desta ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da verdade. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "o que é a verdade?". Jorge respondeu: "A verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e n’Ele confiado me pus no meio de vós para dar testemunho da Verdade." Como Jorge mantinha-se fiel a Jesus, o Imperador tentou fazê-lo desistir da fé, torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o Imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos.

A fé deste servo de Deus era tamanha que muitas pessoas passaram a crer em Jesus e confessá-Lo como Senhor, por intermédio do testemunho e da pregação do jovem soldado romano. Conta-se que seu testemunho de fidelidade e amor a Deus arrebatou uma geração de incrédulos da época. Por fim, Diocleciano mandou degolar o jovem e fiel discípulo de Jesus, em 23 de abril de 303. Logo, a devoção a “São” Jorge tornou-se popular. Celebrações e petições a imagens que o representavam se espalharam pelo Oriente e, depois das Cruzadas, tiveram grande entrada no Ocidente.

O início de sua popularidade ocorreu no auge da perseguição aos cristãos pelo imperador romano Deocleciano – final do século III, quando o ousado guerreiro passou a defender com muita fé o cristianismo. A imagem de São Jorge é representada por um jovem vestido com uma armadura, sentado em um cavalo branco com uma lança atravessando o dragão, pois o santo é imortalizado no “conto” em que mata um dragão. No tema deste ano em nossa Arquidiocese para essa festa, “Cavaleiro da Misericórdia”, nós recordamos os vários dragões que hoje existem e que é necessário, como Igreja, a empunharmos a espada da Palavra de Deus para eliminar do meio de nossa sociedade.

São Jorge, que é santo da Igreja Católica, traz, porém, um apreço de inúmeras pessoas e grupos que o têm em grande consideração. São Jorge é patrono da Inglaterra, Portugal, Geórgia, Catalunha, Aragão, Lituânia, da cidade de Moscou e de muitos outros locais e entidades. Quando recebi neste ano a visita do Patriarca de Moscou, Kiril, o presente que lhe dei foi justamente uma imagem de São Jorge, patrono de sua cidade. Muito venerado também em outros lugares, inclusive em todo o nosso Estado. Seu culto na Igreja, mesmo com poucos dados históricos, e mesmo com as dificuldades encontradas na comprovação das atas de seu sofrimento, remonta ao século V, e com as "cruzadas", através da "legenda dourada", o fizeram popular no Ocidente.

Os restos mortais de São Jorge foram transladados para Lida (ou Lod, antiga Dióspolis), que é uma cidade da região da atual Israel e foi onde teria residido sua mãe. Aí ele foi sepultado, e mais tarde o imperador cristão Constantino mandou erguer um suntuoso oratório aberto aos fiéis, para que a devoção ao santo fosse espalhada por todo o Oriente. Dessa maneira foi propagada a sua devoção por meio do seu belo testemunho de seguidor de Jesus e homem que deu a sua própria vida por Aquele que é a Suprema Verdade.

Neste dia em que milhares de pessoas se deslocam até as igrejas, capelas e oratórios de São Jorge para manifestar seu carinho e a busca de ver nesse homem de Deus um grande exemplo de vida e um intercessor junto a Deus, contemplemos a todos com os olhos da fé e oremos para que todos busquem a vida nova em Cristo.

Ao olhar para São Jorge possamos, a exemplo dele, lutar contra o dragão do mal para sermos vencedores nesta batalha contra os questionamentos da nossa fé. Que com a mesma coragem professemos esta nossa fé neste tempo de tantas questões e problemas, e que, com o coração aberto, vivamos como irmãos e irmãs que em Cristo se amam.

No seu dia, com grande devoção, quero pedir pela paz em nossa amada cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro e em nosso Estado. Que São Jorge nos ensine a dialogar permanentemente na defesa de nossa fé e na construção da paz. E que, pela intercessão de São Jorge, possam descer sobre as nossas vidas muitas bênçãos de Deus!"

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V Domingo da Páscoa: "Amai-vos uns aos outros"

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Cidade do Vaticano (RV) - O Evangelho de hoje é surpreendente enquanto nos diz qual o modo de ser de Jesus é diferente do modo de ser dos homens: é claro que já o sabemos, mas não nos acostumamos com isso.

 

Na história antiga, a vitória dos reis, dos generais, se manifestava na opressão sobre os vencidos. A entrada triunfal dos generais romanos, de Júlio César, por exemplo, e também dos de outros povos era a expressão maior da opressão. À frente de sua pessoa, no desfile, eram levados os troféus, objetos de valor, animais, tudo pilhado no butim. Mais horripilante era que no conjunto desses despojos estavam seres humanos, homens, mulheres, crianças, reis, príncipes, pessoas comuns, todos sendo arrastados como objetos a serem vendidos como escravos. A glória do comandante, a vitória do povo estava alicerçada na desgraça, na infame humilhação, no sangue, na morte de um povo.

Com Jesus é o contrário. Nos versículos 31 e 32 do Evangelho de hoje, nos fala que sua morte é sua glorificação e é na cruz que ele demonstrará seu amor por todos nós. Mais ainda, isso é dito após ele ter lavado os pés dos discípulos, de todos, inclusive de Judas que o irá trair. O Senhor não usa de retaliação para com Judas, ao contrário, lhe oferece mais uma oportunidade de se deixar tocar pelo amor.

Aproveitemos o momento e façamos uma reflexão sobre nosso testemunho de Jesus.

Como procedemos? Qual nossa visão de sucesso, de êxito? A quem parabenizamos? A quem é rico, inteligente, bonito, culto? A quem prontamente nos colocamos à disposição? Somente a quem tem algo a nos dar em troca?

Qual nossa relação para com os pobres, os velhos, os doentes, os aleijados, os marginalizados pela sociedade?

O Senhor termina o Evangelho de hoje dizendo: “Nisso todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros”.

Jesus nos propõe um modo de ser para criar o mundo novo, de amor, de respeito, de serviço.

A segunda leitura, tirada do livro do Apocalipse, que fala de um novo céu e uma nova terra, está falando exatamente dessa nova civilização onde uma nova ordem social é instaurada, a ordem do amor, da fraternidade.

Por isso, “a morte não existirá mais”, não haverá mais violência, nem tripúdio do mais forte sobre o mais fraco, mas será a vitória da misericórdia. Então ouviremos: “Eis que faço novas todas as coisas”! Sejamos esses homens e mulheres novos, construtores de uma nova sociedade alicerçada no amor. (Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para o V Domingo da Páscoa)

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Atualidades



Coleta para a Ucrânia: consolar e curar fiéis feridos

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Cidade do Vaticano (RV) – A Congregação para as Igrejas Orientais publicou uma nota na manhã de sexta-feira (22/04) em que comunica sua adesão ao apelo feito pelo Papa para a realização de um dia de sensibilização e coleta de ajudas, em toda a Europa, por todo o povo que sofre na Ucrânia. 

A Congregação convida todos a contribuírem, com generosidade, neste domingo, 24 de abril, para assegurar a assistência às pessoas em condição frágil e feridas na alma e no corpo pelas violências no país. Também se agradece a solidariedade material recebida por diferentes episcopados e agências de ajuda.

Este novo gesto de caridade que o Papa pediu às Igrejas da Europa deve despertar também a consciência da fraternidade que nos une aos irmãos e irmãs na Ucrânia, por vezes esquecidos – como em muitas outras situações atuais no mundo. “Que a proximidade de muitos seja como uma pequena lâmpada que reacende a esperança nos corações feridos, ajude os pastores das Igrejas cristãs a consolar e curar a dor de seus fiéis, incentive os políticos a promoverem o respeito do direito e a paz”.

O comunicado se encerra com a invocação à Mãe de Deus, ‘Porta da Misericórdia’, que velou na Praça São Pedro sobre a abertura do Ano Santo, para que proteja a Europa e inspire, com a sua oração, sentimentos de reconciliação e a nova capacidade de saber viver juntos, como irmãos.

(CM)

 

 

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