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Sumario del 25/04/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



"Que o tempo no cárcere seja experiência de crescimento"

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Cidade do Vaticano (RV) - “Não se fechem no passado; transformem-no em caminho de crescimento, de fé e de caridade. Deem a Deus a possibilidade de fazê-los brilhar através desta experiência”. É o que escreve o Papa em uma carta aos detentos do cárcere de Velletri, nas proximidades de Roma. A carta de Francisco é uma resposta à mensagem recebida pelo Bispo Dom Marcello Semeraro em sua visita à prisão, em 5 de março passado, quando celebrou uma missa. 

“Agradeço por pensarem em mim em meio às dificuldades da sua vida atual”, afirma o Papa. “Confesso que eu também muitas vezes penso em vocês e nas pessoas que vivem nas prisões. “É por isso que quando faço visitas pastorais, peço sempre – quando é possível – para encontrar irmãos e irmãs como vocês, que vivem uma liberdade com limites, para levar o meu carinho e a minha proximidade”.

“Vocês vivem uma experiência na qual o tempo parece estar parado, parece que não passa nunca, mas a dimensão real do tempo não é a do relógio. Estejam certos de que Deus nos ama pessoalmente; para Ele a sua idade e cultura não têm importância, nem mesmo o que vocês foram, as coisas que fizeram, as metas que alcançaram, os erros que cometeram, as pessoas que feriram”.

“Na história da Igreja, muitos chegaram à santidade através de experiências duras e difíceis”, conclui o Papa, fazendo um convite aos detentos: “Abram a porta de seu coração a Cristo e será Ele a reverter a sua situação”. 

O cárcere de Velletri foi construído em 1999 e abriga atualmente 505 detentos, em dois pavilhões.

(CM)

 

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Maria Voce: o Papa possui a força da palavra

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Cidade do Vaticano (RV) – “Foi a primeira vez de um Papa em uma Mariápolis e me veio em mente as muitas vezes que ouvi Chiara Lubich descrever o efeito que fazia nela a visita e as palavras de um bispo nas Mariápolis”. Assim a Presidente do Movimento dos Focolares, Maria Voce, comentou ao L’Osservatore Romano a visita surpresa que o Papa Francisco realizou na tarde de domingo à “Aldeia para a Terra”, evento organizado na Villa Borghese, em Roma, por ocasião do Dia da Terra Itália.

Chiara percebia nestas visitas “uma presença, uma unção” que as tornavam diferentes de quaisquer outra pessoa, mesmo  se fosse a de um teólogo ou de um santo. Assim, tinha a “percepção de que a ‘Cidade de Maria’ chegava ao seu cumprimento, tornando-se ‘Cidade Igreja’”. E isto “foi o que aconteceu, em plenitude – prossegue Maria Voce – com a visita surpresa do Papa Francisco à “Aldeia para a terra” na Villa Borghese, onde se realizava a Mariápolis de Roma, que porém não se limitava à capital. Assim, toda Mariápolis que se realiza e se realizará no mundo – e são centenas – se sentirá olhada e amada da mesma maneira”.

“Aquele seu falar espontâneo – sublinha – deixando de lado desde início as folhas, era como se dissesse: vocês conquistaram o meu coração e devo responder àquilo que vocês disseram de mim. E as suas palavras claras, luminosas, não eram somente o reconhecimento pelo compromisso e a ação de todos que falaram a ele, mas tinham o sabor de um programa para o futuro: nelas retornavam como ideia forte, o prodígio e a possibilidade de transformar o deserto em floresta”.

“Me causou forte impressão – observa ainda Maria Voce – a força com que disse, que aquilo que vale, é levar vida. Não fazer programas e permanecer engaiolados, mas ir de encontro à vida assim como ela é, com a sua desordem e os seus conflitos, sem medo, enfrentando os riscos e colhendo as oportunidades. Para reconhecer a realidade com o coração, é necessário aproximar-se. Acontecem assim os milagres: desertos, os mais variados, que se transformam em florestas. O Papa Francisco possui a força da palavra. As suas imagens não se apagam, nem da mente, nem do coração”. “Juntos entre os diferentes – acrescenta: pessoas, grupos, associações. O Pontífice repetiu isto muitas vezes porque nos leva em consideração”. (JE)

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"Amoris Laetitia" deve ser acolhida e colocada em prática, diz teólogo

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Cidade do Vaticano (RV) - “Diante de novos desdobramentos há sempre quem tenta diminuir o magistério da Igreja. Foi assim com o Concílio Vaticano II, quando se disse que, sendo um evento de natureza pastoral, não obrigava os fiéis a aceitar seus pronunciamentos. É o que se faz também hoje com o Papa Francisco, quando seu ensinamento resulta indigesto devido a seu estilo evangélico, como no caso da Amoris Laetitia”.

São palavras do professor ordinário de teologia fundamental na Pontifícia Universidade Lateranense, Pe. Giuseppe Lorizio, no debate sobre o valor magisterial da Exortação apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia do Papa Francisco, publicada em 8 de abril.

Pastoral inclui o doutrinal

“Deve-se, todavia,  dizer e reiterar – explica o teólogo – que se um documento ou um Concílio tem natureza ‘pastoral’ não é verdade que tenha menos valor do que textos ou pronunciamentos doutrinais.”

“Efetivamente, o pastoral inclui também a doutrina. Se a Igreja sentiu a necessidade de interrogar-se em dois Sínodos e de expressar o resultado deste trabalho num documento assinado pelo Papa, é também porque quer afirmar algo de diferente em relação a antes”, observa Pe. Lorizio.

Passos avante na pastoral

“A Amoris Laetitia tem exatamente o mesmo valor da Familiaris Consortio de São João Paulo II, publicada em 1981, que era também ela uma Exortação apostólica”, acrescenta Pe. Lorizio.

Do ponto de vista doutrinal, o texto de Francisco não faz outra coisa senão repropor a ideia do matrimônio que a Revelação nos propõe. Ao invés, do ponto de vista pastoral, dá passos avante. Mas o fato de a palavra exortação ser acompanhada do termo ‘apostólica’ nos faz entender que são documentos do magistério ordenado do bispo de Roma e do Sínodo e, por conseguinte, os fiéis, em boa fé, não podem deixar de acolhê-los e buscar colocá-los em prática”.

Não há novos dogmas

“O magistério infalível do Papa requer um pronunciamento ‘ex-cathedra’ de tipo dogmático e, certamente, este não é o caso. Mas, por outro lado, a Amoris Laetitia deve ser acolhida com o espírito de confiança que deve caracterizar todo e qualquer fiel em relação aos pastores da Igreja”, pondera o especialista em teologia fundamental. (RL)

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Card. Turkson em Lusaka: economia sustentável contra a fome

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Lusaka (RV) – Para responder aos desafios da fome e da desnutrição num mundo que desperdiça 40% dos seus alimentos, só a tecnologia não é suficiente: é preciso apostar numa economia sustentável. Foi o que afirmou o Card. Peter Turkson, participando na manhã desta segunda-feira (25/04) de uma Conferência sobre o impacto ambiental da agricultura e da atividade extrativista em Lusaka, na Zâmbia. 

Proteger a Criação

O Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz foi convidado para apresentar aos participantes a “Laudato sì.” O encontro, organizado pela Conferência Episcopal Zambiana (ZEC), tem a finalidade conscientizar sobre a importância da ecologia humana e da proteção da Criação, como indicado na Encíclica do Papa Francisco sobre o cuidado da casa comum. 

Ajudar os pequenos produtores

Em seu pronunciamento, depois de explicar os pontos salientes do documento pontifício, o Card. Turkson chamou em causa os novos métodos e técnicas de produção para aumentar as colheitas agrícolas em curto prazo. Métodos – evidenciou – que desencadeiam um círculo vicioso: o esgotamento dos recursos naturais que reduz a produtividade que, por sua vez, leva a subtrair ainda mais recursos à natureza. Segundo o Presidente de Justiça e Paz, ao invés, é necessário que o mundo aposte na sustentabilidade, que se promove com medidas de financiamento de pequenos produtores e com uma produção diversificada.

A responsabilidade das indústrias extrativistas

A atividade extrativista, prosseguiu o Cardeal ganês, também agride o meio ambiente e é um exemplo ainda mais grave daquela “dívida ecológica” de poluição e desestabilização social e econômica deixada pelas indústrias estrangeiras nos países produtores de matérias-primas. “Quem explora as minas tem o dever de compartilhar os recursos naturais com as populações locais e cuidar das mesmas”, afirmou.

Herança às futuras gerações

O Card. Turkson concluiu citando o Papa Francesco: “Nem tudo está perdido, porque os seres humanos, capazes de se degradar até o extremo, podem também se superar, voltar a escolher o bem e se regenerar”. E faz um apelo: “Recebemos este mundo como um jardim, não deixemos como herança aos nossos filhos e às futuras gerações uma terra selvagem”.  (BF)

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Igreja na América Latina



Bolívia: Corpus Christi será ocasião para viver as Obras de Misericórdia

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Santa Cruz de la Sierra (RV) - A Solenidade de Corpus Christi no próximo 26 de maio será vivida de forma especial na Arquidiocese de Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, já que a jurisdição eclesial busca promover para esta data as Obras de Misericórdia. Foi o que anunciou a mesma Arquidiocese através de uma nota à imprensa difundida em seu site.

Segundo o comunicado, a Arquidiocese celebrará a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo em união com o pedido que fez o Santo Padre Francisco ao convocar o Ano Santo da Misericórdia, quando pediu para a refletir sobre as Obras de Misericórdia corporais e espirituais.

Como já é tradição na Arquidiocese, a Solenidade será realizada no estádio Ramón Tahuichi Aguilera, onde terá lugar a procissão com o Santíssimo Sacramento e se celebrará a Santa Missa. A comissão organizadora da solenidade já está realizando os preparativos da festa Eucarística, uma das mais significativas e coloridas da Arquidiocese.

“Unidos pelo pão da Misericórdia”, será o tema do evento, para assim “manifestar a centralidade de Cristo como pão de Misericórdia que se dá em alimento na eucaristia a todo o seu povo”, explicam os organizadores.

Redescobrir as Obras de Misericórdia

O próprio Santo Padre na Bula "Misericordiae Vultus", com a qual convocou o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, assinalou que é seu vivo desejo que durante este ano os fiéis cristãos reflitam e coloquem em prática as 14 obras de misericórdia.

“Será um modo para despertar nossa consciência, muitas vezes anestesiada diante do drama da pobreza, e para entrar ainda mais no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina. A pregação de Jesus nos apresenta estas obras de misericórdia para que possamos nos dar conta se vivemos ou não como seus discípulos”, escreve o Papa Francisco.

O Pontífice, no mesmo documento, também faz um convite: “Redescubramos as obras de misericórdia corporais: dar de comer ao faminto, dar de beber ao sedento, vestir quem está nu, acolher o forasteiro, assistir os enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos. E não esqueçamos as obras de misericórdia espirituais: dar conselho a quem necessita, ensinar a quem não sabe, corrigir quem erra, consolar o triste, perdoar as ofensas, suportar com paciência as fraquezas do próximo, rogar a Deus pelos vivos e pelos mortos”.

De acordo com o Catecismo da Igreja Católica, as Obras de Misericórdia “são ações caritativas mediante as quais ajudamos o nosso próximo em suas necessidades corporais e espirituais”.

Entre as obras corporais, como se sublinha no mesmo documento, a esmola que se dá aos pobres “é um dos principais testemunhos da caridade fraterna; é também uma prática de justiça que agrada a Deus”. (SP)

 

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Igreja chilena celebra Dia nacional do catequista: misericórdia e alegria

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Santiago (RV) - “Pratique a misericórdia ensinando com alegria”: este foi o tema escolhido pela Conferência Episcopal do Chile (CEI) para o “Dia nacional do catequista”, que será celebrado no sábado, 7 de maio. 

Em mensagem para a ocasião, afirma o presidente da Comissão Episcopal para a Catequese, Dom Cristián Caro Cordero, os bispos chilenos ressaltam que “neste Ano jubilar da misericórdia” é importante recordar “o grande serviço eclesial dos catequistas como um testemunho concreto da misericórdia do Pai com a humanidade”.

Mostrar a ternura de Deus Pai para com todos os seus filhos

Daí, o convite a “testemunhar que o serviço dos catequistas é um testemunho vivo da misericórdia de Deus”. Em seguida, Dom Caro Cordero atém-se sobre o tema escolhido para o Dia do catequista e explica que ele “parafraseia o texto da Carta de São Paulo aos Romanos”, 12,8, em que o Apóstolo dos gentios escreve: “Aquele que exerce misericórdia, que o faça com alegria”.

Nesta ótica, a Igreja chilena convida os catequistas a “mostrar, com seu testemunho e seu ensinamento, a ternura do Pai para com cada um de seus filhos, assim como muitos catequistas que nos precederam fizeram para conosco”. (RL)

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Igreja no Mundo



Bartolomeu I quer esclarecimentos de Erdogan sobre expropriações

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Istambul (RV) – O Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, pretende encontrar o Presidente turco Tayyip Erdogan para tratar do status do Patriarcado, mas sobretudo, para pedir esclarecimentos sobre os recentes episódios envolvendo a legislação sobre a restituição de bens da Igreja desapropriados  ilegalmente no passado.

Relações vivem momento crítico

Durante uma coletiva de imprensa, realizada na sede do Patriarcado Ecumênico, o Patriarca ressaltou que as relações entre as autoridades turcas e as minorias religiosas estão vivendo novamente um momento crítico, e voltou a levantar a questão do Instituto Teológico patriarcal de Halki, proibido de realizar qualquer atividade de formação teológica há 45 anos.

Audiência com Erdogan

Os muitos anúncios que circularam nos últimos anos, mesmo por parte de representantes turcos, sobre uma possível, iminente reabertura da instituição acadêmica patriarcal, não evoluíram para fatos concretos. Segundo fontes locais – consultadas pela Agência Fides – o Patriarca Bartolomeu anunciou o envio de uma carta a Erdogan, solicitando uma audiência - o que deverá ocorrer provavelmente até o mês de maio – para tratar diretamente com o Presidente turco a questão envolvendo a Escola de Halki e diversos problemas pertinentes às minorias religiosas no país.

Ações do governos

“Nos últimos tempos – sublinhou na mesma ocasião o ex-membro do Conselho para as fundações religiosas, Laki Vingas – foram abertos processos pedindo o cancelamento dos títulos de propriedades, e esta situação nos preocupa”. A trazer inquietação, foi sobretudo a operação desencadeada por instituições estatais turcas, que nos últimos tempos entraram com uma ação contra o Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, para anular os atos jurídicos com os quais alguns terrenos voltariam para a Sede patriarcal ortodoxa, e em relação às leis que dispõe a restituição às comunidades religiosas minoritárias de bens deles sequestrados no passado pelas autoridades turcas.

Expropriação de terrenos

A ação impetrada por instituições de Ancara, visa em particular, expropriar novamente o Patriarcado Ecumênico de um terreno de cerca 40 hectares em Goksu, e outra área em Umit Tepesi, que nos últimos anos foi destinada precisamente ao Instituto de teologia ortodoxa de Halki.

A administração estatal abriu o processo para pedir que estes bens imobiliários retornem ao Tesouro. A iniciativa processual se configura como mais um dos tantos casos de opressão por via jurídico-administrativa por parte das instituições turcas em contra o Patriarcado ecumênico de Constantinopla. (JE)

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Moçambique: bispos promovem dia de oração pela paz

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Maputo (RV) - A Conferência Episcopal Moçambicana (CEM) promove no domingo, 22 de maio, Solenidade da  Santíssima Trindade, um dia oração pela paz.
 
A decisão dos bispos foi divulgada no comunicado final da assembleia plenária, concluída há pouco. No documento, os prelados pedem que as coletas realizadas em 22 de maio sejam destinadas à Caritas a fim de que ajude a população. 

Crise política

Há muito tempo, Moçambique se encontra numa situação difícil por causa da grave crise política entre a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), atual partido no poder, e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), ex movimento de guerrilha, que se tornou o partido principal da oposição. 

Por causa dos combates entre os dois lados, muitos habitantes de Moçambique se refugiaram no confim com o Maláui. “Renovamos a nossa solidariedade a todos os moçambicanos que continuam sofrendo por causa desse clima de guerra”, escrevem os bispos na nota. “Como Igreja, não estamos ligados a nenhum partido político, mas estamos a favor das pessoas, especialmente as mais pobres, as mais afetadas por esta guerra absurda”, afirmam.

Caminho da paz

Reiterando o desejo de “buscar juntos o caminho da paz”, os bispos moçambicanos “pedem o cessar-fogo e um diálogo eficaz entre as partes que envolva também a sociedade civil”. Nessa ótica, o Governo e a oposição são impelidos a “colocar em prática medidas concretas para por fim às hostilidades e permitir a retomada da vida normal do país que se encontra semiparalisado”.

A Conferência Episcopal Moçambicana recorda a situação dramática do desenvolvimento local: “Nenhum investimento, nenhuma ajuda de outros países, enfraquecimento constante do turismo, falta de segurança nos movimentos, 36 mil crianças e jovens sem acesso à escola, 11 mil moçambicanos refugiados no Maláui, e a queda da economia.”  “Aonde querem chegar?” É a pergunta inquietadora feita pelos bispos.
 
Diálogo e reconciliação

Diálogo e reconciliação nacional são os instrumentos sugeridos pela Igreja para a promoção da paz, com o desejo de que seja realmente implementado o acordo de paz assinado, em Roma, em 1992, entre o Governo e a Resistência Nacional Moçambicana.
 
“As guerras do passado custaram a vida a mais de um milhão de pessoas. Guerra, nunca mais! Em nome de Deus trabalhemos pela paz”, concluem os bispos que confiam o povo moçambicano à Virgem Maria, Rainha da paz. (MJ) 

 

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Zâmbia: Igreja condena violência xenófoba e apela à paz

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Lusaka (RV) - Uma forte condenação das violências xenófobas e um forte apelo à paz: assim a Conferência Episcopal da Zâmbia (ZEC) comenta os confrontos ocorridos nos últimos dias na capital, Lusaka. Pelo menos 62 lojas pertencentes a pessoas ruandesas foram saqueadas durante os motins que afetaram nove distritos entre os mais pobres da cidade.

Crimes rituais na origem das violências

As desordens começaram precedentemente, quando entre a população local se espalhou a notícia de que os ruandeses estavam envolvidos em alguns crimes rituais que ocorreram na cidade. Nas últimas semanas, de fato, pelo menos sete pessoas foram mortas, e partes de seus corpos foram removidos como amuletos, especialmente no campo dos negócios. A polícia local prendeu mais de 250 pessoas, mas a atmosfera continua tensa.

Promover a cultura da paz

“Condenamos qualquer forma de violência, seja assassinato, vandalismo ou destruição de propriedade alheia”, disse em uma entrevista à agência católica Canaã, Padre Cleophas Lungu, Secretário Geral da Zec. “Pedimos esforços conjuntos para promover uma cultura da paz”. Por sua vez, “a Igreja - disse o sacerdote - estará sempre pronta para realizar atos de misericórdia e de caridade, como já ocorreu após o genocídio em Ruanda, em 1994, quando a Igreja na Zâmbia acolheu muitos seminaristas ruandeses que não puderam completar a sua formação na sua pátria”.

Derrubar os muros do ódio e acolher os estrangeiros

Portanto, continua Padre Lungu, “exortamos a população a imitar o Papa Francisco derrubando os mutos do ódio que levam à violência, evitando a filosofia da indiferença e acolhendo os estrangeiros na sociedade, nas famílias e nas comunidades cristãs”. Por outro lado, a Conferência Episcopal da Zâmbia sublinha que “não se pode ignorar o impacto que os altos níveis de pobreza, desemprego e custo de matérias-primas” têm sobre o povo. Tudo isso, naturalmente “não justifica o comportamento violento”, mas recorda a necessidade de “encontrar soluções sustentáveis para os atuais desafios sociais e económicos”.

Autoridades civis façam o possível para acabar com os conflitos

Tendo também em vista o Jubileu da Misericórdia, o Secretário Geral dos bispos recorda a acolhida oferecida pela Igreja da Zâmbia aos estrangeiros: “uma paróquia, por exemplo, já recebeu mais de 50 vítimas de xenofobia e numerosos fiéis e pessoas de boa vontade ofereceram a elas comida e roupas”. Daí, o apelo final às autoridades civis para que sejam “mais ativas e façam todo o possível para pôr fim a tais tendências” xenófobas. (SP)

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Card. Tagle: um ano após terremoto no Nepal para dar impulso à esperança

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Katmandu (RV) - Um ano após o violentíssimo terremoto de magnitude 7,9 graus na escala Richter, que em 25 de abril de 2015 sacudiu o Nepal deixando um pesado balanço de mais de nove mil mortos e danificou as habitações de oito milhões de nepaleses, uma delegação da Caritas Internacional se reúne no país do centro-sul da Ásia para dar um sinal de esperança e solidariedade.

Neste um ano o organismo caritativo ajudou mais de um milhão de pessoas, mas ainda há muito a ser feito, ao tempo em que a fase de reconstrução encontra dificuldades para ter início, como afirma o Relatório da Caritas italiana.

A Rádio Vaticano entrevistou por telefone o presidente da Caritas Internacional, o cardeal filipino Luis Antonio Tagle, que se encontra no Nepal. Eis o que disse:

Card. Luis Antonio Tagle:- “Esta reunião da Caritas Internacional é uma manifestação de solidariedade aos vários membros e organizações da Caritas que estão aqui representados. Aquece o coração ver tantas pessoas de todas as partes do mundo que vieram aqui para manifestar sua solidariedade e dar esperança. Do aeroporto até aqui vi muitos sinais de sofrimento, porém, vi também nesta reunião pessoas que colaboram, que dão muita alegria e muita esperança. Esta é a Caritas, o coração da Igreja.”

RV: O que a Caritas Internacional e as outras Caritas estão fazendo para ajudar a incrementar esta esperança dos nepaleses, após o terremoto?

Card. Luis Antonio Tagle:- “Um movimento de solidariedade baseado somente no amor: não há outro motivo que o amor. E esses atos de amor sem autorreferencialidade dão esperança à humanidade, especialmente àqueles que sofrem. E a esperança vem do encontro humano, vem do amor sincero. E cremos que esta reunião dará um impulso de esperança não somente ao povo nepalês, mas ao mundo inteiro.” (RL)

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Arcebispo emérito de Milão hospeda refugiados em Vila

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco trouxe ao Vaticano vinte sírios de Lesbo, o Cardeal Dionigi Tettamanzi acolheu em sua casa vinte nigerianos. E os hospeda na grande e suntuosa Vila Sacro Cuore, na cidade de Triuggio. O cardeal mora nesta residência do século XIX com outros sacerdotes, em retiro espiritual depois de dez anos como arcebispo de Milão e outros em Genova e Osimo, também no norte da Itália. Aos 82 anos, colabora ainda com comissões sobre família e bioética e participa das atividades do centro espiritual que recebe peregrinos e encontros de meditação e oração. 

Refugiados muçulmanos

“Nossos vinte refugiados são quase todos muçulmanos e alguns cristãos metodistas. Eles se adaptaram muito bem com a vida aqui do centro espiritual”, conta Pe. Luigi Bandera, diretor da Vila e colaborador do cardeal. “Decidimos acolhê-los depois do apelo do Pontífice e do cardeal de Milão, Angelo Scola, que se dirigiram às paróquias e aos centros religiosos convidando-os a abrir suas portas aos migrantes. Nós o fizemos, já há várias semanas, e está tudo correndo muito bem”.

Os refugiados são todos homens de 18 a 47 anos, moram nos apartamentos na faixada oeste da Vila, no alto de uma colina verde. Em Triuggio, os requerentes de asilo dão uma mão aos religiosos e colaboram voluntariamente na limpeza, mantendo em ordem a Vila, que tem centenas de anos. Sendo monumento histórico vinculado às Belas Artes, há muitos frescos, estátuas, um grande jardim, quadros e outras obras de arte de preciosas dentro da igreja, aonde o Cardeal Tettamanzi costuma celebrar.

À espera do asilo

Os migrantes não são pagos porque seu visto de residência não permite, até receberem o asilo. A Prefeitura de Monza providencia as pequenas despesas, com uma cota de 80 euros mensais, a moradia e as refeições. A Caritas, com seus voluntários, oferece aulas de italiano, orientação profissional e a possibilidade de visitar realidades artesanais da área. A esperança é que quando o asilo for aceito, os migrantes possam trabalhar em empresas do território. 

(CM)

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Formação



Jovem supera obstáculos e cria Pastoral Brasileira Argentina

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Cidade do Vaticano (RV) - Manter a fé e levar um pouco da alegria brasileira à Igreja na Argentina. Com essa missão, a Pastoral Brasileira na Argentina ganhou vida em Rosário. A cidade é meta para muitos estudantes brasileiros que buscam as faculdades de medicina na capital da província de Santa Fé, hoje casa para cerca de 6 mil brasileiros. 

Entre eles está Samuell Oliveira Martins. Ele que, a partir de uma percepção desafiadora, resolveu enfrentar os temores para fundar a Pastoral Brasileira na Argentina.

"A faculdade aqui está muito desviada daquilo que é o caminho de Deus. A Igreja não pode entrar na faculdade porque dentro da faculdade tem uma ideologia muito forte, marxista, de esquerda. Então, tive o desejo de criar um grupo de oração, primeiro com os brasileiros - porque a gente se entende. A Igreja na Argentina é um pouco fechada e não é tão alegre quanto no Brasil". (rb) 

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Espírito cristão de partilha, reflexão e busca da vontade de Deus

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, a edição de hoje do quadro “O Brasil na Missão Continental” prossegue trazendo as considerações do bispo de Campina Grande, Dom Manoel Delson Pedreira da Cruz, religioso franciscano Capuchinho, desde 2012 à frente desta Igreja particular da Paraíba.

Na edição passada, atendo-se ao apelo a uma “conversão pastoral” proposta pela Conferência de Aparecida, Dom Manoel Delson falou-nos que é preciso sair de nós mesmos, sair de nossa rotina de uma pastoral de manutenção apenas aos fiéis que vêm à igreja, para irmos ao encontro das pessoas. 

Nesta edição, tratando do tema da paróquia como comunidade de comunidades, ele nos diz que “somos Igreja enquanto somos comunidades e na comunidade nossa fé é alimentada, ela cresce”.

Procuramos fortalecer as comunidades e fazer com que se crie um espírito cristão, de partilha, de reflexão, de busca da vontade de Deus, afirma o bispo de Campina Grande, acrescentando que diante das dificuldades e dos desafios, sabemos que é na vivência da comunidade que a Igreja vai se descobrindo como Igreja e descobrindo os valores que formam a identidade do cristão. “Somos Igreja enquanto comunidade de fé”, reitera. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Atualidades



Existem rebeldes “moderados” no Oriente Médio? Missionário responde

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Bagdá (RV) - O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, causou controvérsia ao referir-se a alguns grupos rebeldes na Síria como “moderados”, em fevereiro deste ano. Mas, existem tropas semelhantes? Um sacerdote missionário no Oriente Médio responde a esta pergunta.

A Síria vive uma guerra civil desde 2011, com uma série de grupos rebeldes que tentam derrocar o presidente do país, Bashar al-Assad. Uma destas tropas é a do Estado Islâmico (ISIS), acusado recentemente pelos Estados Unidos de cometer genocídio contra cristãos e outras minorias religiosas na região.

A imprensa estadunidense indicou repetidamente que o governo de Obama e seus aliados apoiam os grupos rebeldes na Síria com armas e outros recursos de guerra. Padre Luis Montes, missionário do Instituto do Verbo Encarnado (IVE) no Iraque, país que junto à Síria sofre a violência do Estado Islâmico, assegurou que na região não existe algo como “rebeldes moderados”.

Em declarações ao Grupo ACI, o Pe. Montes pediu prestar atenção às declarações dos bispos católicos sírios. “Os bispos da Síria respondem que ‘não há rebeldes moderados, deixem de mandar armas aos rebeldes moderados caso existam’”. Se alguma vez existiram grupos com essas características, uniram-se “aos grupos extremistas por violência ou foram comprados”, assinalou. “Não existem rebeldes moderados. Se você escutasse um rebelde moderado, não poderia acreditar no que esse tipo de gente pensa”, disse o missionário.

Ocidente está cego

“Há uma cegueira no ocidente, nas pessoas normais que não conhecem” o que ocorre no Oriente Médio, lamentou o sacerdote missionário.

Entretanto, o Pe. Montes denunciou que esta cegueira é alimentada pelo “ocultamento e por mentiras de poderosos, sem perceberem o que de verdade está ocorrendo”. (SP-ACI)

 

 

 

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