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Sumario del 26/04/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Entrevistas

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: clericalismo anula personalidade dos cristãos e diminui graça batismal

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Cidade do Vaticano (RV) - “A Igreja não é uma elite de sacerdotes” e o Espírito Santo “não é ‘propriedade’ exclusiva da hierarquia eclesial”, que deve sempre “encorajar” e “estimular” os esforços que os leigos fazem para testemunhar o Evangelho na sociedade. 

São palavras do Papa Francisco, o qual, com uma carta ao presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL), Cardeal Marc Ouellet, quis contribuir para o trabalho realizado no início de março pelo organismo a propósito do “indispensável engajamento dos leigos na vida pública” dos países latino-americanos.

“Jamais deve ser o pastor a dizer ao leigo aquilo que deve fazer e dizer, ele o sabe tanto quanto e melhor do que nós. Não é o pastor que deve estabelecer aquilo que os fiéis devem dizer nos vários âmbitos.”

Como lhe é habitual, o Papa Francisco é claro ao reafirmar onde se encontra o ponto de equilíbrio da relação padre-leigo cristão e no evidenciar as “tentações” do clero que, por vezes alterando este equilíbrio, induzem a erros e alimentam derivas.

Na carta ao Cardeal Ouellet, o Santo Padre fala acerca dos leigos latino-americanos, embora o valor de suas considerações seja claramente universal. Uma das “maiores deformações” da relação sacerdote-leigo, denuncia, é o “clericalismo” que, de um lado, anulando “a personalidade dos cristãos” e diminuindo “a graça batismal”, acaba, de outro lado, por gerar uma espécie de “elite laical”, na qual os leigos engajados são “somente aqueles que trabalham em coisas ‘dos padres’”.

Sem nos dar conta, insiste, “esquecemos, negligenciando-o, o fiel que muitas vezes consome sua esperança na luta cotidiana para viver a fé”. E essas são “as situações que o clericalismo não consegue ver, porque está mais preocupado em dominar espaços do que em gerar processos”.

Ao invés, ressalta Francisco, jamais se deve esquecer que a “nossa primeira e fundamental consagração tem suas raízes em nosso Batismo. Ninguém foi batizado padre nem bispo. Fomos batizados leigos e é o sinal indelével que ninguém jamais poderá eliminar”.

Ademais, estar no meio do rebanho, no meio do povo: ouvir seus palpites, confiar na “memória” e no “faro” deles, na certeza de que o Espírito Santo age neles e com eles, e que este “Espírito não é  ‘propriedade’ exclusiva da hierarquia eclesial”.

O Pontífice observa que isso “nos salva” de certos slogans que “são frases bonitas, mas que não conseguem alimentar a vida de nossas comunidades”. Por exemplo, diz o Papa, recordo “a famosa frase: ‘é a hora dos leigos’, mas parece que o relógio parou”.

“A Igreja não é uma elite de sacerdotes, de consagrados, de bispos”, mas “todos formamos o Santo Povo fiel de Deus” e portanto, escreve, “o fato que os leigos estejam trabalhando na vida pública” significa para bispos e sacerdotes “buscar o modo para poder encorajar, acompanhar” todas “as tentativas e os esforços que hoje já são feitos para manter vivas a esperança e a fé num mundo repleto de contradições, especialmente para os mais pobres, especialmente com os mais pobres”.

“Significa, como pastores, empenhar-nos em meio ao nosso povo e, com o nosso povo, sustentar a fé e a esperança deles”, promovendo “a caridade e a fraternidade, o desejo do bem, da verdade e da justiça”.

“É ilógico, e até mesmo impossível – ressalta o Bispo de Roma – pensar que nós, como pastores, devemos ter o monopólio das soluções para os múltiplos desafios que a vida contemporânea nos apresenta.”

“Não se podem dar diretrizes gerais para organizar o povo de Deus no seio da sua vida pública.” Pelo contrário, indica, “devemos estar ao lado do nosso povo, acompanhando-o em suas buscas e estimulando aquela imaginação capaz de responder à problemática atual”.

Por sua “realidade” e “identidade”, porque “imerso no coração da vida social, pública e política”, devemos reconhecer que o leigo precisa de novas formas de organização e de celebração da fé”, acrescenta Francisco.

O clericalismo que pilota, uniformiza, fabrica “mundos e espaços cristãos” deve ser contrastado pelo cuidado da “pastoral popular”, típico da América Latina, porque, “se bem orientada”, é “rica de valores”, de uma “sede genuína” de Deus, de “paciência”, de “sentido da cruz na vida diária, de “dedicação” e capaz de “generosidade e sacrifício até o heroísmo”.

“Em nosso povo – recorda Francisco – nos é pedido para conservar duas memórias. A memória de Jesus Cristo e a memória dos nossos antepassados.” “Perder a memória é desarraigar-nos do lugar de onde viemos e, por conseguinte, não saber nem mesmo para onde vamos.”

Quando “desarraigamos um leigo de sua fé, da fé de suas origens; quando o desarraigamos do Santo Povo fiel de Deus, o desarraigamos da sua identidade batismal e desse modo o privamos da graça do Espírito Santo”.

“Nosso papel, nossa alegria, a alegria do pastor – acrescenta o Papa – está propriamente no ajudar e no estimular, como fizeram muitos antes de nós, mães, avós e pais, os verdadeiros protagonistas da história.”

“Não por uma nossa concessão de boa vontade, mas por direito e estatuto próprio. Os leigos são parte do Santo Povo fiel de Deus e, portanto, são os protagonistas da Igreja e do mundo; somos chamados a servi-los, não a servir-nos deles”, conclui Francisco. (RL)

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Papa nomeia novo Arcebispo de Havana. Ele substitui ao Card. Ortega

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco aceitou a renúncia ao governo pastoral da Arquidiocese de San Cristóbal de La Habana, apresentada pelo Cardeal Jaime Lucas Ortega y Alamino, por limite de idade. Ele será sucedido por Dom Juan de la Caridad García Rodríguez, até agora Arcebispo da Diocese cubana de Camagüey.

O Cardeal Ortega foi um verdadeiro protagonista da Igreja cubana. Estava à frente da Arquidiocese de Havana por 35 anos. Completará 80 anos em 16 de outubro próximo, ou seja, permaneceu no cargo quase cinco anos além do limite dos 75 anos. Teve o privilégio de acolher três Papas na Ilha como Arcebispo de Havana: João Paulo II, Bento XVI e Francisco. Viveu anos difíceis: como sacerdote foi internado em um campo de trabalhos forçados em 1966, sem nunca renunciar ao espírito de diálogo, dando a sua contribuição a retomada de relações entre Cuba e Estados Unidos. Promoveu o compromisso dos católicos, sobretudo dos jovens, em um tempo em que a Igreja tinhas poucas possibilidades de movimento. Criou novas paróquias, reconstruiu mais de quarenta igrejas, criou a Caritas cubana e trabalho pelas vocações ao sacerdócio. O boletim mensal diocesano «Aquí la Iglesia», por ele promovido, foi um dos primeiros informativos católicos da era castrista.

O novo Arcebispo, Dom García Rodríguez, nasceu em Camagüey em 11 de julho de 1948. Realizou os estudos filosóficos e teológicos no Seminário de "San Basilio de El Cobre" e no Seminário Maior "San Carlos y San Ambrosio" de Havana. Foi ordenado sacerdote em 25 de janeiro de 1972. Exerceu inicialmente o ministério sacerdotal na Paróquia de Morón e na de  Ciego de Avila. Foi pároco

De Jatibonico e de Morón e Vigário para a Pastoral do então Vicariato de de Ciego-Morón. Em 1989 foi nomeado Pároco de Florida. Foi também fundador e Diretor da Escola para missionários da Diocese de  Camagüey. Foi nomeado Bispo titular de Gummi di Proconsolare e Auxiliar de Camagüey em 15 março 1997. Em 10 de junho foi nomeado Arcebispo de Camagüey.

Também nesta terça-feira, 26, o Papa aceitou a renúncia do Bispo Auxiliar da Arquidiocese de San Cristóbal de La Habana, apresentada por Dom Alfredo Víctor Petit Vergel, por limite de idade. (JE)

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Papa presidirá Vigília de Oração "Para enxugar as lágrimas"

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Cidade do Vaticano (RV) – Enxugar os rostos banhados por lágrimas de um sofrimento físico ou espiritual, trazendo consolação e esperança. Este é o objetivo da Vigília de Oração "Para enxugar as lágrimas”, a ser presidida pelo Papa Francisco no dia 5 de maio na Basílica de São Pedro. O evento será retransmitido pela Rádio Vaticano, com comentários em português, a partir das 12h50min, horário de Brasília. 

O evento jubilar quer ser sinal visível da misericórdia do Pai, que estende suas mãos para enxugar as lágrimas de uma mãe ou de um pai que perderam um filho, de um filho que perdeu um pai, de quem enfrenta uma doença ou perdeu o trabalho ou não encontra algum, de quem vive situações de discórdia na família e de quem sente solidão porque tem idade avançada, de quem sofre um desconforto existencial, de quem sofreu algum tipo de injustiça, de quem perdeu o sentido da própria vida ou não consegue encontrar algum. São tantos, e de todos os tipos, os pequenos ou grandes sofrimentos que cada um traz dentro de si, mas todos certamente têm em comum um “desgaste” no viver e, frequentemente, da falta de esperança e de confiança.

Consolar os aflitos, uma das sete obras de misericórdia espiritual, é o coração deste grande evento jubilar, voltado a todos, mas em particular àqueles que sentem no fundo da alma a necessidade de uma palavra que traga apoio, força e consolação.

Por ocasião da vigília será exposto para a veneração dos fieis na Basílica de São Pedro o relicário de Nossa Senhora das Lágrimas de Siracusa, ligado ao prodigioso fenômeno ocorrido em 29 de agosto e em 1º de setembro de 1953, quando um trabalho em gesso, representando o Coração Imaculado de Maria, colocado sobre o leito matrimonial, na casa de um jovem casal de esposos - Angelo Iannuso e Antonina Giusto – derramou lágrimas humanas. O relicário contém parte das lágrimas brotadas milagrosamente da imagem de Nossa Senhora.

As lágrimas de Maria são sinal do amor materno e da participação da Mãe nos acontecimentos que envolvem a vida de seus filhos. Por esta razão, elas estarão na Basílica durante a Vigília, como que para encorajar, consolar, guiar aqueles que passam por provações, a entregarem-se a Virgem Maria ser reservas e com a confiança de filhos, precisamente no mês a ela dedicado.

Os bilhetes de ingresso podem ser retirados – de forma gratuita – no Centro de Acolhida de Peregrinos na Via da Conciliação, n. 7. Maiores informações no site do Jubileu da Misericórdia. (JE)

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Compromisso da Santa Sé com revisão financeira permanece prioritário

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Cidade do Vaticano (RV) – A suspensão das atividades de revisão dos balanços vaticanos confiada à PricewaterhouseCoopers (PwC) “não deve-se à considerações sobre a integridade ou à qualidade de trabalho iniciado pela PwC, tanto menos à vontade de um ou mais organismos da Santa Sé de bloquear as reformas em andamento”.

Foi o que afirmou um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, que precisa que “surgiram elementos que dizem respeito ao significado e ao alcance de algumas cláusulas do contrato e as suas modalidades de execução. Tais elementos serão submetidos aos necessários aprofundamentos. A decisão de proceder deste modo foi tomada após apropriadas consultas entre as instância competentes e com especialistas na matéria”.

“Auspicia-se que tal fase de reflexão e de estudo – continua a nota - possa desenvolver-se em um clima de serenidade e de colaboração. O compromisso de uma adequada atividade de revisão econômico-financeira pela Santa Sé e pelo Estado da Cidade do Vaticano permanece como prioritário”. (JE)

 

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Medicina Regenerativa reunirá especialistas no Vaticano

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Cidade do Vaticano (RV) – “O progresso da medicina regenerativa e o seu impacto cultural”. Este é o tema da III Conferência Internacional sobre o tema a ter lugar no Vaticano, de 28 a 30 de abril. A abordagem do encontro será interdisciplinar: o objetivo é o diálogo sem preconceitos sobre pesquisa celular, medicina, tecnologia, fé e cultura para responder da melhor forma às exigências de cura e de esperança aos doentes. O foco principal dos das conferências e debates será a cura de doenças raras. A organização do encontro é de responsabilidade do Pontifício Conselho da Cultura e diversas parcerias, entre as quais a Fundação “Stem for life”. Na sexta-feira, os participantes serão recebidos pelo Papa Francisco.

O contexto no qual se realiza o encontro no Vaticano é o prosseguimento do diálogo entre ciência e fé, chegado a duas consciências - sublinha o Cardeal Gianfranco Ravasi, Presidente do dicastério vaticano – ou seja, que o conhecimento humano não se esgota no mero conhecimento científico e que, para explicar a criatura humana, é necessária também a contribuição da psicologia, da filosofia e da espiritualidade:

“Este encontro torna-se realmente um convite para recordar que a medicina não é somente – não obstante o título – uma questão celular, biológica. É uma questão cultural, antropológica”.

O acento, portanto, será dialógico, a temática científica. No centro, as doenças raras, cerca de seis mil no mundo, e as condições debilitantes dos pacientes afetados, cerca de 300 milhões, considerando as suas famílias. “Uma emergência global” que não recebe a devida atenção, afirma Padre Tomasz Trafny, Diretor do Departamento Ciência e Fé do Pontifício Conselho para a Cultura. “Nós – sublinhou – queremos mostrar os progressos da pesquisa e dar uma mensagem de esperança precisamente no âmbito da pesquisa eticamente aceitável e consoante aos nosso valores”:

“Nós nos comprometemos em apresentar aquilo que é acessível: um horizonte de pesquisa que diga respeito às doenças oncológicas, diabetes, algumas terapias celulares, para mostrar que a ciência realmente progride de maneira significativa. Muitos conferencistas querem dialogar entre eles, para encontrar as melhores soluções possíveis, mas tudo isto no âmbito da pesquisa adequada aos padrões de nossa ética, de nossa sensibilidade e valores elevados. Existe um número enorme de pesquisas, de protocolos de pesquisa – dezenas de milhares – que não suscitam nenhum problema ético ou moral e que podem ser aplicados nas estruturas hospitalares e nos percursos de cura, sem nenhum problema”.

Mas “no Simpósio – acrescentou Padre Tomasz Trafny – queremos também desafiar visões científicas que não correspondem ao perímetro do nosso código ético, sem polêmicas ou posições apodítico:

“Nós esperamos muito mais da pesquisa feita com células estaminais adultas, porque existem muitos “trial” clínicos e muitas aplicações que foram desenvolvidas em relação às embrionárias. Portanto, o nosso objetivo não é polemizar, mas é o diálogo e uma mensagem de esperança para individuar os pontos fortes”.

Neste sentido, “empatia”  será a primeira palavra-chave do encontro, segundo os organizadores, junto com o potencialização da pesquisa e com a garantia da acessibilidade aos tratamentos, para não deixar ninguém sem esperança. A este propósito, são enormes nos últimos anos, os progressos registrados na cura celular dos tumores e das doenças raras, como explicou a Dra. Robin Smith, Presidente della Fundação "The Stem for Life":

“Estamos aqui para promover o diálogo entre ciência e fé e ajudar as pessoas a compreender os progressos da medicina que faz uso de células do próprio corpo.... Imaginem se, ao invés de tratar os sintomas, fôssemos capazes de ajudar o corpo a combater estas doenças e a curá-las.... Existem mais de 30 mil testes clínicos em andamento, tratados com a terapia das células. Estamos aprendendo a recolher todas as informações sobre genomas, todos os dados pessoas, os monitoramentos da saúde das pessoas feitos ao longo dos anos.... Assim, quando tivermos recolhido todas as informações, poderemos determinar quais sub-estirpes das doenças existem e qual é o melhor método para tratá-las. Agora existe o grande interesse pela imuno-oncologia, isto é, regenerar o sistema imunitário, colocando-o em condições de agredir as células que poderiam ser cancerígenas, um setor de grande interesse”.

O programa dos três dias de trabalho prevê como temas gerias: a esperança dos nossos filhos, as descobertas celulares e tecnológicas na cura do câncer, as fronteiras celulares entre pesquisa, regulamentos e financiamentos. (JE/GC)

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Igreja no Brasil



Equatorianos em Florianópolis ajudam vítimas do terremoto

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Florianópolis (RV) – Catarinenses de nascimento e de adoção estão se unindo em uma campanha de solidariedade em Florianópolis. A iniciativa partiu de um grupo de migrantes equatorianos e com apoio da Pastoral do Migrante, estão sendo coletados alimentos e outros itens para ajudar as vítimas dos tremores no Equador.  

Como participar

Existe uma lista para os donativos, como alimentos enlatados, fraldas descartáveis, cobertores, toalhas higiênicas, máscaras de uso médico, repelentes para insetos, lanternas, barracas de camping, roupas de criança. O consulado do Equador em São Paulo abriu um canal de ajuda e até o dia 29 de abril receberá doações. Porém, é necessário que o envio dos estados chegue antes da data do embarque para Quito, a capital equatoriana.

Pelo menos 600 morreram e há muitos desaparecidos

O terremoto devastador no Equador, ocorrido há mais de uma semana, deixou ao menos 655 mortos, informou segunda-feira (25/04) a Secretaria de Gestão de Riscos do país. O organismo estatal destacou em nota que havia 4.605 feridos e 48 desaparecidos e que 113 pessoas foram resgatadas com vida entre os escombros. Há milhares de desabrigados.

Os abalos atingiram de 7.8 e 6.1 na escala Richter.

A Organização das Nações Unidas calcula que 150  mil crianças equatorianas tenham sido afetadas. Interessados em ajudar podem entrar em contato pelo fone (48)e 3225-7043 ou procurar a sede da Pastoral do Migrante, na Rua 13 de Maio, 62, Bairro José Mendes/Prainha, Centro de Florianópolis. 

(DC/CM)

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Igreja na América Latina



Religiosas cubanas produzem mais de 1 milhãos de hóstias a cada ano

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Havana (RV) – Um grupo de 15 religiosas cubanas é responsável pela produção de mais de um milhão de hóstias, distribuídas para todas as paróquias e igrejas da ilha caribenha. Vivendo em um grande prédio em Havana, as religiosas são as únicas na ilha a se dedicarem a esta nobre missão.

Entre elas está Irmã Teresa María de la Virgen de la Caridad, 90 anos, dos quais há 69 vive dentro do convento. Irmã Maria entrou na clausura com apenas  14 anos, em 1945/46, quando faltavam ainda 13 para o triunfo da Revolução comandada por Fidel Castro.

A mais jovem das religiosas, Liset, entrou na clausura há apenas dois anos e foi a coordenadora da produção das milhares de hóstias necessárias para as Celebrações Eucarísticas presididas pelo Papa Francisco em setembro de 2015.

A história das irmãs virou um documentário que foi apresentado no Festival de Cinema de Málaga, Espanha. Foram necessários mais de cinco anos de tentativas, até que o Diretor David Moncasi convencesse as irmãs a permiti-lo entrar no convento para fazer as tomadas. Enquanto acabava a montagem do documentário, foi anunciada a visita do Papa à Ilha, o que obrigou o diretor a retornar a Cuba para incluir o trabalho das irmãs na "fabricação" das hóstias no filme.

O filme mostra com elegância, respeito e discrição a vida e o trabalho cotidiano das religiosas, que diariamente produzem quase 3 mil hóstia, e com o apoio de leigos, homens e mulheres, de ônibus ou de bicicleta, fazem a distribuição entre os destinatários: dioceses e paróquias de toda a ilha.

A “fábrica” das irmãs usa tecnologia muito avançada e a sua programação é muito severa. As “operárias” dedicam muitas horas do dia a este trabalho, que sentem como um chamado e ao qual se dedicam com alegria e entusiasmo. As religiosas contemplativas, ademais, se ocupam da horta, de onde colhem muito produtos para sua alimentação. As mais jovens, dedicam parte do tempo também da manutenção do prédio (e pequena fábrica) localizado na capital cubana e restaurado há pouco.

Um pequeno trailer está disponível no youtube. (JE/LB)

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Igreja no Mundo



Bispos indianos pedem que Primeiro Ministro convide o Papa a visitar o país

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New Delhi (RV) – Uma delegação de Bispos indianos encontrou o Primeiro Ministro do país, Narenda Modi, ocasião em que pediu que o mandatário convide o Papa Francisco para visitar a Índia, em uma data conveniente quer ao Governo indiano como para a Santa Sé.

O grupo era guiado pelo Presidente da Conferência Episcopal Indiana (CEI), o Cardeal Baselios Cleemis, acompanhado pelo Secretário Geral,  Dom Theodore Mascarenhas, e pelo Vice Secretário Geral, Dom Joseph Chinnayyan.

O Premier assegurou aos prelados que examinaria seriamente o pedido, consultando outros membros do governo. O Cardeal Baselios também pediu ao Primeiro Ministro para guiar pessoalmente a delegação indiana por ocasião da canonização de Madre Teresa, que terá lugar no Vaticano em 4 de setembro do corrente. Mostrando apreço pelo convite dos bispos, o mandatário assegurou que levaria em consideração a proposta.

Outro ponto discutido no encontro, foi o pedido para que o governo indiano interceda pela libertação do salesiano Padre Tom Uzunnalil, sequestrado no Iêmen.

A delegação da Conferência Episcopal acolheu com favor as inúmeras medidas adotadas pelo governo para tornar a Índia autossuficiente e para melhorar o padrão de vida de milhares de cidadãos, sobretudo os mais fracos e vulneráveis, assegurando a plena colaboração da Igreja para “construir uma Índia melhor”. (JE)
 

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EL destroi igreja dos dominicanos em Mosul

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Mosul (RV) – A Igreja Latina no centro de Mosul, Iraque, historicamente sob os cuidados dos Padres Dominicanos e conhecida como “Igreja de Nossa Senhora Milagrosa” ou “Igreja do Relógio”, foi destruída com o uso de explosivos. O episódio – informa a Agência Fides – ocorreu no domingo, 24 de abril, e é atribuído aos militantes do Estado Islâmico, que controlam a cidade desde 9 de junho de 2014.  Segundo fontes locais, os jihadistas do Daesh (acrônimo árabe para EI) evacuaram a área circundante à igreja, saqueando-a antes de explodi-la.

Patriarca caldeu deplora destruição

O Patriarcado caldeu, por meio de uma nota, expressa sua dor por mais esta ato de devastação cometido contra um lugar de culto, e pedem também aos políticos iraquianos para trabalharem rapidamente com o objetivo de favorecer uma autêntica reconciliação nacional que feche as portas à expansão do terrorismo. A Igreja latina caracterizava de maneira inconfundível o centro histórico de Mosul, sobretudo graças à sua torre com o relógio, doado aos cristãos iraquianos pela Imperatriz Eugenia, mulher de Napoleão III.

Antigo símbolo de paz

“O badalar daquele relógio – contou à Agência Fides, Irmã Luigina Sako, Superiora da Casa romana das Irmãs caldeias Filhas de Maria – marcaram a nossa juventude, quando Mosul era uma cidade onde se vivia em paz. Recordo que quando era estudante, quando tinha um exame importante, íamos todos, cristãos e muçulmanos, levar os bilhetes com os nossos pedidos de ajuda à Gruta de Lurdes que havia na igreja, e que também os nossos amigos muçulmanos conheciam e honravam como “a Igreja de Nossa Senhora milagrosa”. (JE)

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Bispos do Québec para Festa do trabalho: salvaguardar dignidade humana

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Québec (RV) - Salvaguardar a dignidade humana diante da “quarta revolução industrial” provocada pelo desenvolvimento da tecnologia: em síntese, esse é o apelo dos bispos do Québec, no Canadá, em sua tradicional mensagem para a Festa dos trabalhadores, que se celebra no próximo domingo, 1º de maio.

No documento preparado pelo Conselho episcopal intitulado “Igreja e sociedade”, que se ocupa de justiça social e direitos humanos, os prelados se detêm sobre a revolução tecnológica da época contemporânea e, em particular, sobre seu impacto na vida dos trabalhadores.

Mudanças tecnológicas incidem sobre o bem comum

“As mudanças tecnológicas atuais têm consequências sobre o bem comum, sobre o trabalho, sobre a distribuição da renda e sobre a coesão social”, lê-se no texto. Daí, a urgência de se fazer algumas interpelações essenciais: “As máquinas substituem os homens? E mesmo se não os substituem, provocarão uma alteração em seus salários e sobre a disparidade de renda?”

Para a Igreja no Québec é importante responder a tais quesitos, “porque não se trata somente de substituir o trabalho humano pelo de uma máquina, mas também de reconfigurar os próprios modelos de produção e de distribuição”.

O trabalho é parte do sentido da vida sobre a terra

Em seguida, citando o que escreveu o Papa Francisco na Carta encíclica “Laudato si sobre o cuidado da casa comum”, os bispos reiteram que “não se deve buscar substituir cada vez mais o trabalho humano com o progresso tecnológico: desse modo a humanidade prejudicaria a si mesma”.

“O trabalho é uma necessidade, é parte do sentido da vida sobre esta terra, caminho de maturação, de desenvolvimento humano e de realização pessoal” (n. 128).

Com a finalidade de diminuir o máximo possível os efeitos deletérios das mudanças tecnológicas na vida dos trabalhadores, os bispos do Québec auspiciam que a sociedade inteira se mobilize em torno de “um projeto de educação e formação” voltado a preservar a dignidade dos trabalhadores “diante das consequências negativas que a nova fase do desenvolvimento tecnológico provoca no mundo do trabalho”.

Buscar o desenvolvimento do capital humano

Os prelados fazem alguns exemplos: o telefone celular que, graças a alguns aplicativos, permite monitorar a própria saúde; os automóveis que se guiam sozinhos; o uso de impressoras em 3D que podem produzir bens em pequenas séries. Todas essas mudanças, explicam os bispos, requerem “uma estratégia digital”.

Portanto, o que se pode fazer? A resposta da Igreja no Québec é clara: investir no desenvolvimento do capital humano, favorecendo o emprego, uma melhor distribuição de renda e, consequentemente, a coesão social, “sem remar contra essa nova fase de desenvolvimento tecnológico” e sem esquecer “o dever de ajudar e tutelar os mais vulneráveis e todos aqueles que não são capazes de acompanhar estas mudanças”.

Três soluções concretas. Primeiro: educação de qualidade

Os prelados indicam três soluções concretas. A primeira diz respeito à formação, ou seja, “formar melhor as pessoas a fim de que sejam sujeitos, e não meros objetos, dos desenvolvimentos tecnológicos”, e possam “realizar e expressar a própria criatividade através do trabalho”.

Os bispos explicam que isso significa investir numa educação de qualidade, combater a dispersão escolar, permitir a formação profissional contínua no local de trabalho, acompanhar as famílias na valorização das competências de cada um de seus membros.

Segundo: implementar a geração de emprego. Terceiro: favorecer empresas locais

A segunda solução busca implementar e facilitar a admissão de trabalhadores de alguns setores particulares, como o setor juvenil. Por fim, a terceira solução sugere “favorecer a criação de empresas locais e de estruturas decisionais de proximidade, promovendo uma economia que favoreça a diversidade produtiva e a criatividade empreendedora”.

Naturalmente, fazendo sempre de modo que “a dignidade de toda pessoa seja respeitada”, mantendo assim “a coesão social”.

Cada um contribua para a vida da sociedade

Tais soluções não cabem somente aos governantes, mas representam “um projeto coletivo, amplo e multiforme que prevê o engajamento de todos”: governo, instituições educativas, formadores, empresas.

“Trata-se, em última análise, de permitir que cada pessoa contribua, com o seu trabalho, para a vida da sociedade, concretizando suas potencialidades fazendo frutificar aquilo que Deus colocou em todas as coisas”, concluem os bispos do Québec. (RL)

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Entrevistas



Acompanhamento e pastoral: a formação teológica dos salesianos

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Roma (RV) – Sacerdotes da Congregação de Dom Bosco, de todas as partes do mundo, se reuniram em Roma para um Seminário sobre acompanhamento pessoal salesiano. 

Quem conta do que se trata é o responsável pelo Estudantado Salesiano de Teologia em São Paulo, Pe. Assis Moser, que visitou a Rádio Vaticano:

“Nós sabemos da importância do acompanhamento. De cada um se deixar acompanhar e, ao mesmo tempo, de cada um acompanhar não somente os salesianos que estão na formação para se tornarem padres ou consagrados, mas também aqueles que já são padres há vários anos, que precisam sempre de acompanhamento. E ao mesmo tempo também para nos tornarmos melhores acompanhantes dos jovens, que é a nossa missão.”

Teologia Pastoral

O Estudantado Salesiano de Teologia em São Paulo acolhe atualmente 44 estudantes de todas as partes do Brasil, inclusive indígenas. Como responsável pela formação teológica dos salesianos, Pe. Assis fala também da Teologia que pede o Papa Francisco: a Teologia Pastoral.

“Se o seminarista ou estudante ainda não tem certeza de que Cristo é o centro de sua vida, não se ordene. Adie a sua ordenação. Protele um pouco. Porque quando a gente se encontra com a pessoa de Jesus Cristo não temos como guardar isso só para a gente. Acredito que quando o Papa fala de uma Igreja em saída significa que, se eu encontrei Jesus e Ele é o centro da minha vida, eu não tenho como não levar isso adiante. Para nós, o outro é a juventude, sobretudo aqueles mais necessitados. Por isso, todos os finais de semana os nossos estudantes deixam os livros e a casa e vão para a periferia, para a paróquia, para centros juvenis e oratórios para trabalhar pastoralmente aquilo que estudaram.”

Ouça clicando acima.

(BF)

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Formação



Frade brasileiro fala das condições de vida dos cristãos na Síria

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Nazaré (RV) – Diante das perseguições, os cristãos devem fazer o passo da misericórdia: palavras do Fr. Bruno Varriano, que é o Reitor e Guardião da Basílica da Anunciação, em Nazaré, em Israel. 

Fr. Bruno está há 20 anos na Terra Santa e deu este testemunho à Rádio Vaticano, falando de modo especial da situação na Síria, que faz parte da missão dos Frades Menores e está apenas a 80 Km da fronteira com Israel. Ele fala das condições de vida da população e do trabalho dos frades no país.

O brasileiro, que viveu a Intifada em 2001, conta inclusive que dois meses atrás se ofereceu para estar ao lado dos cristãos em Qinya, para substituir um frade que foi sequestrado.

Ouça a reportagem completa clicando acima.

(BF)

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Quase três milhões de crianças vivem com o HIV

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Cidade do Vaticano (RV) - Continuamos em nosso espaço de saúde a conversa com o Diretor-Executivo Adjunto do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids), o médico brasileiro Luiz Loures.  

Ele participou recentemente em Roma da conferência mundial promovida pela Caritas Internacional que teve como objetivo estudar novas estratégias para a assistência e apoio às crianças que vivem com a Aids.

Rafael Belincanta conversou com o Dr. Loures. (MJ)

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Atualidades



Obama cita palavras de Francisco sobre migrantes

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Hannover (RV) – Em encontro segunda-feira (25/04) na cidade alemã de Hannover, o presidente dos EUA, Barak Obama, deu uma demonstração pública de apoio ao tratamento ‘corajoso’ de Angela Merkel à questão dos migrantes. A primeira-ministra alemã, disse ele, “está do lado certo da História sobre isso”.   

Palavras do Papa ficaram marcadas

Obama também lembrou as palavras do Papa Francisco de que “os refugiados não são números, mas pessoas, que têm um rosto e histórias”.

Na abertura da Hannover Messe, a maior feira industrial do mundo, Obama elogiou o país, dizendo que, “mais que qualquer outra nação, as autoridades alemãs aprenderam que aquilo que o mundo precisa não são mais muros”.

Europeus não se esqueçam de seu passado

“Eu digo ao povo europeu, não se esqueçam de onde vocês vieram, vocês são o legado da luta pela liberdade: alemães, franceses, holandeses, belgas, luxemburgueses, italianos, e até mesmo os britânicos, levaram a Europa de volta ao caminho da união, superando as velhas divisões”.

Merkel, por sua vez, disse estar “bastante feliz, pelo fato de, nestes tempos turbulentos, ter novamente uma oportunidade para falar especialmente sobre o combate ao terrorismo e às razões que levam as pessoas a fugir dos seus países de origem, bem como questões relacionadas com a migração”.

Na parte da tarde, Matteo Renzi, François Hollande e David Cameron se uniram a Merkel e Obama. Os líderes da Alemanha, EUA, Itália, França e Grã-Bretanha prosseguiram o debate sobre o combate ao terrorismo na Síria e na Líbia e a questão da imigração.

(CM)

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