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Sumario del 03/05/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Papa: Jesus é o caminho, mas muitos cristãos são teimosos

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Cidade do Vaticano (RV) – Jesus é o caminho justo da vida cristã e é importante verificar constantemente se o estamos seguindo com coerência ou se a experiência de fé foi perdida ou interrompida ao longo do caminho. Este foi o centro da reflexão feita pelo Papa na missa da manhã desta terça-feira, (03/05), na Casa Santa Marta. 

A vida da fé é um caminho e ao longo dele se encontram vários tipos de cristãos. O Papa fez uma breve lista deles: cristãos-múmias, cristãos errantes, cristãos teimosos, cristãos meio-termo – aqueles que se encantam diante de um belo panorama e ficam parados. Gente que por uma ou outra razão se esqueceu que o único caminho justo – como recorda o Evangelho do dia – é Jesus, que confirma a Tomé: “Eu sou o caminho, quem me viu, viu o Pai”.

“Múmias espirituais”

Francisco examinou cada uma destas tipologias de cristãos confusos, começando antes de tudo pelo cristão que ‘não caminha’, que dá a ideia de ser um pouco ‘embalsamado’: 

“Um cristão que não caminha, que não percorre a estrada, é um cristão um pouco ‘paganizado’: fica ali, parado, não vai avante na vida cristã, não faz florescer as bem-aventuranças em sua vida, não faz obras de misericórdia... É estático. Desculpem-me a palavra, mas é como se fosse uma ‘múmia’, uma ‘múmia espiritual’. Parados... Não fazem mal, mas não fazem bem”.

Os teimosos e os errantes

Eis então que surge o cristão obstinado. Quando se caminha – explicou Francisco – pode-se errar a estrada, mas isso não é o pior. Para o Papa, “a tragédia é ser teimosos e dizer ‘este é o caminho’ e não deixar que a voz do Senhor nos diga ‘volte atrás e retome o caminho certo’. E depois, existe a quarta categoria, a dos cristãos que caminham, mas não sabem para onde vão”. 

“São errantes na vida cristã, vagantes. A vida deles é vagar, aqui e ali, e perdem assim a beleza de se aproximar de Jesus na vida de Jesus. Perdem o caminho porque vagam e, muitas vezes, esse vagar, vagar errante, os levam a uma vida sem saída: o muito vagar se transforma em labirinto e depois não sabem sair. Perderam o chamado de Jesus. Não têm bússola para sair e vagam; procuram. Há outros que no caminho são seduzidos por uma beleza, por algo e param na metade do caminho, fascinados por aquilo que veem, por aquela ideia, por aquela proposta, por aquela paisagem … E param! A vida cristã não é um fascínio: é uma verdade! É Jesus Cristo!”.

O momento das perguntas

Observando o quadro, refletiu Francisco, podemos nos questionar. Como vai o “caminho cristão que iniciei no Batismo? Está parado? Errei o caminho? Vago continuamente e não sei aonde ir espiritualmente? Paro diante das coisas que gosto: a mundanidade, a vaidade” ou vou “sempre adiante”, tornando “concretas as Bem-aventuranças e as Obras de misericórdia?”. Porque “o caminho de Jesus – concluiu – é tão cheio de consolações, de glória e também de cruzes. Mas sempre com paz na alma”:

“Esta é a nossa pergunta do dia, façamo-la, cinco minutinhos … Como eu sou neste caminho cristão? Parado, errante, vagando, parando diante das coisas de que gosto ou diante de Jesus ‘Eu sou o caminho’? E peçamos ao Espírito Santo que nos ensine a caminhar bem, sempre! E quando nos cansarmos, façamos uma pequena pausa e avante. Peçamos esta graça”.

(bf/cm)

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Twitter do Papa em latim alcança 500 mil seguidores

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Cidade do Vaticano (RV) – A conta do Papa Francisco em latim no Twitter alcançou 500 mil seguidores às 0h23 da terça-feira, (03/05).

 

Era o dia 12 de dezembro de 2012 quando o Papa Bento XVI fez a sua estreia nesta rede, uma das mais populares da mídia social. Uma boa maneira para acompanhar os tempos: o @Pontifex enviou o seu primeiro ‘tuíte’ em 8 línguas (italiano, francês, espanhol, português, polonês, alemão, inglês e árabe), obtendo rapidamente um grande sucesso.

A popularidade foi tanta que convenceu os responsáveis a abrir, em 17 de janeiro de 2013, a nona conta, escolhendo uma língua particular, mas muito significativa para a Igreja Católica: o latim.

Seguidores

Dos 9 idiomas atualmente usados, o latim chegou agora, em número de seguidores, ao sexto lugar, deixando árabe, alemão e francês para trás. Ultimamente, esta ‘escalada’ latina tem tido incremento rapidíssimo de ‘sectatores’: 100 mil a mais nos passados 167 dias.

O primeiro ‘tuíte’ em latim dizia: “O teu ingresso na página Twitter oficial do Sumo Pontífice Bento XVI é muito bem-vindo”. (“Tuus adventus in paginam publicam Summi Pontificis Benedicti XVI breviloquentis optatissimus est”).

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Papa encerrará Jubileu da Misericórdia com moradores de rua

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa vai receber cerca de 6 mil moradores de rua e pessoas em situação de precariedade de toda a Europa, que farão uma peregrinação a Roma entre 11 e 13 de novembro, no encerramento do Ano Santo da Misericórdia. 

A peregrinação será organizada pela Associação Fratello – criada após a peregrinação de 150 moradores de rua da França em 2014 – que também convida outras instituições europeias de ajuda aos últimos e mais vulneráveis a participarem da iniciativa.

A programação do Festival Europeu da Graça e Misericórdia 2016 incluirá ainda catequeses, momentos de oração com o Papa e atividades coletivas organizadas por idiomas.

(rb)

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Francisco pede que contribuição social da mulher seja valorizada

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Cidade do Vaticano (RV) – Na intenção universal de oração para o mês de maio divulgada nesta terça-feira, (03/05), o Papa reza para que as mulheres sejam respeitadas. 

“Para que, em todos os países, as mulheres sejam honradas e respeitadas, e seja valorizada a sua imprescindível contribuição social”, é o texto sugerido ao Apostolado da Oração.

No vídeo que mensalmente apresenta esta intenção, o Papa questiona: “É inegável a contribuição da mulher em todas as áreas do agir humano, a começar pela família.

Mas reconhecê-la... É suficiente? Temos feito muito pouco pelas mulheres que se encontram em situações muito duras, desprezadas, marginalizadas e até reduzidas à escravidão. Devemos condenar a violência sexual que as mulheres sofrem e eliminar os obstáculos que impedem a sua inserção plena na vida social, política e econômica. Se considera que isto é justo, faça este pedido comigo. É uma oração: para que, em todos os países do mundo, as mulheres sejam honradas e respeitadas, e seja valorizada a sua imprescindível contribuição social”.

Evangelização

Já a intenção pela evangelização é dedicada ao Terço: “Para que se difunda nas famílias, comunidades e grupos a prática de rezar o santo Rosário pela evangelização e pela paz”.

(BF)

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Pe. Lombardi: Francisco, "grande comunicador da misericórdia de Deus"

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Cidade do Vaticano (RV) - Com suas palavras, mas, sobretudo, com seus gestos, o Papa Francisco é o “grande comunicador da Misericórdia de Deus.” Foi o que disse o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, num encontro realizado na tarde desta segunda-feira (02/05), no Palácio Encontros de Florença – região italiana da Toscana –, organizado pela Comissão diocesana das comunicações sociais.

Comunicação e misericórdia: um “binômio fecundo”

Em sua saudação aos participantes do encontro, o arcebispo de Florença, Cardeal Giuseppe Betori, falou acerca da escolha singular de colocar, juntos, na mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, a ser celebrado no próximo domingo, 8 de maio, o fecundo binômio “comunicação e misericórdia”.

A escolha de Bangui para abrir o Ano da Misericórdia

Para enquadrar a mensagem do Papa Francisco, Pe. Lombardi a colocou no horizonte do Jubileu, aberto significativamente não em Roma, mas em Bangui, capital da República Centro-Africana. Um lugar onde há “infinita necessidade de conforto”, daquela misericórdia que Deus jamais deixa de derramar sobre o homem.

A esse propósito, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé recordou o primeiro Angelus do Papa, no qual Francisco falou daquela ”mulher anciã, ultra octogenária” que na confissão lhe disse que “se o Senhor não perdoasse tudo, o mundo não existiria”.

A comunicação deve favorecer a cultura do encontro

Francisco é “grande comunicador da Misericórdia de Deus”, e como demonstração disso bastaria a recente visita à ilha grega de Lesbos, “onde a maior parte do tempo não foi usada em discursos, mas encontrando pessoalmente centenas de refugiados”.

Eis, então, o destaque, contido na mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais 2016, de uma comunicação que favoreça a cultura do encontro, que construa “pontes e não muros”. (RL)

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Discurso ao Parlamento Europeu motivou distinção do Prêmio Carlos Magno ao Papa

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Cidade do Vaticano (RV) – O Prêmio Carlos Magno será entregue ao Papa Francisco pelo Prefeito da cidade alemã de Aquisagrana, Marcel Philipp e por Jurgen Linden, da Fundação Carlos Magno, durante cerimônia a ser realizada na Sala Regia do Palácio Apostólico, no Vaticano, na próxima sexta-feira, 6 de maio,  às 12 horas. A cerimônia será transmitida pela Rádio Vaticano, com comentário sem português, a partir das 6h50min, horário de Brasília.

Antes da entrega do Prêmio, às 10h30min, o Papa receberá em audiência privada os Presidentes do Parlamento Europeu, Martin Schulz, da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker e do Conselho da Europa. Já às 11h15min o Pontífice receberá a Chanceler alemã Angela Merkel. Na tarde do mesmo dia, será realizada uma coletiva de imprensa na Sala Paulo VI com os três Presidentes, acompanhados Linden e  Phillip. 

Deverão se pronunciar na cerimônia de entrega do Prêmio os Presidentes das três instituições europeias. Depois deles, o Papa Francisco fará um discurso. O Prêmio é conferido anualmente à  personalidades que se destacaram pelo trabalho realizado em favor da integração e da união na Europa.

O Prêmio Carlos Magno inspira-se no Rei dos Francos, considerado por seus conterrâneos como o “Pai da Europa”. Em 2015 o vencedor foi o Presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz. O anúncio de que o vencedor de 2016 seria o Papa Francisco foi feito em 23 de dezembro passado, em Aquisgrana, Alemanha, pelo Comitê Executivo do Prêmio.

Citando o seu discurso no Parlamento Europeu em 25 de novembro de 2014, o Júri enalteceu a mensagem de “paz e compreensão” lançada pelo Pontífice, assim como “a compaixão, a tolerância, a solidariedade e a integridade que caracterizaram todo o seu pontificado”. “Nestes tempos em que muitos cidadãos europeus buscam uma orientação – afirmou o Júri – o Santo Padre envia uma mensagem de amor e de encorajamento”. (JE)

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Papa convidado a falar no Angelus de Cervantes, autor de Dom Quixote

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Cidade do Vaticano (RV) – Ao receber em audiência no Vaticano na segunda-feira, 2, o Diretor do Instituto Cervantes, Víctor García de la Concha, e o Diretor da Real Academia Espanhola, Darío Villanueva, o Papa Francisco disse que seria uma “boa ideia” dedicar um Angelus dominical ao escritor espanhol Miguel de Cervantes, cujos 400 anos de falecimento são recordados em 2016. Papa Bergoglio também demonstrou preocupação pela pobreza no vocabulário dos jovens argentinos. O Santo Padre foi presenteado na ocasião com um exemplar de “Dom Quixote” e um exemplar do primeiro volume do “Dicionário de Autoridades”.

“Foi uma conversa muito descontraída e neste sentido – contou García de la Concha -  o Professor Rico teve uma ideia feliz. Disse ao Papa: “Que bom seria se algum dia, em um Angelus, o senhor falasse de Cervantes”, ao qual Francisco respondeu que “era uma boa ideia”.  Amante da literatura e conhecedor da obra de Cervantes, Bergoglio recordou com uma certa nostalgia seus anos de estudante, em que chegou a ler na íntegra “Dom Quixote”.

O Diretor do Instituto Cervantes  explicou que “nos parecia que nos 400 anos da morte de Cervantes, (...) recordando o velho professor de Literatura que ele (Jorge Bergoglio) foi, o mais adequado seria oferecer a ele uma edição que é a edição de referência, do estudo, que na realidade constitui uma enciclopédia de Quixote e ao mesmo tempo resgata a voz de Cervantes, ao longo da história, de adições e supressões que fizeram os revisores”, explicou.

No encontro o Papa também recordou o dia em que, como professor, levou Borges para a sala de aula e seus alunos leram alguns dos contos. O Diretor da Real Academia Espanhola acrescentou que o Papa “recorda com nostalgia seu tempo  estudante e professor”, acrescentando:  “O vimos preocupado com a pobreza léxica dos estudantes de seu país. Percebemos que chegou alguma notícia estatística de que os estudantes do segundo grau da Argentina saem de seus estudos somente com 500 palavras de espanhol, o que é muito pouco”, avalia Villanueva.

A este ponto, o Diretor da Real Academia Espanhola presenteou o Papa com um exemplar do “Dicionário de autoridades”, aproveitando para comentar que a versão digital do volume recebeu em março 71.200.000 consultas, de forma “que nem tudo está perdido, tem muita gente que através de seus tablets e dos celulares, através dos computadores, está muito interessada em ampliar seu vocabulário”.

Dom Quixote de La Mancha (Don Quijote de la Mancha em castelhano) é um livro escrito pelo espanhol Miguel de Cervantes y Saavedra (1547-1616), com sua primeira edição publicada em Madrid no ano de 1605. Seus  126 capítulos estão divididos em duas partes: a primeira surgida em 1605 e a outra em 1615. A coroa espanhola patrocinou uma edição revisada em quatro volumes a cargo de Joaquín Ibarra. Iniciada em 1777 concluiu-se em 1780 com tiragem inicial de 1600 exemplares.

Dom Quixote é considerada a grande criação de Cervantes. O livro é um dos primeiros das línguas européias modernas e é considerado por muitos como o expoente máximo da literatura espanhola. Em princípios de maio de 2002, o livro foi escolhido como a melhor obra de ficção de todos os tempos. A votação foi organizada pelo Clubes do Livro Noruegueses e participaram escritores de reconhecimento internacional. (JE)

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CCEE recebe encorajamento do Papa a enfrentar desafios para a Europa

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Cidade do Vaticano (RV) - Os membros da presidência do Conselho das Conferências Episcopais Europeias (CCEE) realizaram esta terça-feira (03/05) uma conferência na Sala Marconi da Rádio Vaticano, um dia após o encontro com o Papa Francisco. 

Entre os conferencistas estavam o presidente do organismo, o arcebispo de Budapeste (Hungria), Cardeal Péter Erdő; e os dois vice-presidentes, o arcebispo de Gênova, Cardeal Angelo Amato, e o arcebispo de Scutari (Albânia), Dom Angelo Massafra.

O Papa encoraja os bispos europeus a enfrentar os grandes desafios que hoje são cada vez mais urgentes no Velho Continente. Foi o que afirmou o Cardeal Erdő, que partilhou os sentimentos vividos na audiência com o Pontífice:

“O Santo Padre encorajou-nos e falou também de suas preocupações em relação à Europa. Encorajou-nos porque a Europa deve reencontrar suas raízes cristãs. Nossa missão é não deixar esquecer essas verdades, porque o cristianismo é uma força vital e o denominador comum das culturas de cada povo deste continente.”

Os povos europeus devem reconciliar-se, acrescentou o purpurado magiar. E a propósito dos desafios para a Europa, acrescentou que devem ser encontradas respostas cristãs aos problemas.

Por sua vez, o Cardeal Bagnasco falou da importância da formação das consciências pessoais e comunitárias. Algo que se torna particularmente grave diante do imponente movimento de migrantes e, falando da integração dos imigrantes, observou que é preciso passar de um modelo de multiculturalidade a um modelo de interculturalidade:

“É preciso ajudar o homem europeu a viver junto: porque se os homens não souberem fazê-lo, muito menos os Estados o saberão. E se vê isso... viver juntos não de modo funcional, mas porque essa é sua profunda natureza, a sua verdade mais verdadeira. Viver juntos, porque o homem é relação e subtraindo-se das relações, subtrai a si mesmo.”

O purpurado, que também é presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), evidenciou que as Igrejas na Europa estão fazendo todo o possível para dar acolhimento aos migrantes, exatamente como exortado pelo Papa Francisco.

Em seguida, chamou a atenção para aquelas lobbys que devido a interesses econômicos estão buscando desestruturar o homem para depois manipulá-lo mais facilmente.

Respondendo a perguntas dos jornalistas, o purpurado italiano disse que o referendo sobre a eventual saída do Reino Unido da União Europeia é sinal de uma forte insatisfação para com as instituições europeias, que requer um sério exame de consciência:

“Evidentemente, é expressão de uma insatisfação. Independentemente de qual será o resultado sobre o qual agora não devemos nos expressar, há uma insatisfação objetiva que deveria levar a refletir, que deve levar  os organismos europeus a refletir seriamente.”

À margem da conferência, o Cardeal Bagnasco afirmou que levantando muros e criando confinamentos, a Europa não quer bem a si mesma.

Por sua vez, o arcebispo de Scutari, Dom Massafra, falou da alegria da Igreja e da população albanesa pela Beatificação dos 38 mártires do regime comunista, cujo decreto foi assinado dias atrás pelo Papa Francisco, e pela Canonização de Madre Teresa, filha da Albânia. (RL)

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Papa Francisco é o terceiro apóstolo da Divina Misericórdia, diz Card. Dziwisz

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Roma (RV) – “O Papa Francisco é o terceiro apóstolo da Divina Misericórdia, após Irmã Faustina e Karol Wojtyla”. É o que afirma o Arcebispo de Cracóvia, Cardeal Stanislaw Dziwisz, na reportagem intitulada “O diário da misericórdia, visões e profecia de Irmã Faustina”, que vai ao ar na TV2000 neste 3 de maio, às 22h30min, no programa  “Investigação nos limites do Sagrado”, de David Mugia. 

“O Santo Padre Francisco – afirma o cardeal polonês – nos disse, quando nos recebeu na visita ad Limina, que aprendeu a prática do Terço da Misericórdia na casa de sua avó. Desde pequeno ele rezava o Terço da Divina Misericórdia”.

As câmaras da TV2000 mostrarão com exclusividade imagens do Diário da Irmã Faustina Kowalska, conhecida como a Apóstola da Divina Misericórdia. São cerca de 400 páginas, de poesia e teologia, que fizeram volta ao mundo, traduzidas em todas as línguas: do árabe ao chinês. Elas falam das recordações, orações, aparições, profecias, revelações privadas e fatos cotidianos da mística polonesa.

Graças a este diário o mundo pode conhecer do que se trata precisamente a Divina Misericórdia. Irmã Faustina foi canonizada em 30 de abril de 2000, pelas mãos do Papa João Paulo II, de quem também conseguiu a instituição da Festa da Divina Misericórdia.

A misericórdia também é uma das marcas do pontificado de Francisco, que instituiu o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, que teve início em 8 de dezembro de 2015. (JE)

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Igreja na América Latina



Nicarágua não está em guerra, adverte Bispo

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Manágua (RV) - "A Nicarágua não está em guerra, a Nicarágua não quer a guerra, a Nicarágua não necessita de guerra nem de armas pesadas de combate": foi o que disse o Bispo de Matagalpa, Dom Rolando José Álvarez Lagos, criticando a compra anunciada pelo governo de Daniel Ortega de carros armados – iniciativa que descreveu como "contrária à realidade nacional".

Dom Alvarez falou sobre este tema depois da Missa celebrada em 1º de maio.

"Reconhecemos a participação do exército da Nicarágua no trabalho humanitário, como o fato de proteger a produção agrícola, a criação de gado e até mesmo levar assistência médica à população; mas a militarização de algumas comunidades rurais provocou medo e pânico entre os moradores, eis o motivo pelo qual a compra anunciada de carros armados é totalmente contrária à realidade nacional", disse o Bispo.

Incoerência

Segundo Dom Alvarez, a despesa para a compra de carros armados "poderia servir para construir hospitais, escolas, estradas, encorajar investimentos e o emprego. Esta compra, consequentemente, é obsoleta e fora do contexto da realidade nicaraguense", concluiu.

Segundo dados da imprensa local, a Nicarágua quer comprar 50 carros armados T-72 e 62 carros armados T-55, fazendo com que o exército nicaraguense se torne a maior potência militar de terra da América Central.
(BF/Agência Fides)

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Igreja no Mundo



Aumenta número de peregrinos do sudeste asiático na Terra Santa

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Cidade do Vaticano (RV) - Indonésios, indianos, filipinos. É sempre maior o números de peregrinos do sudeste asiático que visitam a Terra Santa, revela o Franciscan Pilgrims Office (FPO). Os dados relativos são apresentados no L’Osservatore Romano. Entre os vinte primeiros países em número de peregrinos, entre outubro edezembro de 2014,  seis são do sudeste asiático.

No ano das violências na Faixa de Gaza, a Indonésia ocupou o quarto lugar no número de visitantes, com 6.519 peregrinos distribuídos em  188 grupos. A Índia ocupou a oitava posição com 3.363 peregrinos, divididos em 59 grupos. As Filipinas ocuparam a 12ª posição com 1.683 peregrinos, em 35 grupos. Seguem a Malásia (14ª), Singapura (16ª), China (20ª) e após Hong Kong, Sri Lanka, Coreia do Sul, Taiwan, Japão, Vietnã e Coreia do Norte.

A Europa ainda é o continente que registra o maior número de peregrinos que visitaram a Terra Santa no último trimestre de 2014: 16.297 pessoas distribuídas em 423 grupos. Destaque também para a América do Norte (16.256) e América Latina (12.866).

Já em 2015, a Ásia confirmou a segunda posição, sempre atrás da Europa, com 59.668 peregrinos distribuídos em 1729 grupos, superando assim a América do Norte (53.110). Entre os vinte países com maior número de peregrinos, o sudeste asiático ocupou sete posições. A Indonésia continuou a ocupar o quarto lugar, com 19.922 presenças em 631 grupos, enquanto subiu de posição a Índia. Estáveis as Filipinas, mas com um salto da Coreia do Sul, que passou da 38ª colocação à 13ª.

Comparando-se o primeiro trimestre de 2016 ao do ano anterior, observa-se uma leve retomada no número de peregrinos, porém não significativa. O Diretor do Christian Information Center, Padre Agustin Pelayo Fregoso, explicou que os primeiros meses do ano “tradicionalmente são meses de baixo fluxo de peregrinos, janeiro e fevereiro em particular, mas que mesmo assim foi registrado um aumento de presenças. Este ano, depois da Páscoa, celebrada no final de março, houve um aumento no número de peregrinos e agora esperamos que o nível de crescimento se consolide”. (JE)

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Iraque: Daesh ataca povoado cristão na Planície do Nínive

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Bagdá (RV) – Nas primeiras horas desta terça-feira, 3, milícias do Estado Islâmico realizaram um pesado ataque contra o povoado cristão de Teleskuf, nas proximidades de Alqosh, Planície do Nínive, provando grandes danos. A região tornou-se há dois anos o bastião do grupo jihadista no Iraque. Um comunicado do Patriarcado caldeu, reportado pela Agência Asianews, informa que no ataque foram feridos alguns cristãos, que faziam a guarda na entrada do vilarejo. Os feridos foram transportados aos hospitais da região.

Grupos cristãos responsáveis pela vigilância

As comunidades cristãs da Planície do Nínive abandonaram suas casas e seus povoados entre junho e agosto de 2014, em concomitância com a ascensão do Daesh (acrônimo árabe para Estado Islâmico) na região. Em particular, os habitantes de Teleskuf haviam fugido em agosto, buscando refúgio em Irbil e em outras áreas do Curdistão iraquiano. Alguns meses mais tarde (final de 2014), os milicianos jihadistas recuaram abandonando a área, que passou ao controle dos Pershmerga (combatentes curdos), evitando a sua destruição. Já há algum tempo o controle e a proteção da área foi confiado a grupos cristãos, que acabaram envolvidos no ataque desta manhã.

A Igreja Caldeia teme que confrontos possam provocar novos refugiados

Fontes do Patriarcado caldeu manifestaram à Asianews profunda preocupação “pela presença do Estado Islâmico no povoado” e pelas destruições provocadas. O temor é de que os confrontos e as violências possam se estender aos povoados vizinhos, obrigando os cristãos a fugir novamente. Para complicar o quadro, existe a possibilidade “de que possam existir ainda mais refugiados”, somando-se “ao grande número que já existe” e que são apoiados e assistidos. “Fazemos um apelo às pessoas de boa vontade – conclui a nota do Patriarcado – para que cessem estes atos de terrorismo”.

Advertência do Patriarca Sako à classe política e institucional iraquiana

A situação no Iraque não parece, portanto, melhorar. Hoje também os cristãos acabaram na mira dos jihadistas do Califado. Nos dias passados, o Patriarca Louis Raphael Sako havia advertido duramente a classe política e institucional iraquiana, pela incapacidade de implementar um programa “compartilhado” de renascimento do país. Precedentemente, o Auxiliar de Bagdá, Dom Shlemon Warduni, havia afirmado que o Iraque chegou “no momento mais baixo” de sua história”. (JE)

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Bombas sobre Aleppo: esperado anúncio de novo cessar-fogo

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Cidade do Vaticano (RV) –  “Esperemos que a trégua na Síria continue a vigorar e que possa ser encontrada uma solução política. Esta é a nossa grande esperança”, afirmou o Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin, ao participar na manhã desta terça-feira,3, da apresentação do novo encarte mensal do L’Osservatore Romano dedicado às mulheres.Não obstante a anunciada trégua, a cidade de Aleppo continua a morrer.

Segundo as últimas informações, um foguete lançado pelos rebeldes atingiu na manhã desta terça-feira o Hospital al-Dabit, no setor controlado pelo regime, no Bairro central de Mohafaza. Segundo a Agência Sana, é de pelo menos três o número de mortos e 17 os feridos. Os combates, que foram retomados em 22 de abril, causaram até agora a morte de 250 civis, entre os quais ao menos cinquenta crianças. O Ministro do Exterior russo, Serghei Lavrov, disse que um acordo para o fim das hostilidades pode ser conseguido nas próximas horas.

A Custódia da Terra Santa, por sua vez, faz um relato da situação dramática vivida em Aleppo nos últimos dias. “Durante a missa do domingo caíram tantos mísseis em toda Aleppo, muitos em nossa zona. Fala-se de dezenas de mortos e tantos feridos, que somam-se aos mortos e feridos dos dias precedentes”, informam os frades em Aleppo, em mensagens que  “chegam continuamente” e que são relançadas pela Custódia da Terra Santa”. Estão preocupados, assustados. Foi uma semana de sangue em Aleppo, onde os bombardeios foram retomados com violência após os poucos dias de trégua. Chuvas de mísseis sobre as casas, algumas recém reformadas, e bombas sobre os hospitais. “Doze mortos e cem feridos”, escreveram nos dias passados os freis, “e entre eles também muitos cristãos”.

As notícias mais preocupantes são destes primeiros dois dias de maio: “Durante a missa vespertina, o primeiro dia do mês mariano, caíram tantos mísseis na região de Azizieh e Ram. Com uma igreja lotada, conseguimos com muito esforço concluir a cerimônia aqui na Igreja de São Francisco. No entanto, os fieis de Al Ram buscaram abrigo em refúgios, porque bombardearam a cidade quatro vezes. Desceram todos correndo no recinto subterrâneo, após uma explosão ocorrida no teto. Não sabemos dos danos provocados”.

Os jornais estimam em 250 os mortos e um número indefinido de feridos somente nos últimos nove dias. Não cessa a espiral de violência e terror na Síria, desde o início da guerra civil em março de 2011, e que até agora provocou a morte de pelo menos 270 mil pessoas e milhares de refugiados. A emergência humanitária criada está entre as mais graves dos últimos anos. Aleppo permanece como o coração deste conflito, onde jihadistas do Estado Islâmico e milicianos do al-Nusra (braço da Al Qaeda) combatem contra grupos rebeldes e soldados do exército sírio. “Mas em Aleppo existe outra batalha em andamento, a da esperança” nos repetem sempre os frades. E também esta não conhece trégua. Neste sentido, o apelo da Custódia para apoiar a esperança dos cristãos remanescentes. (JE/Agências)

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Negociações para a libertação de sacerdote sequestrado no Iêmen

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Sanaa (RV) – Dois meses após o massacre perpetrado por um comando terrorista em um asilo na cidade de Áden, no Iêmen, quando perderam a vida quatro religiosas Missionárias da Caridade junto com outras doze pessoas, não se tem notícias precisas sobre o paradeiro do sacerdote salesiano Padre Tom Uzhunnalil, presente na estrutura e levado pelos terrorista após o ataque. Na ausência de informações confiáveis, continuam a circular boatos de que ele está vivo e que existem negociações em andamento para sua libertação.

“As últimas palavras, num certo sentido reconfortantes, chegaram de maneira indireta há cerca de dez dias. Me foi dito que Padre Tom está vivo e que o seu retorno à liberdade é iminente. Mas desde então, não aconteceu nada de concreto. Esperamos e rezamos por ele”, refere à Agência Fides, o Bispo Paul HInder, Vigário Apostólico para a Arábia Meridional.

Nas tratativas para a libertação do sacerdote indiano estão envolvidos órgãos de segurança locais, que continuam a acompanhar o caso  com a discrição exigida, mesmo na ausência de evoluções concretas para seu desfecho.

Durante a Semana Santa circularam nas redes sociais informações infundadas de que o sacerdote salesiano teria sido morto crucificado. A Congregação dos salesianos, em um comunicado oficial divulgado em 29 de março, convidou a todos a não darem crédito aos falsos anúncios divulgados na rede sobre o destino de Padre Tom.

Mesmo com a tragédia, as Irmãs de Madre Teresa presentes no Iêmen continuam a trabalhar em Sanaa e em Hodeyda, a serviço de quem mais sofre, em um país ainda martirizado pelo conflito entre forças governamentais e rebeldes Huthi. (JE)

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Muçulmanos paquistaneses financiam construção de igreja católica

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Islamabab (RV) –  Muçulmanos contribuem para uma coleta de fundos para a construção de uma igreja católica. Os protagonistas deste gesto inusitado de generosidade são moradores de Khalsabad, (chak , povoado em língua urdu) do Punjab, localizado próximo a Gojra. Apenas oito famílias formam a comunidade católica local e a capela de barro que usavam como local de culto, foi destruída pelas chuvas das monções do último ano. Obrigados a rezar em casa, os católicos decidiram construir uma nova igreja e para isto pediram ajuda aos moradores locais.

“Soube deste projeto em um encontro comunitário no mês passado – afirma Dilawar Hussain, comerciante muçulmano . Também uma igreja é uma casa de Alá, a oração é o que conta. Nós adoramos o mesmo Deus”. Hussain doou 10 mil rúpias (95 dólares) para a construção do novo local de culto, enquanto outro comerciante local entregou 30 mil rúpias para a comissão do povoado que se ocupa dos trabalhos

Até agora foram construídos os muros externos da estrutura. “Este é o diálogo da vida”, afirma Padre Aftab James Paul, ao comentar as doações. O sacerdote é assistente-pároco da Igreja de São Fiel, em Khushpur, e Khalsabad é uma das 56 localidades assistidas pelo sacerdote. “Outro fiel muçulmano doou 2 mil rúpias no domingo de Páscoa”, acrescentou o sacerdote.

Padre Paul, que por nove anos guiou a Comissão da Diocese de Faisalabad para o Diálogo Inter-religioso, afirma que não é a primeira vez que os muçulmanos ajudam a construir um lugar de culto católico. Em 2015, por exemplo, foi financiada a construção de uma igreja no Distrito de Gojra Tehnsil. A área ficou conhecida, no entanto, somente em 2009, em função de um fato negativo: após suspeitas de blasfêmia, 10 cristãos foram mortos, ao menos sete dos quais queimados vivos. Quatro igrejas foram destruídas no ataque. “Temos muitos preconceitos – afirma o sacerdote – e deixamos que as ações de poucos façam recair a culpa sobre todos os fieis do Islã”. (JE/Asianews)

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Formação



Francisco: linguagem política necessita de misericórdia

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Cidade do Vaticano (RV) – Comunicação e Misericórdia é o tema da Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, que se celebra este domingo, 8 de maio.

No texto, o Pontífice diz que “como filhos de Deus, somos chamados a comunicar com todos, sem exclusão. Particularmente próprio da linguagem e das ações da Igreja é transmitir misericórdia, para tocar o coração das pessoas”. Um trecho, de modo especial, pode iluminar sobre o momento político que o Brasil está vivendo, em que inclusive a comunicação está mais acirrada.

Escreve o Papa: “É desejável que também a linguagem da política e da diplomacia se deixe inspirar pela misericórdia, que nunca dá nada por perdido. Faço apelo sobretudo àqueles que têm responsabilidades institucionais, políticas e de formação da opinião pública, para que estejam sempre vigilantes sobre o modo como se exprimem a respeito de quem pensa ou age de forma diferente e ainda de quem possa ter errado. É fácil ceder à tentação de explorar tais situações e, assim, alimentar as chamas da desconfiança, do medo, do ódio”.

Para um comentário a essas palavras de Francisco, a Rádio Vaticano contatou o Bispo referencial da comunicação da CNBB, Dom Darci Nicioli, Arcebispo de Diamantina (MG): 

 

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Medicina Regenerativa: capacidade do corpo de regenerar órgãos e tecidos

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu na semana passada no Vaticano os participantes do 3º Congresso Internacional sobre os progressos da Medicina Regenerativa e seus impactos culturais, promovido pelo Pontifício Conselho para a Cultura, que abordou vários temas, como tumores infantis e doenças raras.

 

Nos últimos anos surgiu um novo ramo da medicina chamado de ‘Medicina Regenerativa’ voltado à otimizar a capacidade do próprio corpo de regenerar órgãos e tecidos. Tem como base principal os novos conhecimentos sobre as células-tronco e sua capacidade de se tornar células de diferentes tecidos. 

Para falar sobre esse assunto, nós contatamos em Brasília (DF), o cardiologista Dr. Geniberto Paiva Campos, membro da Comissão Brasileira Justiça e Paz da CNBB e coordenador do Observatório de Saúde de Brasília.

(MJ)

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