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Sumario del 09/05/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Papa: o Espírito Santo nos torna cristãos reais e não virtuais

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Cidade do Vaticano (RV) - “O Espírito Santo nos torna cristãos reais e não virtuais”, disse o Papa na missa celebrada na manhã desta segunda-feira, (09/05). Francisco dirigiu ainda um pensamento especial às religiosas vicentinas que trabalham na Casa Santa Marta, no dia da festa litúrgica da fundadora da Companhia, Santa Luísa de Marillac. 

O Pontífice exortou os fiéis a se deixarem guiar pelo Espírito Santo, que nos ensina o caminho da verdade. 'Nem sequer ouvimos dizer que existe o Espírito Santo', disse o Papa comentando o diálogo entre Paulo e os alguns discípulos, em Éfeso, para se deter na presença do Espírito Santo na vida dos cristãos. “Também hoje acontece como aconteceu aos discípulos que, mesmo crendo em Jesus, não sabiam quem era o Espírito Santo”, frisou Francisco. 

“Muitas pessoas dizem que aprenderam no catecismo que o Espírito Santo está na Trindade e não sabem mais nada além disso”, e se perguntam o que faz:

Não mais órfãos

“O Espírito Santo é aquele que move a Igreja. É aquele que trabalha na Igreja, em nossos corações. Ele faz de cada cristão uma pessoa diferente da outra, e de todos juntos faz a unidade. O Espírito Santo é aquele que leva adiante, escancara as portas e convida a testemunhar Jesus. Ouvimos no início da missa: ‘Receberão o Espírito Santo e serão minhas testemunhas no mundo’. O Espírito Santo é aquele que nos impulsiona a louvar a Deus, nos induz a rezar: ‘Ele reza, em nós’. O Espírito Santo é aquele que está em nós e nos ensina a olhar para o Pai e dizer-lhe: Pai. Ele nos liberta da condição de órfão para a qual o espírito do mundo quer nos conduzir".

“O Espírito Santo é o protagonista da Igreja viva. É aquele que trabalha na Igreja”, frisou ainda Francisco. Porém, “quando não vivemos isso, quando não estamos à altura dessa missão do Espírito Santo, a fé corre o risco de se reduzir a uma moral ou uma ética”. Não devemos nos deter em cumprir os Mandamentos e “nada mais”: “Isso pode ser feito, isso não; até aqui sim, até lá não! Dali se chega à casuística e a uma moral fria”. 

Não tornar o Espírito Santo “prisioneiro de luxo”

A vida cristã, reiterou Francisco, “não é uma ética: é um encontro com Jesus Cristo”. E é o próprio Espírito Santo que “me leva a este encontro com Jesus Cristo”:

“Mas nós, em nossas vidas, temos em nossos corações o Espírito Santo como um ‘prisioneiro de luxo’: não deixamos que ele nos impulsione, não deixamos que nos movimente. Ele faz tudo, sabe tudo, sabe nos lembrar o que Jesus disse, sabe nos explicar as coisas de Jesus. Somente uma coisa o Espírito Santo não sabe fazer: 'cristãos de salão'. Isto ele não sabe fazer! Ele não sabe fazer 'cristãos virtuais'. Ele faz cristãos reais, Ele assume a vida real como ela é, com a profecia de ler os sinais dos tempos e assim nos levar avante. É o maior prisioneiro do nosso coração. Nós dizemos: ‘É a terceira Pessoa da Trindade e acabamos ali...".

Refletir sobre o que o Espírito Santo faz em nossas vidas

Esta semana, acrescentou o Papa, “nos fará bem refletir sobre o que o Espírito Santo faz em nossa vida” e perguntar-se se “ele nos ensinou o caminho da liberdade”. O Espírito Santo, que habita em mim, continuou Francisco, “pede-me para sair: tenho medo? Como é a minha coragem, que o Espírito Santo me dá para sair de mim mesmo, para dar testemunho de Jesus?” E ainda: “Como está a minha paciência nas provações? Porque o Espírito Santo também dá a paciência”:

“Nesta semana de preparação para a Festa de Pentecostes pensemos: “Realmente eu acredito ou é uma palavra, para mim, o Espírito Santo?’. E procuremos falar com ele e dizer: “Eu sei que estás no meu coração, que estás no coração da Igreja, que levas adiante a Igreja, que fazes a unidade entre nós, mas diferentes entre nós, na diversidade de todos nós”... diga-lhe todas essas coisas e peça a graça de aprender... mas praticamente na minha vida, o que Ele faz. É a graça da docilidade para com Ele: ser dócil ao Espírito Santo. Esta semana vamos fazer isso: pensemos no Espírito Santo, e falemos com ele”. 

(MJ/SP)

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Papa: Círculo São Pedro, expressão de uma Igreja em saída

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu em audiência na manhã desta segunda-feira, (09/05), na Sala Clementina, no Vaticano, os membros do Círculo de São Pedro, fundado em Roma em 1869 por iniciativa de um grupo de jovens. 

O Pontífice manifestou apreço pelo serviço prestado pelo organismo em favor das camadas mais pobres da Cidade Eterna. “Este grupo, inserido na realidade eclesial da Diocese de Roma, é expressão de uma Igreja em saída: uma Igreja que caminha para procurar, visitar, encontrar, ouvir, partilhar e estar perto das pessoas carentes”, disse Francisco. 

“Cada um de vocês é chamado a ir ao encontro dos mais pobres levando Jesus. A ir como discípulos, como amigos do Senhor. Isso significa partilhar a sua Palavra, a do Evangelho, repetir os seus gestos de perdão, amor, doação e não buscar o próprio prestígio, mas o bem dos outros”, sublinhou o Papa. 

Maria ícone da fé

Francisco disse aos membros do Círculo de São Pedro que eles têm como exemplo Maria, a quem veneramos com devoção neste mês de maio. “Como Maria, não se cansem de partir, às pressas, para encontrar e levar a visita de Deus. Ela leva Deus para visitar, porque está em comunhão profunda com Ele. ‘Bem-aventurada aquela que acreditou’, disse Isabel. Maria é o ícone da fé.”

Neste Ano Santo da Misericórdia somos chamados a renovar a nossa fé. “Para levar o Senhor a visitar os que sofrem no corpo e no espírito, devemos cultivar a fé, aquela fé que nasce da escuta da Palavra de Deus e busca uma comunhão profunda com Jesus".

Óbolo

O Papa encorajou os membros do Círculo de São Pedro a continuarem testemunhando o Evangelho da caridade, “a serem cada vez mais sinais e instrumentos da ternura de Deus a todas as pessoas, especialmente os frágeis e descartados”. 

Francisco agradeceu também pelo Óbolo de São Pedro, coleta feita em todo o mundo católico para as obras caritativas do Santo Padre, que os membros recolhem em todas as igrejas, participando da solicitude do Papa pelos pobres da cidade de Roma.

(MJ) 

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Papa em oração pelas vítimas do incêndio florestal no Canadá

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Cidade do Vaticano (RV) – A dramática situação na cidade canadense de Fort McMurray – onde um incêndio florestal destruiu ao menos 1,6 mil edificações e obrigou a evacuação de 90 mil pessoas – tocou o Papa Francisco que, consternado pela situação, pediu orações pela população. 

Em uma mensagem, o Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin afirmou “que o Santo Padre está triste pela destruição e pelo sofrimento causados pelo incêndio na zona de Fort McMurray”. “Ele reza por todos os deslocados – sobretudo as crianças – que perderam as suas casas”, lê-se na carta referida pela Agência Fides.

Crescimento ligado à produção de petróleo

Os números da tragédia impressionam, naquela que é considerada “a catástrofe natural mais custosa da história do Canadá”. Desde seu início em 1º de maio, o fogo espalhou-se em uma área de 100 mil hectares (1.000 km²). A população da cidade canadense de Fort McMurray, hoje completamente deserta, havia crescido dos 35 mil habitantes no início do século XX para os mais de 125 mil em 2015. Isto graças a uma só atividade: a extração de petróleo em uma superfície de cerca de 140.000 Km² das assim chamadas “areias betuminosas”.

Incêndio ligado às mudanças climáticas

A produção de petróleo, que levou fama, dinheiro e desenvolvimento para esta região, foi muito criticada pelos ecologistas pela contaminação consequente da produção. A causa do incêndio das florestas está ligada às mudanças climáticas (o inverno tornou-se ameno). A população fugiu em direção ao sul, para as cidades mais próximas, que estão a cerca de 600 km de distância. (JE/CE)

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Mensagem do Papa para a Marcha pela Vida em Portugal

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Rádio Vaticano (RV) – É necessário “um renovado compromisso pela promoção dos verdadeiros valores humanos, morais e espirituais” na defesa da pessoa e da família. É o que defende o Papa Francisco em uma mensagem assinada pelo Substituto para os Assuntos Gerais da Secretaria de Estado, Arcebispo Angelo Becciu, enviada aos organizadores da “Marcha pela Vida”, que terá lugar no próximo sábado, 14, em Portugal.

Respeitar os direitos da pessoa, da concepção à morte

No documento, o Pontífice sublinha a importância de “inspirar os indivíduos, as famílias e a sociedade portuguesa a buscarem o bem comum, radicado na harmonia, na justiça e no respeito dos direitos da pessoa humana, da concepção até a morte natural”. O Papa Francisco recorda então, a Exortação Apostólica Amoris Laetitia sobre o amor na família”, ou seja: «Um olhar atento à vida quotidiana dos homens e das mulheres de hoje demonstra imediatamente a necessidade que há, em toda a parte, duma vigorosa injeção de espírito familiar. (...) Não só a organização da vida comum encalha cada vez mais numa burocracia totalmente alheia aos vínculos humanos fundamentais, mas até o costume social e político mostra frequentemente sinais de degradação” (n. 183).

Iniciativa chega à sexta edição

Organizada pela Federação portuguesa para a vida, a Marcha chega à sua sexta edição e se realizará sobretudo em Lisboa, a partir das 15 horas. O tema deste ano é “Caminhemos sempre pela vida”. A iniciativa assume também um valor particular, dado o debate em andamento no país, sobre a possibilidade ou não de legalizar a eutanásia. Os promotores esperam que a iniciativa seja “um claro testemunho público pela defesa da vida em todas as fases de seu desenvolvimento”. (JE/IP)

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JMJ: Papa também usará transporte público em Cracóvia

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Cracóvia (RV) – A cidade de Cracóvia, capital da região de Malopolska, sul da Polônia, prepara-se para receber milhares de jovens de todo o mundo para a Jornada Mundial de Juventude a ser realizada no final de julho. A misericórdia foi escolhida como tema de reflexão da JMJ 2016, cujo lema escolhido foi "Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia".(Mateus 5:7).

Os preparativos para acolher 1,5 milhões de jovens segue em ritmo acelerado, segundo indicam os organizadores do mega evento. A cidade tem 700 mil habitantes, mas é enriquecida pela presença de milhares de estudantes universitários, visto que abriga a Universidade de Jagiellońají, uma das mais antigas da Europa.

Segurança e bem-estar dos peregrinos

Uma das prioridades do governo e dos organizadores é a segurança e o bem-estar dos peregrinos, afirma o Governador Pilch. “Estamos trabalhando para que os peregrinos se sintam seguros, confortáveis e alegres durante a JMJ. Estamos seguros de que, ao voltarem às suas casas, transmitirão aos resto do mundo que Cracóvia é um lugar de pessoas amáveis, uma cidade acolhedora, que merece a pena ser visitada”, afirmou.

Cracóvia e arredores deverão acolher cerca de 1,5 milhões de peregrinos, segundo algumas estimativas, pois o número de inscritos continua a aumentar. Para a missa que terá lugar no campo da misericordia, são esperados mais de dois milhões de fieis. Nesta imensa área, escolhida por suas dimensões, será instalado um altar e serão delimitadas zonas distintas, identificadas por cores, onde se distribuirão os peregrinos.

O Papa andará em trem elétrico

Um quesito que recebe particular atenção do escritório do governador é a segurança dos peregrinos e do Papa Francisco.  O trabalho é no sentido de facilitar a proximidade do Santo Padre com os jovens, não obstante o controle atento ao redor do Pontífice. Na sexta-feira, 29, quinto dia da JMJ, será realizada durante a tarde uma Via Sacra no Parque de Blonia, onde o Papa Francisco deverá chegar de trem elétrico, como farão milhares de peregrinos que durante a sua permanência na cidade usarão o sistema de transporte público de Cracóvia. O trem, que é um elemento indispensável na mobilidade da cidade. (JE)

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Card. Parolin na Lituânia: a misericórdia na vida diária

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Vilnius (RV) - A misericórdia de Deus é reconhecível na Ascensão ao céu de seu Filho. O Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, de Vilnius, na Lituânia, lança uma forte mensagem de esperança e reconciliação na conclusão do Congresso Nacional da Misericórdia. Na parte da manhã deste domingo, depois de uma solene procissão pelas ruas da capital lituana, o cardeal como legado papal celebrou a missa de encerramento do Congresso na Catedral da capital lituana.

É a Lituânia a primeira etapa da viagem que o Cardeal Pietro Parolin está realizando aos países bálticos e que vai levá-lo ainda à Estônia e Letônia. No sábado, ele visitou, em Siauliai, a sugestiva Colina das Cruzes, lugar símbolo de esperança e resistência durante os anos escuros do regime comunista. No final da manhã de ontem, no entanto, uma intensa celebração eucarística presidida pelo Secretário de Estado na Catedral de Vilnius, dedicada aos Santos Estanislau e Ladislau, concluiu o Congresso Nacional da Misericórdia, que começou na última sexta-feira. Na homilia centralizada na Solenidade da Ascensão e a sua mensagem de Misericórdia, o Cardeal Parolin se deteve na relação especial que a cidade de Vilnius tem com a força regeneradora da Divina Misericórdia.

Imagem da Divina Misericórdia 

O Cardeal Parolin recordou que foi nesta cidade que foi pintado pelo artista Eugeniusz Kazimirowski a primeira imagem da Divina Misericórdia em 1934 encomendada por Santa Faustina Kowalska e por seu pai espiritual Michal Sopocko. Experimentar a misericórdia de Deus na vida diária é o convite a cada um de nós, mesmo se pecadores. É esta a mensagem central que o Papa Francisco lança à Igreja no Ano do Jubileu. Uma mensagem, recordou o purpurado que também São João Paulo II tinha trazido à Lituânia em 1993, quando convidou cada membro do clero da Lituânia a se fazer bom samaritano para com os seus irmãos e irmãs para concluir o processo de reconciliação após os longos anos dominados por suspeitas e denúncias. E é com o convite a cuidar das necessidades espirituais e corporais dos outros que o Cardeal Parolin confiou Vilnius e toda a Lituânia à Mãe da Misericórdia, particularmente venerada pelo povo lituano. (SP)

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Museus Vaticanos acolherão exposição de arte sacra bielo-russa

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Cidade do Vaticano (RV) - Os Museus Vaticanos preparam-se para acolher, de 19 de maio a 25 de julho, uma exposição de arte sacra bielo-russa. A iniciativa nasceu de um encontro, em março de 2015, do secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, com as autoridades da República de Balarus.

Serão apresentadas ao público imagens sacras, ícones de vários séculos e as obras mais representativas da tradição artística bielo-russa, explicou ao “Programa Bielo-Russo” da Rádio Vaticano o diretor dos Museus Vaticanos, Antonio Paolucci, que faz votos da presença das autoridades bielo-russas no evento.

“As relações culturais com as nações do Leste europeu, em particular, com as de confissão ortodoxa, estão em primeiro lugar nos desejos e nos projetos da Santa Sé”, disse.

Com efeito, a ex-república soviética encontra-se na fronteira entre o mundo católico e o mundo ortodoxo e a exposição quer mostrar aqueles elementos da arte sacra bielo-russa que aproximam os dois pulmões da Europa. “O ecumenismo se constrói também com relações e com intercâmbios culturais”, ressaltou Paolucci.

Uma parte consistente de ícones e objetos litúrgicos antigos no país encontra-se hoje nos museus estatais, não obstante as igrejas das quais estes ícones e objetos foram retirados tenham sido reabertas há mais de vinte anos.

Respondendo à pergunta se esta situação deveria mudar, Paolucci diz que “é preciso levar em consideração, em primeiro lugar, a segurança das obras”. Também na Itália seguimos este critério, disse o diretor  dos Museus Vaticanos.

“Em linha de princípio, é positivo que as obras de arte sacra se conservem no lugar onde nasceram. Mas quando as condições de segurança e de correta conservação são carentes, é justo transferi-las para os museus. É preciso avaliar cada caso individualmente.”

Trata-se da primeira vez que obras de arte do Leste europeu serão expostas nos Museus Vaticanos. “Estamos trabalhando por uma exposição de arte sacra russa, que será aberta, talvez, daqui a um ano. Mas neste 2016, a República de Belarus será a primeira”, disse o diretor Antonio Paolucci. (RL)

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Igreja no Brasil



Migrações, foco da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

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São Paulo (RV) – No Brasil, como em diversos outros países da América Latina, a semana que precede a Solenidade de Pentecostes é dedicada à Oração pela Unidade dos Cristãos. “Chamados e chamadas a proclamar os altos feitos do Senhor” é o tema escolhido para esta Semana, celebrada no Brasil de 8 a 15 de maio.

Inspirado no versículo 1Pe 2,9, o tema chama a atenção para a realidade das migrações. A proposta é do Movimento Ecumênico da Letônia, adaptado no Brasil pelo Movimento Ecumênico Curitiba (MoveC).

Na carta dos representantes das diversas comunidades cristãs brasileiras, divulgada para a ocasião, é ressaltado que “o ano de 2015 foi caracterizado por ondas migratórias. Também no início deste ano, vimos na Europa migrantes e refugiados desesperados em busca de novas condições de vida. Os seus países foram destruídos por guerras e desastres ambientais. Alguns países escolheram fechar as próprias fronteiras para impedir o ingresso aos migrantes. Outros estão pensando nesta possibilidade”.

Então, evidenciam que “no Brasil, a situação não é assim tão dramática como o é na Europa. Mas também aqui aumentou o número de migrantes e de refugiados. Infelizmente, em 2015, alguns migrantes foram agredidos e foram objeto de preconceitos. Comportamentos racistas e preconceitos não são coerentes com as grandes obras de Deus”.

O texto recorda que no passado um número significativo de grupos étnicos chegou no Brasil por motivos ligados à fome e à guerra, encontrando aqui acolhida e proteção.

“O Batismo nos chama ao respeito pelos migrantes. Mais que tolerantes, devemos ser respeitosos – exorta a carta. A tolerância deveria levar ao reconhecimento do direito à dignidade que é inerente a todo ser humano. Somos chamados e chamadas a proclamar as grandes obras do Senhor! Que esta proclamação se traduz em atitudes de diálogo, acolhida e respeito por aquelas pessoas que vem ao nosso país em busca de novas oportunidades de vida”. (JE/SL)

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Igreja no Mundo



UISG: 50 anos tecendo a solidariedade global das religiosas

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Roma (RV) – Há 50 anos, as superioras têm um ponto de convergência na União Internacional das Superioras-Gerais (UISG).

A história da UISG aparece como a ponta de um iceberg em cuja base se encontra a vivência de centenas de milhares de mulheres – cerca de um milhão no primeiro período pós-conciliar – distribuídas nos cinco continentes.

Representando essas religiosas, cerca de 850 superioras-gerais participam em Roma, a partir desta segunda-feira (09/05) da XX Assembleia Plenária da UISG. O tema é: “Tecendo a Solidariedade Global para a Vida”.

A Rádio Vaticano esteve na abertura da Assembleia e entrevistou a Superiora das Scalabrinianas – Missionárias de São Carlos Borromeu – Ir. Neusa de Fátima Mariano, que fala da expectativa para este evento, que se realiza até 13 de maio.

Ouça aqui:

 

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Patriarca caldeu envia carta ao clero emigrado para os EUA

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Bagdá (RV) - Carta do Patriarca de Babilônia dos Caldeus às comunidades da diáspora. Dividir o corpo eclesial em grupos separados é “um pecado grave”, num momento em que, com particular solicitude, a Igreja caldeia é chamada também pelas dramáticas circunstâncias históricas a defender a unidade.

Por isso, também as comunidades na diáspora, que pertencem à Eparquia de São Pedro dos Caldeus, com sede em San Diego, na Califórnia, EUA, são chamadas a trilhar no caminho da reconciliação, e a aproveitar da nomeação do novo administrador apostólico para favorecer o retorno ao próprio “excelente início”.

Desse modo, o Patriarca Louis Raphael I Sako dirige-se aos sacerdotes, religiosos e fiéis da Diocese Caldeia nos EUA, na carta – reportada pela agência misssionária Fides – em que anuncia também a nomeação como administrador apostólico deles, durante o período de sé vacante, o bispo auxiliar de Bagdá, Dom Shlemon Warduni, à espera que o Sínodo caldeu faça a eleição do novo bispo, após sábado passado (07/06) o Papa Francisco ter aceito a renúncia ao governo pastoral da Eparquia, apresentada por Dom Sarhad Jammo.

Dom Sako convida sacerdotes a vencer a tentação de manter posições cômodas ou de prestígio

Na mensagem enviada à Eparquia de São Pedro dos Caldeus, em San Diego, o Patriarca dirige-se, em particular, à “consciência” dos monges e sacerdotes caldeus que se transferiram do Iraque para os EUA sem o consenso dos superiores.

O Patriarca convida-os a refletir sobre suas responsabilidades de pessoas consagradas a Cristo, e a libertar-se de todos os obstáculos que os impedem de realizar a sua missão, a começar pela tentação de manter posições cômodas e de prestígio.

“Por favor”, repete o Primaz da Igreja caldeia, “não permitam a ninguém que vocês se separem de suas dioceses e de seus mosteiros de origem... O futuro de vocês consiste em confiar no Senhor, para dar testemunho de Cristo não somente com palavras, mas com o exemplo, renegando a si mesmos, amando e servindo ao seu povo, a partir de quem se encontra necessitado”.

O Patriarca convida a ‘viver e morrer no lugar onde Deus nos chama’

O caso dos monges e dos sacerdotes diocesanos que deixaram suas dioceses e com unidades religiosas no Iraque para emigrar e transferir-se para o exterior sem o consenso dos superiores encontra-se, já de há muito, no centro da solicitude pastoral do Patriarcado de Babilônia dos Caldeus e do Sínodo caldeu.

“Devemos viver e morrer no lugar onde Deus nos chama”, exortara o Patriarca Sako numa mensagem dedicada a este problema pastoral, escrita em setembro de 2014.

Sacerdotes e religiosos chamados não à vida cômoda, mas a servir aos irmãos

Sacerdotes e religiosos “não devem ter como aspiração a busca de condições de vida confortáveis, mas servir aos irmãos seguindo Cristo, inclusive aceitando carregar a cruz, quando isso é pedido pela circunstância”, afirmara o Patriarca na mensagem daquela ocasião.

“Por isso, ninguém pode abandonar a própria diocese ou a própria comunidade religiosa sem a aprovação formal do bispo ou do próprio Superior, segundo o que foi reiterado também por ocasião do Sínodo dos bispos caldeus, realizado em junho de 2013.” (RL)

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Card. Dziwisz: Que a JMJ difunda valores morais e da paz

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Cracóvia (RV) – O Arcebispo de Cracóvia, Cardeal Stanisław Dziwisz, espera que a Jornada Mundial da Juventude de Cracóvia, em 2016, “sirva para difundir os valores morais e de paz, em um mundo dividido”.

O Cardeal convida todos os jovens que estão abertos aos valores da JMJ, a peregrinarem à Cracóvia, sejam cristão ou não. “Estamos esperando uma grande quantidade de jovens e, num tempo em que o mundo está dividido e a paz em perigo, queremos criar com os eles um espaço de solidariedade”.

Dom Dziwisz exorta os jovens a visitarem a Polônia, “um país seguro e muito hospitaleiro”, ressaltando que Cracóvia oferece não somente uma oportunidade de oração, mas também de cultura e história, pois é uma das cidades mais antigas da Polônia”. “Cracóvia não é uma cidade santa, porém é um lugar de muitos santos, como João Paulo II”, observou o Cardeal. Com o exemplo do mistério de Santa Faustina Kowalska, “a quem foi revelado que de Cracóvia sairia a centelha que preparará o mundo para sua segunda vinda”, o Cardeal - que foi Secretário pessoal de João Paulo II – espera que os jovens levem esta centenha, que leva a paz. Espera igualmente que os presentes, a imprensa, incluída, transmitam a divina misericórdia.

Esta JMJ é especialmente significativa, por realizar-se 25 anos após a que teve lugar em Częstochowa, em 14 e 15 de agosto de 1991. O Arcebispo de Cracóvia espera que o evento possa contribuir para criar uma nova maneira de pensar os problemas atuais, como os refugiados e a guerra no Oriente Médio.

O Cardeal de Cracóvia recorda como João Paulo II redescobriu os mistérios da Virgem de Fátima, pedindo aos bispos que consagrassem a Rússia ao Imaculado Coração de Maria, o que coincidiu com as mudanças que levaram à queda da Cortina de Gerro. Para a JMJ de 1991, Wojtyla pediu ajuda aos jovens do leste e 200 mil jovens puderam participar, sendo o primeiro momento em que jovens do leste e do oeste se encontraram, o que representou uma abertura á liberdade.

“A Igreja da Polônia não está em crise, porém existem diferenças entre o norte e o sul do país”, responde o Cardeal, ao ser interpelado sobre as diferenças da fé católica, onde no sul do país cerca de 80% dos habitantes participam da missa, contrastando com a média nacional de 35%. Dziwisz afirma que a JMJ não é uma renovação da fé, mas supõe “um novo despertar” para os jovens europeus e em especial um despertar dos valores morais.

“A Polônia está defendendo os valores cristãos, as raízes cristãs da Europa. Se cortamos as raízes, a árvore more”, disse o Cardeal de Cracóvia, diante das críticas de que a Polônia é alvo pela sua política considerada conservadora. “A Polônia é independente, é um país dentro da União Europeia, sim, porém é um país soberano e libre para tomar suas proprias decisões”, conclui o Cardeal Stanisław Dziwisz. (JE)

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Nigéria: Há quem aposte no conflito religioso, adverte Card. Onaiyekan

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Abuja (RV) – “Existe um vento terrível que sopra em nosso país. Existem tantas pessoas que estão alimentando as chamas da discórdia e do ódio, o que está tornando muito difícil  pregar a unidade e o natural amor recíproco, enquanto alguns já preveem um conflito entre cristãos e muçulmanos”. Este é o alarme lançado pelo Arcebispo de Abuja, Cardeal John Onaiyekan, depois dos recentes massacres atribuídos a pastores Fulani, no sudeste da Nigéria.

Referindo-se aos massacres, o purpurado afirmou que “existem pessoas que interpretam os confrontos entre os pastores e agricultores, como a linha de frente da batalha. Alguns estão afiando os facões para a batalha decisiva”. Dom Onaiyekan ressalta que “uma das responsabilidades primárias do governo é a de garantir a segurança da vida e das propriedades de todos os nigerianos; isto significa que quando existem grupos de pessoas, quer pastores ou sequestradores ou bandidos armados, o governo deve encontrar as maneiras para derrotá-los”.

“Graças a Deus – observou – existem tantos nigerianos que acreditam que não estamos condenados a matar-nos uns aos outros e que existe a esperança de vivermos juntos”. Um fato que o Cardeal Onaiyekan sempre se recorda quando está no exterior: “Digo pelo mundo afora que na Nigéria temos não menos do que 80 milhões de cristãos e 80 milhões de muçulmanos que vivem juntos, dia após dia”.

O Cardeal recordou que males comuns, como o Ebola ou a corrupção, atingem indistintamente todos os nigerianos, independente da região a que pertençam. Assim, existem ladrões e corruptos tanto entre os cristãos como entre os muçulmanos. “Todos nós sofremos por causa da corrupção. Temos a tarefa comum de pedir com insistência um bom governo e a honestidade de quem nos governa. Por isto, devemos nos unir e enfrentar juntos os desafios comuns”, concluiu. (JE/LM)

 

 

 

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Bispos ingleses saúdam novo prefeito de Londres

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Londres (RV) – “Acolho positivamente Sadiq Khan como novo Prefeito de Londres”. Com estas palavras, o Presidente da Conferência Episcopal inglesa, Cardeal Vincent Nichols, saudou a eleição do novo prefeito da capital britânica. 

Khan, filho de imigrantes paquistaneses e de religião muçulmana, foi eleito no último sábado, pelo Partido Trabalhista.

O Cardeal assegurou a ele as suas orações “pela importante missão durante a qual deverá enfrentar os grandes desafios de Londres, a sua riqueza, a sua diversidade e a sua energia”.

Conservar as diferenças, com espírito de sã convivência

Recordando, depois, o que disse o Papa Francisco em 6 de maio, por ocasião da entrega do Prêmio Carlos Magno, o purpurado reiterou que “a beleza radicada em muitas de nossas cidades deve-se ao fato que conseguiram conservar no tempo as diferenças de épocas, de nações, de estilos, de visões. (...) A riqueza e o valor de um povo radica-se precisamente em saber articular todos estes níveis em uma sã convivência”. “Que esta espírito – concluiu o Cardeal Nichols -  possa inspirar o nosso novo Prefeito”. (JE/IP)

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Lumen TV, o novo canal católico em Zâmbia

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Lusaka (RV) – “Lumen TV Zâmbia” será o nome da rede televisiva católica, que ainda em 2016, cobrirá todo o território de Zâmbia. O projeto teve início em 1994 a partir de uma reflexão dos bispos locais sobre o uso dos meios de comunicação de massa a serviço da evangelização. Num primeiro momento, o foco foi a rádio, o que levou à criação de uma série de emissoras diocesanas, que até o momento presente representaram o meio mais eficaz para a comunicação da mensagem do Evangelho e a formação dos fieis leigos.

Novas Igrejas e mídia

Em um contexto que muda rapidamente, isto não é o suficiente. Segundo dados do governo de Lusaka, 94% das famílias zambianas possuem um aparelho de televisão, tornando-se o principal meio de difusão, também de conteúdos religiosos. Mas são sobretudo  as denominações protestantes, ou até mesmo de grupos fundamentalistas hostis à Igreja Católica, que detém a maior parte dos canais religiosos. Neste sentido – explica o Secretário Geral da Conferência Episcopal, Padre Cleophas Lungu, “os bispos decidiram dar início ao projeto de uma televisão católica que cobrisse todo o território nacional”.

Sede de espiritualidade

O impacto das mídias religiosas na vida cotidiana dos zambianos não pode ser subestimado. O país, como tantos outros na África, assiste há anos a um forte crescimento de novas Igrejas de inspiração evangélica e pentecostal, muitas vezes fundadas por pregadores locais e, cujo crescimento, deve-se precisamente aos programas televisivos. Também importantes são os efeitos deste fenômeno a nível de prática religiosa. A Igreja Católica, à qual pertencem quase metade dos cristãos do país (87% da população), perde cada vez mais fieis para as novas confissões . “Isto acontece – avalia Padre Lungu - sobretudo pelo tipo de mensagem que transmitem, uma pregação que enfatiza a possibilidade de tornarem-se ricos caso pertençam a uma determinada. Ao mesmo tempo, admite o religioso, está claro que existe “uma sede de espiritualidade, que é saciada também por estes canais. A presença de uma TV católica nos permitirá preencher este vácuo”.

Informação e educação

Os programas estritamente religiosos, porém, serão somente uma parte da programação da “Lumen TV”, que focará também na educação e nas boas práticas de desenvolvimento social, por exemplo no âmbito da saúde. Um prolongamento, portanto, da ação que a Igreja já realiza há anos em todo o território nacional. “Trata-se de comunicar uma mesma mensagem, mas de maneira mais eficaz – sintetiza o Secretário Geral da Conferência Episcopal. No passado a catequese tradicional bastava, mas hoje, sobretudo em relação aos jovens, continuamente conectados por meio dos celulares, redes sociais como Facebook e Twitter, devemos adaptar os nossos métodos de evangelização e de anúncio da Palavra de Deus”. Neste sentido – conclui o sacerdote –  “o lançamento de uma televisão católica de alcance nacional será o primeiro passo na exploração de novas plataformas e novos modos de levar em frente a missão da Igreja: pregar o Evangelho em toda a Criação”. (JE)

 

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Formação



JMJ: moeda na Polônia é o Zloty, que vale quase como o Real

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Cidade do Vaticano (RV) – Os organizadores da Jornada Mundial da Juventude entram na reta final da preparação para receber o Papa Francisco e milhões de jovens do mundo inteiro em Cracóvia.

 

A equipe do Comitê Organizador conta com diversos voluntários brasileiros. A RV conversou com Fabíola Goulart Huguenin, editora de língua portuguesa para o site oficial da Jornada e para as redes sociais.

Ela fala sobre este dois últimos meses de preparação, dá dicas para quem deixou para decidir em cima da hora e afirma que, mesmo quem não puder estar fisicamente em Cracóvia, vai poder receber a mensagem que o Papa vai levar aos jovens do mundo inteiro.

“Temos indicado que as passagens aéreas não sejam diretamente para Cracóvia. O translado até a Polônia pode ser feito de carro ou de trem e, assim, já é possível economizar. A moeda na Polônia é o Zloty, então, saber que a cotação é muito similar com o real, já ajuda muito. Outra coisa que é bom destacar é a questão da alimentação: quem fizer o pacote da JMJ poderá se alimentar com até 15, 20 zlotys. Falando sobre o clima: vai estar calor, é verão. Os brasileiros não precisam temer o frio de Cracóvia”.

O maior encontro católico do mundo vai acontecer entre 25 e 31 de julho.

(rb)

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Pe. Cesar: devoção a S. José de Anchieta vai além-fronteiras

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro semanal “O Brasil na Missão Continental” traz hoje a participação de um sacerdote muito conhecido em nossas transmissões: trata-se do Pe. Cesar Augusto dos Santos – religioso jesuíta –, que por sete anos esteve à frente do nosso “Programa Brasileiro” da Rádio Vaticano. 

Há um ano e meio Pe. Cesar é o reitor do Santuário Nacional de São José de Anchieta, situado na cidade de Anchieta, ES. De passagem por Roma, estes dias, tivemos a satisfação de receber sua visita à nossa redação. Aproveitando a ocasião, procuramos saber dele como tem sido sua experiência pastoral à frente deste Santuário dedicado ao Apóstolo do Brasil. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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