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Sumario del 13/05/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa faz visita surpresa à Comunidade 'Il Chicco'

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco fez uma visita surpresa, na tarde desta sexta-feira (13/05), à Comunidade “Il Chicco” (O grão), situada em Ciampino, nas proximidades de Roma.  

A visita papal se realizou no âmbito das iniciativas feitas nas ‘sextas-feiras da misericórdia’, neste Ano jubilar. A notícia foi publicada no site do Jubileu da Misericórdia. 

Acolhimento 

A Comunidade “Il Chicco” é uma associação pertencente à família ‘A Arca’, fundada por Jean Vanier, em 1964. A federação está presente em 30 países nos cinco continentes e, junto com a associação ‘Fé e Luz’, se dedica às pessoas frágeis e marginalizadas da sociedade. A comunidade foi a primeira criada na Itália, fundada em 1981, e acolhe hoje 18 pessoas com problemas mentais. Na estrutura de Ciampino existem duas casas-família: “Vigna” e “Ulivo”.

Outra estrutura se encontra em Bolonha, e a terceira será aberta na Sardenha. A ideia principal de ‘A Arca’ é ‘elogiar a imperfeição’, ou seja, conscientizar as pessoas de que ninguém deve ser discriminado por causa de uma deficiência. 

Ternura

O Papa Francisco quis dar mais um sinal contra a cultura do descarte. Ninguém tem o direito de discriminar com base em preconceitos que marginalizam e fecham na solidão famílias e associações. 

O Santo Padre sentou-se à mesa para merendar com os membros da comunidade e os voluntários, e ouviu as palavras simples proferidas por Nadia, Salvatore, Vittorio, Paolo, Maria Grazia e Danilo, partilhando com alegria e simplicidade este momento familiar. Francisco visitou os doentes mais graves dando sinais de grande afeto e ternura, em particular a Armando e Fabio que foram os primeiros a serem acolhidos na estrutura. 

Criatividade

Segundo a intuição do fundador de ‘A Arca’, os portadores de deficiência devem realizar trabalhos manuais, conforme a capacidade de cada um. O Papa Francisco visitou o laboratório onde cotidianamente são criados pequenos objetos de artesanato que expressam a criatividade e a fantasia dos membros da Comunidade  “Il Chicco”. 

De mãos dadas, eles rezaram com o Santo Padre na pequena capela e se abraçaram. 

Francisco retornou, ao Vaticano, por volta das 18h30 locais. 

A Comunidade “Il Chicco” vive de poucos subsídios regionais. Grande parte da ajuda necessária para a assistência é confiada à Providência Divina. O Papa Francisco, além de uma soma em dinheiro, levou também doces e frutas da estação, como cerejas e pêssego. O gesto foi acolhido por todos com aplauso e alegria.

Sinal concreto

O Santo Padre expressou com esta visita um dos traços mais salientes que expressam o seu pontificado: a atenção aos simples e vulneráveis. Levando-lhes ternura e afeto, o pontífice quis dar um sinal concreto de como viver o Ano da Misericórdia. 

No último dia 12, os dados oficiais do Ano Santo da Misericórdia falavam de mais de 7 milhões (7.133.256) de pessoas presentes nos eventos jubilares em Roma. O de hoje é o quinto sinal de misericórdia realizado pelo Papa Francisco durante o Jubileu. Em janeiro passado, visitou o abrigo para idosos e os doentes em estado vegetativo. Em fevereiro, visitou a Comunidade Terapêutica São Carlos, nas proximidades de Castelgandolfo. Em março, visitou o centro de acolhimento para refugiados em Castelnuovo di Porto, e, em abril, visitou à ilha de Lesbos, na Grécia. (MJ)

 

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Francisco exorta Fundação Pontifícia a combater a pobreza

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa recebeu no final da manhã desta sexta-feira, (13/5), cerca de 300 participantes na Conferência internacional da Fundação “Centesimus Annus – pro Pontifice”. O tema do encontro é “A iniciativa empresarial na luta contra a pobreza. Emergência refugiados, o nosso desafio”.

 

Em seu discurso, o Papa partiu do tema abordado pela Conferência em relação à contribuição da comunidade internacional na luta contra a pobreza, com referência particular à atual crise dos refugiados, uma obrigação moral e uma questão humanitária delicada:

Migrantes

“A crise dos refugiados, cujas proporções estão aumentando dia a dia, é uma daquelas à qual me sinto bastante próximo. Na minha visita à Ilha de Lesbos fui testemunha das tristes experiências de sofrimento humano, sobretudo das famílias e das crianças. Por isso, a comunidade internacional é convidada a dar respostas políticas, sociais e econômicas a tais dramas que ultrapassam os confins nacionais e continentais”.

A luta contra a pobreza, frisou o Papa, não é somente um problema econômico, mas sobretudo moral, que apela a uma solidariedade global e ao desenvolvimento de inteiras populações. A atividade econômica deve estar a serviço da pessoa humana e do bem comum. E acrescentou:

Exclusão

“Uma economia de exclusão e de iniquidade levou a um grande número de pessoas deserdadas e descartadas como improdutivas e inúteis. Seus efeitos são percebidos até nas sociedades mais desenvolvidas, onde o crescimento da pobreza e da decadência social representam uma série ameaça às famílias e aos jovens”.

De fato, afirmou ainda o Santo Padre, o índice de desemprego juvenil é um escândalo e deve ser enfrentado com urgência como uma verdadeira epidemia social; é roubada a esperança da nossa juventude e esbanjadas as suas grandes energias, criatividades e intuições.

Francisco concluiu suas palavras expressando a sua esperança de que esta Conferência internacional possa contribuir para gerar novos modelos de progresso econômico orientados para o bem comum, à inclusão e desenvolvimento integral, o incremento do trabalho e investimento nos recursos humanos. A sua vocação é servir a dignidade humana, a construção de um mundo mais solidário e a civilização do amor, que abraça a justiça e a paz.

(MT)

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Papa recebe Premiê da Polônia: JMJ e refugiados em pauta

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu em audiência na manhã desta sexta-feira (13/05), no Vaticano, a Primeira-ministra da Polônia, Beata Szydlo. Durante o encontro, segundo a Sala de Imprensa da Santa Sé, foi dada relevância à “contribuição positiva da Igreja católica à sociedade polonesa”. 

JMJ em Cracóvia

Outra questão em pauta foram os assuntos ligados à Jornada Mundial da Juventude de Cracóvia, marcada para julho, com a visita do Santo Padre. Além disso, a audiência lembrou a participação recente do secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, às celebrações na cidades de Gniezno e Poznan pelo aniversário de 1050 anos do Batismo da Polônia.

Crise humanitária em pauta

Segundo informa a Sala de Imprensa, ainda “foram tratados alguns temas de interesse mútuo, como a promoção da família no atual contexto sócio-cultural e o acolhimento dos refugiados”. Enfim, foram discutidas “algumas temáticas que dizem respeito à comunidade internacional, como a paz e a segurança, o conflito na Síria e a situação humanitária na Ucrânia e no Oriente Médio”.

(AC)

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Dom Auza em Nova Iorque: diplomacia da fé para assegurar a paz

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Nova Iorque (RV) – O Observador Permanente da Santa Sé na ONU, Bernardito Auza, participou do Seminário Teológico Judaico em Nova Iorque. No seu discurso, observou que existe uma diplomacia baseada na fé religiosa que frequentemente se revela mais forte e, sobretudo, mais eficaz de qualquer outro gênero de diplomacia predisposta pelas nações para assegurar paz e estabilidade.

 

A temática do pronunciamento de Dom Auza foi direcionada à relação entre religião e diplomacia. Argumento bastante difícil neste período histórico no qual as religiões são falsamente usadas para desencadear campanhas de ódio e terrorismo. Com igrejas, mesquitas e sinagogas que se transformam em objetivos estratégicos sanguinários e as comunidades de fé que, da Síria ao Iraque e das regiões mais isoladas do Oriente Médio e da África, são perseguidas. Tudo “em nome da religião”.

Todavia, observou Dom Auza, “quanto mais a religião é difamada por todas essas formas ilegítimas, tanto mais a religião, a religião verdadeira, deve desenvolver o seu papel importante no esforço global para a paz e a prosperidade”. Especialmente em tempos difíceis como os atuais, seria desejável que à religião fosse reconhecido o influente papel também nos processos diplomáticos.

Dom Auza colocou em evidência interrogações para enaltecer os progressos que inclusive nos últimos anos foram feitos em relação à colaboração entre os órgãos internacionais e as comunidades fundadas na fé religiosa.

Quantos hoje estão dispostos a apoiar esse virtuoso mix entre religião e diplomacia? Os Estados e os órgãos internacionais, como as Nações Unidas e o Banco Mundial, são realmente capazes de tomar conhecimento do papel positivo que a religião pode desempenhar? Não acreditam na qualidade dos líderes religiosos e das suas organizações baseadas na fé? São dispostos a trabalhar com os líderes religiosos e as instituições baseadas na fé da busca por soluções à guerra ou para terminar com a pobreza extrema, que frequentemente está na base dos conflitos? Ou veem nas religiões e nas suas instituições somente uma parte do problema do que a sua solução, no melhor dos casos das simples agências caritativas?

Mesmo que se trate de uma colaboração que, obviamente, não é privada de dificuldades e atritos. Dificuldade, sublinhou Dom Auza, que o magistério dos recentes pontífices tem sempre procurado suavizar. Ele observou que, próprio “o papel que Papa Francisco desempenha no panorama internacional poderia ser citado como prova do fato que a religião ou um líder religioso é capaz de exercitar uma autoridade diplomática eficaz e influente”.

Inclusive com a carga da própria experiência pessoal na Santa Sé, o Observador Permanente declarou que “existem algumas circunstâncias nas quais a diplomacia baseada na fé, na promoção do desenvolvimento, é mais eficaz da diplomacia formal na resolução dos conflitos”.

O pronunciamento de Dom Auza foi no início da semana, dia 9 de maio, no encontro anual ao diálogo inter-religioso, organizado pela Fundação Russel Berrie, presidida por Angelica Berrie que, junto ao rabino Jack Bemporad, deram vida ao Centro João Paulo II para o diálogo inter-religioso com sede em Roma.

(AC/Osservatore Romano)

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Diaconisas. Dom Becciu: Papa surpreso. O comentário de Pe. Lombardi

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Cidade do Vaticano (RV) - “O Papa me telefonou surpreso acerca das diaconisas! Está pensando na criação de uma Comissão. Não tiremos conclusões precipitadas!” É o que escreve num tuíte o substituto da Secretaria de Estado, o arcebispo Angelo Giovanni Becciu. Sobre o tema em questão e sobre a conversação do Papa com as religiosas na quinta-feira (12/05), eis um breve comentário do diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, entrevistado pela Rádio Vaticano: 

Pe. Federico Lombardi:- “Trata-se de uma belíssima conversação que o Papa teve com as Superioras das religiosas provenientes das várias partes do mundo. Uma conversação muito bonita e encorajadora sobre as mulheres e, em particular, sobre as mulheres consagradas no caminho da Igreja, também sobre o serviço delas em posições importantes nos dicastérios, quando não há implicação com a ordenação. Repercutiu muito o fato de o Papa, respondendo a uma pergunta, ter falado de uma Comissão para estudar a questão do diaconato das mulheres. É uma questão da qual também no passado se falou muito e que nasce do fato de que na Igreja antiga havia mulheres ‘diaconisas’, que realizavam certos serviços na comunidade. Também foram feitos vários estudos históricos sobre esse fato, e o Papa fez algum aceno sobre isso. Ademais, há um documento importante de 2002 da Comissão Teológica Internacional que falou disso. O Papa disse que está pensando constituir uma Comissão que retome essas questões para vê-las com maior clareza. Mas é preciso ser honestos: o Papa não disse ter intenção de introduzir uma ordenação diaconal das mulheres, e muito menos falou em ordenação sacerdotal das mulheres. Aliás, falando sobre a pregação durante a celebração eucarística fez entender que não pensa absolutamente nisso. Em todo caso, é errôneo reduzir todas as muitas coisas importantes que o Papa disse às religiosas a essa única questão.” (RL)

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Divulgado programa da viagem do Papa à Armênia

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Cidade do Vaticano (RV) – Foi divulgado na manhã desta sexta-feira, (13/05), o programa da Viagem Apostólica do Papa Francisco à Armênia, a ser realizada de 24 a 26 de junho.

Sexta-feira, 24 de junho

O avião que levará o Santo Padre à Yerevan, partirá do Aeroporto Fiumicino às 9 horas (hora italiana), devendo chegar no Aeroporto Internacional “Zvartnots” às 15 horas (hora local), onde terá lugar a cerimônia de boas-vindas.

Às 15h35min, o momento de oração na Catedral Apostólica em Etchmiadzin, com as saudações do Katolicós e do Santo Padre.

Às 18 horas, a visita de cortesia do Papa Francisco ao Presidente da República, no Palácio Presidencial, seguido pelo encontro com as Autoridades civis e com o Corpo Diplomático, às 18h30min (O Papa deverá proferir um discurso).

O último compromisso do primeiro dia da viagem à Armênica será um encontro privado com o Katolicós, no Palácio Apostólico.

Sábado, 25 de junho

O primeiro compromisso do Papa Francisco no sábado será a visita ao Tzitzernakaberd Memorial Complex, às 8h45min.

Às 10 horas, o Papa transfere-se em avião para Gyumri, onde às 11 horas preside uma Celebração Eucarística na Praça Vartanants. Está prevista a saudação do Katolicós.

Às 16h45min a visita do Santo Padre à Catedral Armênia-católica das Sete Chagas, em Gyumri. Depois da visita, às 18 horas, o Papa deverá transferir-se, em avião, à Yerevan.

Às 19 horas, o Pontífice participa em Yerevan de um Encontro Ecumênico e Oração pela paz, na Praça da República, onde deverá proferir um discurso junto com o Katolicós.

Domingo, 26 de junho

No domingo, 26 de junho, último dia da visita, o Santo Padre encontrará os Bispos católicos armênios no Palácio Apostólico em Etchmiadzin. Às 10 horas participa da Divina Liturgia na Catedral armênio-apostólica. A homilia estará a cargo do Katolicós e o Santo Padre fará uma breve saudação aos presentes. Ao final da celebração, no Palácio Apostólico, a participação de Francisco no almoço ecumênico que reunirá o Katolicós, Arcebispos e Bispos da Igreja Armênia Apostólica, Bispos católicos-armênios e os Cardeais e Bispos do séquito papal.

Às 15h50min o encontro com os Delegados benfeitores da Igreja Armênica Apostólica no Palácio Apostólico.

Às 16h05min a assinatura de uma Declaração Conjunta no Palácio Apostólico seguida por uma Oração no Mosteiro de Khor Virap, às 17 horas.

Por fim, às 18h15min, a cerimônia de despedida no Aeroporto. A partida do avião com o Papa está prevista para as 18h30min, com a chegada ao Aeroporto Ciampino, em Roma, devendo ocorrer às 20h40min.

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Ior prossegue caminho de transparência pedido pelo Papa

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Cidade do Vaticano (RV) – O IOR prossegue no seu compromisso de assistir o Santo Padre na sua missão de pastor universal da Igreja. É o que se lê no comunicado do Instituto para as Obras de Religião sobre o Relatório Anual de 2015, publicado na manhã de quinta-feira. No ano passado, o IOR  obteve um lucro líquido de 16,1 milhões de Euros. Foi concluída, outrossim, a reorganização das contas, com o fechamento de 4.935 em 31 de dezembro de 2015.

O documento revela que durante a visita ao Instituto, em  24 de novembro passado, o Papa Francisco pediu que o IOR desenvolva a sua realidade respeitando os princípios éticos que “são inegociáveis para a Igreja, a Santa Sé e o Papa”, e afirmou que a atividade do IOR deve harmonizar “a eficiência operacional e a natureza pastoral essencial de todas as ações”.

Balanço 2015

O Relatório 2015 revela que os lucros líquidos chegam a 16,1 milhões de euros. O resultado operacional do IOR do ano passado é de 42,8 milhões de euros contra os 104,5 milhões de 2014. Um dado que reflete positivamente a estratégia de investimento iniciada no final de 2014 – lê-se no comunicado – para tornar mais seguras as carteiras do IOR. O resultado foi alcançado não obstante a volatilidade e as incertezas do mercado financeiro que foram sentidas sobretudo no segundo semestre de 2015. O resultado líquido de 2015 inclui também “uma reserva para o plano de consolidação fiscal e o fechamento de uma questão ligada aos investimentos do passado”. Na data de 31 de dezembro, o patrimônio do Instituto – no líquido da distribuição dos dividendos – é portanto de 654 milhões de Euro. Isto inclui a nova voz “Capital” para 300 milhões de euro, como exigido pelo Regulamento n.1, aprovado pela Comissão cardinalícia.

Encerradas 4.935 contas

Entre junho de 2013 e dezembro de 2015 – prossegue o comunicado – foram fechadas 4.935 contas, para a conclusão efetiva do “profundo processo para sanar as contas passadas. Os procedimentos em vigor são diligentemente aplicados a todos os novos clientes e relativas atividades”. Atualmente, portanto, os clientes do IOR são cerca de 15 mil (14.801), sendo constituídos por representantes da Santa Sé e relativas entidades, Ordens religiosas, outras instituições católicas, membros do clero, dependentes da Santa Sé e membros credenciados do Corpo Diplomáticos. No total, 75% dos clientes do IOR tem sede na Itália ou Vaticano, 15% na Europa e 10% no restante do mundo. “As informações e as comunicações aos clientes – prossegue o comunicado – foram aumentadas e melhoradas: mais de 1.500 clientes participaram” a um dos seminários “organizados trimestralmente na sede” do Instituto.

Adequação do IOR aos padrões internacionais

O Relatório evidencia também os passos dados para adequar as atividades do IOR aos regulamentos internacionais. Em particular, é feita referência à regulamentação prudencial “Regulamento n.1” emitido pela AIF, a Autoridade de Informação Financeira. No mesmo ano – é recordado – foram assinados acordos fiscais internacionais para fortalecer a transparência. Em 2015, ademais, foram tomadas decisões para melhorar a governança do Instituto, entre as quais a criação de duas Comissões que coadjuvem o Conselho. Foi nomeado, outrossim, um novo Diretor Geral, Gian Franco Mammì, assistido pelo Diretor Geral Adjunto, Giulio Mattietti, e dois novos membros do Colégio dos Revisores (Giovanni Barbara e Luca Del Pico). O balanço 2015 do Ior foi submetido à revisão contábil por parte da Deloitte & Touche S.p.A. (JE/AG)

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Há 35 anos, o atentado contra João Paulo II

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Cidade do Vaticano (RV) – Há 35 anos, na tarde de 13 de maio de 1981, Festa de Nossa Senhora de Fátima, João Paulo II era atingido na Praça São Pedro por dois tiros disparados por Ali Ağca. Para Wojtyla, foi a mão de Maria que o protegeu. A bala que perfurou seu tórax e que deveria matá-lo está agora na coroa da Virgem de Fátima. 

Como de costume, por ocasião das Audiência Gerais, João Paulo II estava em pé no papamóvel, saudando e abençoando os peregrinos. Logo a seguir, deveria anunciar a criação do Pontifício Conselho para a Família. Às 17h17 dois estampidos ensurdecedores ecoaram na Praça São Pedro. O Santo Padre cai, sendo amparado pelo seu Secretário, Padre Stanislao Dziwisz. Os fiéis ficam aterrorizados, choram, se ajoelham, rezam o terço. Uma comoção que o locutor da Rádio Vaticano, Benedetto Nardacci, que transmitia a Audiência, não conseguiu esconder:

 “A multidão está toda em pé....A multidão está toda em pé; não comenta a cena trágica que assistiram. Estão quase todos em silêncio, aguardam notícias (...) O Santo Padre foi evidentemente, certamente atingido. Foi certamente atingido, o vimos deitado no carro descoberto que entrou em alta velocidade dentro do Vaticano. Pela primeira vez se fala de terrorismo também no Vaticano. Se fala de terrorismo em uma cidade da qual sempre partiram mensagens de amor, mensagens de concórdia, mensagens de pacificação”.

São momento agitados, confusos. Na Praça silenciosa se propagam notícias contrastantes sobre a identidade do atentador, sobre o número de disparos e sobretudo sobre a gravidade dos ferimentos. Ouve-se o barulho de uma sirene, uma ambulância. Poucos minutos depois o então Diretor da Rádio Vaticano, Padre Roberto Tucci, se junta a Nardacci na Praça São Pedro:

“Padre Tucci, dos microfones da Rádio Vaticano, na Praça São Pedro. Não se sabe ainda a gravidade da ferida. Às 17h29 vi uma ambulância sair da entrada da Porta Sant’Anna em alta velocidade. Me foi informado – mas não posso assegurar que a notícia corresponda à verdade – que a ambulância que levava o Santo Padre, se dirigiu ao Hospital Gemelli”.

Uma viagem, do Vaticano ao Gemelli, que durou 15 minutos, 15 intermináveis minutos. O médico pessoal do Papa, Renato Buzzonetti, recorda que Wojtyla “rezou ininterruptamente em língua polonesa: ‘Meu Jesus. Minha Mãe’”. A cirurgia é longa, complicada. Karol Wojtyla perdeu muito sangue, os tiros atingiram diversos órgãos, sobretudo os intestinos. Os médicos que operam o Papa, percebem que a bala seguiu por uma trajetória anômala. Um desvio de poucos milímetros e João Paulo II não teria tido nenhuma chance. Durante a cirurgia no terceiro andar do Hospital Gemelli, o tempo parece ter parado. Jornalistas de todo o mundo aguardam com apreensão o resultado da operação:

“A operação do Papa foi concluída após quatro horas e 20 minutos”, anuncia ao vivo o canal estadunidense ABC, que acrescenta: “A Rádio Vaticano informou que as condições do Papa não são graves”.

Milhões de fiéis que em todo o mundo, em especial na Polônia, estavam em oração, podem dar um suspiro de alívio. Ao mesmo tempo, a polícia italiana interroga o atentador, o jovem extremista turco Ali Ağca, a quem o Papa se dirige no primeiro Regina Coeli depois do atentado. É 17 de maio de 1981, o Papa fala de seu leito no Policlínico Gemelli:

“Agradeço a vocês comovido pelas orações e abençoo a todos (...) Rezo pelo irmão que atirou em mim, o qual perdoo com sinceridade (...) A ti Maria repito: “Totus tuus ego sum””.

A entrega a Maria e o perdão: duas dimensões já fortemente presentes na vida e no Magistério de João Paulo II, e que a partir daquele momento tornam-se uma unidade com a figura e o testemunho de Karol Wojtyla. Aquele perdão que pronunciou com voz debilitada pouco depois do atentado, João Paulo II o leva pessoalmente no Natal de 1983 ao “irmão que o atingiu”, na Prisão romana de Rebibbia. Já em 13 de maio de 1982, exatamente um ano após o atentado, o Papa visita o Santuário de Fátima para agradecer a Nossa Senhora, que o salvou. João Paulo II não tem dúvidas: foi a mão de Maria que “guiou a trajetória da bala e o Papa agonizante parou exatamente no limiar da morte”.

Totus Tuus Maria”, “Todo teu, Maria”. O lema no brasão episcopal. Uma confiança total que Wojtyla repetirá até os últimos instantes da sua vida terrena: “Em ti confio e te declaro novamente: Totus tuus, Maria! Totus tuus! Amém!”.

(JE/AG)

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Igreja no Brasil



A caminho da Semana do Migrante: encontro scabriniano

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São Paulo (RV) - Realizou-se em São Paulo, de 10 a 12 do corrente, o VII Encontro Scalabriniano da Rede de Casas e Centros de Migrantes.

Participaram cerca de 30 representantes das Casas de Acolhida e Centros de Orientação, provenientes de outras localidades do mundo, como Manila (Filipinas), Cidade do Cabo (África do Sul), Roma (Itália), bem como das Américas e Caribe: México, Guatemala, El Salvador, Equador, Colômbia, Chile, Bolívia, Uruguai, Argentina, Peru e Paraguai. O Brasil estava representado por membros de Manaus, Cuiabá, Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Florianópolis, São Paulo.

Entre os objetivos do encontro destacam-se as linhas gerais de uma visão atualizada do contexto das migrações. No contexto da crise da economia globalizada, constatou-se o aumento dos fluxos migratórios em todas as partes do mundo. A grande maioria dos que fogem da pobreza e da violência são jovens, mas vem crescendo o número de mulheres e crianças não acompanhadas.

Deslocamentos

Os deslocamentos humanos de massa tornam-se cada vez mais intensos, mais complexos e mais diversificados. Novos grupos, povos e nações passam a fazer parte do xadrez desse vaivém. Hoje é difícil encontrar um país que não esteja envolvido no fenômeno migratório, seja como pais de origem, de destino ou de passagem – quando não as três coisas ao mesmo tempo. Contam-se aos milhares os que passam por tais casas e centros de migrantes.

No encontro, constatou-se igualmente um crescimento do medo e do rechaço ao imigrante, ao outro e ao estrangeiro, seja por parte dos governos e da opinião pública, seja por alguns setores da sociedade. Contribui muito para isso a confusão, por parte da mídia, no tratamento às vezes indiscriminado dos temas sobre migração, terrorismo, tráfico de pessoas e exploração sexual e trabalhista em nível internacional. No limite, tal divulgação distorcida faz recrudescer atitudes de preconceito, discriminação, xenofobia e até perseguição – o que leva à construção de novos muros e leis restritivas ao direito de ir e vir.

Acolhida

Outro objetivo, como não poderia deixar de ser, consiste em intercambiar informações sobre as formas e práticas da acolhida e orientação. Vários serviços são prestados nessas casas e centros, destacando-se a hospedagem temporária e alimentação, a ajuda no processo de regularização dos documentos, a assistência social e psicológica, aprendizado da língua do país de chegada, oportunidades de profissionalização, busca de emprego e moradia, entre outros.

Tudo isso, evidentemente, exige equipes de profissionais preparados, além de voluntários que procuram acompanhar o dia-a-dia desse trabalho. Não resta dúvida que a troca de ideias e de experiências traz um recíproco enriquecimento aos que, especialmente nas fronteiras e nas grandes cidades, se dedicam a essa tarefa.

Planejamento

Por fim, na pauta dos trabalhos, destacou-se também um planejamento conjunto do programa de ação, no sentido de responder aos novos desafios. “Novas realidades requem respostas novas”, diria Scalabrini. Aqui se trata de estabelecer programas, objetivos, estratégias e metas comuns em uma dupla direção.

De um lado, fortalecer a própria rede de ação para um trabalho mais articulado e eficaz. De ouro, a capacidade de uma maior incidência social e política, tanto em termos eclesiais quanto na sociedade de acolhida. Está em jogo também o esforço para as mudanças substanciais das leis de imigração, no sentido de “substituir os muros pelas pontes, a indiferença pela solidariedade”, nas palavras do Papa Francisco.

(MT/Scalabrinianos)

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Semana de Oração pela Unidade, oportunidade aos migrantes

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Cidade do Vaticano (RV) - Desde o dia 8 do corrente, até o próximo dia 15 de maio, está se realizando no Brasil a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que neste ano tem como tema as migrações: “Chamados e chamadas a proclamar os altos feitos do Senhor”. O objetivo, é conscientizar, especialmente os cristãos, para a acolhida do migrantes. 

A Rádio Vaticano conversou com Dom Francisco Biasin, Bispo de Barra do Piraí-Volta Redonda e Presidente da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso da CNBB, que nos explica o porque da escolha do tema:

"Aqui no Brasil nós procuramos focalizar o problema das migrações. Apesar de ser um assunto que ainda não se tornou uma tragédia para o Brasil, porque até agora os migrantes, os que vieram de fora, não são um número enorme. Contudo começa a se tornar uma presença, que se não for adequadamente trabalhada e sobretudo absorvida na realidade social nacional, poderá num futuro próximo criar problemas. Então o CONIC, na apresentação que ele fez do subsídio da Semana de Oração pela Unidades dos Cristãos, colocou como foco desta campanha as migrações. Nós temos migrações que vem sobretudo da Síria e do Líbano, além de alguns países aqui da América Latina, como o Haiti, de maneira especial. Neste sentido que nós queremos preparar os nossos cristãos, a acolher os nossos irmãos que vem de fora com atitude profundamente evangélica".

Diferentemente dos sírios migrados ao Brasil com a guerra, os haitianos encontraram muitas dificuldades por não existir uma comunidade haitiana consolidada no território nacional, tendo sido por isto acolhidos por dioceses e arquidioceses:

"Os haitianos foram os que mais nos surpreenderam, porque aqui no Brasil não tem uma colônia haitiana. E vieram depois do grande terremoto, do devastador terremoto de alguns anos atrás. Enquanto os irmãos da Síria encontraram uma colônia aqui, que há quase um século está presente no Brasil, está bem inserida na cultura brasileira, sobretudo do sul do Brasil. E normalmente são pessoas de famílias de uma condição social bem estabilizada. Os haitianos realmente foram aqueles que criaram um impacto, pois quem teve que assumir a presença deles, foram as nossas Dioceses e Arquidioceses. Lembro que em São Paulo e no Norte do Brasil, teve o organismo da CNBB que se encarrega dos migrantes, que fez um esforço muito grande de sensibilização através das Dioceses que acolheram estes irmãos".

O Papa Francisco visitou a Ilha grega de Lesbos no dia 16 de abril para levar sua solidariedade e encorajar os migrantes vindos especialmente da Síria e Iraque, que buscam uma nova esperança em solo europeu. O gesto também teve uma dimensão ecumênica pela presença do Patriarca Ecumênico, Bartolomeu I, e do Arcebispo Greco-ortodoxo de Atenas Ieronimus. Dom Biasian nos fala dos desafios ainda existentes no Brasil para o estabelecimento de uma eficiente rede ecumênica de ajuda aos migrantes:

"Tenho a impressão que não houve ainda um atendimento organizado de todas as Igrejas através do CONIC. Sei que na CNBB tem o Departamento das Migrações que está fazendo este trabalho. Sei também que outras Igrejas estão fazendo isto. Eu creio que nós precisamos nos articular melhor. Não temos ainda, repito, no Brasil, uma organização ecumênica a respeito dos migrantes. Mas a ação de todas as Igrejas que fazem parte do CONIC ainda não articuladas e não organizadas a nível nacional. Quem sabe a Semana de Oração pela Unidade dos Cristão com esta temática dada pelos representantes das cinco Igrejas, não seja uma oportunidade para que possamos atender aos migrantes, sobretudo aqueles que vem dos países aqui da América Latina e que não tem um suporte dos seus conacionais, como colônia no Brasil, para um suporte mais bem articulado por parte de todas as Igrejas, e quem sabe coordenados pelo próprio CONIC. Atualmente não há uma coordenação entre as Igrejas a respeito deste assunto, deste problema". (JE)

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Igreja na América Latina



Bispos de Colômbia e Venezuela: é urgente reabrir fronteira

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Tachira (RV) – O Bispo da diocese de San Cristobal (Venezuela), Dom Mario del Valle Moronta Rodríguez, e o Bispo da diocese de Cucuta (Colômbia), Dom Victor Manuel Ochoa, se encontraram em Tachira com o prefeito desta cidade venezuelana, José Vielma Mora, e insistiram na urgência de pedir às autoridades para reabrir a fronteira. Dom Moronta informa que "além de reafirmar os vínculos de comunhão fraterna entre os pastores e as Igrejas locais limítrofes, o encontro serviu para examinar a situação atual na região de fronteira".

O confim foi fechado em setembro de 2015 por decisão do Presidente venezuelano, com a expulsão de cerca mil colombianos, motivando a medida como defesa dos direitos humanos e da segurança alimentar dos venezuelanos. De acordo com o governo, quase a metade dos produtos alimentícios venezuelanos era contrabandeada para a Colômbia.

Voluntários

Segundo os Bispos de Venezuela e Colômbia, reabrir as fronteiras será somente um fato positivo para os dois países-irmãos, além de ser muito útil para as pessoas e as comunidades da região de fronteira.

Ambos os representantes da Igreja se ofereceram como voluntários para se tornarem intermediários, se necessário, e se colocaram à disposição das autoridades dos dois países.

A nota se conclui informando que na próxima semana, na cidade de Cucuta (Colômbia), se realizará um encontro em nível eclesial dos dois Bispos, dos diretores das Caritas das duas Dioceses e dos Vigários pastorais.

 (BF/Agência Fides) 

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Formação



Fátima: divulgado trecho histórico de entrevista de Irmã Lúcia

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Cidade do Vaticano (RV) – Os arquivos da Rádio Vaticano guardam muitas entrevistas históricas, entre elas a de Irmã Lúcia de Jesus dos Santos, uma das três crianças que viram Nossa Senhora na Cova da Iria, em Fátima, durante o ano de 1917. 

Nesta entrevista, gravada em Portugal em 2000, portanto cinco anos antes da morte da Irmã Lúcia, ela fala sobre seus primos Jacinta e Francisco Marto e também de sua expectativa para a visita de João Paulo II, que iria ao país para beatificar os dois pastorzinhos.

Na época, Irmã Lúcia falou sobre seu primo Francisco. Teria ele ido à escola, ou não?

- Ele chegou e não chegou. Chegou a ir à escola, claro. Havia a escola para rapazinhos, em princípio, e para meninas não. Não era mista. Mas depois, passado algum tempo, em 1918, abriu também uma escola para meninas. Então, “rapazitos” iam à escola para rapazes e as meninas na escola para meninas. E ele dizia: “Mas Nossa Senhora me disse que me levaria para o céu, não é preciso que eu vá à escola”. Ele era aleijado da mão direita. Tinha, assim, a mão torta. Só o ensinavam a ler, não a escrever. E o Francisco: “Eu não vou, fico aqui com Nossa Senhora escondido”.

O interlocutor, cônego Manuel Formigão, um dos grandes defensores e promotores da mensagem de Fátima, avisa então que o Papa João Paulo II vai se encontrar com ela. Então Irmã Lúcia revela:

- É que nós temos aí uma pequenas coisas a dizer ao Santo Padre…mas não sei se pode? São umas coisas de estudo…

(arq/rb)

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A Via Sacra da Misericórdia em Parintins, Amazônia

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Cidade do Vaticano (RV) – Nesta segunda parte de nossa reportagem com o missionário italiano Pe. Henrique, em Parintins, ele nos apresenta a Via Sacra da Misericórdia preparada para o Ano Santo da Misericórdia.

Cada obra de misericórdia tem como referência um fato específico ou narração evangélica e foi preparada para o povo índio e caboclo da região amazônica. Na margem de cada figura, constam elementos importantes da cultura dos índios Saterè como a haste sagrada do Purantin, a luva da tucandeira, instrumento de iniciação masculina ornamentada com penas de arara e gavião real  e o fruto do Guaraná, plantado originariamente pela tribo.

O percurso vai do povoado na beira do rio Andirá até a modesta igreja com a Porta Santa, aberta neste Ano Santo pelo bispo diocesano Dom Giuliano Frigeni.    

Ouça a entrevista aqui: 

(CM)

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Os desafios da missão do Pime na Tailândia

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, voltamos ao nosso espaço de missão. Hoje, faremos uma viagem à Tailândia para conhecer o trabalho do Pe. Braz Lourenço de Oliveira missionário do Pontifício Instituto das Missões Exteriores (PIME), natural de Cataguases (MG). 

Amigo ouvinte, voltamos ao nosso espaço de missão. Hoje, faremos uma viagem à Tailândia para conhecer o trabalho do Pe. Braz Lourenço de Oliveira missionário do Pontifício Instituto das Missões Exteriores (PIME), natural de Cataguases (MG).

Pe. Braz foi ordenado sacerdote, em 2007, e está na Tailândia desde 2011, para conhecer a realidade e a cultura desse país. A Tailândia é um país essencialmente budista. Os cristãos não chegam a 1%. (MJ)

 

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Atualidades



"Lavamos a alma", diz religiosa após audiência com o Papa

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Cidade do Vaticano (RV) – “Lavamos a alma”: assim a Superiora da Congregação das Irmãs da Divina Providência, Ir. Márian Ambrósio, comentou a audiência que o Papa Francisco concedeu na quinta-feira (12/05) às participantes da XX Assembleia Plenária da União das Superioras Gerais (UISG).

Em entrevista ao Programa Brasileiro, Ir. Márian esclareceu a questão envolvendo o diaconato feminino e lamentou que este foi o único aspecto ressaltado pela imprensa. Para ela, outro tema relevante foi o da “servidão” da mulher na Igreja.

Ouça aqui a entrevista: 

“Foram 90 minutos sorrindo e conversando com a gente, muito humilde, porque os temas eram muito incisivos. E com uma transparência enorme, pois mais de uma vez ele repetiu que precisava estudar. A pessoa dele ontem é que marcou o evento: com as mãos vazias, com o sorriso nos lábios, ele não se deixou pressionar. Este é o meu primeiro destaque.

Decisão

O segundo é que eram três blocos de questões, mas a imprensa começou a focar num único tema. O primeiro foco era o papel da mulher na Igreja, da mulher em geral, da vida religiosa feminina. Ele foi soberano, não alimentou falsas esperanças. Nenhuma das perguntas era sobre ordenação sacerdotal, mas sobre poder de decisão, sobre a influência que a mulher pode ter na hora de decidir, já que a mulher é considerada até hoje a executora do que os homens decidem. Isso ocupou bastante tempo do diálogo com o Papa e ele reconheceu e indicou sinais de que isso está mudando. Mas ele disse que esta é uma porta aberta imensa. É por isso que temos que lutar e isso não implica na ordenação. Ele é bem claro.

Diaconato

Dentro deste bloco do lugar da mulher, houve a pergunta bem formulada de que na Igreja primitiva já existia mulheres diaconisas permanentes e por que hoje se segura isso. E foi bonita a sugestão da pessoa que representava o grupo, pedindo a ele que formasse uma comissão de estudos. O Papa não respondeu que vai ser possível ordenar mulheres diaconisas. Esta é uma coisa que a imprensa está divulgando como se o Papa tivesse aberto esta porta. Ele disse tão bonito que tinha que estudar isso, contou para nós até onde ele tinha conhecimento no que consistia o diaconato feminino na Igreja feminina, de ajudar a batizar, discorreu muito, citou professores, mas disse que isso tem que ser estudado. Esta comissão vai ser formada; ele prometeu. Mas ele focava sempre para estudar no que consistia este diaconato na igreja primitiva. Porque esta era a justificativa que nós apresentávamos: por que não pode existir hoje de novo? Foi muito interessante.

Servidão

Mas teve sim outros assuntos, ele é muito específico quando pede para a gente que saia do lugar da servidão. Ele usou uma expressão – falava em italiano -  “servizio” e “servitù” (serviço e servidão). Nós compreendemos bem o recado. Nós ainda ocupamos um lugar de servidão dentro da Igreja. Nós cozinhamos para o padre, nós lavamos a roupa do padre, nós fazemos aquilo que os padres não querem fazer. Este não é o lugar da mulher. A mulher é especialista em comunhão dentro da Igreja, ela exerce um serviço apostólico infinitamente grande. A mulher é a professora do padre, é formadora de opinião da vida do clero, é formadora de opinião do Papa, pois ele escuta as mulheres. Então ele disse que isso é serviço nosso. Temos que erguer a cabeça e ocupar este lugar servidor. Não como serviçais. Foi muito bom. Lavamos a alma.

(bf)

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Itália vai escolher paróquia do Rio para "Casa Paraolímpica"

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Cidade do Vaticano (RV) – Foi apresentado nesta quinta-feira, (12/05), na Sala de Imprensa da Santa Sé, o Projeto “Casa Itália Paraolímpica - Rio 2016” do Comitê italiano Paraolímpico em colaboração com a Santa Sé e a Arquidiocese do Rio de Janeiro.

A coletiva foi presidida pelo Padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, o Cardeal Gianfranco Ravasi, Prefeito do Pontifício Conselho para a Cultura, Luca Pancalli, Presidente do Comitê italiano Paraolímpico, Marco Giunio de Sancis, Chefe da Missão nos Jogos do Rio, e Martina Caironi, porta-bandeira italiana no Rio.

Entre os participantes encontrava-se o Padre Leandro Lenin Silva Tavares, representante da arquidiocese do Rio de Janeiro que, em entrevista à RV, falou do objetivo da sua passagem por Roma. Acompanhe. 

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Casa Rio - Embaixada Brasileira de Negócios Rio 2016

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Brasília (RV) - A Embaixada da Itália em Brasília comunicou, oficialmente, a inauguração, no Rio de Janeiro, da "Casa Rio - Embaixada Brasileira de Negócios". Trata-se de um programa governamental de atração de investimentos e de redes de negócios na sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos.

O projeto, continuação das ações de promoção dos investimentos do "Rio Conferences" de Londres 2012 e da Copa do Mundo de Futebol 2014, prevê entre abril e setembro um ciclo de palestras e encontros dos seguintes setores: energia, ciências da vida, moda, infraestruturas, media, turismo e atividades empresariais esportivas.

Por sua vez, a Arquidiocese do Rio se prepara para as Olimpíadas e Paraolimpíadas 2016, com a mobilização dos fiéis de diversas paróquias. Por isso, o Cardeal Orani João Tempesta criou um Comitê organizador do projeto “100 dias de Paz”.

O projeto engloba diversas atividades a serem realizadas antes, durante e depois dos Jogos Olímpicos, com a finalidade de atingir jovens, atletas e o público em geral, levando os valores cristãos católicos ao esporte.

O coordenador do Comitê organizador do projeto “100 dias de Paz” é o Padre Leandro Lênin Silva Tavares Cardoso, que participou de uma coletiva, nesta quinta-feira, na Sala de Imprensa da Santa Sé. Na encontro foi apresentado o Projeto “Casa Itália paraolímpica - Rio 2016” do Comitê italiano Paralímpico em colaboração com a Santa Sé e a Diocese do Rio de Janeiro.

A arquidiocese do Rio de Janeiro recebeu a Cruz Olímpica e o Ícone da Paz, após "Rio Conferences" de Londres 2012.

A Cruz Olímpica foi projetada e criada pelo artista britânico Jon Cornwall, que utilizou 12 tipos diferentes de madeira de todo o mundo, dentre elas uma de origem brasileira.

O ícone da Paz representa o trabalho que “Pax Christi Internacional” realiza em prol da paz e da reconciliação no Oriente Médio. A Paz de Cristo é representada no ícone por diversas histórias bíblicas e da vida de santos da Igreja.

Durante a Jornada Mundial da Juventude 2013, no Palácio da Cidade do Rio, em Botafogo, o Papa Francisco abençoou os dois símbolos, como também às bandeiras dos países participantes das Olimpíadas e Paraolimpíadas. (MT/Rede Vida)

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