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Sumario del 16/05/2016

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Papa e Santa Sé



Papa aos bispos italianos: a tríplice pertença ao Senhor, à Igreja, ao Reino

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Cidade do Vaticano (RV) – Na tarde desta segunda-feira (16), no Vaticano, o Papa Francisco participou da abertura da 69ª Assembleia Geral da Conferência Episcopal Italiana. Os bispos, reunidos na Sala do Sínodo, escutaram com atenção ao pronunciamento do Papa,  pelo terceiro ano inaugurando o evento como Bispo de Roma e Primaz da Itália.

No seu discurso, depois de agradecer a presença de todos e notar novos bispos na sua composição, pouco menos de 40, pronunciou seu discurso sobre a renovação do clero a partir da formação permanente.

“Nesta tarde, não quero lhes oferecer uma reflexão sistemática sobre a figura do sacerdote. Tentemos, ao contrário, inverter a perspectiva e ouvir atentamente, em contemplação. Aproximando-nos, quase que em ponta de pé, a um dos tantos párocos que passam pelas nossas comunidades; deixemos que o rosto de um deles passe perante os olhos do nosso coração e perguntemo-nos com simplicidade: o que faz a sua vida ser saborosa? Por quem e para que entrega o seu serviço? Qual é a finalidade do seu doar-se?”

Iniciando com questionamentos sobre a figura do presbítero, Papa Francisco começou a delinear suas observações sobre possíveis respostas que “ajudarão a identificar também as propostas de formação pelas quais investir com coragem”.

Pertença ao Senhor

O que, então, dá sabor à vida do 'nosso' presbítero? O contexto cultural é muito diverso daquele em que ele deu os primeiros passos no ministério. Inclusive na Itália, muitas tradições, hábitos e visões da vida foram afetados por uma profunda mudança de época.”

Apesar de vivermos atualmente um “tempo amargo e acusatório, devemos também sentir a sua dureza: no nosso ministério, quantas pessoas encontramos que estão em ânsia pela falta de referências para seguir! Quantas relações feridas!”, disse o Santo Padre. “Sobre esse contexto, a vida do nosso presbítero se torna eloquente, porque diversa, alternativa”. Precisa aceitar, assumir responsabilidades, sentir-se atuante e encarregado do seu destino.

“Sabe que o Amor é tudo. Não procura garantias terrenas ou títulos honoríficos que levam a confiar no homem; no ministério não questiona nada que vá além da real necessidade, nem está preocupado de ligar a si pessoas que lhe foram confiadas. O seu estilo de vida simples e essencial, sempre disponível, apresenta-o plausível aos olhos das pessoas e o aproxima aos humildes, numa caridade pastoral que os torna livres e solidários. Servo da vida, caminha com o coração e o passo dos pobres; faz-se rico do encontro com eles. É um homem de paz e de reconciliação, um sinal e um instrumento da ternura de Deus, atento a difundir o bem com a mesma paixão com a qual os outros curam os seus interesses.”

O segredo do presbítero “está em conformidade àquela de Jesus Cristo, verdade definitiva da sua vida. É a relação com Ele que o protege, fazendo-o alheio à mundanidade espiritual que corrompe, como também a qualquer cumplicidade e mesquinhez”.

Pertença à Igreja

E dando sequência às questões iniciais, o Santo Padre continuou:

Para quem o nosso presbítero entrega o serviço? A pergunta, talvez, precisa ser esclarecida. De fato, antes mesmo de nos questionarmos sobre os destinatários do seu serviço, devemos reconhecer que o presbítero é assim, na medida em que se sente atuante da Igreja, de uma comunidade concreta da qual compartilha o caminho. O povo fiel de Deus permanece sendo o seio do qual nasceu, a família na qual é envolvida, a casa para onde é enviado”.

Nesse momento do seu pronunciamento, Papa Francisco fez referência ao brasileiro Dom Hélder Câmara ao falar sobre a “respiração que liberta de uma auto-referencialidade que isola e aprisiona”.

‘Quando o teu pequeno barco começará a colocar raízes na imobilidade do cais’, lembrava Dom Hélder Câmara, ‘vai para o fundo!’. Parte! E, acima de tudo, não porque tem uma missão para cumprir, mas porque estruturalmente você é um missionário. Aquele que vive no Evangelho, entra dessa forma num compartilhamento virtuoso: o pastor é convertido e confirmado da fé simples do povo santo de Deus, com o qual trabalha e que no coração vive. Essa pertença é o sal da vida do presbítero. Nesse tempo pobre de amizade social, a nossa primeira tarefa é aquela de construir comunidade; a atitude à relação é, então, um critério decisivo de discernimento vocacional.”

Do mesmo modo, observa Francisco, “para um sacerdote é vital se encontrar no cenáculo do presbitério”. Uma experiência que pode libertar “dos narcisismos e dos ciúmes clericais; faz crescer a estima, o apoio e a benevolência recíproca”.

Pertença ao Reino

“Enfim, nos questionamos qual fosse a finalidade do doar-se do nosso presbítero. Quanta tristeza fazem aqueles que, na vida, estão sempre um pouco pela metade. Calculam, ponderam, não arriscam nada por medo de se perder... São os mais infelizes! O nosso presbítero, ao contrário, com os seus limites, é um que se aventura até o final: nas condições concretas da vida e do ministério que lhe foram colocadas, ele se oferece com gratuidade, com humildade e alegria. Inclusive quando ninguém parece perceber. Inclusive quando, por intuição, humanamente percebe que talvez ninguém vai agradecê-lo suficientemente do seu doar-se sem medidas.”

O Papa Francisco o caracteriza como “o homem da Páscoa, do olhar direcionado ao Reino e para onde se sente que a história humana caminha, apesar dos atrasos, das obscuridades e contradições”.

“Está, então, delineada, queridos irmãos, a tríplice pertença que nos constitui: pertença ao Senhor, à Igreja, ao Reino. Esse tesouro em vasos de Creta precisa ser protegido e promovido! Compreendam fortemente essa responsabilidade, assumam com paciência e disponibilidade de tempo, de mãos e de coração.” (AC)

Confira o discurso na íntegra:

"Queridos irmãos,

O que me deixa particularmente feliz em abrir com vocês esta assembleia é o tema que colocaram como fio condutor dos trabalhos – A renovação do clero –, no desejo de apoiar a formação no decorrer das diversas estações da vida.

A Festa de Pentecostes que foi apenas celebrada coloca esse objetivo na perspectiva justa. O Espírito Santo permanece, de fato, o protagonista da história da Igreja: é o Espírito que habita plenamente na pessoa de Jesus e nos conduz ao mistério do Deus vivo; é o Espírito que animou a resposta generosa da Virgem Mãe e dos Santos; é o Espírito que trabalha nos crentes e nos homens de paz e provoca a disponibilidade generosa e a alegria evangelizadora de tantos sacerdotes. Sem o Espírito, sabemos, não existe possibilidade de vida boa, nem de reforma. Rezamos e nos comprometemos a proteger a sua força, afim de que 'o mundo do nosso tempo possa receber a Boa Nova […] dos ministros do Evangelho, de onde a vida irradia fervor' (Paolo VI, Exort. Ap. Evangelii nuntiandi, 80).

Nesta tarde, não quero lhes oferecer uma reflexão sistemática sobre a figura do sacerdote. Tentemos, ao contrário, inverter a perspectiva e ouvir atentamente, em contemplação. Aproximando-nos, quase que em pontas dos pés, a um dos tantos párocos que passam pelas nossas comunidades; deixemos que o rosto de um deles passe perante os olhos do nosso coração e perguntemo-nos com simplicidade: o que faz a sua vida ser saborosa? Por quem e para que entrega o seu serviço? Qual é a finalidade do seu doar-se?

Espero que esses questionamentos possam repousar dentro de vocês no silêncio, na oração tranquila, no diálogo franco e fraterno: as respostas que florescerão os ajudarão a idenfiricar também as propostas de formação pelas quais investir com coragem.

1. O que, então, dá sabor à vida do “nosso” presbítero? O contexto cultural é muito diverso daquele em que deu os primeiros passos no ministério. Inclusive na Itália, muitas tradições, hábitos e visões da vida foram afetados por uma profunda mudança de época.

Nós, que frequentemente nos encontramos lamentando este tempo com tom amargo e acusatório, devemos também sentir a sua dureza: no nosso ministério, quantas pessoas encontramos que estão em ânsia pela falta de referências para seguir! Quantas relações feridas! Num mundo em que cada um se considera a medida de tudo, não tem mais lugar para o irmão.

Sobre esse contexto, a vida do nosso presbítero se torna eloquente, porque diversa, alternativa. Como Moisés, ele é um que se aproximou do fogo e deixou que as chamas queimassem as suas ambições de carreira e poder. Fez um fogo também das tentações de se interpretar como um “devoto”, que se refugia num intimismo religioso que de espiritual tem bem pouco.

Está de pés descalços, o nosso padre, em comparação à uma terra que é determinada a acreditar e a se considerar santa. Não se escandaliza pelas fragilidades que agitam a essência humana: ciente de ser ele mesmo um paralítico curado, é distante da frieza de um grande marcador de penalidades, como também da superficialidade de quem quer se mostrar tolerante ao bom mercado. O outro, aceita, ao contrário, de assumir responsabilidades, sentindo-se atuante e encarregado do seu destino.

Com o óleo da esperança e da consolação, se faz próximo de todos, atento a compartilhar o abandono e o sofrimento. Tendo aceitado de não dispor de si mesmo, não tem uma agenda para defender, mas entrega todas as manhãs ao Senhor o seu tempo para se deixar encontrar com as pessoas e conhecê-las. Assim, o nosso sacerdote não é um burocrata ou um anônimo funcionário da instituição; não é consagrado a um papel empregatício, nem é movido por critérios de eficiência.

Sabe que o Amor é tudo. Não procura garantias terrenas ou títulos honoríficos que levam a confiar no homem; no ministério não questiona nada que vá além da real necessidade, nem está preocupado de ligar a si pessoas que lhe foram confiadas. O seu estilo de vida simples e essencial, sempre disponível, apresenta-o plausível aos olhos das pessoas e o aproxima aos humildes, numa caridade pastoral que torna livres e solidários. Servo da vida, caminha com o coração e o passo dos pobres; faz-se rico do encontro com eles. É um homem de paz e de reconciliação, um sinal e um instrumento da ternura de Deus, atento a difundir o bem com a mesma paixão com a qual os outros curam os seus interesses.

O segredo do nosso presbítero, vocês sabem bem!, está naquele arbusto ardente que marca a chamas a existência, a conquista e está em conformidade àquela de Jesus Cristo, verdade definitiva da sua vida. É a relação com Ele que o protege, fazendo-o alheio à mundanidade espiritual que corrompe, como também a qualquer cumplicidade e mesquinhez. É a amizade com o seu Senhor a levá-lo a abraçar a realidade quotidiana com a confiança de quem crê que a impossibilidade do homem não permanece assim para Deus.

2. Torna-se, assim, mais imediato enfrentar também as outras questões das quais iniciamos. Para quem entrega o serviço o nosso presbítero? A pergunta, talvez, precisa ser esclarecida. De fato, antes mesmo de nos questionarmos sobre os destinatários do seu serviço, devemos reconhecer que o presbítero é assim, na medida em que se sente atuante da Igreja, de uma comunidade concreta da qual compartilha o caminho. O povo fiel de Deus permanece sendo o seio do qual nasceu, a família na qual é envolvida, a casa para onde é enviado. Essa atribuição comum, que flui do Batismo, é a respiração que liberta de uma auto-referencialidade que isola e aprisiona: 'Quando o teu pequeno barco começará a colocar raízes na imobilidade do cais', lembrava Dom Hélder Câmara, 'vai para o fundo!'. Parte! E, acima de tudo, não porque tem uma missão para cumprir, mas porque estruturalmente você é um missionário: no encontro com Jesus experimentou a plenitude de vida e, por isso, deseja fortemente que os outros se reconheçam nEle e possam proteger a sua amizade, nutrir-se da sua palavra e celebrá-Lo na comunidade.

Aquele que vive no Evangelho, entra dessa forma num compartilhamento virtuoso: o pastor é convertido e confirmado da fé simples do povo santo de Deus, com o qual trabalha e que no coração vive. Essa atribuição é o sal da vida do presbítero; faz com que o seu princípio distintivo seja a comunhão, vivida com os leigos em relações que sabem valorizar a participação de cada um. Nesse tempo pobre de amizade social, a nossa primeira tarefa é aquela de construir comunidade; a atitude à relação é, então, um critério decisivo de discernimento vocacional.

Ao mesmo modo, para um sacerdote é vital se encontrar no cenáculo do presbitério. Essa experiência, quando não é vivida em maneira ocasional, nem em força de uma colaboração instrumental, liberta dos narcisismos e dos ciúmes clericais; faz crescer a estima, o apoio e a benevolência recíproca; favorece uma comunhão não somente sacramental ou jurídica, mas fraterna e concreta. No caminhar junto dos presbíteros, diferentes por idade e sensibilidade, expande-se um perfume de profecia que  surpreende e fascina. A comunhão é, sem dúvida, um dos nome da Misericórdia.

Na vossa reflexão sobre a renovação do clero entra novamente o capítulo que se refere à gestão das estruturas e dos bens econômicos: em uma visão evangélica, evitem de se sobrecarregar numa pastoral de conservação, que cria obstáculo à abertura à perene novidade do Espírito. Mantenham somente aquilo que pode servir para a experiência de fé e de caridade do povo de Deus.

3. Enfim, nos questionamos qual fosse a finalidade do doar-se do nosso presbítero. Quanta tristeza fazem aqueles que, na vida, estão sempre um pouco pela metade. Calculam, ponderam, não arriscam nada por medo de se perder... São os mais infelizes! O nosso presbítero, ao contrário, com os seus limites, é um que se aventura até o final: nas condições concretas da vida e do ministério que lhe foram colocadas, ele se oferece com gratuidade, com humildade e alegria. Inclusive quando ninguém parece perceber. Inclusive quando, por intuição, humanamente percebe que talvez ninguém vai agradecê-lo suficientemente do seu doar-se sem medidas.

Mas, ele sabe, não poderia fazer diferente: ama a terra, que reconhece visitada todas as manhãs pela presença de Deus. É o homem da Páscoa, do olhar direcionado ao Reino e para onde se sente que a história humana caminha, apesar dos atrasos, das obscuridades e contradições. O Reino, a visão que o homem tem Jesus, é a sua alegria, o horizonte que lhe permite relativizar o resto, de diluir preocupações e ansiedade, de ficar livre das ilusões e do pessimismo; de proteger no coração a paz e de difundi-la com os seus gestos, as suas palavras, as suas atitudes.

Está, então, delineada, queridos irmãos, a tríplice pertença que nos constitui: pertença ao Senhor, à Igreja, ao Reino. Esse tesouro em vasos de Creta precisa ser protegido e promovido! Compreendam fortemente essa responsabilidade, assumam com paciência e disponibilidade de tempo, de mãos e de coração.

Rezo com vocês a Virgem Santa, para que a sua intercessão os proteja acolhedores e fiéis. Junto com os vossos presbíteros, possam terminam o trabalho, o serviço que lhes foi confiado e com o qual participam ao mistério da Mãe Igreja."

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Papa inaugura Assembleia Episcopal Italiana

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Cidade do Vaticano (RV) – Com o discurso do Papa Francisco, tem início esta segunda-feira, (16/05), a 69ª Assembleia Geral da Conferência Episcopal Italiana.

Os bispos italianos estarão reunidos na Sala do Sínodo, no Vaticano, até o dia 19. Entre os temas em debate, estão a renovação do clero a partir da formação permanente, a gestão em âmbito econômico e a revisão das normas sobre os Tribunais eclesiásticos.

Tradicionalmente, a assembleia dos bispos italianos é aberta com o pronunciamento do Cardeal-Presidente, mas este é o terceiro ano em que o Papa, enquanto Bispo de Roma e Primaz da Itália, escolhe fazer o pronunciamento inaugural.

Diferentemente das Conferências Episcopais de outros países, a Italiana é a única cuja eleição da presidência é ratificada pessoalmente pelo Pontífice. O Presidente atual é o Arcebispo de Gênova, Card. Angelo Bagnasco, no cargo desde 2007. 

O pronunciamento do Papa será transmitido ao vivo pelo CTV a partir das 11h40 de Brasília. Não é prevista transmissão em português da RV. 

(bf)

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Papa na Armênia em junho: a alegria da comunidade armênia

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Cidade do Vaticano (RV) - Grande alegria na comunidade armênia pela visita do Papa Francisco a Armênia entre os dias 24 e 26 de junho próximo.

Na última sexta-feira a Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou o programa da visita: os três densos dias preveem a visita ao memorial do ecídio de 1915-16, momentos de ecumenismo como a oração pela paz e a declaração conjunta com a Igreja Armênia Apostólica e o encontro com a comunidade católica. A Rádio Vaticano ouviu o Arcebispo dos armênios católicos de Aleppo, na Síria, Dom Boutros Marayati: 

R. Para nós armênios trata-se de uma notícia que nos honra muito e que nos dá uma grande, grande alegria. E isso, antes de tudo, porque o Santo Padre, que conhece bem a história dos armênios, vem como peregrino para recordar a memória dos mártires armênios. No ano passado – no dia 12 de abril –, celebrou a Missa por ocasião do centenário dos mártires armênios, do genocídio perpetrado pelos otomanos em 1915. E este ano, como coroação desta celebração, virá pessoalmente visitar esta terra cristã, onde se encontra o sangue dos mártires, para rezar. Terá também um encontro ecumênico com a Igreja armênio-ortodoxa: assim esta visita terá um valor ecumênico. Mas ele vem também para encorajar a presença da Igreja armênio-católica: nós estamos presentes na Armênia, com o nosso arcebispo, com os sacerdotes, as religiosas e muitos fiéis que estão aqui, que viveram aqui durante o regime soviético e que agora estão livres e começaram a reabrir suas igrejas. A visita do Santo Padre e a sua Santa Missa no centro de Gymuri é para nós um grande encorajamento. Começando do Presidente até o último cidadão estaremos ali para acolher o Santo Padre. Esperamos que possa nos dar também esperança para uma vida de paz com todos os países que fazem fronteira com este pequeno país, que é a Armênia; mas também para uma  maior colaboração entre os armênios da República Armênia e todos os armênios que vivem na diáspora.

P. – Olhando para os eventos que marcarão esta visita, o senhor recordou a visita ao memorial do martírio dos armênios; depois a assinatura de uma declaração conjunta com a Igreja Armênia Apostólica; o Papa rezará ainda no Mosteiro de Khor Virap, que é o lugar da prisão de São Gregório Iluminador… Portanto será uma viagem com conteúdos muito fortes para a Armênia, mas também, poderíamos dizer, devido a situação internacional…

R. – Sem dúvida, também porque a Armênia pensa e gostaria de fazer parte da Comunidade Europeia. A Armênia tem também problemas de guerra e de paz com os países vizinhos… Será ocasião de pensar na paz, no entendimento. Creio que a coisa mais bonita e mais poética será precisamente quando for visitar o Convento de Khor Virap: dali se vê o Monte Ararat, o monte bíblico, o monte armênio, que hoje se encontra em território turco… Nós o vemos daqui e no diz que a Arca de Noé chegou ali e que um dia todo o povo armênio estará perto de Deus graças aos mártires que deram a vida por Cristo.

P. Uma visita que se insere na continuidade com a de São João Paulo II: o que permaneceu daquela viagem apostólica?

R. – Aquela viagem apostólica – da qual eu participei – teve um caráter muito privado; esta viagem terá, ao invés, uma abertura mais forte, porque o Santo Padre irá a Gymuri, norte da Armênia, onde há uma presença muito grande de armênios católicos. E isso também com a benção do Katolicós Apostólico Armênio de Etchmiadzin, que o acompanhará. Presidirá uma Missa ali, na praça da cidade de Gymuri, onde há uma presença católica. Portanto, há verdadeiramente esta grande abertura. (SP)

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Dom Guixot no Japão: diálogo com budistas para construir pontes

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Tóquio (RV) – “Aderir a qualquer iniciativa que possa, de algum modo, favorecer o diálogo para o bem da humanidade”, cada um tendo sempre bem presente a própria identidade, mas ao mesmo tempo abertos aos outros com “respeito e estima”. Este é o espírito que anima a colaboração entre a Igreja e a organização budista Rissho Kosei-kai (Rkk), recordou o Secretário do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Dom Miguel Ángel Ayuso Guixot, na conclusão da visita realizada nos dias passados ao Japão.

Após ter participado de uma conferência com os líderes religiosos sobre o Oriente Médio, o prelado encontrou no domingo, 15 de maio, expoentes do RKK, com os quais o dicastério tem relações de colaboração há decênios.  Ao reconstruir a história destas relações,  o bispo colombiano evocou a participação do fundador Nikkyo Niwano como observador, na abertura da IV Sessão do Concílio Vaticano II. “Ele – explicou Dom Guixot – amava dizer que o único caminho para salvar o mundo e toda a humanidade é o da cooperação entre as religiões”.

Convidado em setembro de 1965 pelo Cardeal Marella, Niwano foi recebido por Paulo VI, a quem confiou que dedicaria os próprios esforços à causa da paz no mundo. E Montini respondeu que certamente Deus concederia a sua bênção ao nobre trabalho realizado pelo líder budista.

Inspirado por estas palavras do Pontífice, o fundador do RLL convenceu-se sempre mais que “a missão das pessoas religiosas não pode ser realizada se pensamos somente na nossa tradição ou religião. Desde então – foi o seu propósito – quero ser uma ponte que liga todas as religiões”. Logo após, fundou em Kyoto, Japão, a Conferência Mundial das Religiões para a Paz, que se reuniu pela primeira vez em 1970, apenas cinco anos depois da Declaração conciliar Nostra Aetate.

“Hoje, a nossa colaboração continua com o mesmo espírito”, reiterou Dom Ayuso Guixot, saudando Nichiko Niwano, o primogênito que sucedeu Nikkyo, e a sua filha Kosho Niwano, co-Presidente internacional de Religiões pela Paz e membro do Conselho Administrativo do International Dialogue Centre – KAICIID.

A este propósito, o Secretário do Pontifício Conselho expressou sua satisfação pela entrega do 33° Prêmio Niwano ao Centro para a construção da paz e da reconciliação no Sri Lanka. Trata-se – afirmou – de “um modelo e exemplo para todos nós, no trabalho de reconstrução” de um clima de confiança e de relações, “como proposto também pelo Papa Francisco”, por meio de seus contínuos convites para “um diálogo baseado no respeito e na amizade”. E concluiu, citando as palavras pronunciadas pelo Pontífice em Bandaranaike Memorial International de Colombo, em 13 de janeiro de 2015: “Espero que a colaboração inter-religiosa e ecumênica demonstrará que, para viver em harmonia com os seus irmãos e irmãs, os homens e as mulheres não devem esquecer a própria identidade, seja esta étnica ou religiosa”. (JE/Osservatore Romano)
 

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Dom Paglia: Para Francisco, nenhuma família é excluída do amor de Deus

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu em audiência na manhã desta segunda-feira (16/05), o Presidente do Pontifício Conselho para a Família, Arcebispo Vincenzo Paglia. Entre os temas tratados no encontro, a divulgação da Exortação pós-Sinodal Amoris laetitia, em particular entre as famílias e nas comunidades eclesiais. A Rádio Vaticano conversou com Dom Paglia:

“Não há dúvida de que, após o Sínodo, existe agora toda a perspectiva da divulgação e do apoio à Exortação Apostólica Amoris laetitia. Este é um texto que requer um aprofundamento e um ímpeto novo, para que não somente se “reveja” a pastoral familiar, mas talvez mais do que isto, para que toda a pastoral familiar adquira os traços da familiaridade; a partir de um renovado estilo nas comunidades cristãs, nas paróquias, para que sejam – realmente – uma família que acolhe, que encoraja todas as famílias para serem próximas àqueles que têm maiores problemas e dificuldades. Isto me parece particularmente importante e, neste sentido o Pontifício Conselho está empenhado de maneira particularmente forte. Tantos são os pedidos, de várias partes da Itália e do mundo, e acredito que seja uma consolação também para o Papa poder ver que o texto que ele entregou, responda efetivamente a uma necessidade profunda, quer da Igreja, quer da sociedade”.

RV: Existe uma palavra, alguma coisa, que lhe tocou particularmente na audiência de hoje com o Papa Francisco?

“Eu diria a urgência de propagar um amor que seja robusto, construtivo, misericordioso, acolhedor, que não exclua ninguém. Assim, existe como que uma paixão de universalidade por parte do Papa para que nenhuma família seja privada da alegria do amor”.

RV: O Papa tem a peito que este documento – Amoris laetitia – seja lido também com calma – inclusive ele escreveu isto na primeira página – e portanto, também metabolizado, antes de tudo pelas famílias, não é mesmo?

“Exatamente. Poderíamos dizer que este documento tem de se tornar "letra viva" através da própria vida das famílias: são elas que devem ser o documento real o verdadeiro texto. São as famílias que devem testemunhar – precisamente – a alegria do amor. Elas são o seu lugar prioritário. Conhecemos por outro lado, as suas dificuldades e os problemas; e todavia, é precisamente dela que se deve reiniciar: das famílias, que são a parte absolutamente majoritária do Povo de Deus. Na sensibilidade do Papa Francisco, sabemos bem o que quer dizer o sensus fidelium: ou seja, o sentir do povo de Deus sobre o amor, sobre a vida, sobre a existência e sobre a ajuda aos mais fracos. Tantas vezes o Papa se refere diretamente às famílias para que sejam o lugar onde se testemunha o amor de Deus, por todos, e particularmente por aqueles mais vulneráveis e mais feridos”. (JE/AG)

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O papel do Núncio na diplomacia vaticana: acima de tudo um pastor

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Cidade do Vaticano (RV) – “Inteligência, arte e sobretudo caridade. Os Núncios com os quais colaborei viviam assim o seu serviço e quando coube a mim ser chefe de missão, eles representavam o ideal a ser seguido. A beleza do papel do Núncio Apostólico é precisamente poder ser parte de uma Igreja a caminho”. Dom Giovanni Tonucci, Arcebispo-Prelado de Loreto, ex-Núncio Apostólico na Bolívia, Quênia, Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca e Islândia, comenta as palavras que Francisco dirigiu, em 12 de maio, aos sacerdotes da comunidade da Pontifícia Academia Eclesiástica. O Papa, falando aos futuros diplomatas da Santa Sé, recordou que o ministério nas representações pontifícias deve ser realizado com uma diplomacia inteligente feita de arte e caridade, que construa pontes com as culturas, as sociedades e os Governos, tornando presente a Igreja e dando voz ao Evangelho”.

Um embaixador “sui generis”

“A contribuição que um Núncio pode levar a uma comunidade eclesial – explica o prelado – baseia-se muitíssimo no conhecimento das pessoas do lugar, do povo que vive em um determinado país. O representante pontifício pode, de fato, ter um tipo de conhecimento e de informações que falta completamente a outras embaixadas: todas as notícias de primeira mão sobre a vida cotidiana que chegam de cada paróquia e de cada diocese. Notícias diretas, que não dizem respeito somente à vida eclesial, mas também à vida social, o nível de pobreza ou o respeito dos direitos humanos”.

O Núncio, este “desconhecido”

Sobre as características peculiares da diplomacia pontifícia, que fazem do Núncio um embaixador “sui generis”, escreve Matteo Cantori no livro “A diplomacia pontifícia, aspectos eclesiásticos-canônicos”, publicado recentemente pela Tau Editora. “Frequentemente – explica o autor – os Núncios são descritos como figuras abstratas, distantes do povo de Deus, de quem se ignora as reais atribuições. Trata-se, pelo contrário, de diplomatas mais do que nunca próximos e incardinados na realidade do país em que são chamados a viver e atuar. Na evolução do Direito Canônico e do Magistério da Igreja, o seu papel se consolidou como eminentemente pastoral”.

“A função dos Núncios – explica Dom Tonucci, autor do Prefácio do livro -  se baseia na realidade da Igreja. Eles não têm, como os embaixadores dos Estados, interesses específicos a serem mantidos, nada para vender ou comprar. A Igreja fala do Evangelho e o Núncio não é nada mais nada menos do que um instrumento para levar e dar a conhecer a palavra do Papa e portanto os valores que defendem a paz, os direitos e as classes mais vulneráveis”.

Inteligência, arte e caridade

“A arte do diálogo e a caridade evangélica, da qual falou o Papa – explica ainda Cantori – são duas características que se complementam. A arte do diálogo significa sobretudo saber ouvir, porque o diplomata do Papa é uma pessoa que se coloca à escuta e age como um intermediário com o seu mandatário. O espírito caritativo deve permear o empenho pela justiça e a paz do Núncio”. (JE/FC)

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Livro traz 1º balanço histórico do Pontificado de Bento XVI

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Roma (RV) – O Pontificado de Bento XVI foi objeto de numerosas análises sobre questões específicas, mas não ainda com uma análise histórica global. Para preencher este vácuo, o Diretor do Departamento de História da Igreja da Pontifícia Universidade Gregoriana, Roberto Regoli, escreveu o livro “Além da crise da Igreja. O Pontificado de Bento XVI”, a ser apresentado na sexta-feira, (20/05) na Pontifícia Gregoriana, onde Ratzinger lecionou entre 1972 e 1973.

“Acredito que a característica do livro – explica o autor em uma nota – seja a operação inédita de “historicizar”, isto é, ler o pontificado no contexto eclesial e social do período, assim como sobre a mais ampla história do Papado contemporâneo. Inédita, embora não exaustiva, é a análise oferecida sobre a diplomacia pontifícia”.

Precisão

O estudo dedica amplo espaço não somente à avaliação exterior (Pontificado expansivo ou depressivo?) ou a questões específicas (crise dos abusos de menores, caminho ecumênico, etc), mas faz emergir as grandes problemáticas pertinentes à vida interna da Igreja.

A obra será apresentada às 18 horas na Aula Magna da universidade. Após a saudação inicial do Decano da Faculdade de História e Bens Culturais da Igreja, Padre Nuno da Silva Gonçalves SJ, nomeado próximo Reitor Magnífico da Universidade, deverão se pronunciar o Prefeito da Casa Pontifícia , Dom Georg Gänswein e o historiados Andrea Riccardi, fundador da Comunidade de Santo Egídio. Introduz e modera o encontro Paolo Rodari, vaticanista do “La Reppublicca”. (JE)

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LEV lança livro sobre criatividade linguística do Papa

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Cidade do Vaticano (RV) – A Livraria Editora Vaticana (LEV) está presente no Salão do Livro de Turim, aberto até esta segunda-feira (16/05). São quase 500 títulos expostos em um estande de 110 m², totalizando 20 mil volumes. São textos dos Pontífices - com particular atenção ao Papa Francisco - mas também livros sobre o Jubileu, a Sagrada Escritura, a História da Igreja, arte, entre outros.

Uma das obras que está despertando grande interesse é “A linguagem do Papa Francisco. Análise, criatividade e normas gramaticais”, de Salvatore Claudio Sgroi, professor de Linguística Geral na Universidade de Catânia. Aos microfones da Rádio Vaticano, o docente explicou como nasceu a ideia de analisar as palavras e a expressividade de Francisco:

“Como o objetivo do Papa é o de ser entendido e de alcançar os outros, deixando-os curiosos, por um lado sabe quais são os problemas das pessoas, por outro usa as palavras mais comuns, usa frases não muito longas e o seu falar é sempre um diálogo. E esta sua capacidade permite a ele de falar em qualquer língua. Ou seja, as dificuldades que todas as pessoas que falam encontram, tornam-se secundárias: ele consegue superá-las facilmente. Portanto, se percebe que ele é estrangeiro, fundamentalmente pelo sotaque, porém as escolhas de sintaxe e lexicais, o tipo de italiano que ele fala, é um tipo de italiano quase nativo, culto. E portanto, para o linguista, é um laboratório extremamente  intrigante”.

RV: O senhor descreve que o Papa sai fora dos esquemas no uso das palavras, dando prova de uma criatividade linguística bem italiana. Poderias citar algum exemplo?

“Bem, no meu texto analisei muitas vezes alguns exemplos, porque foram objeto de análises por parte de outros jornalistas e no geral a atitude era aquela de dizer: “O Papa fala diferentemente de min, portanto o Papa erra”. Eu, ao contrário, procurei demonstrar como o Papa não erra totalmente. Antes de tudo, é necessário entender o que significa “errar”. Se errar significa falar de maneira confusa, caótica, contraditória, eu desafio qualquer um a dizer que aquilo que o Papa diz ou que disse no passado seja confuso, contraditório. À nível lexical o Papa é extraordinário, pois também no uso das palavras, ele aplica esquemas de formação das palavras que são próprias do italiano e são também comuns ao espanhol. Um exemplo é o “misericordiar”. “Misericordiar” pode deixar estupefato, porque no italiano é incomum, mas eu procurei demonstrar que havia também na língua italiana, e no final, ele não faz outra coisa que colocá-la em circulação, de acordo também com o espanhol. E portanto, dizer que seja errado, mesmo se tratando de uma palavra muito compreensível, de uma palavra formada segundo as regras e a gramática do italiano, não seria o caso. Pelo contrário, é uma palavra que se torna importante porque coloca em relevo um conceito que é importante no discurso que o Papa Francisco nos faz. Então, criar neologismos trazendo à tona conceitos-chaves, é uma habilidade que não é comum”.

RV: É a autoridade de quem diz que o neologismo, ou mesmo uma determinada maneira de dizer, pode ser aceito e que não é um erro, ou é outra coisa, algum outro critério?

“A meu ver, os critérios são dois. De um lado, um modo de dizer, uma expressão, uma palavra qualquer que pode ser aceita ou deve ser aceita quando é clara. Dito isto, as palavras claras certamente são mais facilmente aceitas se são aquelas pronunciadas pelas autoridades, por quem conta, no final das contas. O que diz o Papa, o que diz o Presidente da República, o que dizem os escritores, o que dizem os jornalistas, o que dizem também os políticos, por si só torna-se um ponto de referência”. (JE/AM)

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Igreja no Brasil



Missão: ação evangelizadora no Santuário Nacional de S. José de Anchieta

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro semanal “O Brasil na Missão Continental” traz também hoje a participação do reitor do Santuário Nacional de São José de Anchieta, Pe. Cesar Augusto dos Santos, S.J. 

Natural de Barra do Piraí (RJ), durante sete anos o religioso jesuíta esteve à frente do “Programa Brasileiro” da Rádio Vaticano – com o qual mantém estreita relação como colaborador nosso – e há um ano e meio é o reitor do Santuário nacional dedicado ao Apóstolo do Brasil, situado em Anchieta, no Espírito Santo.

Tendo estado de passagem por Roma estes dias, aproveitamos da visita que nos fez à nossa redação para conversar um pouco com ele sobre suas atividades no âmbito de seu ministério sacerdotal ao retornar à terra-pátria, após os referidos sete anos transcorridos na Cidade Eterna.

Na edição passada, Pe. Cesar falou-nos um pouco sobre esta sua nova experiência pastoral. Hoje ele continua nos trazendo suas considerações destacando, em primeiro lugar – na esteira de devoção a São José de Anchieta – os principais desafios por ele encontrados para a ação evangelizadora no Santuário do qual é reitor. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Igreja na América Latina



Situação caótica em El Paso com chegada de milhares de cubanos

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El Paso (RV) – Diante da chegada cotidiana de milhares de cubanos em El Paso, Texas (localidade de fronteira nos Estados Unidos), a acolhida nesta cidade entrou em colapso, também devido ao fim dos recursos para mantê-los. Precedentemente, os migrantes caribenho estavam bloqueados na fronteira com o Panamá.

O Bispo da Diocese de El Paso, Dom Mark Joseph Seitz, declarou que “é preocupante a chegada dos cubanos, porque não foi notificado nem o número daqueles que podem permanecer mais tempo aqui, nem o número daqueles que devem chegar, e tão pouco aumento o apoio financeiro do governo federal”.

Dom Seitz recorda que o Centro Social Houchen é o único autorizado a nível local para acolher os migrantes cubanos, que somente ali podem receber um apoio mensal de 445 dólares enquanto aguardam uma permissão para trabalhar, mas com a chegada maciça de tantos imigrantes não é mais possível assegurá-los.

Há alguns dias – indica a nota enviada à Agência Fides – estão chegando em Ciudad Juárez voos diários transportando os cubanos provenientes do Panamá, que logo se dirigem à El Paso.

O prelado declarou à imprensa local que a maior parte dos cubanos pretendem ir a Houston ou Miami, mas ao menos 10% deles não pode prosseguir a viagem sem uma ajuda.

Estima-se que cerca de 3 mil cubanos chegarão nesta semana e na próxima em Ciudad Juarez, e por consequência, em El Paso. Neste sentido a Diocese local pede o apoio de todos para ajudá-los. (JE/CE)

 

 

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Igreja no Mundo



Bispos de Malauí: reduzir disparidades econômicas e pobreza no país

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Lilongue (RV) - O bispo de Karonga, em Malauí, Dom Martin Mtumbuka, lançou um apelo aos economistas a reduzir as disparidades econômicas e a pobreza no país do sudeste da África. O prelado é também membro do Malauí Economic Justice Network.

Trata-se de um organismo nascido depois do ano 2000, após a campanha “Eliminar a dívida” dos países ainda não plenamente desenvolvidos. Hoje, ele conta mais de cem membros, entre os quais Ongs, comunidades de base e representantes dos meios de comunicação.

Política econômica seja inclusiva para toda a sociedade

Reiterando a necessidade de “promover a equidade como objetivo macro-econômico importante”, o prelado observou que “o crescente fosso social entre ricos e pobres evidenciou a necessidade de compreender as causas da desigualdade e da pobreza e de se criar políticas adequadas para reduzir a indigência e as diferenças de renda” entre a população.

“É preciso trabalhar pela erradicação da pobreza em Malauí, com a garantia de políticas econômicas inclusivas e a redução das dificuldades para as faixas sociais mais marginalizadas”, insistiu Dom Mtumbuka.

Iguais oportunidades para todos os cidadãos

Em seguida, recordando que muitos habitantes do país vivem em condições de “extrema indigência”, o bispo de Karonga pediu “iguais oportunidades” para todos, e não para “poucos selecionados”.

Por fim, o prelado chamou a atenção para o fato que reduzir as disparidades financeiras contribuirá para reduzir a própria pobreza e, consequentemente, favorecerá o crescimento econômico em todo Malauí. (RL)

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Bispos da Albânia dizem "sim" à reforma da justiça no país

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Tirana (RV) - Os bispos albaneses fazem um encorajamento à realização da reforma da justiça, cuja proposta está sendo examinada no Parlamento do país balcânico. Numa declaração, a Conferência episcopal reunida em assembleia plenária pronunciou-se sobre um tema de particular importância para a opinião pública do país.

Os albaneses têm direito a uma sociedade justa

“A exigência da justiça é intrínseca na pessoa humana e na sociedade. Por isso, como pastores e tendo a peito o bem do rebanho a nós confiado e de todo o país, encorajamos essa reforma”, afirmam.

“Os albaneses têm direito a uma sociedade justa e aqueles que ocupam cargos públicos devem ter o senso de responsabilidade e de justiça”, acrescentam.

Em particular, os bispos evidenciam duas questões, explica à agência Sir o responsável pela comunicação do episcopado, Pe. Gjergj Meta. Em primeiro lugar, “a reforma deve assegurar que no futuro não mais haverá pessoas candidatas ou eleitas ou nomeadas para cargos públicos com um passado criminoso ou envolvidas em casos de corrupção”.

Não tocar no Código da família

Em segundo lugar, a reforma, no ponto que diz respeito ao princípio constitucional da não-discriminação – defendido pela Igreja albanesa –, “não deve absolutamente aferir o Código de família, que para os cristãos é aquela fundada sobre o matrimônio entre um homem e uma mulher”.

A esse respeito, os bispos recordam o que escreve o Papa Francisco na Exortação apostólica pós-sinodal “Amoris Laetitia”, segundo a qual “Somente a união exclusiva e indiscutível e entre um homem e uma mulher realiza uma função social plena, sendo um empenho estável e tornando possível a fecundidade e “as uniões de fato ou entre pessoas do mesmo sexo, por exemplo, não podem simplesmente se equiparar ao matrimônio”. (RL)

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República Cento Africana: Cristãos e muçulmanos juntos na promoção da paz

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Bangui (RV) – “Parceria interconfessional para a consolidação da paz na República Centro Africana (CIPP)”. Este é o nome de um projeto comum financiado por um grupo de ONGs cristãs e islâmicas para apoiar o processo de pacificação no país africano, que está realizando importantes progressos para sair da guerra civil.

O CIPP é promovido pela plataforma inter-religiosa para a paz da República Cento Africana, fundada em 2013 pelos representantes das três religiões mais importantes do país: O Arcebispo católico de Bangui, Dom Dieudonné Nzapalainga, o Presidente do Conselho islâmico centro-africano, Imame Oumar Kobine Layama e o Presidente da Aliança Evangélica, Pastor Nicolas Guérékoyaméné-Gbangou, pelo Catholic Relief Service (CRS), pelo Islamic Relief Worldwide, pela World vision e Aegis Trust.

“Pela primeira vez, os parceiros apoiarão um projeto com duração de cinco anos, algo que nunca havia sido feito”, declarou Dom Mons. Nzapalainga.

A iniciativa recebeu um financiamento de 7 milhões de dólares da Agência estadunidense para o Desenvolvimento (USAID), que se somam a outros 4 milhões oriundos de doações privadas.

O programa ter três objetivos estratégicos: fortalecer a capacidade das instituições centro-africanas para que se tornem promotores da coesão social; desenvolvimento econômico dos estratos mais pobres da população; apoio às vítimas das violências e educação à paz.

O projeto foi apresentado em Bangui em 13 de maio com a projeção de uma entrevista aos três líderes da plataforma inter-religiosa para a paz e afirma que a crise centro-africana não é confessional, como costuma ser apresentada, mas política e social. (JE/LM)

 

 

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Espanha: dia de oração pela vida contemplativa

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Madri (RV) - No próximo dia 22 de maio, quando se celebra a Solenidade da Santíssima Trindade, a Igreja na Espanha também comemorará o Dia Pro Orantibus. Com o tema “Contemplai o rosto da Misericórdia”, tem por finalidade rezar em prol dos consagrados e consagradas que optaram pela vida contemplativa.

“É um dia para valorizar e agradecer a vida dos monges e monjas, que se consagram inteiramente a Deus através da oração, do trabalho, da penitência e do silêncio. Toda a Igreja deve rezar ao Senhor por esta vocação tão especial e necessária, despertando o interesse vocacional pela vida consagrada contemplativa”, escreve Dom Jiménez Zamora, Arcebispo de Zamora, Presidente da Comissão Episcopal para a Vida Consagrada do Episcopado Espanhol, organismo eclesial a cargo da animação desta jornada.

Sintonia com o Ano Santo

Quanto ao slogan do evento, que está em sintonia com o Ano Santo, o prelado recorda que a misericórdia “é um tema central para compreender a Deus”, portanto, é essencial “para compreender ao homem”.

“Dentro da Igreja, a vida consagrada e, de modo especial, a vida consagrada contemplativa, é chamada a ser transparência viva do Rosto misericordioso de Cristo (...) Quem experimentou em sua vida, como a pessoa contemplativa, a misericórdia de Deus, a irradia aos demais e é misericordiosa e compassiva com os irmãos. É o grande mandato e herança de Jesus: 'Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso'”, diz Dom Jiménez Zamora.

Consagrados “testemunhas da misericórdia" 

Também chama os consagrados a serem “testemunhas da misericórdia e profecia do amor de Deus, que se revela no rosto do Senhor, o primeiro consagrado ao Pai, e com o qual os contemplativos se identificam em sua forma de vida e em seus gestos inconfundíveis de misericórdia”.

Finalmente, o prelado expressa sua ação de graças a Deus “pelo dom da vida consagrada contemplativa, que tanto embeleza o Rosto de Cristo misericordioso, que resplandece em sua Igreja”.

A Jornada Pro Orantibus tem um triplo objetivo: rezar pelos consagrados da vida contemplativa como uma maneira de expressar seu reconhecimento, estima e gratidão, além do rico patrimônio espiritual de seus Institutos na Igreja; dar a conhecer a vocação contemplativa e a promoção de iniciativas pastorais que motivem a vida de oração e a dimensão contemplativas das Igrejas particulares.

Presença da vida contemplativa na Espanha

De acordo com um relatório apresentado pelo Secretariado da Comissão Episcopado para a Vida Consagrada, a presença da vida contemplativa na Espanha é muito numerosa. Tanto assim que representa o terço do número total de mosteiros de todo o mundo.

Segundo dados de 2015, a nação europeia conta com 784 mosteiros femininos e 8.672 monjas. Os mosteiros são autônomos com um vínculo direto com o Bispo da Diocese nos quais se encontram. Também há 35 mosteiros masculinos e 481 monges, regidos por uma norma similar à vida religiosa apostólica. (SP)

 

 

 

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Polônia: marcha pela vida e a família em 140 cidades

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Varsóvia (RV) - Milhares de pessoas participaram neste domingo, (15/05), da marcha pela vida e a família em mais de 140 cidades da Polônia.

Segundo a Agência Sir, a participação foi maciça em todo o país. “Queremos estar na Europa, mas queremos que sejam respeitados o nosso patrimônio do batismo cristão, o matrimônio, a família e nossa identidade”, disse o Bispo de Plock, Dom Piotr Libera, na homilia da missa de inauguração da iniciativa.

“A participação maciça na marcha pela vida e a família em todo o país demonstra que os poloneses amam suas famílias e não aceitam a promoção de comportamentos hedonistas”, disse ainda o prelado. 

Por sua vez, o Cardeal Kazimierz Nycz, inaugurando neste domingo, em Grodzisk Mazowiecki, a Semana da Família, sublinhou que todo o país está “unido nesta atenção pela família”, importante “para a solução de vários problemas sociais na Polônia, na Europa e em todo o mundo”. 

As manifestações em favor da vida e da família no mês de maio na Polônia, são uma tradição: a marcha pela vida é organizada desde 2006, e a Semana pela Família desde 2013. (MJ) 

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Portugal: Semana da Vida dedicada à ecologia

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Lisboa (RV) - A Igreja em Portugal celebra esta semana, até 22 de maio, a “Semana da Vida”. A edição de 2016 é centrada na ecologia, com o objetivo de que a sociedade assuma “a responsabilidade, a grandeza e a urgência da situação histórica”.

“A degradação que causamos à nossa casa comum resulta da degradação humana que se processa em conjunto”, escreve a Comissão Episcopal Laicado e Família no guia da “Semana da Vida”.

A Comissão considera que o Papa “acordou” as pessoas de “um certo torpor e uma alegre irresponsabilidade” quanto à questão da ecologia, através da Encíclica ‘Laudato Si’.

Mensagem do Papa

“Francisco quer transmitir-nos a sua confiança: nem tudo está perdido porque nada anula por completo a abertura ao bem, à verdade e à beleza, nem a capacidade de reagir que Deus continua a animar no mais profundo dos nossos corações”, desenvolve a reflexão.

Na encíclica ‘Laudato Si’, o Papa realça que na família se “cultivam os primeiros hábitos de amor e cuidado da vida” - o uso correto das coisas; a ordem e a limpeza; o respeito pelo ecossistema local e a proteção de todas as criaturas.

A Comissão Episcopal reforça a ideia de que cada Igreja doméstica é o “espaço mais propício para se ler e meditar” o documento papal, sem esquecer “outros grupos e muito menos as comunidades eclesiais”.

O guia da Igreja portuguesa está disponível online.

(BF/Ecclesia)

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Jordânia: inaugurado centro agrícola para refugiados

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Cidade do Vaticano (RV) - Foi inaugurado, na semana passada, em Amã, na Jordânia, o ‘Jardim da Misericórdia’, centro agrícola com 600 oliveiras, que empregará refugiados iraquianos e sírios. 

Graças ao Papa Francisco, o centro foi financiado com o dinheiro arrecadado no Pavilhão da Santa Sé na Expo de Milão 2015. Participaram da cerimônia de inauguração da obra, no Centro Nossa Senhora da Paz, o Patriarca Latino de Jerusalém, Dom Fouad Twal, e o Núncio Apostólico na Jordânia e Iraque, Dom Alberto Ortega Martin.

O Pontifício Conselho Cor Unum, organismo vaticano que administra as obras caritativas do Papa, coordena a iniciativa. O subsecretário desse dicastério, Mons. Segundo Tejado Muñoz, delegado do Papa, foi entrevistado pela nossa emissora. 

Dom Muñoz: “Esta iniciativa nasceu da coleta feita durante a Expo de Milão, no ano passado, quando se realizou a exposição universal. No final do percurso do Pavilhão da Santa Sé, foi colocada uma caixa para quem quisesse deixar uma oferta, dedicada a um projeto humanitário. Desta iniciativa foram arrecadados cerca de 125 mil euros. Então, perguntamos ao Papa Francisco o que ele queria que fosse feito com esse dinheiro e ele disse que era para ajudar os refugiados que sofrem com o conflito do Oriente Médio. Então, decidimos criar na Jordânia, como Cor Unum, um projeto para ajudar os refugiados que chegam do Iraque e da Síria, vítimas deste conflito em andamento nesta área do Planeta.”

Estão previstas outras ações  do Cor Unum em favor dos migrantes no Oriente Médio, em particular da Síria e Iraque?

Dom Muñoz: “O Cor Unum está sempre em alerta e estamos sempre prontos. Temos uma equipe de coordenação, em setembro faremos a terceira reunião, que consegue reunir todas as agências que estão trabalhando, os núncios apostólicos, a Igreja local, sobretudo, e também alguns dicastérios da Santa Sé para analisar a situação. Também criamos para a Síria um projeto de formação para os agentes que estão desempenhando e realizando projetos. Esta era uma exigência muito importante! Trabalhamos sempre, não paramos nunca, mesmo porque esta é uma situação que muda constantemente. Existem também os refugiados na Grécia, nos Bálcãs. É uma situação realmente complicada que procuramos monitorar, ajudar e coordenar. Porém, é uma situação que muda constantemente.”

O senhor falou de Igreja local. O que a Igreja na Jordânia está fazendo para os migrantes iraquianos e sírios?

Dom Muñoz: “Está completamente comprometida e trabalha neste campo. Na viagem que fiz à Jordânia, vi um encorajamento muito grande e não somente da Igreja local, mas também das Igrejas de todo o mundo. Devemos considerar que a ação da Igreja não consiste somente neste pequeno projeto que o Santo Padre quis realizar na Jordânia, mas é todo o grande trabalho que as Igrejas no mundo estão fazendo na Jordânia, Síria, Líbano e Grécia. Visitei um centro de saúde financiado pela Caritas Alemã. A Conferência Episcopal Italiana (CEI) está pagando os aluguéis de casas para estas famílias. Na Jordânia não existem muitos campos de refugiados, a não ser ao longo das fronteiras, então a tendência é fazer com que estas famílias possam alugar um quarto ou um apartamento. Sei que a CEI está dando uma grande ajuda pagando os aluguéis para essas famílias. O que isso significa? Significa que a família tem uma dignidade, não vive numa tenda, mas numa casa, num apartamento que talvez é dividido com outra família. Isso dá dignidade! Foi isso que o projeto ‘Jardim da Misericórdia’ quis fazer: dar trabalho a essas pessoas, pois elas não podem viver eternamente recebendo ajuda. Trabalhar dá dignidade. Foi o que fizemos depois de estudar a situação na Jordânia e conversar com a Igreja local. Era o que deveria ser feito neste momento.” (MJ)

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Atualidades



Card. Turkson pede coalizão para tratar crianças com HIV

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Cidade do Vaticano (RV) – “Temos que dar início a uma coalizão de parceiros para intensificar o tratamento de crianças que convivem com o HIV”.

Este foi o chamado que o Cardeal Peter Turkson, Presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz, fez ao multidisciplinar grupo de especialistas em Aids reunido no Vaticano nesta segunda-feira, (16/05).

“Nossa tarefa é criar um ambicioso roteiro ou estratégia a curto prazo”, assegurou o cardeal. A proposta será apresentada no encontro de alto nível nas Nações Unidas, em junho, em Nova Iorque.

Lacuna

No mês passado, a Caritas Internacional reuniu no Vaticano parceiros globais para discutir o papel de organizações religiosas e do setor privado no preenchimento da lacuna para o teste e tratamento do HIV em crianças que convivem com o vírus.

Na ocasião, o Papa exortou os participantes a encontrar “novas possibilidades que promovam às crianças um maior acesso aos tratamentos e aos diagnósticos que salvam vidas”.

Aids hoje

Atualmente, mais de 3 milhões de crianças convivem com o vírus no mundo inteiro. Todavia, somente 900 mil têm acesso aos antirretrovirais.

Em 2014, 36,9 milhões de pessoas conviviam com o HIV: 1,2 milhão morreu em decorrência da infecção enquanto foram registrados 2 milhões de novos casos. Em junho de 2015, 15,8 milhões de pessoas tinham acesso aos antirretrovirais.

O encontro de alto nível poderá ser seguido via Twitter com a hashtag #HLM2016AIDS

(rb)

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Maduro decreta estado de emergência na Venezuela, caos no país

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Caracas (RV) - A situação está cada vez mais difícil na Venezuela, onde o presidente Nicolas Maduro – depois de ter decretado o estado de emergência – ordenou a ocupação das fábricas. Manifestações da oposição ao governo em toda a Venezuela, enquanto a Igreja está comprometida em favorecer o diálogo e a reconciliação no país.

 

O Presidente Maduro decretou neste domingo, 15, Estado de Emergência por 60 dias e ordenou a ocupação das fábricas que interromperam a produção. A Venezuela está entre os países com maiores reservas petrolíferas ao mundo. Entretanto, o vice-presidente Isturiz anunciou que, apesar de 2 milhões de assinaturas, não será realizado o referendo para a destituição de Maduro. Em discurso televisivo, o presidente acusou os Estados Unidos de arquitetar um golpe contra o seu governo.

Resposta a presumíveis ameaças

O herdeiro de Hugo Chavez, em resposta a essas presumíveis ameaças, ordenou manobras militares sem precedentes para preparar as tropas para uma eventual invasão ou revolta interna. Grave também a situação dos funcionários públicos cuja semana de trabalho foi reduzida a dois dias por problemas de fornecimento de energia elétrica.

O compromisso da Igreja

Nesta situação cada vez mais caótica, não cessa o compromisso da Igreja em prol da reconciliação. Nos dias passados, o Cardeal Parolin – respondendo às perguntas dos jornalistas – declarara que Dom Gallagher, secretário vaticano para as Relações com os Estados, teria ido a Venezuela, ainda que para uma ordenação episcopal e não formalmente devido a situação em que se encontra o país.

Todavia, no início de maio, o Padre Lombardi, Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, confirmara a notícia que o Papa Francisco escrevera a Maduro, iniciativa que dava seguimento ao compromisso em favorecer o diálogo da Igreja local e do Núncio Apostólico na Venezuela, Dom Aldo Giordano.

(SP)

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Quênia: JRS pede que governo não feche campo de refugiados

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Nairóbi (RV) – O Serviço Jesuíta para Refugiados assinou uma Declaração com outras organizações não-governamentais pedindo ao Governo do Quênia que não feche os campos para refugiados do país.

Não obstante a crise econômica e social, o Quênia abriga em seu território nacional quase 600 mil refugiados e requerentes de asilo provenientes dos países vizinhos, principalmente da Somália e Sudão do Sul e ultimamente também do Burundi. Trata-se de uma população constituída por 65% de mulheres, crianças e jovens.

As organizações não-governamentais declaram-se preocupadas com a decisão tomada pelo governo em 6 de maio de acabar com o Departamento para os Assuntos dos Refugiados e, consequentemente, de fechar o quando antes os campos de Dadaab e Kakuma. Este Departamento coordena o registro dos refugiados, a entrega de documentos, a transferência de refugiados e a gestão e prestação de serviços nos campos.

Refúgio

“Trata-se de uma escolha que terá implicações de amplo alcance para os milhares de refugiados e requerentes de asilo que viram no Quênia um refúgio seguro”, lê-se na Declaração assinada pelo JRS e por outras 10 organizações, entre as quais Save the Children.

“Fechar os campos significa expor a um maior risco essas pessoas, em sua maioria mulheres, crianças e menores não acompanhados”, afirmam os signatários, que se dirigem também à comunidade internacional para que ajude economicamente o governo queniano e, assim, possa continuar a desempenhar este trabalho de acolhimento.

O Quênia motivou sua decisão pela necessidade de reforçar no país as condições de segurança de seus cidadãos. 

(bf)

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Brasileiro nº1 do mundo: "Papa faz as pessoas acreditarem"

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Cidade do Vaticano (RV) – A dupla Marcelo Melo e Ivan Dodig parou no segundo turno do aberto de tênis de Roma. Porém, o brasileiro segue como o melhor do mundo no ranking individual de duplas da ATP.

 

Durante a passagem por Roma, Marcelo esteve na Rádio Vaticano. Ele comentou sobre a realidade do tênis do Brasil após a “era” Guga Kuerten e convidou todos a prestigiarem as Olimpíadas no Rio de Janeiro – os “Jogos da Paz”.

“O esporte não é somente uma forma de entretenimento, mas também – e eu diria sobretudo – um instrumento para comunicar valores que promovem o bem da pessoa humana e ajudam na construção de uma sociedade mais pacífica e fraterna. Pensemos na lealdade, na perseverança, na amizade, na partilha, na solidariedade. O esporte é escola da paz, ensina-nos a construir a paz”.

Jogos pela Paz

Palavras de incentivo do Papa ao esporte como promotor da inclusão e da paz em sua mensagem para a abertura da Copa do Mundo do Brasil. Marcelo não só concorda com o Pontífice, como reforça o conceito.

“No mundo em que a gente vive hoje, temos que pregar pela paz. Muitos falam do Brasil, a maneira como está, e se colocarmos um pouco de paz no coração, poderemos respeitar mais as pessoas. E o Papa consegue fazer as pessoas acreditarem. Se pensarmos um pouco mais nas outras pessoas, teremos um mundo muito melhor”.

Aos 32 anos, Marcelo está pronto para disputar a sua 3ª Olimpíada. Confia em uma medalha e convida todos os brasileiros a torcerem pelos atletas olímpicos.

“Poder jogar no Brasil vai ser a mais especial delas. Eu e o Bruno temos jogado bem juntos, em Londres perdemos nas quartas, então fico feliz da maneira como a gente joga e chegaremos a um nível alto com chance de medalha. Quero chamar todo mundo para ir às Olimpíadas para torcer pelos atletas brasileiros”.

(rb)

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