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Sumario del 23/05/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: Jesus nos dá a verdadeira alegria, não a riqueza

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Cidade do Vaticano (RV) - “O cristão vive na alegria e no estupor graças à ressurreição de Jesus Cristo”, disse o Papa Francisco na missa celebrada na manhã desta segunda-feira, (23/05), na Casa Santa Marta.  

Comentando a Primeira Carta de São Pedro Apóstolo, o Pontífice sublinhou que não obstante as provações, nunca nos será tirada a alegria “daquilo que Deus fez em nós. Regenerou-nos em Cristo e nos deu a esperança”. 

A carteira de identidade do cristão é a alegria do Evangelho

“Podemos caminhar rumo àquela esperança que os primeiros cristãos representavam como uma âncora no céu. Aquela esperança que nos dá alegria”, disse Francisco, que acrescentou:

“O cristão é um homem e uma mulher da alegria, um homem e uma mulher com a alegria no coração. Não existe cristão sem alegria! Mas, Padre, eu já vi tanta coisa! Não são cristãos! Dizem que são, mas não são! Falta-lhes alguma coisa. A carteira de identidade do cristão é a alegria, a alegria do Evangelho, a alegria de ter sido escolhido por Jesus, salvo por Ele, regenerado por Jesus. A alegria daquela esperança que Jesus espera de nós, a alegria que, nas cruzes e nos sofrimentos desta vida, se expressa de outra maneira que é a paz, na certeza de que Jesus nos acompanha. Está conosco”.

“O cristão faz esta alegria crescer com a confiança em Deus. Deus se lembra sempre de sua aliança. O cristão sabe que Deus se lembra dele, que Deus o ama, que Deus o acompanha, que Deus o espera. Esta é a alegria”, disse ainda o Papa.

É um mal servir a riqueza, no final faz-nos tristes

Francisco, assim, dirigiu sua atenção para a passagem do Evangelho de hoje que narra o encontro de Jesus com o jovem rico. Um homem, disse, que “não foi capaz de abrir o coração à alegria e escolheu a tristeza”, “porque possuía muitos bens”:

“Era apegado aos bens! Jesus nos disse que não se pode servir a dois senhores: ou serve a Deus ou serve as riquezas. As riquezas não são ruins em si mesmas: mas servir a riqueza, esse é o mal. O pobre homem foi embora triste... “Ele franziu a testa e retirou-se triste”. Quando em nossas paróquias, nas nossas comunidades, em nossas instituições, encontramos pessoas que se dizem cristãs e querem ser cristãs, mas são tristes, algo está errado. E nós devemos ajudá-las a encontrar Jesus, a tirar essa tristeza, para que possa se alegrar com o Evangelho, possa ter essa alegria que é própria do Evangelho”.

Ele se concentrou sobre a “alegria e o estupor”. “O estupor bom – disse o Papa – diante da revelação, diante do amor de Deus, diante das emoções do Espírito Santo”.

O cristão “é um homem, uma mulher de estupor”. Uma palavra, destacou, que volta hoje no final, “quando Jesus explica aos Apóstolos que aquele jovem tão bom não conseguiu segui-lo, porque ficou preso às riquezas”.

Quem pode ser salvo, se perguntam então os Apóstolos? A eles, o Senhor responde: “Impossível aos homens”, mas “não a Deus!”. 

Não buscar a felicidade em coisas que, no final, nos entristecem

A alegria cristã, portanto, “o estupor da alegria, de ser salvos de viver presos às coisas, à mundanidade – as muitas mundanidades que nos afastam de Jesus – isso pode ser superado somente com a força de Deus, com a força do Espírito Santo”:

“Peçamos hoje ao Senhor que nos dê o estupor diante Dele, diante das muitas riquezas espirituais que nos deu; e com este estupor nos dê a alegria, a alegria da nossa vida e de viver com paz no coração as inúmeras dificuldades; e nos proteja da busca da felicidade em muitas coisas que, no final, nos entristecem: prometem muito, mas não nos darão nada! Lembrem-se bem: um cristão é um homem e uma mulher de alegria, de alegria no Senhor; um homem e uma mulher de estupor”.

(MJ/SP/BF)

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O Papa e o Grão-Imame: compromisso com a paz e a não-violência

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Cidade do Vaticano (RV) – Nesta segunda-feira, 23 de maio, o Papa recebeu no Vaticano o Grão-Imame de Al-Azhar, Prof. Ahmad Muhammad Al-Tayeb. 

O Grão-Imame levou ao encontro uma importante delegação de acadêmicos, lideranças e diplomatas. Al-Tayeb foi acolhido e acompanhado na audiência pelo Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Card. Jean-Louis Tauran.

Rechaço à violência e apoio aos cristãos

Em 30 minutos, o Papa e o Grão-Imame se concentraram principalmente no tema do compromisso comum das autoridades e fiéis com a paz no mundo, no rechaço à violência e ao terrorismo e na situação dos cristãos e sua proteção no contexto dos conflitos no Oriente Médio. Ambos concordaram com a importância deste novo encontro no âmbito do diálogo entre a Igreja Católica e o Islã.

Francisco presenteou o Grão-Imame com uma medalha da oliveira da paz e uma cópia de sua Encíclica Laudato si’.

Depois da audiência com o Pontífice, antes de deixar o Vaticano, o Imame e sua delegação tiveram um encontro com o Card. Tauran, o Secretário, Dom Ayuso Guixot, e uma representação do dicastério vaticano.  

(CM)

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Encontro histórico com o Papa: Quem é Ahmad Al-Tayeb?

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Cidade do Vaticano (RV) – O encontro entre Francisco e Ahmad Al-Tayeb, Grão-Imame da Mesquita de Al-Azhar, nesta segunda-feira, (23/05), marcou a retomada do diálogo entre a Santa Sé e a maior autoridade do Islã sunita moderado.

Mas quem é Al-Tayeb?

Reitor da Universidade de Al-Azhar e Grão-Imame da Mesquista de Al-Azhar, Ahmad Al-Tayeb é uma figura de grande relevância na jurisprudência islâmica sunita, cuja influencia é reconhecida em nível mundial.

Após obter o doutorado em filosofia islâmica na Universidade Sorbonne em Paris, ensinou em diversos países, entre eles a Arábia Saudita, Qatar e Emirados Árabes Unidos, além de ter sido Diretor da Faculdade de Estudos Islâmicos de Assuam, Egito, e da Faculdade de Teologia da Universidade Islâmica Internacional de Islamabad, Paquistão.

Após servir como Grão-Mufti, em março de 2010 foi apontado reitor de Al-Azhar pelo então presidente Hosni Mubarak, depois da morte de Muhammad Sayyid Tantawi, seu predecessor.

Estudos islâmicos

Entre as universidades mais antigas do mundo, Al-Azhar representa uma verdadeira e própria instituição no pensamento e na educação islâmicos, assim como é o centro da jurisprudência islâmica sunita.

Al-Tayeb é considerado um entre os expoentes máximos do Islã sunita moderado, próximo à escola sufista.

Como reitor de Al-Azhar, decidiu introduzir os estudos das quatro escolas da ortodoxia islâmica sunita (hanafita, maliquita, chafita e hanbalita), enfatizando assim a importância de educar os estudantes à riqueza e à pluralidade do patrimônio islâmico.

Islã moderado

Ao longo da carreira acadêmica, mas de maneira particular depois da nomeação a reitor, Al-Tayeb, tem se esforçado para defender e promover uma versão tradicional do Islã que, ao mesmo tempo, englobe os princípios da modernidade.

Esta linha fez com que, frequentemente, Al-Tayeb se confrontasse sobretudo com a Irmandade Muçulmana e seu modelo de Islã como ideologia política.

Na verdade, desde quando foi designado pelo presidente Mubarak, Al-Tayeb já era conhecido no Egito por suas frequentes condenações ao islamismo radical e à Irmandade Muçulmana.

Mais tarde, durante a presidência de Morsi, após uma tentativa fracassada como mediador entre o governo da Irmandade, de um lado, e de outro, a oposição política, apoiou publicamente a repressão contra a Irmandade muçulmana, colocando-se ao lado dos militares durante a intervenção contra o presidente em julho de 2013.

Novas Regras

Al-Tayeb dispôs novas normas na Universidade que punem com a expulsão os estudantes que incitem ou se unam a movimentos radicais, declarando que a Universidade não seria terreno fértil para a Fraternidade desenvolver e difundir as próprias ideias políticas e religiosas.

Recentemente, Al-Tayeb fez declarações públicas contra o terrorismo do auto-proclamado Estado Islâmico (EI), recordando que o Islã é uma religião de paz, misericórdia e cooperação entre os povos, cuja imagem é severamente deturpada por interpretações de um Islã que é guerra e violência.

Propaganda extremista

No que diz respeito às sociedades muçulmanas, ao contrário, Al-Tayeb diz que devem se empenhar para contrastar a propaganda islâmica.

Para isso, devem utilizar as oportunidades oferecidas pelas modernas ferramentas de comunicação. Neste sentido, por exemplo, a Universidade de Al-Azhar está presente no Facebook e também inaugurou, há dois anos, um canal no YouTube em que, frequentemente, condena o terrorismo do EI.

Críticas

Al-Tayeb tem sido muitas vezes criticado em razão de suas posições duras e controversas. Observadores internacionais condenaram, por exemplo, a posição em relação a Israel, cuja tentativa de Al-Tayeb em justificar o antissemitismo com base no Alcorão encontrou forte oposição.

No que tange o diálogo inter-religioso, provocou discussões a decisão do Grande Imame em interromper as relações com a Santa Sé após as declarações de Bento XVI em que o Papa emérito afirmava que os cristãos no Oriente Médio eram perseguidos pelos muçulmanos.

Outros Encargos

Além das aulas em Al-Azhar e outras universidade internacionais, Al-Tayeb administra o Al-Azhar Education Network, uma rede que compreende 72 escolas para um total de quase 400 mil estudantes, além de outros 2 milhões de alunos que participam de atividades ligadas à Al-Azhar.

A atividade acadêmica do Grande-Imame se traduz em numerosas publicações científicas, nas quais aborda sobretudo a percepção da cultura e da filosofia islâmica no mundo ocidental.

Al-Tayeb é também membro da Sociedade Egípcia de Filosofia, da Suprema Corte para os negócios islâmicos e diretor da Comissão religiosa da TV e Rádio do Egito.

(ty/rb)

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Francisco: “Ouvir o pranto das vítimas e mudar estilo de vida”

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Istambul (RV) – “A nenhum refugiado seja negado acolhimento”, é o conceito expresso pelo Papa Francisco e lido pelo Secretário de Estado, Card. Piero Parolin, aos participantes da Conferência Humanitária Mundial promovida pelas Nações Unidas, em andamento em Istambul. 

Futuro assegurado para todos

“Não deve haver famílias sem casa, refugiados sem acolhimento, feridos sem curas, nenhuma criança tenha sua infância subtraída; nenhum homem e nenhuma mulher devem ser privados do futuro, não pode haver idosos sem uma velhice digna”.

Enaltecida a obra dos operadores humanitários

“Que este evento seja também a ocasião para reconhecer o trabalho daqueles que servem os seus próximos e contribuem para consolar os sofrimentos das vítimas de guerras e calamidades, dos refugiados deslocados e daqueles que assistem a sociedade, especialmente com escolhas corajosas em favor da paz, do respeito, da cura e do perdão. É desta maneira que vidas humanas são salvas”.

“Ninguém ama um conceito, ninguém ama uma ideia - escreve ainda o Papa - nós amamos as pessoas. O sacrifício de si, a verdadeira doação, brota do amor para com os homens e mulheres, crianças e idosos, povos e comunidades ... rostos, aqueles rostos e nomes que enchem nossos corações”.

Ouvir o pranto das vítimas e mudar estilo de vida

Em sua mensagem, o Pontífice lança um desafio à Conferência: “Ouçamos o pranto das vítimas e daqueles que sofrem. Deixemos que nos deem uma aula de humanidade. Mudemos o nosso estilo de vida, a política, as decisões econômicas, os comportamentos e atitudes de superioridade cultural”, acrescenta o Papa.

“Aprendendo das vítimas e daqueles que sofrem, seremos capazes de construir um mundo mais humano”, conclui Francisco, assegurando a todos as suas orações e bênçãos de sabedoria, força e paz.

(CM)

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Educação é a chave do diálogo, diz Card. Tauran sobre encontro entre o Papa e o Grão Imame

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Cidade do Vaticano (RV) – O “compromisso comum das autoridades e dos fieis das grandes religiões pela paz no mundo, a rejeição da violência e do terrorismo, a situação dos cristãos no contexto dos conflitos e das tensões no Oriente Médio e a sua proteção”. Estes foram alguns dos temas tratados na audiência do Papa Francisco com o Xeique Ahmad Muhammad al-Tayyeb, Grão Imame de Al-Azhar, recebido na manhã desta quarta-feira (23/05) no Vaticano. O Xeique, acompanhado por uma delegação, foi acolhido e apresentado ao Pontífice pelo Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Cardeal Jean Louis-Tauran, e pelo Secretário do mesmo dicastério, Dom Miguel Ángel Ayuso Guixot. No encontro de trinta minutos – definido em uma nota da Santa Sé como “muito cordial” - os dois interlocutores ressaltaram “o grande significado deste novo encontro no quadro do diálogo entre Igreja Católica  e Islã”. O Pontífice doou ao Grão Imame uma medalha da oliveira da paz e uma cópia da Carta Encíclia “Laudato Si”. Depois da audiência, o Xeique al-Tayyeb conversou com o Cardeal Tauran, acompanhado pela delegação. O purpurado foi entrevistado pela Rádio Vaticano sobre o histórico encontro: 

“O encontro realizou-se num clima de grande amizade. Não se falou do passado, mas do presente e do futuro. Existe um grande desejo, por parte dos nossos parceiros, de retomar o diálogo. E será “ressuscitada” a Comissão de 1998, penso que haverá uma intensificação dos contatos. Assim, foi  um bonito encontro, em um clima de grande amizade. Devo dizer que pessoalmente não esperava tanto”.

RV: Falou-se do compromisso comum das autoridades e dos fieis das grandes religiões pela paz no mundo e da rejeição da violência e do terrorismo...

“Certo, das coisas que temos em comum. Temos consciência de que o nosso encontro é um sinal para os muçulmanos e os cristãos, especialmente os do Oriente Médio”.

RV: Al-Azhar, no Cairo, é a Universidade que forma o maior número de Imames sunitas, fala-se até mesmo de milhares a cada ano. Que mensagem transmite, segundo o mundo cristão?

“A necessidade de unir a boa vontade de todos os fieis, de tal modo que não exista mais uma sociedade onde a violência penetra em todos os setores da vida, mas que todos estejam conscientes de que não podemos ser felizes uns sem os outros, e jamais uns contra os outros”.

RV: Corre-se o risco de uma deterioração das relações inter-religiosas, devido à brutalidade cometida pelo Estado Islâmico e pelo extremismo islâmico?

“A primeira coisa que devemos tratar é a ignorância; porque muitos cristãos temem os muçulmanos, mas nunca os encontraram e nunca abriram o Alcorão. E a mesma coisa em relação aos muçulmanos, que nunca se inteiraram o suficiente do conteúdo do Evangelho. Esta situação assim oposta é também um apelo aos fieis a serem sempre mais coerentes com a própria religião”.

RV: O que mudou entre as duas religiões em relação aos últimos anos?

“O terrorismo enfraqueceu muito os nossos esforços. Isto não pode ser negado. Porém, existe também a consciência da importância da cultura e da educação: talvez esta seja a chave para o futuro”.

RV: Falou-se sobre Regensburg?

“Não, absolutamente. Não se falou do passado. Esta é a vontade comum: recomeçar e abrir um novo capítulo”.

RV: Que caminho existe em frente?

“A possibilidade de fazer reviver a Comissão de 1998, de modo ter sempre um canal aberto, onde possam convergir informações, iniciativas, etc. Portanto, algo muito concreto”.

RV: Qual é a sua esperança?

“Que a boa vontade e o bom senso prevaleçam sobre a brutalidade e o terror”. (JE/GA)

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Igreja no Brasil



Arquidiocese de Olinda e Recife convoca fiéis para rezar pelo Brasil

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Recife (RV) - Os bispos que compõem o Conselho Episcopal do Regional NE2 (CEP), reunidos em Recife nos dias 17 e 18 de maio, discutiram sobre o cenário político, econômico e social do País e decidiram redigir um comunicado à população.

O documento é um convite para um dia especial de oração e penitência pelo Brasil, no dia 26 de maio, quando a Igreja celebra a Solenidade de Corpus Christi. No entendimento do Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, a situação atual incide na vida de todos, especialmente dos mais pobres.

“A Igreja é viva e atuante e precisa se fazer presente neste momento difícil, congregando fiéis das diversas paróquias para interceder pelo nosso Brasil, bastante sofrido, mas forte e confiante nas providências do Pai”, comentou o arcebispo.

O cristão está convidado a vivenciar, neste dia de penitência, as Obras de Misericórdia espirituais e corporais como resposta aos apelos dos bispos do Regional NE2. Cada um poderá eleger, segundo sua consciência e inspiração, como fazer sua penitência e oração neste dia da Festa de Corpus Christi.

Cada diocese está livre para fazer sua programação neste dia, envolvendo jovens, famílias e comunidades religiosas. (SP)

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Arquidiocese à frente do Centro Inter-religioso da Rio 2016

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Cidade do Vaticano (RV) – O Comitê Olímpico Internacional (COI) escolheu a Arquidiocese do Rio de Janeiro para organizar o Centro Inter-religioso da Vila dos Atletas.

O responsável pela organização, Padre Leandro Lenin, esteve recentemente em Roma por ocasião do lançamento da Casa Itália Paraolímpica no Rio.

Ele fala sobre a realidade do Centro Inter-religioso, dos trabalhos junto com os representantes de outras religiões e da experiência pessoal ao participar dos Jogos Pan-Americanos junto com a equipe olímpica brasileira. 

“Dentro do Comitê Organizador da Rio 2016, o Centro Inter-religioso da Vila dos Atletas – que funcionará por quase dois meses – será organizado pela Igreja Católica do Rio mas, ao mesmo tempo, a serviço dos atletas de todas as religiões. Estaremos em contato, principalmente, com o judaísmo, o budismo, o islamismo, o hinduísmo, além das outras religiões não-cristãs. Um modo de organizar o serviço corrente da Vila porque, pelo conceito, a Vila dos Atletas é casa deles e, por isso, deve oferecer de um tudo, inclusive o aspecto religioso”.

(rb)

 

 

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Igreja na América Latina



Igreja celebra 1º aniversário da Beatificação de Romero

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San Salvador (RV) – Neste dia 23 de maio é comemorado o primeiro aniversário da beatificação de Dom Óscar Arnulfo Romero, que teve lugar na capital salvadorenha, presidida pelo Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos.

Dom Romero foi declarado "Servo de Deus" pelo papa João Paulo II em 1997. Em fevereiro de 2015, o Papa Francisco aprovou o Decreto da beatificação do arcebispo salvadorenho, reconhecendo-o como mártir.

Durante a cerimônia, o Cardeal Amato afirmou que “a memória de Dom Romero continua viva, dando conforto aos pobres e marginalizados”.

Para a ocasião, o Papa Francisco enviou uma mensagem pessoal, lida no início da cerimônia, que dizia: "Em tempos de coexistência difícil, Romero soube como guiar, defender e proteger o seu rebanho. Damos graças a Deus porque concedeu ao bispo mártir a capacidade de ver e ouvir o sofrimento de seu povo. Quando entendemos bem a fé em Jesus Cristo e a assumimos até às últimas consequências, pode criar comunidades construtoras de paz e de solidariedade".

Defensor

Óscar Arnulfo Romero nasceu em Ciudad Barrios, San Miguel, a 156 km de El Salvador, em 15 de agosto de 1917. Foi um sacerdote católico salvadorenho e quarto arcebispo metropolitano de San Salvador (1977-1980), capital de El Salvador.

Em março de 1977, seu amigo Padre Rutilio Grande, foi assassinado junto com dois camponeses. Este fato chocou Dom Romero, que passou a denunciar as injustiças sociais, sendo conhecido como "A voz dos sem voz" e defensor da "opção preferencial pelos pobres"

Por ter aderido aos ideais da não violência, chegou a ser comparado ao Mahatma Gandhi e a Martin Luther King. Óscar Romero denunciava, em suas homilias dominicais, as numerosas violações de direitos humanos em El Salvador e manifestou, publicamente, sua solidariedade com as vítimas da violência política, no contexto da Guerra Civil de El Salvador.

Dom Romero afirmava: "A missão da Igreja é identificar-se com os pobres. Assim a Igreja encontra sua salvação. Em nome de Deus e desse povo sofredor, cujos lamentos sobem ao céu todos os dias, peço-lhes, suplico-lhes, ordeno-lhes: cessem a repressão".

Martírio

Por suas afirmações, Dom Óscar Romero foi assassinado enquanto celebrava a Missa, em 24 de março 1980, por um atirador de elite do exército salvadorenho. Sua morte provocou uma onda de protestos em todo o mundo e pressões internacionais por reformas em El Salvador.

Por isso, em 2010, a Assembleia Geral da ONU proclamou o dia 24 de março como “Dia Internacional pelo Direito à Verdade sobre as Graves Violações dos Direitos Humanos e à Dignidade das Vítimas”, reconhecendo a atuação de Dom Romero em defesa dos direitos humanos.

(MT)

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Card. Filoni na Colômbia: bispos, pastores a serviço dos fiéis

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Bogotá (RV) - “Ser pastores com o cheiro das ovelhas, conscientes de que na Igreja a autoridade está a serviço dos outros e não pode ser imposta a não ser com o amor.”

Foi o que disse o Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, aos dois novos bispos, Dom Raúl Alfonso Carrillo Martínez e  Dom Jaime Uriel Sanabria Arias,  vigários apostólicos de Puerto Gaitán e San Andrés y Providencia, ordenados pelo purpurado, neste domingo (22/05), na  catedral de Bogotá, na Colômbia.

Saudação do Papa aos fiéis colombianos
 
O Cardeal Filoni levou aos fiéis presentes na celebração eucarística a saudação e a bênção do Papa Francisco, e recordou aos novos bispos a importância do ministério episcopal, sublinhando que “Cristo, na sabedoria e prudência do bispo, guia o povo de Deus rumo à felicidade eterna”. 

O purpurado pediu aos fiéis dos dois vicariatos para “acolherem com alegria e gratidão” Dom Carrillo Martínez e  Dom Sanabria Arias, permanecendo ao lado deles “com o coração” e apoiando os dois na tarefa de “testemunhar o Evangelho para a santificação do povo de Deus que lhes foi confiado”. 

Praticar a caridade, humildade e simplicidade

“Os vicariatos apostólicos são circunscrições eclesiásticas ainda não estabelecidas como dioceses. Por isso, precisam de cuidados particulares, acompanhamento generoso e um olhar vigilante que os leve à maturidade”, disse o Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos. “Precisam de bispos que sejam homens autênticos de Deus, na caridade, humildade e simplicidade de vida, que amem os fiéis com amor paterno e cuidem daqueles que não pertencem ao rebanho de Cristo, porque também eles precisam de orações”, frisou o Cardeal Filoni.

Atenção aos pobres

O purpurado pediu aos novos bispos para que deem uma “atenção particular aos sacerdotes, seminaristas, religiosos e catequistas”, sem trascurar “as igrejas que mais precisam de ajuda”. Exortou os prelados a permaneceram sempre “custódios e administradores fiéis dos mistérios de Cristo para todos”, porque “a Igreja é de Cristo, de Deus” e precisa se colocar a seu serviço, “destacando-se na caridade e no zelo para com todos, especialmente os pobres”.

Congresso Missionário

O Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos chegou à Colômbia, no último sábado (21/05), e permanecerá até o próximo dia 28.

Nesta segunda-feira (23/05), o Cardeal Filoni visitará o vicariato apostólico de Guapi, e nos próximos dias o de Puerto Leguízamo.

Na quinta-feira, 26 de maio, em Bucaramanga, presidirá a missa de abertura do 12º Congresso Missionário Nacional, sobre o tema "Somos Igreja colombiana em saída missionária". (MJ)

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Igreja no Mundo



Delegação austríaca de Pax Christi visita Patriarca armênio Karekin II

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Yerevan (RV) - As relações entre a Igreja Apostólica Armênia e a Igreja Armênia Católica, o conflito em Nagorno-Karabakh e as comemorações na Áustria do centenário do Medz Yeghern – o extermínio dos armênio em 1915. 

Esses foram os temas no centro da recente visita de uma delegação da seção austríaca de Pax Christi Internacional ao Patriarca Supremo e Catholicós de todos os Armênios, Sua Santidade Karekin II.

Relações calorosas entre Igreja Apostólica Armênia e Igreja Católica

O encontro realizou-se na sede do Catolicosato, em Echmiadzin, na presença do responsável pelos Assuntos Externos da Igreja Apostólica, o Arcebispo Nathan Hovhannisyan. A delegação ilustrou as atividades da organização católica Pax Christi.

Por sua vez, Karekin II expressou grande apreço por esta obra e gratidão à seção austríaca por ter levado à atenção da opinião pública na Áustria os massacres dos armênios em 1915, no centenário do Mez Yeghern (O Grande Mal).

Ademais, o Catholicós evidenciou as “calorosas relações” e a colaboração existente entre a Igreja Apostólica Armênia e a Igreja Católica, que são testemunhadas também pela viagem que o Papa Francisco realizará à Armênia no final de junho.

Compromisso comum das duas Igrejas em prol da paz

Em seguida, durante o encontro Karekin II falou acerca das atividades educacionais da Igreja, das relações entre Igreja e Estado na Armênia e do tema da família.

Foi dada grande atenção ao papel das Igrejas na promoção da paz, com referência particular ao reacender-se do conflito em Nagorno-Karabakh, território disputado entre Armênia e Azerbaijão, cujas partes chegaram em Viena, neste 16 de maio, a um acordo por uma nova trégua. (RL)

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Filipinas: bispo disposto a dar a vida por condenados à pena capital

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Manila (RV) – Dom Ramón Cabrera Argüelle, Bispo da Diocese de Lipa, nas Filipinas, está disposto a dar a vida no lugar de criminosos que sejam condenados à morte, caso a pena capital seja reintroduzida naquele país. O novo Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, diz que quer trazer de volta a pena de morte, que foi abolida em 2006. Duterte pretende castigar desta forma os condenados por crimes particularmente graves, categoria que para ele inclui homicídio, violação, tráfico de droga e até roubo de automóveis. Mas a Igreja Católica já prometeu opor-se com todo o vigor a este plano.

Com cerca de 90% da população que professa a religião Católica, e com altos índices de prática religiosa, a Igreja pode ser um adversário difícil para o novo Presidente.

O arcebispo de Lipa se ofereceria como voluntário para ser executado no lugar de todos aqueles que o Governo pretenda enforcar. “Não foi isso que Cristo fez?”, afirmou o bispo, referindo-se a si mesmo na Terceira pessoa, em declarações citadas pelo site “Crux”.

O restante do episcopado têm criticado o plano do presidente filipino e o presidente da Conferência Episcopal já disse que quer agendar uma reunião com Duterte para tentar dissuadi-lo de retomar a pena de morte.

“Como pessoas de fé, não defendemos a pena capital porque não temos o direito de decidir quem deve viver e quem deve morrer”, afirmou o padre Lito Jopson, do gabinete de comunicação da conferência episcopal.

A decisão, diz, não se baseia em popularidade mas “nos princípios morais da fé católica, e a fé exige que se respeite a dignidade de todas as pessoas”, afirma o sacerdote. (SP)

 

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Paquistão: cristãos perseguidos, presentes na Igreja

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Waziristan (RV) – O exército paquistanês afirmou ter retomado o controle da última fortaleza talibã no Waziristan do Norte, próximo ao confim afegão. Os jihadistas teriam sido derrotados após intensos bombardeios. Todavia, no país continua alto o perigo integralista. Sabem muito bem disso as minorias religiosas, frequentemente perseguidas também por vias legais, como no caso da lei sobre a blasfêmia. São muitos os cristãos, como Asia Bibi, ainda na prisão acusada injustamente de ter dito algo contra o Islã. Os religiosos católicos promovem neste contexto a convivência pacífica entre jovens muçulmanos e cristãos, em particular nas escolas. A Rádio Vaticano ouviu o testemunho da religiosa Rifat Arya, das Irmãs da Caridade de Santa Joana Antida Thouret:

R. Nós damos sempre preferência aos pobres. Não somos somente nós que “fazemos” a misericórdia aos outros, mas são também os outros que a fazem a nós, com o seu estilo de vida, os seus valores e também com a sua simplicidade. Não devemos olhar somente aos territórios, mas também às pessoas: isto é muito importante. A pessoa é importante e o é em toda a missão da Igreja e em todos os relacionamentos interpessoais. Olhamos a pessoa e quem ajudamos. Na nossa realidade, o Paquistão, é verdade que há tanta pobreza material, mas ao mesmo tempo há também tanta riqueza espiritual. E é isso a coisa mais bonita: que a partir de todo o sofrimento e com a perseguição dos cristãos em andamento, as pessoas continuem a ir a Igreja e mais do que antes. É esta a fé, que é como uma rocha: não é somente dizer e depois não fazer. Hoje, ao invés, é preciso viver a fé concretamente.

P. – Como se pode renovar a Igreja, partindo destas periferias?

R. – Saindo de nós mesmos: não um passeio, mas uma saída significativa, que deixe uma mensagem ao outro. Quando você encontra uma família, uma criança, um jovem, qualquer pessoa que passa por necessidade, demonstrar proximidade ao outro: isso significa sair de nós mesmos, como Igreja, como cristãos. Isto é sair de nós mesmos, como Igreja, como Congregação, com cristãos: em direção do outro. Não considerar o outro como uma pessoa estranha, mas sair ao seu encontro porque é meu irmão. (SP)

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Caritas Camboja lança plano emergêncial para contrastar seca no país

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Phnom Penh (RV) - Temperaturas alcançando 40 graus, reservas de água acabando, rios secos e possível epidemia de cólera: é a dramática situação pela qual está passando o Camboja em decorrência de uma das piores ondas de seca de sua história.

Dezenove das vinte e quatro províncias do país do sudeste asiático declararam estado de emergência. São 500 mil cambojanos sem água corrente nem potável, os animais começaram a morrer de fome e de sede e os camponeses, não mais conseguindo cultivar suas terras, as vendem.

Terríveis consequências para a população

“As consequências desta seca em nossas comunidades são terríveis”, afirma o prefeito apostólico de Battambang – uma das províncias mais atingidas –, Dom Figaredo Alvargonzalez.

Não há água corrente nem potável nos vilarejos. As pessoas começaram a cavar poços, mas comumente não encontram nada”, explica o religioso jesuíta.

Vilarejos isolados e escolas fechadas

Já no final de abril, o governo havia lançado uma campanha de ajudas à população, mobilizando veículos militares para levar água às províncias mais atingidas pela seca. Mas muitos vilarejos remotos do país ainda não foram beneficiados.

O Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) lançou um alarme diante da situação escolar: somente na província de Ratanakiri, por exemplo, 136 das 203 escolas primárias sofrem escassez de água e registram  uma taxa de ausência “muito elevada”, tanto por parte dos alunos quanto dos professores.

Caritas aloca 300 mil dólares

Ademais, cresce o risco de epidemias, como o cólera. Com efeito, muitas pessoas foram internadas com febre e irritações cutâneas, porque a falta de água não permite as normais práticas higiênico-sanitárias.

Diante desse drama, a Caritas Camboja entra em ação: “Não podemos deixar que o povo adoeça e morra. Por isso, foi lançado um plano de emergência, com a alocação de 300 mil dólares para ajudar 9 mil famílias até julho” próximo, disse o presidente do organismo, Kim Rattana.

Projeto de ajuda a longo prazo

A Caritas está fornecendo também água potável, bombas d’agua e instrumentos de perfuração para ajudar a população a escavar poços mais  profundos e, desse modo, assegurar a irrigação dos campos agrícolas.

Num projeto a longo prazo, o organismo caritativo prevê instruir os habitantes para a gestão periódica dos recursos hídricos e o cultivo de alimentos particularmente resistentes.

Segundo especialistas, essa grave seca, provocada pelo fenômeno climático global do El Niño e pelo maciço desmatamento do Camboja, poderia continuar até julho, por causa do atraso da chegada das monções. (RL)

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Formação



Santuário S. José de Anchieta: lugar de encontro com Deus

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, nosso quadro semanal “O Brasil na Missão Continental” conclui hoje a participação do Reitor do Santuário Nacional de São José de Anchieta, em Anchieta (ES), Pe. Cesar Augusto dos Santos, com quem contamos este dias nesse espaço de formação e aprofundamento. 

Tendo estado recentemente de passagem por Roma, na entrevista que nos concedeu à Rádio Vaticano o sacerdote jesuíta – que já foi responsável pelo nosso “Programa Brasileiro” – falou-nos, entre outras coisas, sobre os principais desafios por ele encontrados para a ação evangelizadora nesta sua nova experiência pastoral à frente do Santuário dedicado ao Apóstolo do Brasil, cuja devoção “vai além-fronteiras”, afirmou.

Nesta edição, concluindo suas considerações, Pe. Cesar nos diz que o Santuário do qual é reitor é local de encontro do povo brasileiro, daqueles que querem falar com Deus, refletir sobre si mesmo, sua vida e também estender o braço para o outro.

Passemos, então, à ultima parte da entrevista com Pe. Cesar (ouça clicando acima).

(RV)

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Atualidades



Istambul: ONU inaugura Conferência Humanitária Mundial

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Istambul (RV) – Tem início esta segunda-feira, (23/05), em Istambul, na Turquia, a Conferência Humanitária Mundial – a primeira nos 70 anos de história das Nações Unidas. 

A conferência reúne líderes mundiais para estudar medidas com a finalidade de prevenir e reduzir o sofrimento humano causado por conflitos, problemas ambientais e pobreza extrema.

De Istambul, o diretor para o setor privado e filantropia do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, Marcos Athias Neto, falou à Rádio ONU sobre sua expectativa para a Conferência.

"Eu acho que a grande contribuição da Conferência é reunir 6 mil pessoas de todos os setores da sociedade para começar um debate. Essa Conferência não foi criada para produzir um acordo internacional. Ela foi criada de uma maneira orgânica incluindo todos os setores, sociedade civil, empresas, filantropia, ONU, governos para que se possa começar a rever o sistema mundial humanitário".

Migrantes

Marcos Athias Neto deu como exemplo a situação dos refugiados – o que, para ele, demonstra que o sistema atual "precisa aproximar a ajuda humanitária dos processos de desenvolvimento a longo prazo".

"A média de tempo que uma pessoa fica como refugiado são 17 anos. Em 17 anos, você não precisa só de ajuda humanitária, você precisa de desenvolvimento. Uma das grandes discussões mais importantes da Conferência é esse processo de buscar uma relação nova entre ajuda humanitária e desenvolvimento que mantenha o respeito aos princípios humanitários, os princípios essenciais de salvar vidas durante emergências, mas possa aproximar os processos de curto prazo com os processos de longo prazo de desenvolvimento".

Delegação vaticana

A Santa Sé também participa da Conferência, com a presença do Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin. Também estão presentes em Istambul entidades da Igreja Católica, como a Caritas Internacional, e enviados da Rádio Vaticano. No Angelus do último domingo, o Papa pediu orações pelos participantes:

“Vamos acompanhar com a oração os participantes deste encontro, para que eles se empenhem a fundo a realizar o objetivo humanitário principal: salvar a vida de cada ser humano, sem exceção, especialmente os inocentes e os mais indefesos".

(bf)

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