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Sumario del 24/05/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: Santidade é caminho que só se percorre ao lado de Deus

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Cidade do Vaticano (RV) – “Caminhar na presença de Deus de modo irrepreensível”. Isto, segundo o Papa, quer dizer caminhar rumo à santidade. É um compromisso que necessita, no entanto, de um coração que saiba esperar com coragem, se coloque em discussão e se abra com simplicidade à graça de Deus.

O tema esteve ao centro da homilia de Francisco nesta manhã de terça-feira, (24/05), na Casa Santa Marta. 

Não se compra a santidade; nem as melhores forças humanas a podem ganhar. Não, ‘a santidade simples, de todos os cristãos’, ‘a nossa, a de todos os dias’, é um caminho que pode ser percorrido somente se sustentado por quatro elementos imprescindíveis: coragem, esperança, graça, conversão.

O caminho da coragem

Francisco comenta o trecho litúrgico extraído da Primeira Carta de Pedro, definindo-a como um ‘pequeno tratado sobre a santidade’. Esta é, antes de tudo, “caminhar de modo irrepreensível diante de Deus”:

“Este ‘caminhar’: a santidade é um caminho, a santidade não se compra e nem se vende. Nem se pode presentear. A santidade é um caminho na presença de Deus, que eu devo fazer: ninguém o faz em meu nome. Posso rezar para que o outro seja santo, mas é ele que deve fazer o caminho, não eu. Caminhar na presença de Deus, de modo irrepreensível. Usarei hoje algumas palavras que nos ensinam como é a santidade de todo dia, a santidade – digamos – anônima. Primeira: coragem. O caminho rumo à santidade requer coragem”. 

Esperança e graça

“O Reino dos Céus de Jesus”, repetiu o Papa, é para “aqueles que têm a coragem de ir avante” e a coragem, observou, é movida pela “esperança”, a segunda palavra da viagem que leva à santidade. A coragem que espera “num encontro com Jesus”. Depois, há o terceiro elemento, quando Pedro escreve: “colocai toda a vossa esperança
na graça”:

“A santidade não podemos fazê-la sozinhos. Não, é uma graça. Ser bom, ser santo, avançar a cada dia um passo na vida cristã é uma graça de Deus e devemos pedi-la. Coragem, um caminho. Um caminho que se deve fazer com coragem, com a esperança e com a disponibilidade de receber esta graça. E a esperança: a esperança do caminho. É tão bonito o XI capítulo da Carta aos Hebreus, leiam. Fala do caminho dos nossos pais, dos primeiros que foram chamados por Deus. E como eles foram avante. E do nosso pai Abraão diz: ‘Ele saiu sem saber para onde ia’. Mas com esperança”.

Converter-se todos os dias

Francisco prosseguiu: na sua carta, Pedro destaca a importância de um quarto elemento. Quando convida os seus interlocutores a não se conformarem “aos desejos de uma época”, os impulsiona essencialmente a mudar a partir de dentro do próprio coração, num contínuo e cotidiano trabalho interior:

“A conversão, todos os dias: ‘Ah, Padre, para me converter devo fazer penitência, me dar umas pauladas…’. ‘Não, não, não: conversões pequenas. Mas se você for capaz de não falar mal do outro, está no bom caminho para se tornar santo’. É tão simples! Eu sei que vocês nunca falam mal dos outros, não? Pequenas coisas… Tenho vontade de criticar o vizinho, meu colega de trabalho: morder um pouco a língua. Vai ficar um pouco inchada, mas o espírito de vocês será mais santo nesta estrada. Nada de grandes mortificações: não, é simples. O caminho da santidade é simples. Não voltar para trás, mas ir sempre avante, não? E com força”.

(CM/BF)

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Francisco pede reconciliação e fraternidade aos argentinos

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco enviou uma carta ao Presidente argentino Mauricio Macri, por ocasião da celebração da Pátria, em 25 de maio. Trechos da mensagem foram citados pela Agência Informativa Católica Argentina, Aica.

"No dia em que esta amada nação celebra sua Festa, me compraz manifestar minha cordial felicitação, que acompanho com minha oração ao Senhor para que conceda a todos os argentinos copiosos dons de sua misericórdia”, escreve o Pontífice.

Francisco pede ao Senhor que ajude seus compatriotas a avançar continuamente na busca do bem comum, da reconciliação e da fraternidade.

Bicentenário

A data é feriado nacional e este ano comemora os 206 anos da Revolução da Maio, que marcou o início do processo de independência da Argentina da Coroa Espanhola.

O Bicentenário da independência é também o tema de um documento dos bispos argentinos, em que a Igreja faz votos para que o país inaugure um período “para uma Argentina fraterna e solidária, pacificada e reconciliada, condições capazes de criar uma Nação para todos”.

(bf)

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Card. Parolin em Istambul: colocar a humanidade em primeiro lugar

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Cidade do Vaticano (RV) - Na 1ª Cúpula Humanitária Mundial, realizada esta segunda e terça-feira em Istambul, na Turquia, falou-se de milhões de pessoas em fuga de guerras, violências, calamidades naturais, perseguições e mudanças climáticas. Predominou, contudo, o conflito sírio, com suas centenas de milhares de mortos e seus milhões de refugiados. 

Porém, a reunião de cúpula destes dois dias corre o risco de passar em silêncio, e esse é o temor maior de centenas de organizações governamentais que participaram do encontro: de que as declarações de intentos pronunciadas pelos líderes políticos presentes não se traduzam em ações concretas.

O Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin, que conduziu a delegação da Santa Sé na cúpula de Istambul, espera que se possa chegar a algo mais do que simples palavras. Entrevistado pela Rádio Vaticano, eis o que disse:

Cardeal Pietro Parolin:- “A ideia de convocar esta cúpula certamente foi uma ideia positiva, justamente pelas finalidades que foram indicadas à iniciativa. Portanto, é uma ideia a ser defendida. Parece-me que os trabalhos, que foram feitos nesses dois dias, estejam em parte respondendo às expectativas, sobretudo no sentido de tornar a resposta muito concreta e de não limitar-se somente às palavras ou às declarações, mas de traduzir tudo isso em iniciativas bem precisas, propriamente em ajuda àqueles que sofrem. Impressionou-me muito, durante os trabalhos, que muitos pronunciamentos tenham insistido sobre essa concretude. Não podemos afirmar agora se essas respostas serão dadas, mas há a vontade de fazê-lo.”

RV: Tratou-se de uma cúpula humanitária da qual talvez possamos afirmar que a política não esteve ausente, considerando o discursos de alguns relatores. A seu ver, isso pode de algum modo ter prejudicado o sentido do encontro?

Cardeal Pietro Parolin:- “O importante é não ‘não ficar na política’ – como se diz –, embora, evidentemente, a política, no sentido mais amplo do termo, não tenha faltado; superar também as tensões ou as diferenças que existem e encontrar-nos unidos em algumas coisas fundamentais. Creio que este seja também o sentido e o convite da reunião de cúpula, ou seja, a humanidade em primeiro lugar, para além das posições políticas. A meu ver, o encontro fez esse esforço de ir além, embora, naturalmente, alguém tenha aproveitado do microfone para reiterar suas posições. Viu-se, porém, da parte de muitos, este chamado: ir além das posições, das diferenças, das contraposições políticas para dar uma resposta humana e solidária às necessidades de tantos homens e mulheres que sofrem.”

RV: A mensagem do Papa – que o senhor leu no primeiro dia da cúpula – teve uma repercussão muito importante. O Santo Padre usou palavras muito fortes e deu indicações precisas...

Cardeal Pietro Parolin:- “Sim, em primeiro lugar, a aprender daqueles que sofrem. Disse: ‘Se quiserem que a reunião de cúpula tenha bom êxito, coloquem-se do lado deles, aprendam deles e julguem as coisas a partir do ponto de vista e com a sensibilidades deles’. Isso me parece fundamental. Em segundo lugar, a centralidade da pessoa humana. Essa é uma mensagem que a Santa Sé e muitas outras organizações reiteraram: a centralidade da pessoa humana, mas da pessoa humana em sua concretude, em sua singularidade. Por conseguinte, a pessoa que sofre, a pessoa que se encontra necessitada: a criança, o ancião, a mãe, e assim por diante. Essas são, portanto, indicações muito práticas que podem encontrar uma aplicação concreta e uma aplicação também política.” (RL)

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Apresentado o IX Encontro Mundial das Famílias 2018

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Dublin (RV) – "O Evangelho da família, alegria para o mundo" será o tema do IX Encontro Mundial das Famílias, em Dublin, entre 22 e 26 de agosto de 2018. Foi o que anunciou o Presidente do Pontifício Conselho para a Família, Dom Vincenzo Paglia, durante uma coletiva de imprensa realizada na Sala de Imprensa da Santa Sé.

“É o primeiro grande encontro das famílias do mundo após o Sínodo dos Bispos, após o qual o Papa Francisco publicou a Exortação Apostólica Amoris Laetitia, que torna-se, obviamente, a “Carta Magna” de todo o encontro, quer na sua preparação como na sua celebração”, afirmou Dom Paglia.

“A Exortação Apostólica, que foi às Igrejas locais para ser acolhida, abraçada, aprofundada e aplicada nos diversos contextos culturais, terá em Dublin uma etapa significativa desta recepção. Amoris in Laetitia requer não uma simples atualização da pastoral familiar, mas bem mais do que isto: um novo modo de viver a Igreja, um novo modo de realizar aquele amor que torna alegre a vida do povo de Deus, das famílias e da própria sociedade”. Neste sentido, o Encontro de Dublin assume uma característica particular em relação aos outros Encontros Mundiais”, acrescenta Dom Paglia.

Sinodalidade

“É a nossa intenção – prosseguiu o Presidente do Pontifício Conselho para a Família – viver os próximos meses e os anos acentuando ou promovendo esta sinodalidade que está no coração da Exortação Apostólica “Amoris Laetitia”. O Papa, de fato, sugere uma espécie de enculturação, um aprofundamento de temas, é um verdadeiro itinerário, não somente uma preparação – entre aspas – exterior. É um verdadeiro processo eclesial do qual a Irlanda, junto ao Pontifício Conselho, assume a sua responsabilidade” Neste sentido, o Pontifício Conselho  está trabalhando para elaborar catequeses e instrumentos de reflexão.

O país, “marcado por um delicado momento de transição, também através deste Encontro Mundial pode ajudar a si mesmo, a Europa e o Mundo, a reencontrar a força, a energia, a tensão missionária, mediante a redescoberta da vocação e da missão da família. O título do Encontro Mundial - “O Evangelho da família, alegria para o mundo” – é um convite a escolher o “nós” da família para responder à necessidade de amor que brota de cada homem e cada mulher”.

Organização

O Arcebispo de Dublin, Diarmuid Martin, defendeu por sua vez, que o evento deve ser  “mundial a nível de preparação”, pois às vezes vemos “críticas a eventos que parecem mundiais, mas a preparação é local”. A realização deste evento – avaliou - “será uma ocasião para a renovação eclesial e a Igreja na Irlanda poderá ser um estímulo para outros países. É este o desafio que a Igreja na Irlanda deve enfrentar, mas estou certo que conseguiremos vencê-lo bem”.

Os organizadores do encontro anteciparam que gostariam de envolver na preparação também os movimentos voltados à espiritualidade das famílias, que normalmente vivem fora das paróquias e por isto, quem sabe, participam em massa do evento, mas não no percursos de preparação. “Precisamente ontem – revelou Dom Martin – falávamos disto em uma reunião da Conferência Episcopal irlandesa e pensamos a um momento de partilha de experiências de todos os movimentos familiares europeus. Falta somente a data, mas será provavelmente em setembro ou outubro”.

Dom Paglia informou que o Pontifício Conselho para a Família está organizando diversas iniciativas voltadas aos movimentos, com o envolvimento de teólogos de todo o mundo e de comunidades e universidades. (JE)

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Francisco é um homem de paz, diz Grão Imame em entrevista à RV

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Cidade do Vaticano (RV) – Após a audiência no Vaticano na segunda-feira, o Grão Imame de Al-Azhar Ahmed Al-Tayyeb, concedeu uma entrevista exclusiva à três jornalistas da mídia vaticana: Padre Jean-Pierre Yammine, responsável pelo Programa Árabe; Cyprien Viet, do Programa Francês e Maurizio Fontana, do Osservatore Romano. A entrevista em árabe - realizada na residência do Embaixador do Egito junto à Santa Sé - foi gravada em áudio e vídeo pela Rádio Vaticano e pelo Centro Televisivo Vaticano.

VAT: João Paulo II foi o primeiro Papa a visitar o Grão Imame de Al-Azhar na sua viagem ao Egito, no âmbito do Grande Jubileu do ano 2000. Hoje o Grão Imame é o primeiro a visitar o Papa no Vaticano por ocasião do Jubileu da Misericórdia. Qual é o significado destes eventos assim importante?

“Em nome do Deus Clemente e Misericordioso, inicialmente gostaria de dirigir um agradecimento a Sua Santidade o Papa do Vaticano, Papa Francisco, por ter-me acolhido juntamente com a minha delegação de Al-Azhar, e pelo afeto caloroso que me reservou. Hoje fazemos esta visita, numa iniciativa de Al-Azhar e a organização entre Al-Azhar e o Vaticano para prosseguir a nossa missão sagrada, que é a missão das religiões, “tornar feliz o ser humano em todos os lugares”. Al-Azhar tem um diálogo, ou melhor, uma comissão de diálogo inter-religioso com o Vaticano que havia sido suspenso por circunstâncias precisas, mas agora que estas circunstâncias não existem mais, nós retomamos o caminho do diálogo e auspiciamos que seja melhor do que era antes. E estou feliz em ser o primeiro Xeique de Al-Azhar que visita o Vaticano e se senta com o Papa num encontro de diálogo e entendimento”.

VAT: Como foi o encontro com o Papa Francisco?

“A primeira impressão, que foi muito forte, é que este homem é um homem de paz, um homem que segue o ensinamento do cristianismo, que é uma religião de amor e de paz; e acompanhando Sua santidade, vimos que é um homem que respeita as outras religiões e demonstra considerações pelos seus seguidores, é um homem que consagra também a sua vida para servir os pobres e os miseráveis e que assume a responsabilidade pelas pessoas em geral; é um homem ascético, que renunciou aos prazeres efêmeros da vida mundana. Todas estas são qualidades que compartilhamos com ele e por isto nos sentimos desejosos de encontrar este homem, para trabalharmos juntos pela humanidade neste vasto campo comum”.

VAT: Quais são as obrigações das grandes autoridades religiosas e dos responsáveis religiosos no mundo de hoje?

”São responsabilidades grandes e graves ao mesmo tempo, porque sabemos – como conversamos também com Sua Santidade – que todas as filosofias e as ideologias sociais modernas que têm assumido a guia da humanidade longe da religião e longe do céu, fracassaram em fazer feliz o homem e em levá-lo longe das guerras e do derramamento de sangue. Acredito que tenha chegado o momento para os representantes das Religiões Divinas, de participar fortemente e concretamente para dar à humanidade um novo direcionamento para a misericórdia e a paz, para que a humanidade possa superar a grande crise com a qual estamos sofrendo agora. O homem sem religião constitui um perigo para o seu semelhante e acredito que as pessoas agora, neste século XXI, tenham começado a olhar ao seu redor e a buscar mestres sábios que as possam guiar no caminho correto. E tudo isto nos motivou a este encontro e a esta discussão e ao acordo de começar a dar o passo certo na direção correta”.

VAT: A Universidade de Al-Azhar está comprometida em um importante trabalho de renovação dos textos escolares. O senhor poderia nos dizer alguma coisa sobre isto?

“Sim, nós os renovamos no sentido de esclarecer os conceitos muçulmanos que foram desviados por aqueles que usam a violência e o terrorismo e pelos movimentos armados que pretendem trabalhar pela paz. Identificamos estes conceitos equivocados, e os propusemos – dentro de um curriculum – aos nossos estudantes nas escolas médias e superiores. Mostramos o lado desviado e a compreensão desviada e ao mesmo tempo tentamos fazer com que os estudantes entendam os conceitos corretos, dos quais os extremistas e os terroristas se desviaram. Criamos um observatório mundial, que realiza um monitoramento em oito línguas do material divulgado por estes movimentos extremistas e das ideias envenenadas que desviam a juventude. E este material, hoje, é corrigido e traduzido em outras línguas. E por meio da “Casa da Família Egípcia” – que reúne os muçulmanos com todas as confissões cristãs no Egito, e é um projeto comum entre Al-Azhar e as Igrejas – procuramos dar uma resposta àqueles que aproveitam as ocasiões e esperam o momento para semear o ódio, divisões e conflitos entre cristãos e muçulmanos. Temos também o Conselho dos Sábios Muçulmanos, presidido pelo Xeique de al-Azhar, e este Conselho envia delegações de paz às diversas capitais do mundo e desenvolve uma atividade importante em favor da paz e em fazer conhecer o Islã genuíno. Tivemos no passado, há cerca de um ano, uma conferência em Florença, precisamente aqui na Itália, sobre o tema “Oriente e Ocidente”, ou seja, “A colaboração entre Oriente e Ocidente”. Além disto, recebemos em Al-Azhar os Imames das mesquitas que se localizam na Europa, no âmbito de um programa com duração de dois meses, para oferecer formação ao diálogo, revelar os conceitos errados e tratar da integração dos muçulmanos na sociedade e nações europeias, para que possam ser um recurso para a segurança, a riqueza e a força daqueles países”.

VAT: O Oriente Médio está submetido a grandes dificuldades. Que mensagem o senhor poderia nos dar a este propósito, por ocasião desta sua visita ao Vaticano?

“Certamente. Eu venho do Oriente Médio onde vivo e sofro, junto com os outros, as consequências dos rios de sangue e de cadáveres, e não existe nenhuma causa lógica para esta catástrofe que vivemos dia e noite. Certamente existem motivações internas e externas cuja convergência inflamou estas guerras. Hoje me encontro no coração da Europa e gostaria de aproveitar a minha presença nesta instituição tão grande para os católicos – o Vaticano – pala lançar um apelo ao mundo inteiro para que possa se unir e cerrar fileiras para enfrentar e colocar fim ao terrorismo, porque acredito que se este terrorismo for negligenciado, não somente os orientais pagarão o preço por isto, mas orientais e ocidentais sofrerão juntos, como vimos. Assim, este é o meu apelo ao mundo e aos homens livres do mundo: cheguem a um acordo logo e intervenham para colocar fim aos rios de sangue. Permitam-me de dizer uma palavra nesta declaração: Sim, o terrorismo existe, mas o Islã não tem nada a ver com este terrorismo e isto vale para os Ulemás muçulmanos e para os cristãos e muçulmanos no Oriente. E os que matam os muçulmanos, e matam também os cristãos, subentenderam os textos do Islã, quer intencionalmente, quer por negligência.  Al-Azhar convocou há um ano uma Conferência Geral para os Ulemás muçulmanos, sunitas e xiitas, e foram convidados os líderes das Igrejas orientais, de diversas religiões e confissões, e até mesmo os Yazidi enviaram um representante a esta conferência realizada sob o patrocínio de Al-Azhar. E entre os pontos mais salientes da declaração comum, falou-se que o Islã e o Cristinismo não têm nada a ver com aqueles que matam, e pedimos ao Ocidente para não confundir este grupo desviado e iludido com os muçulmanos e dissemos a uma só voz, muçulmanos e cristãos, que somos domos desta terra e somos parceiros e cada um de nós têm o direito a esta terra. Rejeitamos a emigração forçada, a escravidão e a compra e venda de mulheres em nome do Islã. Aqui eu gostaria de dizer que a questão não deve ser apresentada como uma perseguição em relação aos cristãos no Oriente Médio, pelo contrário, existem mais vítimas muçulmanas do que cristãs, e nós todos sofremos juntos esta catástrofe. Em breve, gostaria de concluir sobre este ponto, dizendo que não podemos culpar as religiões pelos desvios de alguns de seus seguidores, porque em cada religião existe uma facção desviada que levanta o estandarte da religião para matar em seu nome”.

VAT: Antes de concluir, o senhor gostaria de acrescentar alguma coisa?

“Exprimo novamente o meus grande agradecimento, o apreço e a esperança – que levarei comigo – de trabalhar juntos, cristãos e muçulmanos, Al-Azhar e Vaticano, para elevar o ser humano onde quer que seja, independente de sua religião e de seu credo e salvá-lo da crise das guerras destrutivas, da pobreza, da ignorância, das doenças”.  (JE/JY)

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Igreja no Brasil



Jovens índios brasileiros terão voz no Vaticano

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Cidade do Vaticano (RV) – Terá início na sexta-feira, (27/05), na Pontifícia Academia das Ciências Sociais, o Seminário das Cátedras da Fundação Pontíficia Scholas Occurrentes cujo tema será: “A Universidade e a Escola, um muro ou uma ponte?”.

Participarão representantes de mais de 50 universidades do mundo inteiro, além de Organizações Não-Governamentais de cinco países.

Do Brasil, a ONG Thydewa de Ilhéus, na Bahia, vai trazer para os debates a questão dos jovens indígenas no projeto “Guardiães da Mãe Terra”.  

"É um programa para fortalecer as capacidades de 40 jovens indígenas de 8 etnias do Nordeste brasileiro, para que eles assumam com liderança, protagonismo, autonomia, liberdade, utilizando os saberes tradicionais de seus povos, aliando os saberes científicos modernos – no marco das leis nacionais e internacionais – que podem fazer uma maneira de salvaguardar seus territórios e pensar no cuidado de nossa 'Mãe Terra'", disse à Rádio Vaticano o Presidente da ONG, Sebastian Gerlin.

 

A apresentação no Vaticano será conduzida por Gerlin, e também pelo Vice-presidente, Paulo Sérgio de Oliveira.

O trabalho da Thydewa será apresentado no contexto da Plataforma Social.Scholas

(rb)

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Missionários da Consolata elegem nova direção no Brasil

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São Paulo (RV) - Os missionários da Consolata que atuam no Brasil se reuniram em Assembleia para avaliar suas atividades e eleger a nova direção para os próximos três anos. Realizado na casa regional da congregação, na zona Norte de São Paulo, de 16 a 21 de maio, o encontro reuniu mais de 50 padres e seminaristas que trabalham nos estados do Paraná, Rio de Janeiro, Bahia, São Paulo e no Distrito Federal.

Em visita canônica ao Brasil, o superior Geral do Instituto Missões Consolata (IMC), Padre Stefano Camerlengo, acompanhou os trabalhos e insistiu na revitalização e restruturação da Congregação.

“Essa revitalização visa qualificar a missão, valorizar os missionários e descentralizar a Congregação por meio de uma organização continental”.

Padre Stefano visitou todas as comunidades IMC, conversou com os missionários, e ao defender a identidade e o carisma, questionou sobre as presenças e atividades de evangelização.  

Para iluminar os trabalhos da Assembleia houve uma reflexão sobre a “Missão e Cooperação missionária”, tendo como base o documento de estudo da CNBB sobre o tema. (Doc. Estudo 108). A reflexão contou com a assessoria do secretário da Pontifícia União Missionária, Padre Jaime Carlos Patias, IMC.

Eleição da nova Direção

No dia 19, a Assembleia elegeu o Padre Aquiléo Fiorentini como novo superior Provincial do IMC no Brasil. Natural do Rio Grande do Sul, Padre Aquiléo cursou teologia em Roma e trabalhou em Moçambique. Fez parte da Direção Geral em Roma por 12 anos: seis como conselheiro e seis como superior. Foram eleitos também como conselheiros, os padres Lírio Girardi (vice superior), Jaime Carlos Patias, Stephen Murungi e Paulo Mzé.

Além de fundar, em 1901, a Congregação dos missionários da Consolata com padres e irmãos, o Bem-aventurado José Allamano fundou, em 1910, as Irmãs missionárias da Consolata. Juntas, as duas congregações estão presentes em 26 países da África, Ásia, Europa e América. No Brasil atuam 51 padres, um Irmão, quatro diáconos, três bispos e 16 seminaristas professos. O trabalho se desenvolve em 11 paróquias, três seminários e três centros de animação missionária.

Presença feminina

A superiora Regional das Irmãs da Consolata no Brasil, Irmã Anair Voltolini, também esteve na Assembleia e partilhou o caminho de revitalização que elas realizam desde 2011. “O objetivo é dar mais qualidade de vida e melhor responder aos atuais desafios da missão”, explicou a religiosa. Na congregação, cerca de 70 irmãs brasileiras trabalham além-fronteiras.

Quem são

Os missionários da Consolata no mundo somam hoje, mais de mil membros e as missionárias cerca de 600. Uma das missões mais ousadas é a presença, há 50 anos, entre os indígenas Yanomami na Amazônia brasileira. Na Ásia, chama a atenção o trabalho na Mongólia e em Taiwan, na porta da China. Na África, as missões Consolata se desenvolvem em 10 países.

A Assembleia concluiu com uma missa em ação de graças pelo jubileu dos padres que, este ano, completam 50 anos de ordenação (Adriano Prado, Lírio Girardi e João Monteiro da Felícia), 25 anos de ordenação (Olivando Lima) e 50 anos de profissão religiosa (Sabino Mariga). Para festejar, a paróquia Nossa Senhora Consolata ofereceu um almoço de confraternização.

Acesse o site da revista Missões

(CM-POM)

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Dia do Cigano: "Chegou o tempo de erradicar preconceitos"

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Eunápolis (RV) - Terça-feira, dia 24 de maio, é o Dia Nacional dos Ciganos, e destacando a ocasião, o bispo de Eunápolis (BA) e referencial da Pastoral dos Nômades da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom José Edson Santana Oliveira, divulgou uma mensagem.

Dom Edson recorda as palavras do Papa Francisco durante a peregrinação mundial do povo cigano, organizada pelo Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e Itinerantes. O encontro, realizado em outubro de 2015, celebrou os 50 anos da visita do Beato Paulo VI ao acampamento de ciganos na região da Pomezia, na Itália.

Na mensagem, Dom Edson destaca que Francisco “não só lança um olhar de misericórdia para com os desafios oriundos da discriminação, do racismo e da xenofobia, mas  apresenta luzes de encorajamento” em meio aos desafios enfrentados pelo povo ciganos.

Leia a mensagem na íntegra:

"Chegou o tempo de erradicar preconceitos"

"Chegou o tempo de erradicar preconceitos seculares, preconceitos e recíprocas desconfianças que frequentemente estão na base da discriminação, do racismo e da xenofobia. Chegou o tempo de erradicar preconceitos”. (Papa Francisco aos Ciganos)

O homem desde sempre é convidado a conviver com as diferenças; sejam sociais, raciais, culturais ou religiosas. Não nos falha a memória quando recordamos, seja quem viveu ou ouviu falar, do Holocausto, da escravidão que se tornaram tristes exemplos de intolerância e opressão. Paira no ar uma aparência como que na mesma medida que a tecnologia foi tornando a comunicação mundial mais veloz e democrática, as ofensas raciais, socioculturais e até mesmo religiosas foram se ampliando e fazendo com que cada vez mais percebamos quão difícil parece reconhecer o outro e exercer a tolerância passiva. E essa intolerância, também se aplica aos sofrimentos os quais passam nossos irmãos ciganos. As leis que colocam todos iguais perante a sociedade parece está fora de pauta do dia. Todavia, o Papa Francisco ressalta que,“No que diz respeito à situação dos ciganos em todo o mundo, hoje é imprescindível desenvolver novas abordagens em âmbito civil, cultural e social, bem como na estratégia pastoral da Igreja para lidar com os desafios que surgem de formas modernas de perseguição, de opressão e, às vezes, até de escravidão”,

Diante deste cenário, o santo Padre o Papa Francisco não só lança um olhar de misericórdia para com os desafios oriundos da discriminação, do racismo e da xenofobia, mas nos apresenta luzes de encorajamento em meio a esses desafios. E falando ao povo cigano, vitimas da discriminação em muitos lugares onde vivem, os encoraja dizendo o quanto a Igreja os acolhe como filhos muito amados e que redescobrissem como povo seus valores e dignidade para que outros não tenham motivos de os olharem com discriminação. “Chegou o tempo de erradicar preconceito”! 

Erradicar preconceitos! É uma frase profética, num mundo onde o outro, às vezes, é visto como uma ameaça e não como um irmão! Os latinos tem uma expressão para “eu” que é “ego” e duas expressões para não “eu” que é “Alter” que significa o “outro” e outra que significa “alius” que significa “estranho”, “alheio”. E observando a contemporaneidade é como se estivesse sempre mais crescendo uma cultura de olhar para o outro como um estranho. “Estranho”, ou estrangeiro no sentido mais amplo da palavra; “forasteiro”, ou seja, aquele que não é daquele lugar, aquele que é de fora, até mesmo, às vezes, entendido num sentido pejorativo; de fora da “minha classe social”, do “meu grupo”, ou seja, aquele que não é como nós! Essa noção de ser estranho uns aos outros, não reconhecendo no outro os valores, a dignidade, a liberdade de expressão faz com que o preconceito se torne cada vez mais forte. Entretanto, ainda nos ensina o Papa; “Aqui se encontra a atenção da Igreja e a contribuição específica de vocês. O Evangelho, de fato, é anúncio de alegria para todos e, em modo especial, para os mais vulneráveis e marginalizados. A eles somos chamados a garantir a nossa proximidade e a nossa solidariedade, seguindo o exemplo de Jesus Cristo que testemunhou a eles a predileção ao Pai.” Sendo assim, que possamos nos unir as intenções do Santo Padre apresentando ao mundo o Rosto Misericordioso do Pai que é Jesus Cristo, a Misericórdia Encarnada, redescobrindo como Igreja discípula-missionária a Alegria de ver no povo cigano, como em outros povos, a beleza de um Deus que é Pai de todos!

Para isso, o Papa Francisco encorajou a Pastoral dos Nômades a prosseguir com generosidade essa importante obra e a não desanimarem, mas continuarem no empenho em favor de quem realmente está em condições de necessidade e marginalização, nas periferias humanas. “Que os ciganos possam encontrar em vocês, irmãos e irmãs que os amam com o mesmo amor que Cristo amou os mais marginalizados. Sejam para eles, o rosto acolhedor e alegre da Igreja.”

Dom José Edson Santana Oliveira

Bispo Diocesano de Eunápolis Costa do Descobrimento e

Referencial da Pastoral dos Nômades da CNBB

 

 

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Igreja na América Latina



Card. Filoni visita o mais jovem Vicariato da Amazônia

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Solano (RV) – O Cardeal Fernando Filoni, Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, visita nesta terça-feira, (24/05), o Vicariato Apostólico de Puerto Leguízamo – Solano, na Colômbia.

Dom Ettore Balestrero, Núncio apostólico na Colômbia, e autoridades civis e eclesiásticas de Colômbia, Equador e Peru, o acompanham.

Puerto Leguízamo, o mais jovem Vicariato amazônico

O objetivo é conhecer o trabalho missionário que se realiza neste Vicariato, o mais jovem da Amazônia, criado pelo Papa Bento XVI em 21 de fevereiro de 2013, e que compreende uma área de 64 mil km² da Amazônia colombiana, nos departamentos de Putumayo, Caquetá e Amazonas, na tríplice fronteira com Peru e Equador.

O cardeal italiano estará na localidade de 9h às 16h e encontrará o bispo vigário, Dom Joaquín Pinzón, IMC, e as comunidades indígenas, presidirá uma missa na catedral, irá à capela da Consolata e à paróquia do Divino Menino; visitará Tucunare. 

Dom Joaquín Pinzón, falando em nome da comunidade, “espera que ele nos ajude a nos sentirmos em comunhão com a Igreja universal e nos fortaleça na fé como Igreja em caminho: equipes missionárias, animadores e catequistas, pessoas que peregrinam neste lindo território amazônico e fronteiriço”.

Guapi, Bogotá e Cali são etapas da visita

O Cardeal-Prefeito está na Colômbia desde sábado, (21/05), e segunda-feira, (23/05), visitou o Vicariato de Guapi, na costa pacífica do país. Em encontro com o clero local, Dom Filoni falou da necessidade de paz e do rechaço ao conflito armado, do compromisso com a justiça social e o desenvolvimento.

“Depois de anos de sofrimentos causados pela violência e a corrupção, agora é o momento propício para extirpar todo mal e perdoar-se reciprocamente, instaurando uma cultura de paz e promovendo dinâmicas pessoais, familiares e comunitárias de reconciliação”: sublinhou, em homilia na Catedral da Imaculada Conceição.  

O cardeal também esteve em Bogotá e Cali, sendo recebido por bispos e leigos engajados na missão. Na Catedral de Bogotá, presidiu a ordenação episcopal dos novos vigários apostólicos dei Puerto Gaitán e San Andrés y Providencia, Dom Carrillo Martínez e Sanabria Arias, a quem pediu que “se distingam na caridade e no zelo, especialmente com os pobres”.

Congregação acompanha trabalho missionário

A Congregação para a Evangelização dos Povos é o dicastério da Cúria Romana responsável pelas atividades missionárias. Um de seus objetivos é acompanhar os territórios em que não foram criadas dioceses, como os Vicariatos e as Prefeituras Apostólicas).

Em sua viagem à Colômbia, Dom Fernando Filoni está visitando alguns destes territórios e participará do Congresso Nacional Missionário da Colômbia, de 26 a 30 de maio, em Bucaramanga.

(JC-CM)

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Chile: Consternação do Card. Ezzati pela violência em Valparaiso

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Santiago (RV) – Consternação e forte condenação do Cardeal Ricardo Ezzati, Arcebispo de Santiago do Chile, pelos fatos violentos que se verificaram no último sábado, 21, em Valparaíso (sede do Parlamento chileno), após o discurso público sobre a realidade do País pela presidente da República Michelle Bachelet diante do Parlamento.

Durante a manifestação houve também uma vítima, o guarda municipal Eduardo Lara, após um atentado incendiário por um grupo de mascarados.

O Cardeal Ezzati em uma nota cita algumas palavras pronunciadas pelo seu antecessor o Cardeal Raúl Silva Henríquez: “É necessário matar o ódio antes que o ódio mate o Chile”.

E continua: “O espírito de Deus não está nos pequenos grupos que atuam com tanta violência, mas na força positiva que existe em tantos milhões de chilenos. Sinto um repulsa muito grande por esta manifestação violenta e covarde, tão distante da sessão pública solene que foi celebrada”.

Cardeal profundamente preocupado

O arcebispo de Santiago se manifesta “profundamente preocupado” pela “destruição dos bens públicos e particulares, pelos atos de violência que se repetem e que causaram a morte de um inocente”.

Continua ainda o purpurado: “Existe um mal-estar que, como sociedade, devemos enxergar. Hoje, mais do que nunca precisamos ouvir com atenção quais são as causas que estão causando este clima de violência e, ao mesmo tempo, precisamos nos questionar porquê alguns, em nossa comunidade estão utilizando esses métodos violentos e cruéis que não trazem nada de positivo”. “Serve um diálogo de cara limpa, cara a cara, não a violência dos mascarados com bombas molotov”, finalizou. (SP)

 

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“Um diálogo ainda mais eficaz”, pede o novo Arcebispo de Havana

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Havana (RV) – O novo Arcebispo metropolitano de Havana, Dom Juan de la Caridad García Rodríguez, lançou um apelo para que o diálogo continue entre a Igreja Católica e o governo da ilha durante a Missa que presidiu na Catedral no domingo, 22 de maio, para a sua posse na capital cubana.

"A presença de vocês aqui nos convida e nos encoraja a prosseguir com o diálogo, que pode ser mais eficaz e mais real, de modo que a Igreja possa encontrar outros espaços para a sua missão evangelizadora, para a liturgia, para a missão educativa e para a caridade em relação aos pobres", disse o Prelado diante do Vice-Presidente de Cuba, Salvador Valdés Mesa, e do responsável pelo Departamento para os Assuntos Religiosos do Partido comunista Cubano (PCC), Caridad Diego, presentes na celebração.

Continuidade

Um momento emocionante para todos foi quando o novo Arcebispo, no ato de tomar posse de sua diocese, foi acolhido pelo seu predecessor, Card. Jaime Ortega y Alamino, que o aguardava no ingresso da Catedral para entregar-lhe a férula, símbolo de guia do rebanho. A Catedral estava lotada e uma grande multidão teve que acompanhar a solene Concelebração Eucarística nos telões que foram instalados na praça diante da igreja.

Dom Juan de la Caridad García Rodríguez nasceu em Camagüey em 11 de julho de 1948. Ele sucede ao Card. Ortega y Alamino, que guiou a Arquidiocese de Havana por 35 anos, acolhendo na ilha três pontífices: S. João Paulo II, Bento XVI e Francisco.]

(bf)

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Gesto de Bispo de San Isidro surpreende costarriquenhos

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San José (RV) – O Bispo de San Isidro, Dom Gabriel Enrique Montero, chamou a atenção dos costarriquenhos ao ajudar a carregar banheiros químicos destinados aos migrantes africanos, que entraram no país em abril com a intenção de chegar aos Estados Unidos. A imagem do gesto viralizou na internet.

O prelado buscou junto ao governo costarriquenho uma saída digna para a situação em que vivem os africanos. Desde cedo o prelado buscava agentes da migração e do governo para compreender as disposições legais que envolviam as migrações aos Estados Unidos e as possíveis soluções, para tentar “uma saída humana e real para estes irmãos”.

O site da Diocese de San Isidro informou em seu site, que graças ao trabalho do prelado, o Governo da Costa Rica se comprometeu a emitir os documentos necessários para que os migrantes possam seguir viagem.

Os 400 migrantes, incluindo mulheres grávidas e crianças, viviam em cabanas improvisadas com plásticos e papelões. Devido às más condições do local, contraíram infecções respiratórias e gastrointestinais.

Dom Gabriel Enrique Montero visitou cada uma das moradias improvisadas, buscando convencer os migrantes a transferirem-se aos albergues para refugiados, prometendo a eles que lutaria para que as promessas do governo fossem cumpridas.

Karonga, senegalês de 29 anos e líder do grupo, aceitou a transferência para o Refúgio Buenos Aires, mas houve resistência para transferências ao Refúgio do Km 20, em Golfito, considerado “sem todas as condições”. Parte da missão do bispo, então, foi tentar convencer os migrantes a transferirem-se ao Campo Ferial, enquanto a Igreja continuava seu papel de velar para que fossem cumpridas as condições humanitárias e de segurança mínimas requeridas.

A presença de Dom Montero no local foi fundamental. O Governo reconheceu seu valor como voz da Igreja, sua aceitação e respeito. Para os africanos, liderados por Karonga, o bispo converteu-se em uma voz crível, pois o consideram como “enviado do alto e delegado do Papa Francisco”. (JE)

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Igreja no Mundo



Patriarca Copta-católico define como "novo início" encontro entre Papa e Imame

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Cairo (RV) – A retomada das relações entre Santa Sé e a Universidade islâmica de Al-Azhar “poderá trazer um novo vigor aos processos de colaboração e integração que os responsáveis cristãos e muçulmanos já alimentam em muitas situações locais, na vida cotidiana”. Foi o que afirmou o Patriarca Copta-católico Ibrahim Isaac Sidrak, ao comentar à Agência Fides o encontro realizado no Vaticano na segunda-feira (23/05) entre o Papa Bergoglio e o Grão Imame da maior autoridade teológica e cultural do Islã sunita.

As relações entre Santa Sé e Al Azhar estavam congeladas desde 2011, depois do atentado na virada do ano contra Catedral copta-ortodoxa de Alexandria. Na ocasião, o Papa Bento XVI pediu orações pelas vítimas dos atentados, chamando a responsabilidade as autoridades locais para a defesa dos cristãos. As palavras foram mal recebidas tanto pelos responsáveis de Al-Azhar, como pelos expoentes do Patriarcado Copta-ortodoxo.

Importante é a retomada do caminho

“Foram tempos difíceis – recorda o Patriarca Ibrahim Isaac – que tiveram início por um mal-entendido provocado pelas palavras do Papa Bento XVI, que talvez, para alguns, era algo intencional. Mas o importante é a retomada do caminho correto. Agora, é necessário esperar com paciência o amadurecimento do processo. Al-Azhar é influente e pode exercer um papel positivo sobre o Islã sunita. Mas não faltam dificuldades, resistências, divisões, diante da reconsideração do “discurso religioso” pedido por muitos, até mesmo pelo Presidente al Sisi. Há também quem perceba como uma ameaça e um ataque ao Islã todo juízo e toda opinião expressa com liberdade, no legítimo pluralismo. Nós devemos respeitar este caminho interno ao mundo islâmico, favorecendo-o com paciência e delicadeza, encorajando os nossos irmãos muçulmanos, também como Igreja local, favorecendo a colaboração na vida social, diante dos problemas concretos, sem limitar-nos ao confronto sobre questões estritamente religiosas”.

Iniciativas conjuntas

Entre os sinais de esperança, o Patriarca Copta-católico cita as iniciativas conjuntas de imames e sacerdotes inspirados pela “Casa da Família egípcia” – organismo de ligação inter-religiosa criado há alguns anos por Al-Azhar e pelo Patriarca Copta-ortodoxo, como instrumento para prevenir e mitigar as contraposições sectárias – e também o documento programático assinado em 9 de maio pelo Grão Imame  e pelo Patriarca Copta-ortodoxo Tawadros II, onde é delineado o empenho comum para combater conjuntamente toda forma de violência e de abuso de menores. No documento comum, elaborado com o patrocínio da UNICEF, estudiosos ligados à Universidade Islâmica e à comunidade copta contribuíram para delinear a tutela dos menores como prioridade comum, citando entre as formas de violência a ser combatida, também as mutilações genitais e o fenômenos dos matrimônios precoces. (JE/GV)

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Aleppo, míssil contra escola franciscana. Rezar pela Síria

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Jerusalém (RV) - “É tempo de oração e jejum pela Síria. Os frades permanecerão próximos aos necessitados”. Foi o que disse Frei Francesco Patton, Custódio da Terra Santa, comentando sobre a trágica notícia de um míssil que sábado à tarde atingiu um Colégio dos Franciscanos em Aleppo, matando uma mulher e ferindo outras duas pessoas idosas. Os hóspedes haviam encontrado refúgio na estrutura após o início da guerra no país ou devido a dificuldades pessoais. A escola, destaca uma nota da Custódia, era considerada, até agora, um dos poucos lugares seguros da cidade e que tinha sido adaptada como local de acolhida. Aos microfones da Rádio Vaticano o Custódio, Frei Francesco Patton:

R. - Eu tentei entrar em contato com os frades que vivem ali em Aleppo, no “Colégio Terra Santa”. Eu consegui um contato não por telefone, porque é impossível por causa das linhas interrompidas, mas através de e-mail. Os frades confirmaram que uma senhora idosa que era hóspede ali, morreu. Há também outra pessoa gravemente feria, e outra menos grave. Os frades estão bem. Naturalmente, as pessoas têm medo. É um momento de profunda tristeza. São pessoas que estavam sendo assistidas ali. Não eram refugiadas, mas pessoas que estão em dificuldades por motivos de idade e de saúde.

P. – A Custódia, de fato, é um ponto de paz, de acolhida, em uma realidade completamente destruída pelo conflito ...

R. - Os frades da Custódia estão ali, e ali permanecerão, porque eles querem ficar perto das pessoas confiadas aos seus cuidados. Eles sabem que as pessoas que ficaram ali não podem ir para outro lugar. Justamente, não as abandonam e estão ali, mesmo com o risco de suas próprias vidas. E - eu diria – eles são algo mais do que meras testemunhas de paz: são também realmente testemunhas de caridade heróica, neste caso. Acrescentaria um convite a todos por uma oração profunda e persistente. Gostaria de retomar o convite do Santo Padre para rezar e jejuar pela Síria, por aqueles que vivem ali e se encontram inocentes no meio do conflito. (SP)

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Ilha de Creta prepara-se para acolher o Concílio Pan-Ortodoxo

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Cidade do Vaticano (RV) – As Igrejas Ortodoxas ultimam os detalhes para a realização do Concílio Pan-ortodoxo que terá lugar na Ilha grega de Creta, de 19 a 26 de junho, e que reunirá pela primeira vez, após 12 séculos, todas as 14 Igrejas do Oriente.

Participarão do Concílio, entre outros, o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I; o Patriarca de Alexandria, Theodoro; o Patriarca de Antioquia Iohannes; o Patriarca de Jerusalém Theophilos; o Patriarca Kirill de Moscou; o Patriarca da Sérvia Irinej; o Patriarca Daniel da Romênia; o Patriarca Neophyte, da Bulgária; o Patriarca Ilia da Geórgia; o Arcebispo de Chipre Chrysostomos; o Arcebispo Ieronimus de Atenas e de toda a Grécia; o Metropolita Sawa de Varsóvia e de toda a Polônia; o Arcebispo Anastasios da Albânia;  e o Arcebispo Rastislav, da República Tcheca e Eslováquia. 

Ao final da segunda reunião preparatória realizada nos dias passados, ficou definido que os trabalhos propriamente ditos terão início na segunda-feira, sendo precedidos no dia 19 – Domingo de Pentecostes segundo o Calendário  Juliano – por duas celebrações das quais tomarão parte todos os Primazes das Igrejas Ortodoxas locais. A primeira liturgia terá lugar na Catedral de São Mena em Candia, capital da ilha. A segunda, à tarde, na Igreja de São Tito.

Durante a reunião, presidida pelo Metropolita da Suiça, Jeremias, os membros do Secretariado encarregado pela preparação do Concílio, trataram diversos temas pertinentes ao evento, como as questões relativas ao Protocolo, aos procedimentos a serem adotados e ao funcionamento do site dedicado ao evento, assim como o credenciamento dos jornalistas.

Inicialmente era previsto que o Concílio se realizasse em Istambul, sede do Patriarcado de Constantinopla. No entanto, a turbulência nas relações diplomáticas entre Rússia a Turquia - causada pela guerra na Síria - assim como as complexas relações entre a Igreja da Grécia e o Patriarcado de Constantinopla, ou ainda a ruptura na comunhão entre as Igrejas Ortodoxas locais de Antioquia e Jerusalém,  fizeram a escolha recair sobre a ilha grega.

Não obstante os dissensos, a meticulosa e intensa preparação do encontro fizeram prevalecer o desejo de reiterar que a unidade da Igreja Ortodoxa é um valor precioso e buscado por todos os Patriarcas.

Ao falar do Concílio na mensagem enviada aos jovens reunidos em Valência para o Encontro Europeu de Taizé realizado em dezembro de 2015, o Patriarca Bartolomeu I pediu orações “para que testemunhando a vitalidade da Igreja Ortodoxa e a unidade de seus membros, possa também agir para a aproximação dos cristãos e à sua unidade redescoberta”. “Trata-se de um evento histórico na nossa Igreja”, afirmou.

Em declarações à Agência SIR, o membro da Comissão Teológica Internacional e da Comissão Mista Internacional para o Diálogo Teológico entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa, Dom Piero Coda,  afirmou que “o evento é histórico, antes de tudo porque é a primeira vez na história que, depois da ruptura da plena comunhão entre a Igreja de Roma e a de Constantinopla em 1054, realiza-se um Concílio que reúne os Patriarcas e os representantes de todas as Igrejas Ortodoxas”. Para ele, os desafios são, “por um lado, promover o consenso entre as Igrejas irmãs da ortodoxia que se reconhecem em comunhão na mesma fé, mas ao mesmo tempo gozam cada uma de autonomia e são fortemente radicadas em específicos contextos nacionais, culturais e sociais; e por outro, encontrar a convergência sobre alguns questões canônicas e pastorais de fundo, no respeito destas peculiaridades históricas e das não pequenas questões políticas que envolvem as regiões do mundo onde estas Igrejas vivem. É de máxima relevância o fato de que as Igrejas da ortodoxia possam reafirmar e promover a comunhão entre elas como premissa e trampolim de salto  para uma aceleração do caminho de unidade com a Igreja Católica”.

Neste caminho de superação dos obstáculos entre a ortodoxia e o catolicismo, deve-se recordar o recente encontro entre o Patriarca Kirill e Francisco realizado em Havana em fevereiro do corrente e a visita aos refugiados na Ilha grega de Lesbos em abril, que reuniu o Papa Francisco, o Patriarca Ecumênico de Constantinopla Bartolomeu I e o Arcebispo Greco-ortodoxo de Atenas, Ieronimus. (JE/IS/Oss.Rom) 

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Em aumento mortes rituais de albinos, denuncia Justiça e Paz

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Lilongüe (RV) – “Os albinos são sequestrados e mortos para fins rituais. Diversos túmulos foram violados e a polícia capturou algumas pessoas com ossos e outras partes do corpo dos albinos. Como Comissão Justiça e Paz da Igreja Católica estamos consternados por estes acontecimentos”, afirmou o Coordenador Vigário da Comissão Episcopal Justiça e Paz do Malauí, Martin Chiphwanya, ao denunciar o aumento de crimes cometidos contra os albinos.

Segundo Chiphwanya, o problema deve ser enfrentado com uma abordagem integrada, que envolva a polícia, a magistratura, líderes religiosos e tradicionais e membros da sociedade civil.Polícia e magistratura – explica - devem receber uma formação específica para conduzir as investigações e levar os casos ao tribunal com a máxima firmeza. Os líderes tradicionais, os religiosos e da sociedade civil, por sua vez, devem contribuir para sensibilizar a população para que tratem os albinos com a dignidade que lhes é inerente como seres humanos.

Chiphwanya sublinha por fim, a importância da colaboração com os países vizinhos que enfrentam problemas semelhantes. Recentemente a polícia do Malauí, em colaboração com a do Moçambique, prendeu duas pessoas acusadas de terem matado um jovem albino para utilizar os ossos em “rituais mágicos”.

A Tanzânia implementou um programa que visa erradicar estas práticas criminosas, fundadas em superstições. Neste sentido, o Presidente do Malauí Peter Mutharika, anunciou que enviará uma delegação governamental ao país para aprender como enfrentar o problema. (JE/LM)

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Hoje no Quênia, os funerais da religiosa eslovaca Veronika Rackova

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Juba (RV) – Realiza-se esta terça-feira, 24 de maio, em Nairóbi, no Quênia, os funerais da Irmã Veronika Teresia Rackova, da Congregação das Servas do Espírito Santo, Diretora do St. Bakhita Health Centre. A religiosa morreu depois de alguns dias de agonia por causa das feridas causadas em um tiroteio.

O Secretário Geral da Diocese de Yei declarou em um comunicado que a religiosa morreu a serviço dos pobres no Sudão do Sul como mártir. A Diocese de Yei celebrou na segunda-feira em Nairóbi uma missa na Catedral de Cristo Rei em memória de Irmã Veronica.

As Servas do Espírito Santo, por sua vez,  agradeceram a todas as pessoas que compartilharam a dor causada pela perda.

A religiosa, médica no St Bakhita Health Centre de Yei, morreu em função dos ferimentos provocados por soldados do Exército de Libertação do Povo Sudanês (SPLA - o ex-movimento de guerrilha que depois da independência do país em 2011 tomou o poder).

A religiosa, de 58 anos, originária da Eslováquia, dedicou a sua vida a serviço dos pobres e dos necessitados no Sudão do Sul. (JE/LM)

 

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Costa do Marfim: bispos pedem libertação de prisioneiros políticos

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Yamoussoukro (RV) - “A reconciliação exige a libertação dos detidos no âmbito do conflito que teve lugar no país; sobretudo, a partir deste ponto de vista, ninguém pode se dizer inocente. Para reconciliar-se é necessário ser livre; para ser livre é preciso ter liberdade de movimento”: foi o que afirmou Dom Ignace Bessi Dogbo, Bispo de Katiola, em nome dos bispos da Costa do Marfim que lançaram um apelo, reunidos nesta segunda-feira, 23, com centenas de fiéis na Basílica de Nossa Senhora da Paz, em Yamoussoukro.

A peregrinação nacional por ocasião do Jubileu da Misericórdia

Os bispos – na capital desde o último dia 17 de maio para a sua 104ª plenária – participaram de um momento de oração na Catedral, organizado na conclusão da peregrinação por ocasião do Jubileu da Misericórdia. Provenientes das 15 dioceses do país, cerca de 150 mil peregrinos de diferentes grupos étnicos e culturas diferentes chegaram sábado à noite para participar de uma vigília que foi marcada por cantos, orações e reflexões em um clima de comunhão e partilha.

A crise pós-eleitoral de 2010-2011 e os prisioneiros políticos ainda na prisão

Neste contexto, foi invocada a libertação dos presos políticos, detidos após a crise pós-eleitoral de 2010-2011 que desencadeou violências com mais de 3 mil mortes em cinco meses. Costa do Marfim tinha vivido uma década de instabilidade com a divisão entre o norte - nas mãos dos rebeldes - e o sul - controlado por partidários de Laurent Gbagbo (na presidência da Costa do Marfim de 2000 a 2011). A recusa do Presidente Gbagbo de reconhecer a vitória de seu rival Alassane Ouattara nas eleições de novembro de 2010 resultou em distúrbios e confrontos. A Frente Popular Marfinense (FPI), criada por Gbagbo, fala de 300 pessoas detidas, enquanto o governo afirma que são entre 140 e 150.

No último mês Siméon Ahouana, Presidente da Comissão Nacional para a reconciliação e Indenização das vítimas (Conariv), afirmou que há um profundo descontentamento e que é necessário encorajar as iniciativas em favor da reconciliação. O apelo dos bispos foi muito bem recebido pela Fidhop (Fundação Marfinense para a protecção e controle dos Direitos Humanos e da vida Política), que faz votos de um esforço conjunto entre cristãos de diferentes denominações e muçulmanos em favor da reconciliação nacional.

A 104ª Assembleia Plenária dos Bispos

Dom Touably Alexis, Bispo de Agboville e Presidente da Conferência Episcopal da Costa do Marfim exortou os fiéis à conversão e ao sacramento da reconciliação, convidando-os a serem vigilantes e a favorecem o bem. Sobre a realidade sócio-política do país falaram os bispos durante a sua sessão plenária, realizada no centro diocesano de Yamoussoukro. Na ordem do dia também ao ordinário funcionamento da Igreja marfinense. A próxima plenária dos bispos está prevista para janeiro de 2017 em Katiola. (SP)

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Tráfico humano e migrantes preocupam Igrejas no Golfo Pérsico

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Abu Dhabi (RV) - A Fraternidade de Igrejas do Golfo Pérsico, em conjunto com o Conselho de Igrejas do Oriente Médio, realiza um encontro de treinamento de agentes sociais sobre o trabalho dos migrantes e tráfico de pessoas.

Trata-se de um encontro ecumênico que acontece nas dependências da Igreja Anglicana de Santo André, de 23 a 25 de maio. Os participantes de cada Igreja tentam criar formas de colaboração, dentro e além das fronteiras de cada país da região.

De acordo com o missionário scalabriniano Pe. Olmes Milani, os cristãos acreditam que, devido à inexistência de instituições e leis eficientes na defesa das vítimas do trabalho e tráfico, “as Igrejas podem ter um papel especial e necessário”.

Legislação

Além de compartilhar modelos de ações e experiências vividas no Oriente Médio, os participantes debruçam-se sobre a legislação referente às questões trabalhistas e tráfico de pessoas de cada país e tentam procurar métodos para identificar vítimas de tráfico humano.

Embora reconhecendo que nos últimos anos os países do Golfo Pérsico fizeram progressos consideráveis, os participantes estudam acordos de cooperação internacional e a possibilidade de criar políticas relacionadas com os problemas em questão.

Traficantes

Outra finalidade do encontro é criar a consciência para a necessidade de programas de reabilitação e despertar as consciências no sentido de proteger as vitimas e levar a julgamento os traficantes.

“As Igrejas realizam um trabalho discreto, mas valioso com as ‘janelas’ que as leis dos países do Golfo Pérsico permitem”, escreve o missionário scalabriniano, que desempenha sua missão em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

(bf)

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Formação



Ensinar e dar bom conselho: em jogo, a transmissão de valores

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Cidade do Vaticano (RV) – Neste espaço dedicado ao Ano Jubilar, estamos aprofundando as obras espirituais de misericórdia.

Nossa convidada é a Superiora das Irmãs da Divina Providência, Ir. Márian Ambrósio. Na semana passada, Ir. Márian fez uma introdução para explicar que, na realidade, não existe uma dicotomia entre as obras espirituais e corporais. Todo o nosso agir deve estar imbuído do Espírito Santo. Já nesta edição, Ir. Márian comenta duas obras que, segundo ela, estão relacionadas entre si: ensinar e dar bom conselho. 

Ouça aqui:

 

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Atualidades



Camilianos reunidos em Roma: "Testemunhas em nome de Deus"

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Roma (RV) – Está se realizando no Instituto Camillianum, em Roma, um congresso com o tema “Deus é misericórdia: testemunhas em nome de Deus”, em preparação para o Jubileu dos Enfermos.

O encontro examina a linguagem da misericórdia que não se opõe à da justiça e dos direitos, mas é terapia contra a exclusão, a desagregação, a violência e a marginalização. 

Conosco, o Padre Francisco de Macedo, que nesta terça-feira, modera a sessão “A misericórdia diante das necessidades do homem contemporâneo”. Padre Francisco é de Pedro II, no Piauí, e ensina Filosofia aqui em Roma, no Instituto Camillianum. Ouça aqui: 

O Congresso é estruturado em três sessões: O nome de Deus é Misericórdia; A misericórdia diante das necessidades do homem contemporâneo; O pastor do campo da saúde como missionário da misericórdia. O objetivo é conjugar a reflexão teológica, antropológica e ética com o compromisso pastoral por um mundo que abrigue o Evangelho.

(CM)

 

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24 de maio: Dia de oração pela Igreja na China

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Cidade do Vaticano (RV) – Celebra-se neste 24 de maio o Dia de oração pela Igreja na China. Este dia foi instituído pelo Papa emérito Bento XVI em 2007 e, naquela ocasião, assim motivou sua decisão:

“Desejo que tal data seja uma jornada de oração pela Igreja na China. Exorto-os a celebrá-la renovando a comunhão de fé em Jesus Nosso Senhor e de fidelidade ao Papa, rezando a fim de que a unidade entre vocês seja cada vez mais profunda e visível”, escreveu Bento XVI ao propor o dia 24 de maio por ser memória litúrgica da Bem-aventurada Virgem Maria, Auxílio dos Cristãos — que é venerada com devoção no santuário mariano de Shesham em Xangai.

União

No Angelus do último domingo, o Papa Francisco pediu que todos os fiéis se unam aos católicos chineses.

“Neste Ano Santo da Misericórdia, possam os católicos chineses, junto com aqueles que seguem outras nobres tradições religiosas, tornarem-se sinal concreto de caridade e reconciliação. Desta forma, eles vão promover uma autêntica cultura do encontro e a harmonia de toda a sociedade”. 

“Peçamos a Maria para dar aos seus filhos na China a capacidade de discernir em todas as situações os sinais da presença amorosa de Deus, que sempre acolhe e perdoa”, disse ainda o Pontífice.

(bf)

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Enquanto ONU abre Cúpula, 2 mil resgatados no Mediterrâneo

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Cidade do Vaticano (RV) – No dia da abertura da 1ª Conferência Humanitária Mundial, em Istambul, cerca de 2 mil migrantes foram resgatados após zarparem da costa da Líbia em direção à Europa.

No total, a Guarda Costeira italiana coordenou 15 operações de salvamento no Mediterrâneo na segunda-feira, (23/05).

Os migrantes, na maior parte africanos, foram resgatados em 14 botes infláveis e uma precária embarcação.

Participaram das operações dois navios da Marinha italiana, um da Marinha irlandesa e dois navios da Ong Médicos Sem Fronteiras.

Um outro navio da Guarda Costeira italiana também atuou no resgate de 636 migrantes nas águas territoriais de Malta.

Hoje, a Itália garante os resgates por meio da operação “Mar Seguro”. Desde maio de 2015, o Conselho Europeu financia a operação EUNAVFOR MED Sophia para evitar novas “tragédias no mar ligadas ao tráfico de seres humanos no Mediterrâneo”.

As autoridades alertam que, com a chegada do Verão e as boas condições de navegabilidade no Mediterrâneo, o número resgates tende a crescer neste período. 

(rb)

 

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Iniciativas da Pastoral da Aids no Ano da Misericórdia

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Cidade do Vaticano (RV) - Continuamos em nosso espaço de saúde a nossa conversa com o Assessor Nacional da Pastoral da Aids, Frei Luís Carlos Lunardi. 

No domingo, 15 de maio, Solenidade de Pentecostes, realizou-se a Vigília Internacional pelos Mortos de Aids sobre o tema “Unidos contra a Aids: envolver, informar e empoderar”.

Perguntamos ao Frei Lunardi se a Pastoral da Aids tem feito alguma iniciativa especial com os portadores de HIV neste Ano Santo da Misericórdia.

(MJ)

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