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Sumario del 31/05/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: cristão ajuda sempre com alegria, sem fazer 'cara feia'

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Cidade do Vaticano (RV) - Se aprendêssemos a servir e fôssemos ao encontro dos outros, como mudaria o mundo. Foi a consideração com a qual o Papa Francisco concluiu a homilia da missa da manhã, celebrada na Casa Santa Marta, nesta terça-feira (31/05). 

Francisco dedicou sua reflexão a Nossa Senhora, no dia que se encerra o mês mariano. “Serviço e encontro fazem sentir uma alegria que preenche nossas vidas”, disse o Papa.

Coragem feminina, capacidade de ir ao encontro dos outros, estender a mão para uma ajuda, solicitude. E, principalmente, alegria, daquelas que enchem o coração e dão à vida um novo sentido e uma nova direção.

Estes foram os tópicos extraídos por Francisco do Evangelho do dia, que narra a visita de Maria a Santa Isabel.

Este trecho, junto com as palavras do Profeta Sofonias na Primeira leitura e de São Paulo, na Segunda, delineia uma liturgia “cheia de alegria” e chega como “um vento novo” que preenche nossas vidas.

Alegria e cara virada

“É feio ver cristãos com a cara virada, cristãos tristes, é feio, feio, feio... Não são plenamente cristãos. Acreditam que são, mas não o são totalmente. Esta é a mensagem cristã. E nesta atmosfera de alegria que a liturgia nos dá de presente, gostaria de ressaltar apenas duas coisas: primeiro, um comportamento; segundo, um fato. O comportamento é o serviço”.

As mulheres: coragem da Igreja

O serviço de Maria é realizado sem incertezas, observou o Papa. Maria, afirma o Evangelho, “se dirigiu apressadamente”, embora estivesse grávida e arriscasse se deparar com malfeitores no decorrer da estrada.

“Esta jovem de 16 ou 17 anos, não mais”, acrescentou Francisco, “era corajosa. Levanta-se e vai”, sem desculpas:

“Coragem de mulher. As mulheres corajosas que existem na Igreja são como Nossa Senhora. Essas mulheres que levam avante a família, essas mulheres que levam avante a educação dos filhos, que enfrentam tantas adversidades, tanta dor, que curam os doentes... Corajosas: levantam-se e servem, servem.

O serviço é sinal cristão. Quem não vive para servir, não serve para viver. Serviço na alegria, esta é a atitude que gostaria de destacar hoje. Há alegria e também serviço. Sempre para servir”.

O encontro é um sinal cristão

O segundo ponto sobre o qual o Papa se detém é o encontro entre Maria e sua prima. “Essas duas mulheres – evidenciou – se encontram, e se encontram com alegria”, aquele momento é “só festa”.

Se “nós aprendêssemos isso, serviço e ir ao encontro dos outros, concluiu Francisco, “como o mundo mudaria":

“O encontro é outro sinal cristão. Uma pessoa que se diz cristã e não é capaz de ir ao encontro dos outros, de encontrar os outros, não é totalmente cristã. Seja o serviço, seja o encontro, requerem sair de si mesmos: sair para servir e sair para encontrar, para abraçar outra pessoa. É com este serviço de Maria, com este encontro que se renova a promessa do Senhor, se atua no presente, naquele presente. E propriamente o Senhor – como ouvimos na primeira Leitura: ‘O Senhor, teu Deus, está no meio de ti” – o Senhor está no serviço, o Senhor está no encontro”.

(CM/BF)

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Francisco enaltece missão dos capelães carcerários

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Cidade do Vaticano (RV) -  O Papa está “profundamente agradecido e próximo, com a oração, de quem está engajado na defesa da dignidade humana das pessoas encarceradas”.

É o que assegura Francisco em mensagem enviada aos capelães carcerários europeus, reunidos no Conselho da Europa, em Estrasburgo.

O texto é assinadp pelo Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado, e foi lida aos participantes do encontro nesta segunda-feira, (30/05).

Ao agradecer o CCEE (Conselho das Conferências Episcopais Europeias) e os promotores do encontro, intitulado “Radicalização dos cárceres: uma visão pastoral”, o Pontífice elogia os capelães carcerários pelos cuidados que prestam aos detentos.

A mensagem menciona também a Carta para a concessão das indulgências plenárias, por ocasião do Ano Santo da Misericórdia. 

“Nas capelas dos cárceres e cada vez que passarem pela porta de suas celas poderão obter a indulgência, se dirigirem seu pensamento e orações ao Pai. Que este gesto possa significar para eles a passagem pela Porta Santa, porque a misericórdia de Deus, capaz de transformar os corações, pode também transformar a detenção numa experiência de liberdade”, afirma o Papa.

O debate, segundo a CCEE, está focado na dignificação das prisões e na consciência da tragédia humana e social que advém de toda a prática criminosa.  

Neste sentido, o padre português Duarte da Cunha, secretário-geral do CCEE,  ressalta que “o trabalho pastoral dos capelães parte do amor incondicional por todas as pessoas e pela sua dignidade. A condenação dos crimes fica para os tribunais”.  

Misericórdia

Promovido em parceria pelo CCEE, pela Missão Permanente da Santa Sé no Conselho da Europa e pela Comissão Católica Internacional da Pastoral das Prisões, o Encontro Europeu de Capelães Carcerários conta, até quarta-feira (01/06) com 60 representantes de 23 países.

A iniciativa está incluída no Ano Jubilar da Misericórdia, cujo programa prevê também o Jubileu dos Detentos, em 6 de novembro, quando os reclusos terão um encontro com o Pontífice.

O presidente da Comissão Católica Internacional da Pastoral das Prisões, o escocês Padre Brian Gowans, lembra o contexto difícil de várias cadeias em todo o mundo, onde os presos vivem isolados do resto da sociedade, em espaços superlotados: pessoas que estão órfãs de atenção e encontro e que permanecem sem respostas para as suas necessidades espirituais.

(CM)

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Mundo do circo e do espetáculo popular com o Papa Francisco

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Cidade do Vaticano (RV) - Falta pouco mais de duas semanas para a grande peregrinação ao Vaticano, que abrirá os seus braços por um dia para acolher o circo e o espetáculo popular. O evento quer mostrar desta forma, como deveria ser a acolhida de todas as cidades italianas e do mundo às "antigas e insubstituíveis formas de arte e cultura, profundamente arraigadas na cultura popular".

 

O encontro, que reunirá participantes oriundos de toda a Itália e de diversas partes do mundo, fará memória ao encontro precedente com Bento XVI, realizado em 2012.

Segundo antecipa o site circo.it, a expectativa para encontrar o Papa Francisco é muito grande "e a emoção começa a tomar conta das milhares de pessoas que virão a Roma". As palavras que o Pontífice dirigirá aos participantes - aguardadas com grande expectativa - constituirão o ponto alto do encontro.

Um espetáculo na Sala Paulo VI - no qual tomarão parte artistas provenientes da Itália, Romênia, Hungria, Rússia, Ucrânia, EUA e Canadá - será o ponto de partida para o grande evento .

Estarão presentes acrobatas da África - continente escolhido não somente pela originalidade e impacto da abordagem da arte circense, mas também por ser expressão do circo social, em uma terra que está no coração da Igreja - e clown italianos e estrangeiros, como os Irmãos Pellegrini, que retornam ao Vaticano após terem se apresentado ao Papa Bento XVI.

Não faltará a música no encontro com o Papa Francisco, que poderá presenciar a apresentação de um órgão do século XIX, um "verdadeiro prodígio de beleza artesanal e musical, graças à participação da Associação Música Mecânica Italiana”.

(JE)

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Encontro entre o Papa e Imame foi positivo, mas Al-Azhar deve fazer mais, avalia estudioso

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Cidade do Vaticano (RV) –  “O abraço entre o Papa Francisco e o Grão Imame de Al-Azhar, Ahmad Muhammad Al-Tayyeb, máximo expoente do Islã sunita, foi de vital importância, sobretudo após o mal-entendido de 2011. Naquela ocasião, o Papa Bento XVI havia pedido ao Governo egípcio uma maior proteção aos cristãos, após o terrível atentado contra uma igreja copta de Alexandria do Egito, e foi o próprio Imame a romper relações com o Vaticano e o Cardeal Tauran, sem dar maiores explicações. A reação muito positiva que teve agora o Reitor de Al-Azhar, confirmada por suas palavras, significa realmente que deseja retomar a amizade e começar um caminho novo”.  Esta é a avaliação do Docente de Estudos Islâmicos em Beirute e no Pontifício Instituto Oriental, Padre Samir Khalil Samir sj, uma semana após o histórico encontro entre o Papa Francisco e o Imame Al-Tayyeb, no Vaticano. Em entrevista à Rádio Vaticano, o sacerdote comenta e contextualiza esta nova etapa no diálogo entre cristãos e muçulmanos.

Um encontro abençoado

“É verdade que já há um ano na Universidade sunita do Cairo surgiram algumas novidades; foram feitos encontros para reagir juntos ao terrorismo de matriz islâmica do Estado Islâmico, envolvendo os cristãos coptas, e para melhorar o diálogo islâmico-cristão no Egito e no mundo”. “Por isto acredito precisamente que o encontro entre Francisco e Al-Tayyeb tenha sido um encontro abençoado e as palavras pronunciadas pelo Grão Imame de Al-Azhar, também à mídia vaticana, foram realmente bonitas e sinceras, não simplesmente formais, mas correspondiam a uma intenção profunda”.

Violência e não-violência estão no Alcorão

Padre Samir, no entanto, discorda de algumas afirmações do Reitor de Al-Azhar. “A sua afirmação de que o Islã não tem nada a ver com o terrorismo e os textos islâmicos são interpretados pelos terroristas, não são totalmente corretas. Al-Tayyeb havia expresso conceitos semelhantes no Parlamento alemão, fundamentando a afirmação de que no Alcorão não existe nenhuma violência, pelo fato de que a palavra “espada” nunca ser encontrada”. “Mas não me parece uma argumentação plausível”, comenta p sacerdote. “Se, de fato, pegarmos o texto do Alcorão tal e qual, ali encontramos violência, mas também não-violência”. “Há alguns anos – explica o estudioso  - escrevi um pequeno livro precisamente sobre este tema – “Violência e não-violência no Alcorão e no Islã” – no qual afirmava que existe tanto uma como a outra e que não podemos ou devemos escondê-la”. “No entanto – enfatiza Padre Samir – é certamente fora do normal que o Isis tenha escolhido o caminho da violência, é fora do normal, é puro terrorismo e ponto final. Mas o fato é que infelizmente fazem isto em nome do Islã. Assim, se deve reconhecer que existe esta possibilidade de leitura e que portanto o trabalho da Universidade de Al-Azhar consiste precisamente em explicar que, mesmo se no Alcorão se encontra a violência, o seu uso é limitado somente a um determinado período histórico e a determinadas circunstâncias. Não se trata de uma norma geral que qualquer um possa aplicar quando assim o desejar, e o autoproclamado Estado Islâmico não tem o direito de proclamar qualquer coisa sua em nome de todo o Islã, mas isto diz respeito somente às autoridades muçulmanas”.

Maior esforço de Al-Azhar

“O problema – explica ainda o docente de estudos islâmicos – é que os muçulmanos, diferentemente da Igreja Católica, não têm uma autoridade absoluta como é o caso do Papa, que é o guia de todos. Al-Azhar não é, de fato, uma instituição líder, é a autoridade principal, mas, na realidade, não tem uma autoridade concreta sobre ninguém. Além disto, um problema no mundo muçulmano, é que o mesmo ateneu sunita do Cairo deixou passar muito tempo sem dar uma indicação clara sobre como interpretar o Alcorão hoje. Foram criados cursos e textos para divulgar uma orientação mais construtiva, mas a verdadeira missão de Al-Azhar deveria ser a de fazer com que o ensinamento dos mais de mil Imames que passam por esta universidade sejam realmente inspirados na paz e na nova interpretação do Alcorão. Isto é o que pedem os muçulmanos iluminados, que são milhares em todo o mundo. Estou certo de que este dia chegará, mas demora um pouco”.

Colaborar com os muçulmanos é nossa vocação

O que é certo – avalia Padre Samir – é que a Igreja Católica e todo o Ocidente, se realmente desejam erradicar o terrorismo, devem apoiar o trabalho da Universidade de al-Azhar. “Qualquer colaboração com quem quer que seja – explica o sacerdote – é a nossa vocação de católicos e é de fato o que faz o Papa. Não entendo, de fato, as críticas contra o Papa Francisco que, segundo alguns, sobretudo pessoas de extrema direita, é muito brando em suas iniciativas para combater o terror e a violência. Não existe, de fato, outro modo e outro caminho evangélico para conquistar a amizade dos muçulmanos e como irmãos, crentes em Deus, ajudá-los. Oferecer a eles uma ajuda no plano humano”. “Por isto – conclui Padre Samir – o passo dado pelo Papa e o Reitor de Al-Azhar segue no rumo certo. Agora, porém, é necessário encorajar Al-Azhar a seguir no caminho correto para recuperar aquilo que já existia desde ao anos “50-60”, isto é, a interpretação aberta e humanista, adaptada ao século XXI, dos textos sagrados do século VII. Passaram-se quatorze séculos, portanto a interpretação deve mudar. Assim como nós católicos não podemos interpretar ao pé da letra alguns textos do Antigo Testamento, que falam de violência e de guerra em nome de Deus, mas em bem outro contexto. É isto que deve acontecer: um texto é entendido em seu contexto”. (JE/FC)

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LEV publicou "Novo Enchiridion sobre Diaconato"

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Cidade do Vaticano (RV) – O “Novo Enchiridion sobre Diaconato. As fontes e os documentos oficiais da Igreja”, publicado pela Livraria Editora Vaticano (LEV), estará disponível a partir desta terça-feira (30/05).

A obra, organizada por Enzo Petrolino, Diácono da Diocese de Reggio-Calabria-Bova e Presidente da Comunidade do Diaconato na Itália, traz uma coletânea de textos fundamentais para conhecer e compreender as raízes do diaconato, assim como a especificidade ministerial e as potencialidades de desenvolvimento na atualidade da pastoral eclesial.

As  “Fontes patrísticas e das Escrituras”, os  “Documentos” dos Concílios e da Santa Sé, o “Magistério pontifício até o Papa Francisco”, indicam – diz o autor na Introdução – “o longo e gradual percurso do ministro diaconal até o nosso tempo, evidenciam nele as etapas mais significativas e abrem o caminho à reflexão, à pesquisas e ao aprofundamentos”.

A obra insere-se em um contexto em que o interesse teológico-pastoral pela ministerialidade e os ministérios na Igreja vive um crescente interesse; o mesmo que  ao mesmo tempo e do mesmo modo está presente, com uma sensibilidade particular, em relação ao ministério diaconal.

Tal interesse foi aprofundado também nas reflexões conciliares e pós-conciliares e hoje leva a uma renovada atenção pelo papel que os diácono têm na Igreja.

O volume é enriquecido por um Apêndice documental sobre diaconato na Igreja italiana e pelo discurso do Papa Francisco à União Internacional das Superioras Gerias (UISG) – sobre a inserção das mulheres na vida da Igreja – proferido na Sala Paulo VI em 12 de maio de 2016.

(Nuovo Enchiridion sul Diaconato. Le fonti e i documenti ufficiali della Chiesa, de Enzo Petrolino, Livraria Editora Vaticano, Cidade do Vaticano, 2016. (1096 páginas, Euro 30,00)

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Parolin inaugura exposição sobre a Misericórdia nos Museus Capitolinos

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Cidade do Vaticano (RV) - O Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, participou esta segunda-feira (30/05) nos Museus Capitolinos de Roma, da inauguração da mostra "A misericórdia na arte. Itinerário jubilar entre as obras-primas dos grandes artistas italianos".

"A misericórdia - disse na ocasião o purpurado - é o coração do Evangelho" e "a comunidade cristã, no decorrer dos séculos, quis prestar uma homenagem a este dom divino e o fez, por meio, entre outros, da realização de obras-primas de arte".

"Obras-primas - acrescentou - que falam por si só e são um autêntica combinação entre arte, história e fé". Estes artistas - observou -  "souberam mostrar a misericórdia encarnada na realidade cotidiana", tornando "tangível a todo tipo de pessoa, independente do estrato social a que pertença, que a misericórdia não é somente um conceito abstrato, mas torna-se visível nas obras realizadas por caridade. A obra-prima de Piero della Francesco, o Político da Misericórdia, ou a de Caravaggio, conhecida como "As Sete Obras da misericórdia" - explicou - respondem a esta necessidade do homem de ver e de tocar com a mão as verdades da fé".

"Estas obras de arte - continuou o Cardeal Parolin - mantém o mesmo impacto visivo e expressivo de outros tempos. Não perderam a sua atualidade! Nossa Senhora, que com o seu manto protege e olha os fieis, expressa também a nós aquela atenção materna, aquele afeto e aquela dedicação que uma mãe reserva aos seus filhos. O manto aberto é voltado para cada um de nós que o observamos. Os braços abertos são um convite para recorrermos a ela, a termos confiança, a não temer nada e ninguém que poderá perturbar o coração de seus filhos".

A mostra subdivide o percurso em duas sessões: uma dedicada a "Nossa Senhora da Misericórdia" e a  outra às "Sete Obras de Misericórdia Corporais".

Na primeira, é possível admirar, entre outros, uma pintura de Niccolò Alunno, proveniente da Pinacoteca Comunal de Assis; uma mesa do final do século XV do Museu Diocesano de Orte e uma tela de Jacopo Zanguidi chamada "Il Bertoja" da Galeria Nacional de Parma.

Na segunda sessão estão, entre outros, um baixo-relevo de Pietro Bernini do Museu Nacional de São Martinho; a Caridade de Guido Reni e uma pintura de Pierre Subleyas do Museu de Roma.

As duas grandes obras-primas de Piero della Francesca e de Caravaggio, pela delicadeza e importância das obras, estão documentadas por meio de painéis didáticos.

Promovido por Roma-Capital e Superintendência Capitolina dos Bens Culturais e promovida pelo Centro Europeu para o Turismo e Cultura, o evento insere-se no âmbito do Ano Santo da Misericórdia. (JE)

 

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Pe. Spadaro: a Europa de Francisco, inclusiva e em movimento

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Cidade do Vaticano (RV) - “A reflexão sobre o processo europeu leva o Papa Francisco a lançar o desafio de atualizar a ideia de Europa.” Essa é uma das passagens do artigo publicado pelo diretor da Civiltà Cattolica, Pe. Antonio Spadaro, no último número da prestigiosa revista jesuíta. 

No artigo, intitulado “O olhar de Magellano”, o religioso detém-se sobre o sonho europeu de Francisco, à luz do discurso pronunciado pelo Pontífice por ocasião do recebimento do Prêmio Carlos Magno (06/05).

Entrevistado pela Rádio Vaticano, Pe. Spadaro explica o que significa o “olhar de Magellano” com o qual o Papa latino-americano olha para a Europa:

Pe. Antonio Spadaro:- “O Papa Francisco acostumou-nos a olhar para o centro a partir das periferias. Isso significa que a realidade, o coração das coisas se percebe, realmente, se sente o pulsar do próprio sangue na circulação periférica. Vimos como o Papa Francisco iniciou suas viagens europeias começando por Lampedusa (ilha italiana situada no extremo-sul da Península), que foi a primeira grande viagem europeia, mais que italiana; e depois, para além da cronologia, prosseguiu circulando os confins da Europa: Lesbos (ilha grega), Istambul (Turquia), Sarajevo (Bósnia-Herzegóvina), e depois irá a Lund (Suécia)… De certo modo, é como se o Papa Francisco estivesse circunavegando a Europa para colher seu coração profundo. O Papa Francisco esteve também em Tirana (Albânia), e daí foi também a Estrasburgo (França). Isso é muito interessante: isto é, o Papa chegou ao coração das instituições europeias olhando a partir de um país que ainda deve entrar na União Europeia e um país de maioria muçulmana. Por conseguinte, “o olhar de Magellano” – que é uma expressão de Francisco – é um olhar que enxerga a Europa do ponto de vista de um explorador.”

RV: Há uma renovação, uma atualização da ideia que a Europa tem de si mesma, que Francisco está propondo?

Pe. Antonio Spadaro:- “Sim. O Papa Francisco disse reiteradas vezes que o tempo é superior ao espaço. Então, sua visão está ligada ao que há de vir, à superação dialética de muros e obstáculos, superação que se dá no tempo. Para o Papa Francisco, a Europa não é uma coisa, é um processo ainda em ato no seio de um mundo muito complexo e fortemente em movimento. O Papa Francisco observou como os grandes pais da Europa, que citou em seu discurso de recebimento do Prêmio Carlos Magno, articularam um projeto iluminado que é “work in progress”, que está em andamento. A Europa é tentada a querer assegurar e dominar espaços, mais que gerar processos de inclusão e de transformação. Mas desse modo, considerando a si mesma como espaço a ser protegido, irá sempre mais entrincheirar-se; ao invés, deve aceitar esse movimento no tempo, esse processo que torna a Europa ela mesma, aquela que sempre foi, ou seja, um processo de integração de culturas, de perspectivas, de modos de vida.”

RV: Na recente entrevista ao diário católico francês “La Croix”, na qual o Papa falou muito sobre a Europa, ressaltou que o dever do cristianismo em relação à Europa é propriamente o serviço. Como esse chamado pode ser hoje conjugado?

Pe. Antonio Spadaro:- “O Papa falou acerca das raízes cristãs da Europa, mas reconhece estas raízes num gesto: o gesto do lava-pés. Em suma, aí se colhe o sentido profundo do cristianismo, que não é a conquista do poder ou colocar-se, constituir-se num partido, porque no momento em que o cristão se constrói como uma parte dentro do tudo, se coloca em contraste com outros, por conseguinte, identifica um inimigo. A tarefa do cristianismo hoje não é identificar seus inimigos, mas estar a serviço dessa humanidade. O Papa recorre ao pensamento de um grande jesuíta, filósofo e teólogo Przywara, um alemão de origem polonesa – que citou explicitamente tanto no discurso de recebimento do Prêmio Carlos Magno, quanto na entrevista ao ‘La Croix’.“ (RL)

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Aberta assembleia geral anual das Pom: a serviço das jovens Igrejas

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Cidade do Vaticano (RV) - Um convite a superar as “distinções e separações, hoje artificiais, entre terras de missão e países cristãos, entre Igrejas que enviam missionários” e aquelas de territórios que os recebem, porque “a evangelização, tanto em suas fases iniciais de novo anúncio”, quanto nas “mais avançadas de pastoral evangelizadora ordinária, resulta transversal a cada Igreja”.

Foi o que disse o prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, aos participantes da assembleia geral anual das Pontifícias Obras Missionárias (Pom), iniciada em Roma esta segunda-feira (30/05).

Os trabalhos, que se concluirão no próximo sábado, 4 de junho, são norteados pelo tema “Despertar a consciência missionária hoje. As Pom a serviço das jovens Igrejas”.

Em seu pronunciamento, o prefeito de Propagada Fide evidenciou que “as jovens Igrejas, às quais as Pom querem cada vez mais oferecer um serviço adequadamente missionário”, constituem “uma fonte imprescindível para despertar em todos os cristãos a consciência da missão”.

E como este ano se celebra o centenário de uma das quatro realidades que formam as Obras missionárias, a Pontifícia união missionária, nascida por inspiração de Pe. Paolo Manna, esta quarta-feira, 1º de junho, os participantes da assembleia irão em peregrinação ao túmulo do Beato, em Ducenta, Aversano – situada na província italiana de Caserta.

A propósito, o Cardeal Filoni ressaltou que “a intuição carismática” originária é ainda “hoje válida”, mas que é necessário um processo de repensamento: “não devemos temer a urgente necessidade de reformá-la juntos e com ela dar impulso às outras obras”, disse o purpurado.

Ademais, observou, “Igrejas de antiga tradição encontram dificuldade em ter suficiente paixão e interesse pelo anúncio do Evangelho em terras e Igrejas além de suas próprias fronteiras”, enquanto, ao mesmo tempo, “Igrejas mais jovens parecem, por vezes, muito preocupadas em organizar-se administrativamente, voltando-se para si mesmas”.

Eis, então, que “fiéis e pastores” têm “sempre dificuldade, sob o peso dos desafios culturais, econômicos e religiosos atuais”, de se sentir “prontos e robustecidos para sair rumo a periferias existenciais e territoriais que vão além das habituais classificações sociológicas e econômicas”.

Daí, a proposta de designar, especificamente à Pontifícia união missionária, “tarefas de formação permanente e missionária a serviço das jovens Igrejas em suas instâncias mais diversificadas”.

Porque, esclareceu o purpurado, “organismos desde sempre com finalidades formativas missionárias poderiam servir de modo novo para a animação também das Igrejas de mais antiga tradição cristã”.

Ao término, o Cardeal Filoni fez votos de que “os trabalhos sirvam para despertar a consciência da missão hoje”. (L’Osservatore Romano / RL)

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Pergunte ao Papa: respostas virão em livro

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Cidade do Vaticano (RV) – Após a conclusão do Congresso Mundial de Scholas Occurrentes, no domingo, a Fundação Pontifícia convida os jovens a escreverem suas perguntas ao Papa: a promessa é que as respostas de Francisco para as perguntas porventura selecionadas serão publicadas em um livro.

Biografia social

“Nascerá assim um verdadeiro ‘livro social’ que usa os novos meios de comunicação social para colocar o Papa em contato com as pessoas de qualquer lugar do planeta”, lê-se no site da iniciativa, onde é possível “escrever ao Papa”.

O projeto é realizado em parceria entre Scholas Occurrentes por meio de uma nova plataforma tecnológica e editorial.

Schola Occurrentes é uma Organizacao Internacional de Direito Pontifício criada pelo Papa e dedicada aos jovens. Promove a educação para a integração social e a cultura do encontro em prol da paz. 

(rb)

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Ano da Misericórdia: em 6 meses, 8,2 milhões de fiéis em Roma

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Cidade do Vaticano (RV) - Há quase seis meses do início do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia, mais de 8,2 milhões de fiéis e peregrinos visitaram Roma e o Vaticano para participar de eventos religiosos, informou o portal oficial do evento nesta segunda-feira (30).   

Iniciado no dia 8 de dezembro de 2015, o Jubileu é um dos momentos mais importantes para os católicos do mundo todo. A série de eventos religiosos seguirá até o dia 20 de novembro deste ano e, um dos ápices de peregrinação, ocorrerá no dia 4 de setembro, quando o Papa Francisco canonizará Madre Teresa de Calcutá.

Nesta segunda-feira, como parte das reflexões sobre o tema da misericórdia, foi inaugurada, a exposição “A Misericórdia na Arte - Itinerário Jubilar de obras-primas italianas”, que circulará por museus públicos da capital italiana. (RV)

 

 

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Igreja no Brasil



1º Encontro Ecumênico do Regional Leste 1 da CNBB realizado na Arq. de Niterói

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Niterói (RV) - O Seminário São José da Arquidiocese de Niterói, recebeu no dia 29 de maio o 1º Encontro da Dimensão Ecumênica do Regional Leste 1 da CNBB. O evento, que contou  com a participação de 38 leigos, sacerdotes e bispos de todo o Estado do Rio de Janeiro, serviu para embasar, motivar, conscientizar e aplicar o ecumenismo nas Dioceses que compõe o Regional. 

O Padre Marcus Barbosa, da Diocese de Nova Iguaçu e Assessor da Comissão Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso da CNBB, refletiu a ação ecumênica a partir de alguns parágrafos da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium e das Diretrizes Gerais para a Ação Evangelizadora 2015-2019, da CNBB.

Segundo o sacerdote, "o ecumenismo é uma questão de amizade e proximidade. 'O abrir-se ao outro tem algo de artesanal' (EN, n. 244), pois só existe porque existem diferenças. Não significa, portanto, concordar com tudo, mas conviver com as diferenças. Até aqui, nós temos pontos em comum; ali não. Assim vamos caminhando".

Ainda segundo ele, o ecumenismo foi tratado originalmente pela Igreja, no Concílio Vaticano II. O documento Unitatis Redintegratio deu o ponto de partida para uma sensibilidade de diálogo e aceitação. "'Por movimento ecumênico' entende-se o conjunto de atividades e de empresas que, conforme as distintas necessidades da Igreja às circunstâncias dos tempos se suscitam e se ordenam a favorecer a unidade dos cristãos" (UR, n. 4).

Marilene de Castro, também da Diocese de Nova Iguaçu testemunhou viver o ecumenismo em seu lar, “porque o quintal com bastante familiares, tem umbandistas e da Assembleia de Deus. Ali – disse ela - eu aprendi a conviver e a respeitar as diferenças. Nos nossos encontros, tentamos fazer respeitar a opinião de cada um, respeitando o que tem em comum".

Em entrevista ao Diácono Adriano Cézar, o Bispo de Barra do Piraí e Volta Redonda,Dom Francesco Biasin, referência para a formação ecumênica da CNBB e do Regional Leste I, declarou que o "encontro na Arquidiocese de Niterói, de representantes de todas as dioceses do Estado do Rio (de Janeiro) é um fato histórico, porque é a primeira vez que se reúnem representantes das dioceses para refletir sobre o ecumenismo e, sobretudo, sobre práticas ecumênicas nas nossas Igrejas. Esperamos que, a partir deste encontro, outros possam acontecer, para ampliar o interesse e para que o espírito ecumênico, a espiritualidade ecumênica, a colaboração ecumênica possa expandir em todas as dimensões pastorais de nossas dioceses".

Dom Francesco tratou da mística do ecumenismo, que não é outra coisa senão a iniciativa de ir ao encontro outro. Em seu pronunciamento, recordou que perdemos terreno no combate a inimigos comuns (relativismo, por exemplo) porque não nos unimos enquanto cristãos. Comunicou, também, o simpósio de estudo ecumênico do Comentário ao Magnificat, de Martinho Lutero, que acontecerá em setembro de 2017.

Durante o encontro, o Arcebispo de Niterói e Vice-presidente o Regional Leste 1, Dom José , manifestou sua felicidade em acolher os participantes na Arquidiocese. "Precisamos, acima de tudo – disse ele = criar esse espírito de comunhão, sabendo, através do diálogo, aceitar e respeitar o diferente”.

Dom Tarcísio, Bispo de Duque de Caxias e Secretário do Regional, ressaltou a importância de promover e desenvolver mais a atividade ecumênica nas dioceses.

Manoel Júnior, da Arquidiocese de Niterói, demonstrou como a Arquidiocese vem trabalhando a questão ecumênica. "No último dia 09 de maio – contou -  realizamos a primeira celebração ecumênica no Vicariato São Gonçalo, que foi fruto de uma ação política do Vigário Episcopal com alguns pastores e fizemos a celebração que contou com a presença de cerca de 60 pessoas católicas e pentecostais, que é realidade de São Gonçalo. Ao final, os testemunhos foram da imensa felicidade de todos, ansiosos por esse momento de convivência dos cristãos”.

Segundo o site do Regional, o próximo encontro está previsto para dia 29 de outubro.

(JD/AC - Comissão Arquidiocesana para o ecumenismo)

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Igreja na América Latina



Ex-Núncio no México condecorado com a Águia Azteca

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Cidade do México (RV) -  O governo mexicano outorgou a Ordem da Águia Azteca ao Núncio Apostólico Christophe Pierre, ao final de sua missão diplomática no México, por sua valiosa contribuição no fortalecimento das relações bilaterais.

No anúncio da condecoração publicado na segunda-feira (30/05) no Diario Oficial de la Federación – assinado pelo Presidente Enrique Peña Nieto e pela Chanceler Claudia Ruiz Massieu - o governo destaca o trabalho do Núncio “na promoção de encontros de alto nível e no favorecimento da diversificação da agenda política e cooperação entre México e Santa Sé”.

O governo mexicano reconhece ainda a cooperação do Núncio e da Igreja no tema da migração e o trabalho realizado antes e durante as visitas de Bento XVI e Francisco ao país, que “foram de grande importância para o fortalecimento do diálogo e da relação bilateral”.

A Águia Azteca - a mais alta distinção do governo mexicano – é designada a pessoas que se destacaram nas causas humanitárias e na promoção da paz.

Ao se despedir dos mexicanos, o Núncio conclamou os governantes "ao diálogo e mais diálogo" como forma de evitar "cenários de violência".

"Não se pode pretender ter paz e crescer como povo e nação, se na sociedade não se reconhece a dignidade de todas as pessoas", afirmou o Núncio.

A Chanceler Claudia Ruiz destacou por sua vez na despedida o trabalho do religioso à frente da Nunciatura Apostólica no México.

"O senhor deixa, senhor Núncio, um país onde fez muito pelas pessoas e leva muitas amizades para ir a um novo país onde seus trabalho, convicções e missão Apostólica resultam indispensáveis. No México, nos despedimos do senhor com gratidão e carinho Dom Pierre".

"Desejo muita sorte em seu novo encargo nos Estados Unidos. Sua Excelência pode contar com o apoio do governo do México e de todo o povo do México que terá importantes pontos de apoio em nossa vasta rede consular", completou.

Aos 70 anos, Dom Pierre deixa a Nunciatura no México, onde chegou em 1997. O Arcebispo francês foi nomeado pelo Papa Francisco como novo Núncio nos Estados Unidos em 12 de abril. Na quinta-feira, 22, o prelado foi recebido em audiência pelo Papa Francisco no Vaticano. (JE)

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Igreja no Mundo



JMJ reunirá jovens de 183 países; visto especial a refugiados

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Cidade do Vaticano (RV) – Com a inscrição de um grupo das Ilhas Samoa o número de países representados na próxima Jornada Mundial da Juventude, em Cracóvia, chega a 183.

 

“Os países membros das Nações Unidas são 193. Então podemos dizer que a representação é altíssima”, disse o Padre João Chagas, responsável pela organização do evento no setor Juventude do Pontifício Conselho para os Leigos, ao recordar que a Santa Sé mantém relações diplomáticas com 180 países.

Cracóvia espera receber até 2 milhões de jovens peregrinos durante o evento.

“São números muito significativos. Acho que é uma imagem muito bonita da catolicidade da Igreja, aquilo que Bento XVI dizia: é um sinal da Igreja viva, de que a Igreja está viva e é jovem”, disse Padre João.

Os brasileiros participarão em grande número: é prevista a chegada de 10 mil peregrinos do Brasil.

“Tem jovens do Brasil inteiro. É muito pulverizada a participação dos jovens brasileiros. Temos já 30 bispos inscritos e o maior número de voluntários inscritos é do Brasil”, revelou.

Refugiados

A JMJ acolherá também jovens de países em guerra, com a Síria, e outros que enfrentam situações de conflito, como o Egito e o Iraque. Padre João explica que os organizadores, em parceria com instituições dos direitos humanos, ajudam na obtenção do visto.

“Temos jovens católicos do Egito, do Iraque, um grupo de refugiados iraquianos que está na Terra Santa e que pede ajuda. Tem também sírios: a grande dificuldade é se eles vão conseguir o visto neste período. Os jovens do Iraque, com a ajuda de entidades, conseguiram um passaporte especial”.

(sp/rb)

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Mais de 1,3 milhões de cristãos obrigados a fugir do norte da Nigéria

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Abuja (RV) -  No norte da Nigéria, entre 2006 e 2014, cerca de 11.500 cristãos foram mortos e mais de 1,3 milhões foram obrigados a fugir. Treze mil igrejas foram destruídas ou abandonadas. A denúncia do Bispo de Kafanchan, Dom Joseph Bagobiri,  consta do relatório de sua autoria "O impacto da violência persistente na Igreja no norte da Nigéria", apresentado na sede das Nações Unidas em Nova Iorque.

As comunidades mais atingidas pela violência da seita islamita Boko Haram são as dos Estados de Adamawa, Borno, Kano e Yobe. As comunidades cristãs obrigadas a fugir, foram instaladas nos Estados de maioria cristã do assim chamado "cinturão do meio" (Middle Belt), ou seja, Plateau, Nassarawa, Benue, Taraba e a parte sul de Kaduna.

Nos últimos meses, no entanto, estas áreas foram atingidas pela violência dos pastores Fulani. "As comunidades cristãs nos Estados de maioria cristã do Middel Belt são as mais atingidas pelos ataques e pelas invasões dos pastores muçulmanos Fulani. Esta é uma PALESE invasão estrangeira de terras ancestrais dos cristãos e de outras comunidades minoritárias" - afirmou Dom Bagobiri em seu relatório.

"Nestas áreas, os pastores Fulani aterrorizam incessantemente diversas comunidades, varrendo do mapa algumas, e em locais como Agaru, no Estado de Benue e Gwantu, e Manchok no Estado de Kaduna, estes ataques assumiram o caráter de genocídio, com 150-300 pessoas mortas em uma única noite", denuncia.

Dom Bagoribi dirigiu um apelo à comunidade internacional para que exerça pressões sobre as autoridade nigerianas para que garantam a liberdade de culto aos cristãos e às outras minorias no norte da Nigéria, e façam frente à emergência humanitária das populações deslocadas. (JE/Fides)

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Patriarca Sako: Jubileu e Ramadã, ocasião de paz e reconciliação

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Bagdá (RV) - O Ano jubilar da Misericórdia e o Ramadã – mês sagrado islâmico de jejum e oração – são “uma oportunidade para corrigir as percepções recíprocas” e para “escolher o caminho que leva à paz, à reconciliação” e a um “clima de confiança”.

Essa é uma das passagens da mensagem lançada pelo Patriarca de Babilônia dos Caldeu, Mar Louis Raphael I Sako, durante a “Oração pela paz no Iraque, Síria e em toda a região médio-oriental”, que se realizou esta segunda-feira (30/05) em Bagdá.

Na mensagem – enviada à agência missionária AsiaNews –, o prelado exorta os líderes religiosos a unir os esforços para difundir “a cultura da tolerância”, reforçar “os valores de pertença” à nação e “banir toda e qualquer forma de extremismo”.

Presentes líderes religiosos cristãos, muçulmanos sunitas e xiitas, yazidis e sabeus

A cerimônia inter-religiosa, realizada na igreja dedicada a Nossa Senhora do Rosário, marca a conclusão do mês mariano e registrou a participação de líderes religiosos cristãos, muçulmanos xiitas, sunitas, yazidis e sabeus.

Junto aos líderes religiosos encontravam-se também vários diplomatas e numerosos fiéis de diferentes religiões. Excluída, por razão de segurança, a presença de delegados governamentais.

Ressaltada a importância da paz para reforçar a convivência

A oração interconfessional foi conduzida pelo Patriarca caldeu Dom Sako, junto a um chefe religioso sunita e um xiita, para reforçar o caráter inter-religioso e de paz do encontro.

Durante a cerimônia foi feita a recitação de hinos, seguida de uma “oração universal” protagonizada por cristãos, muçulmanos, yazidis e sabeus.

Os dois líderes religiosos muçulmanos (sunita e xiita) falaram sobre a importância da reconciliação e da paz “para reforçar a convivência”. No Iraque, acrescentou, “é preciso uma mudança de mentalidade”.

Em seguida, teve lugar a participação do Patriarca Sako. Ao término da cerimônia, cada um dos líderes religiosos acendeu uma “vela da paz”, colocando-a aos pés da imagem de Nossa Senhora. (RL)

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Formação



Olimpíadas: consagradas promovem campanha contra o tráfico

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Cidade do Vaticano (RV) – O Monumento do Cristo Redentor é a sede nesta terça-feira, 31 de maio, do lançamento da campanha “Jogue a Favor da Vida” em vista das Olimpíadas do Rio de Janeiro.

Além do esporte em si, os Jogos Olímpicos são uma oportunidades de lazer, cultura e emprego temporário.

Mas são também ocasião para intensificar o turismo sexual, com a ação de quadrilhas que se organizam para aliciar, explorar e traficar pessoas.

Para prevenir esses riscos, a campanha será feita em escolas, nas redes sociais e juntos aos turistas.

A iniciativa é da Rede de consagradas “Um grito pela Vida”, como explica sua coordenadora, Ir. Eurides Alves de Oliveira: 

A campanha “Jogue a Favor da Vida” também será apresentada em Roma, na sede da Rádio Vaticano, no dia 21 de junho, com a participação do Cardeal brasileiro João Braz de Aviz, Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.

A coletiva de imprensa está sendo organizada pela rede internacional das consagradas contra o tráfico Talitha Kum – rede da qual faz parte “Um grito pela Vida”.

(bf)

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Medicina Regenerativa: como são obtidas as células-tronco

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Cidade do Vaticano (RV) - Continuamos em nosso espaço de saúde a nossa conversa sobre Medicina Regenerativa com o cardiologista Dr. Geniberto Paiva Campos, membro da Comissão Brasileira Justiça e Paz da CNBB e coordenador do Observatório de Saúde de Brasília (DF). 

A Medicina Regenerativa é uma nova área da medicina voltada para otimizar a capacidade do próprio corpo de regenerar órgãos e tecidos. Tem como base principal os novos conhecimentos sobre as células-tronco e sua capacidade de se tornar células de diferentes tecidos. 

Dr. Geniberto nos fala sobre como são obtidas as células-tronco. (MJ)

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Atualidades



Governo argentino apoia Scholas Occurrentes com doação

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Buenos Aires (RV) – O Presidente da Argentina, Mauricio Macri, aprovou um financiamento de pouco mais de 16 milhões de pesos (cerca de 4 milhões de reais) ao programa educativo Scholas Ocurrentes impulsionado pelo Papa Francisco.

O Decreto 711 na Gazeta Oficial do país estabelece a doação desta contribuição financeira para a Fundação Pia Autônoma de Direito Pontifício destinada aos gastos pertinentes no ano em curso. A lei entrou em vigor na última 6ª feira (27/05).

O financiamento deve cobrir os gastos da equipe profissional, infraestruturas e equipamento da sede central da Scholas, na Argentina.

Partida pela Paz

Neste sentido, também foi anunciada a realização de um jogo de futebol amistoso entre o Vaticano e os países da América, a chamada “Partida da Paz”, no dia 10 de julho, na cidade de La Plata.

A arrecadação será destinada à Fundação, que criará mecanismos de financiamento de projetos sociais e educativos em 190 países. 

O Papa Francisco recebeu em audiência na tarde de domingo, (29/05), na Sala Nova do Sínodo, no Vaticano, representantes de mais de 40 universidades de todo o mundo da Fundação Pontifícia Scholas Occurrentes, na conclusão Congresso Mundial em Roma.

(CM)

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Dos 50 milhões de escravos modernos, 60% estão na Ásia

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Sydney (RV) - No mundo existem ao menos 45,8 milhões de escravos modernos. Dois terços destes homens, mulheres e crianças estão na área da Ásia-Pacífico. De fato, o continente asiático tem o maior número de escravos. São 26,6 milhões, 58% do total. Os dados foram revelados pelo Global Slavery Index 2016, publicado esta terça-feira (30/05) pela Walk Free Foundation, organização caritativa fundada pelo magnata australiano Andrew Forreste e sua esposa Nicole.

A Coreia do Norte, Uzbequistão, Camboja, Índia e Catar são os países asiáticos que possuem os percentuais mais elevados de escravos. Em números absolutos, no entanto, Índia, China, Paquistão, Bangladesh e Uzbequistão encabeçam a lista.

Causas

Segundo estudiosos do setor, três são as principais causas que alimentam a escravidão: o business, com a busca de trabalho a baixo-custo; a criminalidade organizada, que explora o tráfico de seres humanos; a exploração do homem pelo homem. 

Para fazer frente a esta verdadeira tragédia, são necessárias leis que proíbam a escravidão; informação clara da indústria a respeito dos modos de produção e onde são produzidos os produtos; mas sobretudo mudança de mentalidade, também em relação ao consumismo desenfreado que busca produtos a custo reduzido.

Primado da Coreia do Norte

Graças a uma maior precisão das pesquisas e métodos, foi revelado que o número de escravos no mundo teve um incremento de 28% em relação a 2014. Em uma lista de 167 países, as primeiras posições - número de escravos em proporção ao número de habitantes -  são ocupadas pela Coreia do Norte, Uzbequsitão, Camboja, Índia e Catar.

Situação particularmente difícil na Coreia do Norte, pela existência de uma rede de trabalhos forçados que fazem parte do sistema produtivo do país. Ao mesmo tempo, milhares de mulheres são vendidas à China e países vizinhos como esposas ou para exploração sexual. 4,37% dos norte-coreanos são escravos, revela o relatório.

Catar

O Catar, por sua vez, tem 30 mil escravos (1,36% da população) entre seus 2,3 milhões de habitantes. O setor que mais concentra o trabalho escravo é a construção civil, sobretudo em obras ligadas ao Campeonato Mundial de Futebol de 2022. A grande massa de escravos - 99,4 % são homens - é proveniente, sobretudo, da Índia, Nepal, Filipinas, Sri Lanka e Bangladesh.

Índia e China

Em números absolutos, a Índia e China lideram a lista, com o maior número de escravos. São 18,35 milhões e 3,39 milhões respectivamente. Após vem o Paquistão com 2,13 milhões, Bangladeseh com 1,53 milhões e Uzbequistão com 1,23 milhões. Muitos destes países adotam um sistema de trabalho de baixo custo, produzindo bens de consumo para mercados da Europa, Japão, América do Norte e Austrália.

Apesar dos número, a situação na China é considerada positiva, visto as medidas adotadas pelo governo para combater o problema.

Hong Kong

Um dado curioso, é que para o Global Slavery Index, Hong Kong é pior que a China, pois o território oferece pouca proteção às pessoas vulneráveis à escravidão, como crianças, mulheres, migrantes), existindo até mesmo a suspeita de que "existam políticas governativas e práticas que facilitam a escravidão". (JE/Asianews)

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