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Sumario del 01/06/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Francisco: diante dos humildes, Deus abre o Seu coração

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Cidade do Vaticano (RV) – “A oração humilde obtém misericórdia”. 

Este foi o tema da Audiência geral da quarta-feira, (1º/6), em que o Papa Francisco encontrou os fiéis na Praça São Pedro para falar sobre a parábola do fariseu e do publicano.

Um reza “a si mesmo”, numa ação egoísta e vazia, enquanto o outro, humildemente, invoca piedade por saber-se pecador.

“Não basta, portanto, nos perguntarmos  quanto rezamos, devemos também nos questionar sobre como rezamos, ou melhor, como está o nosso coração”, afirmou o Papa para lançar um questionamento:

“Eu pergunto: é possível rezar com arrogância? Não! É possível rezar com hipocrisia? Não! Devemos rezar diante de Deus como nós somos!”, disse Francisco.

Frenesia

À percepção de nosso coração, segue-se ainda um elemento tão essencial para a oração: a paz interior. Algo cada vez mais difícil de se alcançar em um mundo tomado pela frenesia que, com frequência, nos confunde.

“É preciso aprender a reencontrar o caminho ao nosso coração, recuperar o valor da intimidade e do silêncio, porque é ali que Deus nos encontra e nos fala”, advertiu o Papa.

Simplicidade

Somente a partir deste “lugar íntimo e sagrado” de encontro com Deus é que podemos ir ao encontro dos outros.

O fariseu foi ao templo seguro de si, mas não percebe que esqueceu o caminho do seu coração. O publicano, por sua vez, se apresenta no templo com humildade e arrependimento e reza: “Oh Deus, tende piedade de mim, pecador”.

“Nada mais” – enfatizou o Papa. “Que bela oração! Digamos três vezes, todos juntos: ‘Oh Deus, tende piedade de mim, pecador’”.

Francisco afirmou ainda que o fariseu era corrupto. Sabia somente ‘pavonear-se’ diante de si mesmo, no espelho.

“A soberba compromete toda boa ação, esvazia a oração, afasta de Deus e dos outros. Se a oração do soberbo não chega ao coração de Deus, a humildade do miserável o escancara”, recordou Francisco para então, concluir:

“Deus tem uma fraqueza, uma fraqueza pelos humildes: diante de um coração humilde, Deus abre o Seu coração totalmente”.

(rb)

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Papa aos jainistas: proteger a Criação é proteger a humanidade

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco encontrou-se nesta quarta-feira (1º/06), antes da Audiência Geral, com os representantes do Instituto de Jainismo de Londres, na saleta dentro da Sala Paulo VI, no Vaticano.

O Jainismo é uma das religiões mais antigas da Índia baseada nos ensinamentos de Mahavira que viveu no IV século a.C. e indicava o caminho para a perfeição humana baseado na não violência e na compaixão por todo ser vivo, do menor que seja ao homem.

Na fé jainista, Deus é entendido como Senhor entre as almas, porque representa o conhecimento infinito, a percepção, a consciência e a felicidade. O universo é eterno, pois não há início nem fim.

Por este motivo, considera-se o Jainismo um sistema religioso que não inclui a concepção de um deus criador. Pregando a não violência absoluta, o Jainismo prevê uma forma contundente de vegetarianismo. É o oitavo credo religioso no mundo. 

Criação, espelho de Deus 

“Gosto deste encontro, um encontro que faz crescer a nossa responsabilidade para com o cuidado da Criação, dom que todos nós recebemos para proteger.

A Criação é o espelho de Deus, é o espelho do Criador, é o espelho da natureza, de toda a natureza, é a vida da natureza e também o nosso espelho”, disse o Papa Francisco aos representantes do Instituto de Jainismo de Londres.

“Todos nós gostamos da mãe Terra, pois ela nos deu a vida e nos protege. Eu diria também irmã Terra que nos acompanha em nosso caminho existencial. Temos a tarefa de cuidar dela como uma mãe e uma irmã cuidam, ou seja, com responsabilidade, ternura e paz”, disse ainda o pontífice. 

“Agradeço a todos vocês por tudo aquilo que fazem neste campo e permaneçamos unidos neste ideal, nesta tarefa, neste trabalho de fazer com que a nossa mãe, a nossa irmã Terra seja protegida, conscientes de que cuidar, proteger a Criação, a Terra, é cuidar e proteger toda a humanidade”, concluiu Francisco.

Fé jainista

O Instituto de Jainismo foi criado em Londres, em 1983, e registrado no Reino Unido como fundação caritativa, em 1986.

Os seus centros operacionais estão, em Londres, que coordenam as atividades do instituto no âmbito internacional, e em Ahmedabad, que administra as atividades na Índia, conserva os dados de todas as organizações jainistas no mundo, organiza peregrinações e financia publicações e estudantes. 

O objetivo do instituto é fornecer uma plataforma de interação entre as várias comunidades e organizações jainistas a fim de que todas as várias correntes possam se confrontar mantendo a unidade do jainismo;

promover relações inter-religiosas para criar uma compreensão melhor da fé jainista e fazê-la conhecer a outros credos; divulgar a história, a arte, a filosofia e as práticas da fé jainista, incluindo sua relevância para o mundo de hoje, em particular, sobre o respeito por todos os seres vivos e pelo ambiente;

favorecer o estudo da fé jainista tanto nas comunidades quanto nos institutos de ensino superior; facilitar a pesquisa científica sobre o Jainismo através da criação de bolsas de estudo e proceder na catalogação e digitalização dos manuscritos e artefatos jainistas. 

Diálogo inter-religioso

Realizou-se nesta terça-feira, 31 de maio, no Vaticano, a reunião entre os membros do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso (PCDI) e a Delegação Internacional Jainista.

Os dois grupos foram representados pelo Presidente do PCDI, Cardeal Jean-Louis Tauran, e pelo Presidente do Instituto Jainista, Sr. Nemu Chandaria.

Este foi o terceiro encontro entre o organismo vaticano e a delegação jainista, guiada pelo Instituto de Jainismo de Londres. Os últimos dois encontros se realizaram em 1995 e 2011.

(MJ)

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Dom Patrón Wong: Jubileu dos Sacerdotes, ocasião para renovação

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Cidade do Vaticano (RV) - O Jubileu dedicado aos sacerdotes e aos seminaristas teve início esta quarta-feira, 1° de junho. De fato um evento especial, que terá seu ponto alto na sexta-feira, com a Missa presidida na Praça São Pedro pelo Papa Francisco. No dia anterior, o Pontífice guiará um retiro espiritual para os sacerdotes, com três meditações ao longo do dia: na Basílica São João de Latrão, após na Basílica Santa Maria Maior e por fim na Basílica São Paulo fora-dos muros (As meditações serão transmitidas ao vivo pela Rádio Vaticano, com comentários em português às 05h, 07h e 11h, horário de Brasília). Sobre o significado deste Jubileu dos Sacerdotes a Rádio Vaticano entrevistou o Secretário para os Seminários da Congregação para o Clero, Mons. Jorge Carlos Patrón Wong:

"O Papa Francisco decidiu, antes de tudo, que neste Jubileu os sacerdotes e os seminaristas devem cuidar de si mesmos, parem um momento em meio às tantas atividades pastorais, para ter um pouco de repouso, de alívio, de restauração no coração do Bom Pastor, nos braços da Misericórdia do bom Deus. É também uma grande oportunidade para fixar novamente o olhar na pessoa de Jesus, para contemplar em Jesus este grande amor, esta misericórdia, esta caridade pastoral, para agradecê-lo pelas tantas maravilhas que fez por nós. E fez estas maravilhas em nós, não porque somos bons ou merecedores do seu amor, mas porque Ele é misericordioso, nos ama, tem uma bondade imensa. E nós temos consciência da nossa fraqueza e pobreza, por isto temos necessidade da Misericórdia de Deus. Um terceiro ponto, muito importante, é recomeçar novamente, responder de novo com generosidade a este chamado divino. É uma grande oportunidade para renovar-nos, para pegar novamente este perfume do Bom Pastor, partilhá-lo com o nosso povo, para receber novamente a efusão do Espírito Santo e renovar as nossas forças, a coragem, o entusiasmo e fazermo-nos próximos a todos".

RV: O Papa Francisco sempre reitera que os sacerdotes devem ser pastores da Misericórdia, não burocratas da fé. Por que esta insistência?

"Porque cada sacerdote é a primeira pessoa tocada pela Misericórdia de Deus. Não se pode entender nenhuma vocação ao ministério do serviço sacerdotal se não se é tocado pelo amor misericordioso de Deus Pai. Este amor, porém, nos transfigura, nos transforma, nos move, nos preenche de alegria. Estes três elementos são muito existenciais na vida de cada seminarista e sacerdote, tocados pela Misericórdia de Deus, transfigurados pela Misericórdia de Deus e preenchidos de uma alegria, de um sentido profundo da vida".

RV: Francisco fará na quinta-feira três meditações em três Basílicas papais e na sexta-feira a Missa na Praça São Pedro. Uma verdadeira "imersão total", se poderia dizer, de ensinamento, da catequese sobre a Misericórdia para os sacerdotes; um evento realmente extraordinário.....

"É uma "full immersion", porque o coração do Papa Francisco está mergulhado no coração de Jesus Bom Pastor, está mergulhado no coração de cada pastor, de cada sacerdote, de cada seminarista. O Papa Francisco nos quer tão bem, reza por nós, dá tantos conselhos concretos, conhece muito as fadigas, as aspirações, os desafios, os sofrimentos, as alegrias de cada coração sacerdotal e de cada coração de seminarista. É por isto que durante estas três meditações e depois, na Eucaristia, o coração do Papa Francisco, que é um coração de um Bom Pastor, se dirigirá, se abrirá totalmente a outros corações que também são corações de pastores".

RV: O senhor tem no Dicastério para o Clero a responsabilidade pelos seminários. O que mais lhe toca ao encontrar os seminaristas de todo o mundo, neste Ano Santo da Misericórdia?

"Sobretudo me toca o fato de  que os jovens de hoje conhecem todos os desafios, todas as dificuldades, todas as problemáticas dento da Igreja e fora da Igreja, na sociedade. São jovens corajosos, alegres, que encontraram no chamado de Jesus uma grande aventura de vida, de amor, o sentido profundo de compartilhar uma realidade que é muito maior que o próprio coração: o amor de Cristo! Encontrei nos jovens este desejo de fazer uma transfiguração interna, porque é interior, mas sempre com os outros. Vejo sempre sacerdotes, seminaristas, que são como amigos, como irmãos que percorrem um caminho juntos. Sempre servir, amar as outras pessoas. O amor que recebemos de Cristo, queremos torná-lo realidade cotidiana no serviço concreto, pastoral. Com todos os nossos limites, damos o melhor, para que o Senhor nos use como exemplos, humildes instrumentos para levar o amor e a alegria do Senhor, a alegria do Evangelho". (JE/AG)

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Papa irá à Suécia pelos 500 anos da Reforma

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Cidade do Vaticano (RV) - Realizar-se-á em 31 de outubro próximo, em Lund e Malmoe, na Suécia, a comemoração ecumênica conjunta luterano-católica pelos 500 anos da Reforma, segundo um comunicado da Federação Luterana Mundial e do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos. 

O Papa Francisco participará dos eventos nas duas cidades suecas. “O programa completo da viagem do pontífice à Suécia será publicado sucessivamente e incluirá uma celebração eucarística com a comunidade católica na manhã de 1° de novembro”, disse o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi. 

Dons da Reforma

A cerimônia ecumênica dos 500 anos da Reforma, em 31 de outubro, se realizará em dois momentos: terá início com a liturgia na Catedral de Lund e prosseguirá com um evento no Estádio de Malmö, aberto ao público. 

O encontro conjunto pretende evidenciar os 50 anos do diálogo ecumênico contínuo entre católicos e luteranos e os dons provenientes dessa colaboração. A comemoração luterano-católica dos 500 anos da Reforma concentra-se nos temas da ação de graças, do arrependimento e do compromisso no testemunho comum. O objetivo é expressar os dons da Reforma, e pedir perdão pela divisão perpetuada pelos cristãos das duas tradições.

A Catedral de Lund será o local onde se realizará a cerimônia de oração comum, baseada no guia litúrgico católico-luterano de publicação recente intitulado “Oração comum” que se baseia no documento “Do conflito à comunhão”. 

Testemunho e serviço comum

O Estádio de Malmö será o cenário onde se realizarão as atividades dedicadas ao compromisso do testemunho e do serviço comum de católicos e luteranos no mundo. Serão apresentados os aspectos mais importantes do trabalho comum entre o Serviço Mundial da Federação Luterana Mundial e da Caritas Internacional, como o cuidar dos refugiados, o serviço da paz e a defesa da justiça climática. O Estádio de Malmö pode hospedar até 10 mil pessoas. 

O Papa Francisco, o Presidente da Federação Luterana Mundial, Dr. Munib A. Younan, e o secretário-geral desse organismo,  Dr. Martin Junge, guiarão a cerimônia de oração comum, em Lund, e o evento no Estádio de Malmö, junto com os responsáveis da Igreja Evangélica Luterana da Suécia e da Diocese católica de Estocolmo.

“Quando as comunidades tomam o caminho que distancia dos conflitos, brota a força. Em Cristo, somos incentivados a servir juntos no mundo. A cerimônia conjunta é um testemunho do amor e da esperança que todos nós temos por mérito da graça de Deus”, declararam o Presidente e o Secretário-Geral da Federação Luterana Mundial, respectivamente Younan e Junge.

Diálogo ecumênico

O Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, disse: “Concentrando juntos na centralidade do problema de Deus e na abordagem cristocêntrica, luteranos e católicos poderão comemorar ecumenicamente a Reforma, não de uma maneira meramente pragmática, mas no sentido profundo da fé em Cristo crucificado e ressuscitado.”

“Estamos esperando este evento que contará com a participação de 10 mil pessoas. A ideia principal do encontro no Estádio de Malmö é descrever ulteriormente o processo que vai desde o conflito à comunhão, concentrando-se na esperança para o futuro e no serviço comum no mundo”, afirmou a Arcebispa de Uppsala, Antje Jackélen, da Igreja Evangélica Luterana da Suécia.

O Bispo católico da Diocese de Estocolmo, Dom Anders Arborelius, disse: “Será escrita uma página da história quando o Papa Francisco e os líderes da Federação Luterana Mundial visitarem Lund e Malmö para encorajar todos nós a prosseguir no caminho rumo à unidade dos cristãos.” (MJ)

 

 

 

 

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Papa celebra Jubileu dos Sacerdotes. Acompanhe com a RV

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco celebra em Roma o Jubileu dos Sacerdotes, de 1º a 3 de junho. Como sinal de comunhão, cada Igreja particular é convidada a viver este momento jubilar propondo, segundo a própria necessidade, as atividades que terão lugar em Roma. 

Na quarta-feira, 1º de junho, sacerdotes e seminaristas são convidados a dirigir-se a uma das três igrejas jubilares indicadas pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização para o Ano Santo (San Salvatore in Lauro, Santa Maria in Vallicella, San Giovanni dei Fiorentini), onde terão a possibilidade de celebrar o sacramento da Reconciliação e de dedicar tempo à Adoração eucarística. Os participantes farão também peregrinação até à Porta Santa da Basílica de São Pedro.

No final da tarde, estão previstas uma catequese sobre o tema da misericórdia e a Santa Missa por grupos linguísticos. Em português, o convidado é o Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Paulo Cezar Costa. Aos ouvintes da Rádio Vaticano, Dom Paulo adiantou o tema de sua catequese. Clique acima para ouvir.

Retiro

Quinta-feira, 2 de junho, haverá o Retiro pregado pelo Santo Padre em preparação à Solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus. Em Roma, os participantes serão reunidos nas três basílicas papais para seguir as meditações: às 10h na Basílica de São Paulo, ao meio-dia na Basílica de S. Pedro e às 16h na Basílica de São João de Latrão. As meditações serão transmitidas ao vivo pela Rádio Vaticano, com comentários em português (05h, 07h e às 11h – horário de Brasília).

Na sexta-feira, o Papa Francisco preside à Santa Missa na Solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus, com transmissão ao vivo da Rádio Vaticano a partir das 04h20, horário de Brasília.

As inscrições para participar do Jubileu dos Sacerdotes encerraram-se na manhã de segunda-feira, 30 de maio.

(bf)

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Delegação ecumênica da Suécia para canonização de Elizabeth Hasselblad

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Estocolmo (RV) – Uma delegação ecumênica da Suécia estará presenta na Praça São Pedro no próximo dia 5 de junho para a canonização Elizabeth Hasselblad, fundadora da Ordem do Santíssimo Salvador de Santa Brígida. Ela foi beatificada pelo Papa João Paulo II na Praça São Pedro em 9 de abril do ano 2000.

Delegação ecumênica

“A Diocese católica de Estocolmo está organizando uma peregrinação a Roma com cerca de 250 peregrinos provenientes de toda a Suécia”, lê-se no site do Conselho das Igrejas Suecas, citado pela Agência SIR. “O grupo compreende também peregrinos ecumênicos do Conselho, entre os quais o Secretário Geral Wiborn”.

A Missa presidida pelo Papa Francisco será transmitida Ao Vivo pelo canal SVT2, segundo canal da televisão estatal. Na delegação estará presente um grupo de parentes da nova santa e representantes da cidade de Herrljunga, onde Hasselblad nasceu em 4 de junho de 1870 em uma numerosa família luterana.

Conversão do luteranismo ao catolicismo

Emigrada aos 18 anos no Estados Unidos, trabalhou como enfermeira em favor dos mais vulneráveis de Nova Iorque. Em 1902 converteu-se ao catolicismo e no ano seguinte transferiu-se a Roma, onde em 1911 fundou a Ordem Salvatoris S. Brigidae, ramo da  Ordem desejado por Santa Brígida em 1300.

Justa entre as Nações

Durante a Segunda Guerra Mundial, Elizabeth Hasselblad escondeu muitos judeus, gesto pelo qual recebeu o título de “Justa entre as Nações” do Estado de Israel.

“Que uma pessoa sueca seja canonizada é um fato muito raro”, lê-se no comunicado do Conselho de Igrejas. A última vez remonta a 1391, quando Santa Brígida foi canonizada pelo Papa Bonifácio IX.

Elizabeth Hasselblad faleceu em Roma em 24 de abril de 1957. (JE)

 

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Comastri: o amor de Deus ajusta nossas falhas

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Cidade do Vaticano (RV) - “Como Maria, também nós devemos dizer o nosso sim”.

Foi o que afirmou o Cardeal Angelo Comastri, Vigário do Papa para a Cidade do Vaticano, falando aos fiéis reunidos na noite desta terça-feira, (31/05), diante da Gruta de Lourdes nos Jardins do Vaticano, na conclusão do mês de maio, dedicado a Maria. Antes do Rosário, a procissão de velas reuniu centenas de trabalhadores do Vaticano.

A oração transforma a vida

Um povo que caminha, reza o terço e canta. Um povo constituído por idosos, pessoas em cadeiras de rodas e crianças em carrinhos, que se dirige a Maria. Esta é a imagem, cheia de emoção, que tradicionalmente no final do mês de maio, podemos ver nos jardins do Vaticano.

A reflexão do Cardeal Comastri partiu da Pietá, de Michelangelo, exposta na Basílica de São Pedro, para falar sobre Maria. “Deus enviou seu Filho para dentro da nossa história torta para endireitá-la”, lembrou o cardeal, que enfatizou como Deus bateu ao coração de Maria que lhe disse “sim”, assim como nós devemos dizer 'o nosso sim'”.

Um “sim”, o de Maria, que floresceu no solo da humildade e não do orgulho.

O cardeal recordou, de fato, um de seus encontros com Madre Teresa que lhe indicando o Palatino, disse que ali havia o mais bonito edifício do mundo, dois mil anos atrás, mas agora não há mais nada.

A reflexão do cardeal se concentrou, então, sobre a importância da oração, que transforma a vida e as relações, e se encerrou com uma recomendação: "rezemos o Terço em família."

O Cardeal Comastri:

“Levemos novamente o Terço às nossas famílias: a oração transforma a vida, transforma as relações. Franҫois Mauriac, um brilhante e crente escritor do século passado, disse: 'quando seguramos o Terço, nós seguramos a mão de Nossa Senhora, que nos ajuda a atravessar a estrada da vida, que hoje de uma maneira especial está cheia de perigos, mas com a mãe cada filho se sente seguro. Vamos levar este compromisso:.. levemos novamente o Terço às famílias. É a mais bela flor que podemos, nesta noite, entregar a Maria”.

(SP)

 

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Igreja no Brasil



JMJ 2016 vai receber o Festival Brasileiro Halleluya em Cracóvia

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Fortaleza (RV) - O Festival de Artes Integradas Halleluya será realizado pela primeira vez em Cracóvia (Polônia), entre os dias 27 e 29 de julho como parte do Festival da Juventude da Jornada Mundial da Juventude. O evento que se realiza há vinte anos no Brasil e atrai mais de um milhão de pessoas todos os anos , também já foi realizado no Uruguai, Itália, França e Terra Santa.

O Halleluya em Cracóvia será realizado na praça Szczepanski a poucos metros da Praça do Mercado no Centro de Cracóvia. A expectativa é alcançar um público entre sete e dez mil jovens. Serão 15 apresentações entre música, teatro e dança com atrações em vários idiomas: inglês, polonês, francês e italiano.

O Evento

O Halleluya nasceu em 1985 no Brasil como iniciativa dos jovens da Comunidade Católica Shalom com nome de Trifest. A intenção era oferecer uma alternativa de um evento cristão aos jovens da cidade de Fortaleza: três dias de shows de evangelização. Aos poucos a ideia cresceu até se tornar o Festival Halleluya.

O teatro, a música e a dança se unem no palco do Halleluya para anunciar o amor e a Misericórdia de Deus de forma nova e criativa. Nascido em meio aos jovens como uma expressão de nova evangelização, busca oferecer a estes uma diversão sadia, como possibilidade de uma alegria que não passa, por isso traz o seu slogan “uma festa que nunca acaba”.

Além das atrações artísticas e culturais, o palco principal do Festival conta com espaços temáticos como o Espaço Misericórdia e Arena Cultural.

Espaço da Misericórida

Toda a arte do Halleluya é colocada como meio para favorecer uma autêntica experiência com a Misericórdia de Deus. É por isto que o Espaço da Misericórdia é o coração do Halleluya. Neste espaço se encontra confessionários para o Sacramento da Reconciliação e a Capela com o Santíssimo Sacramento.

Arena Cultural

Com a intenção de favorecer o intercâmbio cultural entres os jovens, na arena do Festival se encontra o Espaço Cultural. Neste espaço serão oferecidos cursos rápidos de como fazer uma boa confissão, momentos de oração, e momentos de partilha das graças e desafios na vivência da fé com jovens de outras partes do mundo. Além disso, os artistas serão convidados a partilhar as suas experiências de evangelização. (SP)

 

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Frade franciscano substituirá Dom Azcona na Prelazia do Marajó

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco aceitou a renúncia de Dom José Luiz Azcona Hermoso como Bispo Prelado do Marajó (PA).

Sacerdote agostiniano recoleto nascido na Espanha há 76 anos, Dom Azcona chegou em 1985 como missionário à Ilha de Marajó, onde dois anos depois foi nomeado Bispo da Prelazia. Por seu empenho e denúncias contra o tráfico de seres humanos na região, Dom Azcona é jurado de morte.

 

Um frade franciscano catarinense foi nomeado pelo Pontífice como novo Bispo da Prelazia de Marajó: trata-se do Fr. Evaristo Pascoal Spengler, OFM, de 57 anos, nascido em Gaspar, na diocese de Blumenau.

Dom Evaristo Spengler foi ordenado sacerdote na Ordem dos Frades Menores em maio de 1984. Estudou Filosofia e Teologia no Instituto Teológico Franciscano (ITF) em Petrópolis-RJ. Frequentou cursos na área bíblica no Brasil, no Chile e obteve a Licenciatura em Exegese Bíblica em Jerusalém (1996-1998).

No decorrer do seu ministério, desempenhou os seguintes cargos: Vigário-paroquial e membro da equipe bíblica urbana em Duque de Caxias-RJ e em Nilópolis-RJ; Vice-Mestre dos frades estudantes em Duque de Caxias-RJ;  Assistente Conventual no Convento “Santo Antônio” do Rio de Janeiro; Missionário e Vigário-Paroquial por 11 anos em Malanje (Angola); Definidor Provincial. Desde janeiro de 2016 é Vice-Ministro da Província Franciscana Imaculada Conceição do Brasil, com sede a São Paulo.

A Prelazia do Marajó compreende a Ilha do Marajó, com uma extensão de 181.978 Km2 e uma população de 260 mil habitantes (239.000 católicos). O território está dividido em nove paróquias.

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Igreja no Mundo



Paris homenageia trapistas assassinados em 1996 na Argélia

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Paris (RV) – "A voz dos monges de Tibhirine não se calou na primavera de 1996. Ainda hoje se levanta para dirigir “um apelo a toda a humanidade”: o de “apostar na convivência fraterna, onde homens e mulheres podem amar-se, acima das diferenças de religião e de cultura”.

Com estas palavras o Bispo Auxiliar de Paris, Dom Éric de Moulins-Beaufort, homenageou os trapistas do Mosteiro de Nossa Senhora de Atlas, na Argélia, vinte anos após a descoberta de seus corpos no meio da neve, nas proximidades de Medea. Era 30 de abril de 1996.

Jardim público em Paris

As palavras do prelado foram pronunciadas durante a inauguração em Paris de um jardim público, que leva o nome do monges assassinados. Aos pés da Igreja Saint-Ambroise estavam presentes autoridades civis e representantes de diversas religiões.

Protagonistas do diálogo

Os monges – acrescentou o prelado – quiseram “apostar que uma presença encarnada de cristãos franceses – o que é significativo – era possível na Argélia, país de maioria muçulmana e que havia se tornado dono do próprio destino”, após a independência da França.

“Os nossos irmãos quiseram viver a aventura monástica cristã em um país muçulmano – observou Dom Moulins-Beaufort - não para ser ali traço de uma civilização destruída ou a vanguarda de uma cortejada conquista, mas a promessa de um encontro entre os homens e as religiões que fosse diferente das relações de domínio, de ciúmes ou de desconfiança recíproca”.

Foi precisamente porque os irmãos Bruno, Célestin, Christian, Christophe, Luc, Michel e Paul quiseram “viver tudo isto na humilde dependência de Jesus, examinando sempre o seu comportamento e a sua escolha à luz de Jesus, que um dia foram sequestrados e levado à morte”, salientou o prelado. Portanto, “o que aconteceu em 1996, não é um fracasso, mas uma promessa”.

Causa de beatificação em andamento

Uma pequena multidão tomou parte na inauguração, em diferentes momentos. Pouco antes do descerramento da placa comemorativa no jardim, era celebrada a missa na Igreja Saint-Ambroise. Entre os participantes estava o Arcebispo Georges Gilson, prelado Emérito da ‘Mission de France’ — particularmente próximo à Christian de Chergé, o Prior da comunidade de Tibhirine — um grupo de monges cistercienses, assim como o postulador da causa de beatificação atualmente em andamento, o Padre trapista Thomas Georgeon. Sete velas em recordação aos mártires foram acesas. Ao final da celebração, o irmão de Christian de Chergé leu, revesando-se com o pároco de Saint-Ambroise, o célebre “testamento espiritual” escrito pelo Prior. Após a celebração foi inaugurada uma mostra sobre os Monges de Tibhirine.

Escolha simbólica do local

A escolha do local tem forte simbologia, visto que a paróquia está situada num bairro de forte presença muçulmana. O 11º arrondissement de Paris, de fato, foi palco dos atentados de novembro passado. Cerca de cem metros separam a Igreja Saint-Ambroise da Sala de concertos do Bataclan.

“Neste momento de incertezas e de desconfianças, a mensagem dos monges é ainda mais importante “ afirmou a Prefeita de Paris Anne Hidalgo, também presente na cerimônia. “Eles nunca deixaram de promover o encontro com os muçulmanos, criando condições de diálogo para a paz”.

O Mosteiro de Tibhirine na Argélia

Hoje o Mosteiro de Tibhirine é habitado e administrado pelo Padre Jean-Marie Lassausse, da ‘Mission de France’. Trabalha com os mesmos agricultores com os quais trabalhavam os sete monges assassinados. O mosteiro recebe voluntários, participantes de retiros e simples peregrinos.

Também numerosos argelinos se dirigem ao local, alguns por curiosidade, mas sobretudo para prestar homenagem ou por reconhecimento aos monges, em particular ao Irmão Luc, que cuidou de muitos deles e de suas famílias.

Recentemente Padre Lassausse evocou a possibilidade de um retorno “gradual” de uma comunidade religiosa ao mosteiro. Um certeza permanece: Tibhirine, jardin potager, continua a dar frutos

(JE/L’Osservatore Romano Paris - Charles De Pechpeyrou)

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Jovens israelenses lançam pedras contra cristãos em oração

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Jerusalém (RV) –  Pedras contra os fieis reunidos no último sábado no pátio da comunidade de Santa Teresa di Lisieux, em Rehovot, na Terra Santa, para a missa de Corpus Christi. Os agressores eram jovens israelenses, com idade por volta dos 14 anos. Ninguém se feriu, segundo o site do Vicariato para os Católicos de língua hebraica em Israel.

O Vigário Patriarcal, Dom William Shomali, expressou profunda preocupação pelo ocorrido, sublinhando a urgência de se oferecer a estes jovens uma formação baseada no respeito pelos outros e por suas crenças.

“É triste que as pessoas em oração, na maior parte mulheres que trabalham em casas de israelenses de Rehovot, recebam pedras enquanto estão em oração – lamentou o prelado. Mais uma vez chamamos a atenção para a cultura do desprezo pelos outros que impera em alguns ambientes israelenses e para a necessidade de se encontrar soluções para curar a sociedade do radicalismo e da intolerância. É verdade tratar-se de jovens de 14 anos – prosseguiu – mas os adultos e os professores são totalmente responsáveis”.

Depois do incidente, o Vicariato para os Católicos de língua hebraica em Israel lançou um apelo para a coleta de fundos para a construção de um local de oração maior e mais seguro para os fieis da região de Rehovot.

A comunidade católica de Rehovot cresceu muito nos últimos anos. É formada, na maior parte, por cuidadoras filipinas, agentes sanitários migrantes provenientes da Índia, Sri Lanka e África, além de estudantes. (JE/TC)

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Igreja na Mongólia terá seu primeiro sacerdote autóctone

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Ulaan Baatar (RV) – “Teremos em breve o primeiro padre nativo da Mongólia. Trata-se de Joseph Enkh, que será ordenado sacerdote em Ulaan Baatar em 28 agosto 2016 por Dom  Wenceslao Selga Padilla, Prefeito Apostólico de Ulaan Baatar”, comunicou com alegria à Agência Fides o missionário congolês na Mongólia Padre Prosper Mbumba, membro da Congregação do Coração Imaculado de Maria.

“Este evento – observou o sacerdote - adquire uma particular importância para a nossa jovem Igreja refundada em 1992 e que hoje conta com pouco mais de mil batizados. A ordenação de um sacerdote nativo estimulará o sentido de pertença entre os mongóis e o entusiasmo por uma Igreja que por longo tempo foi vista como ‘estrangeira’”.

Ordenado diácono na Coreia

Joseph Enkh foi ordenado diácono em 11 de dezembro de 2014 em Daejeong (Coreia do Sul), onde recebeu sua formação inicial, tendo retornado à Mongólia em janeiro passado. Desde então leva em frente a sua experiência pastoral, servindo em diversas paróquias da Mongólia, onde atualmente existem, no total, cerca de 20 missionários e 50 irmãs de 12 Congregações, comprometidas em seis paróquias.

Padre Prosper declarou à Agência Fides que “os preparativos  para a ordenação estão em andamento, sob todos os aspectos. Os cristãos rezam muito pelo seu futuro sacerdote e as paróquias estão promovendo encontros de catequese, para oferecer à população uma melhor compreensão do ministério sacerdotal. Em todas as Igrejas da Mongólia será realizada uma novena em preparação à ordenação. Muitos fieis continuam a enviar mensagens e a manifestar suas expectativas ao futuro sacerdote em forma escrita. Escrevem cartas para que saibam que estão orgulhosos de sua vocação e que confiam na presença e na obra deles”. (JE)

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Síria: UE confirma sanções. Dom Marayati: quem sofrerá é o povo

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Aleppo (RV) – A prorrogação de um ano das sanções contra a Síria de Assad, decidida nos dias passados pelo Conselho da União Europeia (UE), representa a enésima expressão “de uma política incompreensível, que nos desnorteia. Porque as sanções prejudicam o povo, os civis, as pessoas pobres. Não certamente o governo e muito menos os grupos armados que, como se vê, são bem fornecidos de todos os recursos, e usam armas sempre mais sofisticadas”.

Dessa maneira, o Arcebispo Boutros Marayati, à frente da arquieparquia armênia católica de Aleppo, comenta a decisão tomada pela União Europeia de prorrogar até 1° de junho de 2017 as sanções impostas a uma nação dilacerada por cinco anos de conflito. 

Nas semanas passadas, também o Arcebispo Boutros subscreveu o apelo lançado na plataforma change.org, com o qual numerosos Bispos, religiosos e consagrados católicos, pertencentes a diferentes Igrejas sui iuris, pediam à União Europeia para acabar com a “iniquidade das sanções à Síria”.

“Sabemos que ninguém nos escuta. Assim, as pessoas continuam sofrendo. Também nos dias passados, conta à Agência Fides Dom Marayati, a nossa casa para idosos armênios foi bombardeada. Morreu uma funcionária que cuidava deles, e tivemos de levar embora 45 idosos, que agora vivem numa sala subterrânea da paróquia armênia ortodoxa. A situação está piorando. Dos bairros nas mãos dos rebeldes chegam tiros de artilharia lançados com armas devastadoras que fazem mais mal do que os tiros de morteiro de antes. Em Aleppo, a trégua não persiste. Multiplicam-se os ataques de uma parte e da outra e nós estamos sob o fogo dos grupos jihadistas”. 

Vista da fronteira de Aleppo, também a decisão europeia confirma as intuições de muitos bispos e pastores da região: “Se a guerra continuar, disse à Fides o Arcebispo Boutros Marayati, significa dizer que alguém não quer que a guerra termine. Na Europa, cresce a obsessão pelos refugiados e se experimentam novas políticas de repulsão, mas se esquecem de que ninguém iria embora da Síria, se não fossem a guerra e também as sanções que contribuem para a fome das pessoas. A Síria sempre foi um país que acolhia os refugiados. Se as armas se calassem e se as sanções fossem tiradas, ninguém pensaria em fugir para viver debaixo da neve. Mas é evidente que alguém não quer que esta guerra termine. Pedimos a oração de todos a fim de que chegue a paz, com a graça do Senhor”. (SP)

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Formação



Novo Diretor das POM Brasil participa de Assembleia em Roma

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Cidade do Vaticano (RV) – As Pontifícias Obras Missionárias do Brasil estão participando de sua Assembleia anual em Roma com o novo Diretor: Padre Maurício da Silva Jardim, do clero da Arquidiocese de Porto Alegre, nomeado há apenas dois meses.

166 delegados de países diferentes estão participando da Assembleia é “Despertar a Consciência Missionária na Igreja hoje”. Em seu discurso de abertura, o Cardeal-Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Fernando Filoni, insistiu na Igreja ‘em-saída’, que se faz próxima das pessoas, uma Igreja que toca nas chagas dos pobres e dos feridos. “É este princípio da missionariedade é que vai convertendo e mudando toda a perspectiva de ser Igreja”, afirma o Padre Maurício Jardim, em entrevista à RV. Ouça: 

“Os jovens carregam dentro de si o desejo missionário; querem fazer alguma coisa. No Brasil, temos bem forte a experiência da juventude missionária, que tem feito um trabalho muito bonito de ações concretas. Eles não ficam só na sala refletindo sobre missão, falando de missão, mas seguem o método “ver, iluminar, agir e celebrar”. Então, no terceiro final de semana, o jovem sai, visita hospitais, famílias, faz obras. Eu vejo que o jovem que está fazendo este trabalho, que está criando esta consciência, é feliz e se sente muito útil na Igreja. Outros jovens estão vendo isso e estão se despertando para uma consciência missionária”.

O encorajamento do Papa

“Neste momento histórico da Igreja, a influência do Papa Francisco é decisiva, porque os seus gestos, suas palavras e toda a sua animação missionária têm contagiado todos, inclusive a juventude do Brasil”.

A pé mais de 100 km

“Trago para esta Assembleia a experiência missionária que realizei na África durante 3 anos e meio, na Diocese de Nampula, em Moçambique. Ontem, contei sobre uma caminhada que fiz evangelizando. Escrevi um texto sobre isso mostrando que a missão se faz com meios pobres. Durante 15 dias, visitei 15 comunidades a pé. Viajei mais de 100 km a pé, com a mochila nas costas e acompanhado sempre pela comunidade. Eu não esperava que a comunidade me acompanhasse até a próxima, mas eles o fizeram. Então, eu senti mais próximo deles, comendo o que comiam, vivendo onde o povo vive, deitando em esteira, muitas vezes no chão... Isto me fez crescer numa proximidade muito forte com aquele povo”.

“Então, eu trago na minha bagagem esta experiência de África de ser missionário, de viver com meios pobres, despojado, e no encontro com as pessoas”. 

(CM)

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Lumen gentium: amor e unidade para Igreja ser sinal

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Cidade do Vaticano (RV) - No nosso Espaço Memória Histórica - 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos continuar a tratar na edição de hoje da Constituição Dogmática Lumen gentium

A Igreja como Povo de Deus: esta é uma das importantes imagens utilizadas pela Lumen gentium a respeito da Igreja, como visto no programa passado. No programa de hoje, o Padre Gerson Schmidt nos traz a reflexão "Amor e unidade", dois sinais concretos na comunidade cristã, para que o mundo creia: "veja como se amam!":

Por diversas vezes fizemos ecoar essa pergunta, que brota do Documento conciliar Lumen Gentium, cujo cinquentenário estamos recordando: Como a IGREJA SERÁ SINAL PARA O MUNDO de ser sacramento de salvação, sinal visível da graça salvadora de Cristo? E vamos responder aqui de maneira mais clara. A Igreja será sinal para o mundo por meio do amor e a unidade, testemunhado e vivido numa comunidade concreta. Jesus mesmo disse: “Nisso conhecereis que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”(João capítulo 13,versículo 35). Está nesse texto do evangelho joanino uma verdadeira chave importante que responde esta pergunta aqui ecoada muitas vezes: COMO A IGREJA HOJE É SACRAMENTO DE SALVAÇÃO AO MUNDO??? O Amor e a unidade são os sinais de Cristo vivo e ressuscitado no meio de nós. Como crerá o mundo, sem ter visto Cristo vitorioso dentro os mortos? Vendo uma comunidade cristã que se ama, que vive o amor recíproco, que revela ao mundo que é possível amar o inimigo, na dimensão da cruz. Na paróquia, numa comunidade concreta, onde se vive o amor, deve se dar os sinais que chamem os homens que não creem à fé, para que vendo-os, as pessoas acreditem que Jesus Cristo é o enviado do Pai, que é o Salvador dos homens, que está vivo e ressuscitado em nossa vida, em nosso cotidiano, em nossas ações de amor recíproco, amando-nos uns aos outros como Ele nos amou. E como Ele nos amou? Com amor de cruz, amou-nos até o fim, até a morte e morte de cruz. Desta forma também devemos amar-nos uns aos outros, para que a Igreja seja ao mundo um SINAL DE CRISTO RESSUSCITADO DENTRE OS MORTOS.

Tertuliano, que viveu entre 160 a 220 depois de Cristo, portanto, no segundo e terceiro século do cristianismo, deixou registrado em seus escritos que os cristãos quando andavam pelas ruas eram reconhecidos pelos pagãos que diziam assim: “Vede como se amam”. Portanto, a comunidade primitiva, os cristãos de primeira hora, eram um sinal visível do Cristo ressuscitado. Será que era pela pregação, por falarem o nome de Cristo, por realizarem milagres em nome de Deus ou porque se reuniam nas casas e repartiam o pão da Eucaristia? Não necessariamente. Eram reconhecidos como seguidores de Cristo porque se amavam mutuamente. “Vede como se amam”, diziam os outros que os viam. Poderiam, os outros de fora de nossas comunidades cristãs de hoje também afirmar isso?? Estamos revelando ao mundo que Cristo está vivo e ressuscitado entre nós?

Portanto, para ser um sinal para o mundo, o novo mandamento de Cristo precisa da comunidade, para se concretizar, da mesma forma como a Eucaristia precisa do pão e do vinho. Um aparelho de Data Show precisa de uma parede para ser projetada imagem que emite. O mandamento do amor precisa de uma comunidade, de uma Igreja local e concreta para acontecer esse mando de Jesus: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. O amor, quando é íntimo e individual, pode ainda não ser um sinal. Mas quando se alarga, quando convive e se esparrama na comunidade, então pode se tornar um grande sinal. Não se trata aqui de ser uma comunidade tão somente jurídica, como podem ser nossas paróquias geográficas ou comunidades religiosas por convívio forçado. Mas enquanto essas mesmas ou outras forem autênticas e verdadeiras, quando se percebe que nos amamos verdadeiramente na dimensão da cruz e haja uma comunhão de espírito, conforme um comentário de Raniero Cantalamessa. Pe. José Antonio de Almeida, biblista e teólogo de Curitiba-PR, comentava ainda assim a respeito do texto evangélico aqui acima referendado: “Os discípulos de Jesus tampouco serão reconhecidos pelos sinais externos ou porque proclamam o nome de Jesus. É a caridade, o amor, o novo mandamento e também o novo sinal. Por meio da caridade dos seus membros, a Igreja manifestará a sua semelhança e sua união com Jesus (Jo 17,21)”2 O teólogo aqui está referendando também Jo 17,21 – onde diz “Como tu, Pai está em mim e eu em ti, que eles estejam em nós (que sejam um) para que o mundo creio que tu me enviaste”.

Portanto, a Igreja responderá ao apelo dos padres conciliares, sendo sacramento visível e universal da Salvação de Cristo por meio de dois sinais concretos na comunidade cristã: o amor e a unidade. Para que o mundo creia, que todos sejam um; nisso conhecereis que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”.

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Atualidades



Juízes debatem no Vaticano tráfico humano e crime organizado

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Cidade do Vaticano (RV) – O tráfico de seres humanos será tema novamente de um evento organizado pela Pontifícia Academia das Ciências Sociais, nos Jardins Vaticanos.

Desta vez, o encontro reunirá juízes e advogados de várias partes do mundo, nos dias 3 a 4 de junho, para debater tráfico humano e crime organizado.

“O desejo do Papa Francisco é empoderar os juízes para que se conscientizam de sua insubstituível missão frente aos desafios da globalização da indiferença, respondendo a este chamado da sociedade independentemente da pressão dos governos, das instituições privadas e, naturalmente, do crime organizado”, lê-se na convocação do encontro.

Escravos

A Pontifícia Academia recorda que 40 milhões de pessoas sofrem com as novas formas de escravidão e com o tráfico de pessoas, seja por meio do trabalho forçado, da prostituição, da venda de órgãos ou do narcotráfico.

“Gostaríamos de saber como os juízes enfrentam este problema; como os sistemas judiciais poderiam incorporar melhor os valores humanitários; e como a formação de capacidades poderia fazer com que os juízes, além de condenar os responsáveis, dediquem mais atenção às necessidades das vítimas”, escreve a Pontifícia Academia, que convida os participantes a expor um caso concreto de detenção de traficantes e de restituição dos bens apreendidos a favor da sociedade.

Do Brasil, foram convidados Carlos H.B. Haddad, Zélia Luiza Pierdoná, Rômulo de Andrade Moreira e Antonio Herman Benjamin.

(bf)

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POM do Brasil participam de Assembleia em Roma

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Cidade do Vaticano (RV) – Têm início esta segunda-feira (30 de maio), em Roma, os trabalhos da Assembleia Geral Anual das Pontifícias Obras Missionárias (POM).

Participam da Assembleia os Diretores nacionais das POM provenientes de todos os continentes, o Presidente e os Secretários-gerais das quatro Obras. Do Brasil, participam Padre Maurício da Silva Jardim e Padre Camilo Pauletti.

Os trabalhos serão abertos pelo Secretário-adjunto da Congregação para a Evangelização dos Povos e Presidente das POM, Arcebispo Protase Rugambwa.

Jovens Igrejas

Na tarde desta, haverá a conferência do Card. Fernando Filoni, Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos. A terça-feira será dedicada a workshops, debates e encontros continentais sobre o tema “Despertar a consciência da missão hoje. As POM a serviço das jovens Igrejas”.

Quarta-feira, 1o de junho, o dia será dedicado à celebração do centenário da Pontifícia União Missionária (PUM), com uma visita a Ducenta (Aversa), onde está sepultado o Beato padre Paolo Manna, sacerdote do Pontifício Instituto para as Missões Estrangeiras (1872-1952), fundador da PUM.

Quinta-feira, 2 de junho, terá início a Sessão ordinária da Assembleia, que prosseguirá também no dia 3, durante a qual os Secretários-gerais das quatro Pontifícias Obras Missionárias apresentarão o balanço do ano transcorrido, a previsão e os pedidos de subsídios aos projetos apresentados.

Sábado, 4 de junho, está prevista a audiência com o Papa Francisco.

(bf)

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Missão e misericórdia: a Igreja em saída

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Cidade do Vaticano (RV) – A edição desta quarta-feira (1º/06) do “Porta Aberta no Ano da Misericórdia” propõe os principais eventos realizados no Vaticano por ocasião do Ano Jubilar, começando com a catequese do Papa Francisco na Audiência Geral.

O programa dá destaque também ao Jubileu dos Sacerdotes, que tem início esta quarta-feira, com a entrevista ao Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Paulo Cezar Costa. Ele foi convidado a fazer a catequese sobre o tema da misericórdia aos participantes de língua portuguesa deste evento, que terá três dias de duração, com a participação do Papa Francisco.

Missão e misericórdia é o tema de outras duas entrevistas: com os sacerdotes Camilo Pauletti e Maurício da Silva Jardim, que participam em Roma da Assembleia das Pontifícias Obras Missionárias.

No Brasil, as POM passam por um período de transição, com o Pe. Pauletti que entrega a direção das Obras ao Pe. Maurício. Ao visitar os estúdios da Rádio Vaticano, Pe. Pauletti fala dos desafios da missão no Brasil, comenta a mensagem do Papa para o Dia Mundial das Missões, com um referência especial às missionárias, e faz um balanço dos mais de cinco anos em que esteve à frente das POM.

O “Porta Aberta” se encerra com a entrevista a Ir. Eurides Alves de Oliveira, que apresenta aos ouvintes a campanha “Jogue a Favor da Vida”. Trata-se de uma iniciativa da Rede “Um Grito pela Vida” contra o tráfico humano por ocasião das Olimpíadas do Rio de Janeiro.

O “Porta Aberta” vai ao ar às quartas-feiras, às 17h - hora local (12 horário de Brasília) e pode ser ouvido no link acima.

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