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Sumario del 07/06/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: não à “espiritualidade do espelho”, o cristão seja luz para todos

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Cidade do Vaticano (RV) – A pilha para que o cristão ilumine é a oração. Foi o que afirmou o Papa Francisco na Missa celebrada na manhã de terça-feira (07/06) na Casa Santa Marta.

 

Luz e sal: Comentando o Evangelho do dia, Francisco ressaltou que Jesus fala sempre “com palavras fáceis, com comparações simples, para que todos possam entender a mensagem”.

Daqui a definição do cristão que deve ser luz e sal. Nenhuma das duas coisas é finalizada a si mesma, explicou o Pontífice. “A luz é para iluminar algo; o sal é para dar sabor” a outro alimento.

Oração ilumina o cristão

O Papa então se pergunta: mas como o cristão pode fazer para que não faltem sal e luz, para que não acabe o óleo para acender a lâmpada?

“Qual é a pilha para que o cristão ilumine? Simplesmente a oração. Você pode fazer tantas coisas, tantas obras, inclusive obras de misericórdia, pode fazer tantas coisas grandes para a Igreja – uma universidade católica, um colégio, um hospital... – podem até fazer a você um monumento como benfeitor da Igreja. Mas se não rezar, será um pouco obscuro, tenebroso. Quantas obras se tornam obscuras por falta de luz, por falta de oração. Aquilo que mantém, que dá vida à luz cristã, aquilo que ilumina é a oração”.

O Papa completou: mas esta oração deve ser “para valer”: “a oração de adoração ao Pai, de louvor à Trindade, a oração de agradecimento, pode ser também a oração para pedir coisas ao Senhor, mas a oração do coração”.

O cristão dá sabor à vida dos outros com o Evangelho

Este é o óleo, a pilha que dá vida à luz”, prosseguiu Francisco. Também o sal, acrescentou, não dá sabor a si mesmo”:

“O sal se torna sal quando se doa. E esta é outra atitude do cristão: doar-se, dar sabor à vida dos outros, dar sabor com a mensagem do Evangelho. Doar-se. Não preservar si mesmo. O sal não é para o cristão, é para doar. O cristão recebe para doá-lo, mas não para si mesmo. Os dois – isso é curioso –, luz e sal, são para os outros, não para si mesmo. A luz não ilumina a si mesma; o sal não dá sabor por si só”. 

Certo – observou - pode-se perguntar até quando o sal e a luz podem durar se continuarmos a doar-nos sem parar. Ali - responde Francisco - “entra a força de Deus, porque o cristão é um sal doado por Deus no Batismo”, é “uma coisa que é dada como dom e continua a ser doada se continuarmos a dá-la, iluminando e dando. E não termina nunca”.

Defender-se da tentação da ‘espiritualidade do espelho’

Isto é precisamente o que acontece na Primeira Leitura com a viúva de Sarepta que confia no Profeta Elias e por isso, sua farinha e o óleo não acabam nunca. O Papa então dirigiu um pensamento à vida presente do cristão:

“Ilumina com a sua luz, mas defenda-se da tentação de iluminar a você mesmo. Isto é uma coisa feia, é um pouco como a espiritualidade do espelho: ilumino a mim mesmo. Defenda-se da tentação de cuidar de si mesmo. Seja luz para iluminar, seja sal para dar sabor e conservar”.

O sal e a luz, afirmou ainda, “não são para si mesmos”, são para dar aos outros “boas obras”. E assim, exortou, “resplandeça a sua luz diante dos homens. Para que? Para que vejam as suas boas obras e glorifiquem o seu Pai, que está nos céus. Ou seja: retornar Àquele que lhe deu a luz e lhe deu o sal”. “Que o Senhor nos ajude nisso – retomou o Papa – a cuidar sempre da luz, a não escondê-la, mas colocá-la em prática”. E o sal... “dar o justo, o necessário, mas doá-lo”, porque assim não acaba. “Estas – concluiu – são as boas obras do cristão”. 

(BF/CM)

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Mensagem do Papa para o Congresso Eucarístico na Argentina

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco enviou uma mensagem à Igreja na Argentina, nesta terça-feira (07/06), em vista do 11º Congresso Eucarístico Nacional que se realizará em San Miguel de Tucumán de 16 a 19 deste mês, no Bicentenário da Independência. 

O Prefeito emérito da Congregação para os Bispos, Cardeal Giovanni Battista Re, Presidente emérito da Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL), é o enviado especial do pontífice. 
 
A escolha desta cidade não é casual. Foi nela que em 9 de julho de 1816 as “Provincias Unidas del Río de la Plata” declararam a sua independência da Espanha. O congresso terá como slogan “Jesus Cristo, Senhor da história, precisamos de você”, acompanhado da frase “Jesus Cristo, pão de vida e comunhão para a nossa gente”.
 
Na mensagem enviada ao Arcebispo de Santa Fe de la Vera Cruz, Dom José María Arancedo, Presidente da Conferência Episcopal Argentina, o Papa saúda os bispos, sacerdotes, consagrados e todos os fiéis leigos que participarão do Congresso Eucarístico Nacional, e se une em ação de graças a Deus pelos dons recebidos durante a preparação e desenvolvimento do evento. 

O Papa exorta todos os fiéis da amada Igreja na Argentina “a continuarem aprofundando no amor pela Eucaristia, alimento cotidiano que fortalece a fé, alimenta a fraternidade e o compromisso com os mais pobres”. 

Com estes sentimentos, o Papa Francisco encerra a mensagem, assinada pelo Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, pedindo aos participantes do congresso para que rezem por ele, e invoca sobre todos a materna proteção de Nossa Senhora, Virgem de Luján. (MJ)

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Delegação de médicos venezuelanos com o Papa

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Cidade do Vaticano (RV) - Na próxima quinta-feira (09/05), o Papa Francisco receberá uma delegação de médicos venezuelanos, que informarão o Pontífice sobre a gravidade da crise "humanitária, sanitária e clínica" vivida no país.

 

A informação é do Dr. Gotardo Ardila, expoente da Federação Médica da Venezuela, durante a Assembleia dos trabalhadores da saúde do setor público e privado, realizado em Tachira. O médico antecipou que o objetivo do encontro é informar o Papa sobre esta situação específica e não tratar de temas políticos, que não são da competência da Federação.

Falta de remédios

No mesmo sentido pronunciou-se o Presidente da Federação, Dr. Douglas León Natera. Ao ilustrar a gravidade da situação, em particular a falta de remédios básicos, reconheceu que em família - concretamente em relação a sua mãe, de 95 anos - viu-se obrigado a fazer uso de remédios veterinários.

Faltam pelo menos 40 remédios essenciais, disse o médico. Nas farmácias - observou - encontra-se somente cinco remédios de uso habitual. Em particular, faltam remédios oncológicos, antidoloríficos e de emergência para "cardiopatas" e "diabéticos". O Presidente da Federação falou de uma verdadeira "tragédia sanitária".

Crise atinge os mais vulneráveis

A dramática situação econômica e social, com inflação de mais de 700%, serviços precários e fome, atinge em particular as faixas mais vulneráveis da população venezuelana. A crise que atinge o país neste último ano tem repercussões também à nível da alimentação.

Segundo o l’Osservatore Romano, no último semestre de 2015 e em 2016, a má nutrição infantil atingiu 30% da população. Os dados são resultado de uma pesquisa realizada com 4 mil crianças, examinadas em diversas escolas do país.

A maior parte das famílias não têm dinheiro para comprar alimentos. Em meio ao desespero, o saque a mercados passa a ser solução emergencial. Neste contexto, 25% das crianças viram-se obrigadas a abandonar a escola por não ter o que comer.

Igreja Católica

A Igreja Católica - como declarou recentemente o Presidente da Conferência Episcopal, o Arcebispo de Cumaná, Dom Diego Rafael Padrón Sánchez, está sempre mais preocupada pela "gravíssima situação no país" e não se cansa de alertar para os perigos da "explosão social da violência". (JE/OR) 

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8 de junho: tríplice aniversário no Vaticano

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Cidade do Vaticano (RV) – Quarta-feira, 8 de junho, o Vaticano festeja um tríplice aniversário. Três colaboradores próximos do Papa Francisco, três cardeais, fazem anos naquele dia: Amato, Pell e Ouellet.

Três aniversariantes

Angelo Amato, italiano, nasceu em 1938 e completará 78 anos. Foi confirmado por Francisco em 2013 no seu cargo de Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, onde se encontra desde 2008.

George Pell, australiano, é de 1941 e fará 75 anos. Em abril de 2013, o Pontífice o nomeou membro do grupo dos 9 cardeais (C9) que o aconselham no governo da Igreja e no projeto de revisão da Constituição Apostólica Pastor bonus sobre a Cúria. Desde 2014 é o Prefeito da Secretaria para a Economia.

Marc Ouellet, canadense, nasceu em 1944, e completará 72 anos. Em 2010 foi nomeado Prefeito da Congregação para os Bispos e Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina. Em 2013, o Papa o confirmou no cargo de Prefeito e em 2014 também no cargo de Presidente da CAL. 

(CM)

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"Um minuto pela paz": participe desta iniciativa!

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Cidade do Vaticano (RV) – “Um minuto pela paz”: esta é a iniciativa que se realiza esta quarta-feira, 8 de junho, para recordar o segundo aniversário do histórico encontro entre o Papa Francisco, Bartomoleu e os presidentes de Israel e Palestina, realizado no Vaticano.

A proposta é que às 13h todo fiel possa interromper seus afazeres e, por um minuto, rezar cada um segundo a própria tradição. É possível aderir sozinho ou em grupo, em casa ou no ambiente de trabalho, ou com uma celebração num local de oração.

A iniciativa é do Fórum Internacional Ação Católica e da União Mundial de Organizações Femininas Católicas. Os organizadores propõem uma intenção especial pelos refugiados que sofrem diariamente as consequências da violência.

“Queremos oferecer a todos esta oportunidade, este gesto, para encorajar a oração contínua e o empenho pela paz e Misericórdia.

Papa Francisco com Bartololeu, Abu Masen e Shimon Peres

Dois anos atrás, nos Jardins Vaticanos, o Papa Francisco recordou que, para fazer a paz, é preciso coragem, muita mais do que para fazer a guerra. “É preciso coragem para dizer sim ao encontro e não à briga; sim ao diálogo e não à violência; sim às negociações e não às hostilidades; sim ao respeito dos pactos e não às provocações; sim à sinceridade e não à duplicidade. Para tudo isto, é preciso coragem, grande força de ânimo.”

E fez a seguinte oração:

Senhor Deus de Paz, escutai a nossa súplica!

Tentámos tantas vezes e durante tantos anos resolver os nossos conflitos com as nossas forças e também com as nossas armas; tantos momentos de hostilidade e escuridão; tanto sangue derramado; tantas vidas despedaçadas; tantas esperanças sepultadas... Mas os nossos esforços foram em vão. Agora, Senhor, ajudai-nos Vós! Dai-nos Vós a paz, ensinai-nos Vós a paz, guiai-nos Vós para a paz. Abri os nossos olhos e os nossos corações e dai-nos a coragem de dizer: «nunca mais a guerra»; «com a guerra, tudo fica destruído»! Infundi em nós a coragem de realizar gestos concretos para construir a paz. Senhor, Deus de Abraão e dos Profetas, Deus Amor que nos criastes e chamais a viver como irmãos, dai-nos a força para sermos cada dia artesãos da paz; dai-nos a capacidade de olhar com benevolência todos os irmãos que encontramos no nosso caminho. Tornai-nos disponíveis para ouvir o grito dos nossos cidadãos que nos pedem para transformar as nossas armas em instrumentos de paz, os nossos medos em confiança e as nossas tensões em perdão. Mantende acesa em nós a chama da esperança para efectuar, com paciente perseverança, opções de diálogo e reconciliação, para que vença finalmente a paz. E que do coração de todo o homem sejam banidas estas palavras: divisão, ódio, guerra! Senhor, desarmai a língua e as mãos, renovai os corações e as mentes, para que a palavra que nos faz encontrar seja sempre «irmão», e o estilo da nossa vida se torne: shalom, paz, salam! Amen.

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Mensagem da misericórdia será maior fruto da JMJ, diz Card. Dziwisz

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Cidade do Vaticano (RV) -  Faltam menos de dois meses para a Jornada Mundial da Juventude na Polônia, terra de São João Paulo II, que foi precisamente o idealizador das JMJ. A Rádio Vaticano conversou com o ex-Secretário particular de Karol Wojtyla,  Cardeal Arcebispo de Cracóvia Stanislaw Dziwisz, que iniciou falando sobre o novo Santo polonês, Stanislau de Jesus Maria, canonizado no último domingo na Praça São Pedro pelo Papa Francisco:

"O novo Santo Stanislaw teve que esperar muitos séculos para se tornar Santo! Mas é interessante como a sua memória permaneceu, assim como a mensagem que deixou também através da Congregação que fundou, dos Padres Marianos. Um homem de oração, da penitência. E agora volta este novo Santo com a sua mensagem, em particular, de rezar pelos mortos no Purgatório: esqueceu-se esta prática.... Ele se dedicou muito à oração pelos mortos e aqui estava a sua misericórdia".

RV: Sábado o senhor teve a audiência com o Papa Francisco. Estamos próximos - faltam menos de dois meses - da Jornada Mundial da Juventude. Existe uma grande expectativa por parte do Papa para ir à Polônia e encontrar os jovens de todo o mundo, na terra de Karol Wojtyla.....

"Tive esta alegria e este dom de ser recebido pelo Santo Padre. Queria mais uma vez reiterar o convite à Cracóvia, na Polônia e também para dar a ele as últimas notícias relativas ao desenvolvimento da preparação. Disse a ele que existia um grande entusiasmo e isto não somente na Polônia - e isto certamente é compreensível - mas em todo o mundo: haverá grupos provenientes de 194 países; e também muitos bispos, já são 930. Certamente desejam ir à Cracóvia para encontrar o Santo Padre, mas penso também que queiram ir até lá precisamente neste Ano da Misericórdia, porque Cracóvia é a capital da Divina Misericórdia. Lá Jesus Cristo deu mensagens para todo o mundo: lá deu à Irmã Faustina, mas o que ela poderia fazer sozinha? Então veio também um outro apóstolo, João Paulo II, que levou esta mensagem, este fogo sobre a devoção da Divina Misericórdia em todo o mundo; e agora também o Santo Padre Francisco,  com o mesmo tema, o da misericórdia. Penso que os jovens receberão esta mensagem que levarão depois em todo o mundo e estes serão os frutos desta Jornada, a mensagem da misericórdia. Irmã Faustina disse: "Se querem paz, vocês devem voltar-se para a Divina Misericórdia".

RV: João Paulo II é o "Santo dos jovens", é o idealizador, o fundador da Jornada Mundial da Juventude e o Papa Francisco é muito amado pelos jovens: estas duas figuras extraordinárias se reencontrarão nesta Jornada de Cracóvia....

"Certamente, existe uma continuidade: João Paulo II começou, depois seguiu Bento XVI e agora o Papa Francisco. João Paulo II viu que os jovens procuram, questionam: é necessário dar a eles uma resposta, é necessário guiá-los. Os jovens têm necessidade de um bom pastor, de bons pastores. E aqui se realiza isto".

RV: João Paulo II estará presente nesta JMJ, do céu, de uma forma realmente nova em relação às JMJ que ele mesmo quis e que nasceram de seu coração......

"Tantas pessoas se dirigem a Deus por meio de João Paulo II e vemos tantas graças e também milagres. Quando alguém pedia a ele para rezar, nunca esquecia! Seguidamente dizia: "Escrevam e coloquem na Capela". Algumas vezes se diz "Rezarei" e depois, quem sabe, se esquece... Ele nunca! Nunca! Penso que também agora se alguém por meio dele pede a Deus, ele é fiel".

RV: Cracóvia, a diocese, os fieis, os jovens: elementos que formam um grande fervilhar para este grande evento....

"Certamente! Na Polônia existe um grande interesse. Mas eu vejo que existe em todo o mundo. Penso nos italianos, de modo especial: existem tantos, tantos previstos....E depois a novidade dos franceses: estão muito "ligados"; mas também os alemães. A preparação está a bom termo. A única coisa: devemos rezar para que o tempo esteja bom". (JE/AG)

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Papa receberá delegação da Comunhão mundial de Igrejas reformadas

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Cidade do Vaticano (RV) - Na próxima sexta-feira (10/06) uma delegação da Comunhão Mundial de Igrejas visitará o Vaticano para aprofundar as relações com a Igreja católica. A delegação, conduzida pelo presidente Jerry Pillay e pelo secretário geral Chris Ferguson, será recebida em audiência pelo Papa Francisco e encontrará o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e o Pontifício Conselho da Justiça e da Paz.

A Comunhão mantém um diálogo formal de longa data com o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, do qual se concluiu a quarta fase. O tema examinado foi “Justificação e sacramentalidade: a Comunhão cristã como agente em prol da justiça”, informa um comunicado.

Além da audiência com o Pontífice, a Comunhão encontrará o Pontifício Conselho da Justiça e da Paz para identificar áreas comuns de colaboração. Efetivamente, a Comunhão esteve na linha de frente na teologia da justiça social adotando, em 2004, a Confissão de Acra (República de Gana).

A confissão profética afirma que as questões relativas à justiça econômica e ecológica não devem ser reconduzidas somente a temas sociais, políticos e morais, mas são parte integrante da fé em Jesus Cristo e envolvem a Igreja em sua totalidade.

Dirigindo-se ao Santo Padre, Ferguson evidenciará a “alegria e a urgência” deste encontro – lê-se no comunicado. “A nossa alegria nasce da consciência de que, mediante o arrependimento e o diálogo, estamos nos aproximando daquela unidade que é um dom de Cristo à Igreja a fim de que todos possam crer” – dirá o secretário geral.

A urgência surge da necessidade “de prosseguir, juntos, o caminho, apesar dos perigos e dos sofrimentos com os quais o mundo e todas as pessoas têm que deparar-se”, identificando as afinidades entre a Confissão de Acra e a Encíclica Laudato Si de Francisco sobre o cuidado da casa comum.

Após a audiência com o Papa, a delegação da Comunhão, que terá, entre outros, a participação do presidente da Aliança das Igrejas presbiterianas e reformadas da América Latina e do Caribe, Elder Gabriela Mulder, concederá uma coletiva de imprensa na Sala Marconi da Rádio Vaticano, marcada para as 13h15 locais. (RL)

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89ª Assembleia da R.O.A.C.O. de 14 a 17 de junho

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Cidade do Vaticano (RV) - De 14 a 17 de junho terá lugar no Vaticano a 89ª Assembleia da R.O.A.C.O. - Reunião das Obras de Ajuda para as Igrejas Orientais - sob a presidência do Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri. Em 15 de junho de 2015, os participantes foram recebidos na Sala Clementina pelo Papa Francisco, devendo o mesmo ocorrer este ano.

Em 2015, os representantes das obras de ajuda debateram a situação dos cristãos no Oriente Médio, na Armênia, Etiópia e Eritreia. Como aconteceu nos anos precedentes, a realidade na Síria e Iraque deverá ter uma sessão especial. Da mesma forma a Armênia, visto a visita do Papa Francisco programada para 24 a 26 de junho.

O Cardeal Leonardo Sandri, atualmente em viagem à Turquia, presidirá o encontro, que contará pela primeira vez com a participação do novo Custódio da Terra Santa, Fr. Francesco Patton.

A R.O.A.C.O. é um Comitê que reúne todas as Agências/Obras de vários países do mundo, que se empenham no apoio financeiro em vários setores - da construção para os locais de culto às bolsas de estudo; das instituições educativas e escolares às dedicadas à assistência sócio sanitária.

O organismo é presidido pelo Prefeito da Congregação e tem como Vice-Presidente o Secretário do Dicastério.

Além da C.N.E.W.A. (Catholic Near East Welfare Association/EUA) aprovada pelo Papa Pio XI em 1928 e da Pontifícia Missão para a Palestina (EUA), criada em 1949, fazem parte da R.O.A.C.O. diversas outras Agências que recolhem ajudas na Alemanha, França, Suiça, Países Baixos e Áustria. (JE/IS)

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Simpósio sobre hanseníase reunirá especialistas de 45 países em Roma

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Cidade do Vaticano (RV) – O encontro internacional “Por uma cura holística que respeite a dignidade dos hansenianos” foi apresentado na manhã desta terça-feira (07/06) na Sala de Imprensa da Santa Sé. A iniciativa prepara o Jubileu dos Enfermos, que terá seu ponto alto no domingo, na Praça São Pedro, com a celebração presidida pelo Papa Francisco. 

Organizado pelo Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde, o Simpósio terá lugar nos dias 9 e 10 deste mês, no Instituto Patrístico Augustinianum, em Roma. Na ocasião serão apresentados três projetos concretos de acesso aos cuidados e à reabilitação nos países pobres.

Desafio

O Simpósio internacional sobre o Mal de Hansen - que reunirá 230 especialistas de 45 países – pretende compartilhar experiências e formar uma rede que possa responder a um tríplice desafio: reduzir a enfermidade, assistir os doentes e famílias e reintegrá-los na sociedade.

Brasil e Índia

A hanseníase – não obstante tenha cura – continua a atingir cerca de 200 mil pessoas a cada ano, especialmente nas regiões mais pobres do mundo. Brasil e Índia ocupam o topo da lista dos países com o maior número de doentes.

Reinserção

É necessário trabalhar com a prevenção, a cura, mas também com a reinserção social das pessoas atingidas pela doença, e que acabam tornando-se vítimas de estereótipos causados pela ignorância que provoca um verdadeiro estigma social, defende o Secretário do Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde, Dom, Jean-Marie Mupendawatu:

“Ainda hoje, infelizmente, quem é curado, mas fica marcado fisicamente por este mal, é marginalizado, lhe são negados trabalho, vida social e, no caso dos mais jovens, a escolarização ou qualquer outra possibilidade formativa”.

Neste sentido, será significativo o testemunho de 20 pessoas curadas da doença, que contarão a experiência da exclusão sofrida, muitas vezes também na família. Padre Augusto Chendi, Sub-Secretário do Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde:

“Os preconceitos para a reinserção daqueles que ficam curados são muito fortes. De fato, os danos aos nervos, sem uma terapia de reabilitação, continuam a produzir incapacidade e deformidades também depois da cura”.

Redução a zero

Yōhei Sasakawa falou do empenho há mais de quarenta anos da Fundação Nippon, por ele presidida, e que contribuiu para difundir gratuitamente nos anos 90 a terapia do Mal de Hansen, favorecendo a cura de cerca de 7 milhões de doentes. O objetivo é reduzir o número a zero.

Constante, neste sentido, a obra da Fundação Raul Follerau, que por meio do médico Roch Christian Johnson, anunciou o início, ao final do simpósio, de um projeto para a diagnose precoce e a gestão do Mal de Hansen, em um distrito do Mali.

Outra iniciativa é da Soberana Ordem Militar de Malta que promoverá para a ocasião um projeto no Camboja. A abordagem é holística – explica o chefe de gabinete Ivo Graziani – ou seja, a 360º . Assim, não somente médico, mas atento à reabilitação socioeconômica do paciente.

Cuidado Pastoral

Crucial será o cuidado pastoral. A união Mal de Hansen – misericórdia estará ao centro do pronunciamento do Cardeal Robert Sarah, Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

Também está previsto um momento de diálogo inter-religioso com o judaísmo, o islamismo, o hinduísmo e o budismo. (JE/PO)

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Igreja no Brasil



Debate sobre mineração reúne 40 bispos e o Núncio Apostólico

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Cachoeira do Campo (RV) - O Regional Leste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está promovendo desde segunda-feira, (06/06), a Assembleia do Conselho Episcopal de Pastoral e o Encontro Regional dos Coordenadores Diocesanos de Pastoral, no Hotel Retiro das Rosas, em Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto (MG).

Com o tema central “Casa Comum: ênfase sobre a mineração”, os eventos, que prosseguirão até quinta-feira (09/06) contarão com a assessoria de um grupo de estudos da PUC Minas.

Ainda durante os encontros, serão apresentados o relatório do Projeto Igrejas Irmãs e a análise de conjuntura.

De acordo com o Secretário executivo do regional, Padre Roberto Marcelino, extraordinariamente a Assembleia vai acontecer fora do local de costume: “Essa mudança está sendo feita para que o Regional Leste 2 possa ser solidário com as vítimas, a arquidiocese de Mariana e as demais dioceses que compõem a Bacia do Rio Doce e foram atingidas com o rompimento da barragem. O objetivo também é chamar atenção dos órgãos públicos e das instituições sobre o assunto”, explica.

Visita a Bento Rodrigues

O último dia, 9 de junho, será marcado por uma celebração eucarística, no Santuário Nossa Senhora do Carmo, em Mariana (MG), que será presidida pelo Núncio apostólico no Brasil, Dom Giovanni D’Aniello. Após a celebração, os bispos, coordenadores de pastoral e representantes dos atingidos irão seguir para uma visita ao distrito de Bento Rodrigues, local do rompimento da barragem.

“Visitar o local significa passar a conhecer a realidade in loco para também ter a sensibilidade e sentir um pouco, mesmo que sem a presença da maioria das vítimas, os dramas que eles viveram e estão vivendo. Esta visita é uma expressão humana, solidária e profética da Igreja que quer chamar atenção das autoridades e da sociedade para essa tragédia e também para pensar em formas de prevenção e em políticas para fiscalizar essas empresas e barragens”, ressalta Padre Roberto.

Confira a programação na íntegra aqui.

(CNBB-CM)

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Pastur lança campanha "Este é o nosso sonho olímpico"

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Rio de Janeiro (RV) - A dois meses do início dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, a Pastoral do Turismo no Brasil (Pastur) lançou a Campanha "Este é o nosso sonho olímpico".

A iniciativa adotará ações já promovidas na Copa do Mundo de 2014, buscando incentivar o respeito ao próximo durante os Jogos, bem como o combate à corrupção e ao tráfico de pessoas.  

De acordo com a organização, a campanha está ocorrendo por meio de publicações semanais nas redes sociais. As peças digitais alertam para questões como a proteção e cuidado com a vida e o meio ambiente. A campanha pretende, ainda, favorecer o diálogo entre as diferentes culturas presentes no evento mundial.  

Algumas dioceses do Brasil farão material gráfico para distribuição durante Jogos Olímpicos Rio 2016. 

Reflexão

O responsável nacional pela Pastoral do Turismo, Padre Manuel Filho, explica que a campanha nas redes sociais é a presença da Igreja em um momento importante como os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

“Nossos limites nos possibilitam apenas uma ação assim. Mas faremos dela um grito, um despertar, um vírus do bem nas redes sociais. Esperamos as pessoas que tenham acesso à campanha, ao menos uma vez, reflitam um pouco e saiam da lógica do mercado e do mundo para pensar, efetivamente, Jogos saudáveis sob todos os aspectos”, comenta o sacerdote. 

Ainda como proposta, as arquidioceses de Manaus (AM) e Salvador (BA), com equipes da Pastoral do Turismo, estão pensando em outras atividades específicas durante os Jogos. A arquidiocese do Rio de Janeiro, por exemplo, assumirá a coordenação do Centro Inter-Religioso da Vila Olímpica. 

(CNBB-CM)  

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Igreja na América Latina



Greve de camponeses colombianos: bispos pedem diálogo e bom senso

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Bogotá (RV) - O arcebispo de Popayan, na Colômbia, Dom Ivan Marin Lopez, buscando atenuar as tensões ligadas à greve dos trabalhadores rurais, lançou um apelo ao diálogo e ao bom senso. 

Iniciada dias atrás, a mobilização é promovida pelo sindicato dos trabalhadores rurais do país andino e tem como objetivo rechaçar as políticas econômicas adotadas pelo governo e pedir melhorias no setor rural.

Rezar por uma solução sábia e clara

Para o arcebispo, “é urgente que as comunidades se ajudem em suas justas reivindicações e que, por sua vez, elas tenham consciência dos prazos necessários para que o governo intervenha com as ajudas prometidas”.

Dom Ivan fez votos de que as comunidades não sejam por demais prejudicadas pela greve, porque sobretudo os setores mais pobres da população necessitam de trabalho e desenvolvimento.

Por fim, o prelado convidou os colombianos a se unir em oração a fim de que as partes em causa alcancem uma solução com sabedoria, clareza e boa vontade.

Manifestar sem violência

Por sua vez, o bispo de Apartadó, Dom Hugo Alberto Torres Marin, convidou os manifestantes a expor suas reivindicações sem colocar a vida dos outros em perigo. O prelado reiterou também a disponibilidade da Igreja a acompanhar de perto o diálogo entre governo e sindicatos, a fim de que se chegue o quanto antes a uma solução da contenda. (RL)

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Igreja no Mundo



Lançados oficialmente preparativos para XII Assembleia da FLM e os 500 anos da Reforma

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Windhoek (RV) -  Os preparativos para a XII Assembleia da Federação Luterana Mundial - a ser realizada em 2017 - e para a comemoração dos 500 anos da Reforma - de 10 a 16 de maio de 2017 -  foram lançados oficialmente no último dia 2 de junho na capital da Namíbia, Windhoek.

A chama está acesa

O ponto alto da celebração foi o acendimento de uma chama pelo Bispo Emérito, Dr. Zephania Kameeta, membro do Conselho da FLM e Ministro da Namíbia para a eliminação da pobreza e da previdência social.

A Presidente do Comitê de planejamento da Assembleia, Pastora Emma Nangolo, afirmou que "o lançamento da XII Assembleia da Federação Luterana Mundial é um momento emocionante do processo de preparação que terá seu ápice em maio de 2017. A Assembleia tocará o solo da Namíbia e o coração de seu povo".

Presenças

Entre os cerca de 500 presentes na cerimônia, o Presidente da Federação Luterana Mundial, Bispo Munib A. Younan, o Vice-Presidente da República da Namíbia, Dr. Nickey Iyambo, além de líderes políticos do país, diplomatas, representantes de outras Igrejas e visitantes provenientes do exterior.

O Bispo Younan recordou que é a segunda vez que uma Assembleia da FLM terá lugar na África. A Comunhão Luterana Mundial - disse ele - está impaciente para encontrar a "cordialidade e o sorriso da Namíbia".

Liberdade e direitos humanos

Os eventos programados para 2017 serão uma oportunidade para experimentar a relevância do Evangelho no contexto da Namíbia. "O exemplo da Namíbia - disse o prelado - nos mostra que nenhum conflito, nenhuma opressão, nem o apartheid, podem matar o desejo de um povo pela liberdade e pelos direitos humanos".

Também o Bispo Shekutaamba Nambala, Presidente do Conselho da Igreja Unida - Igrejas Evangélicas Luteranas da Namíbia - recordou o apoio da Federação Luterana Mundial dado à luta pela independência, à reinserção daqueles que retornavam do exílio e à assistência humanitária durante a seca em 2013.

Namíbia, país mais luterano da África

"Por muitos anos na luta da Namíbia pela liberdade e independência, a FLM combateu conosco. Em 2017 queremos mostrar à Federação a terra pela qual combateu. Queremos apresentar a eles o país mais luterano da África".

Na ocasião foi lançado o site da XII Assembleia, www.lwfassembly.org onde estarão disponíveis as comunicações relativas à Assembleia e informações para os delegados, convidados, observadores e mídia. (JE/FLM)

 

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Presbítero lituano festeja 105 anos de vida e 80 de sacerdócio

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Roma (RV) - Esta segunda-feira (06/06), o vice-reitor emérito do Pontifício Colégio Lituano de Roma, Mons. Casimiro Dobrovolskis, celebrou seus 105 anos de vida e 80 de sacerdócio.

As celebrações tiveram início com a santa missa presidida pelo prefeito da Congregação para ao Clero, Cardeal Beniamino Stella. Encontrava-se presente, entre outros, o bispo de Vilkaviškis (Lituânia) e vice-presidente da Comissão das Conferências Episcopais da Comunidade Europeia (Comece), Dom Rimantas Norvila.

Foi lida aos presentes e ao ancião uma carta de felicitações do substituto da Secretaria de Estado, Dom Angelo Becciu, acompanhada de uma Bênção especial do Papa Francisco. O sacerdote ultra centenário nasceu em 16 de dezembro de 1911 e foi ordenado sacerdote em 11 de junho de 1936. (RL)

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Estado Islâmico queima vivas 19 jovens em Mosul

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Bagdá (RV) – Mais um trágico acontecimento soma-se à lista dos horrores perpetrados pelo autoproclamado Estado Islâmico: 19 jovens foram trancafiadas em uma gaiola de ferro e queimadas vivas em praça pública em Mosul, no Iraque, bastião do EI desde a ocupação ocorrida em junho de 2014.

As jovens da minoria yazidi haviam se recusado a serem escravas sexuais. A bárbara execução é uma estratégia de guerra ou tem outra motivação? Quem responde a pergunta é Martina Pignatti Morano, Presidente da Associação não-governamental “Uma ponte para...”, presente há mais de 25 anos em território iraquiano para ajudar a população:

“Estas 19 mulheres eram yazidis, são algumas das 3.500 mulheres e crianças que ainda são escravas do Estado Islâmico. Foram queimadas vivas e infelizmente se espera que nestes dias o autoproclamado Estado Islâmico coloque também online o vídeo para documentar este crime atroz, como já fez no passado com o piloto jordaniano. E isto porque para eles, esta é uma ação de represália contra o governo iraquiano, a comunidade internacional, o governo do Curdistão iraquiano e contra a ofensiva militar que, neste momento, está crescendo com a libertação das áreas conquistadas pelo Daesh. Portanto, na realidade, o fato destas mulheres não terem desposado os combatentes é apenas um pretexto. Faz parte de uma estratégia clara, dentro da qual o Estado Islâmico está também queimando vivas pessoas muçulmanas das áreas ocupadas, acusadas de serem espiãs. Escolheram o primeiro dia do Ramadã para fazê-lo, depois de terem sequestrado também, em toda a Planície do Nínive, as antenas satelitares das pessoas, para impedir que assistissem aos telejornais e entendessem o que está acontecendo: deixar os civis na escuridão assim, de forma a poder organizar a própria ofensiva e a própria defesa militar”.

RV: As mulheres como objetos vulneráveis, portanto, expostas a todo tipo de atrocidades...

“Sim, como Associação “Uma ponte para…” acreditamos que seja muito importante neste momento – além de promover abordagens não militares para a libertação destas áreas e a negociação entre as comunidades para conseguir reconstruir uma frente política anti-Daesh – ter uma abordagem de justiça reparadora. Assim, antes de pensar em punir os culpados, devemos pensar em reparar a violação sofrida pelas vítimas: todas estas mulheres yazidis, curdas, muçulmanas, atingidas pelo Estado Islâmico, estão recebendo na realidade pouca ajuda da comunidade internacional para uma recuperação física e psicológica. Existe realmente necessidade de apoiar, neste momento, como comunidade internacional, quer as ONGs como as instituições no apoio a estas mulheres. Isto é possível! Não devemos esperar que as áreas do Daesh sejam libertadas. Neste momento as vítimas pedem de nós proximidade e apoio”.

RV: Muito importante, neste sentido, a mobilização civil, a qual se dá pouco espaço e não recebe a justa importância em relação à resposta militar....

“Sim. Nós estamos vendo isto com um projeto que implementamos com a UNDP, com as Nações Unidas, na Planície do Nínive, de que existe muita vontade e disponibilidade das comunidades sunitas, xiitas, curdas, turcomanas, yazidis e cristãs, em trabalharem todos juntos para imaginar caminhos de convivência: são eles que tornarão possível, mais tarde, a libertação daquelas áreas, a restituição daqueles territórios aos cidadãos e aos civis. Mesmo porque, estes eram os problemas de fundo e já existentes precedentemente, eram os conflitos internos já persistentes, graças aos quais, mais tarde, o EI entrou, se aproveitando precisamente no conflito entre as comunidades locais. Enquanto não trabalharmos nestes processos políticos e sociais, não haverá libertação do Estado Islâmico, porque não existe um cenário de transformação do conflito. Nós trabalhamos sobre isto e vemos que não somente as associações, os movimentos de mulheres, mas também os líderes tribais têm muita vontade, capacidade e responsabilidade em trabalhar na construção da paz, não obstante ao mesmo tempo devam administrar uma crise humanitária, porque a ofensiva militar contra o EI – como é administrada neste momento – está provocando mais um fluxo de deslocados e não somente das áreas de Falluja, onde infelizmente as pessoas ficaram presas, mas também das áreas da Planície do Nínive, em Makmur, no sul, onde agora está crescendo a ofensiva e são novas centenas de milhares de pessoas desesperadas que não sabem quando poderão retornar ás suas casas e entre eles sempre presente algumas centenas de milhares de cristãos, que ainda se perguntam por quanto tempo poderão resistir em viver no Iraque”. (JE/RG)

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Estado Islâmico mata os que tentam escapar de Falluja

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Bagdá (RV) - O autodenominado Estado Islâmico (EI) continua a atingir civis que tentam fugir da cidade assediada de Falluja enquanto o exército iraquiano tenta retomar o controle da cidade. Os relatos do Conselho Norueguês para os Refugiados (NRC) chegaram à CNN nesta segunda-feira.

Cerca de 50 mil habitantes permanecem sitiados no centro de Falluja à medida que o exército do Iraque vai apertando o certo aos jihadistas, informa o Conselho. Muitos dos que tentam escapar ao Estado Islâmico são atingidos e mortos pelos militantes, segundo os relatos.

“Os nossos maiores receios foram agora confirmados”, disse o diretor local do Conselho Norueguês, Nasr Muflahi, à rede televisiva norte-americana.

“Isto é o pior que poderia ter acontecido a estes homens, mulheres e crianças inocentes, que tiverem de deixar tudo para trás para poderem salvar as próprias vidas”, acrescentou.

Falluja, que está a 65 Km da capital, Bagdá, é controlada pelos milicianos desde 2014 e tem sido alvo de intensos combates na tentativa das forças militares do Iraque para retomar os territórios controlados pelo EI.

Cerca de três mil famílias conseguiram escapar desde o final de maio, disse o Conselho. A maioria foi colocada em campos de deslocados. Agora existe o risco da falta de água potável no caso das restantes famílias conseguirem fugir. (SP)

 

 

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Paquistão: Estudantes cristãos e muçulmanos lutam pelas crianças

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Lahore (RV) - Promover a tolerância e a benevolência, fechar a lacuna que distancia os jovens mais pobres dos mais ricos; abater as barreiras de religião e casta entre as diferentes comunidades na sociedade; promover a mudança social: estes são os objetivos de um projeto que tem visto a participação dos estudantes universitários da Faculdade de Ciências Gerenciais da Universidade de Lahore, em colaboração com a “Cecil Chaudhry & Iris Foundation”. Conforme relatado à agência Fides, a iniciativa, denominada “Projeto Youhanabad”, em homenagem ao bairro de Lahore, onde é realizada, envolveu os estudantes universitários muçulmanos e cristãos e as crianças cristãs de Youhanabad, área povoada quase exclusivamente por famílias cristãs.

Como disse à Fides a jovem católica Michelle Chaudhry, responsável pela “Cecil Chaudhry & Iris Foundation”, “o projeto concentra-se numa ampla gama de disciplinas como a história, teatro, narração, arte e responsabilidade cívica. Os jovens voluntários criaram um vínculo especial com crianças das comunidades marginalizadas para ajudá-las a se sentir parte integrante da mais ampla comunidade social do Paquistão”.

“É uma iniciativa maravilhosa para alcançar as crianças das comunidades marginalizadas; essas crianças enfrentam muitos desafios por causa de sua fé e da intolerância religiosa na sociedade”. “O Projeto ajuda-lhes a enfrentar o impacto emotivo e psicológico”, prosseguiu Michelle Chaudhry.

Os jovens voluntários trabalharam diligentemente para difundir sensações de confiança, amor e esperança entre as crianças desfavorecidas e marginalizadas: “este é um compromisso concreto para a construção de um Paquistão supere a discriminação social e religiosa, o extremismo religioso e o abuso dos direitos que violam a dignidade humana”, concluiu Chaudhry.

A Fundação continua a se empenhar para erradicar a injustiça na sociedade, promovendo o desenvolvimento e a emancipação dos grupos desfavorecidos e marginalizados, sobretudo membros de minorias religiosas. (SP)

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Formação



Beato Cura Brochero, o padre com 'cheiro das ovelhas'

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Cidade do Vaticano (RV) – O argentino Cura Brochero como co-patrono dos padres do mundo, ao lado do francês Cura D’Ars. A ideia é do Diretor Espiritual do Colégio Pio Brasileiro, em Roma. Para o Padre Antonio Reges Brasil, que acompanhou de perto as meditações do Papa Francisco nos dias do Jubileu dos Sacerdotes, o Papa poderia propor o ‘pastor com cheiro das ovelhas’ como modelo latino-americano de sacerdócio. Vamos conhece-lo melhor, nas palavras do Padre Reges.

Quem foi

“Creio que cada vez mais nós vamos conhecer o Cura Brochero. Ele é originário da região de Córdoba, na serra argentina, e viveu entre os séculos XVIII e XIX, se não me engano. Uma pessoa extraordinária exatamente por ser aquilo que está na mente de Francisco como o projeto de vida dos padres: um pastor com cheiro das ovelhas; alguém que nunca se cansou de procurar as pessoas. A mula era o seu meio de transporte para visitar incansavelmente família por família. Ao mesmo tempo, ele organizou na paróquia um centro de formação – era uma casa de retiros – e todos os paroquianos passavam por ali para fazer o retiro inaciano”.

“Uma figura belíssima de pastor, de alguém muito próximo das pessoas, um homem de Deus, que não se deu por ‘alguém muito acima dos outros, muito isso, muito aquilo’, mas ao contrário, era alguém muito chegado, próximo e atento às necessidades de seu povo, tanto materiais, as dificuldades do dia a dia das famílias, como sobretudo as necessidades espirituais”.

Antena ligada para as pessoas

“O Cura Brochero tinha uma antena ligada, observando, atento, aquele momento em que a pessoa abre o coração para receber a presença de Deus, a graça de Deus, os sacramentos. Ele nunca se recusou, nunca alegou nenhum cansaço ou algum outro compromisso mais importante quando se tratava disso”.

“Então é uma figura que eu acho até que o Papa poderia propor para a Igreja como co-patrono dos padres. Nós temos um grande padroeiro, que é o Santo Cura D’Ars, mas é um santo europeu, que tem uma característica fundamental, que o ministério da reconciliação, pois ele se dedicava dia e noite ao sacramento da penitência, às confissões. Isto nos inspira muito e é um exemplo maravilhoso, mas acredito que colocar ao lado do Santo Cura D’Ars o Cura Brochero nos traz não só uma figura do continente latino-americano, proposta para toda a Igreja como um grande referencial, mas também nos dá esta dimensão do pastoreio, de um típico missionário; esta Igreja em saída que o Papa Francisco tanto estimula e que tanto espera que todos nós, bispos, religiosas, mas sobretudo os leigos, o povo de Deus, possa assumir como realmente constitutivo da nossa vocação batismal. Esta tensão de levar o Evangelho com alegria, com entusiasmo de quem vive, de quem abraça o Evangelho para todos, a sociedade e os indivíduos”.

Ouça o Padre Reges Brasil clicando abaixo: 

(CM)

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Rezar por vivos e mortos: obra espiritual que dá asas ao coração

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Cidade do Vaticano (RV) - Neste espaço dedicado ao Ano Jubilar, estamos aprofundando as obras espirituais de misericórdia.

Nossa convidada é a Superiora das Irmãs da Divina Providência, Ir. Márian Ambrósio. Para comentar as sete obras, Ir. Márian as agrupou, de modo pedagógico, de acordo com seu significado. Na semana passada, ela falou sobre consolar, confortar e suportar.

Nesta edição, ela apresenta a obra rogar pelos vivos e pelos mortos. E faz um convite aos ouvintes da Rádio Vaticano:

“Nesta obra, você deve sair do centro. Não devemos pedir por nós, mas para outras pessoas. Sai do centro e coloca Deus, chamando outra pessoa para dialogar com Ele. Assim, o coração cria asas.”

Ouça aqui:

 

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Atualidades



Mundo tem 1.746 "guerras invisíveis" por recursos naturais

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Roma (RV) - Os conflitos ecológicos são "a parte submersa" da "guerra mundial em partes" citada tantas vezes pelo Papa Francisco. 

Segundo a rede de estudiosos internacionais "Atlante Global pela justiça ambiental", existem atualmente 1.746 "guerras invisíveis" pelos recursos naturais, contra 920, há dois anos. A rede, formada por 23 universidades, afirma que os dados são aproximativos pois não é possível obter informações confiáveis de todos os lugares do planeta. Existem, de fato, verdadeiros "buracos negros" de informação em países como China, Sudeste asiático, Brasil e México, nos quais os cientistas continuam a trabalhar para completar o mapa.Com todos os dados, o número de conflito poderia chegar a 3 mil.

Conflitos

Urânio, bauxita, carvão. As disputas por minérios e a batalha pelo petróleo envolvem colossos da mineração mundial, governos, populações. A violência gerada acumula vítimas diretas - como os 250 ativistas ambientais assassinados nos últimos dois anos, três quartos deles na América Latina: e indiretas, como as populações residentes nas áreas onde se concentram os recursos tão ambicionados que, diante dos interesses milionários em jogo, frequentemente com a cumplicidade dos governos locais e nacionais, são obrigadas a resistir heroicamente para defender seus direitos à terra, água e ar limpo.

A "febre" pelos recursos

"Assistimos a uma escalada preocupante dos conflitos socioambientais nas assim chamadas 'fronteiras do extrativismo', isto é, território onde se concentram os recursos que, porém, antes não sofriam uma exploração assim intensiva", explica ao Jornal Avvenire Daniela Del Bene, uma das coordenadoras do projeto.

"A razão - continua a pesquisadora - é a obsessão pelo aumento da produção e o consumo". Em nome do lucro, se sacrifica o exame apurado do impacto socioambiental de um determinado projeto. Se produz, assim, "uma distorção conceitual da economia", como sublinhou o Papa na Encíclica Laudato Si. O resultado é o multiplicar-se das crises que são, ao mesmo tempo, ambientais e sociais. "As diretrizes para uma solução requerem uma abordagem integral para combater a pobreza - afirma Francisco - para restituir a dignidade aos excluídos e ao mesmo tempo para cuidar da natureza".

Mapa da crise

O assim chamado "Sul do mundo" é o que mais sofre com a "caça aos recursos", sendo responsável por 63% dos conflitos, sobretudo no momento da extração e nas áreas rurais. Nos países mais pobres, com uma economia pouco industrializada, a chave são as monoculturas para exportação. Nos emergentes - como Brasil, Índia e África do Sul - as reservas são o motor da industrialização. "Nestes casos, áreas inteiras - as assim chamadas periferias internas - são empregadas como reservatório para o centro, em nome do interesse nacional. É o que acontece agora, por exemplo, na Amazônia brasileira, ou no arco do Himalaia, explorado pelas indústrias hidrelétricas da Índia, Nepal, Butão e China", afirma Del Bene.

As "guerras ambientais", no entanto, estão presentes também no "Norte do mundo", sendo o principal detonador o "fracking" (processo de injecção de líquido a alta pressão em rochas subterrâneas, poços, etc., de modo a forçar fissuras abertas existentes e extrair petróleo ou de gás, o que provoca tensões no Canadá, Estados Unidos, Espanha, Grã Bretanha e Polônia. Por esta razão, os Estados Unidos ocupam o quarto lugar na classificação da Atlante, com pelo menos 69 conflitos.

Áreas "quentes"

A lista é encabeçada pela Índia - com 223 "guerras ambientais" em andamento - seguida pela Colômbia, com 117 e pela Nigéria, com 73. Treze das quinze nações mais problemáticas encontram-se no "Sul do mundo". Uma das explicações é a dificuldade de se encontrar soluções legais para os conflitos, visto a pobreza e o problema da corrupção. Ademais, "as multinacionais gozam de quase total impunidade", denuncia Del Bene.

Apesar do panorama negativo, por vezes "Davi consegue derrubar os Golias" contemporâneos, como ocorreu com os dez indígenas do vilarejo guatemalteco de Lote Ocho, que conseguiram levar à Toronto a causa contra o colosso canadense Hund Bay, acusado de negligência por não ter controlado os próprios guardas, responsáveis pelo estupro de mulheres indígenas como forma de obrigá-las a abandonar as terras, em 2007.

Mesmo sem uma sentença definitiva, a existência do processo, por si só, representa uma vitória inesperada para os dez corajosos de Lote Ocho.

(JE)

 

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Refugiados disputarão as Olímpiadas Rio 2016

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Cidade do Vaticano (RV) – Logo na abertura das Olimpíadas do Rio, dez atletas refugiados vão atuar como sinal de esperança para os refugiados no mundo inteiro – e chamar a atenção global para a magnitude da crise de refugiados.

Eles vão competir no Time Olímpico de Refugiados (ROT) – o primeiro da história dos Jogos Olímpicos – e vão marchar com a bandeira Olímpica antes da delegação brasileira na Cerimônia de Abertura, no Maracanã.

Como todos os times nas Olimpíadas, o ROT terá sua própria equipe para garantir todas as necessidades técnicas dos atletas.

O maratonista olímpico e recordista mundial Tegla Loroupe, do Quênia, será o coordenador do time. Isabela Mazão, do Acnur, será a coordenadora adjunta da equipe que será formada por cinco técnicos e cinco auxiliares, além dos dez atletas:

Rami Anis, sírio. Esporte: Natação. País anfitrião: Bélgica.

Yiech Pur Biel, sul-sudanês. Esporte: Atletismo. País anfitrião: Quênia.

James Nyang Chiengjiek, sul-sudanês. Esporte: Atletismo. País anfitrião: Quênia.

Yonas Kinde, etíope. Esporte: Atletismo, maratona. País anfitrião: Luxemburgo.

Anjelina Nada Lohalith, sul-sudanesa. Esporte: Atletismo. País anfitrião: Quênia.

Rose Nathike Lokonyen, sul-sudanesa. Esporte: Atletismo. País anfitrião: Quênia.

Paulo Amotun Lokoro, sul-sudanês. Esporte: Atletismo. País anfitrião: Quênia.

Popole Misenga, congolês. Esporte: Judô. País anfitrião: Brasil.

Yolande Bukasa Mabika, congolesa. Esporte: Judô. País anfitrião: Brasil.

Yusra Mardini, síria. Esporte: Natação. País anfitrião: Alemanha.

Leia a biografia dos atletas (em inglês)

“Estes refugiados não têm casa, não têm time, não têm bandeira, não têm hino nacional. Ofereceremos a eles uma casa na Vila Olímpica junto com os atletas do mundo inteiro. O hino Olímpico será executado em honra deles e a bandeira Olímpica os guiará ao Estádio Olímpico. Isso será um símbolo de esperança para todos os refugiados, e vai conscientizar o mundo sobre a magnitude desta crise. É também sinal para a Comunidade internacional que os refugiados são nossos irmãos e são uma riqueza para a sociedade. Estes atletas refugiados mostrarão ao mundo que, apesar das inimagináveis tragédias que enfrentaram, podem contribuir para a sociedade com seus talentos, habilidades e fortalecer o espírito humano”, declarou Thomas Bach, Presidente do Comitê Olímpico Internacional.

(rb)

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