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Sumario del 13/06/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Papa ao PMA: “Desnaturalizar” miséria e “Desburocratizar” fome

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco deixou o Vaticano na manhã de segunda-feira, (13/06), para uma visita de quase duas horas à sede do Programa Mundial Alimentar (PMA), onde foi recebido pela Diretora Executiva Ertharin Cousin, com quem manteve um colóquio em privado. 

Presente também, Dom Fernando Chica Arellano, Observador Permanente da Santa Sede junto ao organismo da ONU e Stephanie Hochstetter Skinner-Klée, Presidente do Conselho Administrativo do PMA.

Após ter assinado o livro de ouro, o Papa Francisco  se dirigiu aos presentes na Sessão Anual do Conselho Executivo do Programa Mundial Alimentar.

No seu denso discurso o Santo Padre inicialmente agradeceu o convite para inaugurar a Sessão Anual 2016 e saudou todos os presentes agradecendo tantos esforços e compromissos com uma causa que não pode deixar de nos interpelar: a luta contra a fome que sofrem muitos dos nossos irmãos.

Francisco recordou seu momento de oração diante do “Muro da Memória”, testemunha do sacrifício de membros deste Organismo, que deram a sua vida para que, mesmo no meio de complexas vicissitudes, não faltasse o pão aos famintos.

“Memória que devemos manter para continuar a lutar, com o mesmo vigor, pela meta tão ansiada da ‘fome zero’”, disse.  A credibilidade duma instituição não se baseia nas suas declarações, mas nas ações realizadas pelos seus membros, acrescentou.

Falando que graças às tecnologias da comunicação, aproximamo-nos de muitas situações dolorosas, o Papa Francisco fez uma constatação: “o excesso de informação de que dispomos gera gradualmente a habituação à miséria.

Ou seja, pouco a pouco tornamo-nos imunes às tragédias dos outros, considerando-as como qualquer coisa de “natural”; em nós gera-se a “naturalização” da miséria”.

“São tantas as imagens que nos invadem onde vemos o sofrimento, mas não o tocamos; ouvimos o pranto, mas não o consolamos; vemos a sede, mas não a saciamos. Assim, muitas vidas entram a fazer parte duma notícia que, em pouco tempo, acabará substituída por outra. E, enquanto mudam as notícias, o sofrimento, a fome e a sede não mudam, permanecem. Esta tendência – ou tentação – exige de nós um passo mais e, por sua vez, revela o papel fundamental que instituições como a vossa têm no cenário global".

É necessário – continuou o Papa – “desnaturalizar” a miséria, deixando de considerá-la como um dado entre muitos outros da realidade. Por quê? Porque a miséria tem um rosto. Tem o rosto de uma criança, tem o rosto de uma família, tem o rosto de jovens e idosos.

Tem o rosto da falta de oportunidades e de emprego de muitas pessoas, tem o rosto das migrações forçadas, das casas abandonadas ou destruídas. Não podemos “naturalizar” a fome de tantas pessoas; não nos é lícito afirmar que a sua situação é fruto de um destino cego contra o qual nada podemos fazer.

“Quando a miséria deixa de ter um rosto, podemos cair na tentação de começar a falar e discutir sobre “a fome”, “a alimentação”, “a violência”, deixando de lado o sujeito concreto, real, que continua ainda hoje a bater às nossas portas. Quando faltam os rostos e as histórias, as vidas começam a transformar-se em números e assim, pouco a pouco, corremos o risco de burocratizar o sofrimento alheio".

É necessário trabalhar por “desnaturalizar” e desburocratizar a miséria e a fome dos nossos irmãos afirmou Francisco.

Isto exige de nós, em diversa escala e a diferentes níveis, uma intervenção em que apareça como objetivo dos nossos esforços a pessoa concreta que sofre e tem fome, mas que encerra também uma imensa riqueza de energias e potencialidades que devemos ajudar a concretizar.

Francisco centralizou então sua atenção nestas duas temáticas: “Desnaturalizar” a miséria e “Desburocratizar” a fome

Recordando a sua visita à FAO em 20 de novembro de 2014 quando afirmou que uma das graves incoerências é o fato de haver comida suficiente para todos mas “nem todos podem comer, enquanto o desperdício, o descarte, o consumo excessivo e o uso de alimentos para outros fins estão diante dos nossos olhos”.

“Fique claro que a falta de comida não é uma coisa natural, não é um dado óbvio nem evidente. O fato de hoje, em pleno século XXI, muitas pessoas sofrerem deste flagelo deve-se a uma egoísta e má distribuição dos recursos, a uma 'mercantilização' dos alimentos”.

Fizemos dos frutos da terra – dom para a humanidade – mercadoria de alguns, gerando assim exclusão.

O consumismo – que permeia as nossas sociedades – induziu a habituar-nos ao supérfluo e ao desperdício diário de comida, a que por vezes já não somos capazes de dar o justo valor e que se situa para além de meros parâmetros econômicos.

Far-nos-á bem recordar que o alimento desperdiçado é como se fosse roubado à mesa do pobre, de quem tem fome.

Em seguida falando do segundo tema Desburocratizar a fome afirmo que “há questões burocratizadas; há ações que estão “engarrafadas”.

A instabilidade mundial que vivemos é bem conhecida por todos. Nos tempos recentes, são as guerras e as ameaças de conflito o que predomina nos nossos interesses e debates.

Esta preferência já está de tal modo enraizada e assumida, que impede a distribuição de alimentos nas zonas de guerra, chegando mesmo à violação dos princípios e diretrizes mais basilares do direito internacional, cuja vigência remonta a muitos séculos atrás.

“Encontramo-nos assim perante um fenômeno estranho e paradoxal: enquanto as ajudas e os planos de desenvolvimento se veem obstaculizados por intrincadas e incompreensíveis decisões políticas, por tendenciosas visões ideológicas ou por insuperáveis barreiras alfandegárias, as armas não; não importa a sua origem, circulam com uma liberdade soberba e quase absoluta em muitas partes do mundo. E assim nutrem-se as guerras, não as pessoas. Em alguns casos, usa-se a própria fome como arma de guerra”.

Temos plena consciência disto, - continuou Francisco - mas deixamos que a nossa consciência se anestesie tornando-se desta forma insensível.

Assim, a força transforma-se no nosso único modo de agir; e o poder, no objetivo peremptório a alcançar. As populações mais frágeis não só padecem os conflitos bélicos, mas ainda veem travado todo o tipo de ajuda.

Por isso,  - afirmou - urge desburocratizar tudo quanto impeça que os planos de ajuda humanitária alcancem os seus objetivos.

Falando do PMA, Francisco disse que esse organismo é um válido exemplo de como se pode trabalhar em todo o mundo para erradicar a fome com uma melhor atribuição dos recursos humanos e materiais, fortalecendo a comunidade local.

Neste sentido, o Papa os encorajou a prosseguir neste caminho: “não vos deixeis vencer pelo cansaço, nem permitais que as dificuldades vos façam desistir. Acreditai naquilo que fazeis e continuai a fazê-lo com entusiasmo, que é o modo como pode germinar com força a semente da generosidade”.

Fiel à sua missão, a Igreja Católica quer trabalhar em concertação com todas as iniciativas que visam a salvaguarda da dignidade das pessoas, especialmente de quantas estão feridas nos seus direitos.

Para se tornar realidade esta prioridade urgente da "fome zero", asseguro-vos todo o nosso apoio para favorecer todos os esforços empreendidos.

“Tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber”. Nestas palavras – concluiu o Papa -, temos uma das máximas do cristianismo; mas esta frase, independentemente de credos e convicções, poderia ser oferecida como regra de ouro para os nossos povos.

Um povo joga o seu futuro na capacidade que tem de assumir a fome e a sede dos seus irmãos. Nesta capacidade de socorrer o faminto e o sedento, podemos medir o pulso da nossa humanidade.

(SP)

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Papa aos funcionários do PMA: vocês são a base da luta contra a fome

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco visitou na manhã desta segunda-feira, (13/06), a sede do Programa Mundial Alimentar (PMA), em Roma.

Após dirigir-se à Conferência, o Pontífice deixou de lado o discurso preparado em espanhol, e falou espontaneamente em italiano aos funcionários da agência humanitária da ONU. 

Trabalho escondido

“Obrigado! Obrigado, porque vocês fazem um trabalho escondido, um trabalho nos bastidores, que não se vê, mas que torna possível que tudo vá adiante. Vocês são, como por exemplo, as bases de um prédio: sem as bases o edifício não fica de pé. Muitos projetos, muitas coisas podem ser feitas e se fazem no mundo da luta contra a fome, são feitas por muitas pessoas corajosas. Mas isso graças ao seu apoio, à sua ajuda escondida. Os seus nomes aparecem somente na lista dos funcionários e no final do mês nos contracheques, mas lá fora ninguém sabe como vocês se chamam. Porém, os seus nomes tornam possível esse grande trabalho, esse grande trabalho de luta contra a fome. Graças ao trabalho, a um pequeno ou grande sacrifício que vocês fazem muitas crianças podem comer. Muita fome é resolvida.” 

Trabalho corajoso

Francisco disse que quando ouviu falar a diretora do Programa pensou: “Esta é uma mulher corajosa! Acredito que esta coragem todos vocês têm. A coragem de levar adiante um trabalho escondido e sustentar a coragem das pessoas que se veem, porque num corpo existem os pés, as mãos, e também o rosto. Vemos o rosto, mas os pés não, pois estão escondidos dentro dos sapatos. Vocês são os pés, as mãos que sustentam a coragem daqueles que vão adiante. Que sustentaram a coragem de seus mártires, digamos assim, de suas testemunhas. Nunca se esqueçam os nomes daqueles que estão escritos ali na entrada. Eles puderam fazer isso por causa da coragem que tinham, pela fé que tinham em seu trabalho, mas também porque eram auxiliados pelo trabalho de vocês”. 

O Papa pediu aos funcionários do PMA para que rezassem por ele a fim de que ele também possa fazer algo contra a fome. 

Segue, abaixo, o discurso preparado e entregue pelo Papa Francisco.

Estou contente de me encontrar com vocês num clima simples e familiar, reflexo do estilo que anima a sua entrega ao serviço de muitos irmãos nossos, que hoje encontram em vocês um dos rostos solidários da humanidade. Quero também lembrar os seus colegas que, espalhados pelo mundo, colaboram com o Programa Mundial Alimentar. A todos vocês, obrigado pela calorosa amizade e boas-vindas.

A Senhora Diretora Executiva explicou-me a importância do trabalho que realizais com grande competência e não poucos sacrifícios, de forma generosa, mesmo em situações duras e muitas vezes inseguras por causas naturais ou humanas. A amplitude e gravidade dos problemas enfrentados pelo PMA exigem que vocês prossigam colocando entusiasmo em tudo o que fazem, sempre prontos a servir. Para isso, conta muito a formação permanente, uma intuição perspicaz e sobretudo um grande sentido de compaixão, sem o qual tudo o mais careceria de força e razão de ser.

O PMA depositou em suas mãos uma grande missão. O bom êxito da mesma depende em grande parte de não se deixar vencer pela inércia, mas pôr em tudo capacidade de iniciativa, imaginação e profissionalismo, a fim de procurar cada dia vias novas e eficazes para vencer a desnutrição e a fome que sofrem muitos seres humanos em várias partes do mundo. São eles que nos pedem para lhes prestarmos a nossa atenção. Por isso, é importante que vocês não se deixem sufocar pelos dossiês e consigam descobrir que, por trás de cada folha de papel, existe uma história particular, muitas vezes dolorosa e delicada. O segredo é ver, por trás de cada expediente, um rosto humano que pede ajuda. Ouvir o grito do pobre lhes permitirá a não se fechar em formulários frios. Tudo é pouco para derrotar um fenômeno assim terrível como a fome.

Esta é uma das maiores ameaças à paz e a uma convivência humana serena. Uma ameaça que não podemos nos contentar apenas em denunciá-la ou estudá-la; é preciso enfrentá-la com decisão e resolvê-la urgentemente. Cada um de nós, segundo a respectiva responsabilidade, deve agir na medida das próprias possibilidades a fim de se alcançar uma solução definitiva a esta miséria humana que degrada e corrói a existência de um número enorme de nossos irmãos e irmãs. E, na hora de ajudar aqueles que cruelmente a padecem, ninguém é demais nem pode limitar-se a apresentar uma desculpa, pensando que é um problema que o ultrapassa ou não lhe diz respeito.

O desenvolvimento humano, social, técnico e econômico é o caminho obrigatório para garantir que cada pessoa, família, comunidade ou povo possa enfrentar as próprias necessidades. Isto nos diz que devemos trabalhar, não por uma ideia abstrata nem por uma defesa teórica da dignidade, mas por tutelar a vida concreta de cada ser humano. Nas áreas mais pobres e deprimidas, isso significa dispor de comida em caso de emergências, mas também possibilitar o acesso a meios e instrumentos técnicos, a postos de trabalho, ao microcrédito, fazendo com que a população local reforce a sua capacidade de resposta às crises que possam improvisadamente surgir.

Quando digo isto, não me refiro apenas às questões materiais. Trata-se, primeiramente, de um compromisso moral que permita olhar com responsabilidade para a pessoa que está ao meu lado, bem como para o objetivo geral de todo o Programa. Vocês são chamados a sustentar e defender este compromisso através de um serviço que poderia, mas só à primeira vista, parecer puramente técnico. Ao contrário, o que realizam são ações que precisam de uma grande força moral a fim de contribuir para a edificação do bem comum em cada país e em toda a comunidade internacional.

Diante de tantos desafios, perante os perigos e problemas que surgem continuamente, se tem a impressão de que o futuro da humanidade consistirá apenas em dar resposta a provas e riscos cada vez mais interligados e difíceis de prever tanto na sua amplitude quanto na sua complexidade. Vocês sabem disso por experiência própria. Mas isto não nos deve desanimar. Animem-se e se ajudem mutuamente para que não deixem entrar em seus corações a tentação do desânimo ou da indiferença. Pelo contrário, acreditem firmemente que a ação diária de todos vós está a contribuir para transformar o nosso mundo num mundo com rosto humano, num espaço cujos pontos cardeais sejam a compaixão, a solidariedade, a ajuda mútua e a gratuidade. Quanto maior for a vossa generosidade, a vossa tenacidade, a vossa fé, tanto mais a cooperação multilateral poderá encontrar soluções adequadas para os problemas que muito nos preocupam, ampliar perspectivas parciais e interessadas e abrir novos caminhos à esperança, a um équo desenvolvimento humano, à sustentabilidade e à luta por conter as desigualdades econômicas injustas que tanto ferem os mais vulneráveis.

Sobre cada um de vocês, suas famílias e o trabalho que desempenham no PMA, invoco abundantes bênçãos divinas.

Peço-lhes para que rezem por mim, cada um no seu íntimo, ou pelo menos, quando pensarem em mim, que o façam de modo positivo. Preciso muito disso. Obrigado!

(MJ)

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Visita do Papa ao PMA: fome deve pertencer ao passado, diz Mons. Chica

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Cidade do Vaticano (RV) - “O alimento encontra diante de si os muros, enquanto as armas circulam tranquilamente.” Foi o trágico paradoxo evidenciado pelo Papa Francisco em seu discurso na visita esta segunda-feira (13/06), em Roma, à sede do Programa Mundial Alimentar, que o observador da Santa Sé junto à agência humanitária das Nações Unidas, Mons. Fernando Chica Arellano, definiu um dos “pontos mais luminosos” do pronunciamento do Pontífice. Eis o que disse Mons. Chica, entrevistado pela Rádio Vaticano: 

Mons. Fernando Chica Arellano:- “Faço um convite a ser lido todo o discurso do Santo Padre, porque a meu ver trata-se de um texto verdadeiramente programático que ajuda todos. O Papa disse que não podemos considerar a fome um problema a mais, não podemos habituar-nos com o fato de existir famintos no mundo. Ou seja, os famintos devem realmente mexer com a nossa consciência e será a única maneira de realmente se fazer alguma coisa, não confiar somente nas palavras, mas começar a agir. Os gestos: palavras e gestos, as duas coisas. Se pensarmos: “A fome existe desde que o mundo é mundo”, então é como se a consciência do homem fosse anestesiada. Ao invés, devemos considerar a fome um grande problema premente, a ser combatido a ponto de se dizer “basta”. A fome deve pertencer aos museus, isto é, ao passado.”

RV: O Santo Padre referiu-se também às armas: a certa altura de seu discurso, disse: “As armas circulam tranquilamente, ao invés, tem-se dificuldade de levar o alimento aonde serve”. Esse é um problema da humanidade...

Mons. Fernando Chica Arellano:- “Creio que esse foi um dos pontos mais luminosos do discurso, é o que me parece. Foi um dos pontos – e ouvi isso também de meus colegas – que mais tocou a comunidade internacional, porque me parece que o Papa colocou o dedo na ferida. Em espanhol, disse: “Liberdad jactanciosa”: as armas circulam e, ao invés, os alimentos emperram estagnados diante dos muros, diante das dificuldades porque às vezes existem tantas leis que impedem de lá, impedem de cá... Enquanto há toda uma burocracia em movimento, nossos irmãos encontram-se famintos, clamantes... Por isso o Papa convidou, sobretudo, a se pensar a fome não como uma ideia abstrata, como uma teoria, mas a dar um rosto ao faminto. O combate à fome começa quando cada um de nós realmente tem consciência do fato de que o faminto não é um número, não é uma estatística. Este é o apelo do Santo Padre: a uma colaboração internacional em prol de uma colaboração ampla, com palavras, mas, sobretudo, com obras, com iniciativas, com medidas concertas e eficazes.” (RL)

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A dor do Papa pelo massacre em Orlando

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Cidade do Vaticano (RV) - O terrível massacre em Orlando, com um número muito elevado de vítimas inocentes, suscitou no Papa Francisco e em todos nós "os mais profundos sentimentos de execração e condenação, dor e angústia diante desta nova manifestação de loucura homicida e de ódio insensato", lê-se em uma nota da Sala de Imprensa da Santa Sé. 

"O Papa Francisco se une na oração e na compaixão ao sofrimento indizível das famílias das vítimas e dos feridos, e recomenda-os ao Senhor para que possam encontrar conforto", prossegue o documento.

"Todos esperamos que se possam identificar e contrastar de modo eficaz, o quanto antes, as causas desta violência horrível e absurda que perturba tão profundamente o desejo de paz do povo estadunidense e de toda a humanidade", conclui-se o texto assinado pelo Diretor da Sala de Imprensa, Padre Federico Lombardi.

(SP)

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Papa Francisco proclamará 5 novos santos

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Cidade do Vaticano (RV) - Na próxima segunda-feira, 20 de junho, às 10h da manhã, hora italiana, o Papa Francisco presidirá na Sala do Consistório do Palácio Apostólico, no Vaticano, a celebração da Hora Média e o Consistório Ordinário Público para anunciar a Canonização dos Beatos:

 

- Salomone Leclercq (Guglielmo Nicola Ludovico), dos Irmãos das Escolas Cristãs, mártir;

- Manuel González García, Bispo de Palencia, fundador da União Eucarística Reparadora e da Congregação das Irmãs Missionárias Eucarísticas de Nazaré;

- Ludovico Pavoni, sacerdote, fundador da Congregação dos Filhos de Maria Imaculada;

- Alfonso Maria Fusco, sacerdote, fundador da Congregação das Irmãs de São João Batista;

- Elisabete da Santíssima Trindade (Elisabetta Catez), monja professa da Ordem dos Carmelitas Descalços.

(SP)

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Dom Tomasi: 50 anos do dicastério Justiça e Paz é celebrar um serviço

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Roma (RV) - Realizou-se nos dias 9 e 10 deste mês, em Roma, o encontro dos representantes regionais das Comissões Justiça e Paz dos cinco continentes, em vista do 50º aniversário de fundação, em 2017, do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz. 

A reunião foi uma ocasião para fazer um balanço sobre os novos desafios que a Igreja deve enfrentar, como explicou o membro do dicastério ‘Justiça e Paz’, Dom Silvano Maria Tomasi, nos microfones da nossa emissora.

Dom Tomasi: “Estamos preparando no Pontifício Conselho da Justiça e da Paz o 50º aniversário de fundação dessa estrutura da Cúria Romana, um dos frutos importantes do Concílio Vaticano II. Para estudar como destacar e celebrar este aniversário, o Conselho convocou os representantes regionais das Comissões Justiça e Paz de várias partes do mundo.” 

Quais desafios emergiram entre as mais atuais sobre as temáticas da justiça e da paz à luz do Magistério de Bento XVI e agora do Papa Francisco?

Dom Tomasi: “É claro que a Doutrina Social da Igreja continua evoluindo para dar respostas adequadas aos princípios fundamentais que vem do Evangelho, às novas situações políticas, ao avanço da tecnologia e ao desenvolvimento de várias situações que se apresentam. Na troca de visões, se viu como as Igrejas locais sintam as prioridades do momento. O impacto das Cartas, das Encíclicas, Caritas in Veritate, por exemplo, e Laudato si’, deram um impulso à Doutrina Social da Igreja que levou a uma reflexão sobre a economia atual e o ambiente. Portanto, estes dois temas, a crise da economia e a função da economia a serviço da pessoa e não do lucro, e a atenção à Criação como dom de Deus que deve ser administrado de maneira correta, estão entre os temas que neste momento muitas igrejas locais estão trabalhando. Porém, existem também outras preocupações. Por exemplo, os representantes das Comissões Justiça e Paz da Europa se focalizaram muito sobre a imigração maciça que está criando reações diferentes de medo ou de esperança da parte de uma minoria. Isso e as desigualdades persistentes, que continuam sendo evidentes especialmente para os jovens que não encontram trabalho, estão entre os temas que  foram debatidos e avaliados. Agora, se tornarão uma pequena base sobre a qual fazer avançar a reflexão doutrinal, mas sobretudo sugerir soluções operacionais.”

O 50º aniversário de fundação do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz que será celebrado no próximo ano é uma ocasião também para rever a missão deste organismo, atualizá-la também à luz da reforma da Cúria em andamento. Sobre isso, quais pontos emergiram desse encontro?

Dom Tomasi: “A celebração de um aniversário, neste caso, não é tanto a celebração de uma estrutura, mas de um serviço, de um ministério na Igreja, da intuição que teve o Concílio Vaticano II. Da importância de dialogar com o mundo contemporâneo existe esta sintonia e esta convergência de atenção para com a realidade que as pessoas vivem cotidianamente. Disso temos um grande testemunho no ministério petrino do Papa Francisco que quer eliminar fronteiras, quer que exista uma inclusão na abordagem da vida social, ou seja, que todos possam participar ao bem comum. Enquanto isso, se deve pensar que vários Conselhos serão unificados e que hoje existe uma ênfase em particular nas relações existentes entre as várias situações. Por exemplo, não se pode falar de refugiados sem falar de paz. Não se pode falar de imigração sem falar de desenvolvimento. Não se pode falar de saúde sem falar do direito da pessoa de ter o necessário para sustentar sua família. Neste contexto de interdependência entre as várias situações, a resposta que se quer dar através da reforma da Cúria é a de colocar um acento não tanto num setor ou noutro da atividade humana, das dificuldades e crises contemporâneas, mas de responder de maneira integral, inclusiva, e fazer convergir os talentos, as experiências de todos para ser mais eficazes no serviço à família humana hoje.” (MJ)

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Cardeal Leonardo Sandri concluiu visita à Turquia

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Istambul (RV) - O Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, concluiu na tarde deste domingo (12/06), sua visita à Turquia iniciada na sexta-feira

Como programado, após sua chegada à Istambul, Dom Leonardo Sandri dirigiu-se à Ilha de Buyukada, onde está a sede da Nuncitura Apostólica, também para visitar a Casa de Acolhida e Espiritualidade confiada às Irmãs Franciscanas Missionárias do Sagrado Coração, que recebe cristãos de toda a Turquia para retiros e semanas de formação. O Cardeal celebrou uma missa na Capela, junto com as religiosas.

No mesmo dia, o Cardeal também visitou a Igreja de Santo Antônio, construída pelos Frades Menores Conventuais, com uma breve visita à comunidade dos religiososo.

Oração no Fanar

Na manhã do sábado, acompanhado pelo Encarregado dos Assuntos da Nunciatura Apostólica, Dom Angelo Accattino, o Cardeal Sandri participou da Divina Liturgia no Phanar, presidida pelo Patriarca Bartolomeu I, por ocasião da festa de seu onomástico. Também estava presentes na celebração Representantes de outras Igrejas Ortodoxas, em particular a de Moscou - com o Metropolita Novgorod, que leu uma mensagem do Patriarca Kyrill - e da Bulgária.

O Cardeal Sandri levou o abraço de paz do Papa Francisco ao Patriarca Bartolomeu, a quem assegurou suas orações, assim como para toda a Igreja de Constantinopla e ao próximo Sínodo Pan-Ortodoxo, que deverá ter início dentro de poucos dias em Creta. Ao Patriarca Ecumênico foi entregue a Medalha de Prata do Jubileu da Misericórdia.

Ordenação Episcopal

Na parte da tarde, na Catedral do Vicariato de Istambul, dedicada ao Espírito Santo, teve lugar a Consagração Episcopal de Dom Rubén Tierrablanca Gonzalez, ofm, Bispo titular de Tubernuca, Vigário Apostólico de Istambul e Administrador Apostólico do Exarcado para os fieis bizantinos.

A celebração foi presidida pelo Cardeal Sandri, assistido como co-consagrantes por Dom Lorenzo Piretto, op, Arcebispo Metropolita de Esmirna e por Dom Paolo Bizzeti, sj, Vigário Apostólico de Anatólia.

Concelebraram Dom Levon Boghos Zekyan, Arcebispo de Istambul dos Armênios e Presidente da Conferência Episcopal Turca; Dom José Rodríguez Carballo, ofm, Arcebispo Secretário da Congregação para os Istitutos de Vida Consagrada; Dom Luis Pelatre, Vigário Apostólico Emérito, junto aos  Vigários Patriarcais da Igreja Sírio-Católica e Caldeia e Dom Angelo Accattino da Nunciatura Apostólica e numerosos sacerdotes e religiosos. Participaram também o locum tenens do Patriarcado Armênio Apostólico de Costantinopla, um Metropolita Representante de Sua Santidade Bartolomeu e um Metropolita Representante do Patriarca Sírio-Ortodoxo, Representantes das Igrejas Luterana e Anglicana, alguns expoentes das Comunidades Judaicas e Islâmicas, além do Embaixador do México em Ancara e diversos Membros do Corpo Consular em Istanbul, e delegações de diversos países.

Casa de idosos

Na manhã de domingo, enquanto o novo Bispo presidica o Primeiro Pontifical na Catedral, o Cardeal dirigiu-se ao Instituto para idosos Ma Maison, administrado pelas Pequenas Irmãs dos Pobres e celebrou com a comunidade das religiosas, diversos fieis e um grupo de crianças e jovens iraquianos acolhidos como refugiados em Istambul, e assistidos pelos salesianos.

Ao final da celebração (em francês, inglês e turco), o Cardeal deteve-se algum tempo com os jovens presentes e, em particular, recebeu para entregar ao Papa Francisco uma fotografia e uma bola com os autógrafos de todos os jovens iraquianos em fuga de sua pátria.

Cardeal e Episcopado turco

Antes de retornar a Roma, o Cardeal Prefeito almoçou com os Bispos da Conferência Episcopal Turca, oportunidade que foi falado sobre a presença cristã na Turquia, relações ecumênicas e interreligiosas e a situação das comunidades religiosas.

Ao despedir-se dos prelados, o Cardeal Sandri recordou o encontro com Dom Piretto para a entrega do Pálio por parte do Santo Padre em fins de junho e saudou todos aqueles que participarão em Roma da Semana de Formação para os Novos Bispos em setembro. (JE)

 

 

 

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O Papa no YouTube com a Redação Brasileira

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Cidade do Vaticano (RV) – A Redação Brasileira da Rádio Vaticano assumiu um novo desafio: transmitir em português ao vivo pelo YouTube os principais eventos do Papa Francisco e da Santa Sé. 

Para receber os avisos sobre as futuras transmissões inscreva-se em nosso canal VaticanBR.

A iniciativa atende às exigências das novas ferramentas de comunicação, com atenção especial à evangelização por meio da internet, com ênfase nas redes sociais.

Ao promover a difusão da mensagem do Papa em língua portuguesa, a Redação Brasileira proporciona um ponto de encontro online com informação precisa e direta da fonte.

A interação é uma das principais características da nova ferramenta, que oferece a possibilidade de enviar mensagens ao vivo durante as transmissões.

Como um novo marco nas comunicações vaticanas para os católicos brasileiros e lusófonos, convidamos todos a compartilhar e inscrever-se neste novo canal de informação dedicado ao Magistério do Papa Francisco.

Os eventos ao vivo também serão promovidos em nosso Twitter e Facebook.

(rb)

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Igreja na América Latina



Cardeal chileno preside Missa em desagravo por profanação

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Santiago do Chile (RV) -  Uma missa em desagravo pela profanação ocorrida na quinta-feira foi celebrada pelo Cardeal Arcebispo de Santiago, Dom Riccardo Ezzati, na Igreja "Gratitud Nacional". "A intolerância dos fanáticos e de sua violenta irracionalidade foram uma grave ofensa contra Deus e toda a comunidade daqueles que acreditam em Cristo", afirmou o Cardeal na homilia.

"Fatos violentos que infelizmente tornam-se sempre mais frequentes, evidenciam uma crise de consciência nacional", havia afirmado o purpurado poucas horas após o saque à Igreja.

Durante uma violenta manifestação estudantil em Santiago do Chile, que provocou um morto, um grupo de encapuzados invadiu o templo administrado pelos salesianos, provocou diversos danos e arrastou para a rua uma cruz de madeira com Jesus Crucificado em tamanho natural, sendo então destruída.

Não confundir direito com violência

Na entrevista concedida ao jornal chileno "La Tercera", o Cardeal Ezzati afirmou que as manifestações sociais supõe o exercício de um direito e não deveriam nunca “confundir-se com” ou “degenerar em” violência. Da mesma forma, o prelado advertiu que o uso ilegítimo da força pública não deveria ser confundido com o abuso da polícia". "Não percamos a capacidade de fazer estas distinções e evitar de colocar tudo no mesmo saco", disse o purpurado, ao reafirmar que as generalizações não ajudam a resolver os conflitos.

Acessos dos jovens à educação de qualidade

Interpelado sobre a ameaça por parte dos estudantes de intensificarem as mobilizações, o Cardeal chileno afirmou que "um bom propósito não justifica o uso de qualquer método para atingi-lo". E acrescentou que o que é realmente importante é que todas as crianças e jovens tenham acesso a uma educação de qualidade. "Para todos, não somente para alguns – alertou -  porque uma boa reforma na educação não se faz partindo de uma ideologia fechada, mas partindo de e com a contribuição de experiências plurais".

A Conferência de Estudantes do Chile contesta a "falta de clareza" na reforma na educação que o governo tenta implementar e anunciou que as mobilizações continuarão.

Dez igrejas queimadas em 2016

Incendiar Igrejas tornou-se uma prática também na região de Araucania, sul do país, onde há mais de 20 anos o povo mapuche luta pela própria terra, hoje propriedade de empresas agrícolas e florestais. Desde o início de 2016, cerca de 10 capelas e igrejas católicas e evangélicas foram queimadas na região.

Os ataques são de autoria de pequenos grupos radicais que veem na religião cristã uma forma de colonização, mas que não representam a maioria do povo mapuche que condena este tipo de ação. A Coordenação das comunidades no conflito Mapuche (CAM) afirmou que os grupos violentos veem a Igreja muito próxima aos interesses econômicos dos grupos que controlam as terras.

Pedido legítimo

A respeito dos ataques, o Arcebispo de Santiago diz estar convencido que reduzir o tema 'mapuche' a um simples controle da polícia poderia sim evitar os atentados, mas não resolveria a raiz do problema. "Existe um pedido legítimo de um povo que nunca foi ouvido", afirmou o purpurado. "E deveríamos assumir e aceitar a responsabilidade que corresponde às  autoridades, à sociedade civil e às comunidades que partilham aquela terra".

O Cardeal Ezzati afirmou que a Igreja sempre reconheceu a questão territorial do povo mapuche e de querer fazer parte da solução, mas ao mesmo tempo deve defender a liberdade religiosa dos numerosos mapuches católicos e evangélicos, cujas capelas e igrejas foram incendiadas. "Devemos trabalhar para identificar e resolver as causas profundas da atual violência", defendeu. (JE/AT)

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Futuro bispo talha o próprio báculo

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Washington (RV) - Apaixonado por carpintaria, o sacerdote David Konderla esmera-se em dar os últimos retoques no báculo que usará em sua ordenação sacerdotal, em 29 de junho, como novo bispo de Tulsa, no Estado de Oklahoma.

"Foi algo que aconteceu ao natural, quando soube que ia ser designado bispo, querer fazer meu próprio báculo", afirmou à Aci Prensa, declarando estar feliz de que na nova residência existe uma garagem grande o suficiente para receber sua carpintaria, na qual pretende continuar trabalhando, mesmo com o novo encargo.

"A arte é a expressão do divino e a madeira, em particular, é uma forma de arte que deve respeitar as criações grandiosas de Deus. O positivo de trabalhar a madeira , é que não obstante seja uma árvore morta, de alguma forma é um meio vivo", observou.

"Um jedi  não completa a sua formação até que tenha elaborado a própria espada a laser, que usará para combater o mal. Assim, este é o meu "sabre laser", explicou, fazendo alusão à saga Guerra nas Estrelas.

O sacerdote contou que no passado já fez báculos para outros sacerdotes que foram ordenados bispos. Entre eles estão Dom Oscar Cantú, Bispo de Las Cruces; Dom George Sheltz, Bispo Auxiliar de Galveston-Houston; Dom Michael Sis, Bispo de San Angelo, no Texas e Dom Daniel García, Bispo Auxiliar de Austin, também no Texas.

Enquanto não é ordenado bispo, David Konderla segue a missão como Diretor de Ministério do Campus para o Centro Católico de Santa Maria, a capelania do campus da Universidade de Texas A&M, localizada no College Statation.

O báculo é um bordão usado pelos dignitários da Igreja Católica, simbolizando o seu papel de pastores do rebanho divino. Com a mitra, constitui uma das principais insígnias dos bispos.

(JE/Aciprensa)

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Igreja no Mundo



Renovada consagração do Líbano ao Imaculado Coração de Maria

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Beirute (RV) - O Patriarca maronita, Cardeal Bechara Boutros Rai, renovou  no domingo (12/06) a consagração do Líbano e de todos os países do Oriente Médio ao Coração Imaculado de Maria. O gesto devocional - refere a Agencia Asianews - insere-se no quadro das aparições de Fátima (1917), nas quais a Virgem havia pedido a consagração da Rússia ao seu Imaculado Coração.

O Mal se apresenta de várias formas

O purpurado realizou o rito na Basílica de Nossa Senhora do Líbano, em Harissa. Ele pediu a Virgem para "obter por intercessão de seu filho, o Redentor,  mostrar a sua força de resgate e de salvação, e o poder de seu amor misericordioso, detendo o mal e transformando as consciências". O Patriarca falou do mal que se apresenta sob as formas "dos conflitos e das guerras, da morte e do êxodo, da língua das armas, do fanatismo, da violência e do terrorismo".

O ato de consagração realizou-se no âmbito de uma Missa Solene, concelebrada pelo Patriarca Sírio-católico Ignazio Giuseppe III Younan e por numerosos bispos e sacerdotes. Na celebração, também estava presente o Núncio Apostólico no Líbano, Dom Gabriele Caccia, os Superiores e as Superioras das Ordens religiosas masculinas e femininas e uma multidão de fieis. "Com esta dupla consagração - prosseguiu o Patriarca - e por meio da nossa consagração pessoal, nos dirigimos a Deus para que Ele penetre nas nossas consciências e em nosso país, com o seu plano de salvação".

A presença do mal dentro da Igreja

O Patriarca recordou depois, de modo explícito, a presença do mal dentro da Igreja, e não somente fora dela. Na homilia o purpurado afirmou que "o mal se radica com facilidade em nossos corações dos homens e atinge a Igreja, os seus pastores e as suas instituições dentro e fora". Ele então ligou o gesto da consagração a um movimento de "oração e penitência", elevando a voz contra "a imoralidade, a profanação da religião e das Igrejas, e o desaparecimento da decência no vestir e do respeito".

Consagração similar a da Rússia

"Por meio deste ato de consagração, que a Igreja Maronita renova pelo terceiro ano consecutivo – explicou o Cardeal Bechara - nós colocamos o Líbano e os países do Oriente Médio sob a proteção de nossa mãe, Maria, Nossa Senhora do Líbano. O fizemos pela primeira vez em junho de 2013, respondendo a uma solicitude do Sínodo do Oriente Médio realizado no Vaticano em outubro de 2012, sob o pontificado do Papa Bento XVI". "Tratou-se de uma consagração similar àquela da Rússia, por parte de Joao Paulo II, em junho de 1981". Esta consagração - prosseguiu - "foi seguida por outra, em maio de 1982, e depois por uma terceira, em 25 de março de 1984, em união com todos os bispos católicos do mundo", segundo pedido pela Virgem em 1917.

Consagração tocou coração e as consciências de milhares de fieis

O ato de consagração realizado no Líbano representou o momento conclusivo de três procissões e novenas de oração promovidos em três santuários dedicados a Maria: Maghdouché, Zahlé e Miziara, a partir de 22 de maio passado. Estas atividades desenvolveram-se em colaboração com o comitê patriarcal instituído para os atos de consagração, com o movimento sacerdotal mariano, com as associações marianas femininas entre as quais as irmãs da família do Sagrado Coração de Jesus e a liga das comunidades marianas. Estes gestos devocionais e a consagração de indivíduos, paróquias e dioceses tocaram o coração e as consciências de dezenas de milhares de fieis. (JE/FN)

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Formação



JMJ volta a Polônia após 25 anos: o que mudou?

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Cidade do Vaticano (RV) - A Jornada Mundial da Juventude de Częstochowa, em 1991, foi um marco histórico para a união quando a Europa ainda sentia os efeitos da queda do Muro de Berlim.

Apesar da experiência da Guerra Fria, a humanidade não aprendeu a não levantar muros. Todavia, pontes estão sendo construídas em Cracóvia, que se prepara para viver este Jubileu depois de 25 anos da primeira Jornada polonesa. 

O responsável pelo setor Juventude do Pontifício Conselho para os Leigos, Padre João Chagas, conversou com a Rádio Vaticano após o retorno de sua mais recente visita a Cracóvia.

"A Rússia, a Polônia, já não eram mais países sob uma ditadura. Uma pessoa que participou da organização daquela jornada me dizia que se esperavam dezenas de russos e, no final, eles eram dezenas de milhares. Tanto é que foi preciso arrumar de última hora alimento, tendas do exército. E João Paulo II fez questão de ir lá e visitar esse grande acampamento de jovens russos que na grande maioria eram ortodoxos. Então a Jornada acaba tendo também uma dimensão ecumênica". 

(rb)

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Piedade popular: Pe. Ibiapina inspire nossa vida missionária atual

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro “O Brasil na Missão Continental” tem contado estes dias com a participação do bispo da Diocese de Guarabira, Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena, há oito anos à frente desta Igreja particular da Paraíba. 

A edição de hoje dá continuidade à edição anterior, na qual, na esteira do tema da piedade popular, Dom Lucena nos trouxe a figura de um grande missionário do Nordeste, Pe. José Antônio Pereira Ibiapina, mais conhecido simplesmente como Pe. Ibiapina, Servo de Deus cuja causa de Beatificação está em andamento. Falou-nos de alguém que viveu e incentivou a piedade popular.

Pe. Ibiapina nasceu em 1806 no município de Sobral, no Ceará. Entre suas múltiplas iniciativas, construiu Casas de Caridade para acolher as crianças e os pobres em várias regiões como no Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Construiu açudes, barragens, reservatórios de água para contrastar a seca, construiu igrejas, capelas e cemitérios. Faleceu com fama de santidade em 19 de fevereiro de 1886 numa das Casas de Caridade, em Santa Fé, distrito de Solânia, na Diocese de Guarabira, tendo sido sepultado na localidade de Santa Fé.

Dom Lucena fala-nos de Pe. Ibiapina como exemplo de caridade, cujas virtudes possam ser modelo, exemplos para os tempos atuais, para todos nós, para todas as pessoas nos tempos de hoje.

Que o Servo de Deus, Pe. Ibiapina, “inspire toda a nossa vida de missão, nossa vida missionária atual”, exorta o bispo de Guarabira. Vamos ouvir (ouça clicando aima).

(RL)

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