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Sumario del 17/06/2016

Papa e Santa Sé

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Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa visita sacerdotes idosos e enfermos dentro das "Sextas-feiras da Misericórdia"

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Cidade do Vaticano (RV) – Na tarde desta sexta-feira (17/06) o Papa Francisco deu prosseguimento à iniciativa jubilar “Sexta-feira da misericórdia”, dedicando desta vez sua atenção aos sacerdotes idosos e enfermos. 

Precisamente no mês em que celebrou o Jubileu dos Sacerdotes, a eles dirigindo três longas meditações nas Basílicas papais em 2 de junho e presidindo  a Eucaristia na Praça São Pedro na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, o Papa quis expressar sua proximidade e atenção também àqueles sacerdotes que não puderam participar fisicamente das celebrações jubilares, mas que estiveram presentes com a oração.

Neste sentido, o Pontífice escolheu não uma, mas duas comunidades que acolhem sacerdotes idosos e enfermos. De fato, Francisco deixou o Vaticano pouco antes das 16 horas, em uma tarde rica de emoções, encontros, momentos de oração e alegria espiritual.

A primeira comunidade visitada foi a “Monte Tabor”, onde residem oito sacerdotes com diversos tipos de problemas, provenientes de diferentes dioceses. Eles são acompanhados por um Diácono permanente, Ermes Luparia, ex-Coronel da Aeronáutica, agora especializado em psicologia e dedicado ao serviço de acompanhamento no espírito dos Padres Salvatorianos. O Papa encontrou-se com os sacerdotes na pequena capela da comunidade, ouvindo-os e rezando com eles.

A seguir, o Papa visitou a “Casa São Caetano”, que acolhe os sacerdotes idosos da Diocese de Roma, e que ficou conhecida como “Os cem padres”. Atualmente 21 sacerdotes idosos, alguns deles muito doentes, são assistidos por três religiosas. O “Diretor” da casa, Padre Antonio Antonelli, foi pároco por muitos anos e agora também ele enfermo. Em sua maioria, trata-se de sacerdotes diocesanos, mas não faltam alguns religiosos.

Com a visita, o Santo Padre quis demonstrar a cada sacerdote seu afeto, rico de consolação e encorajamento, dando assim um exemplo eficaz de misericórdia, atenção e gratidão a toda a comunidade de Roma e à Igreja.

O Jubileu, precisamente, consiste em um equilíbrio essencial das obras de misericórdia, ao mesmo tempo corporais e espirituais.

O gesto desta sexta-feira foi o sexto sinal de misericórdia realizado pelo Papa Francisco durante o Jubileu. Em janeiro visitou uma Casa de Repouso para idosos e doentes em estado vegetativo; em fevereiro, uma comunidade de toxicômanos em Castel Gandolfo; em março, na Quinta-feira Santa, o Centro de Acolhida para os refugiados (CARA) de Castelnuovo di Porto; em abril a visita aos refugiados e migrantes na Ilha grega de Lesbos e por fim, a comunidade “Chicco” em Ciampino, para pessoas com graves problemas mentais. (JE)

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Papa agradece o trabalho do Pontifício Conselho para os Leigos

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Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre recebeu, no final desta manhã de sexta-feira (17/6), na Sala Clementina, no Vaticano, 85 participantes na Assembleia do Pontifício Conselho para os Leigos, entre os quais Dom Orani João Tempesta, Cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro. 

Em seu discurso, o Papa recordou que o “Pontifício Conselho para os Leigos” será incorporado no Pontifício Conselho para a Família, em conexão com a Academia para a Vida.

Na primeira parte do seu pronunciamento, Francisco fez uma retrospectiva das atividades do Pontifício Conselho para os Leigos, desde a sua instituição, há quase 50 anos, por obra do bem-aventurado Paulo VI, que, na época (1976), não hesitou em definir o organismo da Santa Sé “um dos melhores frutos do Concílio Vaticano II”, cujo objetivo era a coordenação, estudo e consulta para “estimular os leigos a tomar parte ativa da vida e da missão da Igreja”.

Desta forma, o Papa agradeceu ao Senhor pelos abundantes frutos deste organismo Vaticano que, em todos estes anos, suscitou o nascimento de tantas associações laicais, movimentos e comunidades de índole missionária.

Em modo particular, o Santo Padre destacou o crescente papel e presença da mulher na Igreja, como também a criação das Jornadas Mundiais da Juventude, gesto providencial de São João Paulo II, instrumento de evangelização das novas gerações, mantido com particular carinho pelo Pontifício Conselho para os Leigos. E recordou:

“O mandato que receberam do Concílio era exatamente o de ‘impelir’ os fiéis leigos a se engajar, cada vez mais e melhor, na missão salvífica e evangelizadora da Igreja. Com o Batismo e a Confirmação o fiel leigo se torna discípulo missionário do Senhor, sal da terra, luz do mundo e fermente que transforma a sociedade”.

Com efeito, nesta Assembleia do Pontifício Conselho para os Leigos, foram recordados todos aqueles que se dedicaram, com paixão e empenho, à promoção da vida e do apostolado dos leigos ao longo destes quase 50 anos. À luz deste caminho percorrido, o Papa encorajou os presentes a olhar novamente o futuro com esperança, pois muito ainda deve ser feito, diante dos novos desafios:

“Convido-lhes a acolher esta Reforma da Cúria Romana, que os envolverá, como sinal de estima e valorização do seu trabalho, na vocação e missão dos leigos no seio da Igreja. O novo Organismo terá como ‘leme’ prosseguir na sua navegação, tendo como campos privilegiados a família e a defesa da vida. Sobretudo neste Ano Jubilar, a Igreja é chamada a ser ‘casa paterna’, comunidade evangelizadora.”

Neste sentido, o Papa Francisco propôs, como horizonte de referência para o imediato futuro, o seguinte binômio: “Igreja em saída” e “laicato em saída”, lançando o olhar para os que se encontram ‘distantes’ do nosso mundo, às tantas famílias em dificuldade e necessitadas de misericórdia, aos campos de apostolado ainda inexplorados, e aos numerosos leigos, que devem ser envolvidos e valorizados pelas instituições eclesiais.

O Santo Padre concluiu seu discurso dizendo que “precisamos de leigos bem formados, animados pela fé cristã, que “sujem suas mãos” e não tenham medo de errar, mas que prossigam adiante. Precisamos de leigos com visão do futuro e não fechados nas pequenezas da vida, mas experientes e com novas visões apostólicas”. (MT)

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Papa em vídeo-mensagem: apelo por uma obra de misericórdia

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Cidade do Vaticano (RV) - Apelo a todos os homens e mulheres de boa vontade no mundo inteiro para que façam em cada cidade, em cada diocese, em cada associação, uma obra de misericórdia. Dessa maneira tem início a vídeo-mensagem do Papa Francisco por ocasião do lançamento, nesta sexta-feira, (17), da campanha internacional “Seja a misericórdia de Deus”, uma iniciativa do próprio Santo Padre para convidar as pessoas a realizarem obras de caridade dirigidas a refugiados, detentos ou cristãos perseguidos. 

“Nós, homens e mulheres, - continua Francisco na sua mensagem - precisamos da misericórdia de Deus, mas também precisamos da nossa misericórdia; precisamos dar a mão uns aos outros, de nos acarinhar, cuidar uns dos outros e de não fazer tantas guerras”.

“Estou vendo aqui o dossier que a Ajuda à Igreja que Sofre, uma obra pontifícia, preparou para fazer obras de misericórdia no mundo inteiro. Confio este trabalho à AIS também... também lhe confio para que prossigam com o espírito que herdaram do Padre Werenfried van Straaten que, no seu tempo, teve a visão de realizar no mundo gestos de proximidade, de aproximação, de bondade, de amor e de misericórdia.

Assim, convido todos vocês, com a AIS, a fazer em cada lugar do mundo uma obra de misericórdia que perdure, uma obra permanente de misericórdia; uma estrutura para tantas necessidades que hoje existem no mundo. Agradeço-lhes tudo o que fizerem. E não tenhais medo da misericórdia: a misericórdia é a carícia de Deus.

A Campanha internacional organizada pela Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre  foi apresentadas nesta sexta-feira, (17/06), na sede da Rádio Vaticano e envolve as 22 agências da Fundação no mundo inteiro. Concluir-se-á em Roma no dia 4 de outubro, dia de São Francisco de Assis, quando a instituição apresentará ao Papa os primeiros resultados.

O primeiro benfeitor foi precisamente o Pontífice, que fez uma doação aos cristãos iraquianos deslocados no Curdistão. A doação será destinada à clínica São José de Arbil, que fornece cuidados médicos gratuitos a cerca de 2,8 mil refugiados de diferentes religiões.

Três projetos da campanha “Seja a misericórdia de Deus” devem apoiar as famílias vítimas dos atentados a duas igrejas cristãs em março de 2015 e intensificar as medidas de segurança nelas e também no Seminário maior de São Francisco Xavier em Lahore, no Paquistão. (SP-CM)

 

 

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Apresentada campanha ‘Seja a Misericórdia de Deus’

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Cidade do Vaticano (RV) – A Campanha da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) ‘Seja a Misericórdia de Deus’ foi apresentada esta sexta-feira na Sala Marconi da Rádio Vaticano. A iniciativa responde a um desafio de Francisco que convida todas as pessoas “de boa vontade” a “realizar obras de misericórdia, juntamente com a AIS de modo a socorrer as muitas necessidades de hoje”

Com a duração de 17 de junho a 4 de outubro, a iniciativa internacional pretende recolher fundos para a realização de numerosas obras de misericórdia em todo o mundo. Através de uma videomensagem projetada durante a apresentação da campanha, o Papa Francisco convidou a todos a apoiarem a iniciativa.

O primeiro benfeitor da campanha é o próprio Papa Francisco, cuja contribuição será destinada à Clínica São José da Caridade, de Irbil, que oferece cuidados médicos gratuitos a cerca de 2.800 refugiados de todas as religiões.

Pronunciaram-se na apresentação, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi; o Arcebispo de Lahore (Paquistão), Dom Sebastian Francis Shaw; o sacerdote do Curdistão iraquiano, Padre Imad Gargees; o Presidente internacional da AIS, Cardeal Mauro Piacenza e o Secretário Geral da AIS, Phillip Ozores.

O Presidente da Ajuda à Igreja que Sofre no Brasil e fundador da Fazenda da Esperança, Frei Hans Stapel, esteve com o Papa Francisco esta manhã e falou do encontro à nossa colega Mariangela Jaguraba. 

(JE/MJ)

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Mensagem do Cardeal Tauran ao muçulmanos

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Cidade do Vaticano (RV) – O Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Cardeal Jean-Louis Tauran enviou uma mensagem aos irmãos e irmãs muçulmanos por ocasião da celebração do Ramadã e do ‘Id al-Fitr’, “um importante evento religioso para os muçulmanos em todas as partes do mundo, centralizado no jejum, na oração e nas boas ações.

Em nome do Pontifício Conselho e dos cristãos de todo o mundo – escreve o Cardeal Tauran -, estou feliz em desejar-lhes os melhores augúrios de um jejum que seja espiritualmente gratificante, apoiado pelas boas ações, e de uma alegre festa.

Em seguida o purpurado faz algumas reflexões na esperança de reforçar as ligações espirituais que compartilham.

Um tema importante para os muçulmanos e cristãos é a misericórdia. “Sabemos que seja o cristianismo, seja o islamismo acreditam em um Deus misericordioso, que mostra a sua misericórdia e compaixão para com todas as suas criaturas, em particular a família humana”, escreve Dom Tauran, acrescentando: Ele nos criou por imenso amor. “Ele é misericordioso ao cuidar de cada um de nós, concedendo-nos os dons necessários para a nossa vida diária, tais como comida, abrigo e segurança”.

No entanto, - prossegue a mensagem - a misericórdia de Deus se manifesta de uma maneira particular através do perdão dos nossos pecados; portanto, Ele é quem perdoa (al-Mu'min), Aquele que perdoa muito (al-Ghafour).

Para enfatizar a importância da misericórdia, - continua a mensagem do Cardeal Tauran - o Papa Francisco convocou o Ano Jubilar da Misericórdia de 08 de dezembro de 2015 a 20 de novembro de 2016. Ele disse a este respeito: “Eis... o motivo do Jubileu: porque este é o tempo da misericórdia. É o tempo favorável para curar as feridas, para não se cansar de encontrar aqueles que estão esperando para ver e tocar os sinais de proximidade de Deus, para oferecer a todos, a todos, o caminho do perdão e da reconciliação”.

As suas peregrinações (hajj) aos Lugares Santos, - destaca o purpurado na sua mensagem aos muçulmanos -, principalmente Meca e Medina, é certamente um momento oportuno para experimentar a misericórdia de Deus De fato, entre as mais conhecidas saudações que se fazem aos peregrinos muçulmanos se encontra: “desejo-lhe uma peregrinação abençoada, resultados louváveis e o perdão dos seus pecados”.

Fazer uma peregrinação a obter o perdão de Deus misericordioso para os pecados, seja para os vivos, seja para os mortos, é realmente uma observância de considerável importância para os fiéis.

Nós, cristãos e muçulmanos, - continua -, somos chamados a fazer o nosso melhor para imitar Deus. Ele, o Misericordioso, nos pede para sermos misericordiosos e compassivos para com os outros, especialmente para com aqueles que passam por algum tipo de necessidade. Da mesma maneira Deus nos convida a perdoar-nos uns aos outros.

Falando sobre a atualidade, olhando para a humanidade de hoje, o Cardeal Tauran afirma: “ficamos tristes por ver tantas vítimas de conflitos e violências - pensamos aqui, em particular, nos idosos, crianças e mulheres, especialmente naqueles que são vítimas do tráfico de seres humanos - e nas muitas pessoas que sofrem por causa da pobreza, das doenças, das dependências, dos desastres naturais e desemprego.

Não podemos fechar os olhos para estas realidades, ou virar-se para o outro lado diante desses sofrimentos. É verdade que há situações muitas vezes muito complexas, cuja solução está além das nossas capacidades. Por isso, é vital que todos trabalhem juntos para ajudar aqueles que têm necessidade, independentemente da sua etnia ou suas crenças religiosas. É motivo de grande esperança de ver ou ouvir de muçulmanos e cristãos que se unem para ajudar os mais necessitados. Quando unimos os nossos esforços, nós obedecemos a um importante mandamento presente em nossas respectivas religiões, e damos demonstração da misericórdia de Deus, oferecendo assim um testemunho mais crível, como indivíduos e como comunidade.

Que Deus o Todo-Poderoso e Misericordioso – conclui a mensagem - nos ajude a caminhar sempre ao longo do caminho da bondade e compaixão! Unimos as nossas felicitações às do Papa Francisco por abundantes bênçãos durante o Ramadã e por uma alegria duradoura de ‘Id al-Fitr. (SP)

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Dom Orani participa da Plenária do Pontifício Conselho para os Leigos

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Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre recebeu, nesta sexta-feira (17), no Vaticano, os participantes na Assembleia do Pontifício Conselho para os Leigos, entre os quais Dom Orani João Tempesta, Cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro.

O Papa Francisco recordou que o “Pontifício Conselho para os Leigos” será incorporado no Pontifício Conselho para a Família, em conexão com a Academia para a Vida.

Sobre os trabalhos da Plenária do Pontifício Conselho, a Rádio Vaticano conversou com o Cardeal Orani Tempesta. (SP) 

 

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Igreja no Brasil



Laudato si - A irmã Chuva

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Capítulo 8

IRMÃ CHUVA 

FRANCISCO Paz e bem, irmãs, irmãos! De novo com vocês Francisco, o de Assis, nesta missão que me encomendaram: ver o que está acontecendo com este mundo. Diz meu xará de Roma que é preciso uma revolução, uma “verdadeira” revolução… Aposto que não adivinham onde estou? Na Nicarágua, um país com muitos lagos e muitos vulcões, assim me disseram. E estou bem contente porque sempre gostei de viajar... Andarilho me diziam uns, vagabundo diziam outros... Confesso que com esta poeirada... Puff... Que calor mais terrível… Embora não creia no inferno, isso se parece com ele. E esta terra, que aridez… Os que colocaram o nome no país devem ter se enganado, “Nicarágua”, porque não vejo água em nenhuma parte. Nesta seca... com quem falarei?

VACA  Fale comigo…

FRANCISCO  Ah, irmã vaca… Não a havia visto… Você parece um saco de ossos...

VACA Ando nas últimas, Francisco. Se você chegasse amanhã talvez já não me encontrasse aqui. Vou morrer.

FRANCISCO  Creio que deve haver um engano, me disseram que aqui na Nicarágua a terra é bendita…

VACA Por estes lados não é.

FRANCISCO Onde estou então?

VACA Está no corredor seco. São léguas e léguas e mais léguas… É uma aridez que começa na Guatemala e desce por Honduras, El Salvador, passa por aqui e vai até Guanacaste no norte da Costa Rica… É uma secura que atravessa toda América Central.

FRANCISCO E não chove nunca? 

VACA Poucas vezes. Agora levamos anos sem ver água. Dizem que é por causa da mudança climática, essa desgraça que bagunçou tudo…

FRANCISCO Todos estão me dizendo o mesmo...

VACA  E o que mais poderíamos dizer? Há dois anos que o milho não nasce, que os feijões se perderam. Milhões, milhões de pessoas sem tortilha para comer, e não sei quantas de nós sem um pouquinho de pasto para enchermos a barriga. Este é o corredor da fome, da desnutrição.

FRANCISCO Pois vim aqui procurando a irmã Chuva. Tempo perdido...

VACA Se quer chuva, vai rumo a nossa Costa Caribe, aí deve estar ela.

FRANCISCO  E onde fica isso?

VACA Pra lá, láaaaa, para o oriente...

FRANCISCO (TRISTE) Adeus, irmã Vaca. O que posso fazer por você? Que a terra te seja leve.

VACA Hummm...

FRANCISCO Finalmente! Louvado sejas, meu Deus, pela irmã Chuva, que nos refresca e faz frutificar as sementes… Aqui me sinto melhor... Te saúdo, irmã Chuva, bendita sejas!

CHUVA   Bendita eu? Pois tem gente que agora mesmo está me maldizendo. E tem razão: acabo de destruir suas plantações e seus ranchos e ficaram sem nada…

FRANCISCO E por que está fazendo essa maldade se você sempre foi boa? 

CHUVA Não sei o que acontece, irmão Francisco. Minha vida mudou muito nos últimos tempos. Já não sei quanto tempo devo molhar a terra, já não sei quando devo estiar, já não sei…

FRANCISCO A ver se nos entendemos. Eu venho agora da outra ponta deste país onde há anos que você não cai, esse tal corredor seco. Lá sentem falta de você, irmã Chuva.

CHUVA   Sim, essa zona é árida, muito pobre. Eu queria chegar a todos os lugares e a tempo. Eu fui sempre muito pontual, Francisco.

FRANCISCO De quem é a culpa, irmã Chuva?  

CHUVA De um desgraçado inimigo que se chama “dióxido de carbono”. Esse gás sai do que queimam as fábricas, dos motores dos carros... Tanta queimação  e tanta fumaça aqueceram o mundo, causado esta doença que me deixou louca.

FRANCISCO Como se chama essa doença, irmã Chuva?

CHUVA Mudança climática, Francisco.

FRANCISCO Outra vez ouço esse nome.

CHUVA E não pense que é só eu que fico doente, adoece a todas as criaturas de Deus. E não acontece só aqui, na Nicarágua, na América Central. Acontece o mesmo no Brasil, na Colômbia, em toda América do Sul e mais além. Essa mudança climática já está fazendo das suas no mundo inteiro, Francisco.

CIENTISTA Os principais efeitos da mudança climática são um excesso de chuvas ou uma escassez de chuvas. Há secas cada vez mais prolongadas e dilúvios e furacões mais potentes. Nove de cada dez desastres causados pelo aquecimento do clima são inundações, avalanches de lama, transbordamento de rios, seguidos por secas mais e mais intensas. 

CHUVA (SUSPIRA) Mato se falto e mato se sobro. E para piorar muitas vezes minhas gotas caem envenenadas.

FRANCISCO Também isso?

CHUVA Sim, também. As fábricas que fundem metais soltam enxofre no ar, as caldeiras de calefação, as maquinarias… esse enxofre sobe e se mistura com as nuvens… e quando cai um aguaceiro estou suja… Me chamam chuva            ácida, chuva de enxofre…

FRANCISCO  O enxofre é o cheiro do diabo…

CHUVA   O que faço, Francisco? Perdi o controle. Estou desesperada.

FRANCISCO Um mundo seco, um mundo de água suja, isso é o que terão de herança as gerações futuras?

CHUVA Nem queira Deus!

FRANCISCO O que Deus quer, irmã chuva, é que mudemos de rumo.

Diz o Papa Francisco na encíclica Laudato Si, Louvado Sejas:          

Há um consenso científico muito consistente, indicando que estamos perante um preocupante aquecimento do sistema climático... o aquecimento influi sobre o ciclo do carbono. Cria um ciclo vicioso que agrava ainda mais a situação e que incidirá sobre a disponibilidade de recursos essenciais como     a água potável, a energia e a produção agrícola das áreas mais quentes e provocará a extinção de parte da biodiversidade do planeta... Tornou-se urgente e imperioso o desenvolvimento de políticas capazes de fazer com que, nos próximos anos, a emissão de dióxido de carbono e outros gases altamente poluentes se reduza drasticamente, por exemplo, substituindo os combustíveis fósseis e desenvolvendo fontes de energia renovável. No mundo, é exíguo o nível de acesso a energias limpas e renováveis. (Laudato Si 23, 24, 26)

E disse o Papa Francisco nas Nações Unidas:

Antes de mais nada, é preciso afirmar a existência dum verdadeiro “direito do ambiente”. Primeiro, porque como seres humanos fazemos parte do ambiente. Qualquer dano ao meio ambiente é um dano à humanidade. Segundo, porque cada uma das criaturas tem um valor em si mesma, de existência, de vida, de beleza e de interdependência com outras criaturas.

PERGUNTAS PARA O DEBATE

1- Como se nota os efeitos da mudança climática em teu país?

2- Alguns dizem que sempre houve mudanças climáticas. Será verdade?

3- Tem havido inundações ou secas em tua região? Que soluções deram os governos para que não se repitam?

 

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Igreja na América Latina



Arcebispo de Assunção deplora violência pelo controle do tráfico de drogas

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Assunção (RV) -  A Igreja Católica paraguaia deplorou o crime ocorrido na cidade de Pedro Juan Caballero (Departamento de Amambay), na noite de quarta-feira, quando o traficante brasileiro Rafaat Toumani foi morto em uma emboscada, ao mesmo tempo em que assegurou que a visita do Papa Francisco incidiu positivamente na juventude do país.

O Arcebispo de Assunção, Dom Edmundo Valenzuela, em entrevista à Rádio 650 AM, referiu-se ao tiroteio ocorrido na noite de quarta-feira na cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã. Em uma emboscada que contou com mais de cem homens fortemente armados, o traficante de 56 anos  levou 16 tiros, em meio à guerra pelo controle do tráfico de drogas na fronteira entre Brasil e Paraguai.

"A violência gera mais violência, não leva a nada além disto. Rechaçamos categoricamente tudo o que ocorreu. O país se constrói com a misericórdia, com o amor, o trabalho, o diálogo. A violência não levantará o país, mas o afundará", advertiuo prelado.

Visita Papal

Por outro lado, há quase um ano da visita do Papa Francisco aos Paraguai, o Arcebispo afirmou que atualmente se verificam muitas mudanças na mentalidade e atitudes dos jovens. "Tornaram-se protagonistas, movidos pelo Espírito de Deus, de justiça, de verdade, de construir o Paraguai", observou. (JE)

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Beato Romero, testemunha da liberdade religiosa nos EUA

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Washington (RV) - "Testemunha da Liberdade" nos Estados Unidos. Este é o destino, um tanto quanto insólito, de Dom Oscar Romero, Beato desde maio de 2015, incluído na restrita lista de 15 "testemunhas" de uma campanha pela liberdade religiosa promovida pelos Bispos nos Estados Unidos, precisamente o país que apoiou por longos anos a ditadura em El Salvador, que incomodada com suas pregações, assassinou-o em  24 de março de 1980.

A "Quincena por la Libertad" (Os quinze pela liberdade) é uma campanha promovida pela Conferência Episcopal dos Estados, a ser realizada a partir de 21 de junho a nível nacional, "para fomentar a liberdade religiosa e defender o direito das instituições e fieis religiosos a exercerem a liberdade de consciência na sociedade contemporânea estadunidense".

Este ano, no restrito elenco das personalidades mais exemplares propostas aos católicos, figuram, além de Dom Oscar Romero, John Fischer e Thomas More, cujas relíquias serão levadas em peregrinação de Estado em Estado, ao lado de santos contemporâneos como Massimiliano Kolbe, Edith Stein, Kateri Tekakwitha e o Beato mexicano Miguel Pro. Ou antigos, como Pedro e Paulo, João Batista, as Santas Felicidade e Perpétua. Estarão também as "Hermanitas de los Pobres" incluídas entre os 15 pela sua luta contra as leis de saúde estadunidenses sobre a contracepção.

Segundo algumas interpretações, Romero foi incluído na lista, entre outros, pela sua luta contra os ataques do Governo contra a Igreja. Ele queria restaurar uma "civilização cristã" para promover valores humanistas na sociedade. Outrossim, o prelado acusava o governo de cumplicidade nos assassinatos de sacerdotes que defendiam os pobres e de querer liberar as restrições contra o aborto, o que a Igreja de El Salvador se opunha (Homilia de 2 de outubro de 1977).

A este propósito é citada a homilia de 17 de junho de 1979 na qual o Arcebispo de San Salvador comparou o aborto à repressão do Estado. "Acreditava também que o povo salvadorenho - o fiel e santo povo salvadorenho, como o chamava - seria o artífice da própria libertação", escreve o site SuperMartyrio. (JE/Terra de America)

 

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Igreja no Mundo



Bispos europeus apresentam documento sobre a promoção da paz no mundo

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Bruxelas (RV) - Os bispos da Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia (Comece) apresentaram em Bruxelas, na Bélgica, o documento “Promover a paz no mundo, vocação da Europa”.

“A primeira tarefa de uma autêntica política europeia de paz deve consistir na promoção da paz preventiva e na transformação dos conflitos violentos com os instrumentos da justiça”, sem “negligenciar a dimensão do projeto de integração europeia em matéria de segurança e de defesa comuns, paralelamente aos esforços a serem feitos para criar as condições de um desarmamento também nuclear na Europa e no mundo.”

Ajudar a política

Reportado pela agência Sir, o texto foi apresentado com o objetivo de “ajudar os políticos na elaboração das recomendações finais em matéria de paz e de segurança na pauta do Conselho europeu do final de junho”.

Na apresentação do documento tomaram a palavra o bispo auxiliar de Malines-Bruxelas e vice-presidente da Comece, Dom Jean Kockerols, e o general de brigada do Estado Maior da União Europeia, Heinz Krieb.

União Europeia tem vocação para a paz

Efetivamente, a nova estratégia global em matéria de política externa e segurança da União Europeia não poderá prescindir do fato que a União é um projeto de paz: para “estar à altura da sua vocação”, ela deve “reforçar os laços entre instrumentos de política interna e externa” e alcançar maior “coerência e homogeneidade”, coordenando “orientações políticas e recursos econômicos”, ressaltam os prelados.

Em particular, a Comece evoca a importância de uma política europeia capaz de prevenir e consolidar a paz, transformando “os germes de um conflito potencialmente violento” evitando o recurso à força.

Enfrentar as raízes da radicalização e promover a justiça

Por exemplo, no caso do terrorismo fundamentalista, o Relatório reitera que é necessário “eliminar os fluxos financeiros internacionais destinados a fins terroristas”, melhorar a informação e cooperação entre os 28 Estados membros e países terceiros, “enfrentar as raízes sociais, políticas e religiosas da radicalização, sobretudo entre os jovens”, e apoiar o papel dos líderes religiosos.

Trata-se de um “primeiro pilar” que deverá reger toda a estratégia da União Europeia para a segurança e defesa.

O segundo, por sua vez, é o da justiça: cada aspecto da crise mundial deve ser levado em consideração e o “desenvolvimento humano, socioeconômico e ambiental deve ser promovido como vetores indispensáveis da paz”.

Fiscalização mais eficaz no mercado das armas

Por fim, o terceiro pilar diz respeito à segurança: a esse propósito, os bispos europeus se expressam “por uma adesão prudente ao aprofundamento da dimensão da defesa e da segurança comuns do projeto europeu”, em relação ao qual os Estados dever ser deixados livres para aderir ou não.

Qualquer “intensificação da cooperação europeia” neste âmbito deverá respeitar o direito internacional e suas instituições e “não deverá alimentar uma dinâmica armamentista”.

A esse propósito, os votos dos bispos da Comece é de que haja regras “mais eficazes e coerentes” na “fiscalização das exportações de armas”. (RL)

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Há 40 anos, massacre de Soweto marcava fim do apartheid

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Johanesburgo (RV) - Em 16 de junho de 1976, Soweto, uma das zonas residenciais mais populosas da África do Sul, foi palco de confrontos que provocaram centenas de mortos e levaram muitas pessoas a abandonar o país. Os estudantes negros protestavam contra a política educacional da minoria branca a que tinham que se submeter.

Uma peregrinação da Maibane High School até o Orlando Stadium de Soweto, reunindo milhares de estudantes, recordou os mortos e feridos e prestou homenagem a todos que lutaram pela liberdade e a democracia no país.

"Este ano recorre o 40° aniversário. Uma data - recordou o Secretário Geral do Conselho Mundial de Igrejas, Olav Fykse Tveit, durante sua visita à África do Sul - que marca o início do fim do apartheid"

Com as primeiras eleições democráticas de 27 de abril de 1994 e a eleição à presidência de Nelson Mandela, foi aprovada um anova Constituição que sanciona a exclusão de qualquer discriminação baseada na raça.

"A África do Sul - acrescentou Fykse Tveit - ousa dar novas passos ruma a justiça, o perdão e a reconciliação. Em Soweto cantamos, rezamos e choramos juntos. Ouvimos palavras de pedido de perdão, vimos o estender a mão em sinal de paz, perdão e reconciliação nas comunidades, ouvimos pedidos para o fim das desigualdades, da pobreza e da corrupção".

Antes de Soweto, o Secretário Geral do WCC encontrou  na Cidade do Cabo o Arcebispo Emérito Desmond Tutu - ex-Primaz da Comunhão Anglicana na África do Sul durante o apartheid e vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1984 - e visitou a cela onde esteve detido por 27 anos Nelson Mandela.

Fykse Tveit e Desmond Tutu trataram de numerosos temas, entre os quais a situação na África do Sul em vista das eleições administrativas, o seu papel no continente africado e a situação no Oriente Médio.

Ademais, os dois líderes trataram da questão dos refugiados. de fato, 300 mil pessoas provenientes de outros países africanos buscam refúgio no país, alimentando a xenofobia em alguns setores da sociedade. Em abril passado, 74 pessoas morreram vítimas da onda crescente de violência contra os migrantes.

Há pouco menos de três anos da morte de Mandella, o espírito "ubuntu" (fraternidade) parece ter-se perdido. "Nos deram abrigo quanto tínhamos necessidade durante a nossa luta", disse Tutu a Tveit referindo-se ao período em que diversos países africanos acolheram exilados da África do Sul. "Sem o apoio da família ecumênica internacional - acrescentou o Arcebispo anglicano - não teríamos nunca vencido aquela luta". (JE/Osservatore Romano)

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Card. Montenegro: diante de 366 caixões tive crise de fé e escrevi ao Papa

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Roma (RV) - Diante dos 366 caixões de migrantes mortos durante o naufrágio em 3 de outubro de 2013, em Lampedusa, "tive uma grande crise de fé, que ainda me marca". Foi o que confidenciou o Arcebispo de Agrigento, Dom Francesco Montenegro, aos estudantes que lotavam a Aula Magna da Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, durante um encontro sobre migrações organizado pelo Centro Astalli dos jesuítas para os refugiados, na noite de quinta-feira.

"Encontrar-se diante de 366 caixões me fez sentir esmagado e com medo - contou. Estar no Cais de Lampedusa e ver aqueles rostos, provocou em mim uma crise de fé; não somente senti Deus distante, como realmente não o senti. Depois vi um policial chorar como criança. Naquela noite escrevi ao Papa, falando a ele da minha dificuldade, como bispo que deveria ajudar os outros e que pelo contrário encontrava-se com o coração apagado".

O que está acontecendo hoje na Europa - prosseguiu - é "uma história grave que não podemos colocar sob a expressão "caridade", mas devemos colocá-la sob a expressão "justiça". "O problema não é a migração, mas a injustiça no mundo e o mundo caminha sobre esta injustiça. Se não começarmos a combater a injustiça, as soluções não serão encontradas".

"Nós nos lavamos as mãos, mas continuamos a estar nas arquibancadas, como no Coliseu - afirmou e com o polegar para cima ou para baixo decidimos a sorte de quem pode viver ou morrer".

Pelo contrário - concluiu - "devemos começar a viver a cultura da acolhida, que é a capacidade de olhar o outro no solhos e o outro fica contente porque vê reconhecida a sua dignidade de homem". (JE/Sir)

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Bênção e saudação fraterna do Papa à Igreja na Ucrânia

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Kiev (RV) – O Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, se encontra, desde a última quarta-feira (15/6), em Kiev, capital da Ucrânia, para uma visita oficial.

Na manhã desta sexta-feira (17/6), celebrou Missa na Co-catedral católica latina de Santo Alexandre. Em sua homilia, o Cardeal destacou, entre outras coisas, que “nós cristãos devemos sempre lutar a trabalhar para que haja justiça e liberdade, sem jamais recorrer à violência”.

Depois da Santa Missa, o Secretário de Estado manteve encontros com o Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, com o Ministro do Exterior e o Presidente do Parlamento ucraniano.

Na parte da tarde, o Cardeal Parolin visitou o Sobor greco-católico de Kiev, que representa o centro de comunhão de toda a Igreja Greco-católica ucraniana local e da diáspora, símbolo de uma história árdua e heroica da Igreja na Ucrânia, em plena comunhão com Roma.

O Secretário de Estado da Santa Sé transmitiu a todos a Bênção e as fraternas saudações do Papa Francisco, que ele representa, o qual expressa sua solidariedade espiritual a toda a comunidade católica ucraniana, suas orações e constante ação para que “a paz possa voltar a reinar naquele país e progredir, sempre mais, rumo ao progresso, liberdade, justiça, igualdade e honestidade.

O Cardeal Parolin concluiu seu pronunciamento com as palavras de São Paulo às Igrejas da Macedônia: “Em meio às muitas tribulações, que puseram à prova essas igrejas, a grande alegria e a extrema pobreza delas transbordaram em riquezas de generosidade. Sou testemunha de que eles, conforme seus meios e até além, com toda a espontaneidade e com muita insistência, nos rogaram a graça de tomarem parte deste serviço em favor dos cristãos” (2Cor 8,23). (MT)

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Formação



Qual é o papel dos leigos católicos no Brasil?

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Cidade do Vaticano (RV) – Um balanço da vida do laicato na Igreja e no mundo, em perspectiva de um futuro à luz da reforma da Cúria Romana. Este é o objetivo dos participantes da Plenária do Pontifício Conselho para os Leigos, reunida no Colégio Mater Ecclesiae, em Roma.

Os 85 membros do Conselho terão também conferências com oradores de vários países sobre o engajamento missionários dos leigos no mundo ante os atuais desafios sociais e culturais. Conosco, o fundador da Comunidade Católica Shalom, a maior nova comunidade do país com mais de 5 mil membros entre Comunidade de Vida e Aliança. Moysés Azevedo começa falando das atividades realizadas pelo Pontifício Conselho para os Leigos. Criado em 1967, o dicastério realiza a sua última Plenária, já que a partir de setembro se unirá ao Pontifício Conselho para a Família e à Academia para a Vida. 

Ouça clicando aqui: 

(SP/CM)

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Tailândia: cristãos e budistas, relação de harmonia

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, voltamos ao nosso espaço de missão!  

Hoje, faremos mais uma viagem à Tailândia para conhecer um pouco mais o trabalho do Pe. Braz Lourenço de Oliveira missionário do Pontifício Instituto das Missões Exteriores (PIME), natural de Cataguases (MG).
 
Ele nos fala hoje sobre a relação entre cristãos e budistas. (MJ)

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Atualidades



Beatitude Shevchuk: Francisco, um pai que quer bem à Ucrânia

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Cidade do Vaticano (RV) - Prossegue a visita do Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, à Ucrânia. Esta sexta-feira (17/06), o purpurado presidiu à santa missa na Concatedral de Santo Alessandro, encontrando em seguida o Presidente  Poroshenko e as máximas autoridades institucionais do país de Leste europeu. Entrevistado pela Rádio Vaticano, o líder da Igreja greco-católica ucraniana, sua Beatitude Sviatoslav Shevchuk, fala com gratidão da proximidade mostrada pelo Papa Francisco à sorte de um país vítima de uma guerra esquecida:

Dom Shevchuk:- “Em primeiro lugar, é um sinal da solidariedade pessoal do Santo Padre: não das estruturas, não das ideias abstratas, mas de um pai que quer bem a seus filhos que estão na Ucrânia. Esse afeto vale mais do que qualquer ajuda material ou financeira. Em segundo lugar, mediante essa ação humanitária, o Santo Padre dirige um forte apelo a acabar com a guerra, porque não podemos curar os feridos, não podemos curar os atingidos se não curamos a causa desse sofrimento. Propriamente dessas palavras que o Cardeal Parolin dirigiu ao Conselho das Igrejas aqui em Zaporizia, acolhemos esse apelo à paz, ao respeito às fronteiras ucranianas internacionalmente reconhecidas a nível internacional. O caminho rumo à paz é o diálogo, a negociação e a via diplomática: não há possibilidade de uma solução militar. Em terceiro lugar, também mediante essa ação o Santo Padre nos chama a ser Igreja em saída. Agora devemos sair para buscar aqueles que sofrem.”

RV: O senhor apreciou as palavras do cardeal, quando falou de uma guerra esquecida pela Europa e de uma guerra que vai além dos confins da Ucrânia...

Dom Shevchuk:- “Foi muito importante ouvir este termo ‘a guerra esquecida’, porque há quase um ano que utilizo esse termo. Quando o Santo Padre anunciou essa coleta em favor da Ucrânia, muitos na Europa foram tomados de surpresa e diziam: ‘Por que? A guerra na Ucrânia não acabou?’ São muitos os conflitos no mundo dos quais a Europa comumente não tem consciência: estamos vivendo a maior crise humanitária neste continente desde o fim da II Guerra Mundial. Nosso país está em reconstrução, por isso nós católicos aqui na Ucrânia estamos trabalhando com as autoridades ucranianas para explicar-lhes o que significa hoje a autoridade moral do Santo Padre. Esperamos que esses encontros possam favorecer também os contatos diplomáticos para resolver o conflito em nosso país.” (RL)

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