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Sumario del 20/06/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: cristãos se olhem no espelho antes de julgar

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Cidade do Vaticano (RV) - Antes de julgar os outros, devemos olhar no espelho para ver como somos. Foi a exortação do Papa na missa matutina na Casa Santa Marta. O Pontífice sublinhou que aquilo que distingue o juízo de Deus do nosso não é a onipotência, mas a misericórdia.

 

O juízo pertence somente a Deus; por isso, se não quisermos ser julgados, nós também não devemos julgar os outros. Concentrando-se na leitura do Evangelho do dia, o Papa observou que ‘todos nós queremos que no Dia do Juízo, o Senhor nos olhe com benevolência, que se esqueça das coisas feias que fizemos na vida’.

Jesus nos chama de hipócritas quando julgamos os outros

Por isso, ‘se você julga continuamente os outros – advertiu – será julgado com a mesma medida’. “O Senhor – prosseguiu – nos pede para nos olharmos no espelho”:

“Olha no espelho... mas não para se maquiar, para que não se vejam suas rugas. Não, não, não é este o conselho... Olha no espelho para ver você mesmo, como é. ‘Por que olha o cisco que está no olho do seu irmão e não percebe a trave que está no seu? Como você pode dizer a seu irmão ‘Deixa eu tirar o cisco do seu olho, enquanto não presta atenção na trave que está no seu olho?’. E como nos define o Senhor, quando fazemos isso? Com uma só palavra: ‘Hipócrita’. Tira primeira a trave do seu olho, e só então, poderá ver direito e tirar o cisco do olho do seu irmão”.

Rezar pelos outros em vez de julgá-los

O Senhor, disse o Papa, podemos notar que “fica um pouco com raiva aqui”, nos chama de hipócritas quando nos colocamos no lugar de Deus”. Isto, acrescentou, é o que a serpente persuadiu a fazer Adão e Eva: “Se vocês comerem isso, vocês serão como Ele”. Eles, disse o Papa, “queriam tomar o lugar de Deus”:

“Por isso é feio julgar. O juízo é só de Deus, somente d’Ele! A nós o amor, a compreensão, rezar pelos outros quando vemos coisas que não são boas, mas também falar com eles: ‘Mas, olha, eu vejo isso, talvez ...' Mas jamais julgar. Nunca. E isso é hipocrisia, se nós julgamos”.

Em nossa opinião falta a misericórdia, só Deus pode julgar

Quando julgamos, continuou, “nós nos colocamos no lugar de Deus”, mas “o nosso julgamento é um julgamento pobre”, nunca “pode ser um verdadeiro julgamento”. “E por que – pergunta-se o Papa - o nosso não pode ser como o Deus? Por que Deus é Todo-Poderoso e nós não?” Não, é a resposta de Francisco, “porque em nosso julgamento falta a misericórdia. E quando Deus julga, julga com misericórdia”:

“Pensemos hoje no que o Senhor nos diz: não julgar, para não ser julgado; a medida, o modo, a medida com a qual julgamos será a mesma que usarão para conosco; e, em terceiro lugar, vamos nos olhar no espelho antes de julgar. ‘Mas aquele faz isso... isto faz o outro...’ ‘Mas, espere um pouco... ', eu me olho no espelho e depois penso. Pelo contrário, eu vou ser um hipócrita, porque eu me coloco no lugar de Deus e, também, o meu julgamento é um julgamento pobre; carece-lhe algo tão importante que tem o julgamento de Deus, falta a misericórdia. Que o Senhor nos faça entender bem essas coisas”. (CM-SP)

 

 

 

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Papa Francisco: reconhecidos 5 novos santos nesta segunda

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco presidiu na manhã desta segunda-feira (20/06) no Palácio Apostólico, no Vaticano, o Consistório Ordinário Público para proclamação de cinco novo santos. Entre os beatos que serão canonizados estão um bispo, uma freira carmelita, dois sacerdotes e um mártir. 

São eles: Guglielmo Nicola Ludovico, também conhecido como Salomone Leclerqc, dos Irmãos das Escolas Cristãs, mártir; Ludovico Pavoni, sacerdote, fundador da Congregação dos Filhos de Maria Imaculada; Elisabetta Catez, conhecida como Elisabete da Santíssima Trindade, monja professora da Ordem dos Carmelitas Descalços; Alfonso Maria Fusco, fundador da Congregação das Irmãs de São João Batista; e Manuel González García, bispo e fundador da Congregação das Irmãs Missionárias Eucarísticas de Nazaré e da União Eucarística Reparadora.

O Papa decretou que os Beatos sejam inscritos no Catálogo dos Santos no domingo 16 de outubro de 2016. (SP)

 

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Papa Francisco recebe ex-presidente israelense Shimon Peres

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu em audiência na manhã desta segunda-feira, no Vaticano, o ex-presidente de Israel, Shimon Peres. O último encontro entre o Pontífice e Peres ocorrera em 8 de junho de 2014, por ocasião da Invocação pela paz, feita nos Jardins vaticanos, junto com o presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, e o Patriarca Bartolomeu I. 

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Armênia, à espera do Papa nas palavras de um religioso

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Cidade do Vaticano (RV) – Na próxima sexta-feira, o Papa Francisco partirá em direção da Armênia onde permanecerá por três dias, até 26 de junho. O país caucásico abraçado pelo Evangelho já no ano 301, como recorda o lema da viagem apostólica “Visita ao primeiro país cristão”'. Para a comunidade armênia católica está se aproximando o momento do esperado abraço a Francisco.

Hospital desejado por JPII

Foi a primeira “Cruz Vermelha” do Cáucaso, a dos camilianos de Ashotsk, um complexo habitacional a dois mil metros onde se encontra o Redemptoris Mater, o hospital desejado por João Paulo II e pela Caritas italiana para ajudar os mais pobres após o terremoto 1998. Responsável pela estrutura, desde a sua criação, é o Padre Mario Cuccarollo, que conta à Rádio Vaticano a história do hospital e a espera da visita do Papa Francisco. Com uma esperança. Que realize uma de suas improvisações e vá abraçar os pacientes.

“O hospital foi construído pela Caritas italiana, a pedido de João Paulo II. É um hospital que praticamente renovou o serviço de saúde em toda a área da ex-região de Ashotsk, e inclui 21 postos de saúde em todo o território. É um pré-fabricado que faz parte de uma área habitada por cerca de 15 mil pessoas, mas recebe pacientes de quase toda a Armênia e muitos da vizinha Geórgia. A espera do Papa é certamente espasmódica. Será recebido como a pessoa mais importante no mundo, portanto a espera é muito grande”, disse o sacerdote. (SP)

 

 

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Card. Parolin: Igreja ucraniana aberta a todos a integrar várias culturas

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Cidade do Vaticano (RV) - Prossegue a viagem do cardeal secretário de Estado, Pietro Parolin, à Ucrânia, para levar a solidariedade do Papa Francisco à população que sofre o conflito existente no país do Leste europeu. A agenda do purpurado tem sido repleta de compromissos. 

Na manhã desta segunda-feira, o Cardeal Parolin visitou em Kiev, capital do país, o sacrário do Soldado desconhecido, encontrando em seguida, na Concatedral de Santo Alessandro, os pobres assistidos pelos Oblatas de Maria Imaculada. O cardeal almoçou, na nunciatura apostólica, com o corpo diplomático.

Dois eventos importantes marcaram, no domingo, o dia do purpurado em Leópolis (oeste da Ucrânia), presente na Divina Liturgia da Igreja greco-católica e no encontro com os seminaristas da Igreja de rito latino.

Trata-se de uma missão humanitária, com desdobramentos políticos e religiosos, que o secretário de Estado vaticano quis confiar ao Espírito Santo, durante a celebração de Pentecostes com os irmãos da Igreja greco-católica.

Invoquemos ao Espírito Santo “grande artífice de paz” – disse o purpurado – “que ponha fim a todo ódio e rancor” entre “aqueles que habitam esta terra” “amada por Deus”.

Falando aos seminaristas de rito latino, o Cardeal Parolin descreveu a Ucrânia um país “rico de expressões culturais, reflexo de várias identidades étnicas, nacionalidades e tradições religiosas. Uma Igreja “minoritária”, mas “bem radicada” “em todas as regiões” “das quais se sente parte”, “aberta a todos”, “num contexto de pluralidade e liberdade religiosa”, que “longe de favorecer o proselitismo”, enriquece a proposta eclesial”, recordou.

“Uma presença histórica e uma realidade em evolução” de miscigenação cultural”, que requer de seminaristas e formadores um estudo rigoroso do passado”: “das raízes bem compreendidas” até “um conhecimento claro, documentado e aprofundado do contexto cultural da Ucrânia de hoje”.

O país de vocês precisa propriamente disso para abrir-se “a horizontes sempre mais vastos”. “Um nacionalismo exasperado, que interpreta a si mesmo como única autêntica representação da identidade nacional, na realidade – explicou o Cardeal Parolin – é fruto de um complexo de inferioridade que não sabe aceitar a multiformidade” como “instrumento extraordinário de crescimento”.

Daí, o premente convite do purpurado aos seminaristas, a “jamais ceder à tentação” de fechar-se “num gueto”, vindo a faltar “ao chamado a integrar a Ucrânia não somente espiritualmente, mas também culturalmente, naquele processo de intercâmbio que hoje é sinal da maturidade dos povos”.

Por fim, o purpurado deixou algumas recomendações pastorais: “Vocês devem buscar as pessoas, frequentá-las, ouvi-las pacientemente e sabiamente aconselhá-las”.

Saiam de suas casas e vão vocês mesmos ao encontro daqueles que buscam o rosto de Deus e talvez ainda não tenham conseguido encontrá-lo na Igreja”. Fujam de “uma vida cômoda e bem retribuída”, “fechada num egoísmo sem alegria e esperança”.

E sobre o celibato exortou-os: que seja fecundo e não se torne “um peso para vocês”, “para os outros”, que sofrerão as consequências de suas frustrações”. Daí, a advertência: “eduquem a afetividade de vocês, sem medo das provações e da fraqueza, mas com grande transparência e verdade”. (RL)

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"Conheci uma Santa": Livro do Card. Comastri sobre Madre Teresa, a Santa da Misericórdia

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Cidade do Vaticano (RV) - "Conheci uma Santa" é o título do livro sobre Madre Teresa de Calcutá escrito pelo Cardeal Angelo Comastri, Vigário Geral do Papa para a Cidade do Vaticano e publicado na Itália nestes dias pelas Edições São Paulo. Na obra, o purpurado fala de seus tantos encontros com a futura Santa e oferece ao leitor inúmeras histórias, escritos e orações sobre Madre Teresa. A Rádio Vaticano pediu ao Cardeal Comastri para falar de sua experiência extraordinária de ter estado tão próximo da fundadora das Missionárias da Caridade: 

"Eu considero um grande dom do Senhor ter encontrado Madre Teresa de Calcutá. Confesso que cada vez que a encontrava, me trazia ao coração uma grande serenidade. Me parecia quase que experimentar a presença de Deus em sua alma. Uma vez me encantou uma definição de uma jornalista em relação a Madre Teresa que dizia assim: "Madre Teresa é uma janela aberta e Deus apareceu nesta janela e sorriu ao mundo". De minha parte, compartilho plenamente esta frase, porque cada vez que a encontrava. tinha quase que a sensação física de me aproximar do Senhor, e sentir o Senhor que evidentemente estava em sua alma. Quando a saudei pela última vez - era 22 de maio de 1997 na Casa na Via Casilina - já estava doente, se percebia que tinha pouquíssima força. Naquela ocasião confiei a ela o meu sofrimento porque a minha mãe havia morrido há poucos dias. Disse a ela: "Madre, mamãe me deixou". E ela, recordo ainda, me disse: "A tua mãe está no céu. Agora, está mais próxima de ti do que antes" e acrescentou, "também eu irei ao céu. Estarei sempre próxima de ti". Estas palavras, para mim, foram de uma consolação extraordinária, porque Madre Teresa, quando prometia uma coisa, a fazia".

RV: Com a canonização a sentiremos todos realmente próxima. Do céu poderá fazer até mesmo mais do que fez de modo extraordinário sobre a Terra?

"Não há dúvida. João Paulo II disse: "Os Santos no céu não têm necessidade de aplausos. Os Santos nos pedem somente para segui-los". E Madre Teresa não se cansa nunca de nos dizer: "Sejam santos". Recordo quando me dava algum santinho. Nos escrevia sempre: "Be holy (Seja santo!)". Assim, nos diz ainda a mesma coisa, porque a única coisa que conta é a santidade. Para usar as suas palavras: "A única mala que levaremos para o além é a mala da caridade". Recordo que quando me disse estas palavras, acrescentou: "Enquanto há tempo, encha-a, porque é a única mala que levarás contigo".

RV: No livro, os capítulos são intercalados por orações de Madre Teresa ou por oração que ela considerava muito e recitava diariamente....

"Poderíamos dizer que a oração é o segredo de Madre Teresa de Calcutá. Quando Pérez de Cuéllar (então Secretário Geral das Nações Unidas) a apresentou à ONU com palavras um pouco altissonantes dizendo: "Vos apresento a mulher mais poderosa da Terra. Ela é realmente as Nações Unidas porque em seu coração estão os pobres de todo o mundo", a Madre respondeu: "Eu sou somente uma irmã que reza", e acrescentou: "rezando, Jesus coloca de seu amor no coração. Eu vou levá-lo aos pobres de todo o mundo, aos pobres que encontro". Depois teve a coragem de dizer: "Rezem também vocês e se darão conta dos pobres que tendes ao vosso lado, talvez na área da vossa própria casa".

RV: Madre Teresa tinha uma extraordinária capacidade de comunicação com todos. O senhor recordou, em particular, da Princesa Diana...

"Sim. A Madre acolheu com tanto afeto a Princesa Diana, mas não tanto porque era uma Princesa, mas porque era uma filha de Deus. E foram apresentadas a Madre Teresa algumas precauções a ter em relação a Diana, ela disse: "Eu nunca recebi a Princesa Diana: eu recebi sempre a infeliz Diana". Isto é muito bonito. Ela sabia compadecer-se do sofrimento de todos, príncipes ou não príncipes, pobres ou não pobres, porque eram todos filhos de Deus, como deve ser para todos".

RV: O que ficou dos tantos encontros que o senhor teve com Madre Teresa?

"Cada encontro era bonito; cada encontro era rico. Porém, o primeiro encontro é o que recordo de modo extraordinário, sobretudo quando disse à Madre: "Esperava que a senhora me pediria quanta caridade eu faço.....". E recordo que ela me disse: " E tu pensas que eu poderia fazer a caridade? Poderia ir até os pobres se não rezasse? É rezando que Jesus coloca o amor no coração. Eu vou levá-lo aos pobres que encontro pelo caminho", e acrescentou: "Recorde-se bem - movendo o dedo - que sem Deus somos muito pobres para poder ajudar os pobres".

RV: Beatificada por São João Paulo II, apóstolo da Divina Misericórdia, será canonizada pelo Papa Francisco no Jubileu da Misericórdia. Poderíamos dizer que é um dos testemunhos mais fortes dos nossos tempos da misericórdia de Deus?

"Quando um jornalista tentava fotografar os olhos da Madre - eu estava presente - perguntamos a eles: "Por que insistes? Estás incomodando a Madre". E o jornalista responde: "Quero fotografar os olhos: nunca vi olhos assim tão felizes. Gostaria, de alguma forma, captar o segredo da alegria destes olhos". Recordo que a irmã que estava ao lado traduziu para a Madre em inglês. A Madre respondeu: "O segredo é tão simples: os meus olhos são felizes porque as minhas mãos enxugam tantas lágrimas. Faça também o senhor assim: terás olhos felizes como os meus". (MJ/AG)

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Igreja na América Latina



Bispos hondurenhos têm novo Presidente, em substituição a Card. Maradiaga

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Tegucigalpa (RV) -  O Bispo de San Pedro Sula, Dom Ángel Garachana Pérez,  é o novo Presidente da Conferência Episcopal de Honduras (CEH), em substituição ao Cardeal Óscar Andrés Rodríguez Maradiaga.

O novo Presidente da Conferência Episcopal afirmou que recebe a nova responsabilidade com a atitude de quem serve: "Não é um privilégio. O cargo é carga, reza o dito popular, e o recebo com humildade e vontade de trabalhar. Meu trabalho é animar, coordenar e presidir o trabalho dos Bispos de Honduras".

"O funcionamento da CEH já está determinado, fica somente a missão de cuidas das relações de fraternidade com meus companheiros bispos e enfrentar dos problemas que vamos tratando".

Para o Bispo Auxiliar de San Pedro Sula, Dom Rómulo Emiliani, Dom Garachana é a pessoa mais adequada para ocupar o cargo, visto por ser o que mais tempo leva servindo Honduras e é o que melhor dominas os temas da Conferência Episcopal, a Pastoral de Conjunto e a estrutura interna da Igreja. Ademais - acrescenta o prelado - conhece perfeitamente a problemática e a situação do país.

Dom Óscar Andrés Rodríguez Maradiaga presidia a Conferência dos Bispos Hondurenhos desde 1997. Prestes a completar 75 anos e com uma agenda de responsabilidade cada vez maior - pela ligação com a Santa Sé -  expressou a conveniência de que outro bispo assumisse o cargo.

A reunião dos bispo da CEH concluiu-se na sexta-feira, 17 de junho, ocasião em que foram tratados temas relevantes que dizem respeito à vida da Igreja e do povo hondurenho. (JE)

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Igreja no Mundo



JMJ 2016: Kit Peregrino é apresentado em Cracóvia

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Cracóvia (RV) - Os peregrinos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Cracóvia já sabem como estarão “equipados” para o evento. O Kit Peregrino foi apresentado na última quinta-feira, dia 16, e traz em si um design que remete aos elementos da Jornada polonesa e à misericórdia.

O Kit, desenhado com base no projeto vencedor de Hanna Talarek, inclui uma mochila disponível em três cores – azul, vermelha e amarela –, as quais serão atribuídas aleatoriamente. O seu desenho gráfico é a centelha da misericórdia, um dos elementos do logo da JMJ Cracóvia 2016.

Formato importante

Segundo a coordenadora do Setor de Design Gráfico da JMJ Cracóvia 2016, Monika Rybczyska, “quando a mochila estava sendo projetada, o gráfico e o formato eram o mais importante”.

“Para o gráfico – explica –, nós queríamos que nossa mensagem fosse consistente e que levasse em conta o tema da misericórdia e a centelha, que ‘sai de Cracóvia para o mundo inteiro’. É por isso que este elemento do logo estará na mochila”.

Em relação ao formato, a coordenadora afirma que a preocupação principal era no que diz respeito à funcionalidade. “Chegar à forma final da mochila nos tomou quase... três meses!”, recorda.

Dentro da mochila

Dentro da mochila, o peregrino encontra um terço-bracelete para rezar o Terço da Divina Misericórdia, um lenço de microfibra, um xale multifuncional para proteger do sol de julho e uma capa, caso chova.

Há ainda um guia do peregrino, um guia de Cracóvia, uma oração “Jesus eu confio em Vós”, um livro de orações “Um Livro Extraordinário sobre a Divina Misericórdia” e, dependendo do tipo de pacote escolhido, vouchers para alimentação.

Os peregrinos devem chegar a Cracóvia para a JMJ 2016 no dia 25 de julho e as atividades se realizarão de 26 a 31 de julho. As inscrições para a Jornada terminam no próximo dia 30 de junho. (SP)

 

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Duas religiosas italianas morrem em acidente na Guiné-Bissau

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Bissau (RV) - Duas religiosas de uma missão católica na Guiné-Bissau morreram no último sábado (18) num acidente rodoviário, informou à agência Lusa fonte da igreja local.

Romana Sacchetti, 77 anos, e Esperia Sulis, 76 anos, italianas, dirigiam a Missão Católica de Bula, 33 quilômetros a norte de Bissau, que inclui um centro de recuperação nutricional e uma escola que acolhe centenas de crianças.

As duas responsáveis da missão juntamente com outra freira e várias crianças se dirigiam para a ordenação sacerdotal de um padre em Safim, nos arredores da capital guineense. A terceira acompanhante e algumas crianças permanecem internadas no Hospital de Cumura devido aos ferimentos causados pelo acidente.

As duas vítimas mortais faziam parte da congregação das Adoradoras do Sangue de Cristo, com sede em Roma. (SP)

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Na abertura do Concílio Pan-Ortodoxo, Bartolomeu agradece ao Papa e apela à unidade

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Atenas (RV) - Com um “cordial obrigado” ao Papa Francisco - que no Angelus deste domingo recordou e rezou uma Ave Maria com os fieis presentes na Praça São Pedro pelo “santo e grande Concílio da Igreja Ortodoxa” – o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, abriu na manhã desta segunda-feira em Chania, na Ilha grega de Creta, os trabalhos do Concílio Pan-Ortodoxo. Antes de se pronunciar na abertura dos trabalhos,  Bartolomeu recordou a todos que apoiam o Concílio, entre estes, o Papa Francisco. 

Entre os participantes do histórico encontro está o Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch e o Secretário do dicastério Dom Brian Farrel. No domingo foi celebrada a Divina Liturgia por ocasião da Festa de Pentecostes, celebrada pelas Igrejas que seguem o Calendário Juliano.

Igrejas ausentes reafirmam razões pela não participação no Concílio

Ao tomar a palavra, Bartolomeu recordou aos presentes que “o mundo está olhando para nós” e isto – acrescentou – nos pede “uma responsabilidade ainda maior”. Antes da leitura da prolusão, Bartolomeu referiu-se à ausência das Igrejas de Moscou, Bulgária, Geórgia e Antioquia. Então,  leu as mensagens enviadas pelos Patriarcas Iohannes X de Antioquia e Kirill da Igreja Ortodoxa Russa, em que são reafirmadas as razões da ausência no evento.

Divina Liturgia de Pentecostes

Os Primazes das Igrejas Ortodoxas celebraram no domingo a grande Festa de Pentecostes na Igreja de São Menos, em Heraklion, com uma Liturgia com duração de quatro horas. Tomaram parte na celebração o Patriarca ecumênico de Constantinopla Bartolomeu I, acompanhado pelos Patriarcas Teodoro de Alexandria, Theophilos de Jerusalém, Irinej da Sérvia e Daniel da Romênia; os Arcebispos Chrysostomos de Chipre e Ieronymus de Atenas e de toda a Grécia, o Metropolita Sawa de Varsóvia e de toda a Polônia e os Arcebispos  Anastasios de Albânia e Rastislav da República Tcheca e Eslováquia. Na Liturgia estavam presentes ainda o Presidente da república da Grécia, Prokopis Pavlopoulus, membros do governo e autoridades políticas locais.

Apelo à unidade

Dirigindo-se aos Primazes, aos bispos, clero e leigos, o Patriarca Ecumênico fez um apelo à unidade da Igreja. “Hoje é também um dia em que clamamos ao Paráclito e imploramos a ele para que venha e permaneça entre nós, nos proteja na sua verdade e santidade, segundo a oração dolorosa do Senhor no Jardim do Getsêmani”. A oração de Jesus pela unidade dos que creem é “a exigência  primordial da humanidade em um mundo dividido”.

Caminho da unidade exige sacrifício e muito trabalho

“Independente de nossas diferenças – afirmou Bartolomeu – nós ortodoxos devemos sublinhar que o único caminho a ser tomado no mundo é o da unidade. Certamente, este caminho exige um sacrifício vivo, muito trabalho e requer uma dura luta para não nos afastarmos. É certo que este Concílio dará uma contribuição nesta direção, estabelecendo – por meio da consulta no Espírito Santo e do diálogo franco e construtivo – um clima de confiança e de compreensão recíproca”. “A nossa missão é a unidade da Igreja Ortodoxa e de seus fieis”, reafirmou o Patriarca.

Mundo tem sede de uma mensagem de verdade, pureza e esperança

“Deixando de lado os problemas causados pelas nossas diferentes origens étnicas, imploramos o Paráclito para que desça sobre nós, para que iluminados por Aquele que é a luz e vida e fonte espiritual de sabedoria, possamos dirigirmo-nos ao mundo que tem sede de uma mensagem de verdade, pureza e esperança”. (JE)

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Patriarca Sírio-ortodoxo escapa de atentado suicida

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Damasco (RV) –  O Patriarca Sírio-ortodoxo, Ignatius Aphrem II, escapou de um atentado suicida durante a celebração do Pentecostes segundo o Calendário Juliano e a inauguração de um monumento em recordação às vítimas do genocídio de 1915 perpetrado pelo Império Turco-Otomano contra cristãos assírios e armênios. No ataque, ainda sem autoria oficial reivindicada, morreram, além do suicida, três responsáveis pela segurança. Comunidades cristãs de todo o mundo condenaram o atentado.

Durante as celebrações, o líder da Comunidade sírio-ortodoxa abençoou um monumento em recordação aos mortos no massacre conhecido como “Massacre de Sayfo” (da espada). Na área estavam presentes milhares de fieis. Testemunhas locais afirmam que o atentador se fez explodir dentro do prédio, morrendo junto com outras três pessoas.

O ataque não foi reivindicado por nenhum grupo. Já no passado, no entanto, a região foi alvo de ataques perpetrados pelo Estado Islâmico. Outras hipóteses, no entanto,  não são excluídas devido ao forte cunho político da celebração - visto sempre existirem tensões quando o tema do genocídio é tratado – e a forte presença curda na região.

O ataque deste domingo é o quarto contra a comunidade assíria de Qamishli nos últimos seis meses. Em 22 de maio passado, um kamikaze do EI atacou no mesmo distrito, matando ao menos cinco pessoas, três delas cristãos assírios. Em 24 de janeiro, por sua vez, duas explosões ocorreram no Bairro assírio de Qamishli, matando três fieis e ferindo outros 20. Por fim, três bombas foram lançadas contra centros comerciais da cidade em 30 de dezembro de 2015, matando 16 pessoas.

Diversas personalidades da Igreja e da sociedade civil condenaram com veemência o atentado, voltado a matar a personalidade mais importante da Comunidade sírio-ortodoxa. A Federação dos Arameus (Siríacos) sublinha em uma nota que é dever da “comunidade internacional” proteger os arameus “que ficaram em sua mãe-pátria”. “Não precisa ignorar – prossegue o comunicado – o choro que parte os corações e a ajuda de uma civilização em extinção e, ao mesmo tempo, povo da Síria”. Centenas de milhares de Arameus “já deixaram a sua terra” – conclui a nota – um povo que ainda hoje luta “pelo reconhecimento e pela sobrevivência”. (JE)

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Formação



Equipe Olímpica de Refugiados: sinal de esperança e superação

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Cidade do Vaticano (RV) - Quando o Hino Olímpico tocar na abertura dos Jogos do Rio, além de evocar o espírito olímpico, pela primeira a música vai representar um time: é a Equipe Olímpica de Atletas Refugiados. 

Um etíope, dois sírios, dois congoleses e cinco sul-sudaneses: eles vão ser os primeiros a entrar no Maracanã e vão desfilar sob a bandeira Olímpica, antes da delegação brasileira.

O trabalho para esta decisão inédita do Comitê Olímpico Internacional que culminou com a criação da Equipe Olímpica de Atletas Refugiados começou cerca de dois anos atrás, como explica o porta-voz do Acnur no Brasil, Luiz Fernando Godinho.

“O Comitê Olímpico Internacional pediu que se fizesse uma pesquisa para identificar, entre aqueles refugiados atendidos pelo Acnur ou pelos seus parceiros no mundo inteiro, refugiados que tivessem um histórico esportivo e pudessem ser pré-selecionados para uma eventual participação na Rio 2016. Todos atingiram os índices olímpicos como todos os outros atletas”, recordou.

Jovens atletas

São jovens entre 18 e 35 anos que vivem como refugiados no Brasil, na Alemanha, no Quênia, na Bélgica e em Luxemburgo. Dois atletas da Equipe vivem no Brasil: são lutadores de judô originários da Republica Democrática do Congo. Chegaram ao Brasil em 2013 durante o Campeonato mundial de Judô, quando decidiram renunciar à delegação, permanecer no Brasil e pedir asilo.

“Durante esta estadia no Rio de Janeiro, por diferentes motivos que eles já explicaram as autoridades brasileiras, decidiram abandonar a delegação e solicitar refugio no Brasil. Alegaram que sofriam maus-tratos, já eram deslocados internamente pelo conflito no na RDC desde a infância. Durante este processe de profissionalização como judocas, eles alegaram ter passado por momentos muito difíceis, ter sofridos maus-tratos por parte dos treinadores e também pela própria situação de instabilidade no país de origem, eles não queriam retornar porque não viam ali uma perspectiva, uma segurança suficiente para preservar a vida”.

Questão dos Refugiados

Godinho encontra ainda pontos de convergência entre a mensagem do Papa na defesa dos refugiados e a criação da Equipe.

“A posição pública do Papa Francisco em defesa da causa dos refugiados, não apenas nos seus discursos, mas também no seus atos, ao visitar campos de refugiados na Europa, ao encontrar com refugiados em diferentes partes do mundo, dá uma dimensão da importância e da sensibilidade que ele tem para este tema. E ajuda, assim como esperamos que a Equipe de Atletas ajudará, a aumentar a visibilidade desta questão e sensibilizar a opinião publica nacional sobre a importância de ter uma visão mais humanitária, uma abordagem de acolhimento e de entendimento de que estas pessoas são pessoas que passaram por situações extremas e que precisam ter a chance de recomeçar a vida delas onde quer que estejam”. 

Entre os atletas está Rami Anis, sírio, de 25 anos. Ele escapou de Aleppo, deixou para trás seu país com a família e hoje vive na Bélgica. Lá, retomou os treinamentos.

"Estou muito honrado em participar das Olimpíadas, em nome do a Equipe de Refugiados. Espero alcançar bons resultados, honrar os refugiados e o povo sírio. Mas minha participação não será só em nome dos refugiados, poque levarei comito o nome do meu país". 

(rb)

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Aparecida tornou-nos conscientes da natureza missionária de cada cristão

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro semanal “O Brasil na Missão Continental” continua trazendo a experiência deste projeto de animação missionária na realidade eclesial da Diocese de Guarabira, cujo bispo, Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena, tem nos enriquecido estes dias neste espaço de formação e aprofundamento. 

Referindo-se à V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, o bispo desta Igreja particular da Paraíba afirma-nos que “Aparecida nos tornou conscientes da própria natureza missionária de cada cristão”.

Atendo-se ao tema da ação evangelizadora da Igreja na esteira da “Missão Continental”, Dom Lucena enfatiza que “a pastoral nada mais é que um exercício de maternidade da Igreja”. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Atualidades



65 milhões: nunca na História houve tantos refugiados

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Cidade do Vaticano (RV) – 20 de junho é o dia dedicado pelas Nações Unidas aos Refugiados. O Papa Francisco mencionou esta recorrência em seu encontro dominical (19/06) com os fiéis.

O Pontífice recordou que o tema do Dia Mundial do Refugiado deste ano é “Com os refugiados. Estamos do lado de quem é obrigado a fugir”. 

“Os refugiados são pessoas como nós, porém a guerra tirou deles casa, trabalho, parentes e amigos. As suas histórias e seus rostos nos convidam a renovar o compromisso para construir a paz na justiça. Por isso, queremos estar com eles: encontrá-los, acolhê-los, ouvi-los para nos tornar juntos artesãos da paz, segundo a vontade de Deus”. 

O número de pessoas deslocadas por motivos de conflitos e perseguições em todo o mundo chegou a 65,3 milhões no final de 2015, de acordo com um relatório da ONU apresentado nesta data. 

Este total inclui refugiados, deslocados internos e requerentes de asilo e é considerado um recorde pela agência da ONU para Refugiados, o ACNUR. 65,3 milhões de pessoas é mais do que a população do Reino Unido, da França ou da Itália.

Dentre os eventos promovidos para marcar esta data, um dos mais ressonantes é a campanha da ONU em que cerca de 60 celebridades aparecem ao lado de refugiados de vários países, solicitando apoio a essa população – o maior número desde a Segunda Guerra Mundial.

União

"Nós estamos juntos com os refugiados. Por favor, junte-se a nós". Este é o pedido feito no vídeo pelo Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon; pelos atores Ben Stiller, Cate Blanchet, Helen Mirren, Scarlett Johansson, e a brasileira Bruna Marquizine; pelo arcebispo anglicano Desmond Tutu; pelo cantor Juanes, entre outros famosos.

O objetivo é garantir o maior número possível de assinaturas em uma petição que pede aos governos mais ação em prol das pessoas que são forçadas a se deslocar por causa de guerras e de conflitos.

Pessoas Comuns

Antes do lançamento da campanha, o porta-voz do ACNUR no Brasil, Luiz Fernando Godinho, falou com a Rádio ONU, de Brasília, sobre a iniciativa:

"É uma campanha que traz uma série de histórias individuais de refugiados ao redor do mundo. Mostra que os refugiados são pessoas como eu, como você, como os ouvintes da Rádio ONU. São pessoas que tiveram que passar por situações extremas, que vivem momentos difíceis, mas que estão reconstruindo suas vidas com seus sonhos e seus objetivos".

Direitos

Segundo Luiz Fernando Godinho, a petição pode ser assinada por qualquer pessoa na internet, com um apelo para que todas as crianças refugiadas tenham acesso à educação e todas as famílias sejam abrigadas em locais seguros. 

A petição será entregue aos líderes mundiais na Assembleia Geral da ONU antes da Reunião de Alto Nível sobre Refugiados e Migrantes, que ocorre na organização em 19 de setembro.

Refugiados no Brasil

Dados atuais do Comitê Nacional de Refugiados (Conare), do Ministério da Justiça brasileiro, indicam que nosso país abriga 8.731 refugiados de 79 nacionalidades diferentes, sendo 2.252 sírios.

O Brasil sempre teve um papel pioneiro e de liderança na proteção internacional dos refugiados. Foi o primeiro país do Cone Sul a ratificar a Convenção relativa ao Estatuto dos Refugiados de 1951, no ano de 1960. Foi ainda um dos primeiros países integrantes do Comitê Executivo do ACNUR, responsável pela aprovação dos programas e orçamentos anuais da agência.

O refugiado dispõe da proteção do governo brasileiro e pode, portanto, obter documentos, trabalhar, estudar e exercer os mesmos direitos que qualquer cidadão estrangeiro legalizado no Brasil que possui uma das legislações mais modernas sobre o tema (lei 9474/97).

(CM-ONU-agências)

 

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Dia Mundial do Refugiado 2016

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Nova Iorque (RV) – Nesta segunda-feira (20/) celebra-se o Dia Mundial do Refugiado.

A ONU instituiu o Dia Mundial do Refugiado no ano 2000, com o objetivo de consciencializar os governos e as populações sobre o grave problema dos refugiados.

Nesta data, presta-se homenagem à resistência e à força de todos os refugiados do mundo, que foram obrigados a fugir de suas casas por motivos de perseguição, calamidade ou guerra. Neste dia, diversas personalidades enviam mensagens e vídeos de apoio aos refugiados (cf. abaixo, a mensagem na íntegra do Papa). Por sua vez, os refugiados são convidados a contar as suas histórias, entre outras atividades que se realizam em todo o mundo.

O “refugiado” é uma pessoa que sofre perseguição pela sua raça, naturalização, religião, grupo social ou opinião política e que se encontra fora do seu país, não podendo retornar por forças maiores.

Estima-se que existem mais de 45 milhões de pessoas espalhadas pelo mundo, que foram forçadas a encontrar um novo lugar para viver. As regiões com maior número de refugiados no mundo são: Oriente Médio, Sudeste Asiático, África Oriental e Corno da África.

Segundo o Parlamento Europeu, os países europeus que mais oferecem assistência aos refugiados são: Itália, Suécia, Alemanha, França e Reino Unido. (MT/várias)

 

Mensagem integral do Papa para a ocasião:

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA O DIA MUNDIAL DO MIGRANTE E DO REFUGIADO 2016

"Os emigrantes e refugiados interpelam-nos. A resposta do Evangelho da misericórdia".

Queridos irmãos e irmãs!

Na bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia recordei que «há momentos em que somos chamados, de maneira ainda mais intensa, a fixar o olhar na misericórdia, para nos tornarmos nós mesmos sinal eficaz do agir do Pai» (Misericordiae Vultus, 3). De facto, o amor de Deus quer chegar a todos e cada um, transformando aqueles que acolhem o abraço do Pai noutros tantos braços que se abrem e abraçam para que todo o ser humano saiba que é amado como filho e se sinta «em casa» na única família humana. Deste modo, a ternura paterna de Deus, que se estende solícita sobre todos, mostra-se particularmente sensível às necessidades da ovelha ferida, cansada ou enferma, como faz o pastor com o rebanho. Foi assim que Jesus Cristo nos falou do Pai, dizendo que Ele Se inclina sobre o homem chagado de miséria física ou moral e, quanto mais se agravam as suas condições, tanto mais se revela a eficácia da misericórdia divina.

Neste nosso tempo, os fluxos migratórios aparecem em contínuo aumento por toda a extensão do planeta: prófugos e pessoas em fuga da sua pátria interpelam os indivíduos e as coletividades, desafiando o modo tradicional de viver e, por vezes, transtornando o horizonte cultural e social com os quais se confrontam. Com frequência sempre maior, as vítimas da violência e da pobreza, abandonando as suas terras de origem, sofrem o ultraje dos traficantes de pessoas humanas na viagem rumo ao sonho dum futuro melhor. Se, entretanto, sobrevivem aos abusos e às adversidades, devem enfrentar realidades onde se aninham suspeitas e medos. Enfim, não raramente, embatem na falta de normativas claras e praticáveis que regulem a recepção e prevejam itinerários de integração a breve e a longo prazo, atendendo aos direitos e deveres de todos. Hoje, mais do que no passado, o Evangelho da misericórdia sacode as consciências, impede que nos habituemos ao sofrimento do outro e indica caminhos de resposta que se radicam nas virtudes teologais da fé, da esperança e da caridade, concretizando-se nas obras de misericórdia espiritual e corporal.

Na base desta constatação, quis que o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado de 2016 fosse dedicado ao tema: «Os emigrantes e refugiados interpelam-nos. A resposta do Evangelho da misericórdia». Os fluxos migratórios constituem já uma realidade estrutural, e a primeira questão que se impõe refere-se à superação da fase de emergência para dar espaço a programas que tenham em conta as causas das migrações, das mudanças que se produzem e das consequências que imprimem novos rostos às sociedades e aos povos. Todos os dias, porém, as histórias dramáticas de milhões de homens e mulheres interpelam a comunidade internacional, testemunha de inaceitáveis crises humanitárias que surgem em muitas regiões do mundo. A indiferença e o silêncio abrem a estrada à cumplicidade, quando assistimos como expectadores às mortes por sufocamento, privações, violências e naufrágios. De grandes ou pequenas dimensões, sempre tragédias são; mesmo quando se perde uma única vida humana.

Os emigrantes são nossos irmãos e irmãs que procuram uma vida melhor longe da pobreza, da fome, da exploração e da injusta distribuição dos recursos do planeta, que deveriam ser divididos equitativamente entre todos. Porventura não é desejo de cada um melhorar as próprias condições de vida e obter um honesto e legítimo bem-estar que possa partilhar com os seus entes queridos?

Neste momento da história da humanidade, fortemente marcado pelas migrações, a questão da identidade não é uma questão de importância secundária. De facto, quem emigra é forçado a modificar certos aspectos que definem a sua pessoa e, mesmo sem querer, obriga a mudar também quem o acolhe. Como viver estas mudanças de modo que não se tornem obstáculo ao verdadeiro desenvolvimento, mas sejam ocasião para um autêntico crescimento humano, social e espiritual, respeitando e promovendo aqueles valores que tornam o homem cada vez mais homem no justo relacionamento com Deus, com os outros e com a criação?

De facto, a presença dos emigrantes e dos refugiados interpela seriamente as diferentes sociedades que os acolhem. Estas devem enfrentar factos novos que podem aparecer imprudentes se não forem adequadamente motivados, geridos e regulados. Como fazer para que a integração se torne um enriquecimento mútuo, abra percursos positivos para as comunidades e previna o risco da discriminação, do racismo, do nacionalismo extremo ou da xenofobia?

A revelação bíblica encoraja a recepção do estrangeiro, motivando-a com a certeza de que, assim fazendo, abrem-se as portas a Deus e, no rosto do outro, manifestam-se os traços de Jesus Cristo.

Muitas instituições, associações, movimentos, grupos comprometidos, organismos diocesanos, nacionais e internacionais experimentam o encanto e a alegria da festa do encontro, do intercâmbio e da solidariedade. Eles reconheceram a voz de Jesus Cristo: «Olha que Eu estou à porta e bato» (Ap 3, 20). E todavia não cessam de multiplicar-se também os debates sobre as condições e os limites que se devem pôr à recepção, não só nas políticas dos Estados, mas também nalgumas comunidades paroquiais que vêem ameaçada a tranquilidade tradicional.

Diante de tais questões, como pode a Igreja agir senão inspirando-se no exemplo e nas palavras de Jesus Cristo? A resposta do Evangelho é a misericórdia.

Em primeiro lugar, esta é dom de Deus Pai revelado no Filho: de facto, a misericórdia recebida de Deus suscita sentimentos de jubilosa gratidão pela esperança que nos abriu o mistério da redenção no sangue de Cristo. Depois, a misericórdia alimenta e robustece a solidariedade para com o próximo, enquanto exigência de resposta ao amor gratuito de Deus, que «foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo» (Rm 5, 5). Aliás, cada um de nós é responsável pelo seu vizinho: somos guardiões dos nossos irmãos e irmãs, onde quer que vivam. O cultivo de bons contactos pessoais e a capacidade de superar preconceitos e medos são ingredientes essenciais para se promover a cultura do encontro, onde cada um esteja disposto não só a dar, mas também a receber dos outros. De facto, a hospitalidade vive do dar e receber.

Nesta perspectiva, é importante olhar para os emigrantes não somente com base na sua condição de regularidade ou irregularidade, mas sobretudo como pessoas que, tuteladas na sua dignidade, podem contribuir para o bem-estar e o progresso de todos, de modo particular quando assumem responsavelmente deveres com quem os acolhe, respeitando gratamente o património material e espiritual do país que os hospeda, obedecendo às suas leis e contribuindo para os seus encargos. Em todo o caso, não se podem reduzir as migrações à dimensão política e normativa, às implicações económicas e à mera coexistência de culturas diferentes no mesmo território. Estes aspectos são complementares da defesa e promoção da pessoa humana, da cultura do encontro dos povos e da unidade, onde o Evangelho da misericórdia inspira e estimula itinerários que renovam e transformam a humanidade inteira.

A Igreja coloca-se ao lado de todos aqueles que se esforçam por defender o direito de cada pessoa a viver com dignidade, exercendo antes de mais nada o direito a não emigrar a fim de contribuir para o desenvolvimento do país de origem. Esse processo deveria incluir, no seu primeiro nível, a necessidade de ajudar os países donde partem os emigrantes e prófugos. Assim se confirma que a solidariedade, a cooperação, a interdependência internacional e a distribuição equitativa dos bens da terra são elementos fundamentais para atuar, em profundidade e com eficácia, sobretudo nas áreas de partida dos fluxos migratórios, para que cessem aquelas carências que induzem as pessoas, de forma individual ou coletiva, a abandonar o seu próprio ambiente natural e cultural. Em todo o caso, é necessário esconjurar, se possível já na origem, as fugas dos prófugos e os êxodos impostos pela pobreza, a violência e as perseguições.

Sobre isto, é indispensável que a opinião pública seja informada de modo correto, até para prevenir medos injustificados e especulações sobre a pele dos emigrantes.

Ninguém pode fingir que não se sente interpelado pelas novas formas de escravidão geridas por organizações criminosas que vendem e compram homens, mulheres e crianças como trabalhadores forçados na construção civil, na agricultura, na pesca ou noutros âmbitos de mercado. Quantos menores são, ainda hoje, obrigados a alistar-se nas milícias que os transformam em meninos-soldados! Quantas pessoas são vítimas do tráfico de órgãos, da mendicidade forçada e da exploração sexual! Destes crimes aberrantes fogem os prófugos do nosso tempo, que interpelam a Igreja e a comunidade humana, para que também eles possam ver, na mão estendida de quem os acolhe, o rosto do Senhor, «o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação» (2 Cor 1, 3).

Queridos irmãos e irmãs emigrantes e refugiados! Na raiz do Evangelho da misericórdia, o encontro e a recepção do outro entrelaçam-se com o encontro e a recepção de Deus: acolher o outro é acolher a Deus em pessoa! Não deixeis que vos roubem a esperança e a alegria de viver que brotam da experiência da misericórdia de Deus, que se manifesta nas pessoas que encontrais ao longo dos vossos caminhos! Confio-vos à Virgem Maria, Mãe dos emigrantes e dos refugiados, e a São José, que viveram a amargura da emigração no Egito. À intercessão deles, confio também aqueles que dedicam energias, tempo e recursos ao cuidado, tanto pastoral como social, das migrações. De coração a todos concedo a Bênção Apostólica.

Vaticano, 17 de Janeiro de 2016.

Papa Francisco

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VII Festival do Filme Católico tem início em Roma

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Roma (RV) – Tem início esta segunda-feira (20/06) em Roma a VII edição do Festival Internacional do Filme Católico (Mirabile Dictu), iniciativa idealizada pela Diretora e Produtora Liana Marabini para dar espaço a produtores e diretores de filmes, documentários, ficção, seriados de TV, curtas-metragens e programas que promovam valores morais universais.

Concorrem quatro categorias

Nascido em 2010 no Alto Patronato do Pontifício Conselho da Cultura, o Festival realiza-se até 23 de junho com “disputas” em quatro categorias: melhor filme, melhor documentário, melhor curta-metragem e melhor diretor. Os vencedores receberão o prestigioso Prêmio Peixe de Prata, inspirado no primeiro símbolo dos cristãos. O prêmio pela carreira será atribuído este ano ao produtor televisivo italiano Bibi Ballandi.

Objetivos do festival

Mirabile Dictu projeta os filme concorrentes para o júri e distribuidores, facilitando posteriormente os contatos diretos entre os realizadores e os distribuidores, com o objetivo de levar as películas às grandes e pequenas telas, na distribuição home-vídeo, pay-per-view e internet.

As projeções terão lugar até a próxima quarta-feira no Palácio Cesi (na Via da Conciliação), enquanto a cerimônia de premiação, conduzida pelo jornalista Armando Torno, terá lugar na noite do dia 23 no Palácio da Chancelaria.

Filme, instrumento de evangelização

“Devemos evangelizar com todos os meios a nossa disposição e o filme é um bom instrumento para isto: entra em todas as casas e é compreendido por todos, mesmo por aqueles que não amam ler,  explica a Presidente do Festival, Liana Marabini. Há alguns anos, os filmes com temática católica eram realmente poucos. Nos agrada pensar que o nosso Festival tenha contribuído de alguma forma em dar esperança e coragem aos que se esforçam na realização deste tipo de produto. Na indústria do cinema não é fácil, mesmo assim assistimos nos últimos anos a uma produção sempre crescente de filmes sobre “sujeito bíblico” em geral e católico em particular”.

Conversões e vocações

“Sabemos de mais de um caso de pessoas convertidas à fé graças a um filme, observa Marabini. E mesmo pessoas que tiveram suas vocação sacerdotal suscitada por um filme. Encorajar e valorizar as vocações deve ser um empenho de todos os dias, de todos nós, porque os sacerdotes têm uma missão difícil e é essencial para melhorar o mundo. E não nos esqueçamos que Jesus era um sacerdote”. (JE/RP)

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