Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
RedaÇão +390669883895 e-mail: brasil@vatiradio.va

Sumario del 21/06/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Armênia: Papa abraça a fé e o sofrimento de um povo, diz Pe. Lombardi

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Aproxima-se a data da 14ª Viagem Apostólica do Papa Francisco. O Santo Padre, de fato, estará de 24 a 26 de junho na Armênia, primeira etapa de uma visita mais ampla ao Cáucaso, visto que em setembro o Pontífice visitará também a Geórgia e o Azerbaijão. Os momentos mais relevantes da viagem intitulada “Visita ao primeiro país cristão” foram apresentados na manhã desta terça-feira na Sala de Imprensa da Santa Sé, pelo seu Diretor Padre Federico Lombardi. 

“Santa Mãe de Deus, dirija o teu olhar para a terra da Armênia”. Padre Lombardi iniciou a coletiva de imprensa citando uma oração de São João Paulo II, para ilustrar como o país do Cáucaso - o primeiro em 301 d.C. a acolher o cristianismo como religião oficial, como resultado da obra de evangelização de São Gregório o Iluminador – seja particularmente querido pelos católicos de todo o mundo.

Com este mesmo sentimento o Papa Francisco visita o país, para abraçar sua profunda fé, o desejo de paz e os sofrimentos de todo um povo, que em sua grande maioria, vive hoje fora da própria pátria, mas conservando suas tradições religiosas e culturais. De fato, os habitantes do país são 3 milhões e trezentos mil, enquanto em outros 20 países vivem quase 1 milhão de armênios da diáspora.

Entre os momentos mais significativos da viagem evidenciados pelo Padre Lombardi – além dos encontros com as autoridades civis e religiosas – está a visita ao Memorial de Tzitzernakaberd, que recorda o massacre de 1 milhão e meio de armênios em 1915.

Ao ser interpelado pelos jornalistas sobre o uso do termo “genocídio” para caracterizar o massacre ou “medz yeghern” (o grande mal) como dizem os armênios, o sacerdote jesuíta foi enfático ao responder:

“Ninguém de nós nega que estes massacres existiram. Porém não queremos fazer disto discussões políticas e sociológicas. É uma tragédia enorme. Sei do que estou falando. Uso a expressão “medz yeghern” - a palavra que usam os meus irmãos armênios - e acredito que sabemos muito bem a que se refere”.

Presente na Sala de Imprensa Dom Antonio Ayvazian, da Igreja Armênio-católica da Síria, que falou à Rádio Vaticano em como a Armênia prepara-se para o encontro com o Papa:

“Esta visita é realmente a mais bela ocasião para mostrar ao mundo civil, e sobretudo ao próprio povo armênio, que o Santo Padre está próximo a estas pessoas que sofreram. O sofrimento secular do povo armênio está no íntimo do coração do Santo Padre. É uma ocasião para dizer: “Eu estou convosco. Vocês têm o direito de viver entre os povos; têm o direito de viver em paz e têm sobretudo o direito em ter justiça”.

RV: A realidade religiosa na Armênia é muito particular....

“Um armênio não pode ser armênio se não é batizado. Não pode existir um armênio que se declare armênio sem ter o cristianismo como “diploma” escrito no seu sangue, na sua genética, porque o cristianismo está sim radicado na mente e na psicologia dos armênios. Por isto tivemos milhões, milhares de mártires. As guerras na Armênia sempre foram voltadas a conservar a religião cristã”.

RV: Como se está vivendo este Jubileu da Misericórdia na Armênia?

“A misericórdia sempre existiu neste povo! Um armênio não pode odiar. Mesmo quando odeia, faz logo as pazes com o seu próximo. No coração do Santo Padre isto tem um valor: ele conhece bem os armênios, são boas pessoas que sofreram muito, que amam a vida, são enamorados da vida”. (JE/GV)

inizio pagina

Armênia: de cidades e vilarejos, milhares irão à missa do Papa

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - As cidades e vilarejos da Armênia se mobilizam para acolher o Papa. Durante meses, a Igreja armênio-católica está preparando com visitas capilares e complexas, a máquina organizativa em vista da viagem apostólica que Francisco irá realizar ao país no próximo fim de semana. Quem descreve o esforço os sentimentos das pessoas para receber o Papa é um sacerdote da igreja local.

Ele percorreu quilômetros e quilômetros para registrar milhares de adesões em vista da visita do Papa Francisco. Padre Karnik Youssefian sacerdote armênio católico da Paróquia de São José, em Kamishlié, no extremo nordeste da Síria, que fugiu da perseguição do Estado Islâmico, está agora em Gyumri e nos últimos meses visitou todos os vilarejos armênios para recolher os nomes dos participantes nas celebrações presididas pelo Papa e, por sua vez, convenceu cerca de 400 jovens a irem a Cracóvia para a JMJ.

R. - Há vários meses estamos preparando esta visita histórica à Armênia. Devo dizer que há muitas coisas por fazer: recolhemos em muitos vilarejos armênios os nomes e sobrenomes das pessoas que virão para participar na Santa Missa do Santo Padre. Até agora temos cerca de 18 mil fiéis, além daqueles que virão de fora - provenientes do estrangeiro - que são 2 mil. Portanto, vai haver mais de 20 mil pessoas presentes na missa que o Santo Padre vai celebrar. Devo dizer que os preparativos não são fáceis, porque para chegar aos vilarejos e escrever todos os nomes levamos mais de um mês.

P. - O que vocês esperam que o Papa diga, e o que vocês esperam desta visita?

R. - Sendo armênio-sírio, da Síria, a primeira coisa que eu desejo é a paz: que haja paz em todo o mundo, especialmente na Síria, onde eu nasci. E, depois, esperamos que se aproximem mais as duas Igrejas, o armênio-Apostólica e a Católica, em todo o mundo.

P. - Um episódio em particular que lhe chamou a atenção nesta fase de preparação...

R. - Muitos só querem ver o Papa e, depois, cumprimentá-lo, pegar na sua mão: todos têm esse desejo, embora eu acho que é um pouco difícil conseguir ... Mas as pessoas têm esse desejo: de ficar perto do Santo Padre, pelo menos, para cumprimentá-lo . (SP)

inizio pagina

Armênia: 600 jornalistas vão cobrir a visita do Papa

◊  

Erevan (RV) - Cerca de 600 jornalistas, até o momento, foram credenciados para cobrir a próxima visita do Papa Francisco à Armênia, informou nesta segunda-feira, (20/06), o Ministério das Relações Exteriores em sua conta no Tweet.

No último sábado, o Papa Francisco pediu orações para esta sua viagem.

“Peço-lhes que rezem por mim, que em poucos dias vai como peregrino a uma terra do leste, a Armênia, a primeira entre as nações a receber o Evangelho de Jesus”, disse ele no final da audiência aos representantes da Fundação Pontifícia Ajuda às Igrejas orientais. O Pontífice chegará à Armênia no dia 24 de junho. (SP)

inizio pagina

Acompanhe conosco o Papa na Armênia, ao vivo também no YouTube

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – A redação brasileira vai transmitir ao vivo, também pelo YouTube, os principais eventos da Viagem Apostólica do Papa Francisco à Armênia, de 24 a 26 de junho. 

Em nosso canal VaticanBR já está publicada a playlist com todas as 11 transmissões especiais, das quais 5 serão transmitidas em português.

Inscreva-se para receber os alertas de transmissão e agende-se:

Sexta-feira, 24 de junho

Visita à Catedral Apostólica (8h25 Brasília)

Visita ao Presidente e Encontro com as Autoridades (11h Brasília)

Sábado, 25 de junho

Visita ao Memorial de Tzitzernakaberd (2h Brasília)

Santa Missa em Gyumri (4h Brasília)

Encontro Ecumênico e Oração pela Paz (12h Brasília)

Domingo, 26 de junho

Divina Liturgia (2h50 Brasília)

(rb)

inizio pagina

Papa Francisco: direito inviolável à vida pertence também ao criminoso

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - O Santo Padre enviou uma vídeo-mensagem ao VI Congresso mundial contra a pena de morte, em andamento em Oslo, na Noruega, cuja realização se dá desta terça até a próxima quinta-feira (23/06). 

Após saudar os organizadores do Congresso, o grupo de países que apoiam a iniciativa, especialmente, a Noruega – país anfitrião –, representantes dos governos e organizações internacionais e a sociedade civil, o Papa expressa seu agradecimento pessoal, e também dos homens de boa vontade, pelo compromisso com um mundo livre da pena de morte.

Para Francisco, o desenvolvimento na opinião pública de uma crescente oposição à pena de morte, “é um sinal de esperança”.

Pena de morte é ofensa à dignidade da pessoa humana

Efetivamente, “hoje em dia a pena de morte é inadmissível, por quanto grave tenha sido o delito do condenado. É uma ofensa à inviolabilidade da vida e à dignidade da pessoa humana que contradiz o desígnio de Deus sobre o homem e a sociedade e sobre a justiça misericordiosa, e impede cumprir qualquer finalidade justa das penas”, afirma o Pontífice na vídeo-mensagem.

O Papa assevera que com a pena de morte “não se faz justiça às vítimas, mas se fomenta a vingança”. O mandamento “não matarás” tem valor absoluto tanto para os inocentes como para os culpados, acrescenta.

Direito inviolável à vida pertence também ao criminoso

O Santo Padre diz ainda que “o Jubileu da Misericórdia é uma ocasião propícia para promover no mundo formas cada vez mais maduras de respeito à vida e à dignidade de cada pessoa”. “Não se pode esquecer que o direito inviolável à vida, dom de Deus, pertence também ao criminoso”, observa.

Francisco aproveita a oportunidade para reiterar auspícios expressos em outras ocasiões. “Desejo hoje incentivar todos a trabalhar não somente pela abolição da pena de morte, bem como pelo melhoramento das condições de detenção, para que respeitem plenamente a dignidade humana das pessoas privadas de liberdade.”

Após enfatizar que “fazer justiça” não significa que se deve buscar a punição por si mesma, o Santo Padre recorda que as penas devem ter como finalidade fundamental a reeducação de quem praticou o delito.

Pena aberta à reinserção do culpado na sociedade

Ao expressar tal conceito, o Papa explicita que a questão deve ser enquadrada na ótica de uma justiça penal que seja aberta à esperança de reinserção do culpado na sociedade. “Não existe pena válida sem esperança! Uma pena fechada em si mesma, que não dá lugar à esperança, é uma tortura, não é uma pena”, pondera.

O Papa Francisco faz votos de que o Congresso possa dar um novo impulso ao compromisso em prol da abolição da pena capital. “Por isso mesmo, encorajo todos os participantes a continuar com esta grande iniciativa e lhes asseguro minhas orações”, conclui.

Promovido pela Ong “Juntos contra a pena de morte” e pela “Coalisão mundial contra a pena de morte”, com o apoio do Ministério dos Assuntos Exteriores da Noruega, o Congresso tem a participação de cerca de 140 organizações do mundo inteiro, e traz por finalidade “eliminar a obrigatoriedade da pena de morte” e transformar os países abolicionistas de fato em abolicionistas de direito. (RL)

inizio pagina

Papa Francisco escreve às Missionárias Combonianas

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - “O Dr. Matthew Lukwiya dedicou-se com coragem indômita ao tratamento dos doentes de Ebola.” Conhecer sua história “me fez um grande bem”.

É o que escreve o Papa Francisco na carta de agradecimento à superiora provincial na Itália das Missionárias Combonianas, Irmã Dorina Tadiello, autora do livro “Matthew Lukwiya. Um médico mártir de Ebola”, publicado recentemente.

No volume, Irmã Tadiello narra as vicissitudes humanas e pessoais vividas por este corajoso médico ugandense, seu colega no Lacor Hospital de Gulu, no norte de Uganda – hoje administrado pela Fundação Piero e Lucille Corti –, durante a epidemia de Ebola que atingiu o país no início do ano 2000. Foi propriamente no exercício de sua profissão que o Dr. Lukwiya contraiu o vírus fatal que ceifou sua vida.

Na missiva, o Santo Padre ressalta a coragem do médico ugandense, coragem que, nas palavras do Pontífice, “faz aumentar minha esperança com pelo futuro da África que pode contar com tantas mentes e corações generosos capazes de cuidar das feridas de tantos pobres que para nós são a carne de Jesus”.

O Papa agradece a Irmã Tadiello pela obra por ela realizada em Uganda como missionária e como médica encorajando a religiosa e suas coirmãs a “imitar a compaixão de Jesus que cura e regenera a humanidade”.

“Sejam o hospital de campanha mais próximo para os abandonados do nosso tempo”, exorta Francisco na carta de agradecimento. (RL)

inizio pagina

Em Roma: 500 quilos de pão gratuito por dia aos peregrinos

◊  

Roma (RV) - Por ocasião do Jubileu da Misericórdia a Associação italiana de Padeiros, Fiesa Assopanificatori, organizou uma iniciativa denominada “Dai-nos hoje o pão nosso de cada dia” para distribuir gratuitamente aos peregrinos de Roma. 

Uma “barraca do pão” foi instalada, no início da Via da Conciliação de onde partem as peregrinações rumo à Porta Santa da Basílica de São Pedro, desde 14 de junho.

A iniciativa envolveu mais de 50 empresas panificadoras de diferentes regiões italianas nas quais (Emilia-Romagna, Marchas, Abruzzo, Molise, Basilicata e Calábria) que distribuem aos peregrinos 500 quilos de pão por dia.

A iniciativa terminou no último sábado, 18 junho com a presença da associação dos padeiros italianos na audiência jubilar com o Papa e durante a qual uma delegação ofereceu ao Santo Padre uma cópia de Nossa Senhora de Crivelli.

As doações deixadas pelos peregrinos à associação serão destinadas para construção de uma escola agrícola em Burkina Faso, uma obra de caridade desejada pelo Santo Padre no ano Jubilar da Misericórdia.

O projeto foi lançado na presença do Arcebispo Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, e Giuseppe Romanini, e membro do comitê da agricultura da Câmara dos Deputados e promotor da iniciativa da lei de tutela do pão fresco.

(SP)

inizio pagina

ACNUR denuncia 'paralisia política' em relação aos refugiados

◊  

Genebra (RV) - A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) comemora anualmente o Dia Mundial do Refugiado, em 20 de junho, para iluminar a coragem e a resiliência das famílias forçadas a fugir de guerras ou perseguições. E a cada ano, o ACNUR procura encontrar um lampejo de esperança nas estatísticas globais que publicamos para mostrar que o mundo está encontrando soluções para curar o trauma que os refugiados vivem diariamente. Mas neste ano os sinais de esperança estão difíceis de encontrar.
 
Os números, a complexidade e duração dos conflitos de hoje significam que o deslocamento forçado atingiu um nível sem precedentes desde a fundação da própria ONU. Substancialmente, mais de 60 milhões de pessoas estão desenraizadas em todo o mundo. Cada dia uma nova tragédia de refugiados é noticiada nos meios de comunicação, com crianças, mães e pais perdendo suas vidas em uma tentativa desesperada de escapar da violência.

Xenofobia
 
Em meio a este cenário trágico, uma retórica política desagregadora em questões de refúgio e migração, e níveis preocupantes de xenofobia se unem para ameaçar os acordos internacionais que protegem aqueles que foram forçados a fugir de guerras ou perseguições.
 
Ao invés de dividir responsabilidades, nós vemos fronteiras sendo fechadas. Em vez de vontade política, existe paralisia política. Organizações humanitárias como a minha acabam tendo que lidar com as consequências, enquanto ao mesmo tempo lutamos contra as dificuldades para salvar vidas com orçamentos limitados.
 
No entanto, ainda há esperança. Em contraste com a narrativa tóxica repetitivamente exposta na mídia, nós testemunhamos uma propagação de generosidade por comunidades acolhedoras, por indivíduos e por famílias que abrem seus lares. 

Solidariedade
 
Essas pessoas comuns não veem os refugiados como mendigos, concorrentes por empregos ou terroristas – mas como pessoas como você ou eu, cujas vidas foram interrompidas pela guerra. Seus simples atos de solidariedade estão acontecendo ao redor do mundo, todos os dias. 
 
O ACNUR vê 2016 como um divisor de águas para a causa dos refugiados. Como as guerras se tornam incontroláveis, nós sentimos que este deve ser o ano para coletivizar responsabilidades e tomar ações que terminem com os conflitos que forçam as pessoas a fugir, além de ajudar milhões de pessoas que tiveram suas vidas destruídas pela violência. 
 
Os líderes mundiais não podem mais assistir passivamente tantas vidas serem desnecessariamente perdidas. Devemos ser inteligentes para encontrar soluções que ajudem os refugiados. Temos de encontrar meios humanos e dignos para garantir que os refugiados não arrisquem suas vidas e a de suas famílias, recorrendo a traficantes sem escrúpulos ou se valendo de barcos frágeis em uma tentativa de alcançar a segurança.

Responsabilidades
 
Um histórico encontro de alto nível da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre grandes fluxos de refugiados e migrantes, no próximo dia 19 de setembro, nos colocará à prova. Os Governos se pronunciarão e farão novos compromissos para compartilhar responsabilidades para com os refugiados em um espírito de uma solidariedade global, em linha com os princípios básicos do direito internacional dos refugiados? E, além disso, se comprometerão a fazer sua parte para assistir as pessoas forçadas a fugir de suas casas e que perderam tudo, não por culpa própria?
 
O ACNUR está #ComOsRefugiados, no dia Mundial dos Refugiados e todos os dias – e no dia 19 de setembro nós queremos que o mundo se junte a nós. Assim poderemos mandar uma mensagem aos líderes mundiais que eles devem agir. 

Join our #WithRefugees campaign 
World Refugee Day 20 June 

inizio pagina

Fundação Populorum Progressio reunida em Bogotá

◊  

Bogotá (RV) – Tem início esta terça-feira (21/06) em Bogotá, na Colômbia, a reunião anual do Conselho de Administração da Fundação Populorum Progressio para a América Latina.

Desde sua criação em 1992 por parte de S. João Paulo II, a Fundação responde ao Pontifício Conselho Cor Unum

No decorrer da reunião, os membros do Conselho deverão avaliar e decidir o financiamento de projetos em favor das comunidades indígenas, mestiças, afrodescendentes e camponesas da América Latina e do Caribe para o ano de 2016. Já foram apresentados cerca de 90 projetos, num custo total de 1,5 milhão de dólares.

O Arcebispo de Salvador, Dom Murilo Krieger, é membro da Fundação Populorum Progressio.

Da reunião participa também o Subsecretário do Pontifício Conselho Cor Unum, Mons. Segundo Tejado Muñoz.

Equador

Mons. Tejado Muñoz é oriundo do Equador, onde concluiu uma missão junto à Igreja local para avaliar os estragos causados pelo terremoto que devastou partes do país em abril passado e decidir . O sismo matou quase 600 pessoas.

Com o Núncio Apostólico no Equador, o representante vaticano levantou informações para promover iniciativas em nome da Santa Sé para a reconstrução de casas, escolas e edifícios, O Subsecretário do Pontifício Conselho Cor Unum ofereceu também um gesto concreto da solidariedade do Papa Francisco às populações afetadas pela tragédia.

(bf)

inizio pagina

Rio 2016: campanha alerta turistas contra turismo sexual

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – A sede da Rádio Vaticano acolheu esta terça-feira (21/06) a coletiva de apresentação da campanha “Jogue a Favor da Vida” em vista das Olimpíadas do Rio de Janeiro.

Além do esporte em si, os Jogos Olímpicos são uma oportunidades de lazer, cultura e emprego temporário. Mas são também ocasião para intensificar o turismo sexual, com a ação de quadrilhas que se organizam para aliciar, explorar e traficar pessoas.

Para prevenir esses riscos, a campanha quer alertar os turistas que irão ao Rio de Janeiro, principalmente para que não paguem por prestações sexuais de meninas que podem estar envolvidas no tráfico. 

Da coletiva em Roma, participou o Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, o Cardeal brasileiro João Braz de Aviz, que comentou um dos lemas da campanha: "Exploração sexual não é turismo, é crime".

Ouça Dom João:  

Também participou da coletiva a responsável pela rede internacional das consagradas contra o tráfico Talitha Kum, Ir. Gabriella Bottani, que explica como é articulada a campanha: 

No dia 31 de maio, a campanha foi lançada no Brasil no Santuário do Cristo Redentor, com a participação da oordenadora de “Um grito pela Vida”, Ir. Eurides Alves de Oliveira. A iniciativa está sendo feita em escolas, nas redes sociais e juntos aos turistas. 

(bf)

inizio pagina

No primeiro aniversário, Laudato si ganha site

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Há um ano da publicação da encíclica Laudato si do Papa Francisco, o Pontifício Conselho da Justiça e da Paz abriu o site ‘laudatosi.va’, que analisa e aprofunda o conteúdo do documento.

O anúncio foi feito pelo próprio presidente do Conselho, o cardeal ganês Peter Turkson, durante um congresso em Roma para celebrar o primeiro aniversário da encíclica. 

O site apresenta documentos que oferecem exemplos de sua aplicação e transmissão, contando as boas práticas que à luz da Encíclica são encorajadas e que dão a ideia do acolhimento que o documento teve no mundo, inclusive fora do meio eclesial.

O material estará disponível em quatro línguas: italiano, inglês, francês e espanhol.

Recordando que o compromisso com a tutela da criação é comum ao Papa e ao Patriarca Ecumênico Bartolomeu, o Arquimandrita Athenagoras Fasiolo, presente do congresso, recordou a visita dos dois líderes religiosos à ilha de Lesbos, na Grécia, “onde a salvaguarda da criação mostrou-se intrinsecamente ligada à salvação espiritual e á dignidade humana de todo ser que sofre pela crueza e a alienação do homem sobre o homem”.

(CM)

 

 

inizio pagina

O diálogo inter-religioso pode salvar o meio ambiente?

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – O presidente da Pontifícia Academia das Ciências do Vaticano, o Arcebispo Marcelo Sánchez Sorondo, acredita que o diálogo inter-religioso deve “passar a atitudes comuns para salvar o meio ambiente”.

A afirmação foi feita na inauguração de um Seminário Internacional de Ciência e Religiões para o Meio Ambiente (ISSREC), em andamento no Santuário de Torreciudad (Huesca), na Espanha.

 
 
O Seminário reúne cientistas e líderes religiosos de 15 países e 8 confissões religiosas para dialogar sobre como podem colaborar as ciências e as principais religiões na conservação do planeta.

Dom Sánchez Sorondo destacou que o cuidado com o nosso entorno “é um ponto de encontro não só para o diálogo inter-religioso, mas para o trabalho comum das diferentes religiões” e frisou ainda a importância da encíclica do Papa Francisco 'Laudato Si' para entender a ecologia de forma integral, porque “os problemas das mudanças climáticas estão agravando os problemas sociais, especialmente as novas formas de escravidão”. 

Para o arcebispo, “é importante que a ciência e as religiões entendam que a crise do meio-ambiente é um clamor da terra e um clamor dos homens”. 

(CM)

inizio pagina

Igreja na América Latina



Jesuíta chileno condecorado com Prêmio dos Direitos Humanos

◊  

Santiago (RV) - O jesuíta chileno Padre José Aldunate foi condecorado na noite de segunda-feira (20/06) com o Prêmio Nacional de Direitos Humanos, pelo seu corajoso trabalho na promoção e defesa dos direitos humanos e seu compromisso com os setores mais populares do país.

A distinção é entregue pelo Instituto Nacional de Direitos Humanos, em conformidade com a Lei n. 20.405 que criou este organismo autônomo, cuja atribuição é outorgar anualmente o referido prêmio a personalidades que se destacaram na promoção e defesa dos direitos humanos no Chile.

Padre José Aldunate consagrou sua vida à defesa dos setores populares e mais oprimidos da sociedade chilena. Colaborou com Alberto Hurtado na  'Acción Sindical Chilena' e na década de 70, como parte do trabalho de uma comunidade eclesial de base, formou a 'Equipo Misión Obrera' (EMO). Durante a Ditadura, o grupo se dedicou à defensa de perseguidos pelo regime e à promoção do restabelecimento das liberdades cívicas.

Na cerimônia de entrega do Prêmio realizada no Museu Nacional de Belas Artes estava a Presidente do Chile Michelle Bachelet, acompanhada por diversos ministros.

"É natural e comovente evocar sua figura digna e serena  enfrentando a repressão, os jatos d´água e o gás lacrimogênio para defender o direito à vida e à integridade de seus concidadãos detidos em prisões secretas, submetidos sistematicamente a tratamentos desumanos, torturados física e psicologicamente", afirmou Bachellet durante a entrega do Prêmio.

O religioso foi Diretor da revista Mensagem - sucedendo a Alberto Hurtado; Superior do Centro Bellarmino, atuando como educador e formador de noviços; Secretário da Confederação de Religiosos e Religiosas (Conferre) e da  Confederação Latino-americana de Religiosos (CLAR); Provincial dos Jesuítas e Padre operário. (JE)

inizio pagina

Igreja no Mundo



Iraque quer Ur como Patrimônio da Unesco e pede apoio ao Vaticano

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – O Iraque pediu o apoio do Vaticano para que o sítio arqueológico de Ur seja inscrito na lista do Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO.  O pedido foi apresentado pelo representante iraquiano Kahtan al-Jibouri, enviado a Roma pelo Presidente iraquiano Fuad Masum para a assinatura um Memorandum de intenções entre a Suprema Comissão para  a Reconciliação do Iraque e a Comunidade de Santo Egídio, na manhã desta terça-feira.

“Ur é o primeiro lugar de peregrinação dos cristãos – recordou al-Jibouri à Agência Adnkronos. Por isto pedimos ao Vaticano e ao Pontífice para apoiarem o Iraque no pedido de inserir Ur no Patrimônio da Humanidade pela UNESCO”.

 “O relatório está sobre a mesa dos especialistas – completou al-Jibouri. Esperamos que seja aprovado. Também para favorecer o turismo e o retorno dos peregrinos cristãos”.

A votação está prevista para o mês de julho, em Istambul, durante a reunião da 40ª Comissão da UNESCO.

De acordo com o Livro dos Gênesis, Ur foi a terra natal de Abraão, patriarca dos hebreus, considerada também a maior cidade de sua época. Em sua peregrinação, Abraão sai de Ur e vai para Harã e de lá para Canaã; nessa época muitos clãs migravam para a região conhecida como Crescente Fértil.

Localizada no Iraque meridional, Ur é uma das primeiras aglomerações humanas da Mesopotâmia. Remonta ao ano 4.000 a.C.. Originalmente estava localizada próxima à foz do Tigre e do Eufrates, no Golfo Pérsico, enquanto hoje suas ruínas encontram-se em grande parte soterradas, nas proximidades de Nassiriya.

No sítio arqueológico de Ur estão as ruínas de Ziggurat e restos de um templo dedicado à Nanna, divindade da lua na mitologia suméria.

Mesmo tendo fugido à fúria do Estado Islâmico, a falta de manutenção, os roubos e o uso do local como base militar - como fizeram os EUA em 2013 – provocaram graves danos ao sítio arqueológico .(JE)

 

inizio pagina

Salette: fé e reconciliação na montanha sagrada

◊  

La Salette-Fallavaux (RV) – Não é preciso muito para sentir a nítida presença da "Belle Dame": até mesmo os corações mais fechados abrem-se aos pés de Nossa Senhora da Salette, Mãe de Reconciliação.

 

Ninguém chega à Salette por acaso: essa montanha isolada no meio dos Alpes franceses é considerada sagrada pelos peregrinos e moradores dos vilarejos mais próximos.

Ali, 170 anos atrás, Maria apresentou-se a dois pastorzinhos: Melânia e Maximino.

A luz que a envolvia não era própria: uma cruz em seu peito - marcada com um martelo e uma turquês - a tudo iluminava.

"Vinde, não tenhais medo", disse a Imaculada.

Ela não se apresentou como a mãe do Redentor: disse somente "meus filhos". Isso bastava para que as crianças soubessem quem era.

Sentada em uma pedra, cabeça baixa entre as mãos, às lágrimas.

Este é o primeiro momento da única aparição, em 19 de setembro de 1846.

Ao se aproximarem, num segundo momento, os pastorzinhos veem Nossa Senhora agora de pé. As lágrimas ainda escorrem.

"Ah se todos rezassem ao menos um Pai-Nosso e uma Ave Maria por dia", quanta coisa mudaria.

Nossa Senhora então se eleva aos céus, Maximino ainda tenta tocar seus pés, cobertos por rosas, antes que tudo acabe: ou tenha início.

Nessa revelação, a mensagem da Salette segue sempre atual, disse o reitor do Santuário da Salette em São Paulo, Padre Marcos Almeida, em peregrinação na França com um grupo de fiéis.

“Como dizia o Papa João Paulo II, a mensagem da Salette é sempre atual porque não fala algo de um tempo específico, mas ela fala da pessoa humana dentro de todo um contexto com o universo em que vivemos, portanto esta situação é sempre atual”, disse.

Nestes quase dois séculos, os missionários e missionárias saletinos levam a mensagem aos quatro cantos do mundo.

No Brasil, é grande a devoção nos Santuários e paróquias espalhados pelo país.

Os mais devotos fazem questão de subir a montanha sagrada para estar no centro do mistério.

A quase 2 mil metros de altitude, o Santuário Mariano abre somente quando a neve permite.

Entre junho e outubro, os peregrinos chegam em maior número: mesmo assim, nada de multidões intermináveis.

Caminhar pelas trilhas nas montanhas ou rezar junto ao local da aparição torna-se um momento íntimo de contato com Nossa Senhora.

Assim como na procissão do início da noite, quando a imagem deixa a Basílica, que proporciona aos peregrinos um verdadeiro ato de louvor e devoção.

A Basílica abriga um museu em que é possível conhecer detalhes da história da Salette, inclusive ver as roupas conservadas que os pastorzinhos usavam naquele dia.

Um pedaço da pedra onde Nossa Senhora sentou também pode ser visto na Basílica.

Neste aniversário de 170 anos da aparição, tudo fica ainda mais especial.

Como quando um dos mais respeitados corais da França se apresentou no Santuário.

“Nunca assisti a um espetáculo de gospel tão maravilhoso, fiquei encantada”, disse Maria Lea de Paula, de São Paulo.

Assim como ela, o peregrino brasileiro sente-se em casa na Salette.

Muitos dos voluntários são do Brasil, e o reitor é o baiano Padre Manuel Bonfim — que acolhe a todos com muita alegria junto com seus coirmãos.

“É festa o ano inteiro. Começamos em 19 de março e vamos até o dia 13 de novembro com o fechamento da Porta Santa e também o fechamento da Estação do Santuário. Convidamos a todos os brasileiros a conhecer La Salette, esta montanha de graça, de reconciliação, de paz, um Santuário mariano de portas abertas para o Brasil”, disse o reitor.

A celebração dominical também teve a participação do coral para saudar a imagem de Nossa Senhora, agora com a coroa abençoada pelo Papa Francisco em maio.

“Eu chorei o tempo inteiro porque a emoção que a gente traz no coração é muito grande. Nós temos a Nossa Senhora lá, mas aqui parece que tocou mais na gente. A emoção é grande de ver a coroa que o Papa abençoou aqui na Salette. Não dá pra descrever o que acontece aqui nesta montanha. É uma emoção grande, que todos que puderem deveriam vir para pisar neste solo sagrado que, com certeza, Nossa Senhora vai estar sempre do lado”, contou Sônia Maria Dominício Paz, de São Paulo.

(rb)

inizio pagina

Sudão do Sul: "É hora de trabalhar pela reconstrução do país", exortam bispos

◊  

Juba (RV) - “Não é o tempo das recriminações. Não se demorem nas críticas destrutivas; pelo contrário, arregacem as mangas e trabalhem para construir uma nova nação para vocês, para os nossos filhos e os filhos de nossos filhos". É o que exortam os Bispos do Sudão do Sul no documento de "encorajamento" divulgado ao final de sua Assembleia Geral realizada em Juba, de 14 a 16 de junho.

Recordando a posse do governo de unidade nacional nascido dos acordos de paz de agosto de 2015 entre o Presidente Salva Kiir e o Vice Riek Machar, os prelados convidam os fieis a apoiarem os líderes da nação, para que prossigam "além dos interesses pessoais. Tranquilizai-os de que a nação e a comunidade internacional compreendem a situação deles". "São seres humanos, filhos e filhas de Deus. Tratemo-los com amor e misericórdia, não com ódio e reprovação. A prioridade agora é reformar e reconstruir a nossa nação em pedaços".

Para tanto, os Bispos exortam todos "a não difundirem discursos instigadores e o tribalismo por meio da internet e das redes sociais, mas ao contrário disto, difundam mensagens de paz. Dizemos isto claramente: basta de negatividade!".

Entre as prioridades que o governo deve enfrentar, os Bispos indicam o cessar-fogo em todo o país, a melhoria da economia e a implementação de serviços de base para resolver a grave situação humanitária.

"A população vive ainda com medo, muitos trabalhadores não são pagos e muitas famílias são privadas de comida. É particularmente perigoso quando o exército e outras forças de segurança não recebem os salários, porque poderia agravar o clima de insegurança".

Ao recordar a religiosa Veronika Theresia Racková, falecida após ter agonizado vários dias em função dos tiros disparados por alguns militares, os bispos sublinham que Irmã Veronica "é somente uma das milhares de mulheres, homens e crianças que foram mortos neste conflito insensato".

O documento conclui convidando Salva Kiir e Riek Machar a realizarem gestos que tranquilizem a população sobre o compromisso definitivo pela paz, rezando juntos, viajando pelo país para encontrar a população, prestando particular atenção aos deslocados. (JE/LM)

inizio pagina

Concílio Pan-Ortodoxo: Missão e diáspora entre os temas centrais

◊  

Atenas (RV) – Prossegue o “Santo e Grande Concílio” das Igrejas Ortodoxas reunidas em Chania, na Ilha de Creta, desde o último domingo. Os trabalhos tiveram início na segunda-feira, sendo presididos pelo Patriarca Ecumênico Bartolomeu I. 

No total são dez as Igrejas presentes. Quatro, por diversas razões, decidiram não participar há poucos dias do início do histórico encontro: o Patriarcado de Moscou e as Igrejas da Bulgária, Antioquia e Geórgia.

A respeito dos temas tratados, ouçamos o que disse à Rádio Vaticano Padre Hyacinthe Destivelle, oficial do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, presente no evento na qualidade de correspondente do L’Osservatore Romano:

“Este “Santo e Grande Concílio da Igreja Ortodoxa” foi preparado há muitos anos. A sua convocação foi decidida durante a “Synaxi” dos Primazes em janeiro de 2016 e a ordem do dia foi estabelecida durante esta reunião dos Primazes. Comporta seis temas: a missão da Igreja Ortodoxa no mundo, a diáspora, a questão da autonomia, a questão do jejum, a questão do matrimônio e também a questão das relações com os outros cristãos. Ontem, foi realizada a Sessão de abertura do Concílio com o discurso do Patriarca Bartolomeu, que preside este Concílio e o discurso dos outros nove Primazes presentes. Esta sessão era aberta aos Observadores: entre eles estavam dois Observadores por parte da Igreja Católica: o Cardeal Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e Dom Brian Farrel, Secretário do mesmo dicastério. O Patriarca sublinhou a importância de fortalecer a unidade da Igreja Ortodoxa, a necessidade de fortalecer também a sinodalidade. O motivo deste Concílio é sobretudo o de fortalecer a unidade da igreja Ortodoxa que é composta por 14 Igrejas. E a unidade se faz por meio da sinodalidade”.

RV: Depois desta primeira sessão, quais foram os temas tratados?

“Foi iniciada a discussão sobre os documentos na pauta do dia, que são seis. O primeiro tema é o da missão da Igreja Ortodoxa. Mas estas sessões não são abertas, portanto nós não sabemos no detalhe quais são os assuntos, mas os textos do trabalho que estarão em discussão já foram publicados. E este texto sobre a missão da Igreja Ortodoxa é antes de tudo uma reflexão sobre antropologia cristã, porque a primeira missão do anúncio evangélico da Igreja é sobretudo o de anunciar o homem novo, renovado em Cristo. Depois deste texto, haverá um outro tema, que talvez será tratado ainda hoje à tarde, sobre a diáspora. Devido às migrações das populações ortodoxas no Ocidente no século XX, as Igrejas viram-se obrigadas a nomear bispos para o cuidado pastoral de seus fieis. Então, coloca-se a questão da multiplicidade de estruturas eclesiais na diáspora. Este texto formula uma proposta transitória para resolver este problema da diáspora”.

RV: Entre os temas centrais, está também o da perseguição aos cristãos no Oriente Médio?

“Não é um tema na ordem do dia, mas no final dos trabalhos o Concílio publicará uma mensagem na qual, seguramente, estará a questão da perseguição aos cristãos. Mas não está na ordem do dia dos trabalhos deste Concílio, que se preocupa, sobretudo, sobre questões internas da Igreja Ortodoxa, Mas a perseguição dos cristãos certamente está no coração de todos os bispos que estão aqui”.

RV: Na sua opinião, este Concílio ajudará também as relações entre a Igreja Ortodoxa e a Igreja Católica?

“Seguramente, este Concílio é muito importante também para a Igreja Católica, antes de tudo porque a unidade das Igrejas Ortodoxas facilita o diálogo com a Igreja Católica, mas também porque a Igreja Católica também está refletindo sobre a sinodalidade”. (JE/DD)

 

 

 

 

inizio pagina

Malaui: práticas de bruxaria para curar feitiços e doenças

◊  

Mzuzu (RV) - “É difícil imaginar o poder que têm os feiticeiros ainda hoje na África”, afirma em uma nota enviada à Agência Fides uma das representantes da organização ‘Under The Same Sun’ (UTSS) comprometida com as pessoas albinas. A persistência de bruxaria em alternativa à medicina moderna, como solução para todo mal passageiro ou como método para mudar o futuro, é uma prática arraigada e quase inamovível. Ter resultados positivos no amor, dinheiro ou no campo profissional é muito simples, basta pagar um “witchdoctor”, um curandeiro, e ele se ocupará de garantir ao cliente o futuro desejado.

No caso de resultado negativo, a culpa não é do feiticeiro, mas de quem o procura que provavelmente não respeitou as indicações como deveria. Em qualquer mercado local na maior parte do país da África Subsaariana podem se encontrar utensílios de todo gênero capazes de “fazer milagres”. Desde pomadas para curar qualquer tipo de problema de pele a plantas contra todo tipo de mal. Isto, no entanto, é o que se vê nos mercados.

Na verdade, as atividades dos curandeiros envolvem práticas de artes macabras. Ossos de animais e até mesmos de pessoas, cabelos e animais vivos são alguns ingredientes chaves para os seus remédios milagrosos. Além disso, grande parte da população rural do Malaui, Tanzânia e outros países vizinhos mantêm ainda a convicção de que as partes do corpo das pessoas albinas têm poderes mágicos: os cabelos são arrancados e partes de seu corpo (dedo, mãos, braços e genitais) mutilados para fazer feitiço.

Desde março de 2016, o número de casos de violência, moléstias e homicídios de albinos no Malaui aumentou muito. No país são cerca de 10 mil os albinos que são tutelados. (SP)

inizio pagina

Formação



Perdoar: obra essencialmente libertadora

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Neste espaço dedicado ao Ano Jubilar, estamos aprofundando as obras espirituais de misericórdia.

Nossa convidada é a Superiora das Irmãs da Divina Providência, Ir. Márian Ambrósio. Nas edições precedentes, Ir. Márian comentou as obras em grupos, deixando por último uma que ela considera fundamental: perdoar.

De tão significativa, a esta obra dedicamos duas edições. Na reportagem precedente, Ir. Márian explicou a natureza “condicional” do perdão: eu perdoou sempre porque Deus me perdoa sempre. Hoje, ela fala das condições para perdoar. 

Ouça aqui: 

inizio pagina

Hanseníase e condições socioeconômicas précárias

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Continuamos em nosso espaço de saúde a nossa conversa sobre a hanseníase no Brasil com a Dra. Rosa Castália França Ribeiro Soares da Coordenação-Geral de Hanseníase e Doenças Negligenciadas do Ministério da Saúde.

Ela representou esse organismo no encontro realizado recentemente, no Vaticano, sobre o tema “Por uma cura holística que respeite a dignidade dos hansenianos”, promovido pelo Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde. (MJ) 

 

inizio pagina