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Sumario del 23/06/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Na Armênia, Papa visitará memorial das vítimas do 'Grande Mal'

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Cidade do Vaticano – Nesta sexta-feira, 24 de junho, o Papa parte para a sua 14ª viagem internacional. Francisco visitará o 22º país desde sua eleição: a Armênia.

Uma etapa histórica desta visita será a homenagem ao memorial dedicado às vítimas do ‘Metz Yeghern', o ‘Grande Mal’, em Erevan, capital armênia, sábado (25/06). Em abril de 2015, o Pontífice presidiu, no Vaticano, uma missa pelo centenário do martírio armênio, ao lado do Catholicos Karekin, bispos e fiéis de toda a diáspora.

O Papa vai depositar no memorial de Tsitsernakaberd, construído em 1967, uma coroa de flores e em seguida encontrar-se com crianças, que vão apresentar memórias do que aconteceu há 100 anos, antes de uma oração.

São João Paulo II foi o primeiro Papa a visitar a Armênia e também esteve neste memorial, em setembro de 2001.

A perseguição

Entre os anos 1915 e 1916, centenas de milhares de armênios e outras minorias cristãs foram perseguidas pelo Império Otomano, atual Turquia.

Para o Vaticano – segundo o Diretor da Sala de Imprensa, Padre Lombardi, “houve um massacre injusto de pessoas, que nós reconhecemos como mártires”. Em coletiva aos jornalistas, o sacerdote explicou que a expressão ‘Metz Yeghern' em armênio, significa uma “grande carnificina”, o que visa eliminar toda a presença de um determinado povo.

Depois da visita ao monumento, Francisco cumprimentará alguns descendentes de armênios perseguidos que foram acolhidos em Roma pelo Papa Bento XV, "um dos poucos que deram apoio explícito ao povo armênio" na época, lembrou ainda Padre Lombardi.

(CM)

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Acompanhe conosco o Papa na Armênia, ao vivo também no YouTube

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Cidade do Vaticano (RV) – A redação brasileira vai transmitir ao vivo, também pelo YouTube, os principais eventos da Viagem Apostólica do Papa Francisco à Armênia, de 24 a 26 de junho. 

Em nosso canal VaticanBR já está publicada a playlist com todas as 11 transmissões especiais, das quais 5 serão transmitidas em português.

Inscreva-se para receber os alertas de transmissão e agende-se:

Sexta-feira, 24 de junho

Visita à Catedral Apostólica (8h25 Brasília)

Visita ao Presidente e Encontro com as Autoridades (11h Brasília)

Sábado, 25 de junho

Visita ao Memorial de Tzitzernakaberd (2h Brasília)

Santa Missa em Gyumri (4h Brasília)

Encontro Ecumênico e Oração pela Paz (12h Brasília)

Domingo, 26 de junho

Divina Liturgia (2h50 Brasília)

(rb)

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Papa recebe Graziano: encontro de "prestação de contas"

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu na manhã desta quinta-feira, (23/06), no Vaticano, o Diretor-Geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), José Graziano da Silva. 

“Prestação de contas”, assim Graziano definiu o encontro aos microfones da Rádio Vaticano ao relatar os temas abordados durante as conversas. 

"Fundamentalmente  eu fiz ao Papa uma 'prestação de contas' dos trabalhos conjuntos que a FAO tem feito com a Santa Sé. Basicamente dois grandes tópicos: a relação entre paz e migração, e a segurança alimentar.

A FAO tem trabalhado muito o tema da relação entre conflito e fome. Constatamos uma forte correlação nos países onde tem guerra civil, conflitos armados, um aumento da fome e da insegurança alimentar de modo geral.

Só começa a melhorar quando se consegue a paz. De modo que a paz é uma condição para a segurança alimentar mas também a segurança alimentar é uma condição para manter a paz"

Colômbia e República Centro-Africana

"Eu fui basicamente apresentar o que estamos fazendo em dois países que são muito caros ao Papa. Um é a Colômbia. A FAO está envolvida no processo da promoção do dialogo e da negociação cuidando das áreas rurais que são basicamente a origem do conflito.

Da mesma maneira, estamos trabalhando na República Centro-Africana. O presidente, após de estar com o Papa em abril, veio à FAO pedir ajuda para que a FAO implante um programa que nós chamamos desarme, mobilização e reabilitação.

Trata-se de encontrar oportunidades de trabalho para os jovens que deixam as milícias, para poderem voltar a produzir na agricultura. A República Centro-Africana é um país essencialmente agrícola; mais de dois terços da população é rural. De modo que as oportunidades, principalmente para os jovens, só são possíveis de encontrar numa agricultura desenvolvida e é isso que estamos fazendo".

Migração

"Apresentei também uma propostas que o Papa considerou uma ideia inovadora de tratar o tema da migração no Mediterrâneo. Eu fui propor ao Papa uma iniciativa junto com outras agências da ONU, de construir um tipo de borda no litoral do Mediterrâneo, de pontos de apoio para estes jovens que querem migrar.

Seria basicamente um conjunto de hospedarias que nos permitissem dar alguma assistência médica, obviamente distribuir comida, provisão mínima para eles, e também dar algum tipo de capacitação, treinamento, e tentar convencê-los que há oportunidades de trabalho nos seus países, uma vez cessado o conflito. Também vamos assistir os pescadores deste litoral do Mediterrâneo para prestarem os primeiros socorros, a primeira ajuda no caso de identificar esses botes, esses pequenas embarcações que tentam essa travessia pelo Mediterrâneo".

Mudanças Climáticas

"O segundo ponto que levei ao Papa foi o tema do impacto que está fazendo a mudança climática, em especial o El Niño, sobre a segurança alimentar. Resumidamente, o El Niño está destruindo ou destruiu grande parte do progresso que a gente havia feito nos países mais impactados, que inclui América Central, Etiópia, países do sudeste da África.

Agora, em sequência do El Niño, que está acabando no final de julho, a previsão é que em agosto ressurja La Niña que faz exatamente o inverso: onde teve seca, vai ter inundação.

Essa é a mensagem: de alerta aos países. E o que os países podem fazer para não estar sempre agindo como emergência. Para agir preventivamente e evitar situações de calamidade como a gente viu no caso do El Niño".

Retrocesso na América Latina

"O Papa manifestou uma preocupação especial com a crise que enfrenta a América Latina. Não é só o Brasil. O Brasil talvez seja a cara mais visível desta crise. Mas, em geral, um retrocesso na América Latina. O esgotamento do ciclo das commodities primarias da exportação levou a uma crise generalizada na região.

A região parou de crescer e para uma região como América Latina parar de crescer, significa não criar empregos, significa não absorver os jovens que entram todos os anos no mercado de trabalho e significa aumentar a pobreza, a marginalidade, a violência, tudo o que nós conhecemos durante décadas e que, nos últimos 15 anos, havíamos conseguido superar a muito custo, com duras penas.

Isso, em grande parte, também se deve a uma visão dos governos que vão ganhando as eleições na América Latina de que não é mais necessário manter estes programas.

O Papa enfatizou muito isso, que essa é uma visão equivocada: deixar ao mercado administrar o tema da miséria, da pobreza, é condenar os pobres a exclusão definitiva. A FAO partilha desta visão do Papa, nós achamos que a segurança alimentar é um tema de Estado e deve ser uma preocupação permanente dos governantes".

Encontros anteriores

O Pontífice e Graziano já se encontraram algumas vezes, seja em audiências no Vaticano, seja na sede da FAO, em Roma, quando Francisco discursou aos participantes da 2ª Conferência Internacional sobre Nutrição, em novembro de 2014.

Já em outubro passado, a Missão da Santa Sé junto à FAO promoveu um debate sobre a Encíclica Laudato si. Naquela ocasião, José Graziano da Silva falou sobre impacto do documento para as decisões sobre o desenvolvimento sustentável. E recordou a repercussão do discurso do Papa Francisco nas Nações Unidas em Nova Iorque.

(bf/rb)

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Papa a argentinos: justiça e caridade em prol dos pobres e necessitados

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco enviou uma carta ao presidente da Conferência Episcopal Argentina, Dom José Maria Arancedo, por ocasião da celebração do XI Congresso Eucarístico Nacional, celebrado em San Miguel de Tucumán – norte do país –, de 16 a 19 deste mês.

“Conheço as dificuldades que estão vivendo; asseguro minha proximidade e peço ao Senhor que este Congresso nos fortaleça na fé para enfrentar as adversidades e impulsione a justiça e a caridade entre nós, de modo especial, nos serviço aos pobres e necessitados”, lê-se na missiva do Pontífice.

Recordando que a celebração do Congresso Eucarístico Nacional coincide com o Bicentenário da Independência do país, o Santo Padre diz virem em sua memória as palavras do Cura Brochero: “A graça de Deus é como a chuva que molha todos”. É somente questão de aproximar-se, de não ter medo e de deixar-se impregnar de tanto amor, acrescenta.

Após expressar sua proximidade aos participantes do Congresso Eucarístico e a todos conceder sua bênção, o Papa argentino pede a seus compatriotas que não se esqueçam de rezar por ele. (RL)

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Igreja no Brasil



Rio 2016: definidos detalhes do centro inter-religioso na Vila Olímpica

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Rio de Janeiro (RV) – Representantes de cinco religiões se encontraram na quarta-feira, (22/06), no Comitê Rio 2016 para definir detalhes do centro inter-religioso que funcionará na Vila Olímpica, onde mais de 10 mil atletas se hospedarão durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. 

"É muito bom ver o Rio de Janeiro como um povo acolhedor, onde as religiões se entendem", disse o Cardeal Dom Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro, ao lado de Carlos Nuzman, Presidente do Comitê Rio 2016.

O Padre Leandro Lenin, coordenador do centro inter-religioso do Rio 2016, apresentou a planta do local na Vila Olímpica onde haverá uma sala para cada religião: cristianismo, judaísmo, budismo, hinduísmo e islamismo (esta última com uma sala extra para mulheres).

Haverá um espaço misto de aconselhamento, e o segundo piso será um ambiente de convivência. Uma "cartilha do capelão" foi entregue aos presentes para explicar aspectos básicos do centro.

"O atleta precisa ter com quem se alegrar na hora da vitória, mas também precisa do ombro amigo na hora que perceber que alguma coisa não foi bem. E igualmente precisam de um espaço para a prática de sua fé", disse o Padre Leandro Lenin. "O centro não é apenas um ponto de apoio. É também um ponto de encontro, de assistência e auxílio."

Acolhida

A Arquidiocese do Rio de Janeiro convidou representantes de outras religiões para apoiar o projeto Meu Lugar no Rio – plataforma colaborativa que permite que moradores da cidade-sede dos Jogos recebam voluntários em sua casa. 

A plataforma é uma iniciativa inspirada na experiência adotada para receber os voluntários da Jornada Mundial da Juventude em 2013.

"Como os Jogos Olímpicos são um evento laico e esportivo, é interessante que diversas religiões abram as portas de suas casas também para os voluntários", disse o Cardeal Tempesta.

Entre os presentes, estavam o rabino Elia Haber, o monge budista Jyun Sho Yoshikawa, o teólogo muçulmano Jihad Hammadeh e Raga Bhumi Devi Dasi, pioneira do movimento Hare Krishna no Brasil. "Esperamos conseguir prover este balanço entre o físico e o espiritual. É muito importante para o atleta trabalhar isso", comentou Haber, que será capelão na Vila Olímpica, aberta a partir de 24 de julho para atletas e representantes dos comitês Olímpicos.

(bf)

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Igreja na América Latina



Igreja colombiana espera assinatura de uma paz verdadeira, não simbólica

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Bogotá (RV) - “Precisamos de um sinal claro de que a assinatura do acordo de paz será efetiva e não somente um ato simbólico”, disse o arcebispo de Tunja e presidente da Conferência Episcopal da Colômbia, Dom Luis Augusto Castro Quiroga – refere a agência missionária Fides –, após ter sido anunciada para esta quinta-feira (23/06) a assinatura do último dos pontos dos “Colóquios de Paz” em Cuba por parte do governo colombiano e do grupo guerrilheiro das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

População quer ver imediatamente os efeitos do acordo

“Os guerrilheiros devem entregar e destruir as armas publicamente”, disse o arcebispo. Ademais, Dom Quiroga recordou algumas notícias não verificadas difundidas no país sobre a possibilidade de que os guerrilheiros possam retomar as cidades.

Nesse sentido, o prelado fez-se intérprete da necessidade de asseguração do povo colombiano. “A população quer ver imediatamente os efeitos do acordo”, ressaltou Dom Quiroga.

Trata-se de um momento histórico para a Colômbia

“O governo da Colômbia e os guerrilheiros das Farc anunciaram um histórico acordo por um cessar-fogo definitivo e o fim das hostilidades, após mais de meio século de violências que provocaram mais de 260 mil mortos, 45 mil desaparecidos e cerca de 7 milhões de deslocados.

O comunicado conjunto das negociações colombianas foi difundido na noite desta quarta-feira em Havana, onde há três anos e meio estão se realizando as negociações de paz. Participam da cerimônia desta quinta-feira, na capital cubana, o presidente colombiano, Manuel Santos; o comandante das Farc, Timeleon Jimenez; e o secretário geral da Onu, Ban Ki-moon.

Trata-se de um momento histórico para a Colômbia, vez que a assinatura do acordo significa concluir um conflito armado que martirizou o país durante 52 anos. (RL)

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Venezuela: Núncio apostólico, "a primeira preocupação da Igreja é a paz"

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Guanare (RV) - O Núncio Apostólico na Venezuela, Dom Aldo Giordano, sublinhou que é tarefa da Igreja buscar o diálogo no país, um diálogo para a paz e para atender as necessidades da população. “A primeira preocupação é a paz, como evitar a violência; como ser útil quando existem tensões, como alcançar a reconciliação. Se existem problemas com o alimento e medicamentos, o Papa quer ajudar as pessoas e apoiar o bem comum”, disse Dom Giordano nos dias passados durante sua visita a Guanare, capital da região.

Segundo informações da imprensa venezuelana, o Arcebispo estava em Guanare para presidir a missa de intitulação a Santuário da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus. Estiveram presentes o Arcebispo de Calabozo, Dom Manuel Díaz Sánchez, e o Bispo de Guanare, Dom José de la Trinidad Valera Angulo.

Dom Giordano expressou sua satisfação por essa visita ao santuário, reestruturado recentemente, onde centenas de fiéis se reúnem para rezar e ouvir a Palavra de Deus. “Tenho a honra de carregar nesta visita, uma relíquia de São João Paulo II, um grande pai da Igreja, um grande pastor universal da Igreja”, disse o Núncio apostólico entregando a relíquia.

Na Venezuela aumenta ainda mais a tensão e nos próximos dias estão programadas manifestações da oposição contra o Governo, para pedir a convocação do referendo sobre a destituição do Presidente Maduro. Algumas dessas manifestações foram convocadas porque o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) cancelou recentemente a validade de 600 mil assinaturas recolhidas pela oposição no último referendo. (SP)

 

 

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Igreja no Mundo



Brexit: bispos ingleses pedem voto "informado"

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Londres (RV) – A Conferência Episcopal de Inglaterra e Gales abordou o referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, marcado para esta quinta-feira, pedindo aos eleitores um “voto informado” e a uma decisão orientada para o “bem comum”. 

Em um comunicado dos bispos católicos destacam a “natureza histórica deste referendo e as suas implicações para as gerações futuras, do Reino Unido, da Europa e do mundo”.

O Reino Unido está na União Europeia desde 1973 mas, devido à força da libra, nunca quis adotar a moeda única, o euro, nem aceitou assinar o Acordo de Schengen, que diz respeito à livre circulação de pessoas e de bens no espaço comunitário.

Cisão

Com a chegada do Primeiro-Ministro David Cameron, a cisão (o chamado ‘brexit’) entre a Grã-Bretanha e a União Europeia acentuou-se.

Questões como o tratado orçamental europeu, a crise de refugiados e a situação econômica na UE contribuíram ainda mais para o afastamento entre Londres e Bruxelas, culminado com a decisão britânica em promover este referendo.

Os bispos católicos lembram que o projeto europeu, implementado depois da Segunda Guerra Mundial, nasceu “como forma de unir” os países do território em torno de um ideal comum de “paz”, que assegurasse que um novo conflito tão “catastrófico” como aquele nunca mais assolasse o continente.

Decisão final

Um ideal que, segundo a Igreja local, não pode ser esquecido neste referendo, ainda que “cada cidadão possa ter a sua opinião acerca do modo como esse ideal deve ser aplicado”.

“É natural que hoje muitas pessoas tenham dúvidas em relação à União Europeia, às suas instituições e às implicações de uma maior integração”, reconhecem os membros da Conferência Episcopal de Inglaterra e Gales.

Os bispos realçam no entanto que este referendo será “uma oportunidade para os britânicos refletirem acerca dos valores que têm como mais importantes, enquanto nação e enquanto católicos”.

Na base da decisão não podem estar apenas questões econômicas ou monetárias, mas também valores que marcam a matriz cristã da Europa, como a solidariedade, a proximidade, a boa vizinhança, a abertura aos outros, “sobretudo aos mais vulneráveis”.

“O nosso foco tem de ir ao encontro das pessoas. Precisamos construir uma Europa que tenha como prioridade não só fatores financeiros mas valores inalienáveis, como a sacralidade de toda a vida humana”, frisam os bispos católicos do Reino Unido, citando parte de um discurso que o Papa Francisco fez no Parlamento Europeu.

(Ecclesia)

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Aleppo: crianças sírias têm um oratório “a prova de bombas”

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Aleppo (RV) - Em Aleppo – a cidade mais devastada pela guerra da Síria – existe um oratório “a prova de bombas” onde 350 crianças cristãs se reúnem sob o lema “Sejam misericordiosos como nosso Pai” para rezar pelo seu país e pela conversão dos jihadistas.

“Não temos medo pois a cada dia desafiamos as bombas e a morte com nossa alegria de viver”, expressou o Pe. Firas Lutfi, sacerdote responsável pelo oratório da paróquia latina de São Francisco em Aleppo, ao jornal “Avvenire” da Conferência Episcopal Italiana. As crianças que o frequentam são de várias confissões cristãs – católicos, ortodoxos, armênios, melquitas – têm entre 3 e 15 anos de idade. Neste espaço também cantam, brincam e fazem amizade.

Segundo o sacerdote, esta iniciativa é “uma luz para uma cidade mártir da guerra civil síria” que, segundo a ONU, é a mais sangrenta depois da Segunda Guerra Mundial, com 250 mil mortes e milhões de deslocados.

Réplica do oratório

Neste ano, a Associação Pró Terra Santa, que está a serviço da Custódia da Terra Santa, pediu que nas paróquias da Itália fosse feita uma réplica deste “oratório” como uma obra de misericórdia para que as crianças sírias sintam que não estão sozinhas. Esperam também que através desta iniciativa as crianças italianas conheçam o tipo de vida que levam os cristãos no Oriente.

Sobre isso, o Pe. Lutfi manifestou: “Necessitamos desta comunhão com vocês”. Por sua parte, o Pároco de São Francisco, Pe. Ibrahim Alsabagh, indicou que em uma cidade semidestruída a alegria de estar juntos se sobrepõe às dificuldades; é uma experiência de vida e de amizade em nome de Jesus. (SP)

 

 

 

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Que valores a mulher africana leva às sociedades?

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Washington (RV) – Formar novas gerações de mulheres capazes de se inserir em suas sociedades e serem portadoras de valores cristãos: este é o principal objetivo da Rede Ecumênica Pan-africana de Empoderamento das Mulheres (Pan African Women’s Ecumenical Empowerment Network (Paween), que se reuniu dias atrás em Washington.

Durante quatro dias, mulheres africanas e de outras áreas do mundo se reuniram para refletir sobre questões relativa ao empoderamento, ou seja, o processo de crescimento, reforço e realização da presença feminina (neste caso, cristã) na sociedade e a importância de que se ouça sua voz com clareza para ativar ações capazes de derrotar a fome e a miséria.

Nos trabalhos, foram evocados alguns episódios sobre as batalhas de mulheres africanas por um mundo melhor e redigidos dois documentos sobre a importância do papel feminino. O primeiro evidencia que no mundo as mulheres são as primeiras e principais vítimas de desnutrição e violência. O segundo insiste na importância decisiva da formação das jovens a fim de acentuar a autonomia econômica e consequentemente, o peso específico no mecanismo de decisão e político das sociedades.

Já na mensagem conclusiva dos trabalhos, as mulheres africanas frisam a importância de fornecer sua contribuição às mudanças culturais em relação a seu papel na sociedade: “Como mulheres africanas e de fé devemos desafiar e ativar as estruturas institucionais opressivas e as normas sociais e culturais que perpetuam a discriminação e erguem barreiras à esperança de muitas jovens e mulheres”, diz o texto. 

(CM)

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Junge reeleito secretário geral da Federação Luterana Mundial

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Wittenberg (RV) - Martin Junge foi confirmado secretário geral da Federação Luterana Mundial (FLM). O Conselho reunido dias atrás em Wittenberg, na Alemanha, reelegeu-o para um mandato de sete anos – refere o jornal vaticano “L’Osservatore Romano”.

“Agradeço pela renovada confiança e estou novamente pronto para servir. É um privilégio oferecer meus dons à comunhão e a suas Igrejas–membro que vivem e trabalham juntas por um mundo justo, de paz e reconciliado”, declarou Junge.

O presidente da Federação Luterana Mundial, o Bispo Munib Younam (foto), congratulando-se com o secretário geral, falou de “processo claro e transparente”, de apreço pelo trabalho de Junge.

“Hoje estamos confiantes acerca dos ótimos preparativos para a assembleia de 2017 na Namíbia (África) e para os eventos que nos levarão ao aniversário dos 500 anos da Reforma, graças a sua guia”, disse o Bispo Younam.

“Como presidente da Federação Luterana Mundial, considero o voto do Conselho expressão de confiança ao secretário geral e por seu trabalho. Desejo-lhe as bênçãos de Deus”, acrescentou.

Junge, 55 anos, assumiu seu primeiro mandato em 1º de novembro de 2010, após ter sido secretário para a área da América Latina e Caribe junto ao Departamento para a missão e o desenvolvimento, bem como presidente da comunidade evangélica luterana no Chile.

Com esse segundo encargo (que terá início em 1º de novembro de 2017), Junge guiará o trabalho do executivo da Federação Mundial Luterana até 31 de outubro de 2024. (L’Osservatore Romano / RL)

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Formação



Missionárias brasileiras no Haiti entregam carta ao Papa

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Cidade do Vaticano (RV) – Neste espaço dedicado aos Direitos Humanos, hoje vamos falar das missionárias brasileiras no Haiti.

As religiosas integram um projeto intercongregacional que nasceu para ajudar as vítimas do terremoto que assolou a Ilha em janeiro de 2010. A iniciativa envolve a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a Conferência dos Religiosos e a Cáritas Brasileira e terá a duração de 10 anos.

Atualmente, seis irmãs trabalham em Porto Príncipe. Duas delas, a Ir. Maria Goreth Ribeiro dos Santos e Ir. Maria Câmara Vieira, estão em Roma e visitaram a sede da Rádio Vaticano.

As missionárias desembarcaram na ilha “com a cara e a coragem” e aos poucos foram aprendendo a língua e a cultura locais e desenvolvendo projetos úteis à população. Ir. Goreth fala de como este trabalho evoluiu desde que chegaram a Porto Príncipe e sobre um dos motivos que as trouxe a Roma: entregar uma estola bordada especialmente ao Papa Francisco pelas mulheres que participam dos projetos brasileiros e também uma carta ao Pontífice.

Ouça aqui:

 

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Dom Lucena: Espírito do Concílio ainda precisa penetrar na nossa vida

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” traz a última parte das considerações do bispo de Guarabira, Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena, acerca dos desafios e intuições do Vaticano II para a caminhada da Igreja pós-conciliar. 

Na edição passada, o bispo desta Igreja particular da Paraíba, atendo-se àqueles elementos sobre os quais a Igreja deve trabalhar, destacou – entre outros – que ela deve ser despojada do seu “clericalismo”, do seu “triunfalismo” e do que chama de “juridicismo” (aspecto formal da lei, apego à materialidade da letra, prática juridicista, ndr).

Nesta edição, prosseguindo em suas considerações, Dom Lucena nos diz que o espírito do Concílio ainda precisa penetrar na nossa vida, e que esse espírito nos prepara para viver num mundo plural, num contexto que nos impõe algumas questões imperiosas: como viver num mundo plural, num mundo de diálogo, de tolerância, de respeito, de autonomia das pessoas.

Dom Lucena nos fala inda de uma Igreja pós-conciliar que está aí no meio de todos os desafios, que também tem os seus riscos, mas que deve estar com o seu povo, no meio do povo, perto dele.

“A Igreja possa ser esta luz e o Concílio Vaticano II no meio de tantos temores, desafios contemporâneos trouxe uma luz”, afirma o bispo de Guarabira acrescentando – de forma quase poética – que “não há noite tão longa que não termine no amanhecer e este amanhecer é o Concílio Vaticano II”, que nós “não voltemos a ser noite”, exorta. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Papa na Armênia, no signo da misericórdia

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Cidade do Vaticano (RV) - Inicia-se nesta sexta-feira, (24/06), a 14ª Viagem Apostólica do Papa Francisco que desta vez o levará à Armênia, primeira etapa da visita do Pontífice ao Cáucaso. 

Para entender um pouco mais a história desse país, nós contatamos em São Paulo, o Bispo dos Armênios Católicos da América do Sul, Dom Vartan Waldir Boghossian, que está entre os 14 bispos católicos armênios da diáspora que estarão presentes na visita papal. (MJ)

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