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Sumario del 30/06/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Entrevistas

Formação

Papa e Santa Sé



Francisco: "quem não vive para servir, não serve para viver"

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Cidade do Vaticano (RV) – Esta quinta-feira (30/06) foi dia de audiência jubilar no Vaticano. Na Praça S. Pedro, cerca de 15 mil fiéis ouviram o Papa Francisco falar das obras de misericórdia. 

“É importante jamais esquecer que a misericórdia não é uma palavra abstrata, mas um estilo de vida. Eu posso ou não ser misericordioso. Uma coisa é falar de misericórdia, outra coisa é vive-la”, disse.

O Pontífice citou o Apóstolo Tiago, que diz que a misericórdia sem as obras está morta em seu isolamento. “É exatamente assim”, frisou Francisco: “O que torna viva a misericórdia é o seu dinamismo constante de ir ao encontro de quem precisa e das necessidades de quem se encontra em dificuldade espiritual e material.  A misericórdia tem olhos para ver, ouvidos para escutar e mãos para ajudar”.

Servir para viver

De modo especial, o Pontífice falou da importância do perceber o estado de sofrimento dos outros. Às vezes, afirmou, passamos diante de situações dramáticas de pobreza e parece que estas não nos tocam; tudo continua como se nada fosse, numa indiferença que, ao final, nos torna hipócritas e, sem perceber, acaba numa forma de letargia espiritual em que o ânimo se torna insensível e a vida, estéril. “Tem gente que passa toda a vida sem nunca perceber as necessidades dos outros”, lamentou. Pessoas que passam sem viver, que não servem os outros. Lembrem-se bem: quem não vive para servir, não serve para viver".

“Quem experimentou na própria vida a misericórdia do Pai não pode permanecer insensível diante das necessidades dos irmãos”, completou Francisco, que citou as obras que estão contidas no Evangelho de Mateus: assistir que tem fome, sede, quem está nu, refugiado, doente e na prisão. “As obras não são temas teóricos, mas testemunhos concretos. Obrigam a arregaçar as mangas para aliviar o sofrimento".

Essencial

Com o multiplicar-se da pobreza material e espiritual, o Papa Francisco pede uma caridade criativa para identificar novas formas de ajudar quem precisa. “Portanto, pede-se a nós que permaneçamos vigilantes como sentinelas para que, diante das pobrezas produzidas pela cultura do bem-estar, o olhar do cristão não se enfraqueça e se torne incapaz de ver o essencial.”

Ver o essencial, explicou, significa “olhar Jesus no faminto, na prisioneiro, no doente, no nu, em quem não tem trabalho e deve levar avante uma família. Olhar Jesus em quem está triste, só, em quem erra, em quem precisa de conselho, caminhar em silêncio com quem precisa de companhia – estas são as obras que Jesus pede a nós. Olhar Jesus nestas pessoas. Por quê? Porque Jesus nos olha assim”.

Tratou-se da última audiência jubilar deste período de verão europeu. Ao saudar os peregrinos alemães, o Pontífice recordou que neste período de férias e repouso seria importante também cuidar das relações humanas e viver a misericórdia. Já aos poloneses, pede orações para si e para os jovens que em todo o mundo estão se preparando para o iminente encontro em Cracóvia para a Jornada Mundial da Juventude, no final de julho.

As audiências jubilares serão retomadas em 10 de setembro.

(bf)

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Papa recorda viagem à Armênia: caminho da paz requer tenacidade

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Cidade do Vaticano (RV) - Na audiência jubilar desta quinta-feira (30/06), o Papa Francisco lembrou a recente viagem apostólica que o levou à Armênia de 24 a 26 deste mês.   

“O Senhor me concedeu visitar a Armênia, primeira nação que abraçou o cristianismo, no início do século IV. Um povo que, durante a sua longa história, testemunhou a fé cristã com o martírio. Dou graças a Deus por esta viagem, e sou muito grato ao Presidente da Armênia, ao Catholicos Karekin II, ao Patriarca e aos bispos católicos, e a todo o povo armênio por terem-me acolhido como peregrino de fraternidade e paz.”

Francisco recordou que daqui a três meses irá à Geórgia e ao Azerbaijão, outros dois países situados no Cáucaso. 

“Acolhi o convite de visitar estes países por dois motivos: de um lado, valorizar as antigas raízes cristãs presentes naquelas terras, sempre com o espírito de diálogo com as outras religiões e culturas, e de outro, incentivar esperanças e caminhos de paz. A história nos ensina que o caminho da paz requer grande tenacidade e passos contínuos, começando pelos pequenos e devagar fazendo-os crescer, indo um ao encontro do outro. Por isso, o meu desejo é de que todos e cada um deem a sua contribuição para a paz e a reconciliação.”

O Papa destacou ainda que “como cristãos somos chamados a reforçar entre nós a comunhão fraterna a fim de testemunhar o Evangelho de Cristo e ser fermento de uma sociedade mais justa e solidária”. “Por isso”, disse ainda Francisco, “toda a visita foi partilhada com o Supremo Patriarca da Igreja Apostólica Armênia que me hospedou fraternalmente por três dias em sua casa”. 

O Papa renovou o seu abraço aos bispos, sacerdotes, religiosas e religiosos e a todos os fiéis da Armênia. “Que a Virgem Maria, nossa Mãe, os ajude a permanecer firmes na fé, abertos ao encontro e generosos nas obras de misericórdia”, concluiu o Pontífice. (MJ)

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"Juntos pela Europa" 4ª edição: aguardada vídeo-mensagem do Papa

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Cidade do Vaticano (RV) - Foi inaugurada esta quinta-feira (30/06) em Munique, na Baviera, sul da Alemanha, a quarta edição de “Juntos pela Europa”, iniciativa que tem a colaboração de comunidades e movimentos cristãos que se caracterizam por sua natureza  ecumênica.

O evento tem a participação, entre outros, do presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, e do presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, Cardeal Peter Turkson.

A edição deste ano terá seu ponto alto no próximo sábado (02/07), quando, na praça central de Munique, serão transmitidas as vídeo-mensagens do Papa Francisco e do Patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I. Entrevistado pela Rádio Vaticano, o secretário geral de “Juntos pela Europa”, Diego Goller, nos fala sobre a iniciativa: 

Diego Goller:- “‘Juntos pela Europa’, como diz o nome, é uma rede de movimentos de várias Igrejas – católica, evangélica, ortodoxa, anglicana – que há quinze anos se encontraram. A iniciadora foi a fundadora do Movimento dos Focolares, Chiara Lubich, seguida de Andrea Riccardi e de vários outros inclusive no campo evangélico, que se encontraram e quiseram se conhecer. Porém, não se limita simplesmente a um conhecer, mas está se abrindo, e se abriu desde o início, voltada para a Europa; com a possibilidade de levar nossos movimentos, e os carismas subjacentes a todos eles. Abrir à possibilidade de que esses carismas deem sua contribuição à Europa de hoje, num momento em que valores como o acolhimento e o respeito pela pessoa devem ser absolutamente evidenciados. Isso nos parece mais do que nunca atual, e podemos não somente oferecer ideias, mas trazer experiências.”

RV: A iniciativa tem um forte significado e valor ecumênicos; há também esse significado forte de comunhão dos cristãos numa Europa por demais dividida, inclusive ultimamente...

Diego Goller:- “A data é significativa – 2016. Foi previsto esse grande encontro para este ano a fim de dar um sinal para 2017, para os 500 anos da Reforma luterana. Essa foi a motivação inicial para fazer o encontro este ano, porque – dizíamos – no próximo ano haverá muitas manifestações nesse sentido, que procuramos precedê-las dando nossa contribuição, e buscando realçar tudo aquilo que tem sido vivido entre nós. Horas atrás falaram o Cardeal Walter Kasper e o bispo evangélico Margot Käßmann, que foi presidente das Igrejas evangélicas na Alemanha. Há pouco teve lugar a coletiva de imprensa com o bispo evangélico da Baviera. Teremos o metropolita Serafim. Estamos ansiosos para ver no sábado, na praça, a mensagem do Papa Francisco e também a do Patriarca Bartolomeu. De fato, há um caráter realmente muito ecumênico.”

RV: A vídeo-mensagem do Papa Francisco constitui claramente, junto à do Patriarca, um momento importante: qual impulso esperam receber da vídeo-mensagem, mas, em geral, do magistério do Papa Francisco, propriamente sobre a Europa?

Diego Goller:- “Para nós é significativo que um Papa vindo das terras mais longínquas, distantes da Europa, é, no fundo, aquele dá a mensagem mais forte e mais europeísta neste momento. Esperamos um grande encorajamento. Temos grande satisfação com o fato de o Papa ser tão ativo: está buscando reconduzir a Europa – matriz do Cristianismo mundial, visto que São Paulo veio para a Europa trazer a mensagem evangélica – às suas raízes, a seu valores fundamentais, aos valores que o Cristianismo trouxe. Portanto, esperamos um grande encorajamento e um grande impulso, dos quais já tivemos sinais muito positivos.” (RL)

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Cor Unum: curso de formação sobre ajuda humanitária no Oriente Médio

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Beirute (RV) - Teve início nesta quarta-feira (29/06), em Beirute, no Líbano, e prossegue até 2 de julho, um curso de formação para os agentes diocesanos na Síria, engajados no serviço caritativo no âmbito da crise humanitária síria.

Este percurso de formação é promovido pelo Pontifício Conselho Cor Unum com a colaboração de três organismos católicos caritativos: a Catholic Relief Service (CRS), Aid to the Church in Need (ACN) e Missio.

Participam 11 bispos, representantes de institutos religiosos masculinos e femininos, e pessoas comprometidas com a atividade caritativa na Síria, provenientes de várias dioceses. O Cor Unum está representando pelo secretário desse organismo vaticano,  Dom Giampietro Dal Toso, e também está presente o Núncio Apostólico na Síria, Dom Mario Zenari, que acompanha os trabalhos. 

A iniciativa nasceu de uma exigência manifestada pelos  representantes de organismos caritativos e bispos durante a terceira reunião sobre a crise humanitária na Síria, Iraque e países limítrofes, organizada pelo Cor Unum em 17 de setembro de 2015. 

O objetivo das sessões de trabalho, no Líbano, é o de aprofundar os elementos de base para a predisposição de projetos implementados pelos organismos caritativos e pelas dioceses desses países, engajados na ajuda humanitária no contexto da crise no Oriente Médio. 

O programa prevê formação teológica e encontros específicos para bispos e religiosos. Os dias 1º e 2 de julho serão concentrados nos aspectos de capacitação e gerenciamento de projetos, e na análise das fases de realização de projetos: programação, planificação, implementação, conclusão e prestação de contas. 

A crise na Síria, Iraque e países limítrofes continua sendo o centro das preocupações da Santa Sé por causa da gravidade que se produziu depois da guerra. Segundo dados disponíveis, desde 2011, o conflito na Síria provocou 400 mil vítimas e 2 milhões de feridos. Atualmente, são mais de 12 milhões as pessoas que precisam de ajuda na Síria e mais de 8 milhões no Iraque. Os refugiados internos são mais de 6 milhões na Síria e mais de 3 milhões no Iraque, e pelo menos 4 milhões são os refugiados sírios em todo o Oriente Médio: em particular, 1 milhão e 900 mil na Turquia, 1 milhão e 100 mil no Líbano, e mais de 600 mil na Jordânia. (MJ)

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Igreja na América Latina



Livro "El Concilio Vaticano II y los judíos" tem Prefácio de Bergoglio

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Buenos Aires (RV) - O livro "El Concilio Vaticano II y los judíos" (O Concílio Vaticano II e os judeus) foi apresentado no Salão do Auditório do Instituto de Cultura do Centro Universitário de Estudos (CUDES), em Itongadol.

Com 400 páginas, o livro foi escrito pelos Rabinos Abraham Skorka e Ariel Stofenmacher e editada pelo Seminario Rabínico Latino-americano Marshall T. Meyer. Assinam o Prefácio o Papa Francisco, o Rabino Joel H. Meyers, o Rabino Ariel Stofenmacher e Cristian Ritondo.

A obra é uma coletânea de textos e artigos relacionados à Declaração conciliar Nostra Aetate, escritos por teólogos e historiadores judeus e cristão. Foi editada em comemoração aos 50 anos de aprovação da respectiva declaração durante o Concílio Vaticano II, no final de 1965.

A apresentação da volume esteve a cargo de Abraham Skorka e Norberto Padilla, professor do Instituto de Cultura do Centro Universitário de Estudos (CUDES); membro fundador do Conselho Latino-americano de Liberdade Religiosa e do Conselho Argentino para a Libertade Religiosa. Foi lido na introdução um parágrafo de Jorge Luis Borges sobre a nova relação que se desenvolveu entre cristãos e judeus a partir do Concílio Vaticano II.

"Dois cinquentenários confluem para que hoje estejamos aqui - recordou Norberto Padilla. Em 1962, por iniciativa de Marshall Meyer e um grupo de rabinos e dirigentes comunitários,  foi fundado o Seminário Rabínico Latino-americano, que desde então é o centro de excelência de formação, de serviços e diálogo, ao formar rabinos para América Latina e Estados Unidos".

"No mesmo ano - completou - São João Paulo II inaugurou o Concílio Vaticano II, acontecimento que qualificou como um novo Pentecostes. Falecido antes da segunda sessão, o sucedeu o Beato Paulo VI, que conduziu as três sessões seguintes, até sua conclusão em 7 de dezembro de 1965. No Concílio foi aprovada a Declaração Nostra Aetate, cujo 4° ponto é dedicado à relação com o judaísmo".

Padilla, ademais, ressaltou em como a Declaração modificou substancialmente a relação existente entre a Igreja Católica e os judeus, destacando também a decisão do Seminário Rabínico Latino-americano em dedicar um livro à comemoração do Concílio Vaticano II.

O Rabino Abraham Skorka, por sua vez, explicou que o livro começou a ser pensado em agosto de 2012. "Por volta de fevereiro ou março de 2012 - recordou - que era o ano em que se cumpria o início das sessões do Concílio Vaticano II, recebi um chamado do Reitor de UCA, Arcebispo Fernández, que me dizia que em 11 de outubro queriam realizar um ato para recordar os 50 anos de início do Concílio Vaticano II e me convidava para falar na ocasião. Foi um impacto para mim e me emocionei", revelou o Rabino.

Skorka também afirmou, que uma das preocupações de São João XXIII ao convocar o Concílio Vaticano II era "recriar uma nova relação com os judeus", mencionando que São João XXIII foi designado por Yad Vashem como "Justo entre as Nações" por ter salvo inúmeros judeus durante a II Guerra Mundial, quando era Núncio Apostólico na Turquia e nos Bálcãs.

Ao referir-se à Declaração Nostra Aetate, o Rabino Skorka manifestou que o Cardeal Bea, antes do início do Concílio, havia preparado um documento que modificava a relação da Igreja com o judaísmo, "para que fique como um documento do Concílio".

"Foi uma das primeiras intenções deste Concílio e a antepenúltima a ser aprovada. Os debates - recordou - começaram em 1962 de foi aprovada em 1965. Paulo VI a assinou no mesmo dia em que se recordava o falecimento de São João XXIII. Desde então passou muita água embaixo da ponte e teve gente que aqui, em nosso país, assumiu a bandeira deste conceito: Dom Karlik, Dom Segura, existe uma gama de pessoas da Igreja que esteve muito comprometida, isto sem falar do meu amigo, o atual Bispo de Roma", disse Skorka

A obra é uma coletânea de textos e artigos relacionados à Declaração conciliar Nostra Aetate, escritos por teólogos e historiadores judeus e cristão. Foi editada em comemoração aos 50 anos de aprovação da respectiva declaração durante o Concílio Vaticano II, no final de 1965.

"El Concilio Vaticano II y los judíos" está dividido em três partes. A primeira é composta por 12 artigos, a segunda por 10 testemunhos escritos pelo então Cardeal Jorge Mario Bergoglio; o Cardeal Jorge María Mejía; o ex-Secretario de Culto de la Nación, Norberto Padilla; os Pastores José Míguez Bonino e Carlos Cerdá; o Arcebispo e Reitor da Pontifícia Universidade Católica Argentina - UCA, Víctor Manuel Fernández; o Arcebispo e Presidente da  Conferência Episcopal Argentina, José María Arancedo; o presbítero Rafael Braun, Carlos Escudé (Najmán ben Abraham Avinu); Celina Lértora Mendoza; Michel Schlesinger; Leandro Tomchinsky Galanternik; e os Rabinos Abraham Skorka, Ariel Stofenmacher, Alejandro Bloch, Guillermo Bronstein, Daniel Goldman, Mario Hendler, Marcelo Polakoff, Mario Rojzman, Ernesto Yattah y Shmuel Szteinhendler. A terceira e última parte é um Apêndice Documental de fontes judaicas e católicas. (JE) 

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Igreja no Mundo



Vigário Apostólico sobre atentado: "Qual o caminho de saída? Difícil dizer!"

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Istambul (RV) - "Logo após ter tomado conhecimento da notícia, a Igreja Católica turca elevou sua oração e a sua recordação pelas vítimas da tragédia e por todo o povo turco. Ainda esta manhã, na celebração, rezamos novamente com força junto com os fieis. A indignação é grande", afirmou o novo Vigário Apostólico de Istambul, Dom Ruben Tierrablanca Gonzalez.

O Vigário estava em Antakya, onde católico e ortodoxos reuniram-se para celebrar juntos a Solenidade dos Santos Pedro e Paulo. "A tristeza e a desolação" pela tragédia no Aeroporto Ataturk acompanhou a Igreja local que, em Antakya, estava presente nas pessoas do Vigário Apostólico de Anatólica, Bispo Paolo Bizzeti, do enviado do Patriarca Greco-ortodoxo de Antioquia, do Núncio Apostólico na Turquia desde março passado, o Arcebispo Paul Fitzpatrick Russell, e muitos fieis, entre os quais estavam alguns refugiados sírios.

"O Papa Francisco quis, por meio da Secretaria de Estado, fazer saber ao Núncio que também ele estava aqui conosco, unido espiritualmente. O momento - disse Dom Tierrablanca - é delicado. A onda de violência que está atingindo a Turquia se insere no clima de terror que se respira nesta região e também na Europa. Síria, Iraque e Líbia são um claro exemplo disto. Não obstante a guerra e a  violência, as fábricas de armas não param. Qual o caminho de saída? Difícil dizer. Nós, como Igreja, somos chamados a comunicar a esperança e a dar uma mensagem de paz. E é o que fazemos". (JE/Sir)

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Mártires coptas, testemunho de fé que interpela

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Roma (RV) - Os cristãos coptas assassinados na Líbia pelo autoproclamado Estado Islâmico são Santos mártires, "doutores de coerência cristã, testemunhos de fé". Assim o Papa Francisco recordava - ao visitar há poucos dias a Villa Nazareth, em Roma - o martírio dos 21 cristãos coptas degolados em fevereiro de 2015 em uma praia. 

Recentemente o Padre Paolo Asolan, docente de Teologia Pastoral no Instituto Redemptor Hominis da Pontifícia Universidade Lateranense, encontrou no Egito a família de Milad, um dos coptas barbaramente assassinados pelos jihadistas. O docente da Lateranense visitou numerosas realidades cristãs no Egito no âmbito de uma reorganização da própria pastoral por parte da Província dos Frades Menores. Eis o que contou aos microfones da Rádio Vaticano:

"Fui visitar diversas realidades, quer cristão-católicas como coptas, e no contexto destas comunidades  coptas, a cidade da qual eram provenientes 15 dos mártires degolados na beira-mar, na Líbia".

RV: O senhor teve uma experiência de encontro muito forte, precisamente com a família de um dos coptas mártires assassinados pelo Isis...

"Sim, a família de Milad, que no vídeo é aquele que se vê por primeiro, enquanto reza esperando, precisamente, que se cumpra a execução. Tinha uma mulher e um filho, que agora tem três anos, mais a mãe e o pai, e como acontece nestas famílias, trata-se de uma família "ampliada": existem as irmãs da mulher... Nesta pequena comunidade, onde, entre outras coisas, o Estado egípcio está construindo uma igreja em honra aos mártires, vivem 15 famílias que têm um mártir em casa".

RV: O que lhe tocou no encontro com estas famílias?

"A primeira coisa, impressionante, é a familiaridade que eles têm com a própria ideia de martírio, isto é, que a sua ligação de Batismo com Jesus não é somente uma ligação de água, mas também uma ligação de sangue, motivo pelo qual, num certo sentido, preveem ou levam em consideração esta possibilidade, e a tem em consideração como uma espécie de sinal de amor, por parte do Senhor. Esta é a coisa mais comovente. A segunda, é que a fé se preserva - ou, se preservou - naquele contexto tão difícil, quer por esta força do martírio, quer por outra forma de martírio, que é o monaquismo, muito presente especialmente no deserto. Por outro lado, o monaquismo nasceu com Santo Antão, no deserto de Tebe (ndr - Santo Antão do Deserto). Causa uma forte impressão a liberdade com que usam expressões como, "entre o ter a vida e dá-la ao Senhor, melhor dá-la ao Senhor". Também perguntei à mãe do Milad o que  sentiu, o que foi dito no momento em que viu o vídeo e a morte do filho, e ela dizia que certamente a coisa mais dolorosa para uma mãe é perder um filho, mas não existe um gesto de maior amor que se possa fazer pelo Senhor, que dar a própria vida por Ele".

RV: Na recente visita à Villa Nazareth, o Papa Francisco recordou precisamente os cristãos coptas assassinados pelo Isis na Líbia. É fundamental que não se esqueça nunca destes mártires...

"Sim. Por um lado, acredito que eles tenham a necessidade de sentir que nós os apoiamos; por outro, a natureza, mas também a totalidade desta fé, deste amor que exprimem também assim. Efetivamente, cura muitas das nossas perplexidades, das nossas dúvidas! Existe um mistério de perseguição de Cristo que continua também nos seus membros. E depois existe também este aspecto: trata-se de famílias, de gente muito simples, que vive a fé como o pão cotidiano. Num certo sentido, é verdade que o Senhor se revela aos simples e aos pequenos, e portanto a força deste testemunho - também marcado pela dor, que todavia era uma dor recolhida, custodiada precisamente pela consolação - tem um sentido também íntimo e profundo, que eles acolhem". (JE/AG)

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Concílio Pan-Ortodoxo: Princípios sobre o matrimônio

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Atenas (RV) -  O “Santo e Grande Concílio” das Igrejas Ortodoxas realizado de 19 a 26 de junho na Academia Ortodoxa em Chania,  na Ilha de Creta, debateu sobre seis temas principais. Transcrevemos agora o artigo “Princípios ortodoxos”, do Padre Hyacinthe Destivelle (enviado especial ao Concílio Pan-Ortodoxo) - publicado no L’Osservatore Romano - e que trata do Matrimônio, tema do quinto documento:

“A questão do matrimônio foi objeto dos debates do Santo e Grande Concílio da Igreja Ortodoxa nos dias 23 e 24 de junho passado. Constava da ordem do dia do Concílio desde 1961 com o título Impedimentos ao matrimônio. Na época tratava-se de estabelecer as mesmas regras no conjunto da Igreja Ortodoxa. De fato, a proibição dos matrimônios mistos tornou-se um problema particularmente importante para a ortodoxia contemporânea, pois muitos fiéis ortodoxos não vivem mais em contextos confessionais homogêneos, obviamente na diáspora, mas também no Oriente Médio, onde a convivência entre cristãos é estreita, sobretudo no âmbito urbano. A questão pareceu suficientemente importante a ponto de ser colocada em segundo lugar na ordem do dia do Concílio fixado em 1976. Pouco a pouco a importância do documento foi ampliada para apresentar a visão ortodoxa do matrimônio. É portanto com o título O sacramento do matrimônio e os seus impedimentos que o documento foi inserido na ordem do dia do Concílio pela sinaxy dos Primazes, em janeiro de 2016.

A primeira parte do documento, intitulada O matrimônio ortodoxo, apresenta os princípios ortodoxos sobre o matrimônio. Depois de ter declarado que “a instituição da família está hoje ameaçada pelo fenômeno da secularização e também pelo relativismo moral”, o texto recorda que a condição indispensável ao matrimônio é “a união livremente aceita entre um homem e uma mulher”. Acrescenta, depois, uma outra condição preliminar ao matrimônio cristão: “A fé em Jesus Cristo, uma fé que o esposo e a esposa (o homem e a mulher) devem compartilhar”. Fazendo referência a Adão e Eva, depois às Bodas de Caná, o documento sublinha que “o mistério da união indissolúvel entre um homem e uma mulher é a imagem da união entre Cristo e a Igreja  (cfr. Efésios, 5,32)”. O matrimônio cristão é portanto “uma pequena igreja ou uma imagem da Igreja”, cuja unidade está alicerçada sobre a “unidade em cristo, para que, mediante a bênção do amor conjugal por meio do Espírito Santo, o casal possa refletir o amor entre Cristo e a sua Igreja”.

Afirmando que “o matrimônio é o coração da família e a família justifica o matrimônio”, o documento denuncia “a pressão exercida hoje na sociedade para que sejam reconhecidas novas formas de convivência, (a qual) constitui uma real ameaça para os cristãos ortodoxos”. Recorda em particular que “a Igreja não aceita para os seus membros, contratos de convivência entre pessoas do mesmo sexo ou de sexo diferente, e nenhuma outra forma de convivência além do matrimônio”.

Quanto ao matrimônio civil, este constitui “um simples ato jurídico de convivência validado pelo Estado, diferente do matrimônio abençoado por Deus e pela sua Igreja”. Os cristãos que contraem tal matrimônio devem portanto “ser tratados com a devida responsabilidade pastoral, para fazer entender a eles o valor do Sacramento do matrimônio e as bênção que dele derivam”.

A Encíclica do Concílio completa estes princípios recordando as dimensões ascéticas e escatológicas do matrimônio. O faz recordando oportunamente o rito oriental, muito sugestivo, da coroação: “As coroas colocadas sobre a cabeça dos esposos durante a celebração do sacramento fazem referência ao sacrifício e à dedicação a Deus e  a dos esposos entre si. Sugerem também a vida do Reino de Deus, mostrando a referência escatológica do mistério do amor”.

A segunda parte do documento trata dos impedimentos ao matrimônio. Os primeiros dizem respeito aos diversos tipos de parentesco por consanguinidade, afinidades e adoção. Os segundos dizem respeito à existência de um matrimônio “que não é irrevogavelmente dissolúvel ou anulado”, ou de um “terceiro matrimônio pré-existente”, Tendo havido o matrimônio definido acima como “indissolúvel”, teria sido interessante se o documento tivesse dado uma explicação teológica, canônica e pastoral da dissolução à qual faz referência. O terceiro e quarto caso de impedimento, diz respeito à existência de um compromisso monástico ou de uma ordenação sacerdotal já recebida, mesmo que “o sacerdócio por si só não constitua um impedimento ao matrimônio”.

O documento, por fim, declara que “o matrimônio entre ortodoxos e não ortodoxos é proibido segundo a akribìa canônica”, em clara referência ao cânone 72 do Concílio Quinisextium de Trullo (ndr - realizado em Constantinopla em 692). A questão dos matrimônios mistos foi a mais debatida antes e durante o Concílio. O esboço pré-conciliar estabelecia que um matrimônio do gênero poderia todavia ser celebrado “por condescendência e amor por parte do homem, contanto que os filhos nascidos de tal matrimônio fossem batizados e educados na Igreja Ortodoxa”.

Esta frase foi criticada por algumas Igrejas, sobretudo pela Igreja da Geórgia que pediu que fosse eliminada, defendendo que nenhuma disposição de um Concílio Ecumênico poderia ser modificada. De fato, o Santo e Grande Concílio eliminou esta possibilidade geral no documento final, preferindo combinar o adiamento à akribìa canônica com a possibilidade da economia decidida localmente: “É importante que a possibilidade de aplicar a economia eclesial referente aos impedimentos ao matrimônio seja decidida pelo Santo Sínodo de cada Igreja Ortodoxa autocéfala, segundo os princípios dos santos cânones e em um espírito de discernimento pastoral em vista da salvação do homem”. Esta disposição parece também aplicar-se à linha seguinte que concerne o matrimônio entre ortodoxos e não-cristãos, “absolutamente proibidos segundo a akribiá canônica”.

O objetivo inicial do Concílio, que era unificar as diversas práticas eclesiais na matéria, não foi alcançado na sua totalidade, mas foi uma escolha sábia ter deixado às Igrejas locais a tarefa de encontrarem sozinhas as formas de aplicação do princípio de economia para os matrimônios mistos.  Esta delegação às Igrejas locais na aplicação do princípio de economia se encontra também no documento conciliar sobre o jejum. Em matéria de matrimônios mistos, as Igrejas locais com efeito atuam em contextos sociais e confessionais muito diferentes. Por exemplo, a Geórgia é bastante homogênea do ponto de vista confessional e os seus habitantes emigram pouco, enquanto os fiéis da Igreja de Antioquia  encontram-se em uma situação de minoria ou de diáspora. Não é de se estranhar, neste contexto, que estas duas Igrejas – por motivos muito diversos – não tenham assinado o documento pré-conciliar durante a sinaxy dos Primazes em janeiro de 2016.

Os matrimônios mistos entre ortodoxos e católicos, como também o batismo das crianças nascidas de tais matrimônios, foram já objeto de diversos acordos locais, que diferem entre si segundo o contexto. Pode-se, por exemplo, citar o acordo de 1971 entre os bispos católicos e ortodoxos dos Estados Unidos ou aquele que os Patriarcas católicos e ortodoxos do Oriente Médio assinaram em Charfeh (Líbano) em 1996, onde estabeleceram que os matrimônios mistos seriam celebrados na Igreja do esposo e que os filhos nascidos de tais matrimônios seriam batizados na Igreja do pai. Pode-se esperar que a decisão do Santo e Grande Concílio de encarregar as Igrejas locais de encontrar sozinhas as formas de aplicação do princípio de economia aos matrimônios mistos encoraje a conclusão de outros acordos locais”.

(JE - tradução)

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Plenária do SECAM reúne-se em Angola

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Luanda (RV) - A Conferência Episcopal de Angola e São Tomé acolhe em Luanda, de 18 a 25 de julho, a Plenária do Conselho Permanente do SECAM, o Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagáscar.

O evento, realizado no âmbito do Ano Jubilar da Misericórdia, reunirá cerca de 150 delegados sob o lema “A Família na África ontem, hoje e amanhã: à luz do Evangelho”.

O SECAM, atualmente liderado por Dom Gabriel Mbilingi, deverá eleger um novo líder na Assembleia em Luanda. 

Na última plenária- realizada na República Democrática do Congo - foi lançado um veemente apelo em favor do “Dia do SECAM” a ser celebrado anualmente com orações e coletas no domingo mais próximo ao dia 27 de julho, dia da fundação da Instituição, em 1969. Angola já havia acolhido o encontro do Conselho Permanente da instituição.

O SECAM nasceu por ocasião do Concílio Vaticano II, da vontade dos bispos africanos de falar e agir em conjunto, superando a diferença de linguagem e dos aspetos histórico e culturais.

O Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagáscar (Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagáscar, SECAM, ou francês: Simpósio des Conférences Épiscopales d’Afrique et de Madagascar) é uma agência da Igreja Católica, que inclui as Conferências Episcopais de África e Madagascar. (JE/O apostolado)

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Dissolver o Parlamento seria um "Golpe de Estado" diz Card. Urosa

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Caracas (RV) - O Arcebispo de Caracas, Cardeal Jorge Urosa Savino, afirmou esta terça-feira que a ideia de dissolver a Assembleia Nacional da Venezuela - em que a oposição é maioria - seria um "golpe de Estado" contra o povo venezuelano.

"Isto é uma coisa desesperada e me parece não ter nem pé nem cabeça e seria um golpe de Estado contra a vontade popular manifestada em 6 de dezembro quando a grande maioria do povo venezuelano votou pela orientação que atualmente caracteriza a Assembleia Nacional", afirmou o Cardeal ao canal privado Globovisión.

O purpurado expressou sua preocupação e rejeitou a ideia que foi anunciada por Didalco Bolívar, quando disse que a aliança chavista Gran Polo Patriótico (GPP) estava discutindo a possibilidade de solicitar ao Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) a dissolução do Parlamento.

"Eu espero que isto seja somente uma ideia louca e que não tenha absolutamente nenhum respaldo. Seria muito grave e criaria uma situação de crise política gravíssima", avaliou.

Neste sentido, exortou o chavismo "a pensar bem", porque a seu ver, se deve buscar um "entendimento" entre os setores políticos do país para resolver os problemas "e não criar outro adicional".

Na última semana, Urosa Savino indicou "é muito importante" que se respeite o que está estabelecido na Constituição do país, pelo que exortou as partes "ao respeito mútuo". (JE/Efe)

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EUA: "Duas Semanas para a Liberdade" chega à 5ª edição

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Washington (RV) - "Testemunhas da Liberdade" é o tema da quinta edição da Fortnight for Freedom (Duas semanas para a liberdade"), campanha da Conferência Episcopal dos Estados Unidos pela liberdade religiosa.

O evento, que teve início em 21 de junho (dia da memória de São Thomas More e São John Fisher) será concluído em 4 de julho,  dia da Independência. São 15 dias caracterizados pela oração, reflexões, catequeses e manifestações.

Todas as dioceses e paróquias são chamadas a participar, de forma a mobilizar a comunidade católica e chamar a atenção da opinião pública para a defesa da liberdade religiosa, sancionada pela primeira emenda da Constituição estadunidense.

A homilia da Missa de encerramento na Basílica do Santuário Nacional da Imaculada Conceição de Washington será proferida pelo Bispo de Pittsburgh Dom David Allen Zubik. E precisamente "Zubik" é o nome com a qual tornou-se conhecida a causa judicial apresentada por católicos e entidades religiosas católicas do EUA, que coloca em discussão a lei segundo a qual todos os empregadores são obrigados a fornecer aos próprios funcionários um plano de saúde que inclua também serviços contraceptivos e abortivos, independente de suas convicções morais ou religiosas.

A Conferência Episcopal dos EUA sublinhou em uma nota que "a campanha Fortnight for Freedom é um mix de amor pela pátria e pela liberdade. Queremos encorajar católicos, outros cristãos e todas as pessoas de boa vontade a refletirem por duas semanas sobre o tema da liberdade religiosa".

No âmbito da iniciativa, o episcopado estadunidense também coloca em evidências diversos personagens religiosos e leigos que ao longo dos séculos encarnaram estes ideais de patiotismo e liberdade. Entre eles, o Beato Oscar Romero, o Arcebispo salvadorenho assassinado em 1980; as Pequenas Irmãs dos Pobres - Congregação atualmente na linha de frente na luta judicial contra os serviços de saúde contraceptivos; as Carmelitas mortas durante a Revolução Francesa em 1794 por terem-se recusado em fechar seu Mosteiro; os cristãos coptas assassinados em fevereiro de 2015 em uma praia na Líbia por militantes do autoproclamado Estado Islâmico. 

"Refletindo sobre a vida destas grandes mulheres e grandes homens - explicou o Arcebispo de Baltimore e Presidente da Comissão ad hoc para a Liberdade Religiosa, Dom William Edward Lori - podemos entender o que quer dizer ser testemunhas da liberdade. Assim, tantos mártires da nossa Igreja, mesmo sendo perseguidos, não deixaram de amar a sua terra e os seus compatriotas. Devemos seguir este exemplo para promover a liberdade religiosa nos Estados Unidos de hoje", reiterou.

Não faltam nestes dias o uso das redes sociais para divulgar o tema da campanha, como por exemplo o Twitter. Ademais, estão se realizando diversas manifestações pelas cidades para expressar o compromisso das comunidades religiosas. (JE)

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Entrevistas



Colégio Pio Brasileiro inaugura "Memorial Papa Pio XI"

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Roma (RV) – Memorial Papa Pio XI: este é o nome do novo espaço aberto à visitação no Colégio Pio Brasileiro, em Roma.

O Memorial foi inaugurado na tarde de quarta-feira (29/06) pelos Cardeais Geraldo Majella Agnelo (que naquele mesmo dia completava 59 anos de ordenação sacerdotal), Arcebispo emérito de Salvador, e Raymundo Damasceno Assis, Arcebispo de Aparecida, na presença dos Arcebispos Metropolitanos que receberam o pálio do Papa Francisco.

Em entrevista à Rádio Vaticano, o Reitor do Colégio Pio Brasileiro, Pe. Geraldo Maia, fala de como nasceu esta iniciativa e ressalta uma de suas obras. Ouça aqui:

 

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Formação



O significado do pálio para os Arcebispos brasileiros

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Cidade do Vaticano (RV) – “A oração é sempre a via de saída dos nossos fechamentos pessoais e comunitários”: foi o que disse o Papa Francisco na missa celebrada na Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo – diante dos novos Arcebispos que receberam o pálio.

Do Brasil, quatro Arquidioceses foram contempladas: Porto Velho (Rondônia), Feira de Santana (Bahia), Passo Fundo (Rio Grande do Sul) e Diamantina (Minas Gerais).

Em entrevista à Rádio Vaticano, os Arcebispos Zanoni Castro, Rodolfo Weber e Darci José Nicioli comentam as palavras do Santo Padre e contam como viveram este momento de comunhão com o Papa Francisco. Ouça aqui:

 

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O Concílio Vaticano II na caminhada da diocese paraense de Óbidos

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” continua dando voz aos nossos pastores, trazendo um pouco da realidade de nossas Igrejas particulares, na esteira do Concílio. 

Nesta edição vamos até o Estado do Pará. Conosco, hoje, Dom Bernardo Johannes Bahlmann, O.F.M., bispo da Diocese de Óbidos. Natural de Visbek, Diocese de Münster, noroeste da Alemanha, Dom Bernardo é bispo de Óbidos desde janeiro de 2009.

De passagem por Roma, dias atrás, o bispo de origem alemã visitou a sede da Rádio Vaticano. Na ocasião, concedeu entrevista à colega Cristiane Murray. Entre outros, Dom Bernardo falou-nos sobre a influência do Concílio na caminhada desta Igreja particular paraense.

Falou-nos de uma atuação muito forte dos leigos, os quais atuam em várias frentes, reconhecendo nisso uma semente do Concílio que tem dado muitos frutos, com leigos bem comprometidos com a realidade também social e muito engajados na ação evangelizadora da Igreja.

Por isso mesmo, ressalta um grande esforço da diocese na formação dos leigos e também para que este espírito do Concílio possa ser cada vez mais uma realidade.

Dom Bernardo fala de um espírito de comunhão entre todos: leigos, religiosos, religiosas, padres e o bispo, numa caminhada em que “vamos juntos descobrindo o que realmente Deus quer para aquele momento”, ressalta. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Especial: Em Romaria traz entrevista com Dom Leonardo Steiner

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Cidade do Vaticano (RV) – O Secretário-Geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, concedeu entrevista especial à Redação Brasileira durante sua mais recente passagem pelo Vaticano, no final de junho.

Dom Leonardo faz uma ampla análise sobre os assuntos mais contundentes da conjuntura nacional: a crise da democracia, o papel da CNBB, as Olimpíadas, o vírus Zika e a “cultura do estupro”.

Em Romaria vai ao ar as 12h de Brasília e pode ser escutado on-demand neste link.

Confira algumas das declarações mais importantes de Dom Leonardo:

Crise no Brasil

“Temos um Congresso Nacional que preocupa, dado aos interesses de determinados grupos, determinados partidos”.

“O interesse dos partidos se sobrepõe à vontade do povo”.

“Não se pode parar de dialogar. É um momento de amadurecimento da democracia”.

“Nãose pode governar o Brasil com barganhas”.

CNBB

“A CNBB não deixou de se manifestar contra o aumento da corrupção”.

“Esperam uma palavra da CNBB: vamos discutir o Brasil”.

Olimpíadas

“Temos um compromisso com o mundo, com as delegações, de proporcionar boas Olimpíadas”.

“Cultura do Estupro”

"Toda a questão do estupro, do abuso sexual, tem a ver com uma decadência da nossa época da compreensão da pessoa e, por isso, também, uma compreensão decadente da sexualidade humana: nós não somos animais, nós não somos animais".

 (cm/sp/rb)

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