Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
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Sumario del 05/07/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa agradece zelo episcopal de Dom Paulo Evaristo Arns

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Cidade de Vaticano (RV) – Os 50 anos de ordenação episcopal de Dom Paulo Evaristo Arns foram celebrados no sábado (02/07), na Catedral da Sé, em São Paulo.

 

O Papa enviou uma mensagem para a ocasião, que foi lida pelo Núncio Apostólico Dom Giovanni D’Aniello, na presença do cardeal catarinense.

Francisco agradeceu Dom Paulo pelo zelo episcopal com todo o povo de Deus, sobretudo na defesa dos Direitos Humanos.

O Pontífice recordou ainda o Beato Papa Paulo VI e São João Paulo II, que estiveram diversas vezes com Dom Paulo.

Francisco concluiu a mensagem dando graças a Deus pela vida e missão do Arcebispo emérito de São Paulo, que em setembro completará 95 anos.

A trajetória de Dom Paulo Evaristo Arns foi tema de um projeto experimental de rádio produzido por acadêmicas de jornalismo de Santa Catarina.

(ea/rb)

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Papa: a paz na Síria é possível!

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Cidade do Vaticano (RV) – “Hoje desejo falar de algo que entristece muito o meu coração: a guerra na Síria, que já entrou no seu quinto ano”.

Assim tem início a videomensagem (assista abaixo) do Papa Francisco no âmbito da campanha promovida pela Cáritas Internacional “Síria: a paz é possível”. 

O Pontífice define como “indescritível” o sofrimento da população, obrigada a sobreviver sob as bombas ou a procurar caminhos de fuga para outros países ou para zonas da Síria menos atingidas pela guerra.

“Enquanto o povo sofre, gastam-se incríveis somas de dinheiro no fornecimento de armas aos que fazem a guerra”, denuncia Francisco, citando também o jogo duplo de alguns países, que ao mesmo tempo em que apelam à paz, fornecem armas.

Paz é possível

“Como podemos acreditar em alguém que nos faz carinho com a mão direita e nos golpeia com a esquerda?  Encorajo todos, adultos e jovens, a viver o Ano Santo da Misericórdia com entusiasmo para vencer a indiferença e proclamar com força que a paz na Síria é possível”, exorta o Papa

O convite do Pontífice é rezar pela paz no país em vigílias de oração, em iniciativas de sensibilização com  grupos, paróquias e comunidades. Francisco se dirige também aos que estão envolvidos nas negociações de paz para que levem a sério os acordos e façam um esforço concreto para facilitar o acesso à ajuda humanitária. "À oração, devem seguir as obras de paz."

Solução política

“Todos devemos reconhecer que não existe uma solução militar para a Síria: só uma solução política. Juntemos forças, em todos os níveis, para garantir que a paz na amada Síria seja possível. Isto será um grandioso exemplo de misericórdia e de amor para o bem de toda a comunidade internacional!”, conclui Francisco.

A Cáritas fornece alimentação, assistência de saúde, bens de primeira necessidade, instrução, refúgio, consultoria psicológica, proteção na Síria e nos países que abrigam refugiados. Somente no ano passado, as Cáritas nacionais levaram ajudas a 1,3 milhão de pessoas.

Para promover esta campanha, a Cáritas está lançando um novo portal no qual é possível acessar obras de arte, fotografias premiadas, um filme sobre a guerra, além de testemunhos de sírios que permaneceram no país e de refugiados.

(bf)

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Santa Sé: israelenses e palestinos precisam ter a coragem da paz

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Genebra (RV) - Para alcançar a paz, israelenses e palestinos devem ter mais coragem e reiniciar negociações diretas com apoio internacional, rejeitando toda e qualquer manipulação da religião para justificar ódio e violência. 

Foi o que afirmou o observador permanente da Santa Sé no escritório da Onu em Genebra, na Suíça, Dom Ivan Jurkovič, chefe da delegação vaticana na Conferência Internacional das Nações Unidas em prol da paz entre israelenses e palestinos. Foi reiterada a proposta solução dos dois Estados.

Questão médio-oriental cada vez mais difícil

A questão palestina permanece sem uma resposta satisfatória desde o nascimento das Nações Unidas, porque décadas de negociações não conseguiram alcançar a criação de um Estado palestino. O pronunciamento do representante vaticano parte dessa consideração.

O prelado manifestou apreço ao Comitê da Onu para o exercício dos direitos inalienáveis do povo palestino por ter organizado esta Conferência, que busca identificar novas ideias a fim de oferecer maior suporte ao processo de paz.

Efetivamente, está se tornando cada vez mais difícil tratar da questão, por causa da insuficiência de “negociações substanciais” e da espiral de atos de violência. Trata-se de uma crise agravada, nos últimos anos, por outros conflitos e, em particular, pela tragédia síria.

Santa Sé em favor da proposta solução dos dois Estados

“A Santa Sé sempre favoreceu a solução dos dois Estados”, afirmou Dom Jurkovič. Em 2009, visitando a Terra Santa, Bento XVI ressaltara que Israel tem o direito de existir e viver em paz, bem como os palestinos têm direito a uma pátria independe e soberana.

Em 2014, o Papa Francisco reiterara o mesmo princípio do “direito dos dois Estados a existir e viver em paz e segurança dentro de confins internacionais universalmente reconhecidos”.

Papel central da sociedade civil

Segundo o observador permanente, o conflito palestino-israelense tornou-se sempre mais inaceitável. Para a Santa Sé, somente com negociações diretas entre as partes, apoiadas pela comunidade internacional, o processo de paz pode seguir adiante.

O apelo é para que israelenses e palestinos tomem decisões corajosas. Ambos os povos já sofreram por demais longamente, partindo de um ponto de vista equivocado, ou seja, de que suas diferenças pudessem ser resolvidas com a força.

Porém, segundo a Santa Sé a paz não poderá ser alcançada se as soluções políticas não forem acompanhadas de reconciliação e respeito recíproco. Por isso, a Delegação da Santa Sé aprecia que a Conferência considere o papel da sociedade civil. O Oriente Médio, berço das três religiões monoteístas, é capaz de promover esta participação.

Reforçar o vínculo entre diplomacia formal e informal baseada na fé

O representante vaticano pediu que seja reforçado o vínculo entre diplomacia formal e diplomacia informal baseada na fé: “reforçar esse vínculo” pode dar uma forte contribuição para realizar a paz entre israelenses e palestinos e todos os habitantes da região, disse.

Não à manipulação da religião: o dever é a paz

Religiões e fiéis devem cessar com o ódio recíproco. Quanto mais a religião é manipulada para justificar atos de violência, “mais os líderes religiosos devem se empenhar em esforços globais a fim de derrotar a violência”. E para contrastar esse fervor religioso espúrio são importantes autênticas comunidades de fé.

Por conseguinte, a Santa Sé reitera seu apelo a todos os líderes religiosos a repudiar a perversão de uma religião que fomente a violência. Pelo contrário, o compromisso é o dever da paz. (RL)

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Igreja no Brasil



Encontro reúne Canonistas e Servidores dos Tribunais Eclesiásticos em João Pessoa

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João Pessoa (RV) - A Sociedade Brasileira de Canonistas, em parceria com a Arquidiocese da Paraíba, está promovendo de 4 a 9 de julho o 31º Encontro da Sociedade Brasileira de Canonistas e o 34º Encontro dos Servidores dos Tribunais Eclesiásticos do Brasil. O encontro foi aberto na segunda-feira (04/07) com uma Missa presidida pelo Arcebispo Metropolitano da Paraíba, Dom Aldo di Cillo Pagotto, na Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves.

O encontro tem como objetivo discutir o processo de declaração de nulidade do matrimônio, visto a divulgação da Carta Apostólica “Mitis Iudex Dominus Iesus” (MIDI), do Papa Francisco, que trata do tema no Código de Direito Canônico (A Carta Apostólica tem por finalidade tornar mais rápidos e eficazes os procedimentos para a declaração de nulidade do Matrimônio) e debater sobre o papel dos Tribunais, das Câmaras de Instrução Processual e dos bispos no processo.

Participam pessoas interessadas pelo Direito Canônico e pessoas ligadas diretamente aos Tribunais Eclesiásticos, como os vigários judiciais, juízes, defensores do vínculo e oficiais.

O encontro tem a assessoria do Bispo Auxiliar de São Paulo, Dom Sérgio de Deus Borges; do Padre Vicente Ferreira de Lima; dos Presidente e Secretário-geral da Sociedade Brasileira de Canonistas, respectivamente, Cônego Carlos Antônio da Silva e Dom Hugo da Silva Cavalcante.

Canonista: é o especialista em Direito Canônico, que é o conjunto de leis e regras da Igreja Católica. Cânon significa regra.

Tribunal Eclesiástico: é um tribunal da Igreja que realiza a justiça canônica, além de orientar os cristãos católicos em situações diversas. Um caso analisado e julgado em um Tribunal Eclesiástico forma um “processo canônico”, similar a um tribunal civil, com juízes, advogados de defesa, etc. Por exemplo: pode ser objeto de julgamento a validade ou não de um Matrimônio.

A programação completa pode ser conferida no link:

http://www.infosbc.org.br/portal/images/stories/infosbc/programacao.pdf

 

(Assessoria de Comunicação/Arquidiocese da Paraíba)

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Igreja na América Latina



Igreja na AL debate aplicação da "Amoris Laetitia"

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Quito (RV) – Está em andamento em Quito, no Equador, o Encontro latino-americano de responsáveis nacionais da pastoral familiar das Conferências Episcopais.

Organizado pelo Departamento de Família, Vida e Juventude do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM), o encontro tem como tema “Alegria do amor”.

A finalidade da reunião é convocar os responsáveis pela pastoral familiar na América Latina para “propiciar metodologias de integração nos planos nacionais de atenção às famílias, à luz do estudo e da compreensão para a aplicação pastoral da exortação apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia”, explicou padre Antonio José Velásquez, Secretário-Executivo do Departamento de Família, Vida e Juventude do CELAM.

Os participantes também vão revisar os guias que vão conter as chaves de estudo e aplicação pastoral da Amoris Laetitia, elaborado pelo Departamento de Família, Vida e Juventude do CELAM e pela Rede Latino-americana de Institutos e Centros de Família.

O encontro encerra-se em 8 de julho.

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Igreja venezuelana condena agressão à seminaristas

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Caracas (RV) - O Arcebispo Metropolita de Mérida, Dom Baltazar Porras Cardozo, condenou o ataque sofrido por um grupo de seminaristas na sexta-feira, perpetrado por supostos grupos "oficialistas".A

"Tudo parece indicar (...) que por trás disto estão pessoas ligadas ao governo (de Mérida), alguns deles até mesmo com cargos dentro de organismos do governo", assegurou o prelado em uma entrevista à Unión Radio.

O Metropolita explicou que o pequeno grupo de estudantes foi atacado, foram despidos e seus pertences levadas quando iam a um curso de inglês nas imediações da Federación de Centros Universitarios de Mérida, onde Lilian Tintori, esposa do político opositor preso Leopoldo López, realizaria algumas atividades.

"Em Mérida (...) quando se faz qualquer coisa que não seja do oficialismo, aparecem estes grupos de coletivos que (...) se adonam da cidade e fazem o que querem. E os órgãos de segurança do estado desaparece", denunciou Dom Porras.

Os jovens foram colocados contra a parede e interrogados se "eram chavistas ou oposição", relatou o Metropolita. Como "responderam que eram seminaristas, parece que a fúria foi muito maior (...). Em um deles foi ameaçado de ser embebido com gasolina e queimado vivo". "Isto é inadmissível", exclamou.

O Arcebispo disse que o Partido Voluntad Popular, do qual é líder Leopoldo López, tentou fazer a denúncia, o que não foi aceito pela Polícia. "Tiveram então que ir à Procuradoria para apresentar, junto com nossos assessores, esta situação, que são coisas que não podem ficar assim", assegurou.

O Governador do Estado de Mérida, Alexis Ramírez, afirmou que existe uma investigação em andamento sobre o ocorrido, mas que vê "com muita preocupação" que a oposição "veio denunciar, sem nenhuma prova, pessoas de Mérida".  Ele afirmou que os estudantes participariam de um ato promovido pela esposa de López.

"A cidadão Lilian Tintori (...) declarou que a parte logística dos eventos políticos cabe à Igreja. Então a pergunta que nos fazemos é: o que a Igreja, que se supõe seja neutra, faz com menores de idade para ir a um ato político?”

A Conferência Episcopal da Venezuela publicou na segunda-feira a seguinte mensagem em sua conta: "Mérida unida en oración por Venezuela frente al Seminario San Buenaventura".

 

(JE/Efe)

 

 

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Igreja no Mundo



Ucrânia: Bispo agradece solidariedade da Igreja europeia

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Kiev (RV) – O Secretário do Sínodo da Igreja Greco-Católica da Ucrânia agradeceu às comunidades católicas da Europa pela forma solidária com que participaram na coleta especial promovida pelo Papa Francisco a favor das vítimas da guerra naquele país.

Numa declaração em vídeo, o Bispo Bohdan Dzyurakh recorda as muitas pessoas que “diariamente estão sofrendo” devido a este conflito “injusto e feroz”, que já provocou “milhares de mortos e feridos graves” e deixou cerca de “dois milhões de deslocados internos”.

“Mas nesta situação, não nos sentimos abandonados”, apontou o Bispo, agradecendo a todos que participaram da coleta com “uma generosidade que comoveu” e, ao mesmo tempo, “interpelou” a Igreja na Ucrânia.

“Em nome de todos, obrigado, por não nos terem deixado sozinhos no nosso sofrimento, por não terem sido expectadores indiferentes, mas nossos irmãos e irmãs”, destacou o Bispo ucraniano.

Dom Bohdan Dzyurakh conclui sua mensagem convidando todos os católicos a unirem-se em oração a fim de que “o amor e o perdão se sobreponham ao ódio e à violência” e que esta guerra cesse finalmente.

A coleta especial a favor da Ucrânia, promovida pelo Papa Francisco, foi realizada no dia 24 de abril em todas as igrejas católicas da Europa.

“Desejo vivamente que este gesto possa ajudar a promover sem mais demoras a paz e o respeito pelo Direito nesta terra tão provada”, disse na ocasião o Papa.

O conflito na Ucrânia arrasta-se desde novembro de 2014, em particular no leste do país, colocando em confronto grupos separatistas pró-russos e as forças de Kiev pelo controlo de território.

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Bispos bengaleses: perdão e misericórdia depois do atentado

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Daca (RV) – Abandonar toda forma de violência para abraçar o perdão e a misericórdia: é o que pedem os Bispos de Bangladesh, depois do atentado terrorista que em 1° de julho fez 20 vítimas num restaurante de Daca. “A violência em nome da religião é sempre errada. É preciso que todos recuperemos o trato de humanidade que conduz ao respeito da dignidade e da paz”, escrevem os Bispos numa mensagem, assinada pelo Bispo de Rajshahi, Dom Gervas Rozario.

“Condenamos a violência diante do terrorismo que despreza vidas humanas e convidamos todos a se deixarem tocar e transformar por valores como a misericórdia e o perdão, que são os traços autênticos de um ser humano”, escrevem.

A pequena Igreja bengalesa (menos de 1% da população) dedicou o último domingo (03/07), a recordar as vítimas. “Em todas as igrejas da nação, as missas foram oferecidas pelas vítimas do terrorismo. E também esta segunda (04/07), cada comunidade local organizou um vigília de oração ou uma Adoração eucarística, para participar espiritualmente e oferecer a Deus este trágico momento”, refere Dom Rozario.

"Como católicos bengaleses, o nosso trabalho de fazer bem à nação através do apostolado social, das escolas, dos hospitais e da Caritas continuará, abençoando os cidadãos de todos os níveis sociais, religiões, etnias e culturas", conclui.

No Angelus do último domingo, o Papa Francisco manifestou sua solidariedade aos familiares das vítimas e dos feridos em Daca, Bangladesh.

“Rezemos juntos por eles e pelos mortos e peçamos ao Senhor que converta o coração dos violentos, cegos de ódio”, disse Francisco, rezando uma Ave-Maria com os fiéis na Praça S. Pedro.

A oração do Pontífice era também pelas vítimas de uma explosão diante de um shopping em Bagdá, no Iraque, que matou 80 pessoas, entre elas inúmeras crianças.

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História do "Perdão de Assis" contada em documentos e imagens

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Assis (RV) - O Papa Francisco visitará a Porciúncula em 4 de agosto, como anunciado esta segunda-feira (04/07). A visita terá lugar por ocasião do VIII Centenário do Perdão de Assis, cuja recorrência se dá providencialmente no Ano Santo da Misericórdia.

De fato, a Porciúncula é um verdadeiro santuário da misericórdia e da reconciliação que atrai milhares de peregrinos de todo o mundo. A "Pequena porção de terra" é um vocábulo ligado ao nome de Francisco e que deve a sua notoriedade à "remissão de todas as culpas" pedida pelo Santo à Cristo e à Virgem em 1216.

A história desta indulgência se entrelaça com a história da Igreja universal. O IV Concílio de Latrão estabeleceu na Const.  71 (De liberanda Terram Sanctam), a indulgência plenária para aqueles que fossem levados em “subsidium Terrae Sanctae”.  Em 1.300 o Papa Bonifácio VIII proclamou o primeiro Ano Jubilar para os peregrinos que visitassem os túmulos dos Apóstolos Pedro e Paulo.

Um "dom" do céu que fez do Perdão de Assis uma das indulgências mais conhecidas da cristandade e que pode ser obtida, a cada ano, nos dias 1° e 2 de agosto, ao se entrar na pequena igrejinha dentro da Basílica de Santa Maria dos Anjos, aos pés da colina onde está a Assis medieval.

Narram as crônicas da época, que em 1701 foi tão intenso o afluxo de peregrinos, frades, soldados, que as autoridades eclesiásticas viram-se obrigadas a organizar e regulamentar o desenvolvimento da Festa para evitar incidentes.

Esta é uma das histórias reveladas na mostra "O Perdão de Assis: história, hagiografia e erudição", que por meio de documentos e livros antigos da Biblioteca e arquivos italianos e do exterior - entre os quais a Biblioteca Vaticana - reconstrói a história deste extraordinário "privilégio".

A exposição foi inaugurada em 2 de julho na Sala Pio X do Museu da Porciúncula e estará aberta para visitas até 1°  de novembro. Entre os objetos expostos, estão a Bula de Celestino V pelo Perdão de L'Aquila e a Bula de Bonifácio VIII pelo primeiro Jubileu de 1.300.

Maiores informações podem ser obtidas no site da Porciúncula. (JE/RL)

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JMJ: Relíquias do Beato Frassati peregrinam de Turim à Cracóvia

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Turim (RV) - A urna contendo as cinzas do Beato Piergiorgio Frassati partiu de Turim esta segunda-feira (04/07), devendo chegar à Cracóvia em 23 de julho, para a Jornada Mundial da Juventude.

A peregrinação das relíquias de Frassati pelo norte da Itália e por países da Europa, com a posterior permanência em Cracóvia durante a JMJ, será uma ocasião para oferecer o testemunho do jovem turinense à juventude mundial. A este respeito, eis o que disse à Rádio Vaticano o Padre Luca Ramello, Diretor da Pastoral da Juventude da Diocese de Turim:

"A peregrinação da urna do Beato Piergiorgio nasce a pedido da Arquidiocese de Cracóvia, do Cardeal Arcebispo de Cracóvia, para evidenciar a ligação entre o Beato Piergiorgio e o itinerário que nestes anos foi feito em direção à JMJ. O Papa Francisco deu como tema, a este itinerário, as "Bem-aventuranças", enquanto o então Cardeal Wojtyla, Arcebispo de Cracóvia, indicou o Beato Piergiorgio como "o homem das oito Bem-aventuranças". A importância de Frassati  no Ano do Jubileu é além disto sublinhada pelo fato de que o Papa o propôs, junto com São João Paulo II e Irmã Faustina, como modelo de "jovem da misericórdia". E assim, a sua presença em Cracóvia será um estímulo, um convite para olhar ao alto, e a caminhar segundo o estilo da misericórdia que nos pede o Papa Francisco".

RV: E qual é o significado desta peregrinação dos restos mortais do Beato Fassati em doze dioceses?

"A ideia é a de fazer conhecer antes de tudo o Beato Piergiorgio, que foi um grande caminhante. Assim, idealmente, é Piergiorgio que, caminhando pela Europa - atravessando-a - leva consigo, com o seu entusiasmo, os jovens que encontrará na oração, na liturgia, nas confissões e nas conferências que serão organizadas na sua passagem. Piergiorgio sempre foi um grande animador e um motivador de jovens para Cristo. Esperamos que a sua passagem suscite a mesma disponibilidade dos jovens em colocar-se a caminho em direção ao Senhor. E assim existe esta passagem pela Europa, que idealmente leva ao Senhor, mas que quer também ser uma preparação, para aqueles que irão à Cracóvia, para colocarem-se na mesma sintonia. Na sua chegada em Cracóvia terá um pouco também o rosto do jovem entre os jovens: jovem peregrino entre os jovens, que se prepara para viver este grande evento com toda a Igreja".

RV: É um modelo de santidade muito convincente, que fala de maneira muito particular aos jovens...

"Absolutamente! É verdade que cada Santo é excepcional, porque é desejado por Deus. Porém, quando falamos do Beato Piergiorgio, podemos dizer que é surpreendente o fato de que tenha jogado a sua breve existência em todas as áreas em que um jovem pode expressar os seus talentos e a sua fé: o estudo, a política, o serviço, o voluntariado, a evangelização, o esporte, o amor pela montanha, a rebeldia, a alegria e a  amizade. Não houve um aspecto - nem mesmo um sequer - da vida de um jovem em que Piergiorgio não tenha entrado com o seu entusiasmo, mas sobretudo como cristão. Realmente um atleta da fé! Um atleta que soube não somente caminhar, ele mesmo, como um solitário, mas que levou e arrastou consigo os chamados "tipos vesgos", que ainda hoje são os seus amigos. São jovens que haviam dado com ele este passo, a escolha de caminhar com o Senhor, uma vontade que ainda hoje está presente em tantos jovens, e que talvez deva ser despertada. E Piergiorgio tem a capacidade, apenas nos aproximamos de sua figura, de  despertar precisamente uma paixão do coração".

RV: Ou seja, não é por acaso que a figura do Beato é particularmente cara aos três últimos Pontífices, não somente ao Papa Francisco....

"Absolutamente. Ao preparar-nos para a peregrinação, relemos todos os pronunciamentos; e é surpreendente: o Cardeal Wojtyla, antes de ser Papa, e quando Piergiorgio não era ainda Beato, já o amava e fazia com que fosse conhecido. Depois o beatificou e diversas vezes o apresentou como modelo. E também o Papa Bento mais vezes voltou, no âmbito da JMJ e da sua visita a Turim, a falar sobre esta extraordinária figura. Assim, é surpreendente que entre os tantos jovens, Beatos e santos, que a Igreja recebe em dom, Piergiorgio nestes vinte anos tenha sido uma presença constante, de referência. Até à grande apresentação que fez o Papa Francisco. Entre outras coisas, o Papa nos presenteou com um "scoop" - ou melhor - um pensamento profundo de seu coração: seu pai o conheceu pessoalmente. Foi o pai do Papa Francisco que falou a ele de Piergiorgio. E é extraordinária esta ligação que na Igreja, ao longo dos anos e dos decênios, continua e torna-se história de salvação". (JE/FC)

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Cristãos no Oriente Médio correm o risco de desaparecer

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Roma (RV) -  Os cristãos estão desaparecendo no Iraque e na Síria e já se encontram entre a minoria religiosa mais perseguida no mundo. Esta é uma das conclusões do Relatório sobre a Liberdade Religiosa no mundo, publicado recentemente pelo Parlamento Europeu:

Os países em que as minorias religiosas são perseguidas são 53, com situação particularmente crítica no Oriente Médio, Paquistão e Nigéria. Somente no Iraque, o número de cristãos caiu de 1 milhão para 200 mil nos anos 90 e pouco mais de 250 mil em 2015. Situação análoga existe na Síria, onde dos 2 milhões em 2011 os cristãos passaram a 600 mil em 2015. Caso emblemático encontra-se em Aleppo, onde permanecem apenas 60 mil cristãos dos mais de 400 mil que ali viviam antes da guerra. Uma perseguição sistemática, que se verifica também contra yazidis e outras minorias muçulmanas. A União Europeia - denuncia o Relatório - faz muito pouco.

No Paquistão é recordado o abuso da Lei da Blasfêmia, que prevê até mesmo a morte para quem difama Maomé. O caso mais conhecido é o da cristã Asia Bibi, na prisão desde 2009. Mas somente em 2015, cinco pessoas foram condenadas com base nesta lei.

Leis ainda mais severas estão em vigor na Arábia Saudita, onde - segundo o Relatório - existem "as mais graves violações da liberdade religiosa no mundo" e se pode morrer por apostasia, blasfêmia e "bruxaria". Já no Irã, os cristãos presos são mais de 90 e seguidamente são vítimas de agressões.

Na África, a situação crítica é na República Centro Africana, onde as milícias da maioria muçulmana Seleka mataram entre janeiro e abril de 2015 mais de 1.200 cristãos. Mais de 35 mil, por outro lado, são os civis muçulmanos presos nas zonas controladas pelas milícias cristãos anti-Balaka. No Sudão e na Nigéria, onde em 12 Estados do Norte está em vigor a Sharia, os não-muçulmanos correm o risco de serem açoitados e sofrerem amputações. Somente em 2016 foram mortos 4 mil cristãos e atacadas 198 igrejas.

Mas, por que os cristãos são tão perseguidos. Eis o que respondeu à Rádio Vaticano a porta-voz da Ajuda à Igreja que Sofre-Itália, Marta Petrosillo:

"Existem diversos motivos. Antes de tudo porque, como no caso do Oriente Médio, os cristãos são uma minoria em países onde existem atos de desordens e também de tentativas, por parte da religião predominante, de criar Estados de uma única religião. Assim, no caso por exemplo do autoproclamado Estado Islâmico, existe uma impostação direta contra todos os não-muçulmanos. Mas, em geral, os cristãos não são somente perseguidos, mas também discriminados e nível legal: em tantas Constituições existem claras discriminações em relação aos não-muçulmanos. Vimos tentativas de imposição por parte dos fundamentalistas. Penso não somente ao islâmico, mas também, por exemplo, ao hinduísta na Índia ou ao budista, que no Sri Lanka e em Myanmar está atingindo a comunidade cristã de forma grave. Portanto, existem diversos fatores, mesmo a índole pacífica dos cristãos, motivo pela qual a comunidade resulta, sempre mais, a ser a mais perseguida".

RV: Este último Relatório do Parlamento Europeu acusa as instituições europeia de fazer muito pouco para proteger os cristãos. Qual é a situação no que diz respeito precisamente à proteção internacional das minorias cristãs e das outras minorias religiosas?

"Existe um claro atraso nas várias ações que foram implementadas na defesa dos cristãos. Na realidade, por parte da União Europeia existe movimento: há pouco foi nomeado um enviado para a liberdade religiosa que, mesmo não respondendo diretamente à Comissão Exterior do Parlamento Europeu, representa seguramente um sinal e um passo em frente pelo respeito deste fundamental direito por parte da União Europeia. E em fevereiro passado houve também o reconhecimento do genocídio perpetrado pelo Estado Islâmico contras as minorias religiosas no Iraque e Síria. Isto, certamente, representa outra passo em frente muito importante por parte da União Europeia. Obviamente, tudo isto não basta, mas são necessárias também ulteriores providências sempre mais concretas".

(JE/MR)

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Jordânia elimina a religião da Carteira de Identidade

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Amã (RV) – O Jordan Times já havia antecipado há três meses a decisão tomada esta terça-feira pelo Rei da Jordânia Abdullah II, ou seja, de que novas Carteiras de Identidade dos cidadãos jordanianos não trarão mais impresso o item “religião”.

O novo documento, que é dotado de um chip que contém diversos dados, incluída a pertença religiosa, substituirá progressivamente as velhas carteiras de identidade.

A medida, no entanto, atraiu críticas de quem considera que eliminar a religião das informações impressas, retira do país a sua identidade muçulmana, contrariando a Constituição que estabelece ser o Islã a religião de Estado.

As autoridades respondem a tais argumentações, afirmando que a Constituição jordaniana garante a todos os cidadãos a igualdade diante da lei e o fato de não especificar a pertença religiosa serve também para combater a discriminação com base na religião.

Ademais, precisam, a religião está entre os dados contidos no chip da nova Carteira de Identidade, junto a outras informações como o grupo sanguíneo, o CPF, o seguro-saúde, o número da Carteira de Motorista e a digital.

Não obstante as polêmicas, o Rei Abdullah foi um dos primeiros a retirar o novo documento. (JE)

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Formação



Card. Raymundo: Maria é a mãe da misericórdia

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Cidade do Vaticano (RV) – Neste espaço dedicado ao Jubileu, hoje vamos falar da relação entre Nossa Senhora e misericórdia. Nosso entrevistado é o Arcebispo de Aparecida, Card. Raymundo Damasceno Assis, que esteve em Roma nos dias passados:

“Há uma relação muito profunda e muito íntima. Maria é a mãe de Jesus, portanto, é a mãe da misericórdia. Jesus é o rosto misericordioso do Pai e Maria é aquela que esteve sempre junto de seu filho desde o concebeu, o acompanhou durante sua vida oculta em Nazaré e em sua vida pública. Maria esteve ao pé do calvário, se associando à paixão de seu Filho para a redenção de toda humanidade. De modo que ela viveu mais do que qualquer um os gestos de misericórdia de Jesus para com os mais necessitados.”

Dom Raymundo falou ainda dos preparativos para os 300 anos da imagem de Nossa Senhora e da aguardada visita do Papa Francisco:

“O convite foi feito ao Santo Padre. Ele manifestou pessoalmente o desejo de voltar a Aparecida. Ao cumprimentá-lo na homenagem ao Papa emérito Bento XVI pelos seus 65 anos de ordenação sacerdotal, eu lembrava ao Papa Francisco: ‘Santo Padre, nós o esperamos em Aparecida’. Ele respondeu: ‘Vamos ver’. Então estamos aguardando.

Clique aqui para ouvir a reportagem completa: 

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Atualidades



Malick leva às telas vida de Beato austríaco Franz Jägerstätter

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Berlim (RV) - O Diretor canadense Terrence Malick está gravando seu mais novo filme "Radegund", ambientado na II Guerra Mundial e que trata do tema "objeção de consciência". O pano de fundo é a vida do Beato austríaco Franz Jägerstätter, preso e condenado à morte aos 36 anos por ter se recusado a combater. Franz foi beatificado por Bento XVI em 2007.

Malick, que de 1973 a 2005 realizou apenas quatro filmes, parece intensificar sua atividade criativa após receber a Palma de Ouro em 2011 com 'A árvore da vida' (The tree os life). Em 2015 foi apresentado no Festival de Berlim Knight of cups e anunciado o próximo projeto, que passou a ser concretizado este verão nos estúdios de Babelsberg, em Postdam, graças também à contribuição alemã de 400 mil euros.

A vida de Franz já havia inspirado o filme 'Der fall Jägerstätter' de Axel Corti, em 1972, que à ficção introduziu o elemento "entrevista" com a sua  mulher Franziska, o pároco da cidadezinha onde morava, além de outras pessoas que o haviam conhecido e frequentado nos últimos meses de sua vida.

Os detalhes do filme são escassos, bem ao gosto de Malick. Sabe-se apenas que August Diehl, o star de 'Bastardos Inglórios' de Tarantino, fará o papel do protagonista. Além dele, a presença no set de filmagem da austríaca Valerie Pachner.

O retorno ao gênero bélico, já usado em 1998 com ‘Além da Linha Vermelha’, não deixa dúvidas tratar-se de uma história intimista, focada no drama pessoal do protagonista Franz. O título do filme assume o nome da cidade onde o protagonista nasceu, que por sua vez pega o nome da Santa Radegunda. As tomadas envolverão outros países europeus, além da Áustria, especialmente a região italiana do Alto Adige.

Por outro lado, em 7 de outubro, o diretor canadense chega às telas italianas com o ambicioso projeto 'Voyage of time: the Imax experience', uma gloriosa celebração da vida, da natureza e da grande história do cosmos, que leva o espectador para dentro de uma espetacular viagem que parte do Big Bang, passa pela Era dos dinossauros e prossegue até o tempo presente.

Uma pequena amostra desta 'viagem no tempo' vimos na sequência inicial de "The tree os life". Neste sentido, não faltarão cachoeiras e explosões, entre estrelas, canyons, florestas, cidades do futuro, até entrar no olho humano.

Definido pelo próprio Malick como "um dos meus maiores sonhos", o documentário, o primeiro do diretor, envolveu uma polêmica entre o Diretor e os patrocinadores, que o acusaram de ter deixado o filme de lado. A bem da verdade, foram necessários quase 40 anos para realizá-lo, uma espera que pré-anuncia uma experiência visiva e emotiva sem precedentes. A versão de 40 min terá narração de Brad Pitt, enquanto a "experiência cósmica" de 90 min, em 35mm, terá comentários de Cate Blanchett.

Mas não acaba aqui. Malick concluiu 'Weighless', de 145min, o aguardado novo filme anunciado há anos, que entrecruza dois triângulos amorosos entre obsessões e traições no ambiente musical de Austin, no Texas. No cast, Michael Fassbender, Rooney Mara, Natalie Portman, Ryan Gosling, Christian Bale, Cate Blanchett, Benicio Del Toro, Val Kilmer, Holly Hunter.

(JE/Avvenire)

 

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