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Sumario del 11/07/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Pe. Lombardi deixa Sala de Imprensa da Santa Sé

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco acolheu a renúncia apresentada pelo Pe. Federico Lombardi SJ do cargo de Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé. 

O novo Diretor nomeado pelo Pontífice é Greg Burke, até agora Vice-Diretor da Sala de Imprensa. Dr. Burke assume o cargo em 1° de agosto. A partir desta data, a Sala de Imprensa terá uma Vice-Diretora, Paloma García Ovejero.

Greg Burke é natural de Saint Louis, nos Estados Unidos e completará 57 anos em novembro. É membro numerário da Opus Dei. Em sua carreira como jornalista, trabalhou em empresas como Reuters, Metropolitan, National Catholic Register, Time e Fox News.

Em 2012 foi chamado pela Secretaria de Estado como consultor de comunicação. Desde 21 de dezembro de 2015 é Vice-Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.  

Paloma García Ovejero nasceu em Madri, na Espanha, em 12 de agosto de 1975. Reside em Roma desde 2012, colaborando com inúmeras emissoras de rádio e tevê. Atualmente, era correspondente do Vaticano para a emissora espanhola Cadena Cope. Trata-se da primeira mulher no cargo.

Pe. Federico Lombardi tem uma longa carreira nos meios de comunicação. Natural de Cuneo, no norte da Itália, completará 74 anos em agosto. Tornou-se membro do Colégio de Escritores da revista Civiltà Cattolica em 1973.

Até 1984, foi Vice-Diretor da revista.

De 1991 a 2005 foi Diretor de Programas da Rádio Vaticano, assumindo a diretoria da emissora de 2005 a 2016.

No mesmo período, acumulou a função de Diretor do Centro Televiso Vaticano de 2001 a 2013.

Foi Diretor da Sala de Imprensa por 10 anos, de 2006 a 2016. 

(bf)

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Mons. Viganó destaca a "visão eclesial dos acontecimentos" de Pe. Lombardi

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Cidade do Vaticano (RV) – Ao saudar o Padre Lombardi na Sala de Imprensa da Santa Sé no final da manhã desta segunda-feira, o Prefeito da Secretaria para a Comunicação, Mons. Edoardo Viganò, sublinhou dois aspectos da “longa lição” que Padre Lombardi deixa como herança aos novos responsáveis pela Sala de Imprensa. Eis o que disse:

 

“Padre Federico Lombardi nos deixou, como um estilo de sua profissão, a visão eclesial dos acontecimentos: um olhar que sempre uniu as diferentes sensibilidades, as diferentes perspectivas, marcadas também pelas diferentes origens da cultura na Igreja. Porque a Igreja não é uma experiência monolítica, é uma experiência muito diversificada, o Padre Federico sempre buscou fazer este trabalho colocando juntas uma visão da Igreja, que é uma visão ampla, uma visão capaz de manter juntas as diferenças, porque as diferenças não são lugares de inimizade, mas simplesmente o enriquecimento de uma Igreja, que precisamente porque é Igreja, é assim. A segunda grande riqueza de Padre Federico é a de ter vivido aquilo que repetidamente chamou-nos anteriormente o Papa Bento XVI e mais tarde o Papa Francisco, ou seja, uma hermenêutica espiritual da Igreja. A Igreja não é uma parte que escolhe uma posição em vez de outra: a Igreja é católica e não reconhece a ninguém o papel de antagonista. É justamente esta visão, de uma hermenêutica espiritual, que o Padre Lombardi nos ensinou”. (JE)

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Greg Burke: Sala de Imprensa fala ao mundo

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Cidade do Vaticano (RV) – Pela primeira vez um estadunidense é nomeado Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.  Pouco depois da nomeação, o novo Diretor, Greg Burke, concedeu à Rádio Vaticano a sua primeira entrevista, onde falou da sua nova responsabilidade, da comunicação da Igreja sempre mais internacional e sobre o Padre Lombardi. No final da manhã desta segunda-feira, ele foi recebido pelo Santo Padre, juntamente com a Vice-Diretora, Paloma García Ovejero: 

“Estou muito entusiasmado, eu diria “excited” em inglês. Ao mesmo tempo, porém, devo dizer que não escondo também um pouco de medo. Me dou conta que a Sala de Imprensa não é um trabalho fácil. Uma coisa é ser jornalista, e isto me agradou muito nestes anos, mas este trabalho aqui me parece ser algo bem mais complicado!”.

RV: Muitos salientam: um novo diretor leigo, uma vice-diretora leiga e ainda por cima uma mulher; e também uma diversidade cultural e linguística, inglês e espanhol…

“Sim, acredito que a palavra hoje seja “international”, internacional. A Igreja Católica, pela sua natureza, é universal. Neste universo hoje claramente o espanhol é muito importante para o mundo católico. Mas se queres falar com todo o mundo, é necessário também falar em inglês, sem sombra de dúvida!”.

RV: Suceder o Padre Federico Lombardi nesta função, que significado tem para você?

“Nestes anos vi no Padre Lombardi uma paciência sem limites: exatamente isto… Mas não somente: eu usei a palavra inglesa “gracious”, porque é um pouco gentileza, mas também cortesia. Ele sempre consegue ser muito gentil com as pessoas, muito disponível; uma dedicação total ao Santo Padre, ao trabalho. Eu espero – ao menos em parte – ter estas virtudes!”. (JE/AG)

 

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Programa da viagem do Papa à Geórgia e Azerbaijão

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Cidade do Vaticano (RV) - A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou, nesta segunda-feira (11/07), o programa da viagem apostólica do Papa Francisco à Geórgia e ao Azerbaijão de 30 de setembro a 2 de outubro próximos. 

O pontífice partirá na sexta-feira, 30 de setembro, às 9h locais, do aeroporto internacional de Roma/Fiumicino em direção ao aeroporto internacional de Tbilisi, capital da Geórgia. Depois da cerimônia de boas-vindas às 15h locais, está prevista a visita de cortesia ao Presidente da República. A seguir, o encontro com as autoridades, com a sociedade civil e com o Corpo diplomático no Pátio do Palácio Presidencial.
    
No Palácio do Patriarcado se realizará o encontro com Sua Santidade e Beatitude Elias II, Catholicos e Patriarca de toda a Geórgia. O encontro com a comunidade assírio-caldeia está previsto na Igreja católica de São Simão.
     
No sábado, 1º de outubro, será celebrada a santa missa no Estádio de M. Meskhi, e depois o Papa se encontrará com os sacerdotes, religiosos e religiosas na Igreja da Assunção. Comovente será o encontro com os pobres e agentes de obras caritativas da Igreja diante do centro de assistência dos Camilianos. Depois, a visita à Catedral Patriarcal Svietyskhoveli de Mskheta.
    
No domingo, 2 de outubro, depois da cerimônia de despedida no aeroporto internacional de Tbilisi, o Papa Francisco parte para Baku, capital do Azerbaijão. Está previsto um acolhimento oficial no aeroporto internacional de “Heydar Aliyev”. Depois, a celebração eucarística na Igreja da Imaculada no Centro Salesiano, em Baku, e o almoço com a comunidade salesiana e a comitiva papal.
    
A cerimônia protocolar de boas-vindas se realizará na Praça do Palácio Presidencial de Genclik. Depois, a visita de cortesia ao Presidente da República. O encontro com as autoridades se realizará no Centro “Heydar Aliyev”.
 
A seguir, o encontro privado com o Xeque dos Muçulmanos do Cáucaso na Mesquita “Heydar Aliyev”. Depois do encontro com o bispo ortodoxo de Baku e com o Presidente da Comunidade Judaica se realizará a cerimônia de despedida no aeroporto de Baku e a partida para Roma. (MJ)     
 

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Igreja no Brasil



Missão: núcleo da vida consagrada

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Brasília (RV) - A Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) inaugura esta segunda-feira (11/07), em Brasília (DF), a sua 24ª Assembleia Geral.

Na ocasião, será escolhida a nova presidência da entidade para o período de 2016 a 2019. O tema escolhido para esta Assembleia é "Vida Religiosa Consagrada em processo de transformação" e o lema "Eis que eu estou fazendo uma coisa nova", inspirado no texto de Isaias 43, 19.

O encontro deve reunir cerca de 600 religiosos e religiosas de todo o Brasil. Do Vaticano, participa o Prefeito para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Cardeal João Braz de Aviz.

Em entrevista à Rádio Vaticano, Card. Braz de Aviz comentou seu pronunciamento, sobre o tema “Exigências e tendências da Igreja e Vida Religiosa Consagrada”. 

A 24ª Assembleia Geral Eletiva será transmitida ao vivo, pelo site da CRB Nacional (www.crbnacional.org.br) 

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Fiéis de Ipameri em peregrinação a Roma

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Cidade do Vaticano (RV) – Na Praça S. Pedro para o Angelus dominical de 10 de julho com o Papa Francisco estava presente um grupo de peregrinos da diocese de Ipameri (GO), guiado pelo seu Bispo, Dom Guilherme Werlang.

Dom Guilherme é missionário da Sagrada Família, uma Congregação fundada por um padre saletino, e por isso ele tem uma ligação direta com a mensagem de Nossa Senhora da Salette. De fato, diante da situação daquela diocese, onde passam cerca de três milhões de turistas, Dom Guilherme mobilizou os saletinos e sacerdotes de sua Congregação para a obra de um santuário em Caldas Novas.

Em entrevista à Rádio Vaticano, Dom Guilherme falou do motivo de sua passagem por Roma:

 

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Frades Menores Conventuais celebram 70 anos na AL

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Rio de Janeiro (RV) - A Ordem dos Frades Menores Conventuais celebra 70 anos de sua chegada ao continente latino-americano. Para comemorar a data, será realizado um Congresso entre os dias 13 e 17 de julho no Rio de Janeiro. O encontro tem como foco aprofundar a reflexão sobre os cenários, a prática missionária e evangelizadora dos frades na América Latina e Caribe.

“A gente espera que o encontro dos frades seja uma injeção no braço da Ordem na América Latina para continuar essa missão e, quem sabe, chegar a outros países também”, afirma o Bispo Emérito de Valença (RJ), Dom Elias Manning.

Participarão do Congresso os bispos que a Ordem possui: Dom Fernando Mason, de Piracicaba (SP); Dom João Mamede, de Umuarama (PR); Dom João Wilk, de Anápolis (GO); e Dom Janusz Danecki, Auxiliar de Campo Grande (MS).

Programação

Na programação do evento constam mesas-redondas e palestras diversificadas.

No primeiro dia do Congresso, 13, haverá uma celebração de abertura, seguida da palestra sobre “Os Grandes Momentos Históricos da Igreja Latino-americana”, ministrada por Eduardo Hoornaert.

Na quinta-feira, vários palestrantes abordarão o tema “Aproximação Crítica a alguns Fragmentos da Memória Histórica da Evangelização realizada pelos Franciscanos Conventuais na AL e Caribe”. 

Já no dia 15, haverá um Cine Fórum. No último dia, uma celebração eucarística será realizada para comemorar os 70 anos da chegada da Ordem ao continente latino-americano. 

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Igreja na América Latina



Bispos do Panamá: que o novo Canal seja para todos

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Cidade do Panamá (RV) – A abertura do Canal após as obras de alargamento “foi um evento que nos encheu de alegria e de patriotismo, porque esta obra tem um significado especial na história do povo do Panamá”.

Esta é uma das passagens do texto conclusivo da Assembleia Plenária da Conferência Episcopal do Panamá, realizada de 4 a 8 de julho, que quis manifestar-se sobre este grande evento que incide diretamente  na vida do povo panamenho.

“Agora temos o grande desafio – afirmam os prelados – de reagir diante das diferenças e rivalidades para concentrar-nos na soberania, democracia e justiça social, que nos permitirão unirmos os nossos esforços para construir o Panamá que todos nós queremos, sem excluir ninguém, encerrando a discrepância escandalosa entre os poucos que têm muito e os muitos que têm pouco”.

Canal teve capacidade triplicada

O novo Canal do Panamá – refere a Agência Fides - inaugurado em 26 de junho  e realizado por um consórcio internacional, exigiu o trabalho de 30 mil pessoas, por quase nove anos. A capacidade do Canal foi triplicada: uma verdadeira inovação na área dos transportes, que fará com que as rotas comerciais navais entre a Europa e a América terão um impulso importante.

Um Canal para todos

“Temos uma ocasião histórica diante de nós – prossegue o texto dos bispo – ter um Canal para todos, para cidadãos, indígenas, afrodescendentes, mulheres, crianças, jovens, idosos e pessoas com exigências particulares, ou seja, para todos. Devemos tornar real e eficaz a nossa soberania, cultivando um amor sincero pelo país; com a consolidação da nossa cultura, com a integração de todos, dando um maior uso social ao canal e à gestão transparente dos lucros gerados, permitindo investimentos em setores vitais como a educação, a saúde, o trabalho e fornecendo uma maior oportunidade para aqueles que permanecem excluídos do desenvolvimento nacional”.

Temas da Assembleia

O texto da Assembleia informa ainda sobre alguns temas eclesiais tratados no encontro dos Bispos, como a nova normativa sobre abusos sexuais e o esforço para a Jornada Mundial da Juventude. Por fim, uma palavra de encorajamento é dirigida à população, considerando a realidade social vivida atualmente no país. (JE/CE)

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Igreja no Mundo



Dom Louis: intervenção ocidental desencadeou o inferno em que vivemos

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Bagdá (RV) - “A intervenção militar ocidental contra Saddam Hussein, em 2003, desencadeou a espiral de inferno em que estamos hoje. Por isso, o ‘Relatório Chilcot’, publicado recentemente, que tem como objetivo reconstruir os cenários e a origem do envolvimento do Exército de Londres naquela guerra, é um passo positivo, pois é importante reconhecer os erros do passado para não cometê-los novamente."  

Foi o que disse à Agência Fides o Patriarca de Babilônia dos Caldeus, Dom Louis Raphael I Sako, sobre o documento produzido pela Comissão de Inquérito presidida pelo Sr. John Chilcot, que nos últimos dias documentou a inoportuna e ilegítima ação militar contra o regime iraquiano decidida naquela ocasião pelo governo britânico guiado por Tony Blair.

O ex-primeiro-ministro britânico, diante dos resultados da investigação conduzida pela instituição, depois de um trabalho que durou quase sete anos, se defendeu, afirmando que hoje "estaríamos numa posição pior se não tivessem intervindo".
 
Segundo Dom Louis, basta olhar para a realidade sem óculos ideológicos para ver a falta de credibilidade total desta afirmação: "Temos um país destruído, quatro milhões de refugiados somente do Iraque, conflitos que perturbam a Síria e o Iêmen. Os cristãos no Iraque antes da guerra eram um milhão e quinhentos mil e agora são menos de quinhentos mil, e muitos deles vivem como refugiados longe de suas casas. Não há trabalho, as economias de países inteiros estão em pedaços, instituições paralisadas, e patrimônios culturais milenares foram destruídos. Pergunto-me com que cara se possa dizer que aquela guerra foi um bem para Oriente Médio"?

Para o patriarca caldeu, também a patologia jihadista que está fazendo sofrer povos inteiros é de alguma forma um efeito colateral da invasão militar do Iraque de 2003: "No vazio que se criou", ressalta o Primaz da Igreja Caldeia, "os jihadistas encontraram espaço para fazer enraizar a sua proposta ideológica ainda mais abominável: a do Estado islâmico. Vem também dali a tração sectária que envenena toda a convivência.” 

Segundo Dom Louis, um dos fatores que alimentaram o conflito de 2003 e a gestão desconsiderada do pós-guerra foi a abstração ideológica com a qual se propagou a guerra como parteira da democracia. "O caminho rumo à democracia, os direitos e liberdade é longo e cansativo, como mostra a própria história da Europa e do Ocidente. A pretensão de importar tais valores de forma mecânica, sem respeitar os tempos e as características culturais de nossos povos, contribuiu para alimentar o desastre em que nos encontramos", frisa.

Em 2003, o Papa João Paulo II e a Santa Sé expressaram com firmeza a própria contrariedade àquela ação militar, considerando-a uma escolha errada, com consequências devastadoras.
 
“Os círculos ocidentais”, recorda hoje o Patriarca Louis, “exaltaram o Papa como um seu ‘aliado’ contra o comunismo, mas quando disse que a guerra do Golfo provocaria somente desgraças, ninguém o ouviu. É o destino das vozes proféticas que o poder tenta ocultar quando não as pode usar. De alguma forma, foi a mesma coisa que aconteceu a Jesus. E justamente ouvindo aquelas vozes, podemos reencontrar também hoje o caminho perdido de uma convivência pacífica, que ajude a preservar o bem de todos”. (MJ)

 

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Conflito no Sudão do Sul: o testemunho de um missionário

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Juba (RV) - Aumenta o balanço das vítimas dos confrontos que estão ensanguentando Juba, capital do Sudão do Sul, nos dias em que o país está celebrando 5 anos de independência.

Os conflitos tiveram início na última quinta-feira (07/07), entre os militares fiéis ao Presidente Salva Kiir e a guarda do vice-presidente Riek Machar. Segundo o Ministério da Saúde, pelo menos 272 pessoas morreram nos últimos dias. 

O missionário comboniano Pe. Raimundo Nonato Rocha dos Santos, da Diocese de Balsas (MA), acabou de regressar ao Sudão do Sul. No último sábado, 9 de julho, dia da independência dessa nação africana, o religioso nos escreveu uma carta na qual relata o clima que se vive no país.
 
Eis o documento.

Neste dia 09 de julho de 2016 comemora-se o quinto aniversário do Sudão do Sul como nação independente. O que comemorar no dia da independência? Não há o que comemorar com a situação crítica em que vive o país: centenas de milhares desabrigados por causa dos conflitos, comunidades inteiras em risco de fome, doenças que se alastram e uma economia em colapso. De fato, oficialmente não tem comemorações previstas. O governo anunciou que não tem dinheiro para as comemorações. Além disso, aconteceu mais violência nas vésperas do dia da Independência.

Desde o acordo de paz assinado em agosto do ano passado pelo Presidente Salva Kiir e pelo líder da oposição armada e agora Primeiro Vice Presidente, Riek Machar, houve uma pequena melhora na situação geral do país porque os conflitos diminuíram. Riek Machar voltou à capital em abril e desde então se esperava mais avanços na implementação do acordo de paz e melhorias para a população. Porém, além da grave crise econômica que assola o país, surgiram novos conflitos isolados em algumas áreas do país e recentemente tem havido tensões entre as forças de segurança do Presidente, Salva Kiir, e as forças do Primeiro Vice Presidente, Riek Machar.

Um incidente ocorrido na última quinta-feira dia 7 de julho à noite envolvendo forças de segurança dos dois lados na capital Juba deixou pelos menos cinco soldados do governo mortos. Antes disso, um oficial de segurança da oposição foi assassinado à luz do dia em Juba. As tensões só aumentaram. Preocupados com essa situação, nessa sexta-feira à tarde, dia 8 de julho, véspera do dia da Independência, o Presidente Kiir, com o Primeiro Vice Presidente Machar, e o Vice Presidente Wani, se reuniram no Palácio Presidencial para discutir o incidente envolvendo as tropas de ambos os lados e procurar melhorar as relações.

Por volta das 05h20 da tarde de sexta-feira, dia 8, um intenso tiroteio entre as duas forças de segurança começou nas proximidades do Palácio Presidencial onde acontecia a reunião entre os líderes políticos, que mais tarde informaram que não sabiam o que estava acontecendo do lado de fora.

O Palácio Presidencial fica a uns 600 metros da Casa Provincial dos Missionários Combonianos em Juba, onde moro. Por cerca de uma hora acompanhamos o intenso tiroteio sem saber ao certo o que acontecia.

O tiroteio rapidamente se espalhou por outras partes da capital criando pânico. Helicópteros armados foram vistos sobrevoando a área. Muitos soldados e tanques pelas ruas.

O Presidente e os dois Vices continuaram no interior do Palácio Presidencial enquanto suas forças de segurança se engajavam em luta armada. Por volta das 07:00 da noite os líderes políticos deram entrevista lamentando a violência e dizendo não saberem ao certo o que fez começar o tiroteio do lado de fora do Palácio Presidencial. Os três pediram calma à população e o fim dos ataques.

Aparentemente a situação foi controlada. A noite foi ‘tranquila’ nas proximidades da nossa residência e do Palácio Presidencial. Muitos soldados se movimentam, mas não há conflitos. Uma comissão foi organizada para investigar as causas da violência. Acredita-se que poderá haver ligações com o incidente da última quinta-feira em que soldados do governo foram mortos. Vingança, sobretudo entre indivíduos pertencentes a algumas das tribos, tem sido uma constante nos conflitos.

As primeiras informações desta manhã de sábado são de que pelo menos 30 agentes de segurança do Primeiro Vice Presidente, Riek Machar, e 80 seguranças do Presidente Salva Kiir, foram mortos nas proximidades do Palácio Presidencial. Acredita-se que mais pessoas, inclusive civis, tenham morrido durante o tiroteio que também aconteceu nas proximidades dos campos de proteção de civis da ONU.

A situação no momento é calma. É feriado público por ser o dia da Independência. Lojas estão fechadas e há pouco movimento nas ruas, também devido à violência de ontem à noite. Não há grandes movimentos no aeroporto, que fica a menos de um quilometro de nossa casa, pelos menos não se ouve barulho de aviões.

Quanto a nós missionários em Juba e em missões espalhadas pelo resto do país, estamos bem. Embora próximos do local onde começou o tiroteio, não fomos afetados em nada. Mantemo-nos em casa e com portões fechados e restrição de movimento enquanto monitoramos a situação que está sob controle.  Esperamos que a situação melhore e a calma e paz sejam reestabelecidas.

Também lamentamos mais essa triste violência que fez com que pelo menos mais 110 esposas amanhecessem viúvas e muitas crianças sem o pai. Os soldados também são nossos irmãos e vítimas dessa insana violência que continua a ceifar vidas e a destruir o Sudão do Sul. Rezemos por paz duradoura e por sabedoria divina para os nossos líderes. Rezem por nós.

Um abraço a todos
Pe. Raimundo Rocha, mccj

 

 

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Jubileu: religiosos da Índia promovem obras concretas de misericórdia

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Nova Délhi (RV) - Não somente orações e seminários, mas ações concretas na vida de todos os dias. Esse é o objetivo do plano de ação expresso em 40 pontos elaborado pela Conferência dos Religiosos da Índia, organismo da Conferência episcopal.

Resposta a apelos do Papa Francisco

Desse modo, os religiosos do país asiático respondem aos numerosos apelos do Papa, que convidou os católicos a se fazerem promotores de iniciativas, obras e testemunhos durante o Jubileu extraordinário da misericórdia.

Conversão pessoal, reconciliação entre as comunidades, obras de misericórdia corporais e espirituais, uma Igreja amorosa, responsável e pobre: são as cinco áreas de ação nas quais os consagrados atuarão.

Entre os aspectos mais interessantes da primeira (conversão pessoal), o pedido a “evitar os hábitos que causam dor e divisão, como fofocas, exclusão do diferente” e o convite àqueles que “gostariam de presenteá-los a dispor o correspondente em favor dos pobres”.

Ser testemunhas de misericórdia superando as divisões

Diante de uma situação social sempre mais carregada de sentimentos de intolerância, os religiosos encorajam os católicos a colocar-se como testemunhas de misericórdia superando as divisões, inclusive no âmbito do trabalho. “Tratar os funcionários com amor e respeito.”

No que tange às obras corporais de misericórdia, o plano prescreve ajudar os pobres mediante fundos recolhidos para festejar aniversários, ou evitando gastos supérfluos. “Celebrar os matrimônios ou as comunhões de modo simples e ajudar quem tem necessidade.”

Outro modo para intervir dá-se através da doação de órgãos, assistência aos doentes e necessitados de cuidados especiais. A educação das crianças e a “correção de práticas danosas como o uso de drogas” encontram-se entre as tarefas da área dedicada às obras espirituais. (RL)

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Québec: Domingo da Catequese será marcado pelo tema da misericórdia

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Québec (RV) - “A misericórdia no coração da nossa fé”: com esse tema, a Igreja católica no Québec, Canadá, prepara-se para celebrar, em 25 de setembro próximo, o Domingo da Catequese. O evento coincidirá com o Jubileu dos catequistas e das catequistas que, com seu compromisso de transmitir a fé, sustentam a vida das comunidades cristãs, em particular nas paróquias.

Abrir-se à misericórdia do Pai

“A Igreja tem a missão de anunciar Jesus Cristo, rosto da misericórdia do Pai. Através da catequese, ela acompanha as pessoas que, ao longo do seu caminho de fé, aproximam-se de Cristo, abrem-se à misericórdia do Pai e são por ela pouco a pouco transformados, escreve o presidente dos bispos do Québec, Dom Paul Lortie.

Dar testemunho de Jesus Cristo Ressuscitado

Nesta ótica, “o Domingo da catequese é ocasião para dar graças por todos os frutos na vida das comunidades e pelo empenho de tantos catequistas na missão indispensável para a vitalidade e o desenvolvimento da Igreja”, acrescenta o prelado.

Daí, o convite de Dom Lortie a todos os batizados a “dar testemunho de suas experiências pessoais com Jesus Ressuscitado, que os reconcilia com o Pai e transforma suas vidas”. (RL)

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Formação



Dom Marchesi: todos devem assumir sua parte de discípulo missionário

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro semanal “O Brasil na Missão Continental” continua trazendo a experiência deste projeto de animação missionária na realidade eclesial de nossas Igrejas particulares espalhadas em todo o território nacional. 

Da Paraíba (Diocese de Guarabira), permanecemos no Nordeste passando agora ao vizinho Estado de Pernambuco. Vamos até a Diocese de Floresta, cujo município sede desta circunscrição eclesiástica faz parte da mesorregião de São Francisco Pernambucano e da microrregião de Itaparica e está inserido na bacia do Rio São Francisco e do Rio Pajeú.

Conosco, nesta edição e nas próximas, o bispo de Floresta, Dom Gabriel Marchesi, italiano de Incisa Valdarno, Diocese de Fiesole – região da Toscana. Tendo chegado ao Brasil em 2003 como sacerdote “fidei donum”, desde maio de 2013 Dom Gabriel é o bispo desta Igreja particular.

Em sua primeira abordagem neste quadro, ele nos fala da “Missão Continental” como uma bênção de Deus, algo de que se estava mesmo precisando, “porque estamos assistindo a um despertar de muitos cristãos católicos para a vida da Igreja, para a missão da Igreja”, afirma o prelado acrescentando que “não dá para viver a vida de fé sem realizar, ao mesmo tempo, também a missão”.

Dom Gabriel diz ainda que depois das santas missões populares feitas anos atrás, na Diocese de Floresta, agora se está procurando “manter vivo este clima, este espírito missionário”.

Na linha da Conferência de Aparecida (maio de 2007), buscando realizar a comunhão e a participação na Igreja, ressalta que se tem dado muitos passos para a formação, privilegiando, sobretudo, a formação dos leigos.

“Se não tiver leigos bem preparados, a obra de evangelização, a vida das comunidades fica muito difícil”, acrescenta. Mas ouçamos, então, suas considerações sobre a “Missão Continental” (ouça clicando acima).

(RL)

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Atualidades



JMJ: abertas inscrições de “último minuto”

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Cidade do Vaticano (RV) – Falta muito pouco para o início da Jornada Mundial da Juventude de Cracóvia. Quem não participará em grupo tem ainda uma última chance para fazer a inscrição individual. 

A Rádio Vaticano conversou com o voluntário brasileiro no setor de inscrições em Cracóvia, José Pasternak.

Ele explica como proceder à inscrição de último minuto e os tipos de pacotes disponíveis. Mais de 2,6 mil brasileiros já estão inscritos.

“No sistema de inscrição, basta preencher com as suas informações e, num segundo momento, efetuar o pagamento. A partir deste momento o peregrino está oficialmente inscrito para participar da JMJ”.

Pacotes

“Temos os pacotes A, A1+,A2+, B e C. O pacote básico prevê já o plano de saúde obrigatório, o cartão de transportes e a mochila do peregrino com outros materiais. E, caso a opção seja escolhida, toda a alimentação garantida. Dentro do sistema, antes da escolha do pacote, está a descrição completa de tudo o que cada um dos pacotes oferece. Os pacotes A1+ e A2+ oferecem a possibilidade de ficar mais no alojamento após o encerramento da JMJ”.

Dúvidas

Informações em relação às inscrições de último minuto podem ser obtidas em português neste e-mail.

(rb)

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Rádio Vaticano na JMJ: a tabela das transmissões ao vivo

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Cidade do Vaticano (RV) – Contagem regressiva para a XXXI Jornada Mundial da Juventude que se realizará em Cracóvia, Polônia, de 26 a 31 deste mês de julho.

A Rádio Vaticano transmitirá ao vivo os principais eventos. Os horários se referem ao de Brasília.

Terça-feira (26/07)

O Cardeal-arcebispo de Cracóvia, Dom Stanislaw Dziwisz, presidirá à solene Missa de inauguração da JMJ com os milhares de jovens provenientes de várias partes do mundo. A celebração Eucarística será transmitida ao vivo, em português, a partir das 12h20.

Quarta-feira (27/07)

O Papa partirá do Vaticano, com destino a Cracóvia, onde manterá os seguintes encontros, que também serão transmitidos ao vivo pela Rádio Vaticano, no horário de Brasília:

Às 11h50: encontro com as Autoridades, a Sociedade Civil e o Corpo Diplomático, no pátio de honra de Wawel;

Às 13h15: encontro com os Bispos poloneses na Catedral de Cracóvia;

Quinta-feira (28/07)

Às 04h40: oração na Capela de Nossa Senhora Negra, em Częstochowa, e, a seguir, Santa Missa, na área do Santuário de Częstochowa, por ocasião dos 1050 anos do Batismo da Polônia;

Às 12h00: entrega das chaves da Cidade de Cracóvia e Cerimônia de Acolhida dos jovens no Parque Jordan, em Blonia, Cracóvia;

Sexta-feira (29/07)

Às 04h30: visita ao Campo de Concentração de Auschwitz–Birkenau, onde o Papa rezará diante do “muro da morte” e da cela de São Maximiliano Kolbe;

Às 11h20: visita ao Hospital Pediátrico Universitário;

Às 12h45: Via Sacra com os Jovens;

Sábado (30/07)

Às 05h15: Santuário da Divina Misericórdia, visita à Capela da Irmã Faustina e, depois de atravessar a Porta Santa da Basílica de Łagiewniki, celebração da Eucaristia com sacerdotes e consagrados de toda a Polônia.

Às 13h50: na esplanada do “Campus Misericordiae”, Vigília de Oração com os jovens participantes na JMJ;

Domingo (31/07)

Às 04h45: Santa Missa conclusiva da XXXI JMJ no “Campus Misericordiae”;

Às 11h50: encontro com os Voluntários da JMJ;

Às 13h10: cerimônia de despedida no aeroporto de Valice-Cracóvia.

(mt)

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