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Sumario del 13/07/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



O pesar do Papa pela morte de Dom Zygmunt Zimowski

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Cidade do Vaticano (RV) – Faleceu pouco antes da meia-noite desta terça-feira Dom Zygmunt Zimowski, Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral dos Agentes de Saúde. O Arcebispo tinha 67 anos e morreu em decorrência de um câncer no pâncreas.

 

O Papa Francisco, que havia telefonado a ele na tarde de ontem para expressar a sua proximidade e assegurar-lhe sua oração, manifestou através de um telegrama nesta quarta-feira o seu profundo pesar pela morte do prelado, “após uma longa e dolorosa doença por ele vivida – escreve Francisco – com espírito de fé e de testemunho cristão”.

O Papa recorda no telegrama “o generoso ministério” de Dom Zimowski e eleva “fervorosas orações de sufrágio ao Senhor pela sua alma”, confiando-o “à materna intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria, Rainha da Polônia”, assim como invoca para ele “o prêmio eterno prometido aos fieis servidores do Evangelho”.

Dom Zimowski nasceu na cidade polonesa de Kupienin em 7 de abril de 1949 e foi ordenado sacerdote em maio de 1973. São João Paulo II o nomeou Bispo da Diocese de Radom em março de 2002 e foi consagrado pelo então Cardeal Joseph Ratzinger, que na época era Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

Em 2009, o Papa Bento XVI o nomeou Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde, conferindo-lhe a dignidade de Arcebispo.

Em dezembro de 2014 foi internado em Varsóvia por um câncer no pâncreas, retomando seu trabalho na Cúria Romana no ano passado.

(bf/je)

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Visita surpresa do Papa à Comissão para a América Latina

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Cidade do Vaticano (RV) - “Uma surpresa incrível do Papa Francisco”. Assim comentaram, com muito entusiasmo, os funcionários da Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL), a visita realizada pelo Pontífice esta manhã. O Papa se apresentou batendo na porta do escritório da Via da Conciliação por volta das 9 horas da manhã, enquanto se realizava uma reunião dedicada à próxima celebração do Jubileu da Misericórdia em Bogotá, 

.“Só quis dar uma passada para vê-los”

Diante dos rostos estupefatos pela emoção – segundo a nota publicada pela CAL – o Papa usou uma expressão típica dos latino-americanos para anunciar uma visita inesperada: “Só quis dar uma passada para vê-los”. Com simplicidade e cordialidade, Francisco deu bom dia a todos, pedindo para participar do encontro. Logo depois, um funcionário advertiu o Secretário encarregado da Vice-Presidência, o Prof. Guzmàn Carriquiry, que recebeu o Pontífice.

“Tens tempo para falar um pouco?”

Ao entrar no escritório do Prof. Carryquiri, o Papa perguntou: “Tens um tempinho para conversar um pouco?”. De fato, o Pontífice deteve-se em uma conversa privada por cerca de meia-hora, para então saudar e trocar algumas palavras com cada funcionário da Comissão. Um encontro familiar no qual o Papa fez referências a experiências e recordações das visitas à CAL como Arcebispo de Buenos Aires. Não faltaram fotografia, selfies e histórias espirituosas entre os presentes.

“Estamos nas mãos de Deus”

Enquanto se desenvolvia o encontro do Papa com o Vice-Presidente da CAL, um dos membros da Segurança Vaticana respondeu às curiosas perguntas dos funcionários explicando que, depois de uma consulta odontológica ao Fundo de Assistência Sanitária (FAS), dentro do Vaticano, o Papa havia manifestado a intenção de visitar a CAL. Não obstante tenha sido informado do complexo protocolo de segurança, o Pontífice usou um argumento irrefutável: “Não se preocupe, estamos nas mãos de Deus”. 

A Comissão

A Pontifícia Comissão para a América Latina foi instituída por Pio XII em 21 de abril de 1958, com a missão de estudar de maneira mais unitária as principais questões da vida católica, a defesa da fé e o incremento da religião na América Latina; favorecer uma maior colaboração entre os Dicastérios da Cúria Romana interessados na solução de tais problemas e ajudar as igrejas daquele continentes e o Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM).

Com o Motu Proprio Decessores Nostri, de 1988, São João Paulo II reestruturou e fortaleceu este Organismo, determinando a sua estrutura, finalidade e atividade.

Com o Motu Proprio, somado à Constituição Apostólica Pastor Bonus, a Comissão tem a missão de aconselhar e ajudar as Igrejas particulares da América Latina, e de estudar, de forma unitária, as problemáticas doutrinais e as questões pastorais que se referem à vida e ao desenvolvimento destas Igrejas, com particular atenção à animação e a promoção da Nova Evangelização.

A Comissão é composta por Conselheiros e Membros escolhidos pelo Papa entre Cardeais e Bispos, sobretudo da Cúria Romana ou da América Latina. O Presidente da Comissão é o Prefeito da Congregação para os Bispos. (JE)

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Dom Ayuso em Al-Azhar: reforçar laços entre cristãos e muçulmanos

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Cairo (RV) - O Secretário do Pontifício Conselho para o Diálogo inter-religioso, Dom Miguel Ángel Ayuso Guixot, visitou a Universidade de Al-Azhar, no Cairo, nesta quarta-feira (13/07), depois do histórico encontro entre o Papa Francisco e o Grão-Imame de Al-Azhar, Ahmad Al-Tayyib, ocorrido em 23 de maio passado.  

Dom Ayuso, acompanhado pelo Núncio Apostólico no Egito, Dom Bruno Musarò, encontrou, esta manhã, o Doutor Kamal Abd al-Salam, membro do Centro para o Diálogo de Al-Azhar, representante do Doutor Mahmoud Hamdi Zakzouk, e o Prof. Mohey El-Din Afifi Ahmed, Secretário do Al-Azhar Islamic Research Complex. A seguir, todos foram recebidos pelo vice do grão-mufti de al-Azhar, Doutor Abbas Shouman, com o qual se realizou “uma reunião profícua”, afirma um comunicado do dicastério vaticano.

O secretário, depois de apresentar as felicitações e as saudações do Papa Francisco, discutiu sobre os termos e modalidades para o próximo encontro que “marca a retomada do diálogo” entre o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso e a Universidade de Al-Azhar.

A reunião, que “se realizou num clima de cordialidade”, afirma o comunicado, “evidenciou a importância de um diálogo sincero e profícuo entre o dicastério vaticano e esta importante instituição sunita, e de uma colaboração que tenha como objetivo o bem da humanidade, que reforce os laços entre cristãos e muçulmanos”. (MJ)

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Santa Cruz do Sul (RS) e Nazaré (PE) têm novos Bispos

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco fez duas transferências de bispos no Brasil. 

Rio Grande do Sul

O Pontífice nomeou Bispo da Diocese de Santa Cruz do Sul (RS), Dom Aloísio Alberto Dilli, O.F.M., transferindo-o da Diocese de Uruguaiana (RS).

Dom Dilli nasceu em 21 de junho de 1948 e é gaúcho natural de Poço das Antas. Emitiu a profissão religiosa como frade menor franciscanos em fevereiro de 1971 e foi ordenado sacerdote em janeiro de 1977. O Papa Bento XVI o nomeou Bispo de Uruguaiana em junho de 2007.

Pernambuco

A Diocese de Nazaré (PE) também tem novo Bispo: Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena, transferindo da Diocese de Guarabira (PB).

Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena nasceu em outubro de 1963, em Jardim do Seridó, no Estado do Rio Grande do Norte. Diocesano de Caicó, foi ordenado sacerdote em julho de 1991. Em maio de 2008 foi nomeado Bispo de Guarabira e, atualmente, é Secretário do Regional Nordeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. 

(bf)

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Igreja no Brasil



Reunião com bispos referenciais da Pastoral da Comunicação antecede Encontro Nacional

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Aparecida (RV) - Os bispos referenciais e coordenadores regionais da Pastoral da Comunicação (Pascom) estão reunidos nesta quarta-feira (13), em Aparecida (SP), para tratar de assuntos relacionados aos projetos da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e partilhar a caminhada pastoral. A reunião antecede o 5º Encontro Nacional da Pascom.

“No ano de 2015, por causa do processo de escolha dos bispos referenciais, não foi possível realizar um encontro nacional. Neste ano, durante a 53ª. Assembleia Geral da CNBB, a Comissão para a Comunicação teve oportunidade de reunir brevemente os bispos referenciais, mas sem a presença dos coordenadores. Portanto, desde 2014, esta é a nossa primeira ocasião de partilha”, diz o arcebispo de Diamantina (MG) e presidente da Comissão Episcopal para a Comunicação, dom Darci José Nicioli. 

A reunião também tem como objetivo fazer os últimos acordos de trabalho para 5º Encontro Nacional da Pascom, que começará na noite desta quinta-feira, 14 de julho, no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, também em Aparecida. Dom Darci considera que a proximidade dos dois eventos vai favorecer a união e o trabalho dos bispos, coordenadores e agentes da Pascom. 

“Esses dois encontros, realizados em sequência, podem nos dar uma grande oportunidade de renovar nossos compromissos da Pascom em todo o Brasil”, afirma o arcebispo, destacando que o tema do Encontro Nacional da Pascom, “Comunicação e Liturgia”,  é de grande importância para o serviço que a Pastoral da Comunicação pode prestar para a Pastoral Litúrgica.

A Pascom está organizada em 15 dos 18 regionais da CNBB e conta, em todos eles, com uma equipe de coordenação. Tendo como missão principal animar os planos de comunicação das dioceses e paróquias, atua em quatro eixos: mobilização, formação, produção de material e espiritualidade do comunicador.

Entre os bispos referenciais está presente e o Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, que foi presidente da então Comissão Episcopal para a Educação, Cultura e Comunicação. A atual comissão tem ainda a participação dos bispos auxiliares de São Paulo (SP), Dom Devair Araújo da Fonseca, e do Rio de Janeiro (RS), Dom Roque Sousa. (SP-CNBB)

 

 

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Movimento de Schoenstatt acolhe em Londrina Encontro Internacional de Famílias

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Londrina (RV) - O Movimento Apostólico de Schoenstatt, fundado pelo Pe. José Kentenich em 1914, contempla três comunidades que juntas formam a Obra das Famílias de Schoenstatt. Movidos pelo Sínodo dos Bispos e pela corrente de reflexões que anima a Igreja, a coluna familiar do Movimento organiza o Congresso Internacional da Obra das Famílias. A proposta é refletir, como tema do evento, sobre “A beleza da vocação matrimonial”.

O encontro realiza-se em Londrina/PR, de 15 a 17 de julho. “Juntos queremos, a partir do carisma do Fundador inserido na Igreja, contemplar a beleza da vocação matrimonial”, afirmam os superiores do Instituto de Famílias no Brasil, José Roberto e Bernadete Nassif. São esperados, para esse Congresso, representantes de toda a Obra das Famílias de Schoenstatt – formada pela Liga Apostólica, União Apostólica e Instituto de Famílias – de vários países. No Brasil, cerca de 2 mil famílias integram as comunidades de Schoenstatt.

Entre os palestrantes está o casal Luis e Pilar Jensen, do Chile, que integrou a comissão para o Sínodo das Famílias a convite do Papa Francisco. Ir. M. Fernanda Balan, que atuou vários anos na Pastoral Familiar junto à CNBB. Também falam o Pe. Ivan Simicic, assistente nacional do Instituto de Famílias de Schoenstatt e Pe. Marcel Mouras, assistente internacional. Outro casal palestrante é Pepo e Patricia Kostner, da Argentina, membros da direção geral do Instituto.

Resgatando uma herança preciosa

Um dos enfoques desse encontro internacional é conhecer mais de perto a vida de Helene e Friedrich Kühr, o primeiro casal a ingressar no Instituto de Famílias, sendo que ele é o co-fundador, junto ao Pe. José Kentenich, da Obra Familiar de Schoenstatt.

Dr. Kühr, diplomata alemão, foi prisioneiro no campo de concentração de Dachau, onde conheceu o Pe. José Kentenich. Ele captou profundamente os ideais e aspirações de Schoenstatt e assim, em 16 de julho de 1942, fez sua consagração e se tornando o primeiro noviço do Instituto.

Helene, por sua vez, viajara ao Brasil para conhecer as terras que haviam comprado em Rolândia/PR. No contexto de guerra, ela não pôde voltar para a Alemanha e ficou separada do marido por dez anos, enquanto ele estava preso. Em 1947, Dr. Kühr consegue viajar ao Brasil para encontrá-la. Eles permanecem juntos, morando em Rolândia, até 1950, quando ele falece.

“O objetivo é realizar um Congresso para a Obra Familiar, vinculando a vida matrimonial com o amor conjugal da família Kühr. Eles são um exemplo para o tempo de hoje; ficaram dez anos separados fisicamente, estiveram numa guerra, tiveram todas as privações e, mesmo assim, mantiveram o amor entre eles, se mantiveram unidos”, diz Diógenes e Paulina Lawand, do Instituto de Famílias. “Hoje nós vivemos grandes desafios na família, principalmente da relação homem-mulher, do amor conjugal. O Papa, com o sínodo, retoma de novo o valor e importância da família. Para nós, os Kühr são uma resposta para o tempo atual. Hoje, por muito menos as pessoas se separam, desistem do casamento, então que possamos tê-los como modelo”.

Momento histórico

Uma das vivências desse Congresso será o translado dos restos mortais da Sra. Helene Kühr para junto do marido, ficando os dois em uma urna, ao lado do Santuário de Schoenstatt em Londrina. Ambos faleceram em lugares distantes, sendo sepultados separadamente. A intenção é que ambos permaneçam juntos, mesmo após a morte, inspirando novas famílias a partir de seu exemplo. “Nós pensamos: os dois viveram a vida com um amor conjugal tão grande, eles não podem ficar separados. Esta é a hora de unirmos o casal. A partir daí teve toda uma corrente de vida em cima desse translado”, conta o casal Lawand.

Acompanhe: A equipe alemã “Schoenstatt TV” vem ao Brasil especialmente para transmitir esse Congresso. É possível acompanhar pelo portal: WWW.schoenstatt-tv.de/PT

Maiores informações

Blog: http://institutodefamiliasdeschoenstatt.blogspot.com.br/

Ou pelo email: congressodefamilias@gmail.com

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Igreja na América Latina



Pastoral da Criança reúne agentes dez países da AL em Curitiba

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Curitiba (RV) - Representantes de dez países da América Latina e do Caribe estão reunidos em Curitiba para fortalecer a Pastoral da Criança em suas nações.

Desde o dia 3 de julho, agentes pastorais, religiosos e profissionais estão recebendo uma capacitação baseada no Guia do Líder da Pastoral da Criança e tendo a oportunidade de acompanhar, na prática, a metodologia de trabalho dos voluntários na capital paranaense e na região metropolitana, no município de Colombo. Essa iniciativa foi batizada de Experiência Vivencial pelo Departamento do CELAM.

“A gente quer expandir a Pastoral da Criança para os países que ainda não têm e, também, fortalecer nos lugares onde já está, mas precisa de mais líderes e mais ajuda”, explica Regina Reinaldin, enfermeira da coordenação nacional e uma das capacitadoras do grupo. Ela destaca ainda que o objetivo principal de todo este esforço é a missão de levar vida plena para todas as crianças.

Diversidade cultural

Os visitantes estrangeiros são oriundos de El Salvador, Bolívia, Nicarágua, México, Haiti, Venezuela, Paraguai, Colômbia, Costa Rica e Honduras. Duas pessoas do Nordeste do Brasil também fazem parte do grupo.

Para encerrar as duas semanas de capacitação, o Presidente do Departamento de Justiça e Solidariedade do Conselho Episcopal Latino Americano (CELAM), Dom Gustavo Rodríguez, preside uma missa no próximo sábado (16/07) no Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba. 

(BF/Pastoral da Criança)

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Bispos da Venezuela: a democracia no país está trincada

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Caracas (RV) - “Os arcebispos e bispos da Venezuela, reunidos em sua 106ª assembleia plenária, querem partilhar com o povo venezuelano as angústias e desejam comunicar a esperança de que encontraremos soluções eficazes a esta crise, reconciliados e através do diálogo.” 

É o que destaca a mensagem final da Conferência Episcopal da Venezuela, publicada nesta terça-feira (12/06), intitulada “O Senhor ama quem busca a justiça” (Pr 15, 9). 

Segundo a Agência Fides, depois de uma breve descrição da realidade social vivida no país, os bispos assinalam algumas urgências. 

“Estamos à beira de uma crise de segurança alimentar e sanitária, com consequências sociais. Diante disso, o crescimento do poder militar é uma ameaça para a tranquilidade e a paz. A violência e a insegurança estão em todo lugar”, ressaltam os bispos, citando a agressão a um grupo de seminaristas perpetrada no último dia 1º. 

O texto evidencia que “a identidade cultural venezuelana diminuiu e até mesmo se perde quando é avaliada somente se ligada ao projeto político prevalente. A democracia na Venezuela está trincada”. 

Todavia, “a crise moral é maior que a crise econômica e política, porque afeta toda a população nas normas de comportamento. A verdade deixa o lugar para a mentira, a transparência para a corrupção, o diálogo para a intolerância e a convivência para a anarquia”. 

Os bispos destacam 3 necessidades prioritárias: 

1. "Existe a prioridade urgente: que o governo permita a entrada de medicamentos no país, visto a sua grave carência. Para a coleta e a distribuição, a Igreja oferece os seus serviços e as infraestruturas da Caritas, como outras formas de cooperação abertas a outros credos e instituições privadas. Este serviço não é a solução definitiva, mas é uma ajuda significativa".

 2. "Existe a necessidade de abrir definitivamente o confim colombiano-venezuelano. Depois de permitir a sua abertura no domingo passado, 10 de julho, foi possível para muitos fiéis obterem alimentos, medicamentos e outros produtos. A passagem de milhares de cidadãos ao país vizinho é a prova da crise".

3. "Aumentam os cidadãos venezuelanos que estão nos cárceres, privados injustamente da liberdade, muitos deles por motivos políticos. A maioria vive em condições desumanas e sem um processo justo. Estas pessoas, sendo inocentes, devem ser colocadas em liberdade, ou pelo menos deveriam ser processadas, conforme estabelecido pelo código de Direito penal", conclui a nota dos bispos da Venezuela. (MJ)

 

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Igreja no Mundo



Abu Mazen condecora Patriarca Twal com a "Medalha de Jerusalém"

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Ramallah (RV) – Prestes a concluir a sua missão à frente do Patriarcado Latino de Jerusalém, o Patriarca emérito Fouad Twal foi condecorado pelo Presidente palestino Abu Mazen com a “Medalha de Jerusalém”.

A cerimônia de entrega da honorificência - realizada na terça-feira na sede presidencial em Ramallah – contou a participação, entre outros, do Conselheiro do Presidente Abu Mazen para as Relações com as Igrejas e as Comunidades cristãs, Dr. Majdi Khaldi, e membros do staff presidencial.

Serviço ao povo palestino

A Medalha – explicam fontes palestinas – foi conferida ao Patriarca em reconhecimento “pela liderança espiritual exercida pelo Patriarca e pelo serviço excepcional por ele oferecido ao povo palestino e à Igreja Católica na Palestina”.

Renúncia por limite de idade

Em 24 de junho, o Papa Francisco acolheu a renúncia apresentada pelo Patriarca Twal por limite de idade. Em seu lugar, como Administrador Apostólico sede vacante, foi nomeado o Padre Pierbattista Pizzaballa OFM.

Em uma entrevista publicada no site do Patriarcado Latino de Jerusalém, o Patriarca Twal falou sobre a herança que deixa nas mãos do novo Administrador Apostólico, observando que entre os pontos de força para o Padre Pizzaballa, “está o fato de ter servido por 12 anos como Custódio da Terra Santa e de ter sido o Vigário do Patriarca Latino para a comunidade cristã de língua hebraica”.

O Patriarca reconhece que a estes elementos positivos se soma “o problema da língua árabe, da mentalidade oriental e de toda a atividade pastoral (...). Será certamente mais fácil para ele – afirmou Twal - colocar remédio nas fraquezas da administração do que administrar o cuidado pastoral dos fieis árabes. Mas também é verdade que os fieis estrangeiros do Patriarcado Latino agora são mais numerosos do que os cristãos árabes locais”. (JE/Fides)

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Mais de 150 mil refugiados devem a vida a um sacerdote católico

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Roma (RV) – Um sacerdote católico, Padre Mussie Zerai, já salvou mais de 150 mil refugiados. Como? A qualquer hora do dia ou da noite, o sacerdote eritreu responde aos pedidos de ajuda vindos do Mar Mediterrâneo. Imediatamente ele avisa os grupos de salvamento marítimo para que os resgates. O número de telefone deste sacerdote está gravado nas paredes de uma prisão da Líbia, onde muitos imigrantes da Eritreia vão parar após entrar de maneira ilegal neste país. 

A história começou de forma inesperada em 2003. “Um jornalista me pediu ajuda para fazer a tradução para alguns refugiados que estavam dentro daquela prisão. Um deles ficou com o número do meu telefone e escreveu na parede”, disse Pe. Zerai.

“Quando saíram da Líbia e pegaram um barco para chegar à costa europeia, viram que iam naufragar. Ligaram para mim, porque era o único telefone que tinham e no qual poderiam falar em seu idioma. Liguei correndo para o resgate marítimo e para a guarda costeira”, explica.

Desde então, Pe. Zerai afirma que ele e outros voluntários puderam ajudar mais de 150 mil pessoas que arriscaram a travessia da África à Europa. O último grupo que ajudou foi há apenas alguns dias.

“Foram aproximadamente 260 pessoas que estavam em duas barcaças. Estavam com medo, iam naufragar. Finalmente, salvaram suas vidas”, diz ele.

Sobrecarregado pelo imenso número de ligações que recebia, Pe. Zerai organizou o centro de ajuda telefônica ‘Assitência Mediterrânea’, no qual voluntários atendem às chamadas que recebem de qualquer lugar do mundo, 24 horas por dia.

No entanto, além da ajuda aos refugiados que arriscam suas vidas no Mar Mediterrâneo, Pe. Mussie Zerai faz a sua parte em qualquer causa pela qual vale a pena lutar. Por isso, criou a Agência Habeshia para a Cooperação e o Desenvolvimento, onde organiza diversas iniciativas lideradas pelo sacerdote.

Atualmente Pe. Zerai é responsável pelo cuidado pastoral dos católicos eritreus que estão na Europa. (SP)

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Comissão católico-ortodoxa faz releitura da vida do Beato Stepinac

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Cidade do Vaticano (RV) – Realizou-se no Vaticano nesta terça e quarta-feira a primeira reunião da Comissão mista de especialistas croatas e sérvios, “encarregada de fazer uma releitura em comum da vida do Beato Cardeal Alojzije Stepinac, antes, durante e após a II Guerra Mundial”.

É o que informa um comunicado que explica como tal Comissão tenha sido “criada por iniciativa do Santo Padre, após vários encontros e consultas entre representantes da Santa Sé, da igreja Ortodoxa da Sérvia e da Conferência Episcopal croata para responder à necessidade de esclarecer algumas questões da história”.

Trabalho histórico-científico não interfere no processo de canonização

O Cardeal Stepinac, Arcebispo de Zagabria a partir de 1937, viveu inicialmente o período da II Guerra Mundial e depois, em 1946, sob o regime comunista de Tito, foi preso, processado e condenado. Morreu em prisão domiciliar em 1960. A Igreja Católica sempre se empenhou em reconhecer no Cardeal Stepinac o perfil de um pastor santo. Foi beatificado por João Paulo II em 1998. A notícia da beatificação, porém, foi acolhida com alguma perplexidade e oposição no mundo sérvio.

“A Comissão - presidida pelo Padre Bernard Ardura, Presidente do Pontifício Comitê de Ciências Histórica – foi encarregada de desenvolver um trabalho científico, seguindo a metodologia das ciências históricas, baseada na documentação disponível e na sua contextualização”.

O comunicado explica que esta não interferirá no processo de canonização do Beatro Cardeal Alojzije Stepinac, “que é de estreita competência da Santa Sé”. Prevê-se, outrossim, uma série de encontros que deverão concluir-se no arco de 12 meses. A próxima reunião terá lugar em Zagabria nos dias 17 e 18 de outubro.

Alguns testemunhos

Durante a sua vida, o Cardeal Stepinac se ocupava em salvar vidas, como testemunha, entre outros, um documento divulgado internamente na Igreja. No texto, lê-se que o purpurado convidava os sacerdotes a acolher, sem pedir-lhes nenhuma particular instrução religiosa, as pessoas de religião hebraica ou de confissão ortodoxa em perigo de morte e intencionadas a converterem-se ao catolicismo, para salvar sua vida.

“O compromisso e o dever do cristão é em primeiro lugar o de salvar a vida dos homens. Quando tiver passado este tempo de loucura – escrevia – permanecerão na nossa Igreja aqueles que tiverem se convertido por convicção, enquanto os outros, passado o perigo, retornarão à sua fé”.

Stepinac no pensamento dos Papas Francisco e Bento XVI

Em 7 de abril passado, no colóquio com o Papa Francisco, o Premier croata Tihomir Orešković deteve-se sobre a importância da figura do Beato Stepinac para os fieis croatas. O purpurado foi uma figura cara também para Bento XVI. Em 2011, por ocasião de uma viagem à Croácia, Ratzinger falou do papel do Cardeal Stepinac na luta contra todo e qualquer totalitarismo: “Soube resistir – afirmou – a todo totalitarismo, tornando-se no tempo da ditadura nazista e fascista defensor dos judeus, dos ortodoxos e de todos os perseguidos, e depois, no período do comunismo, “advogado” de seus fiéis, especialmente dos tantos sacerdotes perseguidos e mortos”.

Beatificado por João Paulo II

Quando o beatificou em 1998, João Paulo II explicou que o beato Stepinac não derramou sangue no sentido estreito da palavra. “A sua morte foi provocada pelos longos sofrimentos: os últimos 15 anos da sua vida foram um contínuo suceder de perseguições, em meio às quais expôs com coragem a própria vida para testemunhar o Evangelho e a unidade da Igreja”.

João Paulo II sublinhou, além disto, como na pessoa do novo Beato sintetiza-se, por assim dizer, “toda a tragédia que se abateu sobre as populações croatas e da Europa durante este século marcado pelos três grandes males do fascismo, do nazismo e do comunismo”. (JE/DD)

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Custódia da Terra Santa confirma Frei Dobromir como Vigário

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Jerusalém (RV) – Reunidos em Capítulo, os franciscanos da Custódia da Terra Santa, elegeram em 12 de julho o novo Vigário da Custódia. Trata-se do Frei Dobromir Jasztal, que foi renovado no cargo que exerce desde 2013.

O Vigário, braço direito do Custódio da Terra Santa, é de direito membro da Cúria, isto é, do Governo da Custódia.

Com a sua eleição, se seguirá a dos Discretos da Terra Santa.

Frei Dobromir Jasztal

De nacionalidade polonesa, Frei Dobromir nasceu em 1966. Entrou na Província da Ascensão da Bem-aventurada Virgem (Polônia) em 1982; emitiu a profissão solene em 1989 e foi ordenado sacerdote em 1992. No mesmo ano iniciou o serviço na Custódia da Terra Santa.

Frei Dobromir é Professor de Direito Canônico do Studium Theologicum no Convento de São Salvador em Jerusalém. Ecônomo de 2007 a 2010, sucessivamente foi Guardião de São João em Ain Karem.
 (JE)

 

 

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Igrejas alemãs contra o aumento na exportação de armas pelo país

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Berlim (RV) – A aprovação pelo governo alemão do relatório 2015 sobre exportações de armamentos apresentou a oportunidade para as Igrejas do país de exigir uma legislação mais severa na matéria. De fato, a venda de equipamentos de guerra por parte da Alemanha praticamente dobrou em um ano.

À luz das novas autorizações - que permitem exportação de armas também para as chamadas “regiões de conflito” - as Igrejas Protestantes e Católica sublinharam a urgência na mudança de rota.

"A necessidade de uma lei mais precisa - observa Martin Dutzmann, delegado da Igreja Evangélica na Alemanha (EKD) junto ao Bundestag e ao governo - já havia sido acenada em fevereiro passado também pelo Ministro da Economia, Sigmar Gabriel; por exemplo, deveria ser possível anular os pedidos, uma vez verificado que o comprador não respeita os direitos humanos ou tem intenções que possam tornar-se perigosas para a segurança pública. Não podemos permanecer em silêncio diante de tão poucas certezas”.

Por parte dos católicos, o Bispo Dom Karl Justen usou palavras semelhantes, divulgadas por meio de um comunicado da GKKE, uma Comissão Inter-religiosa protestante e católica que se ocupa do desenvolvimento.

Nas 132 páginas do documento, aprovado na última quarta-feira pelo Governo alemão, lê-se que armas e equipamentos renderam 7,9 bilhões de euros, em comparação com  os 4 bilhões em 2014, ou seja um aumento enorme.

Somente as entregas ao Catar chegaram ao montante de 1,6 bilhões de euros, o que levantou fortes críticas das Igrejas: "O Catar está envolvido no conflito iemenita, em uma área geográfica no centro da violência e dos conflitos, e nós nos tornamos então cúmplices de obscuras tramas e violências que estamos cansados de saber”.

41% das vendas de  2015 foram direcionadas a países da União Europeia e da OTAN, enquanto 59% foram direcionadas para outros países.

Por outro lado, a exportação de armas de baixo calibre decresceu em um terço no valor total, “mas isto é devido em parte, também ao fato de que a Alemanha concedeu licenças, por exemplo, à Arábia Saudita, para que possa produzir as armas que lhe são necessárias dentro das próprias fronteiras”, conclui Martin Dutzmann. (JE)

 

 

 

 

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Formação



LG: A centralidade da pessoa de Cristo na Igreja

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Cidade do Vaticano (RV) – No nosso espaço Memória Histórica, 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos continuar a tratar na edição de hoje da Constituição dogmática Lumen Gentium

No programa de hoje damos continuidade ao estudo desta Constituição dogmática, que refletindo basicamente sobre a constituição e a natureza da Igreja, reafirmou várias verdades eclesiológicas. O Padre Gerson Schmidt nos propõe, nesta etapa de nosso percurso, a importância em se colocar novamente em primeiro lugar a dimensão cristológica da eclesiologia do Concílio:

"Aqui refletimos que o pregador da Casa Pontifícia, Raniero Cantalamessa, no Advento do ano passado fez grandes e ricas reflexões sobre a Lumen Gentium. Cantalamessa afirmou que é preciso resgatar não simplesmente a Eclesiologia do Concilio Vaticano II, que sabemos é uma Eclesiologia de comunhão. Raniero fala de uma Eclesiologia Cristológica. Disse ele assim: “Aquela frase inicial – Cristo Luz dos Povos - contém a chave para interpretar toda a eclesiologia do Vaticano II. Essa é uma eclesiologia cristológica, e, portanto, espiritual e mística, antes que social e institucional. Não se trata, no entanto, de uma relação entre antes e depois, entre mais e menos; mas sim de uma relação semelhante à que existe entre o corpo e a alma que lhe dá vida. Ambos são inseparáveis e necessários um para o outro. É necessário colocar novamente em primeiro lugar esta dimensão cristológica da eclesiologia do Concílio, também em vista de uma evangelização mais eficaz. De fato, não se aceita a Cristo por amor a Igreja, mas aceita-se a Igreja por amor a Cristo. Até mesmo uma Igreja desfigurada pelo pecado de muitos de seus representantes”.

Quero destacar aqui novamente essa frase importante de Cantalamessa: “De fato, não se aceita a Cristo por amor a Igreja, mas aceita-se a Igreja por amor a Cristo”. Por isso, a Eclesiologia do Concilio Vaticano II só se entende melhor dentro da Cristologia. Cristo quem instituiu a Igreja. Só mergulhamos plenamente no mistério da Igreja, mergulhando o mistério de Cristo que quis construir, fundar, edificar uma Igreja concreta, com apóstolos, colocando Pedro como chefe do rebanho. Por essa Igreja, Cristo se entregou na cruz, morreu por ela. Por isso, vale aqui a máxima de São Cipriano, que afirmou: “Ninguém pode ter Deus por Pai, se não tiver a Igreja como mãe”.

É necessário nós resgatarmos esse encontro do fiel paroquiano com a pessoa de Cristo. Quantas vezes nós exigimos de pessoas que participam esporadicamente de nossas comunidades paroquiais um compromisso de engajamento. E no entanto, a maioria dessas pessoas, que participam pouco, não tiveram um verdadeiro encontro com Cristo Ressuscitado dos mortos. Exigimos, exigimos, exigimos um compromisso efetivo das pessoas por meio de inúmeras exigências. Como se a fé fosse um engajamento numa luta, num esforço de manter uma paróquia viva e dinâmica a qualquer custo. Absolutamente. A fé é um dom. Precisamos ressuscitar os paroquianos, antes de exigir uma participação maior , mais efetiva. É necessário primeiro um encontro verdadeiramente pessoal e radical com Jesus de Nazaré. Pensemos nessa frase de Cantalamessa: “Não se aceita a Cristo por amor a Igreja, mas aceita-se a Igreja por amor a Cristo”. Cristo precisa ser anunciado, proclamado, amado primeiramente, para depois haver um seguimento efetivo e concreto na sua Igreja".

 

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"A coragem de sermos nós mesmos"

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Cidade do Vaticano (RV) – “Quando Jesus passa sempre há libertação, sempre há salvação! E se estendermos a mão a Ele e atendermos ao seu convite, seremos melhores. Todos nós somos mendicantes, passamos de mendigos a discípulos”.

Refletindo em uma recente catequese sobre a cura do cego de Jericó, Francisco reafirmou que Jesus derrama a sua misericórdia sobre todos os que encontra: os chama, os reúne, os cura e os ilumina, criando um novo povo que celebra as maravilhas do seu amor misericordioso.

Mas é importante que tenhamos a coragem de sermos nós mesmos, de confiar em Deus, sem ter medo de ser rejeitados por sermos pecadores. É o que ressalta o Padre Fábio de Freitas Guimarães, oficial da Congregação para o Clero, no Vaticano.

Ouça aqui: 

(CM)

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O Jubileu da Misericórdia nos Emirados Árabes Unidos

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Dubai (*RV) - Em cada país ou região do mundo, as celebrações e atividades ligadas ao Ano Jubilar da Misericórdia têm características próprias. Em alguns países ainda existe a religião de Estado, mas as outras religiões têm plena liberdade de organizar-se e realizar suas atividades religiosas e sociais.

Existem outros cuja religião é uma só, sendo as demais proibidas. Não é permitida a construção de lugares de culto, ficando a prática religiosa confinada às residências e, mesmo assim, deve-se ter muito cuidado para que algum vizinho não denuncie às autoridades. Depois existem Estados totalmente laicos nos quais cada religião cria sua estrutura física e humana ligada às suas características próprias, bastando os alvarás de praxe.

Nos Emirados Árabes Unidos e nos demais países do GCC (Gulf Cooperation Council), exceto a Arábia Saudita, ao mesmo tempo em que têm o Islã como única religião que inspira as leis e instituições, adotou-se certa flexibilidade, ou melhor, tolerância a respeito das outras religiões.

As famílias que regem os Emirados Árabes, generosamente, destinaram áreas de deserto para que nelas as denominações cristãs e as religiões construíssem, lado a lado, suas igrejas e templos, pouco salientes e visíveis. Ritos, cerimônias, programas de formação só podem ser oferecidos dentro do complexo das instituições religiosas.  

Católicos nos Emirados

São oito Igrejas Católicas em todo país, insuficientes para acolher aproximadamente 1 milhão de fiéis.  Algumas têm suas dependências sempre superlotadas, exigindo esquemas próprios para direcionar a multidão que sai de uma celebração litúrgica e orientar aquela que chega.

No Vicariato do Sul da Arábia, o Bispo Dom Paul Hinder deu início, oficialmente, ao Jubileu do Ano da Misericórdia no dia 8 de dezembro de 2015, abrindo a porta principal da Catedral São José, em Abu Dhabi, simbolizando a entrada ao “trono da graça”, inspirando-se na carta aos Hebreus: “Portanto, aproximemo-nos do trono da graça com plena confiança, a fim de alcançarmos misericórdia, encontrarmos graça e sermos ajudados no momento oportuno” (Hebreus, 4,16).

Para que o maior número possível de pessoas possa atravessar a soleira da Porta Santa, cada igreja do vicariato declarou “santa” uma das portas, no dia e horário em que a porta da catedral estava sendo aberta pelo bispo local. Por ela, os fiéis aproximar-se-ão confiantemente do “trono da graça” para fazer oração pessoal, buscar o Sacramento da Reconciliação e celebrar a Eucaristia.

Nas pregações, os fiéis são lembrados de que precisamos derrubar os muros que nos impedem de chegar a Deus e aos outros. A primeira porta a ser aberta, durante o Ano da Misericórdia, é aquela dos corações, seguida das portas das casas e igrejas.

Pelo fato de a população católica provir de muitos países, as portas das igrejas no Sul da Arábia devem estar abertas para acolher a todos os expatriados com sua forma de celebrar e sua cultura.  A “Porta Santa” foi declarada para que por ela possam passar todas as pessoas que desejam aproximar-se de Deus, encontrando uma comunidade que as acolhe de braços abertos.

A partir das Sagradas Escrituras, as pregações versam sobre o exercício da misericórdia, convidando a dar testemunho cristão, na sociedade do país, conscientes de que o exemplo é o único meio eficaz de evangelização num país islâmico.

“Um pouco de misericórdia torna o mundo menos frio e mais justo” (Papa Francisco).

*Missionário Pe. Olmes Milani CS.
Dubai – Emirados Árabes Unidos.

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Atualidades



Santa Sé: só a diplomacia não trará paz a Israel e Palestina

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Nova Iorque (RV) – Após denunciar que as negociações de Paz entre Israel e Palestina correm o risco de fracassar, e reiterar que a Santa Sé apoia a solução de Dois Estados, o Observador Permanente do vaticano na ONU em Nova Iorque, Arcebispo Bernardito Auza, afirmou que é preciso que as religiões e os fiéis tenham consciência de seu papel no processo de paz, sem resultado há 50 anos. 

“Décadas de negociações fracassaram para a criação do Estado da Palestina. O tempo há muito se esgotou para colocar um fim ao conflito, que se tornou cada vez mais inaceitável e se torna cada vez mais intratável”, denunciou o arcebispo em um debate no Conselho de Segurança sobre a situação no Oriente Médio, na terça-feira (12/07).

“A paz duradoura vai permanecer um sonho distante e a segurança permanecerá uma ilusão se Israel e Palestina não concordarem em existir lado a lado, reconciliados e soberanos, com fronteiras mutuamente concordadas e internacionalmente reconhecidas”, advertiu Dom Auza, para então exortar o Conselho de Segurança:

“Permitamos que os Dois Estados sejam criados agora, pela causa dos israelenses e palestinos que, no fundo de seus corações, desejam nada mais que a paz e a segurança”.

Além da diplomacia

O Observador afirmou ainda que a paz não depende somente de negociações formais solenes e condenou aqueles que perpetram a violência em nome de Deus.

“Quanto mais a religião é manipulada para justificar atos de terror e violência, mais os líderes religiosos devem se engajar na luta para derrotar a violência que tenta sequestrá-la para propósitos antiéticos à sua natureza”, afirmou.

Neste ponto, Dom Auza precisou:

“Religiões e fiéis, em particular, devem provar o valor de seu papel fundamental no processo de pacificação da região. Ambos devem colocar fim a qualquer forma de ódio mútuo que poderia dar credibilidade a um ‘choque de civilizações’”.

O Arcebispo recordou que o Oriente Médio, por ser o lugar de nascimento das três principais religiões monoteístas, é também um solo fértil para uma outra diplomacia.

“O fervor religioso apócrifo deve ser combatido pela autêntica instrução religiosa e pelo exemplo de verdadeiras comunidades de fé. Somente assim, aquela ‘diplomacia informal’ baseada na fé poderá frutuosamente complementar a diplomacia formal dos Estados”, concluiu o Observador.

(RB)

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Misericórdia e pastorais sociais: qual a relação?

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Cidade do Vaticano (RV) – A edição desta quarta-feira (13/07) do “Porta Aberta no Ano da Misericórdia” é inteiramente dedicada às pastorais sociais.

A agenda pública do Papa Francisco foi reduzida neste mês de julho, mas o ritmo de peregrinações continua intenso aqui no Vaticano e em Roma por ocasião do Jubileu da Misericórdia.

Nos últimos dias, passou pela Cidade Eterna um grupo de peregrinos na Diocese de Ipameri (GO), guiado pelo seu Bispo, Dom Guilherme Werlang. Dom Guilherme é também o Bispo responsável pela Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz da CNBB. Nesta longa entrevista concedida ao Programa Brasileiro, Dom Guilherme fala da relação profunda entre misericórdia e pastorais sociais, recorda o encontro um ano atrás do Papa com os movimentos na Bolívia e comenta o atual panorama político brasileiro.

O “Porta Aberta” vai ao ar às quartas-feiras, às 17h - hora local (12 horário de Brasília) e pode ser ouvido on demand no link acima.

(bf)

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16 mil jovens alemães prontos para a JMJ em Cracóvia

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Berlim (RV) – Serão cerca de 16 mil os jovens alemães que participarão da próxima Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia. Muitos deles estarão na Polônia já a partir de 20 de julho, hóspedes em 41 dioceses polonesas.

Os jovens alemães estarão acompanhados por 29 bispos, entre os quais os Cardeais de Munique-Frisinga e Presidente da Conferência Episcopal alemã, Reinhard Marx, e de Colônia, Rainer Maria Woelki.

Todos os peregrinos alemães estarão juntos na quarta-feira, 27 de julho, no Santuário da Divina Misericórdia em Cracóvia-Lagiewniki, para a Vigília do Peregrino, com as Vésperas presididas pelo Bispo de Speyer, Dom Karl-Heinz Wiesemann, Presidente da Comissão Juventude da Conferência Episcopal alemã.

“O Papa Francisco colocou a mensagem da misericórdia que é a marca deste ano, no centro da JMJ”, disse Dom Wiesemann na mensagem aos jovens peregrinos alemães. “Espero que no final se revele como um forte ímpeto de otimismo e de renovação”.

O prelado está ansioso para encontrar os jovens nos momentos de oração comum: “Quando tantos jovens num mesmo momento estão completamente em silêncio, cria-se uma maravilhosa sensação de comunhão na fé e nenhuma palavra é mais necessária, não grandes gestos, mas somente a contemplação de Deus e a sua misericórdia”.

Os jovens alemães estarão em meio a outros um milhão e meio de jovens peregrinos de todo o mundo, a convite do Papa Francisco. (JE/Sir)

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