Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
RedaÇão +390669883895 e-mail: brasil@vatiradio.va

Sumario del 15/07/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa em oração pelas vítimas do atentado em Nice

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, declarou que o Papa está acompanhando com apreensão e em oração as notícias do massacre em Nice, na França. 

“Acompanhamos esta noite, com grandíssima preocupação, as terríveis notícias que chegavam de Nice. Manifestamos, portanto, por parte do Papa Francisco e nossa toda a solidariedade aos sofrimentos das vítimas e de todo o povo francês, naquele que deveria ser um grande dia de festa. Condenamos de maneira mais absoluta toda manifestação de insensatez homicida, de ódio, de terrorismo e de ataque contra a paz”, afirmou Pe. Lombardi.

​Em telegrama enviado esta sexta-feira (15/07) ao Bispo de Nice, Dom André Marceau, o Pontífice condena a violência cega que mais uma vez atingiu a França, matando  inclusive crianças. O Papa expressa sua profunda tristeza e sua proximidade espiritual ao povo francês, confiando à misericórdia de Deus os que perderam suas vidas. Francisco manifesta ainda sua solidariedade às famílias em luto, aos feridos e a todos os que prestaram socorros. O telegrama foi assinado pelo Secretário de Estado, Card. Pietro Parolin.

No Twitter, o Pontífice pediu a conversão dos criminosos com esta mensagem: "Rezo pelas vítimas do atentado em Nice e seus familiares. Peço a Deus que converta o coração dos violentos, obcecados pelo ódio".

No Instragram, Francisco expressa sua “proximidade aos familiares das vítimas e dos feridos dos atentados terroristas. Rezemos juntos por eles, pelos defuntos e pedimos ao Senhor para converter o coração dos violentos, cegos pelo ódio”. 

Um ataque com um caminhão na cidade de Nice, no sul do país, matou pelo menos 84 pessoas, entre as quais muitas crianças. Há mais de 100 feridos. A avenida à beira-mar estava lotada de franceses e turistas que comemoravam o feriado nacional, a Tomada da Bastilha. O atentado ocorreu logo após a queima de fogos, por volta das 22h30 - hora local. O motorista do caminhão percorreu 2 quilômetros atropelando as pessoas. Documentos dentro do veículo pertencem a um franco-tunisiano de 31 anos, também foram apreendidos fuzis e granadas. O motorista foi morto por dois policiais.

Os líderes políticos mundiais como Barack Obama, Angela Markel e Vladimir Putin já se manifestaram para condenar o ataque e expressar solidariedade aos franceses.

inizio pagina

Igreja no Brasil



CNBB: Publicação sobre direitos dos pescadores

◊  

Brasília (RV) - O Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), pastoral social ligada à Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), lançou na quarta-feira, 13, o relatório “Conflitos Socioambientais e Violações de Direitos Humanos em Comunidades Tradicionais Pesqueiras no Brasil”. O lançamento ocorreu na sede da Conferência, em Brasília,  e reuniu representantes do CPP, membros de outras pastorais sociais e pescadores ameaçados por conflitos. 

Na abertura do evento, o assessor da Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz da CNBB, frei Olavio Dotto, destacou a importância do relatório que, de acordo com ele, busca dar visibilidade aos problemas enfrentados pelas comunidades pesqueiras do Brasil. “Este relatório é importante porque dá visibilidade e denuncia os casos de violações aos direitos humanos sociais, ambientais e culturais, bem como as lutas em defesa dos territórios das comunidades pesqueiras", disse.

A publicação traz uma coletânea de informações sobre a violência sofrida pelas comunidades de pescadores e pescadoras artesanais que vivem em águas continentais e ao longo do litoral brasileiro. Nela são abordados os agentes causadores dos conflitos e suas vítimas. Um dos objetivos do relatório, além de dar destaque à análise desses conflitos, é também dar visibilidade às estratégias organizadas pelas comunidades para validar seus direitos sobre os territórios pesqueiros.

“Nesse período em que a gente vive falar de direitos humanos é um pouco complicado, porque estamos vendo que os direitos estão sendo violados todos os dias. No fundo o que nós temos é uma luta sendo travada pelas comunidades tradicionais com todo esse sistema político e ideológico do monopólio da terra, do agronegócio”, criticou o frei.

Além de mostrar a luta permanente pela efetivação dos direitos das comunidades pesqueiras, a publicação também contém informações sobre as ações de enfrentamento realizadas pelos pescadores, grupos de apoiadores e parceiros dessas comunidades. 

“Poder disponibilizar esses conflitos e a situação em que vivem as comunidades pesqueiras e mostrar isso para a sociedade, para que as pessoas tomem consciência disso é muito significativo”, concluiu o assessor. 

Experiências

Ainda durante o lançamento, Clóvis Amorim, pescador e líder comunitário que vive na Comunidade Cajueiro Vila Maranhão, no interior de São Luís (MA), contou um pouco da sua experiência, que também consta no relatório. De acordo com ele, há uma empresa em São Luís que tenta eliminar a Comunidade Cajueiro, com o objetivo de construir um terminal portuário.

Além de ameaçar a comunidade, o porto destruiria cerca de 20 hectares de mangues (dados constam no relatório). Fora isso, também comprometeria mananciais de água potável, provocando fortes impactos ambientais.  “A gente tem a infelicidade de estar ao lado de um grupo que possui um grande empreendimento no Maranhão, o nosso povo tem que resistir!”, clamou o pescador.

Assim como a história do Clovis, o relatório também reúne dados sobre os principais conflitos ambientais que envolvem as comunidades tradicionais pesqueiras em 14 estados brasileiros.

(MJ/CNBB)

inizio pagina

Laudato si - Francisco e a Irmã Neve

◊  

Capítulo 12

IRMÃ NEVE 

FRANCISCO Irmãs e irmãos, os saúdo com a benção e a paz do bom Deus!  Sou Francisco de Assis... Ah, por fim cheguei. Durante um bom tempo a lombo de burro e outro tanto escala que escala, estou quase no cume do Huayna Potosí, na Bolívia. Que vista tão linda daqui desta altura! E que frio tão espantoso!... Te saúdo, irmã Neve.

NEVE Uma muito calorosa boa-vinda a nossa fria casa, Irmão Francisco. Te aguardava.

FRANCISCO Como? Sabia que viria?

NEVE Meu primo o Gelo me disse que você anda percorrendo o mundo… E como é tão famoso o que disseste de mim, da neve, pensei que…

FRANCISCO Me falha a memória. Recorda-me o que eu disse.

NEVE Você disse a Frei Leon que “a perfeita alegria” era que te desprezaram e depois te empurraram e te jogaram na neve. Você queria “sofrer por Deus”.

FRANCISCO Eu disse isso?... Pois fui muito veemente e exaltado... Agora já entendi que Deus não quer o sofrimento e que a “perfeita alegria” consiste em lutar por um mundo justo onde não sobre para ninguém para que a ninguém lhe falte...

NEVE  Como você mudou, Francisco!

FRANCISCO Esquece, já não venho jogar-me na neve, venho te ouvir. Como vai? Conte-me…

NEVE Vou muito mal, Francisco. Estou agonizando.

FRANCISCO Não pode ser, te vejo tão radiante…

NEVE Se soubesse de todas as montanhas que estão perto, as do Peru, as da Colômbia, as do Chile, todas as geleiras te diriam o mesmo. Estamos em agonia.

FRANCISCO Como é isso, irmã Neve?

NEVE Veja, Francisco, nós as neves podemos viver milhões de anos tranquilas, alimentando em silêncio os mananciais e enchendo o mundo de água cristalina quando a temperatura aumenta…

FRANCISCO Assim era em Assis. Chegava a primavera e os rios e os riachos transbordavam com a água que nos brindava, irmã Neve.

NEVE  Assim foi sempre, Francisco. Os cumes nevados somos generosos, somos a cabeça da anciã mãe Terra, sua cabeça branca e sábia…

FRANCISCO E agora?

NEVE Agora vamos morrer. Mas não de velhas, não de morte de idade avançada, mas de morte matada.  

FRANCISCO Acredito em você, mas te vejo tão abundante ainda…

NEVE  Percebe-se que você nunca tinha subido tão alto. Há muito pouco minha brancura chegava até lá longe… Seus olhos se perdiam contemplando-a. E agora, olha no que me tornei. Estou derretendo, Francisco, pouco a pouco me acabo… Em alguns anos já não me verá. Diga-me, Francisco, você tem filhos?

FRANCISCO Não, eu não tive...

NEVE Pois talvez os filhos das filhas de quem está nos ouvindo, nunca verão neve nas montanhas... Olha, veja aqueles que sobem por ali...

MONTANHISTA 1 Ei, fradinho, o que faz você aí tão solitário e tremendo? Venha conosco, temos chocolate quente.

FRANCISCO Depois, depois... agora estou conversando.

MONTANHISTA 1 Com quem você está conversando se está mais só que um órfão?

FRANCISCO Com Deus, converso com Deus.

MONTANHISTA 2 Deixa, ele está louco. Ao menos, não morrerá de frio, parece bem abrigado com essa túnica escura que veste...

NEVE São escaladores que sempre vêm me visitar. Cada vez chegam mais cedo ao cume porque cada vez há menos neve nas ladeiras.

FRANCISCO  Irmã Neve, também você me dirá que o responsável de tua agonia é a mudança climática?

NEVE     Sim, Francisco, tenho que repetir. É o aquecimento do mundo o que enlouquece o clima.

FRANCISCO O mar me disse que com o calor subia de nível, a chuva me disse que com o calor andava descontrolada, o ar que o estavam envenenando…

NEVE     E esse calor, além de derreter-nos, nos suja. Desde as montanhas nevadas do Himalaya até o Illimani, que é mais alto que este Huayna Potosí, desde as geleiras do norte até as do sul, verá neve escura. 

FRANCISCO Neve escura, você disse?

NEVE     Sim, quando o clima não está doente, nós, as neves, somos brancas branquíssimas, mas com estas mudanças estamos escurecendo, e assim já não podemos cumprir com a tarefa que devemos à Mãe Terra.

FRANCISCO E qual é essa tarefa, irmã Neve?

NEVE Refrescá-la. Você sabe, a roupa escura, como essa que você usa, esquenta, absorve os raios do Sol. A roupa branca refresca, reflete esses raios.

FRANCISCO E de onde vem a sujeira que cai em cima de você?

NEVE Da fuligem dos incêndios, do pó negro que sai dos motores... Estou ficando como um espelho sujo, embaçado. Já não consigo refletir bem a luz do Sol. E então, derreto antes. Calor que chama mais calor.

CIENTISTA Nos últimos 40 anos, as geleiras andinas foram reduzidas à metade. Em poucos anos mais as da Bolívia terão desaparecido e o lago Titicaca ficará sem água. No Peru, as geleiras abaixo dos cinco mil metros de altitude já desapareceram. Equador, Peru e Bolívia dependem dessas fontes de água. Até o rio Amazonas, o maior do mundo, nasce nessas geleiras.

FRANCISCO Era feroz e cruel aquele lobo que consegui deter em Gubbio… Quem poderá deter esta calamidade?

NEVE Para detê-la, Francisco de Assis, você tem que pregar que o mundo não se esquentou assim do nada.

FRANCISCO Nem também porque Deus quer castigar-nos.

NEVE Há responsáveis, Francisco.

FRANCISCO E já os conheço. São os empresários do petróleo, os políticos que o permitem e os banqueiros que o financiam.

NEVE São os que adoram ao deus dinheiro e não querem renunciar a nada.

FRANCISCO Mas, diga-me, irmã Neve, que mundo eles querem deixar às gerações seguintes, a tantos jovens que estão crescendo?       

Diz o Papa Francisco em sua encíclica Laudato Si, Louvado Sejas:

Os glaciares são pulmões do planeta repletos de biodiversidade... O ambiente natural está cheio de chagas causadas pelo nosso comportamento irresponsável; o próprio ambiente social tem as suas chagas... A deterioração do meio ambiente e a da sociedade afetam de modo os mais frágeis do planeta. Tanto a experiência comum da vida quotidiana como a investigação científica demonstram que os efeitos mais graves de todas as agressões ambientais recaem sobre as pessoas mais pobres. (Laudato Si 38, 6, 48)

E disse o Papa Francisco no Encontro com os Movimentos Populares na Bolívia:

A casa comum de todos nós está sendo saqueada, devastada, humilhada impunemente. A covardia em sua defesa é um pecado grave. Vemos com decepção crescente como se sucedem, uma após outra, cumes internacionais sem nenhum resultado importante. Os povos e seus movimentos estão chamados a clamar, a mobilizar-se, a exigir – pacífica, mas tenazmente – a adoção urgente de medidas apropriadas. Eu lhes peço, em nome de Deus, que defendam a Mãe Terra.

PERGUNTAS PARA O DEBATE

1- No teu país as geleiras estão derretendo? Que consequências isso provoca?

2- Como você explicaria a outra pessoa o grave problema da neve escura?

3- A Deus agrada os sacrifícios, os jejuns? Que pede Deus a nós, seres humanos?

inizio pagina

Igreja na América Latina



EUA: Igreja pede que liberdade religiosa seja protegida

◊  

Washington (RV) — O Presidente da Subcomissão Episcopal para a Promoção e a Defesa do Casamento dos Estados Unidos, Arcebispo Salvatore J. Cordileone, e o Presidente do Comitê para a Liberdade Religiosa, Arcebispo William E. Lori, pediram a aprovação da Primeira Alteração do Ato de Defesa, que é a primeira emenda da constituição que garante a imparcialidade da lei em relação à religião e à liberdade religiosa. E proíbe o Congresso de fazer leis para o reconhecimento oficial de qualquer religião em detrimento de outras.

Em 14 de julho, a Câmera de Supervisão e o Comitê da Reforma Governamental realizaram uma audiência sobre a Primeira Alteração do Ato de Defesa (FADA – sigla em inglês).  A Conferência da Subcomissão Episcopal para a Promoção e a Defesa do Casamento dos Estados Unidos tem expressado o seu apoio a esta legislação, que forneceria uma medida de proteção para liberdade religiosa em nível federal. “A Primeira Alteração do Ato de Defesa é modesta, mas é um passo importante para assegurar a proteção das organizações baseadas na fé e de todos os fiéis ou não que acreditam que o casamento é a união entre um homem e uma mulher, protegendo-os de discriminação por parte do governo federal.”

Para os Arcebispos, a crescente intolerância em relação à crença religiosa e à crença conjugal fazem com que estas proteções sejam essenciais para a continuação de obras de caridade confessionais, que apoiam o bem comum da sociedade. “Escolas e agências confessionais não devem perder a sua licença simplesmente porque têm opiniões diferentes em relação à visão do governo federal sobre o matrimônio.”

A Igreja recorda que a definição de casamento como a união entre um homem e uma mulher, universalmente aceita por séculos, não significa o desrespeito por outras pessoas nem depende da sua crença religiosa. Em vez disso, baseia-se no conceito da pessoa humana . “Fiel ao seu compromisso de servir os melhores interesses da sociedade, a Igreja Católica continuará a promover e proteger a verdade do matrimônio como um pilar para o bem comum. A Igreja também continuará a apoiar a capacidade de todos em exercer as suas crenças religiosas e convicções morais na esfera pública sem medo, testemunhado a verdade.”

(NM)

inizio pagina

Processo de beatificação de Felix Varela ganha novo impulso

◊  

Cidade do Vaticano (RV) -  A Causa de beatificação do sacerdote cubano Felix Varela ganhou um novo impulso com a apresentação na Congregação da Causa dos Santos, em 28 de junho passado,  dos documentos que comprovariam um milagre pela sua intercessão.

“O processo de beatificação foi reiniciado. Foi apresentado um milagre. Em 28 de junho entreguei ao Cardeal Amato o processo de um  milagre e nestes dias será examinado pela Congregação das Causas dos Santos”, declarou à Terre d’America o Postulador da Causa, o Arcebispo Vincenzo Paglia, Presidente do Pontifício Conselho para a Família.

O milagre é a cura de um jovem cubano ocorrida pela intercessão do Padre Varela. “Se o êxito do exame for positivo – avalia Dom Paglia -  é óbvio que se aproxima decisivamente a hipótese da beatificação”.

Já em março de 1998, antes da viagem de João Paulo II a Cuba, os bispos locais haviam solicitado a beatificação de Varela, depois do processo a nível diocesano.

“O processo canônico não havia ainda ganho uma forma de maneira adequada, explica o Arcebispo Paglia. Agora, pelo contrário, poderia dizer que o processo retomou o seu rumo, chegando ao momento delicado que é precisamente o exame de um eventual milagre. Se a Congregação, por meio da análise de especialistas, o considerar como tal, está claro que estaremos na conclusão do percurso para a beatificação que, quando for, terá lugar em Cuba”.

O exemplo de Varela pode unir os dois continentes americanos “em um grande patrimônio de unidade” - diz o Postulador da Causa, ao destacar a importância da beatificação para a Igreja latino-americana, pois “a Igreja tem a missão de trabalhar pelo diálogo, pelo povo e não pela contraposição”.

“O ensinamento mais evidente que Varela dá – avalia o Arcebispo – é que o Evangelho é para a edificação do reino, a fé impele os cristãos a sair para construir um mundo mais justo, em uma perspectiva solidária. Neste momento, onde o medo parece fechar nos confins, Varela mostra que a fé, pelo contrário, fortalece a identidade e constrói o diálogo”.

“Varela não destrói a identidade cubana, antes pelo contrário, a exalta, mas com o exemplo de quem consegue ser um cubano universal. Para mim - conclui o Presidente do Pontifício Conselho para a Família - parece uma mensagem realmente franciscana, nas duas acepções do termo”.

Félix Varela y Morales  é considerado um dos formadores da nação cubana.  Nasceu em Havana em 20 de novembro de 1788. Aos 23 anos foi ordenado sacerdote e aos 24 passou a lecionar Filosofia. Em 1821 torna-se deputado e representante de Cuba nas Cortes de Madrid. Suas propostas de lei na Espanha foram: um governo para as Províncias do além-mar, a independência e a abolição da escravatura.

Em 1823 teve que deixar a Espanha,  se auto exilando nos Estados Unidos, onde de continuidade à sua atividade pastoral e onde veio a falecer em 1853.

O processo de beatificação foi aberto em 1893, mas as necessárias pesquisas em Cuba tiveram início somente em 1995, tendo sido concluídas em 1996. Ao final do processo diocesano, a Positio foi submetida à Congregação dos Santos em 3 de outubro de 1997, revelando-se, no entanto inadequada. Em 1998 este foi complementado por pesquisas na Arquidiocese de Nova Iorque, chegando-se, assim a uma segunda Positio, sendo aprovada unanimemente pela Congregação que o declarou Venerável em 14 de março de 2012.

 

(JE)

inizio pagina

Igreja no Mundo



Bispos franceses: barbaridade intolerável

◊  

Paris (RV) - “A Conferência Episcopal Francesa (CEF) associa-se plenamente à dor das famílias das vítimas.” Assim tem inicio a nota divulgada pelos Bispos franceses após o atentado em Nice. 

Na nota assinada pelo Presidente da CEF, Dom Georges Pontier, Arcebispo de Marselha, a Igreja convida todos os católicos na França a rezar especialmente pelas vítimas e os seus familiares nas missas do próximo domingo, 17 de julho.

“Esta tragédia se somou à triste lista dos atos terroristas que marcaram o nosso país e outros países do mundo durante vários meses. Seja qual for o motivo, esta barbaridade é intolerável, inaceitável.”

Os Bispos acrescentam que o país foi ferido enquanto vivia um momento de unidade nacional. “Mais do que nunca, a solidariedade nacional deve ser mais forte do que o terrorismo. Na dor deste dia, precisamos manter a certeza de que a unidade é superior à divisão.”

(NM)

inizio pagina

Bispo de Nice: carnificina chocante, realmente um escândalo

◊  

Nice (RV) - A Conferência Episcopal Francesa convida todos os católicos a rezar, no próximo domingo (17/07), pelas vítimas do atentado perpetrado em Nice, sul da França, nesta quinta-feira (14/07). 

A nossa emissora entrevistou o Bispo de Nice, Dom André Marceau, sobre essa tragédia. 

Dom Marceau: “O meu sentimento é um sentimento de choque, um sentimento de medo enorme, um sentimento de incompreensão. Este é um daqueles gestos loucos que podem nascer no coração dos homens, e aqui de um homem. Mas como é racionalmente possível que um ser humano possa ser autor de uma tal carnificina? O homem não foi feito para a morte. Não foi feito para causar a morte! Isso para mim é realmente um escândalo! É o mesmo sentimento de muitos dos quais hoje temos testemunhos chocantes, que foram testemunhas, que estavam no local deste atentado. Depois, há um sentimento de compaixão e proximidade. É necessário, porém, convidar todos a não permanecerem fechados e isolados neste escândalo do mal, que é chocante e que pode talvez suscitar ódio, incompreensão e fechamentos. É preciso evitar isso a todo custo! Portanto, a minha mensagem é convidar as pessoas a estarem próximas umas das outras, a falar e se encontrar. Em nossas igrejas faremos uma oração contínua para ajudar as pessoas a se colocarem nas mãos de Deus que é a fonte do amor. Que as pessoas tenham a coragem de ouvir o grito dos corações, o grito do sofrimento, o grito de sua incompreensão.”

Neste momento, qual é a relação entre as várias confissões religiosas em Nice?

Dom Marceau: “Na diocese, há uma grande proximidade entre as grandes comunidades religiosas, entre cristãos de todas as denominações, muçulmanos e judeus. Realizamos encontros regulares e publicamos também ações comuns sobre acontecimentos que feriram a sociedade. Isso se verificou na ocasião do assassinato de um jornalista em Argel, natural de Nice. Organizamos junto com as autoridades locais manifestações públicas para sublinhar bem o que o Santo Padre nos pede: a unidade para testemunhar a misericórdia de Deus e que aquilo que acontece não representa certamente o rosto de Deus. Nós, em nossa diocese, temos a tradição da proximidade e colaboração. Nestes momentos difíceis procuramos mostrar o rosto misericordioso de Deus. Certamente, junto com as autoridades, organizaremos manifestações e celebrações, junto também com as grandes comunidades religiosas. Obviamente, os cristãos estarão juntos na oração.”

Há corações destruídos, corações feridos, famílias destruídas: o que dizer?

Dom Marceau: “Acredito que seja a palavra do coração, a palavra da proximidade. É necessário estar próximo, junto a estas pessoas. Sei bem que muitas vezes as palavras não servem ou não são suficientes, porque existe o sofrimento, porque o sofrimento é muito forte: vidas foram ceifadas, vidas de muitas crianças foram destruídas, de muitos jovens e casais. Acredito que somente a nossa proximidade possa dizer-lhes que estamos com eles, que estamos presentes, que estamos juntos. Estamos com vocês, sobretudo se as pessoas estão de alguma forma isoladas, porque o sofrimento muitas vezes é mais forte. Acredito que a nossa palavra principal seja proximidade: estar próximo significa também ter a coragem de pegar a mão da pessoa, porque as palavras muitas vezes não podem ser compreendidas. É muito difícil, mas nós estamos aqui!” (MJ)

 

 

 

 

inizio pagina

Eleito o novo Superior Geral dos Vicentinos

◊  

Chicago (RV) - Acaba de ser eleito o novo superior geral da Congregação da Missão (Missionários Vicentinos) e da Companhia das Filhas da Caridade. 

Trata-se do sacerdote Tomaž Mavrič. A eleição teve lugar durante da 42ª Assembleia Geral da Congregação, aberta em 27 de junho em Chicago, nos EUA, centralizando-se na relação entre fidelidade ao carisma e nova evangelização à luz dos 400 anos de história da Congregação dos Padres e Irmãos Vicentinos.

Pe. Mavrič nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 9 de maio de 1959, de pais de origem eslovena e emigrados após a instauração do regime comunista no país do centro-sul da Europa.

O sacerdote argentino sucede Pe. Gregory Gay, que conduziu a Congregação por doze anos. Após ter frequentado o seminário em Belgrado (na época, capital iugoslava), na Sérvia, Pe. Mavrič foi ordenado sacerdote em 29 de junho de 1983 em Liubliana, na Eslovênia. (RL)

inizio pagina

Albânia: Dom Prennushi e 37 companheiros mártires serão beatificados em novembro

◊  

Tirana (RV) – Condenado à prisão e falecido em 1949  em consequência das torturas sofridas por recusar o pedido do ditador albanês Enver Hoxha de criar uma Igreja nacional, o frade franciscano e Arcebispo de Durazzo, Dom Vinçenc Prennushi junto a outros 37 companheiros, será beatificado em 5 de novembro próximo na Catedral de Santo Estêvão, em Scutari.

A anunciá-lo, uma carta do Papa Francisco endereçada aos Bispos do país dos Bálcãs, ao final do processo canônico que reconheceu “o testemunho de martírio pela fé e pela pátria”. Uma nota do Arcebispo Angelo Massafra, Presidente da Conferência Episcopal da Albânia, fala de “momento histórico para a Igreja e a nação”.

O rito de Beatificação será presidido pelo Prefeito para a Causa dos Santos, Cardeal Angelo Amato, dois meses após a canonização de Madre Teresa de Calcutá, a pequena religiosa albanesa que dedicou sua vida aos últimos na Índia, e não somente.

A propósito do anúncio da notícia, ouçamos o que disse por telefone desde Tirana o Arcebispo Massafra:

“Nós esperávamos com ansiedade a confirmação da data por parte da Santa Sé. E há alguns dias chegou a comunicação em que é confirmada que 5 de novembro será o dia da beatificação dos 38 mártires do comunismo, isto é,  Dom Vincenzo Prennushi e os 37 companheiros mártires, mortos “in odium fidei”. São uma pérola para a nossa Igreja Católica na Albânia, mas também para todo o mundo. São somente alguns dos tantos mortos durante o período comunista por ódio à Igreja Católica e à fé católica. Dom Prennushi era Arcebispo em Durazzo: foi colocado na prisão e morreu após as torturas sofridas. Há também um outro bispo, Dom Fran Gjini, mas também jesuítas, franciscanos, diocesanos e também quatro leigos, três homens e uma mulher, de várias nacionalidades: dois alemães, a maior parte albaneses, um jesuíta italiano e alguns sacerdotes de origem croata. Os missionários e a Igreja da Albânia sofreram e testemunharam este amor a Cristo até o heroísmo, até à tortura”.

RV: Dom Prennushi e outros religiosos foram chamados pelo ditador Hoxha para formar uma Igreja nacional, fiel ao regime comunista e não à Igreja de Roma. Recusaram. Atualmente, que valor tem esta rejeição?

“Tentaram convencer quer Dom Prennushi quer os outros, mas nunca a Igreja Católica na Albânia se separou de Roma! E antes de morrer, muitos fuzilados, gritaram: “Viva Cristo Rei! Viva o Papa! Viva o papa! Viva a Igreja! Viva a Albânia”.

RV: Qual a atualidade desta figuras hoje para o povo albanês?

“A população já esperava há tempos o reconhecimento de que estes “irmãos” foram martirizados, portanto são mártires da Igreja universal. A pequena Igreja Católica – nós somos uma minoria na Albânia – deu uma contribuição de fidelidade, apresentando 38 mártires, e certamente não são poucos: a Igreja da Albânia sempre foi uma Igreja mártir e graças antes de tudo ao sangue de Cristo e também ao sangue destes nossos mártires – já são 25 anos de liberdade – é hoje ainda mais bela do que antes”.

RV: Como a Igreja albanesa prepara-se para a canonização de Madre Teresa, em 4 de setembro em Roma e para a Beatificação de seus primeiros mártires em novembro?

“Estamos nos preparando intensamente para Madre Teresa. Precisamente nestes dias serão apresentados à imprensa um novenário e o grande pôster da proclamação. Estamos também pensando em fazer para todo o mês de agosto aqui na Albânia, em todas as paróquias, no domingo, encontros sobre a sua espiritualidade. Antes de 4 de setembro, depois, pensamos em apresentar a espiritualidade de Madre Teresa: devemos procurar imitar todas as suas virtudes, a sua misericórdia e os eu amor aos mais necessitados neste Ano da Misericórdia”.

RV: E para os primeiros mártires, como está a preparação?

“Ontem demos o anúncio oficial a todos na imprensa. Entreguei esta manhã ao Presidente da República, ao Primeiro Ministro e ao Presidente do parlamento uma carta oficial para colocá-los a par da data da beatificação. Está claro que ainda temos tempo, mas será uma coisa excepcional e maravilhosa”.

(JE/GA)

inizio pagina

Pronta 'Positio' da Causa de Beatificação de Claverie e seus 18 companheiros

◊  

Paris (RV) - "A causa de beatificação dos 19 religiosos e religiosas mortos na Argélia nos anos noventa completou uma nova importante etapa: a da Positio, que será entregue até o final deste mês de julho à Congregação da Causa dos Santos". Foi o que antecipou o Padre Thomas Georgeon, monge trapista e Postulador da Causa oficialmente definida de "Dom Pierre Claverie e dos seus 18 companheiros".

Em 2013, Padre Georgeon colheu o testemunho do Irmão Marista Giovanni Bigotto, que havia iniciado aquele longo trabalho que levou à redação de quase sete mil páginas. Um documento importantíssimo que repassa a vida entregue dos 19 homens e mulheres que, nos anos obscuros do conflito civil argelino, escolheram permanecer ao lado de seus "irmãos muçulmanos".

Por ocasião das celebrações do grande Jubileu dos Testemunhos de Fé no Coliseu, em 7 de maio do ano 2000, o então Arcebispo de Argel, Dom Henri Teissier, havia recebido o pedido de algumas Congregações e familiares dos religiosos e religiosas assassinados, para abrir uma Causa de Beatificação.

De fato, o drama de suas mortes e o seu testemunho tiveram e continuam a ter um impacto considerável, que supera as fronteiras da Igreja. Neste sentido, tornou-se imperativa a necessidade de abrir uma Causa comum que reunisse todos os 19 mártires, ícones da identidade da Igreja na Argélia, a serviço do povo ao qual foi enviada.

Existem muitos pontos em comum entre eles. Cada um foi um verdadeiro pastor que conhecia e amava as próprias ovelhas, a ponto de sacrificar a vida por elas. Viveram e foram mortos pela fidelidade evangélica, compartilhando as suas existências com os argelinos.

A intensidade de seus testemunhos se concretiza em torno a alguns temas, como a fé profunda, na qual está radicado o desejo de ser rosto de Cristo no mundo muçulmano, rostos fieis e perseverantes; o amor por aquele país e pelo seu povo, sobretudo pelos menores, além de um grande respeito pela fé dos muçulmanos. Aliado a isto, um forte sentido de pertença à Igreja da Argélia.

A dimensão profética de suas vidas continua a falar à Igreja de hoje. Não por nada, há 20 anos de suas mortes, a fama de santidade deles é muito difundida e supera os limites da Igreja.

A mensagem deles comprova que uma convivência fraterna e respeitosa entre as religiões é possível. No mundo muçulmano, é o Evangelho da paz que é anunciado e testemunhado, sem que necessariamente se sobreponha ao outro. O que mostra a necessidade, ainda hoje, de se aceitar ser desarmados para combater o mal que tece sua teia no mundo. O melhor modo para vencer a violência é o encontro com o outro, por meio da amizade e do diálogo.

A mensagem destes mártires é muito atual, numa época em que parece estar se acentuando o choque entre o mundo islâmico e cristãos. Mas, como dizia Dom Claverie, é precisamente nos locais de "fratura" que os cristãos são chamados e estar presentes.

O prefácio do livro "Tibhirine, a herança", foi escrito pelo Papa Francisco, o que não deixa de ser uma forma de reconhecimento pelo testemunho e pela santidade destes religiosos.

Em 2015, ao receber os bispos norte-africanos em visita ad limina, Francisco havia usado palavras muito fortes: "Cabe à vocês desenvolver esta herança espiritual, primeiro entre os vossos fieis, mas também abrindo-a a todos".

Estes 19 mártires fizeram escolhas pessoais e comunitárias, relativas a esta presença: viver a sua missão eclesial no mundo muçulmano, permanecer fiel a Cristo, ao seu apelo, mas também ao lugar em que haviam lançados raízes e aos seus amigos muçulmanos. Escolheram viver a interculturalidade e a interreligiosidade, sendo um exemplo para o nosso tempo.

 

(JE/Anna Pozzi)

inizio pagina

Washington terá seu primeiro mosteiro ortodoxo russo

◊  

Washington (RV) -  O primeiro mosteiro ortodoxo russo em Washington poderá ser construído na própria capital ou cercanias. Foi o que antecipou à Agência Sputnik o Metropolita Jonah, ex-Arcebispo de Washington e Nova Iorque e Primaz da Igreja Ortodoxa na América (OCA), atualmente Bispo da Igreja Ortodoxa Russa fora da Rússia (Rocor).

O Metropolita Johan observou que na região de Washington existe a necessidade de um mosteiro, não somente para a consistente comunidade russa que vive na capital, como também para os numerosos fieis ortodoxos, com diferentes background, que residem na cidade.

"O mosteiro tem um específico papel na educação das pessoas à ortodoxia e à cultura espiritual russa", explica, precisando que "o serviço litúrgico será obviamente em inglês e em eslavone".

Atualmente a comunidade do futuro mosteiro é formada por três ou quatro pessoas mas tende a aumentar. As celebrações são realizadas em uma casa e frequentadas por um pequeno número de fiéis.

O problema principal será o de encontrar os fundos necessários e um local idôneo, que pode também ser fora da cidade propriamente dita. Uma base econômica - auspicia o metropolita - poderia ser fornecida pela Holy Archangels Orthodox Foundation.

Em Washington existe somente um mosteiro ortodoxo, de tradição grega, anteriormente pertencente à Igreja Ortodoxa da Geórgia. (JE/OR)

inizio pagina

Depois de 20 anos, Colégio Venezuelano em Roma fecha suas portas

◊  

Roma (RV) - Depois de quase 20 anos, o Colégio Venezuelano em Roma fecha as suas portas. Com dificuldades para manter a pequena comunidade devido à crise, os 12 padres serão acolhidos -  até concluírem sua formação - pelo Pontifício Colégio Espanhol, graças a um acordo entre bispos venezuelanos e espanhóis. 

O Reitor do Colégio Venezuelano, Padre Carlos Boulanger, explicou ao Roma Reports que "na Venezuela existe um rígido controle do câmbio. Não há disponibilidade de divisas e as mesmas são extremamente onerosas".

Atualmente, para manter um aluno no Colégio, é necessário o equivalente a 50 salários mínimos mensais. "É algo bastante difícil de sustentar para a economia venezuelana", observou o sacerdote.

Faltam poucos dias para o fechamento definitivo da casa, permanecendo no local apenas Padre Carlos, que custodia as instalações e ultima os detalhes para o fechamento. Os pertences dos habitantes, os livros e todo material usado no dia-a-dia está depositado em uma sala.

"Formávamos uma grande, uma pequena grande família, afirma o Reitor, com uma certa emoção. Havia um clima de muita fraternidade sacerdotal, de muita irmandade, de muita proximidade, que talvez nos grandes colégios não será possível encontrar. Acredito que era a grande riqueza de nosso colégio. Todos estão vivendo isto com muita dor, mas também com bastante esperança, sabendo que é algo que tinha que ser feito. E, temos que enfrentar a situação e tratar de entender o que Deus quer nos dizer com isto. A que está nos chamando".

Mais de 150 sacerdotes passaram pelo local ao longo de sua história. A Igreja venezuelana, no entanto, viu-se obrigada a fechar as portas. "Praticamente há três anos que arrastamos um grande déficit - explicou o Padre Carlos Boulanger - o que obrigou a tomada desta dolorosa decisão. Acredito que foi um ato de responsabilidade dos bispos, caso contrário, a dívida cresceria de modo exponencial e seria um atitude muito irresponsável".

A esperança da comunidade, no entanto, é de algum dia poder voltar a contar com um colégio próprio. (JE)

inizio pagina

Formação



Santo Elias: cair, levantar e caminhar

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Prossegue pelo Brasil a peregrinação da imagem do Profeta Elias, considerado o ‘fundador’ da Ordem dos Carmelitas. Neste Ano Eliano Missionário da Ordem Terceira do Carmo, frades, monjas, religiosas e leigos(as) estão difundindo a devoção a Santo Elias e animando os leigos e leigas carmelitas no alegre anúncio do Evangelho e da Misericórdia Divina.

Frei Petrônio Miranda trouxe à nossa redação uma cópia da imagem peregrina do Santo – aquele que cai, mas pega o cajado, levanta e caminha no deserto. O Frei nos faz uma descrição desta imagem.

A peregrinação começou em Alagoas, passou pelo Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro, e se encerrará em 25 de setembro, no Santuário Nacional de Aparecida (SP). 

Ouça a entrevista: 

(CM)

inizio pagina

"Não se dá aquilo que não se recebe"

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - O sacerdote do clero da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Pe. Fábio de Freitas Guimarães, é formado em Psicologia na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, e convidado pelo Papa Francisco, encontra-se no Vaticano, trabalhando na Congregação para o Clero. Ele participou do ciclo de meditações do Jubileu dos Sacerdotes, recentemente, e nos fez uma reflexão sobre os tópicos que mais o marcaram.  

Para Padre Fábio, o Pontífice propaga que o testemunho pessoal da misericórdia e a experiência do amor misericordioso são o melhor exemplo para os fiéis. Nós nos aproximarmos do irmão ao celebrarmos a comunhão nas lágrimas do sofrimento e na alegria das vitórias; a misericórdia, assim, se alastra, e o amor se multiplica.

“Quando a gente ama de verdade, a gente dá e não se esvazia, porque o amor não se divide nem termina; o que recebo na relação com Deus eu ofereço por amor ao meu irmão”.

Ouça, clicando aqui:  

(CM)

inizio pagina

Atualidades



Assis: encontro de João Paulo II com líderes religiosos completa 30 anos

◊  

Assis (RV) – A cidade italiana de Assis está se preparando para celebrar os 30 anos do histórico encontro do Papa João Paulo II com os líderes religiosos mundiais. O evento se realizou em 27 de outubro de 1986.

“Sede de paz. Religiões e culturas em diálogo” é o título da iniciativa promovida pela Diocese de Assis, pela família franciscana e por inúmeros movimentos e agregações eclesiais programada de 18 a 20 de setembro. Foram convidados representantes de várias igrejas e das grandes religiões mundiais, além de expoentes culturais e personalidades políticas internacionais comprometidas com a paz mundial.

O evento será inaugurado com uma assembleia plenária na tarde de domingo, 18 de setembro. Todo o dia de segunda-feira (19/09) e a manhã de terça-feira (20/09) serão dedicados à realização de 30 fóruns, nos quais serão debatidos os temas mais urgentes sobre o tema da paz. A cerimônia final será na tarde de terça-feira na Praça Inferior da Basílica de São Francisco.

inizio pagina

Califado anula o remorso para construir "máquinas de morte"

◊  

Roma (RV) – A tragédia em Nice soma-se a uma longa lista de ataques terroristas  que abalaram sacudiram a França a partir de 2012. Sobre esta nova página de horror, a Rádio Vaticano entrevistou o correspondente de guerra do “La Stampa”, Domenico Quirico:

“O que mais toca é que já está em andamento uma transformação na nossa vida cotidiana. É progressiva, mas aparentemente irreversível. Muda a forma como nós vivemos as nossas cidades. Existe uma espécie de multiplicação do modelo de Israel, quando Israel estava constantemente sob o fogo dos atentados. Sem que nos demos conta, começamos a aceitar ou começaremos a aceitar coisas que, normalmente, rejeitaríamos porque contrárias à própria ideia de democracia e de nosso modo de viver. Existe um projeto, evidentemente, muito detalhado para transformar o nosso modo de viver”.

RV: O atentado em Nice é o último dramático ato de uma guerra ímpar, não entre exércitos, mas com trincheiras, modalidade e tempos não previsíveis. Provavelmente esta seja uma entre as manifestações terroristas mais globais, atrozes e apavorantes da história...

“Tudo isto existe porque existe um local físico de referência: o Califado, um espaço geográfico humano, político, social, histórico, que constitui um multiplicador de sedução”.

RV: O que toca em particular deste terrorismo em escala mundial, é a criatividade diabólica e a capacidade de planejamento. Nas mentes destes terroristas, parece não haver limites nem fronteiras intransponíveis. Tudo é possível....

“Tudo é possível porque a área de recrutamento é extremamente ampla: são capazes de multiplicar, modificar, atualizar, prevenir os movimentos do adversário em um modo quase infinito. O problema, acredito, está sobretudo nas consequências que tudo isto determina nas nossas sociedades. O nó central deste problema está nisto: o tipo de resposta”.

RV: Mas, é somente o fanatismo, o rancor, a radicalização ou existem também outros fatores que tornam um ser humano capaz de realizar quaisquer  selvageria?

“Cada jihadista tem dentro de si uma multiplicidade infinita de motivações. Não se assemelham entre si. Existe um momento, na linha da vida de cada uma destas pessoas, em que tornam-se tragicamente diferentes. E o motivo desencadeador pode ser o mais diverso possível: de um insucesso pessoal a uma pregação... São, absolutamente, motivos infinitos e é por isto que é quase que impossível ler preventivamente – como pensam as Polícias – o perfil do potencial terrorista, do potencial  assassino. E isto porque não existe um perfil deste tipo”.

RV: O terrorismo busca espalhar medo e ódio para paralisar as sociedades ocidentais, mas na realidade se pode antever – segundo alguns – também um plano político: o de enfraquecer a União Europeia, que – após o Brexit – deverá conviver também com a avançada na França, e não somente, de movimentos eurocéticos, que veem, entre outros, precisamente na imigração um dos problemas principais...

“Certamente entre os possíveis efeitos colaterais destes atentados também pode estar o cenário de radicalizações autoritárias e xenófobas por parte de governos da Europa. E isto faria, certamente, o jogo deles, pois determinaria nas vastas - já minorias do Islã europeu - um aumento das possibilidades de doutrinamento e recrutamento. Isto é possível...”.

RV: O Estado Islâmico, no entanto, que ainda não reivindicou o atentado em Nice, perde terreno na Síria e no Iraque, mas isto não parece enfraquecer a sua capacidade de realizar ataques na Europa....

“Sobre este tema do Califado em agonia, permito-me sugerir alguma prudência. Um dado que me parece fundamental é que – há mais de dois anos da proclamação oficial – o Califado, em seu núcleo fundamental que são Raqqa e Mosul, ainda está ali. Demonstrou, também nestas últimas fases em que perdeu batalhas, de ter uma capacidade militar particularmente eficiente precisamente porque soube administrar as derrotas. Isto como primeiro elemento. O lado terrorístico da estratégia viaja e evidentemente em modo quase autônomo, e esta é uma das terríveis qualidades que o califado conseguiu unir”.

RV: Domenico Quirico, você experimentou em 2013, por 152 dias, - no tempo de sua prisão na Síria – o mal, a ferocidade do ódio que não conhece piedade, compaixão. Existe algo que poderia romper nestas mentes permeadas de ódio, uma visão assim arrepiante e também diabólica do mundo?

“Infelizmente a minha constatação é que um dos efeitos mais devastadores que o projeto totalitário do Califado determinou – em um número muito, muito alto de pessoas, de jovens provenientes de várias partes do mundo – foi a anulação do remorso. A anulação do remorso está na base de uma motivação pretensiosamente religiosa: o que tu fazes, mesmo a coisa mais horrível, como matar 80 inocentes com um caminhão, não é uma culpa, porque tu, naquele momento, está ajudando um deus não transcendente, mas presente na história, a realizar os próprios objetivos. Se tu consegues, como conseguiu o Califado, apagar o remorso da alma da pessoa, obténs algo de terrível: máquinas de morte perfeitas, que não têm nenhum problema em matar!”.

 

(je/al)

inizio pagina

Cracóvia: jovens asiáticos se preparam para a JMJ

◊  

Cracóvia (RV) - Contagem regressiva para os jovens asiáticos que, de vários países do continente, se preparam para a 31ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que se realizará em Cracóvia, Polônia, de 26 a 31 deste mês. 

Segundo informações da agência Igrejas da Ásia, das Filipinas está prevista a chegada, a Cracóvia, de pelo menos 1.500 jovens, da Coreia do Sul partirão cerca de 800 jovens provenientes de 16 das 18 dioceses locais, da Indonésia estão de partida 170 jovens, e outros 150 se preparam para deixar a Índia e 120 partirão do Japão.  

A pequena Igreja no Camboja, não obstante as dificuldades econômicas, conseguirá enviar um grupo composto de 30 jovens. De Taiwan está prevista a partida de 140 jovens, e de Hong Kong, China, cerca de 60. As embaixadas polonesas, situadas nos países asiáticos, foi ao encontro das exigências econômicas reduzindo os custos dos vistos de entrada no país.  

Naturalmente, as delegações de jovens asiáticos não irão somente a Cracóvia para a JMJ, mas têm em seus programas visitar os lugares mais significativos da Polônia, dentre os quais o campo de concentração de Auschwitz. Algumas visitarão os países confinantes, como Hungria e República Tcheca. Enfim, a peregrinação de Assis a Roma, na Itália, programada pelos jovens da Diocese de Hong Kong. (MJ)

inizio pagina

Card. Stella no Paraguai, um ano após visita do Papa à América Latina

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Passado um ano da histórica viagem do Papa Francisco à América Latina, que de 5 a 12 de julho visitou o Equador, Bolívia e Paraguai, os três países organizaram uma série de celebrações comemorativas para manter viva a recordação do evento, sobretudo entre as populações indígenas. 

A inauguração do museu intitulado Papa Francisco, na igreja da Encarnação, em Assunção, foi um dos primeiros eventos públicos no denso programa da visita do prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Beniamino Stella, ao Paraguai.

Tendo chegado à capital na quinta-feira, dia 7, o purpurado encontrou os bispos do país, recomendando-lhes a necessidade de dar unidade e continuidade à formação presbiteral. “Este caminho pode ser chamado “discipulado, configuração e missão com Cristo”, explicou.

O Cardeal Stella ressaltou também a necessidade da formação permanente, sem a qual o sacerdote é como uma planta que não é mais alimentada. Sucessivamente, na Catedral da Assunção, o purpurado celebrou a missa com a participação de prelados, sacerdotes, religiosos, religiosas, seminaristas e vocacionados, repropondo a exortação do Papa Francisco a dedicar energias e tempo à missão.

No dia seguinte, na sexta-feira (08/07), o prefeito da Congregação para o Clero visitou o seminário maior nacional e recebeu o presidente paraguaio, Horacio Cartes.

No sábado, dia 9, acompanhado do núncio apostólico Eliseo Antonio Ariotti e de alguns bispos paraguaios, o purpurado foi a Ciudad del Este, onde encontrou o clero diocesano e religioso.

Na conferência, falou do sacerdote como testemunha e ministro da misericórdia, ressaltando a importância vital de deixar-se ajudar.

“A direção espiritual deve acompanhar-nos durante toda a vida, não somente durante a etapa formativa do seminário”, disse. As atividades do dia, caracterizadas também pela visita a dois seminários e a uma paróquia, concluíram-se com a missa celebrada na catedral diocesana.

No domingo, dia 10, o Cardeal Stella celebrou na Basílica de Caacupé. Durante a homilia, comentou a parábola do bom samaritano, ressaltando que o amor pelo próximo não é um conceito abstrato, mas algo muito concreto, que se pode perceber, que se pode tocar, que se pode experimentar.

“Jesus amava assim, acolhendo, perdoando, curando, sanando”, ressaltou. Por isso, “também nós somos chamados a ser testemunhas de misericórdia, canais de misericórdia em meio ao nosso mundo”, prosseguiu.

Por fim, antes de despedir-se do país, visitou o mosteiro das carmelitas descalças e recitou o Angelus na Catedral de Assunção. (L'Osservatore Romano / RL)

inizio pagina