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Sumario del 22/07/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa promulga documento dedicado à vida contemplativa feminina

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Cidade do Vaticano (RV) – “A busca da face de Deus” (Vultum Dei Quaerere) é o título da Constituição Apostólica assinada pelo Papa Francisco e dedicada à vida contemplativa feminina. O documento, publicado esta sexta-feira (22/07), indica 12 temas de reflexão para a vida consagrada e se conclui com 14 orientações. 

Faróis e centelhas da humanidade

Às contemplativas, o Papa lança um desafio: ser “faróis e centelhas” que guiam e acompanham o caminho da humanidade, oferecendo o Evangelho ao mundo contemporâneo. O Pontífice as exorta a vencer com tenacidade as tentações, em especial “a tentação que degenera em apatia, rotina, desmotivação e indiferença paralisante”.

Formação e oração

Francisco convida a “discernir” sobre 12 temas da vida consagrada. O primeiro é a formação, “que requer uma contínua conversão a Deus” e um período que varia de 9 a 12 anos. Os mosteiros não devem se deixar levar pela tentação do número e da eficiência, adverte o Papa. Depois, há a oração, “espinha dorsal da vida consagrada”, que não deve ser vivida como um fechamento da vida monástica em si mesma, mas como um alargamento do coração “para abraçar toda a humanidade”, em especial os que mais sofrem.

Lectio divina, Eucaristia e Reconciliação

A Palavra de Deus é outro tema central, que deve marcar o dia pessoal e comunitário das contemplativas através da lectio divina, para depois se transformar em actio, “dom para os outros na caridade”. A Constituição Apostólica recorda ainda a importância da Eucaristia e da Reconciliação, sugerindo “prolongar a celebração com a adoração eucarística” e viver a prática da penitência como “ocasião privilegiada para contemplar a face misericordiosa do Pai” e se tornar, assim, “instrumentos de reconciliação, de perdão e de paz” de que o mundo hoje necessita particularmente.

Vida comunitária e autonomia dos mosteiros

O quinto tema indicado pelo documento é a vida fraterna em comunidade, testemunho mais necessário do que nunca “numa sociedade marcada por divisões e desigualdades”. “É possível e belo viver juntos, não obstante as diferenças de geração, formação e cultura”, porque “unidade e comunhão não significam uniformidade”. O sexto tema diz respeito à autonomia dos mosteiros, que não deve significar “independência ou isolamento”, escreve o Papa, exortando as contemplativas a não adoecerem de “autorreferencialidade”.

As federações e a clausura

O sétimo tema ressalta a importância das Federações como “estruturas de comunhão entre mosteiros que compartilham o mesmo carisma”, sugerindo sua criação e multiplicação. O oitavo tema, ao invés, é relativo à clausura, “sinal da união exclusiva da Igreja esposa com o seu Senhor”.

O trabalho e o silêncio

O Papa destaca ainda o trabalho que as contemplativas devem realizar “com devoção e fidelidade”, sem se deixar condicionar pela mentalidade da cultura contemporânea, que aposta na eficiência. O trabalho deve ser entendido como “serviço à humanidade e solidariedade para com os pobres”. Já o silêncio é “escuta e ruminatio da Palavra”, “vazio de si para fazer espaço ao acolhimento”, silêncio “rico de caridade”, que “ouve Deus e o grito da humanidade”.

A cultura digital e os meios de comunicação

Consciente das transformações da sociedade e da “cultura digital”, que “influi de modo decisivo na formação do pensamento e no modo de se relacionar com o mundo”, Francisco propõe como 11º tema os meios de comunicação. “Instrumentos úteis para a formação e a comunicação”, o Papa todavia exorta as contemplativas a “um discernimento prudente” para que esses meios não sejam ocasião de “evasão da vida fraterna”, danificando a vocação e dificultando a contemplação.

A ascese rumo a Deus

Por fim, o último tema é ascese: “sinal eloquente de fidelidade” num mundo globalizado e sem raízes, exemplo de como ficar ao lado do próximo mesmo diante de diversidades, tensões, conflitos e fragilidades”. A ascese não é uma fuga do mundo “por medo” – destaca Francisco –, porque as monjas “continuam a estar no mundo sem ser do mundo”. Intercedendo “constantemente pela humanidade” junto ao Senhor, ouvindo “o clamor” de quem é “vítima da cultura do descarte”, as contemplativas são o “degrau” através do qual Deus desce ao encontro do homem e o homem sobe para o encontro com Deus. 

Recrutamento de candidatas

A Conclusão da Constituição Apostólica se divide em 14 artigos que, de fato, definem em termos jurídicos o que foi dito pelo Pontífice precedentemente. Em especial, o art. 3 estabelece que se deve absolutamente evitar o recrutamento de candidatas de outros países com a única finalidade de garantir a sobrevivência do mosteiro. O art. 8 traz a lista dos requisitos necessários para a autonomia jurídica de uma comunidade, entre os quais a capacidade formativa e de gestão, a inserção na Igreja local e a possibilidade de subsistência. Caso não haja esses requisitos, a Congregação para os Institutos de Vida Consagrada “avaliará a oportunidade de constituir uma comissão ad hoc” para “uma revitalização do mosteiro ou o seu fechamento”.

Obrigação inicial de pertencer a uma Federação

O art. 9 estabelece que “inicialmente todos os mosteiros deverão pertencer a uma Federação”. Se isto não for possível, o mosteiro deverá pedir a permissão da Santa Sé, à qual compete um “discernimento adequado”. Por fim, no art. 14 afirma-se que caberá à Congregação para os Institutos de Vida Consagrada emanar indicações práticas, aprovadas pela Santa Sé, de acordo com os carismas das várias famílias monásticas. 

(bf)

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Em livro sobre Madre Teresa, Papa escreve aos jovens

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Cidade do Vaticano (RV) – A poucos meses de sua canonização, Madre Teresa é a protagonista de um livro que reúne dois pronunciamentos inéditos da missionária em encontros com jovens e religiosas em 1973, em Milão.

O autor do prefácio do livro é o Papa Francisco, que santificará a missionária da caridade no próximo dia 4 de setembro, no Vaticano.

Sua reflexão sobre o texto se resume em cinco palavras: oração, caridade, misericórdia, família e jovens. Dirigindo-se precisamente aos jovens, que encontrará na próxima semana na JMJ de Cracóvia, o Papa convida a serem “construtores de pontes para romper a lógica da divisão, do rechaço, do medo dos outros” e “colocarem-se a serviço dos pobres”. “Não deixem que lhes roubem o futuro”, exorta.

No livro, Madre Teresa afirma que “a doença mais grave não é a lepra ou a tuberculose, mas a solidão. Ela é a causa de desordens, divisões e guerras”.  

No início do prefácio, o Papa lembra que “a Igreja não é uma ONG; as ONGs trabalham para projetos e nós trabalhamos para Alguém. A Igreja trabalha para Cristo e para os pobres nos quais Cristo vive, nos estende a mão, invoca ajuda, pede o nosso olhar misericordioso, a nossa ternura”.

Amemos quem não é amado” está sendo publicado na Itália pela Editora Missionária Italiana (EMI), tem 96 páginas e custa 8,55 euros.

(CM)

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O reconhecimento de Francisco a Carmen Hernandez

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa recebeu “com comoção a notícia da morte de Carmen Hernandez, ocorrida ao término de uma longa existência marcada pelo amor a Jesus e por um grande ímpeto missionário”. É o que afirma o próprio Pontífice em mensagem enviada a Kiko Arguello, que junto com Carmen, iniciou o Caminho Neocatecumenal. 

Momento de separação

“Neste momento da dolorosa separação – escreve Francisco – sinto-me espiritualmente próximo dos familiares, de todo o Caminho Neocatecumenal e de todos os que apreciaram seu ardor apostólico concretizado sobretudo no itinerário de redescoberta do batismo e na educação permanente à fé”. 

Manter vivo o ardor

“Agradeço ao Senhor – continua o Papa – pelo testemunho desta mulher animada pelo sincero amor à Igreja, que dedicou sua vida ao anúncio da Boa Nova em todos os ambientes, inclusive os mais renitentes, sem esquecer das pessoas mais marginalizadas. Confio a sua alma à divina bondade, para que a acolha no gáudio da Páscoa Eterna; e encorajo aqueles que a conheceram e que aderem ao Caminho Neocatecumental a manterem vivo seu anseio evangelizador, agindo em ativa comunhão com os bispos e sacerdotes e praticando a paciência e a misericórdia com todos”.

“Invoco a materna intercessão da Virgem Maria e concedo a todos os presentes no rito de exéquias a benção apostólica”.

Carmen Hernandez faleceu no último dia 19 de julho e os funerais foram celebrados dia 21 de julho, às 18h, na Catedral da Almudena, em Madri, pelo arcebispo, Dom Carlos Osoro Sierra.

(CM)

 

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Há 3 anos, o Papa chegava ao Brasil

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Cidade do Vaticano (RV) – Há exatos 3 anos Francisco partia para a primeira viagem internacional de seu Pontificado.  

Era 22 de julho de 2013 quando o Papa chegava ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro. Um encontro histórico em que os brasileiros “roubaram” o coração do Papa.

No dia seguinte à chegada, o Papa quis voltar a Aparecida, onde abençoou o país por intercessão de Nossa Senhora.

Em Copacabana, o Papa encerrou a Jornada e convocou os jovens para Cracóvia – outro fascinante capítulo da História que estamos prestes a viver.

“O que nos diz o Senhor? Ide, sem medo, para servir”.

Na visita a comunidade de Manguinhos, Francisco enalteceu uma das mais belas características do povo brasileiro: a generosidade.

"Desde o primeiro instante em que toquei as terras brasileiras e também aqui junto de vocês, me sinto acolhido. E é importante saber acolher; é algo mais bonito que qualquer enfeite ou decoração. Isso é assim porque quando somos generosos acolhendo uma pessoa e partilhamos algo com ela – um pouco de comida, um lugar na nossa casa, o nosso tempo - não ficamos mais pobres, mas enriquecemos. Sei bem que quando alguém que precisa comer bate na sua porta, vocês sempre dão um jeito de compartilhar a comida: como diz o ditado, sempre se pode 'colocar mais água no feijão”! Se pode colocar mais água no feijão? … Sempre? ... E vocês fazem isto com amor, mostrando que a verdadeira riqueza não está nas coisas, mas no coração!"

Na despedida do Brasil, Francisco abriu seu coração.

“Parto coma alma cheia de recordações felizes. Estas se tornarão oração. Neste momento, já começo a sentir saudades”.

Nós também, Papa. Estamos com saudades. Mas o senhor prometeu voltar ao Brasil no ano que vem!

Reveja os principais momentos da viagem do Papa ao Brasil em VaticanBR.

Ao longo do dia vamos postar as falas mais marcantes do Papa no Brasil em nossas redes sociais: Facebook e Twitter.

(rb)

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Cracóvia: curso de educação afetivo-sexual para adolescentes e jovens

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Cracóvia (RV) - O Pontifício Conselho para a Família apresenta, em Cracóvia, Polônia, um curso de educação afetivo-sexual para adolescentes e jovens em vista da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). 

“Desenvolvido em colaboração com especialistas  da  Conferência  Episcopal  Espanhola, o projeto visa uma educação integral dos jovens  cuja dimensão afetiva e sexual  se  desenvolve  harmoniosamente, através de escolhas e passagens amadurecidas gradualmente”, ressalta uma nota do dicastério.  

O  material está disponível gratuitamente na internet a partir desta sexta-feira (22/07), em  cinco  idiomas: italiano,  inglês,  espanhol,  francês  e  português, e  oferece  uma  apresentação  abrangente  de  todo  o  projeto  dedicado  aos  educadores e uma série de fichas, para educadores e jovens, dividida em seis grandes unidades. Enriquecem o caminho numerosos conteúdos multimídia  oferecidos numa lista de reprodução disponível no canal Youtube do Pontifício Conselho para a Família. 

O subsecretário do organismo vaticano, Dom Carlos Simón  Vázquez, afirmou que “este projeto segue a mesma linha indicada  pelo  Papa  Francisco,  onde  a  educação  sexual é inserida numa visão mais abrangente da educação para o amor e doação mútua” (cfr. Amoris  Laetitia  280). 

“Este é um projeto em crescimento e evolução que será enriquecido com a experiência de todos aqueles que querem experimentá-lo e adotá-lo”, conclui Dom Vázquez. 

(MJ)

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Igreja no Mundo



Hoje, primeira "Festa" litúrgica de Santa Maria Madalena

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Cidade do Vaticano (RV) – A Igreja celebra pela primeira vez esta quinta-feira, 22 de julho, a “Festa” litúrgica da Maria Madalena, que até agora figurava no Calendário Romano como “memória obrigatória”.

Foi o Papa Francisco, em junho passado, a introduzir tal modificação, fixada por meio da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. No novo Prefácio da Missa se define “Apóstola dos Apóstolos”, aquela que por primeiro anunciou a Ressurreição de Jesus.

Pedro, a rocha. Tiago e João, os filhos do trovão. Não estavam eles, as pedras angulares da Igreja nascente, quando o indizível se manifesta a um ser humano. A olhar o rosto do Ressuscitado dos mortos, a sentir-se chamada pelo nome por Ele, estava ela, a mulher da qual haviam saído um dia sete demônios e no lugar deles entrou o céu.

Jesus, amor da vida

Maria Madalena – disse o Papa em uma das primeira missas celebradas na Capela da Casa Santa Marta – teve a graça das lágrimas. Aqueles derramadas sobre os pés de Jesus e enxugadas com os cabelos. As lágrimas que banharam a sua face diante daquele sepulcro vazio, onde não havia nem mesmo um corpo frio a ser honrado para dizer o último obrigado, o último ato em agradecimento pela imensidão do perdão que aplacou o vazio da escuridão. Porque Maria Madalena é a fé feita amor apaixonado, estranha aos sentimentos tépidos, a um coração dividido entre tantos. O seu é somente para o Mestre. “O amou enquanto viveu” e “o buscou quando jazia no sepulcro”, recita sobre ela uma antiga sequência do século XII.

A fé e a carne

Por isto Maria Madalena é a cristã modelo para todos. A dela, não uma fé mitificada por histórias angelicais, mas é uma fé de carne, autêntica até a medula: a experiência de uma pessoa que conhece Cristo, que sente dele a misericórdia que dissipa os fantasmas que a agitam e decide, a partir daquele momento, mudar para sempre a vida para segui-lo, sem voltar atrás para retomar o arado dos velhos hábitos.

Antecipação de ressurreição

Pode-se dizer que Maria de Magdala vê acender no próprio coração uma chama da ressureição que a deslumbrará mais adiante, do lado de fora do sepulcro, quando Jesus a chamará pelo nome e a enviará aos doze, fazendo-a – como afirma a nova forma litúrgica – a “Apóstola dos Apóstolos”.

A graça das lágrimas

Mesmo tendo vivido fora do sepulcro vazio o “momento de escuridão” na alma, o “fracasso”, Maria Madalena – havia observado Francisco – “não diz: ‘Fracassei neste caminho’”, mas “simplesmente chora”.

“Às vezes – havia continuado o Papa – os óculos para ver Jesus são as lágrimas”. “Todos nós, na nossa vida, sentimos alegria, tristeza, dor”, mas “nos momentos mais obscuros – havia perguntado – nós choramos? Tivemos aquela bondade das lágrimas que preparam os olhos para olhar, para ver o Senhor?”. Diante da Madalena que chora – havia concluído Francisco – “podemos também nós pedir ao Senhor a graça das lágrimas”.

(JE/AC)

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Card. Cordes: Carmen foi a mente teológica do Caminho Neocatecumenal

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Roma (RV) – Às 18 horas de quinta-feira (21/07) foram celebradas na Catedral de Almudena, em Madrid, as Exéquias de Carmen Hernandez, iniciadora - junto com Kiko Arguello - do Caminho Neocatecumenal. Ela faleceu na capital espanhola na terça-feira, aos 85 anos.

O rito foi presidido pelo Arcebispo de Madrid, Dom Carlos Osoro Sierra, na presença de numerosos Bispos e Cardeais e fieis vindos de diversas partes do mundo.

A Rádio Vaticano perguntou ao Cardeal Paul Joseph Cordes, que foi encarregado por São João Paulo II para o Apostolado do Caminho, o que representou Carmen para o Caminho Neocatecumenal:

“Carmen foi uma mulher muito importante para a iniciativa da nova evangelização. Kiko é o catequista, mas Carmen, com tantas inspirações teológicas e eclesiais, o ajudou muito; conhecia como poucos os documentos do Concílio Vaticano II; conhecia todos os discursos de João Paulo II, de Bento XVI, de Francisco. Para mim era um pouco como que a mente teológica do Caminho: posso afirmar que é por mérito seu que pude estudar muito bem a teologia. Sempre admirei o conhecimento e a insistência de Carmen sobre a verdade de fé”.

RV: Qual o legado de Carmen Hernandez para o Caminho Neocatecumenal?

“Como mulher, teve um papel muito importante na Igreja e ofereceu um modelo a todas as mulheres do Caminho Neocatecumenal: ser inspiradoras da fé e da piedade para o Caminho e para a Igreja. Isto a nível pedagógico. À parte isto, a sua inspiração, dos tantos discursos que fez – acompanhei por tantos anos o Caminho – sempre observei neles uma grande profundidade. À parte este modelo antropológico, é também um impulso, porque a Igreja tem necessidade da verdade da fé. A fé não nasce no coração do homem: nasce da Palavra de Deus e o Caminho, e em particular a Carmen, conheceu a Escritura. Isto é muito importante, porque mostra a grande força de Carmen em não esconder a verdade da fé. Quando conheci o Caminho, admirei muito também o conhecimento do Antigo Testamento que também nós da Igreja, os pastores, um pouco meio que esquecemos. E assim por toda a revelação, Carmen a articulou contra uma sensibilidade que hoje divulgamos aos fiéis: no meu coração sei aquilo que Deus quer. Isto não é verdade! Deus falou! Deus insistiu que nos tornamos santos pela vontade de Deus. Isto é importantíssimo! Assim, para mim, Carmen é uma figura que sublinhou, e que sublinha também no futuro, a dependência do homem da revelação, da vontade de Deus se este homem, esta mulher, querem ser missionários e divulgar a verdade da fé na sociedade de hoje”.

RV: O modo de relacionar-se de Carmen, era frequentemente franco e direto....

“Foram os traços principais que a acompanharam por toda a vida. Carmen procurou o seu caminho partindo da base da revelação e teve que lutar muito. Foi membro de uma Congregação e depois em uma periferia de Madrid. Vinha de uma família muito rica, muito estimada na Espanha. Assim praticou sempre uma verdade da clareza, da sinceridade que aplicou diante de todas as pessoas com as quais se relacionava. Algumas vezes parecia que isto ofendia as pessoas, mas eu vi sempre um grande amor por parte de Carmen. Não utilizou a diplomacia para esconder algo, como se costuma fazer: não dizemos mais a verdade porque não queremos ofender ninguém, mas assim a verdade é escondida. Pelo contrário, Carmen era sincera para o bem do outro. Algumas vezes a verdade nos incomoda: Carmen quis o bem do outro utilizando esta “verdade que incomoda” e não escondendo a verdade, cobrindo-a com um “molho doce”. Ela não fazia isto. Era um grande bem, pela sinceridade do contato de um homem com outro também na nossa Igreja. Quando vejo os nossos ambientes eclesiais...quanto se esconde! Quanto se fala de modo discreto, de forma escondida, quem sabe até mesmo se fale mal do outro... Também o Papa disse isto. Carmen não tinha esta “doença”. Assim, admirava a sua coragem e a sua sinceridade”.

RV: O que a Igreja perde com a sua morte?

“A morte de uma grande mulher é sempre uma grande perda para a Igreja. Eu sempre disse: “Carmen agora continua a inspirar o Caminho”. Eu não tenho muito medo da perda da Carmen, porque creio fortemente que também do céu nos inspirará com as suas pegadas. Se posso fazer uma comparação um pouco arriscada: João Paulo II morreu, mas continua a inspirar a Igreja; assim as grandes figuras da Igreja, que fizeram a sua obra no sentido de Deus, continuam também a inspirar mesmo estando mortos, porque do céu têm uma grande força. Nós, não por acaso, pedimos às pessoas que morreram, para que continuem a nos ajudar. Assim penso também que a perda de Carmen, humanamente, é um sofrimento, mas não quer dizer que deixará de inspirar o Caminho Neocatecumenal”.

 

(JE/PM)

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Croácia: anulada condenação do Cardeal Stepinac emitida em 1946

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Zagrabia (RV) – Um Tribunal croata anulou esta sexta-feira (22/07) a sentença de condenação a 16 anos de prisão emitida em 1946 pelo regime comunista contra o então Arcebispo de Zagrabia, Alojzije Stepinanc, acusado de colaboracionismo com o regime filo-fascista  dos ustaše durante a II Guerra Mundial.

Stepinac, proclamado Beato em 1998 pelo Papa João Paulo II, é venerado pelos católicos croatas como mártir da liberdade religiosa e como responsável pela manutenção das raízes católicas na Croácia durante o comunismo.

Todos os especialistas são concordes em considerar que o processo de 1946 foi uma montagem e usado com fins políticos. Ainda em 1992 o Parlamento croata votou uma resolução de reabilitação do alto prelado, proclamado Cardeal em 1952, nos dias de sua prisão.

A figura de Stepinac está há anos no centro de contendas entre a Igreja Católica croata e a Ortodoxa sérvia. Na Sérvia ele é criticado pela sua fidelidade ao regime dos ustaše, considerados responsáveis por atrozes perseguições e mortes de sérvios e hebreus ou das conversões forçadas de milhares de ortodoxos.

No Vaticano, a Causa de canonização está praticamente concluída, mas a sua proclamação como Santo está na espera das conclusões de uma Comissão mista católica-ortodoxa, que iniciou os trabalhos na última semana, e da qual fazem parte altos representantes das duas Igrejas.

Segundo analistas croatas, a Comissão, que não tem nenhuma autoridade para expressar-se em relação à santidade de Stepinac, foi desejada pelo Papa Francisco como gesto de boa vontade e diálogo ecumênico entre católicos e ortodoxos.

(JE/Ansa)

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Tensões raciais: Bispos dos EUA convocam Dia Nacional de Oração

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Washington (RV) – Um grupo de trabalho especial para promover a paz e a reconciliação entre as comunidades que vivem situações de tensão racial e um Dia Nacional de Oração em todas as Igrejas estadunidense em 9 de setembro.

Estas são duas das iniciativas dos bispos dos Estados Unidos, em resposta aos recentes episódios de violência e tensão entre comunidades afrodescendentes e forças da ordem em Baton Rouge, Minneapolis e Dallas, com numerosas vítimas em ambas as partes.

O grupo de trabalho, que será presidido pelo Arcebispo de Atlanta Wilton D.Gregory, ex-Presidente da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, será composto por diversos bispos (Miami, Flórida, Louisiana, Califórnia, etc) e terá o  objetivo de “ajudar os bispos a enfrentarem diretamente estes problemas difíceis: procurar e divulgar boas práticas; escutar de forma ativa as preocupações dos membros das comunidades envolvidas e das forças de ordem; construir relações sólidas para ajudar a prevenir e resolver os conflitos”.

O grupo de trabalho concluirá o seu mandato com um informativo sobre as atividades desenvolvidas e com as recomendações para o trabalho futuro, sobre os quais discutir durante a Assembleia Plenária de novembro.

(JE/SIR)

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Bispos franceses criam site contra a pedofilia

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Paris (RV) – Está no ar o site www.luttercontrelapedophilie.catholique.fr da Conferência Episcopal francesa, com o objetivo de coordenar, melhorar e fortalecer o combate à pedofilia no seio da Igreja da França.

O portal – explica o Presidente dos Bispos franceses, Dom Georges Pontier – é um dos instrumentos com os quais a Igreja da França passa a contar na luta contra a pedofilia.

O objetivo do portal é que todos possam ter acesso “às informações e entender, em caso de necessidade, como fazer contatos e denúncias. Esperamos que isto ajude a dar confiança e estima à nossa Igreja, voltada a anunciar o amor de Deus sempre e em todas as ocasiões”.

Disponíveis numerosos documentos informativos

Graças a um mapa da França, o site permite às vítimas ou aos seus familiares enviar diretamente um testemunho ao bispo da diocese envolvida em algum acontecimento. O site também coloca à disposição o e-mail paroledevictimes@cef.fr.

No site é possível encontrar muitos documentos sobre pedofilia (pedofilia e sociedade; compreender a pedofilia; pedofilia e fé), assim como uma rubrica intitulada “Como agir?”, que oferece chaves de prevenção, ajudas sobre como detectar o fenômeno e os procedimentos a serem seguidos para denunciar e agir.

Por fim, na rubrica “A Igreja diante da pedofilia”, são detalhadas as medidas tomadas dentro da Igreja francesa diante dos casos de pedofilia.

(JE/Sir)

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Formação



A quem e para onde nos levam as peregrinações?

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Cidade do Vaticano (RV) – Como acontece a cada três anos, jovens em várias partes do mundo se mobilizam para participar da Jornada Mundial da Juventude. O evento é um encontro religioso, o maior, reunindo jovens. Em todos os países, paróquias, movimentos, e diferentes realidades da Igreja se organizam para enviar seus representantes. Os próprios peregrinos ajudam na cobertura dos gastos do encontro, comprando ‘pacotes’ de participação, que variam de preço dependendo do tempo de permanência do peregrino, no caso deste ano, em Cracóvia.

Desde o século IX, dezenas ou centenas de milhares de pessoas percorrem todos os anos itinerários espirituais em peregrinação. Um dos percursos mais percorridos na História é o Caminho de Compostela, que vai até a Catedral de Santiago, norte da Espanha. Fiéis, e também muitos não católicos, participam e veneram as relíquias do apóstolo Tiago. A rota medieval tem 700 km e cruza a Espanha de ponta a ponta. Alguns ao chegar, deixam lá suas orações, outros as encontram. Foi o caso do bispo brasileiro Dom Edson Damian, que da diocese indígena de São Gabriel da Cachoeira completou peregrinação. Da Igreja de São Francisco, em Compostela, ele nos traz esta oração: 

“Ainda que eu tenha percorrido todos os caminhos, cruzado montanhas e vales, desde o Oriente até o Ocidente; se não descobrir a liberdade de seu eu mesmo, não terei chegado a lugar nenhum...

Ainda que tenha repartido todos os meus bens com pessoas de outras línguas e culturas, que tenha feito amizade com peregrinos de muitos países; se eu não for capaz de perdoar amanhã o meu vizinho, não terei chegado a lugar nenhum...

Ainda que tenha carregado minha mochila e esperado por cada peregrino necessitado de alento, ou cedido minha cama a quem chegou depois, e doado minha garrafinha de água em troca de nada; se ao regressar à minha casa ou ao meu trabalho, não for capaz de criar fraternidade e colocar alegria, paz e unidade... não terei chegado a lugar nenhum...

Ainda que tivesse comida e água a cada dia, e desfrutado teto e banho todas as noites, e tivesse minhas feridas bem cuidadas; se não tivesse descoberto em tudo isso o amor de Deus, não terei chegado a lugar nenhum...

Ainda que tenha visto todos os monumentos e contemplado os mais belos pores de sol, ainda que tenha aprendido uma saudação em cada idioma ou saboreado a água limpa em todas as fontes; se não descobrir quem é o autor de tanta beleza gratuita e de tanta paz, não terei chegado a lugar nenhum...

Se a partir de hoje, não sigo andando em teus caminhos, praticando e vivendo de acordo com o que aprendi; se a partir de hoje, não vejo em cada pessoa, amigo e inimigo, um companheiro de caminho; se a partir de hoje, não reconheço Deus, Jesus de Nazaré, como o único Deus de minha vida, não terei chegado a lugar nenhum”. 

(CM)

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TV Século XXI propõe Exercícios Espirituais online

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Cidade do Vaticano (RV) – O Senhor lhe disse: "Saia e fique no monte, na presença do Senhor, pois o Senhor vai passar". Então veio um vento fortíssimo que separou os montes e esmigalhou as rochas diante do Senhor, mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento houve um terremoto, mas o Senhor não estava no terremoto. Depois do terremoto houve um fogo, mas o Senhor não estava nele. E depois do fogo houve o murmúrio de uma brisa suave (1 Reis 19,11-12) 

Fazer um retiro espiritual sem sair de casa. Esta é a proposta do Departamento de Educação à Distância (EAD) da Rede Século 21, ao oferecer, online, os  Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola.

Em meio à correria do dia-a-dia, com a falta de tempo e de recursos, a iniciativa visa proporcionar aos participantes uma profunda e verdadeira experiência do encontro com Deus por meio da espiritualidade inaciana, como nos explica o Padre Eduardo Dougherty, sj, Fundador da Associação do Senhor Jesus e idealizador da Rede Século 21, de Campinas:

"Eu sou jesuíta e nós temos uma grande riqueza que nós jesuítas podemos oferecer a todas as pessoas e estas são os Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola. Esta espiritualidade é sabedoria pura. Santo Inácio foi inspirado pelo Divino Espírito Santo. O número de Padres jesuítas é limitado e às vezes falta tempo e recursos para a pessoa".

As novas ferramentas tecnológicas permitem sobretudo a velocidade da informação e a superação das distâncias. Então, por que não usá-las também a serviço da evangelização?

"Internet é a morte da distância. E nós da Igreja, nós jesuítas, nós católicos, temos muito conteúdo e como é importante, na televisão, que nós gravemos conteúdo de valor duradouro e como é importante ter videotecas cheias de conteúdo maravilhoso. Internet, Educação à distância, conseguem entregar conteúdo quando as pessoas quiserem".

Articulado em quatro módulos, o retiro contempla 122 encontros, todos gravados em vídeo, com uma duração média de 10 minutos cada um, sendo acessados pela internet, como explica Bethânia Reis do Marco, responsável pela Educação à Distância:

"O curso foi desenvolvido em quatro etapas, exatamente na forma como ele é feito em Casas de Retiro, ministrados pelos Padres jesuítas e leigos que já tiveram experiência com os Exercícios. Nestas quatro etapas a pessoa vai ter um período de acesso ao nosso site. Ela vai fazendo diariamente, observando as video-aulas pelo site e depois ela reserva um tempo de oração para fazer a própria experiência a partir daquilo que foi proposto no encontro. Nós pedimos que a pessoa dedique ao menos 30 minutos por dia para fazer esta experiência".

Durante este percurso espiritual, o retirante não estará sozinho, mas terá o auxílio de um acompanhante:

"Cada pessoa vai ter um acompanhante, os acompanhantes são pessoas que já fizeram os Exercícios Espirituais e têm uma grande experiência nesta área e que podem orientar, de maneira, por exemplo, quando a pessoa faz a meditação bíblica ou tentam fazer uma reflexão e não consegue por falta de experiência, então o orientador vai dando dicas, os acompanhantes dão dicas de como fazer esta caminhada, para que realmente sejam uma experiência transformadora".

"Os próprios acompanhantes, que são aqueles que já fizeram os Exercícios Espirituais, que serão como guias, como caminhantes ao lado dos exercitantes, eles vão fazendo passo a passo, conforme os Exercícios vão evoluindo, eles vão dando dicas também para as pessoas que estão sendo acompanhadas, que estão fazendo os Exercícios, para que elas possam também procurar uma espiritualidade mais profunda, uma fé mais amadurecida. Este caminho deve ser fruto do próprio Exercício Espiritual, mas há também as dicas para que a pessoa mantenha uma vida de oração, procure a Eucaristia, se possível diariamente, mas senão aos domingos, para que isto também possa fortalecer a experiência que ela está fazendo. Para as pessoas que estão afastadas da Igreja para que busquem o Sacramento da Confissão. O próprio Exercício Espiritual, as meditações que você vai fazendo durante o percurso, nos vão movendo a isto e os acompanhantes são mais do que preparados para poder indicar o caminho de conversão, de aproximação a Deus e de experiência".

Como em todo o retiro, as pregações devem ser acompanhadas por uma boa preparação com a oração, assim como a frequência aos Sacramentos. Justamente por não ser feito em um local retirado, longe das tantas distrações do dia-a-dia, o retiro exigirá uma maior autodisciplina do participante:

"O que é proposto, é que ao entrar na internet a pessoa não acesse outras fontes na internet, como redes sociais, pois ela pode se distrair olhando outras coisas enquanto está tentando fazer os Exercícios. Então a proposta é que ela não acesse outros canais, outras formas de acesso na internet para que ela fique fixada somente nos Exercícios Espirituais naqueles 30 minutos. Que ela crie um momento de oração antes, faça uma preparação prévia na oração, para que ela possa realmente fazer deste momento um momento de experiência com Deus".

O retiro propõe 122 encontros, realizados diariamente de segunda a sexta-feira, deixando o final de semana livre para serem revividos e absorvidos os momentos que mais marcaram o retirante durante a semana. Bethânia nos explica o tema dos módulos:

"O primeiro módulo é uma explicação do que são os Exercícios Espirituais. No segundo módulo, os participantes são levados a experimentar a misericórdia de Deus, a partir das reflexões daquilo que Jesus fez. Experimentar a misericórdia de Deus, por meio de uma purificação interior, daquilo que  precisa ser renovado, precisa ser transformado. No terceiro módulo eles vão compreender um pouco mais a Jornada Inaciana, então vão passar por aquilo que Santo Inácio chama de 'Eleição', que é uma Reforma de Vida, algo que precisa ser discernido, que precisa ser decidido, neste terceiro módulo é o caminho dado para isto. E tudo isto foi feito a partir de reflexões sobre a vida pública de Jesus e também das Regras de Discernimento de Santo Inácio. O quarto e último módulo tem o objetivo de ensinar aos exercitantes os métodos de discernimento de Santo Inácio também,  aprofundando um pouco mais o que já foi visto no terceiro módulo, onde por meio da oração, discernir o que Espírito Santo quer conduzir cada participante, para que a partir desta vivência, desta experiência com aquilo que o Espírito Santo quer, eles possam colaborar na construção do Reino e serem discípulos missionários no mundo todo ou aonde estiverem inseridos".

As inscrições para a primeira turma encerraram-se no final de junho, tendo o curso iniciado em 11 de julho, com previsão de conclusão para 30 de dezembro. Devido à grande procura, que superou todas as expectativas, com mais de 900 inscrições, foi aberta uma lista de espera para a próxima turma. Para inscrever-se na lista de espera clique no link.

Para mais informações, basta acessar o site EAD Século 21http://www.eadseculo21.org.br/ead/

 

(JE)

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Atualidades



Presidente da Ucei escreve ao Papa pela visita a Auschwitz

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Roma (RV) - A Presidente da União das Comunidades Judaicas Italianas (Ucei), Noemi Di Segni, enviou uma carta ao Papa Francisco em vista da visita que o pontífice fará aos campos de concentração de Auschwitz e Birkenau, na sexta-feira, 29 de julho, durante sua visita à Polônia, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude.

Segundo o jornal da Santa Sé, L’Osservatore Romano, Noemi escreve ao Papa em nome dos judeus italianos. A visita a Auschwitz-Birkenau é “um evento muito esperado que chamará  atenção de milhões de pessoas sobre essa página escura da história, uma ferida aberta no coração da Europa e que continua interpelando as consciências de todos aqueles que têm no coração a defesa da paz, da liberdade e da democracia”, ressalta na missiva. 

“Apreciei muito a sua escolha de não fazer um discurso formal, mas concentrar a emoção desta visita tão significativa, ao silêncio longo e intenso. Uma forma de oração que rimbomba e fará ecoar, tenho certeza, os gritos e a dor de muitas crianças, mães, jovens e homens que daquela terra não retornaram. A sua oração que junto com as nossas torna aquela terra de sofrimento um local de culto”, escreve ainda Noemi. 

“A sua visita”, afirma ainda a carta, “se torna um emblema de um percurso introspectivo de redescoberta e defesa dos valores mais profundos, respeito pelo outro e respeito pela vida, que hoje os novos terríveis inimigos parecem colocar em dúvida junto com as conquistas formidáveis que a Itália, a Europa e o mundo inteiro souberam alcançar depois da II Guerra Mundial. Fruto de um pacto entre gerações, nascido depois das cinzas de Auschwitz-Birkenau e de outros lugares de morte daquele período, a democracia, a integração europeia e a existência de Israel são a prova do longo caminho percorrido para não esquecer aquela lição dramática da Shoah e garantir a todos, ninguém excluído, um futuro próspero e melhor”. 

“Nunca como hoje as religiões e seus líderes são chamados a ser um exemplo para todos os cidadãos. Espera-nos um longo caminho de compromisso e colaboração na consciência de que os elementos que nos unem são mais numerosos e mais significativos do que os que nos dividem. Somente assim as terras do extermínio e do ódio poderão assumir a santidade de todos os mártires que, no nome do amor e da tolerância, ali sacrificaram a própria vida”, conclui a Presidente da União das Comunidades Judaicas Italianas. (MJ)

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Cracóvia: Expostas as relíquias de Santa Maria Madalena

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Cracóvia (RV) - Foram expostas em Cracóvia, Polônia, as relíquias de Santa Maria Madalena, uma das padroeiras dos jovens que participarão da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que terá início na próxima semana.

Os organizadores resolveram inserir o nome da ‘Apóstola dos Apóstolos’ cuja primeira festa se celebra nesta sexta-feira (22/07), por decisão do Papa Francisco. 

As relíquias de Santa Maria Madalena, provenientes da Diocese de Fréjus-Toulon, sul da França, foram escoltadas por voluntários dominicanos ao centro histórico da cidade polonesa, onde foram depositadas na Igreja de São Casimiro, confiada aos frades franciscanos.

Venerada como “testemunha da misericórdia”, Maria Madalena não é a única santa cujas relíquias serão expostas para a veneração dos jovens em Cracóvia. Não faltarão as relíquias dos padroeiros oficiais da 31ª Jornada Mundial da Juventude: Santa Faustina Kowalska e São João Paulo II, e as de São Maximiliano Maria Kolbe, mártir de Auschwitz.

Da Itália, também para esta edição da JMJ, foram enviadas as relíquias do Beato Piergiorgio Frassati que estão na Polônia desde a metade de julho e foram levadas em peregrinação a várias dioceses. No próximo sábado (23/07), são esperadas na sede da JMJ para serem acolhidas no mosteiro dominicano situado na rua Stolarskiej.

“Piergiorgio era um jovem que entendeu o que significa ter um coração misericordioso, sensível aos pobres. Ele lhes dava muito mais do que coisas materiais; dava si mesmo, dedicava tempo, palavras e capacidade de ouvir. Servia os pobres com discrição, nunca se mostrando”, escreveu o Papa Francisco, em setembro, na mensagem tradicional de convite à JMJ. 

Um jovem que morreu apenas com 24 anos, a ser proposto como modelo para outros jovens do mundo que estão chegando à Polônia dos cinco continentes. (MJ)

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63% dos franceses não se identificam com nenhuma religião

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Paris (RV) - Os ataques em janeiro levantaram a questão do lugar da religião na França. As estatísticas étnicas ou sobre a pertença religiosa foram altamente regulamentados na França, o número exato de pessoas sem religião é desconhecido. Mas várias pesquisas a nível mundial e europeu oferecem uma boa estimativa da questão religiosa na França.

A maioria dos franceses considera-se ateu

Segundo uma sondagem do Instituto de pesquisas WIN / Gallup International, especialista em questão religiosa, um terço dos franceses afirma ser "não religioso" e quase outro terço afirma ser "ateu".

Assim, 63% dos franceses não se identificam com nenhuma religião, contra apenas 37% dos que se dizem religioso. O estudo foi realizado em 2012, num universo de 50 000 pessoas.

Em 2010, a pesquisa do ‘Eurobarètre’ encomendada por uma Comissão Europeia, confirmou as respostas da primeira pesquisa: 40% dos franceses se declaram ateus e cerca de um terço diz "acreditar em um espírito ou um poder superior".

Quase 70% dos franceses ouvidos, portanto, não pertencem a nenhuma religião específica. Mesmo que um terço deles acredite em alguma forma de divindade, a resposta é enquadrada no item "sem religião".

Os muçulmanos são mais praticantes que os católicos

Mas ter fé e praticar sua religião são duas coisas distintas. De acordo com o estudo da Gallup, uma parte significativa dos entrevistados declarou pertencer a uma religião, mas não praticá-la. De fato, a pesquisa do IFOP revela que a percentagem de praticantes franceses está em grande diminuição. Assim, somente 4,5% frequentam semanalmente a Santa Missa.

Além disso, mesmo que cerca de 70% da população francesa seja batizada, as novas gerações não querem batizar seus filhos: em comparação com os  472.000 batismos em 1990, foram realizados não mais de 303.000 em 2010, num universo de 800.000 nascimentos.

Em relação ao Islã, a prática religiosa é mais regular. De acordo com uma pesquisa IFOP encomendada pelo La Croix, 41% das pessoas de “origem muçulmana” se dizem  "crentes e praticantes" (contra 16% entre os católicos), e 34% "crentes, mas não praticantes" (57% Católica), 25% se dizem "sem religião ou somente de origem muçulmana" (27% dos católicos). Apenas 25% dos entrevistados dizem ir "geralmente à mesquita na sexta-feira".

A França é um dos países mais ateus do mundo

A tendência ao ateísmo é mundial, segundo critérios estabelecidos pelo estudo Gallup. Entre os cinco países mais ateus, dos 50 pesquisados,  a França ocupa o 4º lugar, atrás da China, do Japão e da República Checa.

O estudo correlaciona os resultados com a riqueza do país. Grande parte dos países mais religiosos também têm o menor rendimento nacional bruto: Gana, Nigéria, Romênia, Quênia, Afeganistão. Pelo contrário, os menos religiosos são muitas vezes os  mais ricos, como a França, Japão, Suécia , Hong Kong, Austrália, Alemanha e Holanda.

 

(JE)

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Violência sexual em conflitos preocupa a Santa Sé

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Viena (RV) – O Observador Permanente da Santa Sé na Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Monsenhor Janusz Urbańczyk, dedicou o seu pronunciamento na mais recente Conferência do Conselho Permanente da OSCE à prevenção da violência sexual em conflitos.

A Santa Sé comunicou a sua satisfação pelo trabalho do Conselho na promoção e desenvolvimento do papel crucial das mulheres em reconciliar e reconstruir as suas famílias, comunidades locais e também as suas nações em tempos de crise e após conflitos.

Sem justificativa

O Observador Permanente da Santa Sé reiterou que “não existe qualquer tipo de justificação para qualquer tipo de violência, sexual ou não, contra as mulheres.”

A Santa Sé expressou a sua determinação em “trabalhar com todas as mulheres e homens de boa vontade para combater e prevenir a violência sexual durante conflitos e também proteger e apoiar as vitimas de tais violências através do desenvolvimento de projetos para reabilitá-las.”

Igualdade

Mons. Urbańczyk citou as palavras do Papa Francisco em sua recente Exortação Apostólica Amoris Lætitia: "Neste relance sobre a realidade, desejo salientar que, apesar das melhorias notáveis registradas no reconhecimento dos direitos da mulher e na sua participação no espaço público, ainda há muito que avançar nalguns países. Não se acabou ainda de erradicar costumes inaceitáveis; destaco a violência vergonhosa que, às vezes, se exerce sobre as mulheres, os maus-tratos familiares e várias formas de escravidão, que não constituem um sinal de força masculina, mas uma covarde degradação".

O diplomata acrescentou: “Em conformidade com o que foi descrito acima, a Santa Sé apoia plenamente os compromissos da OSCE em alcançar uma igualdade verdadeira e autêntica entre as mulheres e os homens”. E manifestou a sua disponibilidade para revisar o Plano de Ação da OSCE 2004 para a Promoção da Igualdade de Género.

(NM)

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Governo venezuelano e oposição aceitam mediação do Vaticano

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Caracas (RV) – A possibilidade de diálogo na Venezuela ganhou corpo esta quinta-feira (21/07), depois que o governo de Nicolás Maduro e a oposição aceitaram que um representante da Santa Sé participe do processo que busca ajudar e resolver a grave crise pela qual atravessa a nação sul-americana. 

O gesto pode marcar uma reviravolta na situação política no país, visto que o governo venezuelano mostrava-se reticente e fechado à qualquer mediação para solucionar a crise.

O Secretário-Geral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, divulgou a informação, acompanhado dos mediadores - o ex-Primeiro-Ministro espanhol José Luis Rodríguez Zapatero, o ex-Presidente do Panamá Martin Torrijos e do dominicano Leonel Dominicana Fernandez - depois de um longo encontro com o governante venezuelano..

O ex-Presidente da Colômbia disse textualmente na saída do Palácio Presidencial venezuelano: "Nós constatamos a aceitação das partes para que nesta missão exista o acompanhamento do Vaticano”.

Ernesto Samper agradeceu a todos, em particular Nicolás Maduro, que confirmou, segundo as palavras do político colombiano, a sua disponibilidade ao diálogo com a oposição para encontrar uma solução mediada à crise do país.

A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou uma nota no final da tarde desta sexta-feira, onde reafirma que “como é de conhecimento,  já no passado a Santa Sé havia manifestado a sua disponibilidade se houvesse as premissas para sua contribuição ao diálogo”.

“Porém – precisou o Padre Federico Lombardi –  no momento atual não chegou nenhuma comunicação oficial nem à Nunciatura, nem à Secretaria de Estado, que apresente e especifique a substância e os detalhes de tal pedido”.

(JE)

 

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