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Sumario del 23/07/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



A solidariedade de Francisco com o povo do Sudão do Sul

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa acompanha de perto a difícil situação no Sudão do Sul e enviou uma carta às autoridades locais com um apelo pela paz. Quem o afirma é o Cardeal Peter Turkson, recém-chegado de Juba, capital do país. 

O Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz relata à RV o sofrimento da população, especialmente dos refugiados, não obstante o cessar-fogo em vigor, e a atenção do Pontífice com a vida da comunidade cristã. 

“Estive em Juba domingo e celebrei a missa com a comunidade na Catedral. Foi um grande momento de serenidade. Levei a saudação do Santo Padre, a expressão de sua solidariedade com o povo. Depois, visitamos algumas pessoas que abandonaram suas casas por causa da falta de segurança e estão alojadas em escolas e igrejas. No dia seguinte, visitamos o Presidente e lhe entregamos a mensagem do Papa Francisco”. 

A mensagem era uma invocação de paz

“Encontrei o Pontífice antes de viajar e ao entregar-me sua mensagem, ele resumiu seus sentimentos dizendo ‘chega de conflitos!’”. 

O cardeal ganês conclui revelando. “Quando estive com o Papa, ele escreveu duas cartas: uma ao Presidente e outra ao vice, que agora está em fuga. A rapidez com que reagiu a esta exigência de enviar a solidariedade e um apelo pela paz é impressionante! Algum tempo atrás, falando com ele, me dizia: ‘Eu gostaria de ir lá...’. Estas situações difíceis estão sempre no coração do Papa Francisco”.

(CM)

 

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Igreja na América Latina



Igreja: justiça restaurativa para vítimas do conflito salvadorenho

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São Salvador (RV) - A Conferência Episcopal de El Salvador (CEDES) pediu, por meio de um comunicado, uma “justiça restaurativa” em favor das vítimas do passado conflito armado, em sintonia com a abolição da Lei da Anistia decidida pela Corte Suprema de Justiça. 

O pronunciamento assinado por nove bispos e um sacerdote administrador da diocese de São Miguel não pede a prisão dos culpados, mas sim que as vítimas “sejam ouvidas e tenham seus direitos respeitados”. 

Nada de vingança e revanchismo

A CEDES diz que não se deve interpretar a decisão judicial como um instrumento de revanchismo e vingança, mas ao contrário, “é o momento da justiça, da misericórdia e do perdão; de trabalhar todos pela instauração da verdadeira paz”. 

A instituição, máxima autoridade da Igreja católica, faz também um chamado enérgico aos deputados da Assembleia Legislativa, para que legislem da maneira jurídica “mais conveniente”.

A Conferência Episcopal assegura que está a favor das vítimas e da reconciliação e cita uma frase de São João Paulo II: “Não se pode permanecer prisioneiros do passado: é necessária, para cada um e para os povos, uma espécie de ‘purificação da memória’, a fim de que os males do passado não se repitam”. 

Lei da Anistia, o que é

Promulgada em 1993, a Lei da Anistia em El Salvador tinha por fim impedir investigações e julgamentos de crimes ocorridos durante os 12 anos de guerra civil (1979-92) que deixaram um rastro de mais de 85 mil mortos e 8.000 desaparecidos no país.

Com a abolição decidida pelo tribunal, poderá vir à luz a verdade sobre massacres e assassinatos protagonizados pelas forças em conflito, o regime militar no poder após o golpe de 1979, e a guerrilha Farabundo Martí (FMLN) e agrupações a ela associadas. 

 

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Igreja no Mundo



Bispos da África reunidos na primeira plenária em Angola

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Luanda (RV) – Encerra-se domingo, 24 de julho, a 17ª assembleia plenária do simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagascar (SECAM) que está reunindo dezenas de bispos em  Luanda desde o dia 19.

Esta é a primeira vez que a plenária se realiza em um país de língua portuguesa, e o anfitrião, arcebispo de Luanda, Dom Filomeno do Nascimento Vieira Dias, o afirma nesta entrevista, concedida ao correspondente da RV, Pe. Paul Samasumo. 

O bispo, que é também Presidente da CEAST, Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, defende que a família é a grande e primeira escola da evangelização, e que as crianças, de modo especial, são uma prioridade nesta missão. 

(PS/CM)

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Família e acolhimento nas Arábias

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Dubai (RV*) - Amigas e amigos, recebam uma saudação de paz e fraternidade das Arábias. Conhecendo um pouco a vida dos habitantes do deserto e lugares afastados dos grandes centros urbanos, descobri que é nesses locais onde a hospitalidade é mais praticada. 

Na sociedade árabe, a família não se resume a pai, mãe e filhos. As responsabilidades sociais são exercidas por todos os demais membros, onde todos constroem uma união que se mantém presente, em todos os momentos da vida familiar, inclusive no acolhimento das visitas.

Nas Arábias, acolher visitantes foi sempre uma honra. Por isso, para os árabes, receber um convidado é algo muito importante. Será o alvo de todas as honras da casa. O anfitrião questionará o tempo todo se o convidado está sendo bem recepcionado e irá servir-lhe comida em quantidades além do normal.

A família árabe é centrada na figura do pai e, na ausência dele, do irmão mais velho. O homem da família é o provedor das necessidades da casa.  Por isso para ele existe toda uma reverência e respeito.

 A mãe é responsável pelos cuidados da casa e dos afazeres domésticos.  O homem árabe sempre foi o tomador de decisões.  Na família árabe, filhos são suporte para o pai, e as filhas, apoio para a mãe, além de serem responsáveis pela ajuda nos serviços da casa.

Quanto às filhas, ainda é comum que elas só saiam de casa para se casar. Em caso de separação, elas retornam à casa dos pais.

É comum pensar que as mulheres caminham, ficando atrás dos homens manifestando inferioridade. Todavia, a origem desse costume deve-se à vida nas aldeias ou acampamentos no deserto. Quando a família se deslocava para um lugar melhor ou comercializar, o homem ia à frente da mulher e filhos, fazendo o caminho ou livrando-os de possíveis perigos.

Infelizmente, muitos elementos da vida quotidiana dos povos do planeta, sofreram transformações e manipulações sob a ação de mentores ou líderes das tribos. Por conta disso, em muitos lugares, a mulher foi relegada ao serviço do homem como se fosse sua propriedade, submissa e sem direitos. Atualmente esse panorama está em mudança acelerada. Embora o caminho a percorrer seja ainda longo, as mulheres conquistaram espaços significativos na vida social, econômica, cultural e politica, no mundo árabe.

Amigas e amigos, vale lembrar as Escrituras:

“Não se esqueçam da hospitalidade, porque graças a ela alguns, sem saber, receberam anjos”. (Hebreus 13,2)

*Missionário Pe. Olmes Milani CS. Das Arábias para a Rádio Vaticano.

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Formação



Reflesão dominical: "Pedi e recebereis"!

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Cidade do Vaticano (RV) - A leitura do Gênesis falando da intercessão que Abrãao faz a Deus pelos seus conterrâneos, serve para nós como incentivo para uma oração bem feita.

 

Abrãao dialoga com Deus, suplica, apresenta suas razões, escuta, volta a falar, enfim são dois amigos convesando através de um diálogo espontâneo e sincero.

No Evangelho, os discípulos pedem a Jesus que os ensine a rezar.

Jesus começa dizendo que quando quiserem rezar, deverão se dirigir a Deus chamando-O de Pai, pois Ele é o nosso querido Pai. Jesus dá um passo gigantesco em relação a Abraão. Se esse já demonstrava confiança e intimidade, Jesus recomenda o posicionamento de filho que conversa com o Pai querido.

Simultãneamente demonstramos que de fato somos seus filhos quando pedimos que o seu Reino, ou seja, os seus planos, seus projetos, também sejam nossos, sejam realizados. Estamos, somos comprometidos com a realização da nova sociedade.

Ao mesmo tempo nos ensina que somos irmãos, por isso o pedido do pão para cada dia, feito também na primeira pessoa do plural, no nós,  significando que assumimos como nossas, as necessidades dos demais, seja de alimento, de moradia, de saúde, de educação, de emprego, de justiça.

Nossa filiação se torna mais autêntica quando pedimos para que perdoe as nossas ofensas do mesmo modo que perdoamos aos que nos ofenderam. “Filho de peixe, peixinho é”, diz um ditado! Filho de um misericordioso, também é misericordioso! Filho de um Deus perdão, também perdoa!

Abrãao foi muito humilde em sua oração. Jesus também nos indica a humildade quando nos orienta a pedir ao Pai que não nos deixe cair em tentação. Se Deus não nos ajudar, nada conseguiremos, somos fracos, somos pó.

Finalmente o ensinamento de Jesus termina com o resultado de nossa oração, com a certeza de que quem pede, recebe: quem procura, encontra;  para quem bate, se abrirá. Pedi e recebereis!

É preciso confiar em Deus, reconhecê-lo como Pai e Pai querido. (Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para o XVII Domingo do Tempo Comum)

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Atualidades



JMJ: aplicativo 'Peregrino' tem 5 mil downloads em 1 hora

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Cracóvia (RV) - Apenas uma hora depois de lançado, o aplicativo oficial da Jornada Mundial da Juventude, "Peregrino", foram realizados mais de 5 mil downloads.

“Peregrino” é o aplicativo projetado para os peregrinos que irão para a Jornada Mundial da Juventude 2016, de 25 a 31 de julho. O aplicativo, que também estará disponível para moradores de Cracóvia, realiza as funções de guia móvel, mapa e fonte de informações. 

Os usuários de smartphones com sistemas Android, IOS e Windows podem baixar o “Peregrino”, desenvolvido em colaboração com o Comitê Organizador Local da JMJ e a empresa Comarch. O aplicativo da JMJ 2016 facilita a locomoção na cidade de Cracóvia e seus arredores durante o evento, é gratuito e disponível em nove idiomas, para que os recém-chegados de todo o mundo possam facilmente escolher a língua que preferem.

Funcionalidades

Cada usuário pode personalizar o aplicativo ao inserir o seu local de acomodação, a catequese da qual deseja participar ou os lugares que gostaria de visitar. A principal funcionalidade é acessível em modo offline, permitindo o acesso ao aplicativo mesmo em situações de acesso limitado à internet.

No aplicativo, há um mapa com a localização dos eventos mais importantes da JMJ. É possível traçar uma rota da localização atual do peregrino até o ponto selecionado no mapa. Há também guias para ajudar os peregrinos a chegar até os locais mais interessantes para visitação em Cracóvia.

O aplicativo também é equipado com frases básicas de conversação, textos litúrgicos, livros de oração e hinários para ajudar os jovens a comunicar-se e facilitar a experiência espiritual da Jornada Mundial da Juventude.

Outras informações no aplicativo

Além de ajudar na localização dos peregrinos, o aplicativo contém uma lista de importantes números de contato dos departamentos responsáveis pela segurança e instituições diplomáticas. Também contém um calendário de todos os eventos associados com a Jornada Mundial da Juventude. Além de apresentar as celebrações religiosas mais importantes, também inclui catequeses e todas as iniciativas do Festival da Juventude.

Todos esses eventos podem ser pesquisados de acordo com a localização do usuário. Os jovens receberão notificações sobre os eventos que estão prestes a acontecer e aonde eles acontecerão. O aplicativo traz ainda previsão do tempo, avisos sobre qualquer inconveniente ou mudanças no transporte. “Peregrino” também inclui a possibilidade de conectar-se com as redes sociais.

 (Jovens Conectados)

 

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Editorial: Jovem, coração palpitante

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Cidade do Vaticano (RV) – Tudo pronto para 31ª Jornada Mundial da Juventude, em Cracóvia, de 25 a 31 de julho. Jovens de todas as partes do mundo estão chegando à cidade polonesa, centro mundial do culto da Divina Misericórdia, que encontra o seu fulcro no Santuário de Lagiewnik. E o Brasil não faz exceção. São muitos os grupos de jovens do nosso país que já chegaram e que ainda estão chegando à terra de São João Paulo II. Seriam no total 10 mil, provenientes do Brasil e da Europa. Todos em peregrinação para o grande encontro com Francisco, depois do inesquecível evento em Copacabana, três anos atrás, no Rio de Janeiro.

 

E quem são esses jovens que escolheram, - aqueles que puderam devido às condições econômicas -, passar alguns dias com jovens do mundo inteiro, na expectativa do encontro com o Sucessor de Pedro? Traçar uma identidade de quem está ou ainda vai à Cracóvia não é fácil. Certamente entre eles estão os jovens tocados pela fé, os que creem e praticam a sua fé, mas também os que creem, mas não praticam, os céticos e os duvidosos que, convidados por um amigo, ou levados pelo entusiasmo da mídia, querem “ver o efeito que faz”, e aqueles que querem aproveitar a oportunidade para visitar e conhecer novos lugares esperando em alguns dias de divertimento. Mas uma coisa é certa: todos, no fim, de qualquer modo voltarão para as suas casas transformados, não serão mais como partiram; algo de novo terá despertado em seus corações, algo de novo terá mudado a percepção de “ser jovem”.

Talvez um encontro inesperado, “com Cristo”, será o momento derradeiro desta mudança.

Certamente se retorna a casa diferente. Dificilmente quem vive uma experiência como a JMJ, - e isso nós sempre ouvimos dos jovens que participaram -, retorna igual para casa. Ao longo do caminho se deixam as dúvidas e os ceticismos do início, para encontrar novas razões, e novos motivos de vida. É a experiência de um grande evento, “de um grande encontro”.

Sim, porque o jovem busca, quer aprender a viver e ter uma vida digna de ser vivida. Quer “ser jovem” e viver a sua cotidianidade. E a JMJ é um pouco isso. Porque se nos seus corações permanecesse somente a ideia embranquecida de um grande evento, nada disso teria sentido, significado. Os jovens querem mais, e pedem para serem guiados, acompanhados, pegos pela mão, ajudados a desfrutar a vida de todos os dias.

O tema da JMJ, no âmbito do Jubileu, é “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia”. E será no “sinal da misericórdia”, em sintonia com o Ano Santo extraordinário e na recordação de São João Paulo II, - que destes encontros foi o “artífice”-, a JMJ de Cracóvia, na casa do Papa polonês tão amado pela juventude. Foi o próprio Papa Francisco que frisou isso no início desta semana através de uma vídeo-mensagem na qual renovou o seu convite aos jovens do país organizador e do mundo inteiro a participarem do encontro.

O Pontífice falou diretamente às novas gerações: “Tenho um grande desejo de me encontrar com vocês  para oferecer ao mundo um novo sinal da harmonia, um mosaico de rostos diferentes, de tantas raças, línguas, povos e culturas, mas todos unidos no nome de Jesus, que é o Rosto da Misericórdia”. E garantindo a sua bênção, desejou que esta seja “uma peregrinação de fé e fraternidade”.

Mas a visita que Francisco fará à Polônia, - a primeira de Bergoglio a este país -, será também uma ocasião de encontro com os filhos e filhas desta nação. Um povo “que passou por muitas provas, algumas muito difíceis, e que foi em frente com a força da fé, amparado pela mão maternal da Virgem Maria”.

Por isso, Francisco visitará, como peregrino o Santuário de CzÄ™stochowa. Será para ele uma imersão nesta fé provada. Irá também aos lugares dos horrores da 2ª Guerra Mundial, os campos de concentração nazistas de Auschwitz e Birkenau. Estes lugares já receberam a visita de outros dois Papas. João Paulo II, em 1979, durante a primeira viagem à Polônia e depois, Bento XVI, em 28 de maio de 2006, quanto fez um grande discurso que não estava no contexto litúrgico. A visita de Francisco terá uma forma diferente. Como ele já disse, não irá proferir palavras: fará o silêncio da dor, da compaixão e lágrimas; sim Francisco pediu o dom das lágrimas.

Muitos já definiram a JMJ de Cracóvia um evento das redes sociais, pois serão os próprios jovens a se comunicarem e a difundirem a mensagem do encontro. E a Rádio Vaticano, a Rádio do Papa e dos jovens, também estará nesta missão através de um correspondente local e das redes sociais com transmissão, ao vivo, em português, de todos os eventos com Francisco. Convidamos você a nos seguir através das Rádios e TVs brasileiras que estarão coligadas conosco, também através do nosso site, da nossa página no Facebook, do canal YouTube, Instagram, e Twitter.

Será um momento único vivido com Francisco, que se faz mais uma vez peregrino nas estradas do mundo. Será a história dos jovens, coração palpitante de uma Igreja em caminho. (Silvonei José)

 

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