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Sumario del 25/07/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Após o Angelus, Papa almoçou com jesuítas na Cúria

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Cidade do Vaticano (RV) – Após o Angelus deste domingo, 24 de julho, o Papa Francisco almoçou com os jesuítas na Cúria Geral. Esta é a quarta vez que Francisco visita a comunidade, como explicou o Padre Ignacio Echarte SJ: 

“O Santo Padre esteve aqui por quatro vezes. Foi um encontro em família.  Um encontro fraterno entre irmãos, entre companheiros, estava descontraído. Demonstrou estar contente em vir e desfrutamos muito de sua presença entre nós”.

A inesperada visita de Bergoglio deu-se por ocasião da próxima festa do fundador da Companhia de Jesus,  Santo Inácio de Loyola, a ser celebrada no dia em que o Santo Padre estará na Polônia para encerrar a Jornada Mundial da Juventude.

Em 2 de outubro próximo terá lugar em Roma a 36ª Congregação Geral da Companhia de Jesus, que elegerá o novo Prepósito Geral, em substituição ao Padre Adolfo Nicolás.

 

(JE/MDT)

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JMJ: Papa envia mensagem a encontro sobre Laudato si

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Cracóvia (RV) – “Saber ouvir os sinais de destruição e de morte que acompanham o caminho da humanidade, sensibilizando as instituições para que não orientem o sistema econômico exclusivamente ao consumo dos recursos naturais e dos seres humanos, mas promova a plena realização de toda pessoa e um desenvolvimento autêntico”. 

Esta é a mensagem que o Papa enviou, por meio da Secretaria de Estado, ao congresso “Ecologia integral. Laudato Si’ – Os jovens protagonistas da mudança”, em andamento em Cracóvia, em concomitância com a JMJ.

Para o Papa, a iniciativa ajuda a refletir sobre as nossas responsabilidades de sermos custódios da criação, no projeto de Deus inscrito na natureza”.

O Pontífice exorta “a considerar que a criação é um dom maravilhoso de Deus que deve ser utilizado para o bem de todos. É necessário começar pelo nosso cotidiano se quisermos mudar nosso estilo de vida; reduzir os desperdícios e nos conscientizando que também os pequenos gestos podem garantir sustentabilidade e futuro para a família humana”. 

(CM)

 

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JMJ: presentes ao Papa serão leiloados em prol de refugiados

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Cracóvia (RV) – Uma estola bordada e dois pares de sapatos feitos à mão: são os presentes que a Caritas Polônia doará ao Papa Francisco, antes da missa de encerramento da JMJ, domingo, 31 de julho, no Campus Misericordiae de Brzegi, em Cracóvia. A expectativa é que cerca de um milhão e meio de jovens, de 200 países, participe deste momento. 

Dons serão leiloados em beneficência

A iniciativa – explica o diretor da Caritas Cracóvia, pe. Bogdan Kordula, se insere no projeto ‘we4charity’, em favor das vítimas do conflito na Síria. A partir de 1º de agosto, os dons oferecidos ao Papa serão colocados em leilão e a arrecadação servirá para transformar um trailer em clínica móvel para refugiados sírios no Líbano. Para isso, a Caritas Cracóvia e a Caritas Líbano vão trabalhar juntas.

O sino da misericórdia

A respeito de suas expectativas para a JMJ, Pe. Kordula adianta: “O dom da paz, para libertar os jovens do racismo e do terrorismo”. Diante da sede da Caritas, inaugurada junto com o Campus Misericordiae, está o ‘sino da misericórdia’, doado pelo Cardeal Stanislaw Dziwisz, arcebispo de Cracóvia, que tocará durante a celebração papal. Depois da JMJ, o Campus Misericordiae se tornará um ponto de socorro fixo para eventos semelhantes à JMJ, para assistir peregrinos com dificuldades de deambulação.

O leilão da ‘we4charity’ será acessível também online

(CM)

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JMJ Cracóvia: Pe. Lombardi, será uma grande festa da fé

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Cidade do Vaticano (RV) - Jovens do mundo inteiro estão chegando a Cracóvia, Polônia, para a Jornada Mundial da Juventude que tem início nesta terça-feira (26/07) e prossegue até o próximo domingo, 31. O Papa Francisco chegará a Cracóvia na tarde desta quarta-feira (27/07). 

O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, nos fala sobre o clima que se respira a Cracóvia na expectativa desta grande festa. 

Pe. Lombardi: “Tive a preocupação, o escrúpulo de ouvir, também dos organizadores, qual é o clima a fim de dar todas as garantias que podiam ser solicitadas. Digo que tive realmente confirmações que tranquilizaram, ou seja, que na Polônia não há preocupações ou alarmes particulares. Ao mesmo tempo, há também a seriedade e a capacidade de gerir as medidas normais de segurança. Sabemos que houve este grande encontro da OTAN, recentemente, que se realizou de maneira muito serena. Portanto, em relação à Jornada Mundial da Juventude, com a responsabilidade justa das autoridades e de todas as pessoas envolvidas, prosseguimos adiante com tranquilidade e serenidade, com a certeza de que será uma festa grande e bonita. Disseram-me que não houve desistência de grupos. Pelo contrário, estão chegando todos com grande entusiasmo e tranquilidade. Acredito que seja necessário prosseguir com muita confiança, que será uma bonita festa da fé dos jovens com o Papa.”

Esta viagem é uma peregrinação nas pegadas de João Paulo II. É um sinal muito forte não somente para o povo polonês, mas para toda a Igreja...

Pe. Lombardi: “Certamente! Iremos a Cracóvia que foi a sede de João Paulo II como arcebispo. Vamos à Jornada Mundial da Juventude que foi um evento criado, pensado e querido pelo grande coração de João Paulo II e seu gênio da Pastoral Juvenil. Em particular, gostaria de recordar a ligação íntima, profunda entre o tema da Divina Misericórdia que João Paulo II viveu como fundamental em seu pontificado, desde a sua Encíclica “Dives in Misericordia” à canonização de Irmã Faustina, a criação da festa da Divina Misericórdia para a Igreja universal ao coração do Jubileu do ano 2000. E hoje, estamos celebrando o Jubileu da Divina Misericórdia. Estamos realmente em sintonia absoluta, nos temas centrais, da maneira em que estes dois Papas, João Paulo II e Francisco, anunciam o Evangelho ao mundo de hoje.” 

Ultimamente, houve pequenas mudanças no programa da viagem. Uma delas é que o Papa renunciou a fazer um discurso preparado aos bispos poloneses. O Pontífice quer falar espontaneamente... 

Pe. Lombardi: “Para dizer a verdade, eu não falaria tanto de mudança, mas do fato de que o Papa disse claramente como deseja que se realize o encontro e escolheu a fórmula que é a que ele prefere e usou frequentemente para os encontros com os bispos durante suas viagens ao exterior: a de um encontro familiar, de diálogo. O Papa não deseja fazer um grande discurso aos bispos, mas deseja falar com eles, ouvir as suas perguntas; perguntas que ele quer que sejam feitas com toda liberdade e serenidade da parte dos bispos. O motivo da ausência da transmissão ao vivo é o de criar um clima de familiaridade, distensão, tranquilidade e liberdade de expressão da parte dos próprios bispos, mais do que da parte do Papa, para que eles possam estar absolutamente tranquilos de falar como filhos ao Pai, como confrades ao Bispo de Roma, guia da Igreja universal. E isso, eu que acompanhei todas as viagens do Papa ao exterior até agora, possa garantir que é a coisa que o Papa mais deseja fazer e fez com frequência. As vezes em que fez um discurso formal, público, transmitido, são excepcionais. Por exemplo, fez, como sabemos, nos Estados Unidos ou no México; mas com as três Conferências Episcopais encontradas na África, as três Conferências Episcopais encontradas na América Latina, a Conferencia Episcopal Cubana, a Conferência Episcopal Italiana que é numerosa, nos últimos dois anos, o Papa sempre preferiu, quando possível, fazer um encontro de diálogo. Ele não tem medo dos meios de comunicação. Sabemos disso. Vemos como ele está disponível nas entrevistas que faz também no avião. Porém, ele está muito atento: quando quer que haja um clima de familiaridade e liberdade com as pessoas que encontra, prefere que a mídia não esteja presente. Assim, por exemplo, na missa matutina da Casa Santa Marta e em outras ocasiões, ele disse: “Não, desta vez não. Por que? Porque quero que haja um clima de familiaridade, de serenidade, de abertura total. Portanto, prefiro que sejamos deixamos juntos, entre irmãos, em nosso encontro.” (MJ)

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Igreja na América Latina



San Salvador: justiça restaurativa para vítimas do conflito

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San Salvador (RV) - A Conferência Episcopal de El Salvador (CEDES) pediu, por meio de um comunicado, uma “justiça restaurativa” em favor das vítimas do passado conflito armado, em sintonia com a abolição da Lei da Anistia decidida pela Corte Suprema de Justiça.

O pronunciamento assinado por nove bispos e um sacerdote administrador da diocese de São Miguel não pede a prisão dos culpados, mas sim que as vítimas “sejam ouvidas e tenham seus direitos respeitados”. 

Nada de vingança e revanchismo

A CEDES diz que não se deve interpretar a decisão judicial como um instrumento de revanchismo e vingança, mas ao contrário, “é o momento da justiça, da misericórdia e do perdão; de trabalhar todos pela instauração da verdadeira paz”. 

A instituição, máxima autoridade da Igreja católica, faz também um chamado enérgico aos deputados da Assembleia Legislativa, para que legislem da maneira jurídica “mais conveniente”.

A Conferência Episcopal assegura que está a favor das vítimas e da reconciliação e cita uma frase de São João Paulo II: “Não se pode permanecer prisioneiros do passado: é necessária, para cada um e para os povos, uma espécie de ‘purificação da memória’, a fim de que os males do passado não se repitam”. 

Lei da Anistia, o que é

Promulgada em 1993, a Lei da Anistia em El Salvador tinha por fim impedir investigações e julgamentos de crimes ocorridos durante os 12 anos de guerra civil (1979-92) que deixaram um rastro de mais de 85 mil mortos e 8.000 desaparecidos no país.

Com a abolição decidida pelo tribunal, poderá vir à luz a verdade sobre massacres e assassinatos protagonizados pelas forças em conflito, o regime militar no poder após o golpe de 1979, e a guerrilha Farabundo Martí (FMLN) e agrupações a ela associadas. (SP)

 

 

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Igreja no Mundo



Cardeal Dziwisz: Cracóvia é a capital da misericórdia

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Cracóvia (RV) – “Os jovens vêm a Cracóvia para meditar a misericórdia que traz a paz. Cracóvia é a capital da misericórdia. O segredo destes dias será a devoção a Jesus misericordioso”.  

A poucos dias de sua abertura, assim o Arcebispo de Cracóvia, Cardeal Stanisław Dziwisz, explicou o “sentido profundo” desta JMJ polonesa.

“A mensagem de Jesus à Irmã Faustina, a Apóstola da misericórdia, é muito atual: voltar-se à misericórdia se quisermos a paz”, afirmou.

Em entrevista concedida às mídias da Conferência Episcopal italiana - Jornal Avvenire, Agência Sir, TV 2000 e Rádio InBlue – o Cardeal disse estar convencido de que, “como escreveu Irmã Faustina em seu diário, referindo as palavras de Jesus, de Cracóvia sairá a centelha da misericórdia e da paz”.

“Os jovens – afirmou o Arcebispo – são sensíveis à verdade, à beleza e à amizade. João Paulo II tinha confiança neles e os jovens sabem disto. Recordo no Rio de Janeiro, em 2013, quando o Papa Francisco anunciou Cracóvia como sede da JMJ 2016. Naquele momento vi o entusiasmo dos jovens, também daqueles que não o conheceram. Sinal claro de que São João Paulo II ainda inspira as novas gerações, não somente por aquilo que deixou como herança espiritual, mas como pessoa extraordinária. Ele acompanha os jovens com o seu sorriso, a sua palavra, o seu magistério e o mesmo estão fazendo Bento XVI e agora o Papa Francisco”.

“Os jovens encontrarão em Cracóvia uma mensagem de amor, paz e solidariedade e a levarão aos seus países. É a única – conclui – capaz de dar segurança, aquela baseada no amor, em todo o mundo”.

 

                             

 

(JE/Sir)

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Cracóvia acolherá esta terça-feira relíquias do Beato Frassati

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Cracóvia (RV) – As relíquias do Beato Pier Giorgio Frassati serão recebidas nesta  terça-feira (26/07), às 10 horas da manhã, na Igreja da Santíssima Trindade dos Padres Dominicanos. O jovem de Turim – considerado por João Paulo II como “o homem das oito bem-aventuranças” - é um dos modelos proposto aos jovens nesta JMJ, ao lado de Santa Faustina Kowalska e do próprio São João Paulo II, ambos ligados à devoção à Divina Misericórdia.

As relíquias serão acolhidas, entre outros, pelos jovens da Ação Católica italiana e da Pastoral da Juventude de Turim, presentes em Cracóvia para a JMJ.

“Nos parece natural – afirma Codruta Fernea, responsável pela Coordenação Jovem do Fórum Internacional da Ação Católica – encontrarmo-nos para rezar junto a Pier Giorgio Frassati, que mais de uma vez foi indicado pelo Papa Francisco como “exemplo para os jovens”, em particular no Ano da Misericórdia e em Cracóvia, que representa, pelo testemunho de Irmã Faustina Kowalska e de Karol Wojtyla, a capital da misericórdia”.

Na JMJ de Cracóvia estarão presentes os representantes jovens de vários países que aderem ao Fórum Internacional da Ação Católica, entre os quais Itália, Argentina, Romênia, Espanha, Malta, Venezuela, Terra Santa e Burundi.

“Sobretudo para os jovens destes últimos três países abalados por conflitos sociais e políticos – conclui Fernea – desejamos que a JMJ possa ser uma experiência forte de solidariedade por parte dos coetâneos de todo o mundo e um auspício de paz para seus países”.

A urna contendo as cinzas do Beato Piergiorgio Frassati partiu de Turim na segunda-feira (04/07). A peregrinação das relíquias pelo norte da Itália e por países da Europa, com a posterior permanência em Cracóvia durante a JMJ, será uma ocasião para oferecer o testemunho do jovem turinense à juventude mundial.

(JE)

 

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Uma Cracóvia blindada espera a chegada de Francisco

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Cidade do Vaticano (RV) – Os recentes atentados na Alemanha elevaram o nível de alerta na Polônia, onde a Jornada Mundial de Juventude reunirá milhares de jovens de todas as partes do mundo. No Angelus deste domingo o Papa Francisco pediu orações pelo evento e pelas vítimas dos recentes atentados em Kabul e Munique. 

O Governo dos Estados Unidos já havia advertido em maio para o “risco de ataques terroristas na Europa” e em “grandes eventos”, entre os quais citou a JMJ.

O Ministério do Interior polonês anunciou no domingo que serão deslocados mais 7.500 agentes para a JMJ, o que elevará à 20 mil o número total de agentes de segurança. Os policiais serão responsáveis pelo patrulhamento das ruas, aeroportos, estações de trem, centros comerciais e locais que receberão um número significativo de pessoas.

Da mesma forma, as forças de segurança farão uso de cinco helicópteros, bombeiros, agentes do Depto de Proteção do Governo e guardas de fronteiras.

“Não temos registro de ameaças terroristas na Polônia, porém, isto não quer dizer que não estamos em alerta diante do que acontece fora de nosso país”, afirmou o Ministro do Interior polonês.

Durante toda a JMJ serão feitos controles aleatórios dos peregrinos com Raios X portáteis, detectores de metal e cães treinados para detectar explosivos. O Governo vai delimitar sete zonas de exclusão aérea, assim como a proibição de fogos de artifício e material pirotécnico.

A Polônia já havia montado um dispositivo de segurança em 4 de junho passado, às vésperas da reunião da OTAN, esquema que será mantido até a conclusão da JMJ.

Um dos responsáveis pela segurança, o policial polonês Jan Lach, afirmou que “a segurança supõe um enorme desafio logístico, pois se trata de uma operação histórica pela envergadura e repercussão”. Lach garantiu que tudo está preparado, pois já foram realizados os reconhecimentos dos lugares das cerimônias e os agentes “estão treinados e são totalmente profissionais e capazes de proporcionar aos participantes total segurança”.

O trabalho da polícia polonesa recebeu há alguns dias a aprovação do Chefe da Gendarmaria Vaticana, Domenico Giani, que visitou os lugares que o Papa Francisco percorrerá durante sua estada em Cracóvia.

“A avaliação foi positiva e o Vaticano não apresentou nenhuma objeção aos dispositivo de segurança”, explicou à Agência Efe o Secretário Geral do Comitê Organizador da JMJ 2016, Padre Grzegorz Suchodolski.

Os Aeroportos de Cracovia-Balice e Katowice-Pyrzowice contarão, durante a JMJ, com agentes de fronteira de Portugal e Itália. Os controles serão realizados de forma aleatória em indivíduos selecionados com base em análises de riscos e informações fornecidos por outros países.

A Polônia também reforçou os controles nas suas fronteiras com o enclave russo de Kaliningrado e Ucrânia, de onde se prevê a chegada de 200 mil peregrinos.

Até agora, 360 mil peregrinos de todo o mundo confirmaram a participação na 31ª Jornada Mundial da Juventude.

 

(JE)

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JMJ Cracóvia: Festival da Juventude 250 eventos

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Cracóvia (RV) – O Festival da Juventude da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2016 é uma oportunidade de reflexão, descoberta da vocação e partilha de talentos que revelam a fé através de apresentações artísticas, culturais e religiosas.

A partir do tema da JMJ de Cracóvia - ‘Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia’ – os peregrinos vão ter acesso a 250 eventos que incluem pintura, fotografia, ícones, banda desenhada, eventos desportivos, apresentações e espetáculos que revelam uma Igreja Católica universal, jovem e diversa culturalmente, entre 26 e 29 de julho.

O Comitê Organizador Local da JMJ informa que se inscreveram para o Festival da Juventude cerca de 360 artistas de diferentes nacionalidades, onde se destacam os poloneses com 112 pessoas, por exemplo, há 45 franceses e 23 americanos.

A ‘Copa Católica’ é o maior evento do Festival da Juventude e vai reunir equipas de toda a Europa, América do Norte, América Central, América do Sul e África num torneio de futebol, nos dias 26 e 27, na Zona Development Center Com-Com.

“Meditação, questões sociais, fé”, entre outros temas, vão estar em debate na iniciativa ‘Café FM’, também nos dois primeiros dias da JMJ, nas universidades de Cracóvia.

O Festival da Juventude vai ter cerca de 20 exposições diferentes em museus, nas igrejas, em galerias e ao ar livre com diversas temáticas como a vida de João Paulo II, a ação pró-vida e vocação.

Segundo a coordenadora deste setor, Julia Basista, as galerias, para além da oportunidade de descansar, oferecem aos peregrinos e habitantes de Cracóvia a possibilidade de “envolverem-se”, por exemplo, “na proteção da vida, ajudar as pessoas com deficiência ou interessar-se pela comunidade das Irmãs de Maria, Rainha dos Apóstolos”.

O site oficial da JMJ assinala que uma parte importante das exposições é o trabalho do artista Eugeniusz Mucha, autora de pintura sacra contemporânea, com obras do pós-guerra retratando valores religiosos fortes.

Por exemplo, a religiosa dinamarquesa Terezja Maria Piko está presente com um mosaico impresso onde mostra a história da salvação e que foi feito com crianças; dos Estados Unidos da América surge uma exposição sobre o tema pró-vida.

A Jornada Mundial da Juventude 2016 e o encontro com o Papa Francisco foi promovido e divulgado por um gripo de “Jovens Embaixadores” que viajaram pela Europa num ‘Busem do marze’ - 'Ônibus dos Sonhos' – e agora vão apresentar o impacto do projeto com uma coleção de livros de banda desenhada intitulados ‘Kilometr dla papiea’ - 'Quilômetro para o Papa'.

O Centro Vocacional ‘Quo Vadis?’, por exemplo, oferece a possibilidade de descoberta da vocação à vida religiosa ou familiar, mas também ajuda a refletir sobre a vida profissional e funciona das 09h00 às 17h00, sendo que na quarta-feira dia 27 o horário é ampliado e só encerra às 22h00, no Estádio de Cracóvia.

O Festival de Artes Integradas brasileiro 'Halleluya' é outra oferta e vai estar na praça Szczepanski, perto da Praça do Mercado no centro de Cracóvia, com 15 apresentações entre música, teatro e dança com atrações em vários idiomas - inglês, polonês, francês e italiano.

O teatro, a música e a dança, “como uma expressão de nova evangelização”, fazem parte do festival ‘Halleluya’ é um evento que nasceu da iniciativa dos jovens da Comunidade Católica Shalom, em 1985, e na JMJ 20216 esperam alcançar entre sete a 10 mil jovens.

Já o Movimento Católico Global vai dinamizar uma noite dedicada à ecologia, em Krowoderski Park. (SP)

 

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No avião de Roma a Cracóvia com peregrinos brasileiros

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Cracóvia (RV) – Para muitos grupos de brasileiros, a peregrinação até a Jornada Mundial da Juventude teve como última etapa a passagem por Roma. A Cidade Eterna e o Vaticano fecharam a preparação de um grupo de Curitiba. 

Nós encontramos o grupo da paróquia de São Grato, em Curitiba, no aeroporto de Ciampino rumo à Cracóvia.

“Vai ser a minha segunda jornada. A partir da Jornada do Rio eu comecei a entender que a JMJ não é só para quem está lá, e sim para o mundo inteiro. A partir do dia 25 todo mundo tem que se juntar em prol do mesmo objetivo”, disse Marlos Adriano do Nascimento.

Subindo as escadas do avião encontramos também a Ir. Letícia Santa Brígida, missionária de Santa Teresinha, de Belém (PA).
 
“Estamos nos preparando há três anos para este encontro, para a catequese, para a evangelização, tanto para nós quanto para as pessoas que nós encontramos”.

Já dentro do avião, continuamos a conversar com o grupo de Curitiba, agora com Ivan Luiz Razera, que chega para a sua primeira JMJ.

“Passamos por ‘bons bocados’ desde de Curitiba para que a viagem desse certo. Espero ter uma boa interação e contato com Deus”, disse Ivan.

Lorena Lafraia chega para a segunda jornada após o Rio em 2013. Ela ficou muito marcada com Roma: “O que mais me tocou foi o momento diante da Manjedoura na Basílica de Santa Maria Maior”.
 
“A gente espera o encontro com os jovens do mundo inteiro em Cracóvia, mas é claro que também queremos ver o Papa”, contou.

Maiara Coelho, que gravava com o celular todas as entrevistas, recordou as noites mal dormidas para realizar o projeto de estar em Cracóvia.

“Já estamos há três anos nesta batalha. A gente formou uma família bem grande. A gente optou por não fazer por agência, então tivemos que fazer tudo por nossa conta: dormindo tarde e acordando cedo para estar aqui”. 

Do avião de Roma para Cracóvia, Rafael Belincanta.

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“Temos sede da Tua paz”. Quase 700 jovens da Terra Santa na JMJ de Cracóvia

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Jerusalém (RV) – Quase 700 jovens, rapazes e moças, partiram da Terra Santa nos últimos dias em direção à Polônia, para participar da Jornada Mundial da Juventude 2016, cujos eventos centrais serão em Cracóvia, de 27 a 31 de julho. Na precedente JMJ do Rio de Janeiro 2013 participaram somente 30 jovens de Israel, Palestina e Jordânia.

Desta vez, participam do grupo uma centena de jordanianos, quase duzentos palestinos, maronitas e grego-católicos da Galileia, um grupo de católicos das paróquias de Israel e o grupo de rapazes e moças do Caminho Neocatecumenal provenientes também de Chipre.

Territórios Palestinos

Os quase 200 jovens provenientes dos Territórios Palestinos – inclusive 5 que vivem na Faixa de Gaza – decidiram contar suas aventuras e recolher emoções e reflexões no “diário de George”, uma espécie de jornal de bordo coletivo cujos momentos decisivos serão publicados site oficial do Patriarcado latino de Jerusalém. 

Nas primeiras páginas, o "diário de George" narra os primeiros dias e as primeiras impressões dos jovens árabes cristãos em sua ida à Polônia. Eles dizem que tiveram um "acolhimento ótimo" em Torun, cidade que os recebe, e imediatamente tomam nota das coisas que podem aprender durante esta viagem que irá levá-los a encontrar milhares de coetâneos provenientes de todo o mundo: "o povo polonês", lê-se no relatório do primeiro dia "quanto se comprometeu, o fazem profundamente! Eu penso que nós, palestinos em particular e árabes em geral, temos algo a aprender com essas pessoas. Os valores que ainda nos faltam: o espírito de rigor no trabalho, compromisso sério, e também favorecer o bem comum".

Primeiro dia na Polônia

A história do primeiro dia na Polônia termina com uma bela oração de agradecimento: "Obrigado, Senhor, por me satisfazer durante este longo dia de amizade e beleza. Dá-me um coração que escuta, um coração em paz, um coração sábio, para viver intensamente estes dias na sua presença amorosa. Cura a minha alma, tenho sede de paz .... da sua paz". (SP)

 

 

 

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Secam: futuro da família está no centro da nossa missão

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Luanda (RV) - Concluiu-se neste domingo (25/07), em Luanda, Angola, a 17ª assembleia plenária do Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagáscar (Secam).

Os bispos reiteraram a importância da família, afirmando que ela está no centro da missão da Igreja, pois é o berço da vida, do crescimento e da sua realização. “A família é um dom do amor misericordioso de Deus e garante o futuro de nossas sociedades, se nos empenharmos em protegê-la e defendê-la de tudo aquilo ameaça a sua integridade”, frisam os prelados.
 
O Secam convida as famílias cristãs africanas a não terem medo de colocar Jesus Cristo no centro de suas vidas e n’Ele colocar a sua confiança. “Povos da África, a nossa missão a serviço da família é nobre. Empenhemo-nos na promoção da família. Ela viverá e nós viveremos”, concluiu. 

A seguir, a mensagem completa do Secam. 

AO POVO DE DEUS E AOS HOMENS E MULHERES DE BOA VONTADE

Introdução

1.    Nós, Bispos Católicos do Simpósio das Conferências Episcopais de África e de Madagáscar (SCEAM), reunidos, em Luanda, Angola, do dia 18 a 25 de Julho de 2016, para a nossa 17ª Assembleia  Plenária do referido Simpósio, sob o tema “A Família em África ontem, hoje e amanhã, à luz do Evangelho", damos graças a Deus Nosso Pai,  por Jesus Cristo, Nosso Senhor e no Espírito Santo  pelas bênçãos que não cessa de conceder a toda a população do nosso continente. Ao chegarmos ao fim dos nossos trabalhos, endereçamos à Igreja-Família de Deus em África e Madagáscar, assim como a todos os homens e mulheres de boa vontade, uma Mensagem de solidariedade e de esperança sobre o futuro das nossas famílias e sociedades.

2.    Agradecemos ao Santo Padre, o Papa Francisco, pelos dois Sínodos sobre a família, pela sua visita pastoral ao Quênia, Uganda e República Centro Africana e pela sua solicitude de Pastor a favor das famílias em África. Expressamos também a nossa fraternal e sincera gratidão à Igreja-Família de Deus que está em Angola, assim como ao Governo e ao povo deste lindo país, terra de hospitalidade e de uma tradição cristã multissecular, pelo acolhimento generoso e apoio recebidos na realização desta Assembleia Plenária. Temos em conta os diferentes gestos de simpatia e a importância concedida a este evento. Nenhum esforço foi poupado para assegurar a realização desta Assembleia em óptimas condições logísticas, materiais e espirituais. 

3.    A lembrança da visita do Papa Bento XVI, em Março de 2009, no contexto da comemoração dos quinhentos anos de evangelização de Angola, permanece viva na memória do nosso continente. A realização da nossa 17ª Assembleia Plenária, em Luanda, exprime a nossa profunda comunhão com este povo. Saudamos, igualmente, todo o povo africano e temos presente na nossa oração todas as nações que atravessam momentos difíceis, particularmente o Sudão, a Somália, o Lesoto, o Burundi, a Nigéria, o Mali, os Camarões, a República Centro Africana, o Chade, o Egito e a Líbia. Não esquecemos também os sofrimentos dos refugiados, de um modo especial, as mulheres e as crianças, que são as principais vítimas deste drama. Exortamos os partidos políticos em conflito a buscarem a paz através de um diálogo inclusivo e construtivo.

4.    Exprimimos os nossos agradecimentos aos delegados das Conferências Episcopais das Igrejas-irmãs da Ásia e da Europa, assim como aos representantes dos organismos católicos, pela sua presença nesta Plenária. Ela testemunha a sua solidariedade e  generosidade  no apoio à  nossa missão. 

Importância da Família, beleza do matrimônio
   

5.    Na continuação dos dois Sínodos da Igreja Universal sobre a família e a Exortação Apostólica pós-sinodal, do Papa Francisco, Amoris Laetitia, centrámos a nossa reflexão sobre as perspectivas pastorais concretas, que são indicadas pelos Padres sinodais e o Santo Padre. Lembrámos a importância da família, que constitui verdadeiramente a Igreja doméstica e o fundamento sobre o qual se edifica qualquer sociedade. Segundo o Papa Francisco, “a saúde de toda a sociedade depende da saúde da família”. (Homilia do Papa Francisco no Campus da Universidade de Nairóbi (Quênia), quinta-feira, aos 24 de Novembro de 2015). É na família que a pessoa humana nasce e se realiza. Nela recebe a sua primeira educação e adquire os valores para a sua integração e realização na sociedade e na Igreja. Os dois Sínodos convidam a proteger e a defender a Família “de modo que ela seja capaz de devolver à sociedade o serviço que esta espera dela, isto é, preparar-lhe homens e mulheres capazes de construir um mundo de paz e de harmonia” (SCEAM, O futuro da Família, nossa Missão, 74). 

6.    O matrimónio e a família estão intimamente ligados. Reafirmamos a doutrina da Igreja, baseada na Palavra de Deus: “Por isso, o homem deixa pai e mãe para se unir à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn 2, 24). O matrimónio une um homem e uma mulher. O Senhor refere-se a esta verdade sobre o matrimónio que, nos desígnios de Deus, exclui o divórcio. Em Jesus Cristo, o matrimónio adquire a sua verdadeira dimensão. Vínculo irrevogável de amor entre um homem e uma mulher, aberto à vida e à procriação, como garantia do renovamento da sociedade e da Igreja, o matrimónio não pode, portanto, ser realizado entre pessoas do mesmo sexo.

Desafios pastorais

7.     A nossa solicitude pela saúde da família em África leva-nos a apontar vários desafios, que nos parecem urgentes: as condições de precariedade e a pobreza, a exclusão social, o impacto das novas tecnologias de informação sobre as famílias, a ideologia do género, a família monoparental, os casais divorciados e recasados, a contracepção, a esterilização, o aborto, a poligamia, os amigados, os problemas ligados ao dote, a viuvez, as migrações causadas por situações de guerra e de conflito, as divisões nas famílias, a crença no feitiço e na bruxaria, as ausências devidas a estudos e emprego, etc.
 
8.     Estes diferentes desafios desorientam a vida dos casais e das famílias caso não se implemente uma pastoral eficiente. Como Pastores, afirmamos o nosso empenho em renovarmos e reforçarmos a nossa pastoral a favor das famílias. É nossa convicção e fé que a família não pode ser sufocada pelas crises e as situações que atravessa. No anúncio do Evangelho da família, somos chamados a ser testemunhas da esperança. 

A alegria de amar

9.     Com o Papa, reafirmamos a beleza do matrimónio. Ele não é um jugo, mas uma comunidade de amor, de alegria e de realização: “A beleza do dom recíproco e gratuito, a alegria pela vida que nasce e a amorosa solicitude de todos os seus membros, desde os pequeninos aos idosos, são apenas alguns dos frutos que tornam única e insubstituível a resposta à vocação da família” (Papa Francisco, Amoris Laetitia, 88). Recordamos que a pessoa humana é, fundamentalmente, chamada ao amor. Como ensina o papa São João Paulo II: “ Deus que criou o homem à sua imagem e à sua semelhança (Gn 1, 26-27), chamando-o à existência por amor, chamou-o, ao mesmo tempo, ao amor” (Cf. João-Paulo II, Familiaris Consortio, 11). É na família que se realiza, de maneira privilegiada, esta vocação e missão.

10. Felicitamos e encorajamos as famílias que testemunham a sua alegria de amar e a sua fidelidade matrimonial. Somos solidários com as famílias que vivem momentos difíceis e aquelas que têm feridas profundas. Rezamos por elas e encorajamo-las a não se deixarem levar pelo desânimo e pelo desespero. 

A família “santuário da vida” e “laboratório de humanização”
 
11. Numa vida familiar sã, faz-se a experiência de certos aspectos fundamentais para a vivência da paz: “a justiça e o amor entre irmãos e irmãs, a função de autoridade manifestada pelos pais, o serviço afetuoso aos membros mais frágeis (…), a ajuda mútua perante as necessidades da vida, a disponibilidade para acolher o outro e, caso seja necessário, perdoá-lo” (Papa Bento XVI, Africae Munus, 43).
 
12. Convidamos as famílias cristãs africanas, Igrejas domésticas, a ser sempre lares de amadurecimento humano e espiritual. Elas serão, deste modo, comunidades de vida, de oração, de amor e artífices na transformação da nossa sociedade. De igual modo, responderão plenamente à sua vocação de educadoras para despertar uma consciência missionária em todos os seus membros.

13. Encorajamos as associações e os movimentos de pastoral familiar a empenharem-se no trabalho de preparação e de acompanhamento dos casais. Exortamo-los a promover sempre os valores do matrimónio e da família cristã, particularmente ao pé dos jovens. 

14. De igual modo, saudamos os esforços dos Estados membros da União Africana pelo interesse pelos problemas da família. Exortamo-los a resistir perante todas as pressões dos governos e organizações que querem impôr ao continente africano políticas anti-família. Felicitamos os governos que, em nome dos valores morais e da nossa cultura, têm a coragem de opor-se a estas políticas (Cf. SCEAM, O Futuro da família, nossa Missão, 146). 

15. Apoiamos as iniciativas dos governantes, nos nossos diversos Estados, a favor da promoção da família. Convidamo-los a promover políticas que respeitem os valores culturais africanos da justiça, dos direitos fundamentais da pessoa e das famílias, incluindo o respeito pelo bem comum e a melhoria das condições de vida das populações mais desfavorecidas. Incentivamo-los também a “criar condições legislativas e de emprego que garantam o futuro dos jovens e os ajudem na realização do seu projeto de constituir uma família” (SCEAM, O Futuro da família, nossa Missão, 14).

Conclusão

 
16. O futuro da família está no centro da nossa missão, pois é para nós o berço da vida, do crescimento e da sua realização. Ela é um dom do amor misericordioso de Deus e garante o futuro das nossas sociedades, se nos empenharmos em protegê-la e defendê-la de tudo quanto ameaça a sua integridade. 

17. Famílias cristãs africanas, não tenhais medo de colocar Jesus Cristo no centro da vossa vida e n’Ele colocar a vossa confiança. Povos de África, a nossa missão ao serviço da família é nobre. Empenhemo-nos na promoção da família. Ela viverá e nós viveremos! 

18. Sagrada Família de Nazaré, Jesus, Maria e José!

Sustenta o compromisso das famílias!
Que elas triunfem do egoísmo, das divisões e das violências!
Que sejam lares de reconciliação, de justiça e de paz!
Que nelas brilhe a alegria do amor!
Amem!

Luanda, aos 24 de Julho de 2016,
Pela Assembleia Plenária do SCEAM
+ Gabriel MBILINGUI

Arcebispo de Lubango
Presidente do SCEAM

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Arcebispo de Munique: o medo é a causa do pecado e do ódio

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Munique (RV) - “Podemos voltar à nossa vida cotidiana depois dos eventos terríveis como Nice, Würzburg e agora Munique? De onde vem este desencadeamento de violência e ódio que parece não ter fim?” 

Estas perguntas foram feitas pelo Arcebispo de Munique-Frisinga, Cardeal Reinhard Marx, Presidente da Conferência Episcopal Alemã, numa reflexão que foi ao ar no canal Ard, no programa “Wort zum Sonntag” (Palavras para o domingo). 

Diante dos fatos horríveis, de dor e espanto vividos em Munique, o purpurado afirmou que “o medo é a causa mais profunda do pecado, mas também da violência e do ódio” e se declarou convencido de que a causa desses atos violentos, que “brotam politicamente de um lado e de outro, que possuem raízes e apoio religioso, como no caso do radicalismo islâmico” seja “o medo de perder o próprio mundo de referência considerado como absoluto”. Neste horizonte, os outros são vistos como “uma ameaça, como inimigos a serem eliminados, marginalizados, reprimidos ou até mesmo mortos”. 

Segundo o cardeal, “o terrorismo assim como esses loucos que giram para matar”, usam “a arma do medo e com ela querem envenenar a nossa convivência social”, pois “o medo leva à desconfiança, ao preconceito, ao ódio, à hostilidade dentro de uma sociedade e entre nações e religiões. Como cristãos não podemos e não queremos permitir que o medo domine sobre as nossas vidas”.

“Um Estado e uma convivência saudáveis podem existir somente numa atmosfera de confiança, respeito e solidariedade”, sublinhou o purpurado numa entrevista, no último sábado, manifestando proximidade e oração por quem foi de alguma forma atingido pelo atentado. 

“Se não se aprende sempre e novamente a viver uns com os outros e uns para os outros na diversidade em que somos de tradições, crenças, religiões e confissões, então os terroristas e quem fomenta a violência continuarão semeando medo, violência e ódio”, disse ainda o Arcebispo de Munique. 

Segundo o Cardeal Marx, tarefas precisas cabem também às estruturas que administram a sociedade que “devem fazer de tudo para proteger os próprios cidadãos da violência e da injustiça”. A este propósito o purpurado agradeceu aos políticos e policiais por esses esforços. “Todavia, nós cristãos nos rebelaremos através da oração a Deus e Pai de todos, através do testemunho do Evangelho em palavras e obras, através de nosso compromisso em prol dos oprimidos, independentemente de sua origem, religião ou cor da pele”, disse ainda ele.

“Um tal comportamento dos cristãos não é ingênuo”, concluiu o Cardeal Marx, “porque o futuro não pertence à violência, ao ódio e à luta contra o outro, mas à esperança de que na morada comum da Terra, a família humana encontre sua casa”. (MJ)

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Formação



Dom Spengler: Olimpíada, ocasião para mostrar belezas e denunciar problemas

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Porto Alegre (RV) - Faltando menos de duas semanas para o início das Olimpíadas – que se realizam de 5 a 21 de agosto, no Rio de Janeiro –, Dom Jaime Spengler, Arcebispo de Porto Alegre (RS), chamou a atenção para dois pontos em relação ao evento. Para ele, trata-se de uma boa oportunidade para mostrar ao mundo o que o Brasil possui de melhor, mas também deve-se lançar um olhar sobre as necessidades da população.

“Os Jogos Olímpicos têm seu início e conclusão. Todavia, a população solicita atendimento urgente das necessidades básicas”, ressaltou o Prelado em recente artigo, intitulado ‘Pergunta que não cala’, publicado no site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Dom Jaime ressalta que “não basta favorecer um belo cenário para a realização do evento”. Para ele, “é preciso responder às reais situações que o povo honesto e trabalhador enfrenta no dia a dia”.

“As Olimpíadas – indica o Arcebispo – são expressão da sempre rica possibilidade de integração dos povos e culturas através da prática esportiva”. Nesse sentido, afirma ser “uma honra” para o Brasil poder sediar o evento neste ano e que, para a concretização disso da melhor forma possível, tem sido empregado “um esforço enorme de muitos”.

O Prelado declara ainda que “um evento deste nível representa uma oportunidade ímpar para promover as belezas naturais locais, as ricas tradições culturais, a boa cozinha brasileira, o espírito alegre e acolhedor da população”.

No entanto, considera que “o evento olímpico também desmascara uma realidade nacional grave que alguns teimam em esconder” e que engloba as dificuldades enfrentadas pela população.

“Há temas que se tornaram cansativos, mas não insignificantes”, assinala, ao enumerar os problemas tais como: a desconstrução paulatina dos valores familiares, os índices de violência, a precária assistência à saúde, a baixa qualidade do ensino público, a corrupção, entre outros.

“Os Jogos Olímpicos representam uma ótima chance para mostrar ao mundo o que o Brasil tem de melhor. Ao mesmo tempo, porém, é oportunidade para mais uma vez teimosamente denunciar as mazelas de conglomerados de todo tipo que agem como detentores de um poder indigno”, completou. (SP)

 

 

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Chave da misericórdia é fundamental para fortalecer espírito missionário

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro “O Brasil na Missão Continental” continua com a participação do bispo da Diocese de Floresta, Dom Gabriel Marchesi, com cuja contribuição está nos trazendo um pouco da experiência deste projeto de animação missionária na realidade eclesial desta Igreja particular de Pernambuco. 

Nesta edição Dom Gabriel traz-nos suas considerações sobre a ação evangelizadora em sua diocese, no espírito missionário oriundo da Conferência de Aparecida e, agora, também na esteira do Ano Santo da Misericórdia.

O bispo de Floresta diz-nos que “a chave da misericórdia é fundamental para fortalecer o espírito missionário” e que “não dá para evangelizar sem ajudar as pessoas a fazer a experiência de um grande amor”.

“Se não interpretarmos o Evangelho como a expressão de um amor misericordioso por parte de Jesus que quer aproximar a Si todas as pessoas, não dá para ser missionário”, ressalta.

Nesse sentido, afirma que o Papa Francisco está nos ajudando muito com este Ano Santo da Misericórdia: reler toda a experiência de fé à luz da misericórdia de Jesus fortalece esse espírito missionário, enfatiza ele acrescentando que “somos chamados a sermos os doadores da misericórdia de Jesus na vida das pessoas”.

Dom Gabriel diz crer que “uma releitura da nossa experiência de fé e uma releitura também da realidade com o olhar da misericórdia de Jesus, possa ajudar verdadeiramente a despertar e fortalecer esse espírito missionário. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Atualidades



Igreja da Trinità dei Monti confiada à Comunidade Emanuel

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Cidade do Vaticano (RV) –  A Santa Sé e a República da França assinaram na manhã desta segunda-feira (25/07), no Palácio Apostólico, um acordo relativo à Igreja e ao Convento da 'Trinità dei Monti' in Urbe, que será assumido pela ‘Communauté de l’Emmanuel’.

O Acordo, baseado em Convenções Diplomáticas assinadas precedentemente - 14 de maio e de 8 de setembro de 1828, 14 de maio de 1974,  21 de janeiro de 1999 e 12 de julho de 2005 - foi assinado pelo Secretário para as Relações com os Estados, Arcebispo Dom Paul Gallagher, e pelo Embaixador da França junto à Santa Sé, Philippe Zeller.

Recordando o caráter francês do complexo da Trinitá dei Monti, o presente Acordo internacional expressa o reconhecimento pela obra realizada pela Ordem dos Mínimos, do século XVI ao XVII, pela Sociedade do Sagrado Coração de Jesus a partir do século XIX até 2006 e pela Fraternité monastique des Frères de Jérusalem e pela Fraternité monastique des Sœurs de Jérusalem, de 2006 até hoje.

Um comunicado oficial afirma que, “levando em consideração a impossibilidade para a referida Fraternidade monástica de continuar tal missão, a Igreja e o Convento da 'Trinità dei Monti' serão confiados, a partir de 1º de setembro de 2016, à  Communauté de l’Emmanuel, Associação pública internacional de fiéis de direito pontifício, fundada na França em 1972”.

Em seu discurso, o Secretário para as Relações com os Estados sublinhou como também nesta tratativa tenha se verificado uma intensa e eficaz colaboração entre a França e a Santa Sé. Com este novo compromisso – observou Dom Gallagher - a Communauté de l’Emmanuel “responde ao chamado de contribuir à missão evangelizadora da Igreja”.

O acordo assinado – reiterou por sua vez o Embaixador Zeller – marca  “um novo testemunho” da “antiga e forte relação entre a França e a Santa Sé”.

A história da 'Trinitá dei Monti' – explicou – é “a flor dos olhos” das relações entre a França e a Santa Sé, cuja presença remonta ao século XV.

Foi precisamente Carlos VII da França que adquiriu o terreno para a Ordem dos Mínimos que administrou todo o complexo até o século XVIII. A gestão passou mais tarde para a Sociedade do Sagrado Coração de Jesus do século XIX até 2006, e por fim – recorda o Embaixador – às duas Fraternidades monásticas.

Em todos estes séculos o Complexo de 'Trinità dei Monti' – completou Philippe Zeller – foi “um dos centros de pesquisa e formação de ponta” da Roma pontifícia anteriormente, e italiana mais tarde.

O Complexo – conclui – representa “um bom exemplo de diversas vocações: pastoral, cultural, social”, em que “a variedade deve ser respeitada e a unidade conservada”.

(JE)

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Patriarca Tawadros suspende catequeses devido às violências no Egito

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Cairo (RV) – O Patriarca copta-ortodoxo Tawadros II anunciou a suspensão das tradicionais catequeses semanais que realiza todas as quartas-feiras no Cairo, em consequência do clima de tensão que se vive por causa da nova série de ataques sectários sofridos pelas comunidades coptas em várias regiões do país. O anúncio e a motivação da decisão foram comunicados pelo próprio Papa Tawadros em sua última catequese pública, quando o Primaz da Igreja copta-ortodoxa acrescentou que nas próximas semanas dedicará o seu tempo principalmente à oração pelas famílias atingidas pelas violências.

A nova sequência de atritos sectários teve seu epicentro no estado de Minya, onde domingo, 17 de julho, um cristão copta foi morto por agressores muçulmanos durante uma briga. Quinta-feira, 21 de julho, o próprio presidente Abdel Fattah al Sisi lançou um apelo à concórdia religiosa, reiterando a intenção de perseguir por lei os artífices de violências sectárias. Após o apelo presidencial, novos ataques sectários se verificaram em uma aldeia em Beni Suef, onde quatro casas de cristãos foram atacadas por muçulmanos que acusavam coptas de construir uma igreja sem autorização.

No verão de 2013, o Patriarca Tawadros suspendeu por cerca de dez semanas suas catequeses públicas, quando confrontos – com ataques a dezenas de igrejas –abalaram o país após a deposição do Presidente islâmico, Morsi.  

(Fides/CM)

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