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Sumario del 27/07/2016

Papa e Santa Sé

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Papa e Santa Sé



Papa na Polônia: acolher quem foge da guerra e da fome

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Cidade do Vaticano (RV) - O Santo Padre partiu, nesta quarta-feira (27/7) para a Polônia, onde presidirá à Jornada Mundial da Juventude, em Cracóvia. 

Durante a viagem, como faz habitualmente, enviou telegramas aos Chefes de Estado dos países sobrevoados: Itália, Croácia, Eslovênia, Áustria e Eslováquia.

Após a cerimônia de boas vindas no aeroporto, o Bispo de Roma se dirigiu de papamóvel ao Castelo de Wawel, onde manteve um encontro com as autoridades civis e religiosas e o Corpo Diplomático, num total de 800 pessoas.

Em seu discurso, o Papa cumprimentou e agradeceu a todos pela acolhida generosa e as amáveis palavras de boas vindas. E afirmou:

“É a primeira vez que visito a Europa Centro-Oriental e fico feliz por começar da Polônia, que, entre os seus filhos, nos deu o inesquecível São João Paulo II, idealizador e promotor das Jornadas Mundiais da Juventude. Ele gostava de falar da Europa que ‘respira com seus dois pulmões’.”

O sonho de um novo humanismo europeu – disse o Pontífice - é animado pelo respiro criativo e harmônico destes dois pulmões e pela civilização comum, que afunda suas raízes mais sólidas no cristianismo.

Uma das características do povo polonês é a “memória” – recordou Francisco – que sempre ficou encantado pela história de João Paulo II. Quando ele falava dos povos, partia sempre da sua história, buscando ressaltar seus tesouros humanos e espirituais.

Nesta perspectiva, o Bispo de Roma recordou os mil e cinquenta (1050) anos do Batismo da Polônia, celebrados recentemente: foi um momento forte de unidade nacional, que confirmou a concórdia na diversidade das opiniões.

Não pode haver diálogo sem partir da própria identidade – frisou o Pontífice, que aprofundou o aspecto da “memória”:

“Na vida de cada dia dos indivíduos e da sociedade, há dois tipos de memória: a ‘boa e a má’, a ‘positiva e a negativa’. A ‘memória boa’ é mostrada pela Bíblia no Magnificat, o Cântico de Maria, que louva o Senhor e a sua obra de salvação. Mas, a ‘memória negativa’ é a que fixa, com obsessão, o olhar da mente e do coração no mal cometido pelos outros”.

Referindo-se à recente história do povo polonês, o Papa agradeceu a Deus porque soube fazer prevalecer a ‘memória boa’, com a celebração, por exemplo, dos cinquenta anos do perdão mútuo, dado e recebido pelos episcopados da Polônia e da Alemanha, depois da II Guerra Mundial.

A iniciativa envolveu, inicialmente, apenas as Comunidades Eclesiais, mas, depois, desencadeou um processo social, político, cultural e religioso irreversível, que mudou as relações entre ambos os povos.

Aqui, Francisco recordou ainda a Declaração Conjunta entre a Igreja Católica da Polônia e a Igreja Ortodoxa de Moscou, que deu início a um processo de aproximação e fraternidade entre as duas Igrejas, mas também entre os dois povos:

“Assim a nobre nação polonesa mostra como se pode desenvolver a ‘memória boa’ e rejeitar a ‘má’. Por isso, são necessárias uma esperança e uma confiança firmes em quem guia o destino dos povos, abre as portas fechadas, transforma as dificuldades em oportunidades e cria novos cenários até mesmo impossíveis”.

Neste sentido, - acrescentou o Santo Padre - a consciência do caminho percorrido e a alegria das metas alcançadas dão força e serenidade para enfrentar os desafios atuais: econômicos, ambientais e migratórios.

Este último exige um suplemento de sabedoria e misericórdia, para superar os temores e produzir um bem maior: acolhida dos que fogem das guerras e da fome; solidariedade com os que estão privados dos seus direitos fundamentais; direito de professar, com liberdade e segurança, a própria fé.

Por isso, - advertiu o Bispo de Roma - devem ser estimuladas as colaborações e as sinergias em nível internacional, para se encontrar soluções para os conflitos e as guerras, que forçam tantas pessoas a deixar as suas casas e a sua pátria:

“Trata-se, pois, de fazer o possível para aliviar os sofrimentos dos migrantes e trabalhar, com inteligência e sem cessar, pela justiça e a paz, dando testemunho dos valores humanos e cristãos. À luz da sua história milenária, convido a nação polonesa a olhar com esperança o futuro, em clima de respeito e de diálogo construtivo, favorecendo o crescimento civil, econômico e demográfico”.

O Papa concluiu seu discurso pedindo ao governo polonês políticas sociais apropriadas para a família, sobretudo as mais frágeis e pobres, e para a vida, que deve ser acolhida e protegida. “Que Nossa Senhora de Częstochowa abençoe e proteja a Polônia!” 

Depois do encontro com as autoridades civis e religiosas e o Corpo Diplomático, no pátio do Castelo de Wawel, o Santo Padre manteve um encontro particular com o Presidente da Polônia, Andrzej Duda.

Ao mesmo tempo, o Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, encontrou a Primeira Ministra polonesa, Beata Maria Szydlio, na presença do Substituto de Estado e do Núncio Apostólico e de duas autoridades governamentais.

Por fim, o Pontífice se transferiu à vizinha Catedral de Cracóvia, para um encontro com os Bispos da Polônia. Assim, o Papa conclui seu primeiro dia de atividades em terras polonesas. (MT)

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Papa Francisco: "O mundo está em guerra, porque perdeu a paz"

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Cidade do Vaticano (RV) – Durante a viagem para a Polônia, o Papa Francisco encontrou os  jornalistas de 15 países presentes no voo da Alitália.

 

Antes de saudar pessoalmente cada um, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Lombardi, pediu ao Santo Padre algumas palavras sobre como vive estes últimos acontecimentos no mundo e como vê o encontro com os jovens neste contexto atual. Eis o que respondeu:

“Uma palavra que – sobre isto dizia Padre Lombardi -  se repete tanto é “insegurança”. Mas a verdadeira palavra é “guerra”. Há tempos dizemos que “o mundo está em guerra em partes”. Esta é a guerra. Houve aquela de 1914 com os seus métodos; depois a de 39 a 45; uma outra grande guerra no mundo, e agora existe esta. Não é tão orgânica, talvez; organizada, sim, mas orgânica, digo; mas é guerra. Este santo sacerdote que morreu precisamente no momento em que fazia a oração por toda a Igreja, é “um”; mas quantos cristãos, quantos inocentes, quantas crianças… Pensemos na Nigéria, por exemplo: “Mas, lá é a África!”. Esta é a guerra! Não tenhamos medo de dizer esta verdade: o mundo está em guerra, porque perdeu a paz”.

O Papa também agradeceu o trabalho nesta Jornada da Juventude:

“A juventude sempre nos fala de “esperança”. Esperemos que os jovens nos digam algo que nos dê um pouco mais de esperança, neste momento. Pelo fato de ontem, também eu gostaria de agradecer a todos aqueles que expressaram seu pesar, de modo especial o Presidente da França que quis telefonar para mim, como um irmão. Agradeço a ele”.

Ao final, o Santo Padre fez questão de esclarecer que esta não é guerra de religiões:

“Uma só palavra gostaria de dizer para esclarecer. Quando eu falo de “guerra”, falo de guerra seriamente, não de “guerra de religiões”: não. Existe guerra de interesses, existe guerra pelo dinheiro, existe guerra pelos recursos da natureza, existe guerra pelo domínio dos povos: esta é a guerra. Alguém pode pensar: "Está falando de guerra de religiões”: não! Todas as religiões, queremos a paz. A guerra, a querem os outros. Entendido?”.

(JE)

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Papa Francisco chega à Polônia

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Cracóvia (RV) –O Papa Francisco já está em terras polonesas para a 31ª Jornada Mundial da Juventude. É a 15ª  Viagem Apostólica internacional de seu pontificado.

O voo da Alitália que levou o Papa à Polônia partiu às 14h13min do Aeroporto Fiumino, em Roma. Após ter percorrido 1.100 km, em menos de duas horas, o voo aterrissou pouco antes das 16 horas no Aeroporto São João Paulo II, em Balice, distante 11 km de Cracóvia.

O Pontífice foi recebido pelo Presidente polonês, Andrzej Duda, acompanhado pela esposa, e o Cardeal Stanislaw Dziwisz, Arcebispo de Cracóvia e duas crianças.

Não houve discursos no Aeroporto, mas uma acolhida oficial e informal, numa cerimônia em que foram entoados os hinos dos dois Estados e apresentadas as respectivas delegações.

Estavam presentes na cerimônia, entre outros, algumas Autoridades do Estado; Dom Stanislaw Gadecki, Arcebispo de Poznán e Presidente da Conferência Episcopal polonesa; o Cardeal Stanislaw Rilko, Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos; Cardeal Kazimierz Nycz, Arcebispo de Varsóvia; Dom Josef Clemens, Secretário do Pontifício Conselho para os Leigos; os Monsenhores Artur Gregorz Mizinski e Damian Andrzej Muskus, Coordenadores respectivamente da Viagem à Polônia e da JMJ, com alguns Bispos poloneses e um grupo de fieis.

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Papa encontra jovens migrantes antes de ir à Polônia

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco se encontra na Polônia para a celebração da 31ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ/2016), que tem como tema central: “Bem-aventurados os misericordiosos porque encontrarão misericórdia”!

Antes de partir do Vaticano, na manhã desta quarta-feira, Francisco foi à Basílica de São Pedro, onde se deteve em oração diante do túmulo de São João Paulo II.

A seguir, o Papa cumprimentou um grupo de crianças enfermas, acompanhadas de suas famílias e dos membros da Associação “Peter Pan”.

Por fim, ao deixar a Casa Santa Marta, no Vaticano, para se dirigir ao aeroporto, o Santo Padre encontrou um grupo de quinze jovens refugiados, nove rapazes e seis moças, de diversas nacionalidades. Este grupo acabou de chegar à Itália como refugiado, à espera de documentação para atingir suas metas na Europa.

Os quinze jovens, acompanhados pela Esmolaria Apostólica, quiseram desejar boa viagem ao Papa e bom êxito pela 31ª Jornada Mundial da Juventude, da qual não poderão participar, mas à qual querem estar unidos espiritualmente.

Desta forma, o Papa partiu para mais uma Viagem Apostólica internacional, que o levou à Polônia, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, em Cracóvia.

Como de costume, às vésperas de uma Viagem Apostólica, Francisco esteve, na noite desta terça-feira (26/7), na Basílica de Santa Maria Maior, para rezar diante da imagem de Nossa Senhora “Salus Popoli Romani”, a fim de pedir proteção para mais esta sua viagem. (MT)

 

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Francisco chega nesta tarde a Cracóvia

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Cracóvia (RV) - O Papa estará em poucas horas na Polônia. Como de costume na véspera de uma viagem apostólica ao exterior, Francisco ontem à noite foi até a Basílica de Santa Maria Maior para rezar diante da imagem de Nossa Senhora e pedir a bênção do Senhor e da sua Mãe para esta viagem. Na Polônia o esperam centenas de milhares de jovens de todo o mundo que ontem, no grande parque Blonie de Cracóvia, participaram da missa de abertura da Jornada Mundial da Juventude, centralizada na Misericórdia. No início da celebração, dedicada de modo especial a São João Paulo II, o Cardeal Stanislaw Dziwisz pediu para rezar pelo sacerdote assassinado no ataque à igreja perto de Rouen, na França. O Programa de visita do Papa prevê para a tarde desta quarta-feira o discurso às autoridades polonesas em Castelo de Wawel e depois do encontro com os bispos na catedral de Cracóvia.

Wjtai, Bem-vindo!

Wjtai, Bem-vindo! É a gigantesca escrita multicolorida que abraça um prédio com vista para o rio Vístula, no coração de Cracóvia. Na cidade de São João Paulo II está tudo pronto para acolher Francisco que, pela primeira vez, visita a Polônia. As medidas de segurança são, compreensivelmente, rigorosas, mas isso não preocupa os jovens provenientes de todo o mundo para a Jornada Mundial da Juventude, e que, com o seu entusiasmo e alegria, contagiaram a cidade. Os mais importantes jornais poloneses enfatizam a visita do Papa e dos jovens. Escrevem: eles “conquistaram” Cracóvia. O jornal de maior circulação na cidade "Gazeta Krakowska" publica uma foto de página inteira de Francisco com a saudação de boas-vindas em polonês e espanhol.

Em Blonia, a Missa de abertura da JMJ com o cardeal Dziwisz

Ontem à tarde, entretanto, a Jornada Mundial da Juventude começou oficialmente com a Missa no grande Parquqe de Blonie. Nem a forte chuva nem a preocupação pelos últimos eventos trágicos em Rouen impediram mais de 400 mil jovens de participar na celebração, presidida pelo Cardeal Stanislaw Dziwisz. Um mosaico de rostos, povos, unidos pela fé, pela alegria de estar juntos em nome de Jesus. Um evento que sublinhou, também visualmente, como a fraternidade é possível, que a convivência não é um sonho, mesmo quando - como acontece nestes dias - a violência e o terror se sucedem em uma espiral angustiante chegando a ferir até mesmo o coração da Europa. Para estes jovens, esperança da Igreja, o Cardeal Dziwisz se dirigiu em várias línguas, dando as suas boas vindas: "Caros amigos, Bem-vindos a Cracóvia, em português..."

Dziwisz: vencer a violência com a chama da misericórdia

Então, pediu aos jovens para serem portadores da linguagem do amor, da solidariedade e da paz. A linguagem da Misericórdia, portanto, da qual foram apóstolos dois filhos de Cracóvia, Santa Faustina Kowalska e São Karol Wojtyla, cujas relíquias foram levadas em procissão ao altar junto com os dois símbolos da JMJ: a Cruz e o ícone de Mossa Senhora “Salus Popoli Romani”. Em sua homilia, o histórico secretário de João Paulo II, - que foi o artífice da JMJ -, destacou que neste encontro estão também presentes jovens de regiões “do mundo onde há violência e o cego terrorismo”, e onde os cristãos “são cruelmente perseguidos”.

Amanhã à tarde as boas-vindas dos jovens ao Papa

Por isso, recordando Santa Faustina Kowalska, o Cardeal Dziwisz encorajou os jovens a fazerem com que a “chama do amor”, a chama da misericórdia envolva o mundo para vencer o egoísmo, a violência e a injustiça. Por isso, exortou os jovens reunidos em Cracóvia a ouvirem a “voz do Papa Francisco”, que amanhã à tarde, será recebido por eles neste mesmo Parque Blonie, em Cracóvia, e que desejou que fosse realizada junto com a JMJ, também o Jubileu dos jovens no ano Santo da Misericórdia. (SP)

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A JMJ aguarda o Papa Francisco

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Cidade do Vaticano (RV) – Tudo pronto para a 15ª viagem internacional do Papa Francisco, a primeira no coração da Europa católica, a Polônia. Como de costume, o Papa esteve na noite de terça-feira (27/07) na Basílica de Santa Maria Maior, rezando pelo êxito de sua viagem e pela Jornada Mundial da Juventude. 

O Pontífice deixa o Vaticano nesta quarta-feira (2707), às 14h, e depois de 2h de voo, chega a Cracóvia, aonde o aguardam centenas de milhares de jovens reunidos para os 5 dias da JMJ.

Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia

E é este precisamente o motivo desta missão: o encontro com a juventude, desta vez sob o tema da misericórdia, numa edição marcada também pela tristeza e a preocupação do Papa em relação aos últimos acontecimentos ligados ao terrorismo na Europa.

Solidariedade com franceses 

Mesmo em um clima de festa, os jovens não ficaram insensíveis ao episódio do assassinato de um sacerdote enquanto celebrava missa numa pequena igreja da França. Grupos de várias nacionalidades caminhavam pelas ruas de Cracóvia com suas bandeiras e cantando o hino francês, em solidariedade com seus coetâneos que foram tocados mais de perto por este fato violento.

Cracóvia está sendo considerada uma 'Rio II'

Três anos depois da edição carioca, aonde estiveram mais de 3 milhões de jovens, a partir de hoje Cracóvia, 755 mil habitantes, se torna cosmopolita. Segunda maior cidade da Polônia, foi capital do país por mais de 5 séculos e possui o mais rico complexo de monumentos históricos do território polonês.  

No centro histórico, o destaque é a icônica Praça Central, principal cartão-postal da cidade, e os prédios que a circundam: a Basílica de Santa Maria, a Torre da Prefeitura e o Mercado.

Eventos religiosos e culturais

Até domingo, (31/07), os participantes da JMJ se reunirão tanto em eventos culturais, como shows, oficinas e atividades esportivas, quanto em eventos religiosos que incluem missas, catequeses, a vigília de sábado, a Via Sacra e procissões.

A Polônia segue como uma das nações mais católicas e conservadoras da Europa. Cerca de 90% da população se declara praticante e o governo defende abertamente que valores cristãos estejam presentes na vida diária e na política. 

(CM)

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Começam as catequeses da JMJ: diálogo aberto com Dom Orani

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Cracóvia (RV) – Os peregrinos brasileiros se concentraram na paróquia de Brata Alberta, há cerca de 10 km do centro de Cracóvia, onde o Cardeal Orani João Tempesta conduziu a primeira catequese e, português na manhã desta quarta-feira, (27/07).

 

“É uma jornada de Ano Santo que, portanto, deve marcar de maneira especial essa peregrinação da juventude no Ano Santo. E o fato de no Ano Santo vir ao lugar onde foi divulgado o tema da misericórdia, embora esse seja um tema desde o Antigo Testamento, e que será inclusive o tema da catequese de hoje. Um Ano Santo na terra de Santa Faustina e, além disso, nas terras de São João Paulo II. Momento em que o Papa Francisco vem, quando o mundo está num tempo de tanta violência e intolerância, dizer da importância de viver essa misericórdia. E levar a juventude de hoje para que viva cada vez mais sua fé e faça a experiência da misericórdia. O jovem que a experimenta e depois passa aos outros na sua linguagem: este é o segredo”, disse Dom Orani.

Ana Silvia Lima estava presente e fez uma das perguntas quando Dom Orani convidou os jovens para um diálogo aberto. Ela perguntou sobre como deveria viver esta que é sua primeira jornada.

“Ele pediu para eu possa viver essa jornada respeitando meu próximo nas filas, sendo paciente nas locomoções, e viver a misericórdia”.

Diversidade e paz

“Acima de tudo, precisamos respeitar o próximo que tem outra religião, porque no olhar dele nós também podemos encontrar Deus que é único”.

Vera Lucia Assunção de Oliveira, de Fortaleza (CE), ainda estava emocionada após a missa de abertura.

“Peço a Deus que me dê sempre essa juventude de espírito. É isso que nós precisamos, de união. Eu fiquei muito emocionada e com muita esperança e pedindo a Deus que essas pessoas que querem a morte se transformem, que pensem como pessoas humanas, porque nós não precisamos ser mortos por ninguém, porque a morte vem naturalmente. Nós precisamos antes de mais respeitar a vida, que é um dom de Deus e ninguém pode tirar”.

Rafael Belincanta, de Cracóvia, para a RV

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JMJ: jovens exortam governos a investir em energias limpas

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Cracóvia (RV) - Durante a Jornada Mundial da Juventude, duas organizações internacionais que representam cerca de 10 milhões jovens estudantes católicos divulgaram segunda-feira (26/07) um comunicado apelando aos governos para investir agora nos postos de trabalho sustentáveis ​​e éticos que esta e as futuras gerações de estudantes e jovens virão a ocupar nos anos vindouros.

O Movimento Internacional de Estudantes Católicos (IMCS-MIEC Pax Romana) e os Jovens Estudantes Católicos Internacionais (IYCS / JECI), que representam movimentos estudantis nacionais católicos em mais de 100 países, disseram que o comunicado era sua aceitação do convite feito pelo Papa Francisco em junho de 2015 na Encíclica Laudato Si' se unir para, nas palavras de IMCS e IYCS, “discutir, debater e celebrar a nossa relação com o ambiente, com o outro, com a economia, com o trabalho e com muitos outros aspectos interligados da vida”.

Dado os níveis extremamente elevados de desemprego entre os jovens em muitos países e as referências da encíclica ao "valor do trabalho", as duas organizações sugerem que a substituição de empregos insustentáveis, ​​como os da indústria de combustíveis fósseis, pelos postos de trabalho éticos do futuro, tais como os do setor de energia limpa, deveria ser uma prioridade para os governos.

"Se os governos são sérios sobre a redução do desemprego juvenil de forma ética, sem ameaçar a qualidade de vida das gerações futuras, eles simplesmente têm de investir agora em encontrar alternativas para aqueles empregos que poluem o ambiente e contribuem para as alterações climáticas – os quais todos os países já concordam em não podem existir no longo prazo", disse Richard Apeh, Secretário Geral da organização Jovens Estudantes Católicos Internacionais.

A declaração também apela a outros jovens a "trabalhar e ser agentes de mudança em suas comunidades", a fim de "criar um novo mundo marcado pela solidariedade, estilos de vida ecologicamente responsáveis, justiça e paz".

Ecovila em Cracóvia

A declaração é apenas um dos muitos esforços globais para espalhar a mensagem da encíclica durante o Dia Mundial da Juventude. Como parte da campanha #LiveLaudatoSi, o Movimento Católico Climático Global  criará uma Ecovila em Cracóvia, onde realizará oficinas interativas com jovens católicos sobre como eles podem colocar a Encíclica em prática e viver de forma mais sustentável.

Segunda-feira, 25 de julho, a Universidade Jagellonian sediou uma conferência intitulada 'Ecologia Integral de Laudato Si': a juventude como protagonista da mudança', com o arcebispo de Cracóvia, o Presidente da Comissão Organizadora do Dia Mundial da Juventude, o Ministro do Ambiente da Polónia e um dos conselheiros mais próximos do Papa sobre a Encíclica, Cardeal Peter Turkson.

O Movimento Católico Global pelo Clima (GCCM) é uma rede internacional de mais de 250 organizações católicas e indivíduos dedicados a cuidar da criação de Deus, dos pobres e das gerações futuras.

(Aviv/CM)

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A festa dos jovens brasileiros na abertura da JMJ

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Cracóvia (RV) – Aberta oficialmente a Jornada Mundial da Juventude de Cracóvia. A Rádio Vaticano acompanhou de perto a celebração no Parque Blonia e ouviu os relatos de quem estava lá: 

David Bruno Montenegro, Fortaleza (CE), Comunidade Shalom:

“Tem um clima de santidade nesta cidade, de paz, de tranquilidade. A gente sente que é um momento de oração: a Eucaristia tem um poder muito forte de pacificação. Quando comungamos há uma união entre a igreja na terra e a igreja celeste. Então, rezamos para que a paz reine entre todos os povos”.

Nicolas Pedrosa Sales, Fortaleza (CE), Comunidade Shalom:

“O final, com certeza, foi o momento mais marcante: todos os jovens reunidos. Isso foi muito gratificante”.

 Elizangela Pereira, de Brasília (DF):

“É indescritível, é o céu aqui na terra. Gratidão, é só o que dá pra sentir estando aqui. Deus é universal. É isso para sempre que eu quero viver”.

Maria Sara Barbosa, de Brasília (DF):

“Emocionante, até um pouco irreal para mim. Experiência muito forte com Deus, como a misericórdia, que foi me atraindo e mostrando minha história. E vontade de Deus que eu estivesse aqui”.

Letícia Aparecida Campos, de São Paulo (SP):

 “A gente passou por muitas dificuldades: foi um encontro muito bom, a gente fez show, arrecadação, brigou com pai, mãe...eu não vou falar muito senão vou chorar.  

Do Parque Blonia, em Cracóvia, para a RV, Rafael Belincanta

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JMJ: a importância da sua mensagem neste momento da História

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Cidade do Vaticano (RV) – A JMJ de Cracóvia, como as outras no passado, são eventos importantes também para as Congregações religiosas e institutos, por serem momentos de agregação em que se difunde o valor e o carisma de suas missões. O evento de Cracóvia está sendo bastante vivido por toda a Família Paulina, que com seus irmãos e leigos consagrados, fazem pastoral vocacional, apresentam-se aos jovens e principalmente, comunicam. “Trata-se de um momento privilegiado para fortalecer a fé e a missão entre os jovens de todo o mundo ao redor de Jesus Cristo e manifestar seu apoio à mensagem cristã e ao Papa”.

Neste momento difícil em que a humanidade sofre ameaças e violências terroristas, esta mensagem traz em si uma força especial. É o que afirma o religioso paulista Darlei Zanon, paulino, filósofo e teólogo, além de mestre em Comunicação, Cultura e Tecnologias da Informação.  Ouça a entrevista, concedida à RV em Roma.  

(CM/AG)

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"Estamos prontos para a visita do Papa", assegura Ministro do Interior polonês

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Cracóvia (RV) – O atentado de terça-feira em Rouen, na França, em que dois jihadistas degolaram o Padre Jacques Hamel enquanto celebrava a missa, é uma “grande tragédia”, mas que por si só não elevou o nível de alerta e os controles de segurança para a chegada do Papa em Cracóvia na tarde desta quarta-feira (27/07), afirmou o Ministro do Interior polonês Mariusz Bzaszczac.

“Nós – afirmou durante uma coletiva de imprensa – levamos à sério cada sinal, mas a Polônia é um país seguro. Aumentamos as medidas de segurança. Convidamos a todos aqueles que observarem qualquer coisa suspeita, para denunciarem às forças de ordem. A JMJ será um sinal de unidade na oração. E nós faremos todo o necessário para que os peregrinos se sintam e estejam seguros”.

“Obviamente – disse Bzaszczac – é necessário estarmos conscientes de que nem todas as situações são previsíveis, mas as nossas forças de ordem são especializadas e estão preparadas. Estamos prontos para a visita do Papa”.

Ao ser interpelado sobre a particularidade de Francisco - que ama o contato com as pessoas e às vezes é imprevisível - o Ministro afirmou que cada missão é tratada com muita seriedade.

“As medidas de segurança não são uma novidade para nós, afirmou. Pessoalmente fui responsável pela segurança de João Paulo II várias vezes. O Papa Francisco tem o seu modo específico de comportar-se, diferente dos predecessores, e nós estamos prontos para nos adaptamos, não existe outra opção. Nos preparamos, cooperando também com os serviços de segurança do Vaticano, que visitamos para aprender a especificidade do comportamento do Papa. Mas estamos prontos para garantir a segurança quer do Papa, como de todos os peregrinos”.

Durante a coletiva, os diversos representantes das forças de ordem polonesas informaram que 20 mil pessoas foram controladas por amostragem no dia de ontem. Já nas fronteiras, 226 pessoas foram detidas, mas por falta de documentação. “Nenhum dos detidos era suspeito de terrorismo”, assegurou.

Para região de Cracóvia foram destacados 12 mil policiais (diante dos 7 mil ordinários) e 40 mil homens e mulheres, somando todas as forças de ordem, como bombeiros, exército, etc. Uma presença que será ulteriormente reforçada no sábado e domingo, depois que na noite de ontem, devido à chuva, foi registrado um certo caos devido á superlotação de jovens na estação de Cracóvia.

(je/aska)

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Cardeal Tauran: vencer o mal com o bem ou iremos para o abismo

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Cidade do Vaticano (RV) – Após o bárbaro assassinato do Padre Jacques Hamel na França, o Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Cardeal Jean Louis Tauran indica o caminho para superar loucos e extremistas que estão disseminando a violência, o ódio e as divisões no mundo. Eis o que disse à Rádio Vaticano:

“Os meus sentimentos, certamente são sentimentos de revolta. Que razão pode justificar um crime do gênero? Nenhum! E não pode nem mesmo ser a religião a razão. Invocar o nome de Deus e assassinar um Padre no altar representa uma escalada do terror. Estamos caminhando direto para o abismo”.

RV: Na sua opinião, este ato era previsível?

“Previsível? Eu diria que não. Ao menos até agora eram respeitados os locais de culto! Na história existem casos parecidos, mas não no mundo de hoje. É realmente algo insuportável, estamos diante de uma nova situação e a Igreja católica foi atacada: um Padre assassinado sobre o altar, enquanto celebra a Eucaristia... Estas coisas não são improvisadas: foi organizado!”.

RV: Certamente, estamos ainda na onda da emoção, da dor. Para alguns, as palavras de conforto não são suficientes: se pede para passar das palavras a atos concretos. É um sentimento que o senhor partilha, e se sim, o que fazer diante deste multiplicar-se da violência?

“Penso que seja uma coisa que ainda durará. Mas é também necessário pedir às autoridades civis para utilizar todos os meios legítimos para assegurar a segurança dos cidadãos”.

RV: Estamos em um contexto preocupante em que os atentados se sucedem. Pensamos, obviamente, em Nice, mas também na Síria e no Iraque, na Alemanha, na própria França. Pensa que estamos vivendo um momento de “reviravolta”? Que olhar o senhor tem sobre este mundo que parece marcado pela violência e pelo terrorismo?

“Estamos vivendo uma nova época. É necessário reencontrar a humanidade, o caminho interior; refletir e dizer a nós mesmos que quem é diferente de nós não é necessariamente inimigo. E este é o princípio do diálogo inter-religioso: que é aquele de que me ocupo principalmente. Devemos voltar a nos confrontar, a ouvir-nos, a compreender-nos para realizar este caminho juntos. Acredito que durará bastante. É necessário recordar a frase de São Paulo:  “Vencer o mal com o bem”. O verdadeiro grande perigo é o da radicalização, da vingança. Todos estes atos semeiam ódio! Não podemos ser felizes sem os outros, mas não podemos nem mesmo estar uns contra os outros. Existe a frase de Einsten que diz: “O mundo nunca morrerá por causa do maus, mas por aqueles que o olham fazer, sem porém fazer nada”. É uma coisa que é muito, muito importante hoje: não olhar somente, mas agir! Eu gostaria também de dizer que nesta situação somos chamados – nós cristãos – a estarmos prontos para sofrer, também para morrer, para que o nome de Deus seja respeitado. Eu acredito que se deva ter a coragem da diferença! Não existe cristianismo sem a Cruz e eu acredito que o Padre e todas as vítimas do terrorismo façam parte da longa lista de mártires da Igreja de ontem e de hoje”.

(JE/MA)

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JMJ: ápice do Jubileu da Misericórdia

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Cidade do Vaticano (RV) - A edição desta quarta-feira (27/07) do “Porta Aberta no Ano da Misericórdia” é inteiramente dedicada à Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia, que foi aberta na terça-feira com uma missa celebrada pelo Cardeal polonês Stanislaw Dziwisz.

O correspondente da Rádio Vaticano na Polônia, Rafael Belincanta, está acompanhando de perto a movimentação dos peregrinos brasileiros e realizou inúmeras entrevistas sobre como nossos compatriotas estão vivendo esta experiência à luz do Ano Santo da Misercórdia. A Jornada, afirmou o Papa Francisco, é o ápice deste Jubileu.

Em especial, ouça as entrevistas com  Patrícia Pericz, com a Irmã Aldona Skrzypiec  e com o Pe. Mauro Almeida da Silva – todos voluntários da JMJ.

O “Porta Aberta” vai ao ar às quartas-feiras, às 17h - hora local (12 horário de Brasília) e pode ser ouvido on demand no link acima.

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Igreja no Mundo



França: identificado um dos dois assassinos de Padre Hamel

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Rouvray (RV) - Identificado um dos dois assassinos que nesta terça-feira tomaram como reféns os fiéis na igreja de Saint Etienne du Rouvray, na Normandia, e assassinaram o Padre Jacques Hamel, fazendo alusão ao autoproclamado Estado Islâmico. Trata-se de Adel Kermiche, 19 anos, já conhecido do antiterrorismo. Entretanto, está fora de perigo o outro refém ferido. O presidente francês, Hollande afirmou: “O terrorismo deve ser derrotado com todos os meios, mas sempre no âmbito do “estado de direito”.

Kermiche estava em liberdade condicional: saiu da prisão em março passado depois de 11 meses de reclusão, por ter tentado duas vezes chegar a Síria. Aos meios de comunicação franceses, os seus colegas de escola disseram que todos sabiam de sua radicalização. O jovem também teria repetido muitas vezes que queria atacar uma igreja jurando sobre o Corão. Sobre o segundo agressor falta ainda a confirmação oficial. O Procurador francês Molins declarou que os reféns foram usados como escudos humanos, e que, antes de tomar medidas para neutralizar os agressores, as forças de ordem tentaram uma negociação.

Presidente francês conversa com o Papa

Ainda nesta terça-feira, foi preso um menor, talvez irmão do segundo agressor. A polícia encontrou um cinto explosivo falso em torno do abdômen de um dos dois e três facas, enquanto o outro carregava uma mochila com explosivos falsos. O Presidente francês, François Hollande, convocou para hoje o Conselho Nacional de Defesa e em um telefonema ao Papa Francisco disse: “Quando um sacerdote é atacado, é toda a França a ser ferida", e que tudo seria feito para proteger nossas igrejas e locais de culto”. Recordou ainda o papel da França em defesa dos cristãos do Oriente. "E nestas circunstâncias tão dolorosas e duras", ele esperava que o espírito de harmonia prevaleça sobre o ódio. Ontem, no Eliseu, Hollande também disse: “Nosso país está em guerra. O terrorismo deve ser derrotado com todos os meios, mas sempre segundo o estado de direito”.

Após o atentado polêmicas da oposição: Nicolas Sarkozy, voltou a dizer que agora “ deve mudar tudo”, enquanto a Frente Nacional de Marine Le Pen afirma que são “falatórios de governantes”.

Padre Jacques Hamel

Os dois assaltantes de Saint Etienne du Rouvray entram rapidamente na igreja falando em árabe e estavam armados com facas. O alarme, que permitiu às forças de ordem intervir, foi dado por uma das freiras que conseguiu escapar da igreja. A religiosa contou à imprensa francesa que o Padre Jacques Hamel, antes de ser morto pelos terroristas, que diziam agir em nome do Estado Islâmico, foi forçado a ajoelhar-se e tentou reagir e que os dois assaltantes fizeram uma espécie de sermão em árabe e filmaram o assassinato do sacerdote. O autodenominado Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo ataque através da agência Amaq afirmando que os dois eram seus soldados. (SP)

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Atualidades



Al Azhar condena assassinato de Padre Jacques Hamel

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Cairo (RV) – Também o Grão Imame de Al Azhar, Ahmed Al Tayyeb – a mais alta autoridade islâmica sunita – une-se à firme condenação do ataque terrorista na Igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray. 

Intensificar esforços comuns contra o câncer do terrorismo

“Aqueles que realizaram este hediondo ataque – afirmou – são privados de qualquer senso de humanidade e de todos os valores e princípios de tolerância islâmica, que convidam à paz e a evitar o derramamento de sangue de inocentes, sem distinção de religião, cor, gênero ou pertença étnica”.

O Islã – acrescentou – “ordena respeitar os lugares sagrados e de culto e a sacralidade dos não-muçulmanos”.

O Grão Imame de Al Azhar lançou um apelo para que “se intensifiquem os esforços e as iniciativas comuns para enfrentar o câncer do terrorismo, que ameaça o mundo inteiro, destrói inocentes e coloca em risco a paz mundial”, ao mesmo tempo que reitera o empenho de Al Azhar em continuar a sua luta contra o pensamento extremista até quando o terrorismo não for completamente erradicado.

Al Tayyeb expressou também “as próprias e sinceras condolências ao Presidente da República francesa, François Hollande, ao Arcebispo de Rouen, Dom Dominique Lebrun, aos familiares das vítimas” e “a todo o povo francês amigo”.

 

(JE)

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