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Sumario del 28/07/2016

Papa e Santa Sé

Papa e Santa Sé



Papa: Jesus Cristo é um dom, não se compra e não se vende

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Błonia (RV) – O ponto alto das atividades do Santo Padre, na tarde desta quinta-feira (28/7), em terras polonesas, foi a cerimônia de boas-vindas no Parque Jordan, na esplanada de Błonia, em Cracóvia.

Após ter recebido as chaves da Cidade de Cracóvia, por parte do Prefeito, na praça diante da sede do Arcebispado, o Papa se dirigiu de papamóvel a Błonia.

Antes da chegada de Francisco ao Parque Jordan, os jovens da JMJ se preparam com momentos de oração e reflexão sobre o tema: “Chamados à santidades”.

A seguir, os representantes dos países participantes da JMJ desfilaram com suas bandeiras e as figuras das “testemunhas da misericórdia”, que representam os diversos continentes do mundo: São Vicente de Paola (Europa), bem-aventurada Madre Teresa de Calcutá (Ásia), Santa Maria McKillop (Austrália e Oceania), São Damião de Veuster de Molokai (América do Norte), e a bem-aventurada Irmã Dulce (América do Sul).

Por fim, com a chegada do Papa, o arcebispo de Cracóvia, Cardeal Stanislaw Dziwisz, fez seu discurso de boas-vindas a Francisco e aos milhares de jovens que participam desta 31ª Jornada Mundial da Juventude.

Depois de uma encenação dos jovens e da leitura do episódio evangélico de Marta e Maria, o Pontífice tomou a palavra e disse:

“Finalmente nos encontramo-nos! Obrigado pela calorosa recepção! Agradeço ao Cardeal Dziwisz, aos bispos, aos sacerdotes, aos religiosos, aos seminaristas e a todos aqueles que os acompanham. Obrigado aos que tornaram possível a nossa presença aqui. Agradeço de modo especial a São João Paulo II que sonhou e deu impulso a estes encontros da juventude. Do céu, ele nos acompanha, sobretudo os tantos jovens pertencentes a povos, culturas, línguas diferentes”.

Os jovens, disse Francisco, são animados por um único motivo: celebrar Jesus, vivo no meio de nós, que renova o nosso desejo de segui-lo, de viver com paixão o seu seguimento. E perguntou: “Qual ocasião melhor para renovar a nossa amizade com Jesus e entre nós, reforçar nossa amizade com ele e partilhá-la com os outros? Qual maneira melhor para viver a alegria do Evangelho e com ele contagiar o mundo, em meio a tantas situações dolorosas e difíceis?” E respondeu:

“Jesus nos convocou para esta 31ª JMJ e nos diz: ‘Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia». Felizes os que sabem perdoar, ter um coração compassivo, dar o melhor de si mesmos aos outros. Nestes dias, a Polônia está em festa e representa o rosto sempre jovem da Misericórdia. Unidos espiritualmente aos jovens que não puderam estar presentes, celebramos a nossa Jornada e a Festa Jubilar”.

Hoje, acrescentou o Papa, a Igreja quer aprender, com vocês, renovar a sua confiança na Misericórdia do Pai, que tem o rosto sempre jovem e não cessa de nos convidar para segui-lo. Por outro lado, Francisco frisou que “o rosto da misericórdia é jovem.

Um coração misericordioso, afirmou, não se deixa levar pela comodidade; sabe ir ao encontro dos outros e abraçar a todos; sabe ser refúgio, acolhedor e capaz de compaixão; sabe partilhar o pão com o faminto; sabe receber o refugiado e o migrante. Misericórdia significa oportunidade, futuro, compromisso, confiança, abertura, hospitalidade, compaixão, sonhos.

Partindo da sua experiência pessoal, Francisco expressou sua tristeza por ver certos jovens que parecem “aposentados”, que se arrendem, são desanimados e apáticos, que buscam falsas ilusões.

A força para vencer todos os obstáculos da vida, recordou o Pontífice, vem de uma pessoa: Jesus Cristo. Ele nos leva a dar o melhor de nós mesmos, nos interpela, nos convida e ajuda a reerguer-nos e nos impele a levantar o olhar para o céu.

Aqui, o Papa se referiu à passagem evangélica de Marta, Maria e Lázaro, que acolhem Jesus em sua casa. Às vezes, disse, as nossas lidas nos fazem agir como Marta: ativos, distraídos, sempre atarefados; outras vezes somos como Maria: refletimos, ouvimos. E acrescentou:

“Nestes dias da JMJ, Jesus quer entrar em nossa casa; dar-se conta das nossas preocupações, da nossa pressa, como fez com Marta... e espera que o escutemos como Maria: que tenhamos coragem de confiar nele. Que estes sejam dias dedicados a Jesus, à sua Palavra e àqueles que refletem o seu rosto”.

A felicidade, afirmou o Pontífice, germina e desabrocha na misericórdia. A misericórdia, repetiu, tem rosto jovem, como o de Maria de Nazaré, a “Mãe da Misericórdia”. E concluiu convidando os jovens a rezarem com ele:

“Peçamos ao Senhor que nos lance na aventura da misericórdia, na aventura de construir pontes e derrubar muros e barreiras de arame farpado; na aventura de socorrer os pobres, os excluídos, os abandonados, os desesperados, os idosos. Eis-nos aqui, Senhor! Enviai-nos para partilhar vosso Amor Misericordioso. Queremos acolher-vos nesta JMJ e confirmar que a vida é plena quando é vivida com misericórdia”.

Com este discurso, o Santo Padre concluiu seu segundo dia de permanência em terras polonesas.

Recordamos que, após o jantar, o Papa vai aparecer à janela da sede do arcebispado de Cracóvia para saudar os fiéis e os jovens presentes na praça. Está prevista a presença de um grupo de casais e de recém-casados. (MT)

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"Ao contrário do homem, Deus não se ocupa de questões de poder"

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Cracóvia (RV) – O Papa Francisco presidiu na manhã desta quinta-feira (28/07) a primeira missa em terras polonesas, no Santuário mariano de Jasna Gora, em Czestochowa. Chegando de papamóvel, saudou uma dezena de pessoas doentes e cadeirantes que o aguardavam na entrada.   

Coração cristão da Polônia

Um dos lugares de culto e peregrinação mais importantes do país, o Santuário abriga a imagem da Virgem Negra, venerada por milhões de peregrinos todos os anos.

Segundo a tradição católica, ela foi “pintada por São Lucas e apresenta o verdadeiro rosto de Maria”, embora especialistas assegurem que o ícone é bizantino e datado entre os séculos VI e IX. 

A Virgem Negra

Antes de presidir a missa, o Pontífice rezou brevemente na capela diante desta imagem, que apresenta algumas rachaduras provocadas por atos vandálicos no século XV. Obedecendo uma tradição iniciada por Paulo VI, Francisco deixou à Virgem uma rosa de ouro. 

Entretanto, cerca de 300 mil pessoas entoavam cantos e orações no parque do Santuário, à espera do Papa. Centenas de bispos e sacerdotes de várias nacionalidades concelebraram a missa, que recordou os 1050 anos do batismo da Polônia, a conversão do país ao cristianismo. O Presidente, Andrzej Duda, e várias autoridades, também estavam presentes. 

A Eucaristia foi celebrada em latim e polonês. A homilia do Pontífice foi lida em italiano e se concentrou em três conceitos: pequenez, proximidade e concretude de Deus e de Maria. 

Deus é pequeno

“Deus prefere encerrar-se no que é pequeno, ao contrário do homem que tende a querer possuir algo sempre maior. Deixar-se atrair pelo poder, a grandeza e a visibilidade é tragicamente humano; já o Senhor prefere os pequeninos, porque se opõem ao ‘estilo de vida orgulhoso’ que vem do mundo”. “E é por isso que Jesus chama pessoas simples e disponíveis para serem seus porta-vozes”, disse, mencionando João Paulo II e Santa Faustina, “anunciadores mansos e fortes da misericórdia”.  

Deus é próximo

Deus é próximo, “não quer ser temido como um soberano poderoso e distante, mas gosta de caminhar conosco”. A respeito da missão principal da Igreja, o Pontífice disse que “somos chamados a ouvir e se envolver, partilhando as alegrias e as canseiras das pessoas”.  

Deus é concreto 

“O Verbo se faz carne – destacou - e o Eterno se comunica transcorrendo o tempo com pessoas e em situações concretas”. Nesta ótica, o Papa recordou a importância da fé na família, de pai para filho e, sobretudo, pelas mães e as avós, a quem muito devemos agradecer”.  

Maria é pequena

“Maria é a escada que Deus percorreu para descer até nós; é Ela o sinal mais claro da plenitude do tempo”. Para o Papa, Maria “tem aquela pequenez amada por Deus, que ‘pôs os olhos na humildade da sua serva’ e ‘exaltou os humildes’”.  

Maria é próxima

Maria é próxima ao homem “porque nos ajuda a descobrir o que falta à plenitude da vida e nos ensinando a evitar arbítrios e murmurações em nossas comunidades. Como Mãe de família, nos quer guardar juntos”. Partindo deste exemplo, o Papa exortou os fiéis “a superarem as injustiças e as feridas do passado e criar comunhão com todos, sem nunca ceder à tentação de se isolar e se impor”.

Maria é concreta

Terminando sua reflexão, Francisco frisou que Maria é concreta porque “tem a peito os problemas e intervém, sabe identificar os momentos difíceis e dar-lhes remédio com discrição, eficácia e determinação. Não é patroa nem protagonista, mas Mãe e serva”.

Na conclusão, o Papa convidou todos a espelhar-se na “sensibilidade e imaginação de Maria ao servir quem passa necessidade, a dedicar a vida pelos outros sem preferências nem distinções, agindo na pequenez e acompanhando-nos de perto, com coração simples e aberto”.

Visita e oração no Convento das Irmãs da Apresentação

Antes de se dirigir a Czestochowa, na manhã desta quinta-feira (28/07), o Papa Francisco deixou a sede do arcebispado de Cracóvia e foi ao Convento das Irmãs da Apresentação, na Diocese de Balice, a cerca de 17km. As religiosas se dedicam à instrução e à educação cristã da juventude na Polônia, Itália e Ucrânia.

O encontro com 30 religiosas e um grupo de alunos das escolas dirigidas pelo Instituto teve caráter privado. Rezaram todos juntos alguns minutos e o Pontífice deixou uma mensagem no livro de honra. 

“Agradecido pelo vosso precioso serviço, abençoo-vos e encorajo na vossa missão educativa: cultivar com amor as sementes de bondade, beleza e verdade que Deus semeia nas novas gerações”.

(CM)

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Papa Francisco de bonde a caminho da JMJ

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Cracóvia (RV) – O Papa Francisco utilizou o meio de transporte público mais característico de Cracóvia e o mais ecológico, o bonde, para chegar à grande esplanada de Blonia, onde se encontrou mais de 600 mil jovens que participam da Jornada Mundial da Juventude.

São somente cerca de 4 kilômetros, os que separam o arcebispado onde o Pontífice se hospeda, e parque Jordan, em Blonia, porém Francisco se tornou assim no primeiro Pontífice a utilizar um bonde para se locomover.

Francisco subiu no modelo de bonde mais moderno de Cracóvia, conhecido como "Krakowiak", pintado com as cores da bandeira do Vaticano, amarelo e branco, e com o brasão papal.

Antes de subir no bonde, o Prefeito de Cracóvia, Jacek Krupa, lhe entregou as chaves da cidade e junto com outras autoridades fez o pequeno passeio.

No vagão do Papa se encontravam 15 jovens portadores de deficiências que o acompanharam durante o trajeto e a quem saudou um por um.

Durante alguns minutos esteve sento com uma menina e depois ficou sozinho, saudando da janela do bonde os fiéis que se aglomeraram ao longo do caminho.

O bonde é um dos meios de transporte público mais importante e mais utilizado em Cracóvia e nestes dias em que foi proibido o uso de automóveis privados no centro da cidade é o mais usado pelos jovens. (SP)

 

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Papa encontra os bispos: simplicidade e sinceridade

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Cracóvia (RV) – O primeiro dia do Papa Francisco na Polônia foi marcado também pelo encontro com os bispos poloneses na Catedral de Cracóvia.

Tratou-se de um momento simples e familiar, em que o Pontífice respondeu a algumas perguntas. Mas antes de iniciar, Francisco pediu uma oração pelo Presidente do Pontifício Conselho para os Agentes de Saúde, o Arcebispo polonês Zygmunt Zymowski, que morreu no dia 12 de julho. Os bispos rezaram também pelo Card. Franciszek Macharski, imediato sucessor de Karol Wojtyla como Arcebispo de Cracóvia e que atualmente está internado num hospital da cidade. Na manhã de quinta-feira (28/07), o Pontífice visitou o Card. Macharski por alguns minutos, depois do encontro com as Irmãs da Apresentação.

Secularização

As perguntas dos bispos disseram respeito a vários argumentos, sendo o primeiro deles sobre a secularização na Polônia. Para Francisco, o “remédio” para esta situação é estar em meio ao povo. Proximidade é também o ingrediente fundamental do relacionamento dos bispos com os sacerdotes. Quanto aos jovens, o Papa ressaltou a importância dos avós para a transmissão da fé. Francisco falou também da misericórdia e de aplicá-la para combater a idolatria do dinheiro.

Paróquias

Outra pergunta questionava a validade das paróquias. Para o Papa, a paróquia é sempre insubstituível. Inclusive os movimentos religiosos têm o seu valor a partir das paróquias, pois elas permanecem a casa do povo de Deus.

Refugiados

A última pergunta se referia aos refugiados. Francisco disse que não há uma fórmula a ser aplicada de modo universal: depende do país, de suas possibilidades e de sua cultura. O importante é estar aberto e ser acolhedor – um princípio cristão.

(bf)

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Francisco saúda jovens da sacada do Arcebispado

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Cracóvia (RV) – O primeiro dia do Papa Francisco na Polônia se concluiu com uma saudação aos jovens reunidos na praça diante do Arcebispado de Cracóvia, sua residência na cidade.

Diante do entusiasmo dos presentes, o Pontífice falou de um fato que “entristece o coração” e citou um jovem de 22 anos, Maciej, que morreu no dia 2 de julho em decorrência de um câncer. Este rapaz deixou seu emprego como gráfico para ser voluntário da Jornada Mundial da Juventude. Ele é o responsável pelas imagens que enfeitam a cidade e o material dos peregrinos.

“Alguém de vocês pode pensar: ‘Este Papa está estragando a noite’. Mas é a verdade, e nós devemos nos acostumar com as coisas boas e ruins. A vida é assim, queridos jovens. Mas há algo de que não podemos duvidar: da fé deste rapaz, deste nosso amigo que trabalhou muito por esta JMJ. Agora ele está com Jesus, olhando para todos nós. E esta é uma graça. Um aplauso para este nosso companheiro”, disse o Papa da sacada do Arcebispado.

E acrescentou: “Amanhã nos revemos. E façam ver a alegria cristã, a alegria que o Senhor lhes dá por ser uma comunidade que segue Jesus”. O Papa se despediu rezando com os fiéis o Ave-Maria e pedindo orações por seu ministério. 

(bf)

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Avançar, perdoar, construir: Papa responde a jovens italianos

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Cracóvia (RV) – O encontro com os Bispos não foi o último compromisso do Papa em sua chegada à Polônia. Depois de deixar a Catedral de Cracóvia, o Papa participou de uma festa dos jovens italianos reunidos na esplanada diante do Santuário da Misericórdia.

Através de conexão em vídeo, o Pontífice respondeu a três perguntas. A primeira era sobre o acidente ferroviário ocorrido no sul da Itália em 12 de julho, que matou 23 pessoas. Uma jovem que com frequência usa aquela linha de trem perguntou ao Papa como abater o medo e retomar a vida com alegria. Francisco respondeu que na vida carregamos muitas cicatrizes, mas a sabedoria está em saber prosseguir, ir avante, com as fatos bons e ruins que nos acontecem. “No final, o jogo é este: ou você vence ou a vida vence você! Vença você a vida, com coragem, inclusive na dor”, encorajou o Papa.

A segunda pergunta foi feita por uma jovem de 15 anos que chegou à Itália com nove, e desde então sofre com bullying dos colegas, que a levou inclusive a uma tentativa de suicídio. “Como é possível perdoar quem me fez mal?”: foi o questionamento que a moça dirigiu ao Pontífice.

Francisco respondeu que na raiz do mal está a crueldade humana – atitude que está na base de todas as guerras. “Isso é terrorismo, é algo que devemos vencer. (...) É possível perdoar totalmente? É uma graça que devemos pedir ao Senhor. Sozinhos não conseguimos. Devemos pedir a graça da mansidão, que abre o caminho ao perdão.”

O terceiro jovem perguntou ao Papa como difundir a paz num mundo repleto de ódio, em referência ao ataque registrado em Munique, na Alemanha. Para Francisco, o segredo está em construir pontes. “Na vida é preciso escolher: ou faço pontes ou faço muros. Gosto de pensar que nós temos, em nossas possibilidades de todos os dias, a capacidade de fazer uma ponte humana. Não deixar-se derrubar”, concluiu o Papa.

(bf)

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As vozes dos jovens em Cracóvia

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Cracóvia (RV) – Centenas de milhares de jovens de todo o mundo estão em Cracóvia para participar da 31ª Jornada Mundial da Juventude. Nesta quinta-feira o primeiro encontro oficial com o Papa Francisco na cerimônia de boas-vindas no Parque de Blonia. A Rádio Vaticano presente neste grande evento da juventude, através do nosso correspondente Rafael Belincanta conversou com alguns deles provenientes do Brasil, Angola e Portugal. Eis as vozes dos nossos jovens… (SP) 

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Festivais promovem a identidade cultural dos jovens na JMJ

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Cracóvia (RV) – Os Festivais da Juventude são uma oportunidade para a troca cultural entre os jovens em Cracóvia.

Após os compromissos oficiais com o Papa, a cidade se transforma: palcos estão instalados em pontos estratégicos. Música, teatro e apresentações reúnem os jovens em autênticos momentos de troca cultural.

Nós conhecemos o Grupo “Ser-tão do Papa”, de jovens de Fortaleza (CE). Eles prepararam uma música especial que está animando os jovens.

“A gente quis fazer um ‘forrozinho’ que representasse o nosso grupo”, disse Danilo Aguiar.

Ouça o bate-papo com o grupo e a música “Sertão do Papa”. 

Veja o vídeo no Facebook.

De Cracóvia para a Rádio Vaticano, Rafael Belincanta

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Padre Lombardi: uma viagem na recordação de São João Paulo II

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Cracóvia (RV) - Na conclusão do primeiro dia do Papa em Cracóvia, a Rádio Vaticano conversou com o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi:

P. - Padre Lombardi, o primeiro dia do Papa Francisco na Polônia: no discurso às autoridades pudemos notar como o Papa recordou a memória, tão querida à identidade do povo polonês. Quais são as suas impressões sobre essas primeiras horas?

R. – Entramos direto no coração desta viagem; entramos em especial no coração da dimensão do relacionamento com a Polônia, com o país, e com a Igreja na Polônia, enquanto a Jornada Mundial da Juventude, nós a encontramos um pouco pelas ruas da cidade, com muitos jovens, mas ainda não tivemos um evento específico. Em vez disso, nós tivemos os eventos do encontro com as autoridades, portanto, de alguma forma com os representantes do povo polonês, uma grande vocação seja da parte do Presidente seja da parte, em particular, do Papa, da memória, da história deste povo. E aqui, naturalmente, a figura de João Paulo II emerge com prepotência, porque é ele que foi um pouco o nosso mestre, que nos deu a conhecer, que fez conhecer ao mundo o valor e a profundidade da história do povo polonês, as suas raízes cristãs e assim por diante. Então, sentimos, respiramos o ar de Cracóvia de João Paulo II, e nos preparamos para a grande celebração desta quinta-feira dos 1050 anos do batismo da Polônia, que é, portanto, uma das dimensões importantes desta viagem, embora não seja a primeira motivação.

P. Como o senhor vê o clima e o encontro com os bispos?

O clima é muito bom, é muito positivo, é muito familiar: também o encontro com os bispos poloneses que puderam fazer perguntas diferentes - do ponto de vista pastoral, sobre os problemas que a Igreja atravessa neste momento do ponto de vista cultural e espiritual do país – e o Papa por sua vez respondeu com temas que lhe são familiares, tocando muitos temas que são caros ao seu coração. A proximidade ao povo para anunciar concretamente a figura de Jesus, os temas da solidariedade; uma ligação muito evangélica que leva a sério o Espírito das bem-aventuranças é a de Mateus 25 sobre os critérios de julgamento com os quais seremos julgados no final da vida, que são depois, as concretas obras de misericórdia. Então, entramos também no tema da misericórdia que caracteriza esta viagem. Vê-se, na verdade, que o tema da misericórdia - característico deste pontificado – retorna um pouco em todas as expressões concretas e nos conselhos pastorais que o Papa dá aos bispos.

P. - Padre Lombardi, o senhor falava dos temas caros ao Papa Francisco, como a proximidade ... certamente também a acolhida dos migrantes, um tema que - se sabe - neste momento é particularmente seguido por todos, também pela sociedade na Polônia. Sobre isso, o Papa foi muito, muito claro. .

R. - Sim, certamente. Devemos também dizer que nos damos conta de que a Polônia é um país diferente da Itália e, portanto, as questões da migração na Polónia são diferentes daquelas que podemos ter em Lampedusa. Aqui chegam os ucranianos e os russos, que são outro tipo de pessoas em relação aos africanos ou do Oriente Médio, e neste sentido também devemos perceber que há especificidades de caráter cultural, de caráter religioso diferente. Aqui não é tanto o problema - digamos - do Islã; há 300 refugiados provenientes da Síria, e há milhares e milhares e milhares de pessoas que vêm de Rússia, Ucrânia, que são ortodoxos ou são cristãos orientais. Portanto, devemos estar atentos para entender a variedade de faces da questão do tema da imigração, do tema da acolhida. E isso me parece ser importante. Mas é certamente verdade - e, neste sentido, o Papa tem uma mensagem forte - que a acolhida é uma dimensão fundamental do ser cristão, da vida e hoje também da relação entre os povos, num mundo em que tudo entrou em movimento, onde os povos se deslocam, por muitas razões, entre as quais - infelizmente - os conflitos ou pela degradação ambiental, e assim por diante ... então, é uma dimensão que não pode ser ignorada e é justo que os jovens, que são provenientes de todos os povos, e portanto, são um pouco naturalmente pessoas que se encontram para além das diferenças ou barreiras de cultura ou até mesmo de religião - embora aqui estamos em uma Jornada Mundial dos cristãos, dos católicos, no entanto, somos, de fato, pessoas que viemos de todas as diversas culturas, por isso estamos predispostos ao encontro e à compreensão mútua ... podemos viver aqui uma atmosfera e uma experiência que são fundamentais para construir um mundo do amanhã que seja pronto e capaz de acolher, de dialogar, para reunir pessoas de diferentes povos e culturas.

P. Papa Francisco definiu, já na sua videomensagem endereçada à Polônia dias atrás, a JMJ “um mosaico de harmonia, um mosaico de misericórdia”. Portanto um sinal de convivência real. No avião, o Papa Francisco sublinhou também que quando fala de “guerra mundial em pedaços” não entende absolutamente uma guerra de religião: esses dois elementos – o Papa indica a JMJ como uma mensagem, um sinal a um mundo desfigurado, também a Europa, nos últimos dias…

R. - Mas é claro: não podemos ignorar o fato de que esta JMJ, este grande encontro de jovens se realize em um determinado momento histórico, em um determinado contexto. E então devemos vive-la, necessariamente, como uma mensagem de fé, de coragem, de paz, porque esta é a mensagem que o mundo –  a Europa em particular, mas não só, porque se olharmos para a África, olharmos para tantas outras partes do mundo, os conflitos existem e estão em todos os lugares - tem necessidade. A JMJ é em si mesma uma mensagem de paz, baseada em uma mensagem de amor; a misericórdia está no centro desta JMJ, o amor de Deus por todos, o seu amor por todas as criaturas nos torna mensageiros do amor, e não do ódio, pontes em vez de muros e assim por diante. No entanto, o significado histórico desta JMJ é muito claro, neste momento; não podemos ignorá-lo e deve ser um forte anúncio de paz para o mundo contra todo o medo, e contra todas as dificuldades. (SP)

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Nossa Senhora de Czestochowa, como Aparecida

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Czestochowa (RV) – Estamos no coração da fé católica da Polônia: o Santuário de Jasna Góra, em Czestochowa. Casa de Nossa Senhora negra, assim como Aparecida. 

Quem nos conduz na visita são os peregrinos da Arquidiocese de Goiânia, que nos descrevem suas primeiras impressões.

“É uma experiência de fé”, disse o seminarista Djemerson Bento de Araújo.

Na nave central, encontramos Adriana de Fátima, que veio com o seu marido e seus três filhos:

“Ambas são negras. De cera forma representa também a exclusão, que parece que não é bonito, mas Deus faz tudo ser perfeito, porque somos todos imagem e semelhança”, refletiu Adriana.

Fortes na fé

“Estar num ambiente deste, pisar num lugar como esse, te faz uma pessoa melhor porque te aproxima daquilo que é o melhor que tem, que é Deus”,concluiu.

Diante do altar onde está o ícone, as emoções se misturam. Fiéis ajoelhados, sentados, muitos emocionados.

“Estávamos até brincando: ‘é a prima de Nossa Senhora Aparecida’. Sabemos que ela nos protege e nos acolhe. É maravilhoso: uma experiência de fé porque a gente aprende vendo e se fortalece na fé também”, disse Arlana Freitas.

De Czestochowa para a Rádio Vaticano, Rafael Belincanta

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A misericórdia na Jornada Mundial da Juventude de Cracóvia

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Cracóvia (RV) – O nosso programa de hoje é dedicado ao tema da misericórdia na Jornada Mundial da Juventude que está em andamento, em Cracóvia, na Polônia.  

O nosso enviado Rafael Belincanta conversou com alguns brasileiros que participam desse grande evento juvenil com o Papa Francisco. (MJ)

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