Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
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Sumario del 03/08/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa envia mensagem aos brasileiros pela Olimpíada do Rio

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Cidade do Vaticano (RV) – Ao final da Audiência Geral desta quarta-feira (03/08), o Papa Francisco enviou uma mensagem ao povo brasileiro, por ocasião dos Jogos Olímpicos. 

Eis as palavras textuais do Papa:

"Queria agora dirigir uma saudação afetuosa ao povo brasileiro, em particular à cidade do Rio de Janeiro, que acolhe atletas e torcedores do mundo inteiro por ocasião das Olimpíadas. Diante de um mundo que está sedento de paz, tolerância e reconciliação, faço votos de que o espírito dos Jogos Olímpicos possa inspirar a todos, participantes e espectadores, a combater o bom combate e a terminar juntos a corrida (cf. 2 Tm 4, 7-8), almejando alcançar como prêmio não uma medalha, mas algo muito mais valioso: a realização de uma civilização onde reine a solidariedade, fundada no reconhecimento de que todos somos membros de uma única família humana, independentemente das diferenças de cultura, cor da pele ou religião. E aos brasileiros, que com sua característica alegria e hospitalidade organizam a Festa do Esporte, desejo que esta seja uma oportunidade para superar os momentos difíceis e comprometer-se a 'trabalhar em equipe' para a construção de um país mais justo e mais seguro, apostando num futuro cheio de esperança e alegria! Que Deus abençoe a todos!"

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Papa na Audiência: jovens são ponte de fraternidade

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco retomou esta quarta-feira as Audiências Gerais, que estiveram suspensas no mês de julho. Devido ao calor, o encontro dos fiéis com o Pontífice foi realizado na Sala Paulo VI. 

Em sua catequese, o Papa recordou sua recente viagem à Polônia, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude. Mais uma vez, disse Francisco, os jovens responderam à convocação: “Vieram de todo o mundo, uma festa de cores, de vários rostos, de línguas e histórias diferentes. Vieram também com suas feridas, com seus interrogativos, mas sobretudo com a alegria de se encontrar; e mais uma vez formaram um mosaico de fraternidade. Eu não sei como fazem: falam línguas diferentes, mas conseguem se entender! E por que? Porque têm esta vontade de caminhar juntos, de fazer pontes, de fraternidade!

Para o Pontífice, uma imagem emblemática das JMJs são as bandeiras dos países carregadas pelos jovens, que se tornam “mais belas, se purificam, e nações em conflito ficam lado a lado”. E Francisco pediu aos jovens que fizessem o mesmo na Sala Paulo VI, já que entre os fiéis havia participantes da JMJ de Cracóvia.

Obras de Misericórdia

Neste grande encontro jubilar – prosseguiu -, os jovens do mundo acolheram a mensagem da Misericórdia, para levá-la a todos os lugares nas obras espirituais e corporais. “Agradeço a todos os jovens que vieram a Cracóvia! E agradeço aos que se uniram a nós de todas as partes da Terra! Que o dom que receberam se torne resposta cotidiana ao chamado do Senhor.” O Papa recordou uma jovem romana, Susanna, que morreu de meningite depois de participar da JMJ de Cracóvia.  

Francisco acrescentou que além da Jornada, sua viagem foi uma visita à Polônia, em que pôde rezar diante da imagem de Nossa Senhora, em Chestochova, Mãe do povo polonês. “Sob aquele olhar, se compreende o sentido espiritual do caminho deste povo, cuja história está ligada de modo indissolúvel à Cruz de Cristo. A Polônia recorda hoje a toda a Europa que não pode existir futuro para o continente sem os valores que estão em sua base, que têm por sua vez a visão cristão do homem.”

Entre esses valores, o Papa citou a misericórdia, de que foram testemunhas dois grandes apóstolos da nação: Santa Faustina Kowalska e S. João Paulo II.

Por fim, a viagem teve também uma dimensão universal, num mundo chamado a responder ao desafio de uma guerra em pedaços, que o está ameaçando. E assim Francisco relatou sua visita aos campos de concentração nazistas:

Silêncio em Auschwitz

“E aqui, o grande silêncio da visita a Auschwitz-Birkenau foi mais eloquente do que qualquer palavra. Naquele silêncio, ouvi a presença de todas as almas que passaram por lá; senti a compaixão, a misericórdia de Deus, que algumas almas santas souberam levar naquele abismo. Naquele grande silêncio rezei por todas as vítimas da violência e da guerra. E ali, naquele lugar, compreendi mais do que nunca o valor da memória, não somente como recordação de eventos passados, mas como advertência e responsabilidade pelo hoje e o amanhã, a fim de que a semente do ódio e da violência não germine e lance raízes nos sulcos da história.”

E prosseguiu: E nesta memoria, também hoje há tantos homens e mulheres que sofrem as guerras. Olhando aquela crueldade, naquele campo de concentração, logo pensei na crueldade de hoje, que se assemelham: não tão concentrada naquele lugar, mas espalhada no mundo. Este mundo que está doente de crueldade, de dor, de guerra, de ódio, de tristeza. E por isso lhes peço a oração: que o Senhor nos dê a paz!

O Papa concluiu agradecendo a todos os que tornaram possível esta viagem, de modo especial ao Presidente da Polônia, ao Cardeal-Arcebispo de Cracóvia e aos jornalistas. E recordou uma repórter italiana que morreu enquanto fazia a cobertura de sua viagem.

Ao saudar os diversos grupos presentes na Sala Paulo VI, o Papa recordou que no dia 4 de agosto se celebra a memória de São João Maria Vianney, padroeiro dos sacerdotes e especialmente dos párocos. Francisco recordou ainda que neste mesmo dia irá à Porciúncula, por ocasião dos 800 anos do “Perdão de Assis”.

“Será uma peregrinação muito simples, mas muito significativa neste Ano Santo da Misericórdia”, afirmou o Papa, pedindo a oração de todos. 

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"Não somos perigosos, estamos em perigo": Papa encontra 65 crianças refugiadas

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Cidade do Vaticano (RV) – Um urso de pelúcia cheio de band-aids e recoberto com palavras que descrevem aquilo que as guerras e a pobreza tiram das crianças: família, alegria, escola e casa, brincadeiras e deslumbre, dignidade e amor.

Este foi o presente que 65 crianças refugiadas – eritreias, egípcias e sírias – deram ao Papa Francisco na manhã desta quarta-feira. Elas são assistidas pela Cooperativa Social Auxilium, de Castelnuevo di Porto, Bari, e no novo centro em Rocca di Papa.

O Pontífice – noticia o L’Osservatore Romano – acolheu-as na Sala Paulo VI, durante a primeira Audiência Geral após a pausa de julho.

Os pequenos estavam acompanhados por suas mães e por agentes da cooperativa, junto com seu fundador, Angelo Chiorazzo.

“A nossa casa é onde habita a paz”, escreveram em uma faixa as crianças, que entregaram ao Papa desenhos e cartas onde contam suas histórias.

Elas também vestiam uma camiseta com a frase “Não somos perigosos, estou em perigo”, expressão inspirada nas palavras do Pontífice.

As crianças também deram ao Papa uma enorme bandeira branca com a África, a Itália e o Vaticano unidos por muitos pés coloridos, “para recordar os passos feitos para buscar uma vida melhor”.

(JE)

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Festa do Perdão de Assis é uma celebração da misericórdia

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Cidade do Vaticano (RV) – Ao final da Audiência Geral o Papa Francisco recordou que amanhã, quinta-feira, irá à Porciúncula, Basílica papal de Santa Maria dos Anjos, por ocasião do VIII centenário do “Perdão de Assis”, celebrado na terça-feira, dia 2. 

“Será uma peregrinação muito simples, mas muito significativa neste Ano Santo da Misericórdia. Peço a todos que me acompanhem com a oração, invocando a luz e a força do Espírito Santo e a celeste intercessão de São Francisco”.

O Papa partirá de helicóptero do Vaticano às 15 horas, devendo chegar em Assis 40 minutos mais tarde. Após um momento de oração silenciosa na Porciúncula, Francisco fará uma meditação sobre a passagem do Evangelho de São Mateus, em que Jesus diz a Pedro para perdoar as ofensas não até sete vezes, mas até setenta vezes sete.

Na sequência o Santo Padre saudará os frades recolhidos na Enfermaria do Convento, e por fim, do átrio da Basílica de Santa Maria dos Anjos, saudará os fieis presentes na Praça.

O Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores, Frei Michael Perry, será uma dos freis que receberão Francisco. Eis o que declarou à Rádio Vaticano sobre a Festa do Perdão de Assis:

“A Festa do Perdão de Assis é uma celebração da Misericórdia em todo o mundo, como tem dito o Papa Francisco. Nestes dias falou com os jovens e disse a eles para não terem medo de receber o dom da misericórdia. Às vezes temos medo disto, porque quando recebemos estas graças de Deus, devemos mudar a nossa vida; às vezes nós não queremos mudar o nosso estilo de vida, o modo de ver as coisas. Assim, a Porciúncula é um centro espiritual onde se pode receber estas graças, oferece aquela acolhida para reconstruir a pessoa, toda a humanidade e o mundo inteiro”.

RV: Atualmente, o significado do Perdão de Assis permanece o mesmo?

“Olhando o mundo – em modo particular estive próximo ao contexto das guerras, falei com os franciscanos e outras pessoas que vivem esta realidade na Síria, acompanhamos diariamente os freis no Sudão do Sul, eles que estão próximos das pessoas que vivem em situação de grande dificuldade devido à violência – acredito que hoje, mais do que nunca, temos necessidade de acolher antes e recuperar depois aquilo que Deus sempre nos ofereceu. Hoje, como há 800 anos, Deus vem para nos oferecer esta possibilidade”.

 

(JE/BH)

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Bispos da Úmbria dão as boas-vindas ao Papa

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Perugia (RV) - Os bispos italianos da região da Úmbria dão as boas-vindas ao Papa Francisco que visitará, nesta quinta-feira (04/08), a capela da Porciúncula, em Assis, situada dentro da Basílica papal de Santa Maria dos Anjos. 

“Há poucos dias da alegria de Cracóvia e do silêncio de Auschwitz, o Papa Francisco volta à nossa terra para celebrar conosco o Perdão de Assis”, destaca numa  mensagem o Arcebispo de Perugia, Cardeal Gualtiero Bassetti, presidente dos bispos do regional da Úmbria.

“No seu fazer-se peregrino, discreto e recolhido, à Porciúncula, acolhemos mais uma vez o convite de nos tornar mendicantes da misericórdia de Deus para doá-la aos irmãos, especialmente num tempo como o nosso em que a escuridão parece às vezes engolir a luz”, frisa o purpurado na nota.

“O Papa nos recorda que os pequenos gestos cotidianos de misericórdia inserem no tecido social as sementes de vida e esperança, capazes de combater e vencer o mal”, ressalta ainda o Cardeal Bassetti.

O purpurado conclui a mensagem, afirmando: “Unindo-se a Ele com afeto filial e fraterno, os bispos da Úmbria lhe dizem mais uma vez, junto com suas Igrejas: Bendito o que vem em nome do Senhor!” (MJ)

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Acompanhe conosco a visita do Papa a Assis

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Cidade do Vaticano (RV) – A Rádio Vaticano vai transmitir ao vivo, quinta-feira (04/08), direto de Assis, a visita do Papa à capela da Porciúncula, no interior da Basílica papal de Santa Maria dos Anjos. 

Misericórdia e perdão

No 8º centenário do Perdão da Porciúncula, a visita adquire ainda mais significado por ocorrer no Ano Santo extraordinário da Misericórdia e em um momento espiritualmente importante da diocese de Assis.

Neste sentido, o bispo de Assis–Nocera Umbra–Gualdo Tadino, Dom Domenico Sorrentino, escreveu uma carta aos cidadãos e peregrinos aprofundando o sentido da indulgência, à luz do percurso sinodal em curso, que está renovando a Igreja local:

Do sínodo à missionariedade

“Iniciamos este percurso que começa pelo conhecimento da Palavra de Deus e vai até a imagem de Igreja em saída, missionária e solidária, assim como delineada pelo Papa Francisco. E a visita do Papa vai marcar este caminho”.

O bispo ressalta a importância da indulgência neste momento especial: “É um perdão especial, superabundante, que acarreta o crescimento espiritual e a cura do coração. Recebê-lo na Porciúncula dilata nossos corações e nos convida a arregaçar as mangas para construir um mundo mais justo, fraterno e acolhedor”.

Acompanhe conosco

O programa do Papa prevê a chegada às 15h40, seguida pela visita à Basílica e à Porciúncula. A RV transmite, com comentários em português, a partir das 15h50 (10h50 horário de Brasília). Para assistir receber os alertas da transmissão, ao vivo e ‘on demand’ no Youtube, inscreva-se em nosso canal VaticanBR

(cm)

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Auschwitz e Via-Sacra: a misericórdia na JMJ

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Cidade do Vaticano (RV) - A edição desta quarta-feira (03/08) do “Porta Aberta no Ano da Misericórdia” é inteiramente dedicada à Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia, que se conclui no último domingo.

Nesta edição, vamos recordar em especial dois momentos marcantes da JMJ, ambos vividos na sexta-feira: a visita do Papa Francisco aos campos de concentração nazistas e, no final da tarde, a Via-Sacra com os jovens.

Já o encontro com os jovens foi marcado pela festa. Com o correspondente da Rádio Vaticano na Polônia, Rafael Belincanta, acompanhamos a alegria dos participantes brasileiros – alegria que caracterizou não somente os jovens, mas também os bispos que fizeram suas catequeses. Vamos ouvir as entrevistas com o  Arcebispo-anfitrião da última Jornada, Card. Orani João Tempesta, com o bispo italiano de Caruaru, em Pernambuco, Dom Dino Marchió e com o Bispo de Guarda, em Portugal, Dom Manuel da Rocha Felicio.

O “Porta Aberta” vai ao ar às quartas-feiras, às 17h - hora local (12 horário de Brasília) e pode ser ouvido on demand no link acima.

(bf)

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Igreja na América Latina



Argentina: Igreja recorda 40º aniversário de morte de Dom Angelelli

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Neuquén (RV) - Será celebrado, nesta quinta-feira (4/08), na Diocese de Neuquén, Argentina, o dia dos mártires latino-americanos. A data coincide com o 40º aniversário de morte do Bispo de La Rioja, Dom Enrique Angelelli, ocorrida em 4 de agosto de 1976. 

Em 4 de agosto de 1983, 33 anos atrás, o então Bispo de Neuquén, Dom Jaime Francisco De Nevares, definiu a morte de Dom Angelelli como “um crime da ditadura”.

Segundo o jornal da Santa Sé, L’Osservatore Romano, o atual Bispo de Neuquén, Dom Virgílio Bressanelli, presidirá a missa solene na catedral, nesta quinta-feira (4/08), para recordar os mártires latino-americanos.

No domingo passado (31/07), o prelado participou de um evento comemorativo junto com o Pe. Rubén Capitanio, autor de um livro sobre Dom Nevares, e um grupo de leigos. “Não obstante a prática judiciária sobre a morte de Dom Angelelli tenha sido arquivada por um longo período de tempo, recentemente foi retomada para proceder com o processo e a condenação dos responsáveis do crime”, disse Pe. Capitanio.

“Queremos lembrar Dom Angelelli porque é uma recordação de compromisso total com Deus e as pessoas. Temos a certeza de que se tratava de um compromisso pacífico, segundo o Evangelho, em favor da justiça, da verdade e por uma democracia onde haja o verdadeiro respeito da parte de todos”, frisou o atual Bispo de Neuquén, Dom Bressanelli.

Dom Enrique Angelelli nasceu em Córdoba, em 17 de julho de 1923. Era um dos bispos mais conhecidos da Argentina, como era também conhecida a sua aversão pela ditadura. Morreu num acidente de carro simulado, pouco depois da instauração do regime militar. 

Em 4 de julho de 2014, depois de quase 38 anos, dois oficiais foram condenados à prisão perpétua pelo assassinato do bispo. Durante décadas, as autoridades sustentaram que a morte de Dom Angelelli tinha sido acidental. Em 2015, foi aberta a fase diocesana da causa de beatificação do prelado. (MJ)

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Arcebispo do Panamá: JMJ 2019 será um projeto do país

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Cidade do Vaticano (RV) –  Ao final da Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa Francisco disse ao Presidente da Conferência Episcopal, o Arcebispo do Panamá, Dom José Domingo Ulloa, que ele tinha em mãos um grande desafio, mas que não devia temer, “pois sabemos que vocês juntos, com a ajuda de toda a região, levarão em frente este grande encontro da juventude”.

Em um encontro com os jornalistas, o prelado afirmou que a Jornada Mundial da Juventude de 2019 é “um projeto de país”, em que não faltarão noites animadas, “bailecitos” cristãos e cumplicidade com a cultura indígena e africana.

Projeto do país

“Este é um projeto do país. Queremos que seja do país, porque a Igreja como tal - sejamos muito honestos - não pode levá-lo sozinha (em frente)”, reconheceu. O Arcebispo explicou que contam com a ajuda do Governo, “que vai facilitar toda esta infraestrutura necessária para uma JMJ, para que realmente possa dar os verdadeiros frutos”.

Dom José Domingo Ulloa destacou que “o Panamá tem algo de muito especial”, que é a sua conexão terrestre, aérea e marítima, um elemento que na sua opinião “pesou muito” - junto à recente ampliação do Canal – na hora de escolher o país como sede da próxima Jornada.

JMJ entre janeiro e março?

Também participaram da coletiva de imprensa Dom Jose Luis Lacunza, Cardeal e Bispo de David (oeste panamenho), que reconheceu que se está pleiteando para que o evento seja realizado entre janeiro e março, na temporada seca, ao invés de julho, “já que neste mês chove muito”.

Dom Ulloa sublinhou que agora é hora de formar a equipe e começar a trabalhar e “sonhar” as infraestruturas, as áreas destinadas ao acampamento e a fazer contato com as famílias que “já estão entusiasmadas em poder acolher os jovens”.

Renovação para a região

O Arcebispo expressou seu desejo de que a JMJ seja como “um bálsamo e um ar fresco para toda a região latino-americana e centro-americana”, confiando o evento ao Beato salvadorenho Óscar Arnulfo Romero e a Santa Maria, em Antigua, naquele que é o primeiro local de devoção mariana em terra firme do continente americano.

O Arcebispo do Panamá antecipou que na programação do evento não faltarão “os bailes, os vestidos típicos, a realidade indígena e afro”, e desejou que “as noites serão muito animadas”, com cenários “muito naturais e arejados”.

Estado sem Exército

O Panamá é um Estado sem Exército, o que suscitou questionamentos  a respeito da segurança. Neste sentido, o prelado recordou que o país já organizou eventos de nível, como a Cúpula das Américas. No entanto, adiantou que será pedida ajuda aos países limítrofes.

Oportunidade para os jovens

No entanto – ressaltou Dom Ulloa – quem é chamado a levar em frente este projeto são os jovens. A JMJ – de fato -  já desde a sua preparação, constitui-se “em uma oportunidade” para os jovens da América Central, para sair “da exclusão e da marginalidade”, e livrarem-se “das garras do narcotráfico e do tráfico de pessoas”, completou.

(JE/EFE)

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Igreja no Mundo



Terra Santa: Dom Pizzaballa, perseverar pela paz

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Jerusalém (RV) - "A paz entre Israel e Palestina, no Iraque e na Síria parece distante e difícil, e isso faz pensar em palavras vazias. Porém, nós religiosos e homens de Deus, devemos continuar perseverando, sobretudo na oração pela paz e também para criar uma mentalidade de paz.” 

Foi o que disse o Administrador Apostólico sede vacante do Patriarcado Latino de Jerusalém, Dom Pierbattista Pizzaballa, numa entrevista ao Centro Católico de Estudos e Mídia da Jordânia. “Devemos fazer de tudo para incentivar os políticos da Terra Santa a fim de que ofereçam um futuro de paz a todas as gerações”, frisou ainda o bispo.
 
“Neste âmbito, a Jordânia tem um papel fundamental. Todos os países têm inimigos e a Jordânia é um país que está em diálogo com todos os países do Oriente Médio. Portanto, o Reino Hachemita da Jordânia é muito importante porque ajuda os países a dialogar e se reunir. Este é o único ambiente em que cada um pode encontrar a liberdade e a paz. É um contexto único que nós devemos cultivar. Na Jordânia a situação é ainda estável, calma e serena. As relações entre os vários grupos, cristãos e muçulmanos, são serenas e muito positivas. Por isso, devemos realmente agradecer ao Senhor”, disse Dom Pizzaballa segundo a Agência Sir.

O prelado sublinhou que é importante destacar tudo o que a Igreja na Jordânia fez nestes últimos anos, em particular pelos refugiados. “A Jordânia é um pequeno país que acolheu milhões de refugiados provenientes do Iraque e da Síria, e isso deve ser estimado. O mesmo vale também para os cristãos, a Igreja, a Caritas e outras instituições ligadas à Igreja”, disse ainda o frei.
 
“A Igreja acolhe todos os refugiados, em particular os refugiados cristãos, e isso é muito importante. Agradeço à Igreja por ter se tornado um ponto de referência importante para a vida de milhões de refugiados na Jordânia”, sublinhou ainda Dom Pizzaballa.

Outro ponto fundamental para o prelado é o turismo religioso na Terra Santa: “É importante que as Igrejas espalhadas pelo mundo venham caminhar nas pegadas de Jesus Cristo.”

“Os peregrinos podem encorajar o processo de paz na Jordânia, na Terra Santa, em todo o Oriente Médio porque o turismo é um fator que significa oportunidade para muitos, pois quando há trabalho, há uma prosperidade econômica que faz bem a toda a sociedade em seu conjunto”, concluiu Frei Pizzaballa. (MJ)

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O que o Prepósito Geral espera da 36ª Congregação Geral dos jesuítas

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Roma (RV) - "Espero que os frutos da Congregação sejam uma melhor vida religiosa no espírito do Evangelho e uma nova capacidade de imaginar a abordagem da nossa missão". Foi o que expressou o Prepósito Geral da Companhia de Jesus, Padre Adolfo Nicolás, ao apresentar no site dos jesuítas a 36ª Congregação Geral, que terá início em Roma no próximo 2 de outubro.

"Depois do Concílio Vaticano II, era necessário reformular muitos aspectos e dimensões da vida religiosa, e foi o que aconteceu da 31ª à 35ª Congregação Geral - observou Padre Nicolás. As Congregações assumiram esta missão e, com maior ou menor sucesso, mudaram a metodologia para incorporar este aspecto dos novos tempos na Igreja".

"Agora - continuou - podemos começar a nos ocupar novamente com os trabalhos que são próprios de uma Congregação deste tipo e com números tão elevados".

Para o Prepósito dos jesuítas, "uma Congregação não tem por objetivo produzir, necessariamente, longos documentos. Ela representa, antes, toda a Companhia, no discernir em como aperfeiçoar a nossa vida religiosa e em como melhorar o nosso serviço à Igreja e ao Evangelho no "serviço das almas"".

"Existe uma nova consciência na Companhia - assegurou Pe. Nicolás - da necessidade de audácia, imaginação e coragem para enfrentar a nossa missão como parte da missão maior de Deus para o nosso mundo". Neste sentido, seria "uma verdadeira surpresa" se a Congregação não aceitar a sua renúncia, já anunciada há algum tempo.

"Penso que toda a Companhia tenha consciência do fato de que temos necessidade de agilidade e de audácia para enfrentar o futuro e que não seria bom para a Companhia encontrar-se em meio às incertezas que acompanham os últimos dois (ou mais) anos de serviço de cada Superior Geral".

 "Certo - observou -  a Congregação Geral é livre de aceitar o meu pedido de renúncia ou de não aceitá-lo". Porém - observa - "no caso de não aceitá-la, a Congregação deverá eleger um vigário para prover aos próximos anos em que as minhas capacidades certamente diminuirão de maneira consistente, um processo que já começo a perceber".

O Prepósito Geral auspicia, além disto, que o Pontífice se pronuncie na 36ª Congregação Geral: "Mas o Papa é livre – explica - e posso assegurar que fará uso desta liberdade". De resto, todos esperamos "que ele se dirigirá à Congregação, fazendo presente os seus sentimentos e as suas preocupações".

 

(JE/OR)

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Pime recorda Madre Teresa: noite de oração e testemunho

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Milão (RV) - O Pontifício Instituto das Missões Exteriores (Pime) de Milão promove, em 5 de setembro, uma noite de oração e testemunho intitulada “O dom de Madre Teresa”.

No domingo, 4 de setembro, o Papa Francisco canonizará Madre Teresa de Calcutá, na Praça São Pedro, que se tornará oficialmente a santa da caridade. Será um dos momentos mais importantes do Jubileu da Misericórdia e o Centro Missionário do Pime, em Milão, que a fundadora das Missionárias da Caridade visitou várias vezes quando vinha à Itália, quer destacar este momento com um evento, em 5 de setembro, dia em que a Igreja celebra a festa litúrgica da nova santa.

Segundo a Agência Sir, a iniciativa será estruturada em dois momentos: Às 18h30 locais, se realizará a vigília de oração e testemunho, com palavras e imagens de Madre Teresa, e às 21h, haverá um encontro com Marina Ricci, autora do livro “Govindo, o dom de Madre Teresa”, onde a jornalista conta a história da adoção de um garoto portador de deficiência grave que cresceu com as Missionárias da Caridade, em Calcutá. 

Para divulgar a pessoa e a espiritualidade da futura santa da caridade, o Centro Missionário do Pime preparou também uma mostra itinerante colocada à disposição de paróquias e centros culturais para iniciativas de animação missionária. (MJ)

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Formação



Lumen Gentium: Deus como Pai e a Igreja como Mãe

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Cidade do Vaticano (RV) – No nosso Espaço Memória Histórica, 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos continuar a tratar na edição de hoje da Constituição dogmática Lumen Gentium.

 

 

A Igreja como “Esposa de Cristo” é uma das imagens utilizadas pela Constituição Dogmática Lumen Gentium para referir-se à Igreja, tema de nosso último programa. O Padre Gerson Schmidt, incardinado na Arquidiocese de Porto Alegre, inspirou sua reflexão na unidade esponsal entre Cristo e sua Igreja, e para ilustrá-la, citou a frase do Cardeal  Ratzinger: “a Igreja é corpo de Cristo porque é esposa de Cristo!”. No programa de hoje, Padre Gerson nos propõe a reflexão “Deus como Pai e a Igreja como Mãe”:

“O que seria de nós, como seguidores de Cristo, sem a Igreja? Não é fácil responder a esta pergunta de forma curta e clara. E diante deste desafio, nos damos conta do que Santo Agostinho já dizia: Jesus e os seus seguidores formam, juntos, o Cristo Total. Jesus é a cabeça da Igreja, e nós todos somos seu corpo. O corpo unido pela Eucaristia, que se faz um com o próprio Jesus. É um erro tentar separar Cristo e a Igreja. Seria como negar que Jesus Cristo elegeu doze seguidores para perpetuar seu trabalho, realizando obras bem maiores do que as que ele fez (Jo 14,12) e garantindo que Ele estaria presente todos os dias até a consumação dos tempos. O mistério da Igreja já estava claro mesmo para a primeira comunidade cristã. São Paulo usa a imagem da Igreja para servir de referência na relação entre marido e esposa. Neste contexto, declara que «Cristo é a cabeça da Igreja e o salvador do corpo», que «a Igreja está sujeita a Cristo», e «Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, a fim de purificá-la com o banho da água e santificá-la pela Palavra, para apresentar a si mesmo a Igreja, gloriosa, sem mancha nem ruga, ou coisa semelhante, mas santa e irrepreensível». Garante ainda que Cristo alimenta a Igreja e dela cuida (Ef. 6,21-33). Diante disto, a Igreja não é uma invenção dos homens. Interessante observar que no século III São Cipriano já afirmava: «Não pode ter Deus por Pai quem não tem a Igreja por mãe.» Quem de nós permite fica passivo a uma agressão contra a sua mãe?

Santo Agostinho afirmou assim: “Visitai esta Mãe que vos gerou. Vede o que ela vos deu: Uniu a criatura ao Criador; dos servos fez filhos de Deus; dos escravos dos demônios, irmãos de Cristo. Não sereis ingratos a tão grandes benefícios se lhes oferecerdes a alegria de vossa presença. Ninguém pode sentir que Deus o ama se despreza a Igreja mãe. Esta mãe santa e espiritual prepara-vos cada dia alimento espiritual... Ela não quer que seus filhos tenham fome desse alimento. Não abandoneis esta mãe, para que ela vos sacie da abundância de sua casa... vos recomende a Deus Pai como filhos dignos e vos conduza, livres e com saúde, à pátria Eterna, depois de vos ter alimentado com Amor”. Portanto, tenhamos pela Igreja o mesmo amor que temos a Cristo. Tenhamos pela Igreja o mesmo respeito que temos pela nossa mãe. Tenhamos pela Igreja a mesma generosidade que teve Cristo, ao santificá-la e por ela se entregar na cruz inteiramente. Que esta máxima de São Cipriano possa nos fazer refletir hoje: “Não pode ter Deus por Pai quem não tem a Igreja por mãe”.

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Atualidades



Laudato Si, livro de cabeceira da elite econômica e política francesa

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Paris (RV) - O jornal francês sobre economia Les Echos entrevistou cerca de 200 líderes do âmbito político e econômico na França, para saber quais eram seus livros de cabeceira.

Para saber quais são os livros que inspiram tomadas de decisão desta verdadeira elite política e intelectual francesa, foi feita a pergunta: "Em um mundo instável, imprevisível e complexo, que livros poderiam nos ajudar a compreender e agir?".

Entre os vinte livros mais citados, estão desde clássicos como “A arte da guerra", de Sun Tzu, ou Ensaios, de Michel de Montaigne, até obras de atualidade sobre a revolução informática e suas consequências na organização dos negócios, a economia, as últimas crises financeiras, passando por reedições de autores consagrados (Primo Levy, Stefan Zweig), livros de história ou biografias de empreendedores.

Laudato Si

A grande surpresa, no entanto, foi a presença do Papa Francisco na lista. De fato, a  Encíclica Laudato Si ocupa o 9º lugar entre os títulos mais citados por personalidades políticas e empresariais da França

"Um Papa argentino de 79 anos critica vigorosamente o sistema econômico atual e resulta ser um dos autores mais citados pelo establishment francês”, escreveu a Les Echos ao comentar o resultado da pesquisa.

“Quem poderia acreditar! Em particular, é a Laudato Si, redigida em 2015, a que marcou os espíritos. Um texto de 192 páginas em que o Papa faz um chamado para salvaguardar nossa "casa comum". Fustiga nosso modelo econômico e social baseado no consumismo extremado, nossa 'cultura do descarte'. Fala da dívida ecológica que o Norte tem com o Sul, da falta de acesso à água potável, da perda da biodiversidade. E invoca a ideia de "decréscimo”".

"O Cardeal Bergoglio não é economista - avalia o texto da Les Echos - não cita cifras, nunca apoia suas análises em teorias. Tudo vem de sua experiência de pastor em Buenos Aires, em contato com os pobres. Seu desejo? Instaurar uma "ecologia humana", escutar "tanto os gritos da terra, como dos homens". Laudato Si teve uma repercussão especial na véspera da Conferência de Paris sobre o clima (...). Outros textos citados do Papa Francisco são O nome de Deus é misericórdia e a Alegria do Evangelho".

A Laudato Si é recomendada, por exemplo, por Pierre-André de Chalendar (da multinacional Saint-Gobain, especializada em engenharia de materiais) e pela Deputada Nathalie Kosciusko-Morizet, ex-Ministra de Ecologia, Desenvolvimento Sustentável, Transporte e Habitação.

Mesmo que a inclusão de textos de Bergoglio possam surpreender num primeiro momento, duas tradições francesas poderiam explicá-la: por um lado a vigência do catolicismo francês (muito frutífero, em especial no plano das ideias) e por outro, a força que teve neste país a ideia de um capitalismo social, em contraposição ao outro, considerado "selvagem".

Basta recordar o já clássico ensaio de Michel Albert, Capitalismo contra capitalismo, que postula a existência de um modelo "renano" ou de uma "economia social de mercado", oposta ao ultra liberalismo, porém respeitosa dos mecanismos de mercado, que seria a de países como França e Alemanha.

 

(Je/infobae)

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Papa agradece voluntários da JMJ: ouvimos um brasileiro

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Cidade do Vaticano (RV) – “Os jovens do mundo inteiro responderam à convocação” para a Jornada Mundial da Juventude. Foi o que disse o Papa na manhã desta quarta-feira (03/08), ao retomar as Audiências Gerais no Vaticano. Francisco agradeceu especialmente os voluntários que "por mais de um ano trabalharam neste evento". 

Para entender melhor o que significa esta “convocação”, conversamos com Almir Anacleto Araújo Gomes. Ele foi tradutor voluntário no setor de comunicação da JMJ de Cracóvia. 

“Fiquei muito orgulho de ter feito parte desta JMJ. Eu acho que a equipe de comunicação se saiu muito bem. E eu pude contribuir um pouco para o embelezamento deste evento tão grandioso”.

Rosto jovem da misericórdia

“Nós jovens precisamos ter mais em mente esta palavra: misericórdia. Tanto uns com os outros quanto com nossos avós, por exemplo, como o Papa disse no encontro com os  voluntários”.

Memória

“Como o Papa bem enfatizou: precisamos da memória, da esperança, para que possamos ter um futuro melhor”.

Diálogo

“O diálogo começa talvez muito mais do silêncio e da compreensão. Você tentar se colocar no lugar do outro e compreender que é o outro, qual é a situação em que este outro está: ter compaixão do seu próximo”.

Panamá 2019

“Para quem quiser ser voluntário, tem que se ligar, como eu fiz para a JMJ de Cracóvia. Assim que abrir a inscrição já se candidatar para ser voluntário. É uma experiência que vale muito a pena porque você vive muito mais da jornada do que quando você vem apenas como peregrino, na minha opinião. E você pode contribuir para um evento belíssimo”.

Aprendizado

“Eu aprendi muita renúncia no voluntariado em Cracóvia. A renúncia foi o que ficou mais forte em meu coração. Eu via todo mundo indo para os eventos centrais, e eu estava voltando para o centro de mídia para trabalhar na tradução do site. Você deixar de estar com o Papa para você contribuir para outras pessoas que não tiveram a chance poder ter um pouco de contato com tudo isso que vivemos nestes dias”.

Partilha

“O conhecimento vai nessa área. Você pode ter muito conhecimento mas se você guarda só para você não serve, então você precisa partilhar”.

“Jovens aposentados”

“Às vezes aparecem alguns que a gente precisa cutucar para que eles saiam da sua zona de conforto e sejam jovens corajosos como o Papa bem falou. Que faz a diferença na sua comunidade, não só indo trabalhar numa JMJ, mas também se envolver no trabalho pastoral da sua paróquia, da sua comunidade: essa é a diferença que a gente precisa fazer”.

Fazer a diferença

“Dá para fazer a diferença no seu trabalho, no seu estudo. Mostrar que você é cristão, como dizia São Francisco de Assis: pregar com a sua vida e, quando, necessário, usar as palavras. A maior pregação se dá com a sua vida enquanto jovem corajoso que faz a diferença”.

Saudade

“Eu acho que vou sentir mais saudade da equipe, desse contato, da cidade também, que foi muito acolhedora com os voluntários. Acho que isso vai deixar saudades”.

(rb)

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