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Sumario del 18/08/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa vai visitar maior Congresso de cardiologistas do mundo

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Cidade do vaticano (RV) – A Sala de Imprensa da Santa Sé anunciou que quarta-feira, 31 de agosto, após a audiência geral aos peregrinos, o Papa deixará o Vaticano e irá à Feira de Roma.

Lá, Francisco vai saudar os participantes do Congresso anual organizado pela Sociedade Europeia de Cardiologia que reunirá 35 mil médicos de 140 países. 

Pela primeira vez desde a sua fundação, os cardiologistas europeus desta Sociedade se encontrarão em Roma. Este congresso, que se realiza todos os anos, é o mais importante do mundo não apenas numericamente, mas pelo elevado conteúdo científico que apresenta.

“A Feira de Roma – afirma o seu Presidente Mauro Mannocchi – inaugurada em 2006 – é um Centro de exposições e congressos moderno, ecológico e eficiente. Estamos perfeitamente equipados para acolher este prestigioso evento e faremos o máximo para tornar esta edição do congresso inesquecível para os participantes”.

A Sociedade Europeia de Cardiologia é presidida atualmente pelo Professor grego Panos Vardas.

(CM)

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Francisco voltará a Assis para Encontro Internacional pela Paz

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Assis (RV) – O Papa Francisco voltará a Assis em 20 de setembro por ocasião do Encontro Internacional pela Paz, 30 anos após o histórico encontro desejado pelo Papa João Paulo II e que reuniu líderes de diversas religiões para rezar juntos pela paz. 

O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira (18/8) pelo Custódio do Sacro Convento de Assis, Padre Mauro Gambetti, que manifestou “grande alegria” pela presença do Papa no encontro conclusivo do Dia Mundial de Oração pela Paz.

O Papa estará acompanhado pelo Presidente da República italiana, Sergio Mattarella e 400 delegações, entre líderes religiosos, políticos e sociais, assim como expoentes do mundo da cultura.

“Sede de paz. Religiões e cultura em diálogo” é o título do encontro promovido pela Comunidade de Santo Egídio, em colaboração com as Famílias Franciscanas e a Diocese de Assis.

O Custódio do Sacro Convento recordou as palavras que João Paulo II pronunciou no primeiro encontro, intitulado “Espírito de Assis”, em 1986: “O que fizemos hoje em Assis, rezando e testemunhando o nosso empenho pela paz, devemos continuar a fazê-lo todos os dias de nossa vida…”.

“Que a presença do Papa Bergoglio em Assis – auspiciou o Padre Gambetti – seja de auxílio e de apoio ao desejo de nos comprometermos pela paz, segundo o exemplo do seráfico pai São Francisco”.

O encontro, propriamente dito, terá início no dia 18 de setembro. Serão três dias marcados pelo diálogo e pela vivência conjunta, com diversas plenárias e dezenas de mesas-redondas organizadas em diversos pontos da cidade da Úmbria.

Na abertura do encontro, no dia 18, estarão presentes, entre outros, o Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I e o filósofo Zygmunt Bauman.

Também tomarão parte do evento numerosas autoridades religiosas, entre as quais Cardeais, Patriarcas das Igrejas do Oriente, o Primaz da Igreja da Inglaterra, Justin Welby, judeus da Europa e de Israel, muçulmanos (entre os quais o Reitor da Universidade de Al-Azhar, Abd Al-Hay Azab), budistas e expoentes de outras religiões asiáticas, junto a representantes de instituições e do mundo da cultura provenientes de todos os continentes e de áreas marcadas por conflitos, como a Síria e a Nigéria.

(JE)

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Dom Paglia: Papa quer uma Igreja próxima às fronteiras mais delicadas

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Cidade do Vaticano (RV) - “Uma reforma que torne a Igreja cada vez mais capaz de realizar a sua missão de salvação e de cura precisamente lá onde a vida dos indivíduos é mais ameaçada pelas novas culturas da competição e do descarte.” 

Este é o sentido que o Papa Francisco quer dar na renovação das estruturas eclesiais, segundo o quirógrafo do pontífice, publicado nesta quarta-feira (17/08). Neste contexto, Dom Vincenzo Paglia foi nomeado, pelo Santo Padre, Presidente da Pontifícia Academia para a Vida e Grão-chanceler do Pontifício Instituto João Paulo II para Estudos sobre Matrimônio e Família. 

Entrevistado pela nossa emissora, eis o que disse o arcebispo.

Dom Paglia: “Acredito que com estas nomeações o Papa quis determinar de maneira mais clara o novo andamento das conclusões do Sínodo dos Bispos, em particular da Exortação apostólica ‘Amoris Laetitia’. O Papa Francisco oferece uma primeira reorganização da Cúria Romana, mostrando a perspectiva eminentemente pastoral na qual ele se colocou. De fato, no quirógrafo, em relação ao Pontifício Instituto João Paulo II e a Academia para a Vida, pretende desenvolver o aspecto propriamente cultural e formativo do Sínodo dos Bispos, e a nomeação do prefeito do novo Departamento para Leigos, Família e Vida responde a esta clara perspectiva pastoral, escrita dentro da Igreja como Povo de Deus, ressaltando de alguma forma a dimensão familiar de toda a realidade eclesial. Francamente, parece-me uma perspectiva muito interessante.”

No Quirógrafo, dirigido ao senhor Dom Vincenzo, o Papa diz que “inclinar-se sobre as feridas do homem para compreendê-las e curá-las é missão de uma Igreja confiante na força de Cristo ressuscitado”...

Dom Paglia: “O Papa quer exortar quem vive diretamente o contato pastoral e aqueles que estão em contato com a cátedra e o estudo a encontrarem uma nova aliança entre a prática da vida pastoral e a reflexão teológica que se confronta com novos horizontes e novas perspectivas ou novos desafios que a sociedade apresenta continuamente à Igreja, particularmente fortes no início deste novo milênio. O Papa não quer uma pastoral cega e uma teologia de escrivaninha. Quer que toda a Igreja em todas as suas componentes se incline sobre a sociedade contemporânea a fim de que a graça e a misericórdia do Senhor reerga, restabeleça, ajude e nos leve ao itinerário rumo à plenitude do Reino.”
 
Ainda no Quirógrafo, o Papa pede um aprofundamento destas temáticas, inserindo-as cada vez mais no horizonte da misericórdia...

Dom Paglia: “O horizonte da misericórdia preside esta seção da reforma da Cúria Romana. Neste sentido, existe a convicção de que tudo converge não numa reflexão teórica, mas naquilo que a Igreja diz ser a “prima lex”, ou seja, a salvação das almas, a salvação das pessoas, a salvação das famílias e ajuda a esta sociedade que muitas vezes se parece a um campo de batalha dentro do qual a Igreja deve agir e fazer sentir a misericórdia de Deus, com dedicação e continuidade de compromisso, a fim de que todos, ninguém excluído, seja alcançado pelo amor de Deus, que é um amor que muda e salva.”

Como o senhor recebeu esta nomeação do Papa?

Dom Paglia: “Obviamente, com atenção e gratidão. O trabalho que eu fiz até agora me envolveu muito no âmbito da concretude, do encontro com muitas realidades eclesiais e com muitas conferências episcopais. Vejo este desejo do Papa como um querer acelerar a proximidade da Igreja para com as fronteiras mais delicadas e que exigem consciência, audácia e também criatividade.” (MJ)

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Falecimento de Antônio Berardini: prestou serviço a quatro Papas

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Aquila (RV) – Antônio Berardini, que prestou serviço a quatro Papas, no Vaticano, faleceu, domingo passado (14/8), aos 82 anos, no hospital de Aquila, na região italiana de Abruzzo. As exéquias foram celebradas na tarde de terça-feira (16/8) na igreja de Santo Elpidio, na província de Rieti.

Antônio começou a trabalhar no Vaticano, em 1959, como motorista, sob o Pontificado do Papa João XXIII. Mais tarde, Dom Loris Capovilla, Secretário particular do Papa Angelo Rocalli, confiou-lhe o cargo de doméstico, o qual desempenhou, com dedicação e discrição, durante os Pontificados de Paulo VI, João Paulo I e João Paulo II.

Ao receber a notícia do seu falecimento, o Decano da Antecâmara Pontifícia, Augusto Pellegrini, e os “sediários”, que carregavam a cadeira gestatória dos antigos Papas, se reuniram na manhã desta quarta-feira, antes da Audiência Geral, para recitar a oração do Réquiem e a habitual oração “pro Pontifice”. (MT)

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Em novo livro, Bento XVI quebra o silêncio sobre vários temas

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Cidade do Vaticano (RV) – A editora Bloomsbury anunciou para setembro a publicação do novo livro do Papa emérito Bento XVI. “Last Testament: In His Own Word” (Último Testamento: em suas próprias palavras) será o título da versão em inglês. 

Autobiografia

O livro está mais próximo de uma autobiografia. Morador do Mosteiro Mater Ecclesiae, nos Jardins Vaticanos, Joseph Ratzinger quebra o silêncio sobre questões como o caso “Vatileaks”, sua suposta educação “Nazi”, as tentativas de limpar a “sujeira na Igreja” com os casos de pedofilia, entre outros temas.

Não faltam menções calorosas ao Papa Francisco, reconhecendo nele um “toque popular”, uma qualidade que lhe faltava.

Juventude

O Papa Bento começa a obra recordando da sua infância na Alemanha de Hitler - quando juntou-se à Juventude hitleriana sob coação – para então passar à sua ordenação sacerdotal, e mais tarde, à nomeação como Arcebispo de Munique.

Pontífice

Já como Pontífice, fala das controvérsias que abalaram o mundo católico – e como ele enfureceu os muçulmanos com seu discurso em Regensburg – e o que foi feito para acabar com o abuso sexual de crianças por parte de membros do clero, o escândalo Vatileaks, e muito mais.

Colaboração com jornalista alemão

Como aconteceu com alguns de seus livros precedentes, a nova obra é uma colaboração com o jornalista alemão Peter Seewald, que apresenta os pensamentos do Papa na forma de uma entrevista.

Em junho, o Vatican Insider informou sobre a publicação do livro, que em sua versão italiana terá por título “Ultime conversazione” (Conversas finais). Também a Editora italiana Garzanti espera lançar a obra no próximo mês. 

Francisco

Uma parte do livro que certamente despertará grande interesse dos leitores é a narrativa de como o Papa Ratzinger preparou sua renúncia, além da verdadeira “surpresa” que teve com a escolha do nome de seu sucessor: Francisco.

Bento XVI também fala da alegria que sente sobre a maneira como o novo Pontífice reza e se comunica com a multidão; a descrição de Francisco “o homem” e Francisco “o Papa”, comentando ao mesmo tempo, o que ambos têm em comum e aquilo que os diferencia.

 

(JE/Aleteia)

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Dom Farrel, recém-nomeado: "Amoris laetitia, centro de minha agenda"

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Cidade do Vaticano (RV) – A Exortação do Papa Francisco Amoris Laetitia estará no centro da agenda de Dom Kevin Joseph Farrell, bispo de Dallas, nos EUA, nomeado quarta-feira (17/08) como Prefeito do novo Departamento para Leigos, Família e Vida, no Vaticano.  

Irlandês, 69 anos em setembro, membro dos Legionários de Cristo, o bispo interveio recentemente em público sobre os choques entre policiais e negros nos Estados Unidos. Em julho, na sua cidade, 5 policiais foram mortos por um franco-atirador.

“A violência – disse na ocasião – não se supera com mais violência, mas com a paz. Todas as vidas valem: negros, brancos, muçulmanos, cristãos ou hindus, somos todos filhos de Deus e cada vida humana é preciosa”.

Agora, diante do novo desafio na Cúria Romana, a RV entrevistou o bispo, que se disse ‘honrado que o Santo Padre o tenha chamado para desempenhar um trabalho tão importante.

“Sempre me vi como um bispo que trabalha numa diocese a serviço das pessoas, mas quando você recebe uma chamada do Papa, pedindo para fazer uma coisa assim, você só pode se surpreender e se sentir honrado, ao mesmo tempo. Não vejo a hora de começar. Parece-me um grande desafio, principalmente considerando o fato que a Exortação do Santo Padre, Amoris Laetitia, é tão bem aceita e acolhida no mundo inteiro, e obviamente estará no topo da minha agenda. Assim como serão prioridades promover o laicato, assegurar que os leigos tenham o papel que lhes compete na Igreja e promover o apostolado dos leigos. Será um desafio, que não esperava a esta altura da vida, mas estamos aí!”.

Seu irmão Brian também está aqui no Vaticano... Como vai ser trabalhar perto dele?

“Sim meu irmão trabalha no Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos. Estou ansioso. Somos padres há muitos, muitos anos, mas nunca trabalhamos na mesma cidade. Então, será fora de série!”.

(CC/CM)

 

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Igreja no Brasil



Jovens Conectados: Espaço de diálogo e unidade na diversidade

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Cidade do Vaticano (RV) – "Como gostaria que todos os batizados pudessem, no decurso do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, experimentar a alegria de pertencer à Igreja!".

 

Com esta frase dita pelo Papa Francisco em sua mensagem para o 53º Dia Mundial de Oração pelas vocações, iniciamos essa matéria falando sobre uma equipe de jovens que há exatamente seis anos dedica seus talentos em prol da Juventude no Brasil: os Jovens Conectados!

Este grupo encontrou na Comunicação seu ministério e deseja levar adiante o ideal da unidade na diversidade.

Para Flávio Medeiros, designer gráfico, membro da equipe há alguns meses, o Jovens Conectados não é só um veículo de comunicação, é a força de jovens que usam a tecnologia e as mídias sociais para evangelizar outros jovens.

"Deus nos dá talentos e na equipe cada membro é um instrumento de evangelização em determinada área", explicou.

Histórico

A equipe jovem de comunicação foi organizada em 2010 e começou auxiliando o então setor de Juventude da CNBB a se comunicar com os jovens, sendo um canal para que as juventudes e as expressões eclesiais pudessem dialogar.

Assim, surgiu o site Jovens Conectados, que cresceu ao longo desses seis anos, conquistando uma presença marcante nas redes sociais. Desde então, a equipe tem feito a cobertura de eventos importantes como as JMJs de Madri, Rio e Cracóvia e desempenha o papel de canal de divulgação das iniciativas da Comissão para a Juventude da CNBB. 

Profissionais voluntários de diferentes áreas, como jornalistas, publicitários, designers, técnicos da informação, gestores de mídias digitais, das cinco regiões do Brasil, e de várias expressões eclesiais, atuam no projeto.

Mundo virtual

Segundo Layla Kamila, jornalista e advogada voluntária do projeto nas redes sociais, "a página do Facebook tem quase meio milhão de jovens conectados, sendo a maioria católicos e uma porcentagem considerável de jovens que não professam nenhuma fé ou ainda que são de outras religiões. Isso demonstra o quanto o protagonismo juvenil é fundamental nas ações desenvolvidas pela Igreja católica. O Pontífice questionou os jovens na missa de envio da JMJRio2013 dizendo:

"Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem!, é a via", disse em português o Papa.

Rede Nacional de Jovens Comunicadores

Um dado recente é que em 31 de julho de 2016, durante a missa de envio da JMJ em Cracóvia, o site teve 1.012.414 visualizações. O Evangelho diário postado na página do Facebook tem o envolvimento básico de 95 mil visualizações por dia.

Outra ação prioritária da Equipe é a Rede Nacional de Jovens Comunicadores, lançada em julho de 2014. A rede permite que o projeto tenha uma capilaridade regional, ao captar possíveis colaboradores nas bases da pastoral juvenil.  

Layla ainda nos conta: "Hoje a rede tem uma abrangência significativa, costumamos dizer que são os multiplicadores da evangelização; interagem nas redes sociais com entradas ao vivo no Facebook para estreitar o relacionamento com os jovens".

A rede se fundamenta nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil: "Necessitamos sair ao encontro das pessoas, das famílias, da comunidades e dos povos para lhes comunicar e compartilhar o dom do encontro com Cristo." (2011-2015, nº 548).

"Eméritos" conectados

Muitos jovens já passaram pela equipe ao longo desses anos, esses são carinhosamente chamados de ‘eméritos’ e com sua experiência servem como apoio para os atuais voluntários do projeto.

Para Gracielle Reis, historiadora e jornalista, falar sobre que é o Jovens Conectados é algo muito importante:

"Foi um privilégio fazer parte da equipe por quatro anos, precisei sair por motivos pessoais, e também porque a equipe precisa se renovar. Sinto que de uns anos para cá a Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude - CNBB, buscou estruturar de forma mais atenta uma comunicação voltada para a Juventude. Vejo que os Jovens Conectados têm sido uma ferramenta de serviço à Comissão. Sempre dando visibilidade aos trabalhos da juventude, buscando integrar e mostrar os esforços dos jovens brasileiros em prol da unidade".

Também na mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, em  junho de 2014, o Papa afirmou: "A comunicação concorre para dar forma à vocação missionária de toda a Igreja, e as redes sociais são hoje um dos lugares onde viver esta vocação de redescobrir a beleza da fé e a beleza do encontro com Cristo". Como ouvir e ficar inerte? Não tem como! Então, como Jovens Conectados, somos resposta ao apelo da Igreja pela evangelização e porta aberta à evangelização dos povos.

Faça parte desse projeto! Você também pode ser um Jovem Conectado!

 (VM)

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ONU pede que Brasil não reduza maioridade penal

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Nova Iorque (RV) - O relator especial da ONU sobre tortura e outras formas cruéis de tratamento desumano e punição pediu aos congressistas brasileiros que não aprovem uma emenda para reduzir a maioridade penal no país.

 

Em comunicado, emitido pelas Nações Unidas em Genebra, Juan Méndez afirmou que os legisladores têm que proteger os direitos humanos de crianças que entram em conflito com a lei.

Crimes hediondos

Méndez pediu aos congressistas que rejeitem a proposta de emenda constitucional para baixar de 18 para 16 anos a idade de responsabilidade por crimes.

O apelo foi feito diretamente à Comissão de Constituição e Justiça do Senado, que prepara a votação da emenda PEC de número 22/2012. Pela proposta, a maioridade penal passaria para os 16 anos para crimes hediondos.

O relator afirmou que "a detenção de crianças está associada a maus tratos e que os menores estão sob alto risco de violência, abusos e práticas de tortura, além de estarem privados de liberdade".

Prisões separadas

Juan Méndez disse ainda que julgar adolescentes infratores como adultos violaria as obrigações do Brasil perante a Convenção sobre os Direitos da Criança. E isso ocorreria mesmo se os condenados cumprissem suas penas em prisões separadas dos adultos.

O relator da ONU encerrou o comunicado afirmando que as crianças estão menos desenvolvidas emocionalmente e psicologicamente que os adultos e que por isso elas teriam menos responsabilidade por suas ações.

Para Méndez, a sentença tem sempre que refletir os princípios de recuperação e reintegração na sociedade.

Superlotação

Juan Méndez acredita que as mudanças podem piorar a situação, já séria para ele, de superlotação das prisões brasileiras.

Durante sua visita ao Brasil em agosto do ano passado, o relator visitou alguns centros de detenção juvenis e contou que muitos locais sofrem com excesso de presos e com a falta de implementação de programas de reabilitação e socioeducativos.

Juan Méndez disse que conversou com o governo brasileiro sobre o tema e que espera continuar esse diálogo com as autoridades do país.

(Rádio ONU/RB)

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Igreja no Mundo



Falecimento do Reitor do Santuário de Santo Antônio, em Pádua

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Pádua (RV) – O Delegado Pontifício para o Santuário de Santo Antônio, em Pádua, o Arcebispo Giovanni Tonucci, preside, na tarde desta quinta-feira (18/8), na Basílica antoniana, às exéquias do Padre Enzo Paolo Poiana, Reitor da Basílica de Santo Antônio de Pádua.

Padre Enzo Poiana faleceu nesta quarta-feira (17/8), aos 57 anos, após um mal-estar improviso, enquanto se encontrava por alguns dias de descanso na “Casa Santo Antônio”, na província de Veneza.

O Reitor do Santuário antoniano, natural da região italiana do Friuli, era membro da Família dos Frades Menores Conventuais. Ao ser ordenado sacerdote, em 1991, foi vice-pároco na igreja de São João Evangelista, em Roma, e pároco no Convento de São Francisco em Trieste.

Padre Enzo foi nomeado Reitor do Santuário de Santo Antônio, em Pádua, em 2005. Seus coirmãos o recordam pelo seu incansável serviço pastoral, as numerosas iniciativas na Basílica antoniana e o diálogo com os Greco-católicos romenos. (MT)

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Encontro inter-religioso no Cairo sobre jovens, violência e religião

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Cairo (RV) – Os jovens são muito afetados pela violência e tensões, algumas com nuances religiosas, como testemunhamos atualmente no Oriente Médio, mas também na Europa, Ásia, América do Norte.

Para tratar deste tema foi organizada no Cairo, de 18 a 22 de agosto, uma iniciativa inter-religiosa conjunta entre o Conselho Mundial de Igrejas (WCC, sigla em inglês) e a Universidade de al-Azhar, máxima autoridade do islã sunita.

O encontro abordará temas ligados à religião e à violência, tais como religião, espiritualidade e política; cidadania (identidades religiosas, étnicas e nacionais); discursos religiosos e violência; jovens e extremismo religioso; papel das instituições religiosas na construção da paz; engajamento da juventude na justiça social e na construção da paz.

O seminário terá pronunciamentos de teólogos muçulmanos e cristãos e analistas políticos. Uma especial atenção e espaço será dado às experiências dos próprios participantes. Um moderador vai ajudar a articular, compartilhar e discutir essas experiências.

O seminário é coordenado por Carla Khijoyan, executiva do programa “Engagement Youth” no Movimento Ecumênico.

(JE/WCC)

 

 

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Greco-católicos celebram 3° aniversário da consagração da Catedral Patriarcal em Kiev

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Kiev (RV) – Neste 18 de agosto é celebrado o terceiro aniversário de consagração da Catedral Patriarcal da Ressurreição de Cristo, em Kiev. Para tal, será realizada até o dia 21 de agosto uma peregrinação de toda a Igreja Greco-católica ucraniana até o local.

Todas as igrejas e mosteiros da UGCC (Ucrain Greek Catholic Chuch)  do mundo recitarão orações especiais, como indicado pela Comissão Especial constituída para a ocasião, presidida por Sua Beatitude Sviatoslav, líder da UGCC.

Durante os preparativos para a peregrinação à Catedral Patriarcal foram iniciados alguns trabalhos relacionados com a dublagem do templo e da área em torno dele. Ao mesmo tempo, também começou-se a organizar o processo de instalação do maior sino da igreja, cujo nome será Arcanjo Miguel. O sino foi fundido no “Real dzvonarni”, na Holanda e pesa 4 toneladas.

Durante a peregrinação haverá um Encontro de Catequistas de toda a Ucrânia, dedicado ao 25º aniversário da legalização da UGCC e à missão dos Catequistas na Ucrânia.

A pedra angular da Catedral foi colocada em 2002. O templo foi construído com doações particulares vindas de todo o mundo.

Em anos anteriores, peregrinação à Catedral Patriarcal da Ressurreição teve a participação de mais de 35 mil peregrinos e mais de 800 sacerdotes.

(JE)

 

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Aniversário da Comunidade de Taizé: fraternidade jovem e ecumênica

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Taizé (RV) – Há poucos dias da recordação dos 11 anos da morte do Irmão Roger Schutz (16/08), fundador da “Comunidade de Taizé” celebra-se neste sábado (20/08), o 76° aniversário da fundação da “Comunidade Ecumênica de Taizé”.

Tudo começou em 1940 quando o irmão Roger, com 25 anos de idade, deixou o seu país de origem, a Suíça, para viver na França onde nasceu sua mãe.

Ainda jovem, fora acometido por uma tuberculose pulmonar. Durante aquele longo período, quando a I Guerra Mundial arrasava a Europa, ele teve a intuição de criar uma comunidade.

Escolha de Taizé

Assim, escolheu a pequena localidade de Taizé – que, na época, acolhia refugiados da guerra – para ajudar os mais necessitados e enfermos. Seus meios materiais eram pobres: a água de poço, comida modesta.

Por respeito aos que acolhia na Comunidade – refugiados, judeus ou agnósticos e prisioneiros de guerra – o irmão Roger rezava sozinho no seu quarto ou no bosque, para que seus hóspedes não ficassem constrangidos.

Aos poucos, a Comunidade contava com os primeiros irmãos jovens. No dia da Páscoa, em 1949, sete irmãos fizeram os votos de uma vida celibatária e comunitária. No Inverno de 1952, o fundador da Comunidade começou a escrever a Regra de Taizé.

Mais tarde, em 16 de agosto de 2005, o Irmão Roger Schutz. Aos 90 anos, foi morto durante a oração da noite. O Irmão Alois é o seu sucessor.

A Comunidade, hoje

A Comunidade de Taizé reúne, hoje, uma centena de irmãos, católicos e de diversas confissões, provenientes de quase trinta países. A Comunidade era um “sinal concreto de reconciliação entre cristãos divididos e entre povos separados”.

Alguns irmãos vivem, em pequenas fraternidades, nas zonas mais desfavorecidas do mundo, como testemunhas da paz: Ásia, África, América Latina e leste Europeu, onde participam da vida dos mais pobres, dos meninos de rua, dos prisioneiros, dos moribundos, dos enfermos e abandonados.

A Comunidade de Taizé recebeu visitas de grandes personalidades, como o Beato Papa João Paulo II, Bispos de Cantuária, metropolitas ortodoxos, Bispos luteranos e numerosos pastores.

Os irmãos no Brasil

A presença dos irmãos da Comunidade de Taizé no Brasil teve início em 1966. A primeira fraternidade se estabeleceu em Olinda (PE), na diocese de Dom Helder Câmara, íntimo amigo do Irmão Roger.

Em 1972, os irmãos se deslocaram para Vitória (ES). Mas, em 1978, fixaram morada em um bairro pobre da periferia de Alagoinhas (BA).

Nesta região, 80% da população é afrodescendente e pobre. Os irmãos acolhem todos sempre com o sorriso nos lábios, especialmente as crianças. Eles são ajudados por jovens voluntários do Brasil e do estrangeiro.

Próximos Encontros 

A Comunidade Ecumênica de Taizé promove, de 28 de agosto a 4 de setembro, uma “Semana Especial para Jovens” de 18 a 35 anos: estudantes, trabalhadores, voluntários ou desempregados.

O objetivo desta Semana é proporcionar aos jovens maior participação das experiências de solidariedade e de fé.

Outro encontro Internacional de Jovens será em Cotonou, no Benin, de 31 de agosto a 40 de setembro, onde haverá a “Peregrinação de Confiança pela Terra”, animada pela Comunidade de Taizé, da qual participarão milhares de jovens do Benin, África Ocidental e outros países.

(MT/Taizé)

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Formação



Papa Francisco é fruto da experiência do Concílio Vaticano II

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, trazemos hoje em nosso quadro “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II”, a participação do bispo da Diocese de São Luiz de Cáceres, Dom Antônio Emídio Vilar, SDB, desde 2008 à frente desta Igreja particular do Mato Grosso. 

Nesta edição, mantendo o foco voltado para o “Continente da Esperança”, o bispo salesiano nos fala sobre Francisco – primeiro Papa filho desta terra – e a Igreja pós-conciliar na América Latina, e a contribuição que esta tem a dar para a Igreja no mundo inteiro.

“Olhando para o Papa Francisco – afirma Dom Vilar –, vemos que ele é o fruto de toda essa experiência do Concílio aplicada na prática pastoral que ele vivenciou. O Papa Francisco não é uma improvisação, é todo um caminho de vida dele, pessoal, dentro de uma realidade eclesial em que ele vivenciou aqui na América Latina.”

Onde se tem vivenciado essa experiência do Concílio Vaticano II, ela se torna uma luz para as outras realidades: “a experiência latino-americana seja uma profecia para a Europa, também para a África, toda a Ásia”, exorta o bispo de São Luiz de Cáceres. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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O desafio das pastorais sociais: colocar em prática as palavras do Papa

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Brasília (RV) - Realizou-se no início deste mês, no Centro Cultural de Brasília, o segundo encontro anual da Comissão Episcopal Pastoral  da Caridade, Justiça, popularmente conhecida como a Comissão das Pastorais Sociais e organismos ligados à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O encontro teve como tema a finalização do Planejamento para o triênio de 2016 -2019, e é disso que nos fala o assessor da Comissão, Fr. Olávio Dotto, entrevistado pelo vice-coordenador da Pastoral Carcerária Nacional, Pe. Gianfranco Graziola, que também participou do encontro em Brasília. 

Para Fr. Olávio Dotto, as pastorais sociais tem dois desafios: fortalecer seu trabalho nas paróquias e dioceses para alargar seu horizonte numa pastoral de conjunto e conseguir colocar em prática as palavras do Papa Francisco, para que seja uma Igreja em saída – palavras contidas em especial em dois documentos: a Laudato Si e a Evangelii Gaudium.

“Não basta achar bonito o que o Papa nos fala, mas como a gente assume isso na prática. Ou seja, como ser pastorais sociais em saída, que estejam próximas dos excluídos, que é a nossa razão de ser e a nossa missão.” Ouça a reportagem completa clicando acima.

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Atualidades



Com bombardeios, ONU interrompe ajuda humanitária em Aleppo

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Damasco (RV) – Os contínuos ataques aéreos sobre Aleppo interrompem as ajudas aos civis. Este é o motivo pelo qual o enviado especial da ONU à Síria, Staffan de Mistura, anunciou a suspensão das atividades de sua força-tarefa que levava ajudas humanitárias.

A decisão foi tomada depois do novo apelo às partes envolvidas na guerra do Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, em favor da martirizada Aleppo. Há o risco de uma catástrofe humanitária – escreve – sem precedentes.

Sobre as razões da concentração do fogo aéreo sobre Aleppo, a Rádio Vaticano entrevistou Lorenzo Trombetta, da Agência Ansa de Beirute:

“Aleppo é um ponto crucial para a guerra síria, quer porque é o final do eixo estradal Damasco-Aleppo, Norte-Sul, Sul-Norte, que divide em dois a Síria: de um lado, a parte dominada pelos russos, pelos iranianos e pelas forças governamentais; por outro, a Síria rural, em parte dominada pelo autoproclamado Estado Islâmico, e em parte pelos bolsões de resistência de insurgentes de vários grupos e filiações. Neste modo, Aleppo não somente está no final deste eixo, mas é também um ponto nodal que há séculos divide o Oriente Médio. Existe um Oriente Médio voltado para Anatólia, submetido, portanto, à influência turca, com os fortes interesses econômicos da Turquia no norte da Síria; mas existe também a ligação com Mosul, portanto com o petróleo iraquiano e com aquele que é o profundo Oriente Médio e depois a Ásia Central. Depois, no final das contas, Aleppo é também uma cidade mediterrânea, porque o Mediterrâneo está a menos de 200 km de distância. E Aleppo é fundamental também para o controle da parte Norte-ocidental da Síria, aquela que está voltada para a Costa de Latakia. Eis porque esta cidade, geograficamente e politicamente, encerra em si diversas dimensões cruciais para o destino da guerra”.

RV: O apelo do Secretário Geral da ONU é dirigido sobretudo à Rússia e Estados Unidos; existe realmente a vontade de salvaguardar os civis por parte daqueles que neste momento estão empenhados em atacar as bases do autoproclamado Estado Islâmico?

“Antes de tudo, a questão de Aleppo não está ligada diretamente à do Estado Islâmico. O EI não está presente, ao menos não oficialmente, na região de Aleppo. Em Aleppo se combate uma guerra pelo poder em Damasco e em geral na Síria, hoje controlada pelas forças governamentais. Sabe-se – e é mesmo documentado também por várias organizações humanitárias – que os russos e as forças governamentais, junto com as forças iranianas, atingem sistematicamente os civis em Aleppo Leste, controlada pelos rebeldes. E os próprio insurgentes, por sua vez, fizeram uso de armas e bombardearam instalações civis em Aleppo Oeste e em outras regiões. Sem dúvida, ninguém está isento de culpa nesta guerra; mas – obviamente – pelo tipo de armas que os russos, os iranianos e os sírios usam, estes últimos têm uma responsabilidade diferente em relação ao outro fronte”.

RV: O reatamento das relações entre Moscou e Ankara pode mudar de alguma forma as cartas na mesa neste momento?

“Sem dúvida. A Turquia desempenha um papel fundamental ao determinar o equilíbrio no Norte da Síria e portanto, no contexto do Aleppo. Não é por acaso que a reaproximação entre Moscou e Ankara precedeu em poucos dias até mesmo o fechamento final do cerco governativo russo-iraniano em Aleppo. De qualquer forma, faltou aos rebeldes, que estavam em Aleppo Leste, o apoio turco que evidentemente antes teria chegado, quer em termos de armas como em termos políticos, diplomáticos e também logísticos. Depois do alinhamento com Moscou, viu-se a campo como a coalizão dos rebeldes, portanto, perdeu um aliado fundamental”.

 

(JE/GV)

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A entrada de Moscou na crise síria redesenhou equilíbrio internacional

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Damasco (RV) – Novas alianças passam a fazer parte do universo crise síria, enquanto os combates em Aleppo não dão trégua. O Hezbollah já estava na linha de frente dos combates, ao lado do exército de Bashar al-Assad. Agora, o Irã se envolve tecnicamente no conflito ao ceder à aviação russa a Base militar de Hamadan, de onde partiram caças na quarta-feira que mataram mais de 150 jihadistas na Província síria de Deir El Zor.

Também o Iraque colocou à disposição seu espaço aéreo, enquanto a China apoia Damasco com treinamento e ajudas militares. Sobre a nova geografia do conflito, ouçamos a análise de Andrea Margelletti, Presidente do Centros de Estudos Internacionais:

“Moscou está jogando uma partida extremamente inteligente, porque a guerra custa e a diminuição sensível do preço do petróleo levou Moscou a uma crise econômica e uma capacidade de poder apoiar por longo tempo alguns tipos de operações, que não é mais a mesma de alguns anos atrás. E é por isto que a Rússia se aproxima da China, cash importante, mas não só: fala também com outros protagonistas regionais”.

RV: Em termos de resultados concretos, esta situação de Moscou facilita, acelera as intervenções. Estaríamos em uma reta final?

“A reta final existe somente na escrita dos jornalistas, mas não é bem assim. Basta ver o número de voos que se faz contra o autoproclamado Estado Islâmico, para entender o quanto eles ainda estão longe dos milhares que seriam necessários fazer e sobretudo, da necessidade de ter milhares e milhares de soldados sobre o terreno. Moscou não está combatendo o EI no nosso lugar, mas está redefinindo uma série de atores regionais para continuar a ser uma superpotência global igual aos Estados Unidos, com uma presença todavia forte e importante no Oriente Médio, a área de seu mais próximo interesse, sobretudo depois das operações na Ucrânia. O EI é uma “desculpa”. O que interessa Moscou é o grande jogo da estratégia naquela parte do mundo”.

RV: Portanto, não exatamente uma ação anti-estadunidense…

“Não, não se quer perder o aliado Washington, mas por outro ponto de vista, seguramente se quer ser a referência política principal na região. Portanto, não uma função anti-Washington, mas certamente não se trata nem mesmo de amigos”.

RV: A China. Antes o senhor falou de interesses econômicos. Sem dúvida Putin, em Pequim, assinou muitos acordos comerciais importantes. Contudo, como o senhor avalia o aparecimento da China neste cenário? É algo que surpreende?

“Eu diria que não. A China está presente no Oriente Médio há muito tempo, com a tradicional discrição de Pequim. Ao mesmo tempo, a China tem um confronto aberto muito claro contra os Estados Unidos e os seus aliados no Pacífico. Tem necessidade de incrementar as próprias capacidades militares, tem necessidade da tecnologia russa. E é por isto que está disposta a aproximar-se de Moscou. São matrimônios de interesse”.

RV: O Estado Islâmico, ao menos no terreno, está sofrendo um cerco, mesmo assim não permanece silencioso. A ameaça voltou a atingir o Ocidente. Houve uma espécie de convite a todos os “lobos solitários” para entrar em ação, quer na Europa como nos Estados Unidos. Temos visto o êxito destas células enlouquecidas. Devemos levar a sério estes chamados?

“São dramaticamente críveis e seguidamente também eficazes. Não são ataques que possam, no momento, criar comparações com o 11 de setembro. Mas certamente são ataques que podem ser devastadores na psicologia das pessoas e no nosso modo de viver. Os serviços de inteligência e segurança e as Forças de ordem estão fazendo um trabalho extraordinário. Mas quem imagina existir uma segurança 100%, está falando de uma utopia. Podem ser fios muito estreitos de uma rede, mas é uma rede, algo destinado a passar sempre”.

 

(JE/GC)

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A foto do menino de Aleppo

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Damasco (RV) – Viralizou nas redes sociais a imagem de uma criança síria retirada viva dos escombros de sua casa depois de um bombardeio, e sentada dentro de uma ambulância. 

O menino parece desorientado, em estado de choque, coberto pela poeira dos escombros e com um ferimento na cabeça.

Omran Daqneesh é seu nome. Tem cinco anos e é uma das cinco crianças que ficaram feridas quarta-feira, após um ataque aéreo em Qaterji, bairro de Aleppo.

Não se sabe exatamente quem realizou o ataque, visto que aviões da Rússia apoiam os ataques por terra do exército sírio.

A imagem foi usada para mostrar a violência e a crueldade da batalha por Aleppo, segunda maior cidade síria, localizada no norte do país e disputada por diversos grupos rebeldes e o exército sírio.

Tecnicamente falando, não é uma fotografia, mas um frame de um vídeo feito pelo Aleppo Media Centre, uma rede de comunicação de Aleppo alinhada com a oposição à Bashar al-Assad.

A imagem foi twittada inicialmente por Raf Sanchez, correspondente no Oriente Médio do Telegraph, e depois compartilhada por milhares de usuários e reproduzida pelos principais meios de comunicação internacionais.

No vídeo de onde foi retirada a imagem, vê-se Omram sendo retirado por um socorrista dos escombros da casa bombardeada onde estava. Depois é levado para dentro da ambulância, onde permanece impassível, enquanto prosseguem as operações de socorro.

O Telegraph escreveu que Omram foi atendido no Hospital M10 de Aleppo e depois liberado na mesma noite.

Raf Sanchez twitou outra imagem de Omram, com uma faixa na cabeça, depois dos cuidados recebidos “de alguns médicos extraordinariamente corajosos de Aleppo”.

(JE)

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Dia Mundial da Humanidade: recordação de Sérgio Vieira de Mello

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Nova York  (RV) – Celebra-se nesta sexta-feira (19/08) o Dia Mundial Humanitário, proclamado pela ONU, em 2008, sobre o tema: “One Humanity - Uma Humanidade”.

O objetivo da resolução é “homenagear todos os trabalhadores humanitários e funcionários das Nações Unidas que perderam suas vidas no cumprimento de suas missões e trabalhando na promoção da causa humanitária, ao apoiar as vítimas dos conflitos armados”.

Em 2008, foi aprovada também a proposta da Suécia sobre "Fortalecimento da Coordenação da Assistência Humanitária de Emergência das Nações Unidas".

A resolução convida todos os Estados-Membros, bem como outras Organizações internacionais e Não-governamentais, a observar anualmente esse dia, que também é “Dia da Memória dos Trabalhadores Humanitários”, caídos no exercício do seu trabalho.

Memória

No dia 19 de agosto recorda-se ainda o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, designado como representante especial do Secretário Geral das Nações Unidas para o Iraque. Junto com outros 21 funcionários e colaboradores da ONU, morreu tragicamente em Bagdá em 2003 no cumprimento da sua missão de paz.

Neste “Dia Mundial Humanitário” sob o tema “Uma Humanidade”, procura-se unir os esforços, em todo o planeta, para ajudar aqueles que mais necessitam.

Por ocasião deste evento, as maiores atividades e cerimônias realizam-se em Nova York, na sede da ONU.

Neste dia pode-se fazer donativos a uma organização humanitária local ou internacional. Pode-se também divulgar as causas atuais mais urgentes nas redes sociais. Existem mais de 130 milhões de pessoas que precisam de ajuda humanitária para sobreviver.

O “Dia Mundial Humanitário” foi comemorado, pela primeira vez, em 19 de agosto de 2009. Em 2012, a cantora Beyoncé Knowles foi nomeada embaixadora da causa humanitária no mundo, dedicando sua música “I Was Here” do seu quarto álbum de estúdio para o projeto.

(MT/ONU)

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Hollande: Igreja essencial à unidade da França; laicidade reconcilia

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Cidade do Vaticano (RV) – Em uma declaração aos jornalistas antes do encontro com o Papa, na tarde da quarta-feira (17/08), o Presidente François Hollande citou a importância das declarações Igreja para “recordar a unidade da França” após os últimos atentados terroristas no país. 

“O Papa, após a terrível provação do assassinato de padre Hamel, após o atentado de Nice, nos disse palavras que foram de grande conforto”, afirmou Hollande.

“Todas as palavras que foram ditas – disse ainda Hollande referindo-se àquelas dos responsáveis da Igreja francesa – foram muito importantes neste período, porque contribuíram para recordar a unidade da França e a reconciliação necessária”.

Oriente Médio

O presidente francês ressaltou o papel da França na defesa dos cristãos no Oriente Médio:

“Estamos entre os protetores dos cristãos no Oriente e o Papa sabe o quando os cristãos do Oriente contribuem para o equilíbrio na região”, afirmou.

E explicou: “À crise dos refugiados deve-se responder com uma clara visão de mundo, não com o medo que é instrumentalizado”.

Laicidade

Por fim, Hollande recordou o brutal assassinato de Padre Hamel e disse que a laicidade é uma mensagem que reconcilia:

“Os católicos franceses foram provados por este atentado, mas toda a França foi atingida e quando uma igreja é atingida, quando um sacerdote é assassinado, é a República que é profanada, porque a República deve proteger”.

E finalizou:

“Esta é a laicidade: deve proteger todas as confissões e deve assegurar a liberdade de crer, ou não crer. É por isso que esta mensagem de laicidade não é uma mensagem que pode ferir, mas uma mensagem que pode reunir e reconciliar”.

(xs/al/rb)

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