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Sumario del 24/08/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Audiência Geral: Papa reza o Terço pelas vítimas do terremoto

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa encontrou, nesta manhã de quarta-feira (24/8), na Praça São Pedro, os peregrinos e fiéis, provenientes de diversas partes do mundo, para a tradicional Audiência Geral. Ao saudar os presentes, Francisco disse:

“Havia preparado a catequese de hoje, como todas as quartas-feiras deste Ano da Misericórdia, sobre o tema da “proximidade de Jesus”. Mas, diante da notícia do terremoto, que atingiu o centro da Itália, devastando inteiras regiões e causando mortos e feridos, não posso deixar de expressar a minha grande dor e a minha proximidade a todas as pessoas presentes nos lugares atingidos pelo terremoto”. 

Comoção

O Papa recordou ainda todas as pessoas, que perderam seus entes queridos e os que ainda estão abalados pelo medo e pelo terror.

O Pontífice expressou sua grande comoção ao citar as palavras do Prefeito de Amatrice - epicentro do terremoto – que disse: “Amatrice não existe mais” e ao saber que entre os mortos havia tantas crianças.

Por isso, o Santo Padre assegurou a todas as pessoas de Amatrice e circunvizinhanças e outras regiões – diocese de Rieti, de Ascoli Piceno e em todas as outras no Lácio, na Úmbria e nas Marcas – as suas preces, assegurando-lhes o carinho e o abraço de toda a Igreja. A todos, neste momento, a Igreja se une com seu amor materno. O Papa enviou ainda a todos os que sofrem pelo terremoto o seu abraço e o dos presentes na Praça São Pedro.

Por fim, Francisco agradeceu a todos os voluntários e os agentes da Defesa Civil, que estão socorrendo as populações atingidas:

“Peço-lhes que se unam a mim, na oração, para que o Senhor Jesus, que sempre se comoveu diante da dor humana, console estes corações entristecidos e lhes dê a paz, por intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria”.

Ao pedir aos presentes, para que “se comover como Jesus”, adiou a sua catequese da Audiência geral desta quarta-feira para a próxima semana.

Depois, Francisco convidou os fiéis a rezar com ele parte da Santo Rosário – os mistérios dolorosos - pelos irmãos e irmãs atingidos pelo terremoto.

No final da Audiência Geral, o Santo Padre passou a cumprimentar os presentes na Praça São Pedro em diversas línguas. Eis o que disse em português:

“Saúdo os peregrinos de língua portuguesa do Brasil e de Portugal. Jesus os convida a levar aos outros a alegria do Evangelho, que nos ensina que ‘homens e mulheres partilham da mesma dignidade’, porque todos somos a mesma coisa em Cristo. Que Deus os abençoe”.

A seguir, falando em italiano, o Papa recordou que, nestas últimas semanas, os Observadores internacionais expressaram preocupação pela degeneração da situação na Ucrânia oriental, pela qual fez um premente apelo:

“Hoje, enquanto aquela querida nação celebra a sua festa nacional, que coincide com o 25° aniversário da Independência, asseguro as minhas orações

Por fim o Papa concedeu a todos a sua Bênção Apostólica. (MT)

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Papa envia bombeiros do Vaticano a Amatrice

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Cidade do Vaticano (RV) – “Às 7 horas recebi um telefonema do Papa Francisco. Me informou que soube do terremoto às 4h15min e de ter celebrado a Missa, rezando pelas pessoas envolvidas. Pediu-me para não ter medo e me dirigiu palavras de proximidade e de encorajamento que gostaria imediatamente de transmitir à população”. 

Palavras do Bispo de Rieti, Dom Domenico Pompili, falando sobre o telefonema que recebeu do Papa Francisco na manhã desta quarta-feira.

O prelado estava em peregrinação a Lourdes, na França, quando, às 3h52min, soube da notícia do abalo sísmico na região central da Itália. Dom Domenico Pompili embarcou no primeiro voo disponível para a Itália e na tarde desta quarta-feira irá aos locais atingidos para conhecer pessoalmente a situação e pensar em eventuais iniciativas.

Da Igreja de Rieti, no entanto, partiram as primeiras ações de solidariedade com intervenções da Caritas e do Refeitório de Santa Clara.

Bombeiros do Vaticano

Como sinal concreto da proximidade do Santo Padre às pessoas atingidas pelo terremoto, uma equipe de seis membros do Corpo de Bombeiros da Cidade do Vaticano dirigiu-se no início da manhã à Amatrice, um dos locais mais atingidos e com maior número de vítimas, que já chegam a sessenta.

A equipe trabalhará em pleno acordo com a Proteção Civil italiana na busca e na assistência às vítimas.

(JE)

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Card. Parolin: Papa sonha com reconciliação dos católicos chineses

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Cidade do Vaticano (RV) – O Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin afirmou em entrevista ao jornal italiano Avvenire que as conversas entre a Santa Sé e a República Popular da China "continuam com o espírito de boa vontade entre as duas partes" e que se estão quase encontrando "soluções realistas para o bem de todos".

 

"A Santa Sé acredita de coração que os católicos chineses possam viver de modo positivo a sua pertença a Igreja, e ao mesmo tempo, ser bons cidadãos e contribuir na harmonia de toda a sociedade chinesa", afirmou.

Paciência

Enquanto o relacionamento China-Vaticano cresce, o Secretário de Estado lembra que o "caminho da consciência e da fidelidade recíproca requer tempo, e paciência".

Ao não considerar o alarmismo que foi divulgado como "pactos políticos e diplomáticos" e afirmando que o Vaticano sempre acompanhou a comunidade católica local, o Cardeal Parolin destacou que  ir ao encontro de Pequim é a principal intenção da Santa Sé.

"Que também quer se fazer presente na vida da fé católica e encorajar a reconciliação entre as comunidade chamadas 'oficial' e os chamados 'clandestinos', explicou.

Reconciliação no coração do Papa

"Que as tensões e divisões do passado sejam superadas para escrever uma nova página da história da Igreja na China", auspiciou o cardeal.

A Igreja "reconhece as figuras heroicas do Evangelho, um rio de santidade muitas vezes escondido ou desconhecido por muitos".

Este caminho de reconciliação será "um exemplo para o mundo inteiro, construir pontes de fraternidade e comunhão em toda parte", concluiu.

Islã

O Secretário de Estado do Vaticano também diz "não existe uma guerra entre o Cristianismo e o Islamismo", e observa que o "terrorismo de um ponto de vista numérico atinge mais os muçulmanos que os cristãos".

Ao falar sobre a chamada "guerra religiosa", o Cardeal Parolin precisou que são os adeptos/partidários do auto-proclamado Estado Islâmico que exploram o Islã para justificar seus atos de violência".

É necessário evitar "cair na armadilha deles", alertou.

A participação dos muçulmanos após o martírio do padre francês Jacques Hamel é reforçada por Parolin como um "sinal de fraternidade, solidariedade e rejeição da violência", embora em alguns casos, "a incapacidade de seguir o conselho pela participação de não-cristãos nas liturgias eucarísticas dá origem a mal-entendidos e críticas".

Francisco, sinal de Paz

O Secretário de Estado nega qualquer legitimidade ao sofisma da liderança ocidental que está fechando suas portas à imigração, com o pretexto da defesa da sua identidade cultural marcada pelo cristianismo.

"O espírito de acolhida", lembra Parolin "é parte essencial da identidade cristã e pode ser aplicada de forma concreta nas obras de misericórdia, já indicadas por Jesus no Evangelho".

Por fim, questionado sobre as intervenções do Papa Francisco entre as potências do mundo, o Secretário de Estado aproveita para chamar a atenção:

"O Papa Francisco não é um líder político, não é chefe de uma grande empresa multinacional, especialista em estratégias políticas, comerciais, financeiras. Ele é o Sucessor de Pedro, o Pastor da Igreja, escolhido por Deus para esse desafio, e sua única preocupação é de anunciar o Evangelho que salva, a fim de que os homens possam se reconciliar com Deus e com os irmãos e reencontrar esperança e paz".

Somente a partir dessa preocupação apostólica - enfatizou Parolin - também vem a atenção e participação do Papa aos dramas e problemas vivenciados pela família humana.

Segundo o Secretário de Estado do Vaticano, é "a simplicidade e a coragem com que o Papa propõe a primazia do diálogo e encontro que despertou em muitos líderes religiosos e políticos a vontade de entrar em contato com Francisco e saber melhor sobre a importância da Santa Sé e da Igreja Católica no mundo".

 (VM)

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Santa Sé: armas convencionais são cada vez mais devastadoras

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Nova Iorque (RV) - As armas convencionais estão se tornando cada vez menos convencionais e sempre mais parecidas com as armas de destruição em massa por seu crescente poder devastador, que são usadas para cometer crimes de guerra e contra a humanidade: foi a denúncia lançada pelo observador permanente da Santa Sé junto às Nações Unidas, Dom Bernardito Auza, durante uma sessão do Conselho de Segurança da ONU. 

“Qualquer ato, qualquer arma que mira indiscriminadamente destruir inteiras cidades ou vastas regiões, junto com seus habitantes, é contra toda lei internacional e merece a condenação inequívoca e sem hesitações”, enfatizou o arcebispo filipino.

Dom Auza ressaltou que não é correto fazer nenhum tipo de distinção entre os armamentos porque estes, em todo caso, provocam violência, morte, destruições, instabilidade e miséria.

Em seguida, o representante vaticano denunciou com veemência o paradoxo da assinatura de tratados e convenções para o banimento de armas químicas e biológicas e a não-proliferação de armas nucleares, “ao tempo em que o gênio humano continua inventando novos modos de aniquilar a si mesmo”.

“As armas convencionais estão se tornando sempre menos convencionais graças àqueles progressos tecnológicos que elevam seu nível de destruição” e são usadas para cometer crimes de guerra e contra a humanidade, explicou Dom Auza.

Por esse motivo, a Santa Sé recomenda superar as tradicionais categorias e incluir nos tratados para o banimento das armas de destruição em massa também as devastadoras armas convencionais. Armamentos estes últimos que, entre outras coisas, “forças militares, rebeldes, terroristas e grupos extremistas utilizam com maior frequência mostrando escassa atenção aos civis”.

Dom Bernardito Auza recordou que, efetivamente, “escolas, hospitais e outras infraestruturas civis foram destruídas com o uso incessante de armas convencionais de elevada potência”.

Ademais, existem dezenas de milhões de refugiados cujas comunidades foram completamente devastadas não por armas nucleares, mas por armas cujo uso é permitido pelos acordos internacionais.

“Essas tragédias chamam com urgência a comunidade internacional a rever as classificações e as definições daquilo que constitui uma arma de destruição em massa”, prosseguiu o prelado.

Isso porque não há dúvida de que a proliferação das armas, prescindindo do fato de serem convencionais ou de destruição em massa, agrava as situações de conflito em termos de enormes custos humanos e materiais, minando o desenvolvimento e a busca de uma paz duradoura.

“Efetivamente, a não-proliferação, o controle dos armamentos e o desarmamento estão na base da segurança global e do desenvolvimento sustentável. Sem estes, o alcance da tão propalada Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável estará seriamente comprometido”, acrescentou ainda o observador da Santa Sé.

Dom Auza concluiu seu pronunciamento lançando um apelo à colaboração de todos os Estados a fim de que a comunidade internacional aja com uma só voz para banir todas as armas de destruição em massa. (RL)

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Igreja no Brasil



Diocese de Parnaíba (PI) tem novo bispo

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa aceitou a renúncia ao governo pastoral da Diocese de Parnaíba (PI) apresentada por Dom Alfredo Schäffler, 75, por limite de idade.  

O sucessor no governo da diocese será Dom Juarez Sousa da Silva, 55, até então Coadjutor da mesma diocese.

A Diocese de Parnaíba foi criada em 16 de dezembro de 1944 com a bula do Papa Pio XII “Ad Dominici gregis bonum”, tendo sido integralmente desmembrada da então Diocese de Teresina.

O município, no norte do Piauí, tem cerca de 150 mil habitantes e é o segundo mais populoso do estado, perdendo apenas para a capital Teresina.  

Além de apresentar grande valor histórico, a cidade registrou em 2011 a maior taxa de crescimento econômico do Brasil, chegando à marca de 229%.

(rb/cm)

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Consep: "Misericórdia não é só perdão"

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Rádio Vaticano (RV) – “Manifestar a misericórdia de Deus por meio da nossa vocação”.

Esta foi a motivação do Arcebispo de Brasília e Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Sergio da Rocha durante a celebração que abriu as atividades do Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da entidade, reunido em Brasília (DF) nesta quarta-feira (24/08).

No contexto do Mês Vocacional, foi proposta a temática “Vocação: dom da divina Misericórdia”. Segundo Dom Sergio, o texto do Evangelho de Marcos, quando um homem pergunta a Jesus o que deve fazer para ganhar a vida eterna e Ele “fitando-o, com amor” responde que deve vender seus bens, dar o dinheiro aos pobres e segui-Lo, recordou que “toda a vocação na Igreja tem a sua origem no olhar compassivo de Jesus”.

Misericórdia

Em sua reflexão, Dom Sergio afirmou que a “mensagem do Evangelho ressalta o olhar de Jesus àquele e àquela que é chamado. Jesus olhou com compaixão, com misericórdia”. Para o presidente da CNBB, a vocação, na proposta de meditação, “é sempre dom da misericórdia de Deus, fruto da compaixão de Deus”.

“Não é uma afirmação teológica, mas uma experiência que nós vamos fazendo na própria vida e, como a nossa vocação, na origem dela está a compaixão, a misericórdia de Deus”, disse.

Dom Sergio explicou que a misericórdia não se expressa apenas no perdão, no momento de fragilidade, no momento de pecado, mas também como “ternura de Deus, como graça, gratuidade”.

“A nossa vocação dá os frutos esperados por Deus por meio da misericórdia”, afirmou. Dom Sergio concluiu lembrando das pessoas sofridas e necessitadas do olhar compassivo e misericordioso de Deus por meio dos olhos dos vocacionados e vocacionadas, cuja fonte e sustento é a misericórdia. “Devemos manifestar a misericórdia de Deus através da nossa vocação”, finalizou.

Programação

Na pauta da reunião estão previstas: escolha do tema da Campanha da Fraternidade de 2018 e tratarão sobre o Ano da Misericórdia e o Ano Mariano, em 2017. Outro assunto a ser abordado refere-se ao Projeto de Emenda Constitucional 241, que pretende congelar por 20 anos os gastos primários do governo, como saúde e educação.

Os Bispos também terão uma reflexão sobre a exortação apostólica pós-sinodal do papa Francisco Amoris Laetitia, com exposições das Comissões Episcopais para a Vida e Família e para a Doutrina da Fé. Haverá ainda reunião dos presidente das Comissões com seus respectivos assessores e planejamento de seminário sobre a temática escolhida para a CF 2018.  

(CNBB/VM)

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Igreja na América Latina



REPAM assina aliança com Comissão de Direitos Humanos da OEA

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Bogotá (RV) – Em busca da promoção, defesa e a exigência de respeitar os direitos humanos na Pan-Amazônia, a Rede Eclesial Pan-Amazônica, REPAM, assinou um memorando com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA). Isto representa um incremento no acompanhamento eclesial no presente e no futuro de territórios e comunidades dos 9 países da Pan-Amazônia.

Conosco, Dom Pedro Barreto, arcebispo Metropolitano de Huancayo, no Peru, e bispo referencial da REPAM no CELAM.

Prioridade para o bem-estar dos irmãos indígenas

“Isto vai significar muito porque de maneira oficial, concordamos com a Comissão que a Igreja Católica, por meio da REPAM, tenha um vínculo mais direto e possamos ajudar-nos mutuamente em busca do bem-estar de todos os nossos irmãos indígenas, especialmente daqueles que vivem na Amazônia e que experimentam a opressão e a pressão das industrias extrativas”.

Laudato si na base do engajamento

“Como todos sabem, todos imbuídos pelo espírito da Laudato si, pelo espírito da Evangelii Gaudium, de Aparecida e do Concílio Vaticano II. Queremos servir e por este motivo, batemos à porta da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, para reiterar a posição da Igreja diante do extrativismo e a surpresa foi que encontramos as portas abertas. Em 19 de março de 2015 realizamos a audiência pública em que pela primeira vez, a Igreja Católica esteve presente neste espaço de defesa dos direitos humanos da OEA”.

“É muito importante indicar que a Rede Eclesial Pan-amazônica tem uma história de vários anos. Os bispos amazônicos, desde 1990, começaram a se reunir e compartilhar a necessidade de unir esforços e já naquele tempo, falavam em criar uma pastoral de conjunto, uma rede... o que na Conferência de Aparecida surgiu com muita força. Quando foi criada, em 2014, com o respaldo do Papa Francisco e da Rádio Vaticano (que esteve presente em Brasília), podemos dizer que a grande questão era ‘Como vai ser a expressão dos bispos da América Latina?. Em maio de 2015, realizou-se a Assembleia Geral e por unanimidade, aceitaram e acolheram a recém-nascida REPAM. Neste sentido, o Conselho Episcopal Latino-americano, CELAM, é parte importante deste apoio e sobretudo, a REPAM é parte do CELAM”.

Aliança é ajuda mútua

“Esta aliança é uma grande riqueza não somente no interior da Igreja, mas também fora dela; vai abrir novas perspectivas de trabalho e de serviço a nossos irmãos e irmãs, especialmente das comunidades indígenas”.

“O convênio entre Comissão Interamericana de Direitos Humanos e a Rede Eclesial Pan-amazônica tem dois aspectos muito importantes, pois por um lado, a Igreja Católica, com a liderança do Papa Francisco e a Encíclica Laudato si, tem um impacto mundial; e por outro lado, para a Igreja, a CIDH é um canal por meio do qual expressar a problemática bastante delicada e urgente que as populações indígenas e a própria Amazônia estão sofrendo. Portanto, este acordo que propicia a ambas as partes não interesses institucionais, mas o interesse de poder defender a vida e os direitos humanos das pessoas, especialmente dos pobres e das comunidades indígenas da Amazônia”. 

Para ouvir toda a reportagem, clique aqui: 

(CM)

 

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Igreja no Mundo



Bispos italianos doam um milhão de euros a vítimas de terremoto

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Roma (RV) - A Conferência Episcopal Italiana (CEI) manifesta sua solidariedade concreta às regiões do Lácio e das Marcas – centro da Itália – atingidas na madrugada desta quarta-feira (24/08) pelo terremoto de 6,2 graus na escala Richter, cujo balanço provisório é de mais de 80 mortos.

Em consequência do abalo sísmico, a Conferência Episcopal Italiana doa “um milhão de euros do fundo oito por mil para fazer frente às primeiras urgências e às necessidades essenciais”.

“A Igreja na Itália detém-se em oração por todas as vítimas e expressa fraterna proximidade às populações atingidas por este dramático evento”, lê-se no comunicado da presidência da CEI, que convida as dioceses, a rede das paróquias, dos institutos religiosos e das agregações laicais a aliviar as difíceis condições em que as pessoas atingidas se encontram.

Com essa finalidade, a Igreja na Itália convoca uma coleta nacional, a realizar-se em todas as Igrejas da Península em 18 de setembro próximo, em concomitância com o 26º Congresso Eucarístico Nacional, “como fruto da caridade que deste deriva e de participação de todos diante das necessidades concretas das populações atingidas.”

Por sua vez, a Arquidiocese de Milão manifesta sua participação no luto e no sofrimento que atingiram os habitantes de várias localidades do Lácio e das Marcas, fazendo-o mediante “a oração e a proximidade de afeto a todos os homens e mulheres atingidos por esta tragédia”.

“Empenhamo-nos em favor destas populações com obras de misericórdia, aderindo à coleta proposta pela Conferência episcopal a toda a Igreja italiana”, e, imediatamente, “através da Caritas ambrosiana e de outras estruturas diocesanas tanto com o envio de agentes e voluntários ao lugar do sismo, como com uma coleta específica de fundos como uma primeira ajuda”, declarou o Arcebispo de Milão, Cardeal Angelo Scola.

“Nas próximas horas teremos uma ideia mais clara e poderemos iniciar um plano de intervenção coordenando-nos com a Caritas italiana e as outras Caritas diocesanas. Mas desde já queremos expressar a nossa solidariedade. Por essa razão alocamos uma primeira soma de 50 mil euros e convidamos os fiéis a dar sua contribuição”, disse em comunicado o diretor da Caritas da arquidiocese milanesa, Luciano Gualzetti. (RL)

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Bispo de Ascoli Piceno relata cenário da tragédia

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Cidade do Vaticano (RV) – Cresce o número de vítimas do terremoto desta noite também na Diocese de Ascoli.

Diretamente de Pescara del Tronto, Dom Giovanni D’Ercole falou à Rádio Vaticano sobre a situação em sua Diocese:

 

Estou na cidade de Pescara del Tronto, o cenário é desolador. Quando cheguei pela manhã, vi uma cidade destruída, gritos, morte... Não sabemos quantos são. Estamos em uma situação desesperadora e, infelizmente, não é a única cidade, porque também outras estão na mesma situação. Em algumas regiões não conseguimos chegar. Existem pessoas que não respondem, e agora eu estou indo aos escombros para dar a Unção dos Enfermos a dois corpos de crianças. Os feridos são muitos. O complicado é que faz frio, o socorro demora para chegar, as estradas estão destruídas pelo terremoto, está muito difícil.

RV: Como está a situação em Ascoli e nas comunidades vizinhas, em Pescara del Tronto?

A Diocese está sofrendo! O que eu consigo perceber é que a parte mais sofrida, aquela que foi realmente destruída, foi Rieti, na qual se encontram Amatrice, Accumoli, Pesca del Tronto, Arquata e Force.

Doações

A Conferência Episcopal Italiana anunciou que vai enviar 1 milhão de euros como primeira ajuda de emergência para as regiões atingidas, além de promover uma coleta nacional nas comunidades católicas do país no dia 18 de setembro.

 (VM)

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Roma sente terremoto de 6 graus; Papa reza pelas vítimas

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Rádio Vaticano (RV) – O terremoto de 6 graus na escala Richter que atingiu o centro da Itália também foi sentido em Roma. A Audiência geral com o Papa nesta quarta-feira foi realizada. 

Não foram registrados danos na capital nem no Vaticano. Tampouco na Basílica de São Francisco, em Assis. Alguns danos foram reportados na Basílica de São Bento em Núrcia. 

Às 3h36 (hora local) o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV) registrou o epicentro do terremoto principal a 4 quilômetros de profundidade entre as províncias de Rieti e Ascoli Piceno, distantes cerca de 100 km da capital. Seguiram-se durante a madrugada outros tremores de 5.1 e 5.4 graus.

A cidade mais atingida foi Amatrice, na província de Rieti, para onde meios especiais da Defesa Civil foram deslocados logo após o terremoto.

O prefeito de Amatrice, Sergio Pirozzi disse que “a cidade não existe mais” e que “há pessoas sob os escombros”.

Foram registrados desabamentos e danos em cidades e estradas do Lácio, da Úmbria e das Marcas.

As primeiras informações são de que duas pessoas morreram na região das Marcas e de que vítimas estariam sob os escombros também em Accumoli, epicentro do terremoto.

(agências/rb)

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Patriarcas pedem fim das sanções à Síria

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Damasco (RV) – Retirar as sanções internacionais que “criam obstáculo para a entrada e a distribuição de comida e de ajudas” à Síria, “deter o assédio ao povo sírio” e permitir ao país e aos seus cidadãos de “viverem em modo digno”, usufruindo de “direitos básicos como no resto do mundo”.

Estes são alguns dos tópicos do apelo lançado por três Patriarcas cristãos de Damasco à comunidade internacional e a todas as nações envolvidas no conflito na Síria. Uma guerra que em cinco anos já provocou dezenas de milhares de mortos e milhões de deslocados, provocando uma grave crise humanitária.

Aumenta sofrimento do povo sírio

O apelo  intitulado “Stop ao assédio do povo sírio! Abolir as sanções internacionais contra a Síria” - referido pela Agência Asinaews - é assinado pelo Iohannes X Yazidi, Patriarca da Igreja Greco-ortodoxa de Antioquia, Gregorio II Laham, Patriarca Católico Greco-melquita e Mar Ignatius Aphrem II, Patriarca Sírio-ortodoxo

No documento, os líderes cristãos recordam que “desde o início da crise na Síria, em 2011, o impacto das sanções econômicas e financeiras” incidiu de forma sempre mais significativa “na vida cotidiana dos cidadãos”.

As sanções – explicam os Patriarcas – aumentam os sofrimentos do povo sírio” e representam “um ulterior aspecto da crise”, porque “multiplicam a pressão” do conflito “sobre indivíduos, instituições, as companhias, e por consequência, sobre toda a população”.

Clima de isolamento

A falta de “novos investimentos” e a “suspensão de voos internacionais” sobre a Síria, assim como “as restrições sobre importações” e a black-list de empresas sírias que não podem atuar a nível internacional, fortalecem o clima de “isolamento” que se respira na Síria.

Outrossim – prosseguem os Patriarcas – o fechamento de muitas embaixadas ocidentais e a retirada do pessoal diplomático, "limitam as relações” e “a interação com o exterior”.

E não somente isto: o apelo conjunto sublinha que a proibição de operações bancárias internacionais submete “às pessoas à uma condição de grave crise financeira. Os cidadãos se empobrecem - ameaçando o pão de cada dia -, ficam privados dos gêneros de primeira necessidade”, aumenta a perda do poder aquisitivo da moeda local e surgem “novos problemas” no plano social.

Olhar a Carta dos Direitos Humanos

Mesmo que o objetivo das sanções “seja do tipo político” – advertem os Patriarcas – quem sofre as consequências “é todo o povo sírio”, em particular, “os pobres e os trabalhadores das classes mais humildes”. No entanto, a realidade “piora” sempre mais e os sofrimentos estão “em crescimento contínuo”.

Por isto – prossegue o texto – “nós Patriarcas residentes em Damasco, que sentimos com clareza o sofrimento da população (...) pedimos com força o fim das sanções”, na esperança de que sejam tomadas “medidas extraordinárias” baseadas na Carta dos Direitos Humanos e em outros tratados internacionais.

Apoiar a ação das organizações eclesiais e humanitárias

Ao concluir o apelo, os três Patriarcas sublinham que as sanções favorecem somente os objetivos “de grupos que não querem o bem comum do país”. Pelo contrário, o fim das sanções “ajudaria o trabalho das organizações eclesiais e humanitárias ativas sobre o território em levar ajudas e distribuir comida e alimentos”.

(JE)

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Concluído no Cairo seminário "Jovens comprometidos, religião e violência"

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Cairo (RV) – “Partilha de experiências e de amizades, mas também momentos de reflexão e debates sobre o presente e o futuro do diálogo entre cristãos e muçulmanos como elemento fundamental para a construção da paz”.

Esta foi a avaliação de Carla Khijoyan, membro do programa Youth in the ecumenical Movement, do Conselho Mundial de Igrejas (WCC, sigla em inglês), do seminário intitulado “Compromisso dos jovens, religião e violência”.

O encontro realizou-se no Cairo, de 18 a 22 de agosto, junto à mesquita e à universidade islâmica de Al-Azhar, numa promoção do WCC  e de Al-Azhar. O objetivo foi o de oferecer aos jovens cristãos e muçulmanos um espaço de reflexão sobre a cultura do diálogo.

Analisadas complexas relações entre cristãos, muçulmanos e sociedade

O seminário foi animado por uma série de breves palestras de teólogos e politólogos sobre a complexidade das relações entre cristãos, muçulmanos e sociedade contemporânea. Neste contexto, foram tratados temas como as relações entre as religiões, espiritualidade e política; a definição do direito de cidadania, levando em consideração a identidade religiosa, étnica e nacional; a relação entre a juventude e o extremismo religiosa.

Também foram debatidas as propostas para favorecer um sempre maior envolvimento dos jovens na definição dos percursos para a justiça social e para a paz, com os quais derrotar extremismo e violência.

Patriarca copta Tawadros II

Excepcional presença no encontro foi a do Patriarca da Igreja Copta Ortodoxa Tawadros II, que expressou a sua pessoal satisfação de poder encontrar jovens que têm a peito a construção da paz, precisamente a partir da partilha de valores comuns que pertencem a diferentes religiões.

Para Tawadros, a experiência histórica da Igreja no Egito pode ajudar a compreender o quanto o testemunho da própria fé é fundamental para a compreensão dos dons de cada identidade religiosa. A construção da paz deve tornar-se a tarefa primária do diálogo islâmico-cristão, o qual deve encontrar força na contínua conversão do coração em um processo de reconciliação da memória.

Imame Ahmad Al-Tayyeb

Os jovens participantes, vindos de 15 países, encontraram também o Grão Imame de Al –Azhar, Amad al-Tayyeb, que os exortou a prosseguir na construção da paz na cotidianidade do diálogo e condenando o extremismo e o terrorismo, que não têm nada a ver com religião. (JE)

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Formação



Lumen Gentium: A Igreja como rebanho de Cristo

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Cidade do Vaticano (RV) – No nosso espaço Memória Histórica – 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos continuar a tratar, no programa de hoje, da Constituição dogmática Lumen Gentium

A Constituição Dogmática Lumen Gentium é a chave de leitura para todos os outros documentos do Concilio Vaticano II. Sem dúvida é o documento mais importante do Concilio Vaticano II, que fala do mistério da Igreja,  a sua missão para a salvação da humanidade. No programa passado, Padre Gerson Schimdt, que tem nos acompanhado na exposição deste documento, nos propôs a reflexão “Todos os homens são chamados a união com Cristo, luz do mundo". No programa de hoje, o sacerdote, incardinado na Arquidiocese de Porto Alegre, nos apresenta outras figuras da Igreja propostas pelo documento conciliar. Ouçamos:

"Aqui fizemos já diversos comentários a respeito das imagens utilizadas pela Lumen Gentium para comparar a Igreja. Na interpretação do Concilio, nesses anos todos, se centrou muito a imagem da Igreja como Povo de Deus, esquecendo-se as outras. Aí se se prejudicou a visão mais global. Por isso aqui o fazemos, utilizando todas as imagens e comparativas da Igreja utilizadas pela Lumen Gentium. Já falamos sobre a Igreja como Corpo de Cristo, do qual Cristo é a cabeça, nós os membros. Também comentamos a Igreja que é comparada a uma Esposa. A verdadeira Esposa de Cristo. Cristo que amou a Igreja e se entregou por ela, imaculada, sem ruga e sem mancha.

A Lumen Gentium comenta ainda outras imagens da Igreja. Introduz essas comparativas dizendo assim, no número 6: “Assim como, no Antigo Testamento, a revelação do Reino é muitas vezes apresentada em imagens, também agora a natureza íntima da Igreja nos é dada a conhecer por diversas imagens tiradas quer da vida pastoril ou agrícola, quer da construção ou também da família e matrimônio, imagens que já se esboçam nos livros dos Profetas”.

A Igreja é ainda comparada a um redil, um rebanho, uma grei, onde Cristo é a porta das ovelhas. Embora por pastores humanos, as ovelhas de Cristo são conduzidas e nutridas pelo próprio Cristo, o Bom Pastor e Príncipe dos Pastores, que deu sua vida pelas ovelhas.

Nessa imagem da Igreja como rebanho de Cristo, é importante fazer um resgate inteiro das comparações infinitas da Sagrada Escritura que compara o Povo da Aliança como um rebanho. E há imagens significativas utilizadas pela Bíblia sempre comparando o Povo da Aliança como um rebanho apascentado por Deus. Os pastores humanos nem sempre são fiéis. Foram maus e não apascentaram o rebanho do Senhor. Não cuidaram das ovelhas doentes, das transviadas.

Sempre achei significativo um canto conhecido e cantado em nossas comunidades, na mais variadas regiões do Brasil: “Sou bom Pastor ovelhas guardarei, não tenho outro ofício, nem terei, quantas vidas eu tiver, eu lhes darei. Primeira estrofe: Maus pastores num dia de sombra, não cuidaram e o rebanho se perdeu vou sair pelo campo, reunir o que é meu, conduzir e salvar. Segunda estrofe: Verdes prados e belas montanhas hão de ver o Pastor, rebanho atrás junto a mim, as ovelhas terão muita paz, poderão descansar”. Sem dúvida um canto muito bonito que revela toda a linguagem da Sagrada Escritura que compara a família de Deus, o Povo escolhido como sendo um rebanho a ser apascentado.

O documento dogmático Lumen Gentium, quando usa essa imagem da grei-rebanho, referenda um texto bíblico do Novo Testamento que aponta a missão dos pastores a apascentar o rebanho Cristo, tirado da primeira carta de São Pedro, que diz assim:

“Eis a exortação que dirijo aos anciãos que estão entre vós, – anciãos leia-se aqui os presbíteros - porque sou ancião como eles, fui testemunha dos sofrimentos de Cristo e serei participante com eles daquela glória que se há de manifestar. Apascentai o rebanho de Deus, que vos é confiado. Tende cuidado dele, não por coação, mas de livre vontade, como Deus quer, nem por torpe ganância, mas por devoção, nem como senhores daqueles que vou couberam por sorte, mas antes como modelos do vosso rebanho. Assim, quando aparecer o supremo Pastor, recebereis a coroa imperecível de glória”(1Pdr 5,1-4).

Esse é o imperativo de São Paulo aos presbíteros: “Apascentai o rebanho de Deus, que vos é confiado”. Não por interesse, por coação, por ganância, ou instinto de dominação, comenta a nota de rodapé da Bíblia de Jerusalém. Mas por livre vontade, com dedicação, com devoção, como Deus o quer. Entenda-se devoção aqui nesse texto da Carta de São Pedro, não como um piegas espiritualismo, mas uma profunda dedicação com amor e ardor.

Cabe a cada pastor – cada presbítero na  linguagem paulina – apascentar como modelos do rebanho – de “bom coração”, de “bom grado” – não com tirania, mas com zelo apostólico para congregar a todos na única grei de Cristo – o verdadeiro e bom pastor do rebanho. Como esse belo cântico que recordamos aqui traduz de maneira muito significativa essa missão: “Verdes prados e belas montanhas hão de ver o Pastor, rebanho atrás junto a mim, as ovelhas terão muita paz, poderão descansar”. Seremos bons pastores do rebanho enquanto conduzirmos as ovelhas ao verdadeiro e Bom Pastor que é Cristo".

(JE)

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Atualidades



Terremoto: Consulado não registra vítimas brasileiras

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Cidade do Vaticano (RV) - Não há notícias de brasileiros atingidos pelo terremoto que abalou o centro da Itália.

"A Embaixada e o Consulado-Geral em Roma estão monitorando a situação. Até o momento, não há registro de brasileiros entre as vítimas", explica em uma nota o Itamaraty.

Amatrice, Accumoli e Pescara del Tronto foram as cidades mais castigadas pelo tremor de 6 graus na escala Richter registrado na madrugada desta quarta-feira (24/08).

O Papa rezou pelas vítimas e por todos os envolvidos nos resgates.

Os tremores também foram fortemente sentidos em Roma durante a madrugada.

(rb)

 

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O que os Institutos Seculares têm em comum?

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Cidade do Vaticano (RV) – Em andamento em Roma, a Assembleia Geral da Conferência Mundial de Institutos Seculares está debatendo sobre a formação e a identidade dos Institutos. Os trabalhos foram abertos segunda-feira, 22 de agosto, e o Cardeal João Braz de Aviz, Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, celebrou uma missa para os participantes.

Responsáveis de Institutos de todo o mundo, representando 25 países, aprofundam ainda temáticas como a laicidade, lugar natural para a formação. Mas o que estas realidades da Igreja, cada uma com seu carisma, têm em comum? A palavra a  Dom João Braz de Aviz. 

A Conferência Mundial de Institutos Seculares (CMIS) foi fundada em 1972 recebendo aprovação da Santa Sé dois anos depois. Seu objetivo é organizar a colaboração entre os Instituto Seculares para que sejam “um fermento mais eficaz para consolidar e desenvolver o Corpo de Cristo”, como o recorda o decreto ‘Perfectae Caritatis’, sobre a adequada renovação da Vida Religiosa do Papa Paulo VI.

(CM)

 

 

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Celebrado Dia Internacional da Lembrança do Tráfico de Escravos

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Paris (RV) – Celebrou-se nesta terça-feira (23/8) o Dia Internacional da Lembrança do Tráfico de Escravos e sua Abolição.

Para a ocasião, o Santo Padre tuitou: “O tráfico de seres humanos, de órgãos, o trabalho forçado e a prostituição são escravidões modernas e crimes contra a humanidade”.

Esta data foi escolhida por ocasião da celebração da noite entre 22 e 23 de agosto de 1791, quando escravos de Santo Domingo se revoltaram contra o sistema da escravidão, dando origem à independência do Haiti.

O acontecimento abriu uma página importante na história, com grande impacto para o estabelecimento dos direitos humanos.

Vítimas

O Dia Internacional de Lembrança do Tráfico de Escravos e sua Abolição constitui uma homenagem às vítimas da escravidão e à sua luta.

Este dia foi adotado pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e é celebrado, anualmente, em 23 de agosto, desde 1998.

Como todos os anos, a UNESCO divulga uma mensagem por ocasião desta data e convida os Governos e as Organizações para aumentar seus esforços de reconciliação e compartilhar suas iniciativas.

Mensagem da UNESCO

Em sua mensagem, Irina Bokova, Diretora-geral da UNESCO, recorda aquela noite, entre 22 e 23 de agosto de 1791, quando homens e mulheres, levados da África e vendidos como escravos, se revoltaram contra o sistema escravagista, para obter liberdade e a independência do Haiti, que foi conquistado em 1804.

A revolta foi um momento decisivo na história da humanidade, com um grande impacto no estabelecimento de direitos humanos universais, pelo qual somos todos responsáveis.

Por isso, a UNESCO presta uma homenagem a todos aqueles homens e mulheres que, com coragem, lutaram pela liberdade e, em seu nome, continua a ensinar sobre a sua história e os seus valores intrínsecos.

O sucesso dessa rebelião, liderada pelos próprios escravos constitui, hoje, uma profunda fonte de inspiração para a luta contra todas as formas de submissão, racismo, preconceito, discriminação racial e injustiça social, que são consequências da escravidão.

Superação

A história do tráfico de escravos e da escravidão criou uma cadeia de revolta, crueldade e amargura ainda não superadas. No entanto, representa também uma história de coragem, liberdade e orgulho da independência recém-adquirida.

Por meio do projeto “A Rota do Escravo”, afirma Irina Bukova, a UNESCO tem como objetivo encontrar, nesta memória coletiva, a força para construir um mundo melhor e mostrar as relações históricas e morais que unem os diferentes povos.

Neste espírito, as Nações Unidas proclamaram a “Década Internacional dos Afrodescendentes” (2015-2024), com a qual a UNESCO colabora, lançando programas educacionais, culturais e científicos, a fim de promover a contribuição dos afrodescendentes para a construção das sociedades modernas, assegurando dignidade e igualdade para todos os seres humanos, sem distinção.

(MT/Unesco)

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