Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
RedaÇão +390669883895 e-mail: brasil@vatiradio.va

Sumario del 29/08/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa recebe fundador do Facebook

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu na manhã desta segunda-feira (29/08), o fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, acompanhado de sua esposa Priscilla Chan.

 

Eles falaram sobre como utilizar as comunicações para amenizar a pobreza, encorajar a cultura do encontro e fazer com que uma mensagem de esperança possa chegar especialmente às pessoas mais necessitadas.

Na quarta-feira (24/08) Zuckerberg escreveu em seu perfil no Facebook que estaria em Roma para uma sessão de Perguntas e Respostas com a comunidade do Facebook na Itália e não mencionou a audiência com o Papa.

“Também quero encontrar a nossa comunidade italiana após o terremoto”, escreveu.

“Eu sei que este é um momento difícil para quem perdeu familiares e casa, e meus pensamentos estão com todos que foram afetados pelo desastre”, disse ainda Zuckerberg.

(rb)

inizio pagina

Papa: "Cristãos na Europa perderam o contato com suas raízes"

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Foi publicada na manhã desta segunda-feira (29/08) a mensagem enviada pelo Papa Francisco ao Cardeal Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos. Ele participou de um simpósio em Salonica, na Grécia, intitulado “A necessidade de re-evangelizar as comunidades cristãs na Europa”, cujo objetivo é “favorecer o confronto teológico e cultural entre católicos e ortodoxos”. 

Encontro entre católicos e ortodoxos

O encontro é promovido pelo Instituto Franciscano de Espiritualidade da Universidade Pontifícia Antonianum e pela Faculdade Teológica Ortodoxa da Universidade Aristoteles de Salonica.

Em sua mensagem, o Pontífice encoraja a realização deste Simpósio porque a seu ver, existe a clara necessidade de uma nova obra de evangelização na Europa: “Muitas pessoas batizadas não são conscientes do dom de fé que receberam e não participam da vida da comunidade cristã porque perderam o contato com suas raízes cristãs”, afirma o Papa.

Novos caminhos, métodos e linguagens

Assim, Francisco diz esperar que as reflexões propostas no Simpósio, com o intercâmbio entre os estudiosos católicos e ortodoxos, contribuam para identificar novos caminhos, métodos criativos e uma linguagem apropriada para levar o anúncio de Jesus Cristo, em toda a sua beleza, ao homem contemporâneo.

A mensagem de Bartolomeu

Por sua vez, o Patriarca ecumênico Bartolomeu I também se manifestou, de Constantinopla, enviando a sua saudação aos participantes.

Para ele, a falta de valores estáveis e saudáveis e a liberdade desenfreada do homem têm conduzido a humanidade ao desespero: “Os recentes ataques terroristas são uma demonstração do afastamento das tradições cristãs por parte dos cidadãos europeus, que estão adotando novas teorias e costumes, completamente opostos à lei de Deus”.

“Incapazes de encontrar apoio espiritual, nossos irmãos se orientam para formas de religiosidade inspiradas em hostilidades e ódios que certamente não preenchem o seu vazio existencial”, prossegue Bartolomeu.

O mundo deposita esperanças no Cristianismo

O Patriarca sugere que “o amor pelo diálogo, pela resolução pacífica dos contrastes e pela reconciliação une os cristãos. O futuro pertence a Cristo, à sua Igreja e à sua teologia e por isso, devemos lutar para não desiludir as expectativas do mundo, que deposita esperanças no Cristianismo, em busca de consolo”.

Consequentemente, Bartolomeu encoraja os participantes do Simpósio, “que pode reforçar a unidade da comunhão e transmitir uma mensagem de fé, esperança e reconciliação a este mundo fragmentado”. 

(CM)

inizio pagina

Dia de oração pela Criação chama ao respeito pelo próximo

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - “Tempo para a Criação. Rezemos juntos para apreciar e cuidar do dom da criação”: é o convite expresso em uma declaração comum divulgada segunda-feira (29/08) pelo Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), a Conferência das Igrejas Europeias (KEK) e a Rede cristã europeia pelo meio ambiente (ECEN). 

Oferecer orações pelo dom da Criação

“Estamos enfrentando desafios urgentes em termos de degradação ambiental e mudanças climáticas. Encorajados pelas palavras da Encíclica Laudato si, do Papa Francisco, reconhecemos a nossa responsabilidade conjunta”.

“Apelamos a todos os cristãos europeus paróquias, comunidades e todas as pessoas de boa vontade para aderirem ao Tempo pela Criação, a celebrá-lo juntos, em suas tradições litúrgicas e a sustentar a fé cristã comum em Deus Criador. Exortamos todos a oferecer, cada qual em seu redor, orações pelo dom da Criação”, diz a declaração.

 Respeitar a Criação significa também respeitar os seres humanos

“Segundo o Evangelho – observam as Igrejas – a responsabilidade em relação ao meio ambiente não pode ser separada da responsabilidade para com os outros seres humanos: o nosso próximo, os pobres e os esquecidos, tudo num espírito de solidariedade e de amor. Respeitar a criação não significa apenas proteger e salvaguardar a terra, a água e os componentes do mundo natural; consiste também em respeitar os seres humanos que compartilham estes dons e são responsáveis por eles”.

Transmissão ao vivo 

Quinta-feira, 1º de setembro, celebra-se o II Dia Mundial de Oração pela Criação. A Rádio Vaticano transmitirá a cerimônia das Vésperas, presidida pelo Papa, com comentários em português, a partir das 11h55min, horário de Brasília.

 

inizio pagina

Mensagem vídeo de Tveit para Dia Mundial de Oração pela Criação

◊  

Genebra (RV) - “Como cristãos, temos esperança. Cremos que Deus não abandona a Criação e que nós mesmos podemos tornar-nos faróis daquela esperança difundindo as sementes de um futuro diferente.” 

É o que afirma o secretário geral do Conselho Ecumênico de Igrejas, Pastor Olav Fykse Tveit, numa mensagem vídeo para o Dia Mundial de Oração pela Salvaguarda da Criação, a ser celebrado na próxima quinta-feira, 1º de setembro.

Orações, mas também ações concretas em prol da Criação

Na mensagem vídeo Tveit exorta todos os cristãos à oração, bem como a uma ação concreta em prol da Criação e, em particular, a pressionar os governos a fim de que assinem o acordo de Paris sobre o clima; a pedir indicadores alternativos de crescimento que possam auferir melhor a saúde das comunidades e dos ecossistemas e mais investimentos em fontes alternativas aos combustíveis fósseis.

Com essa finalidade, o Conselho Ecumênico de Igrejas, em colaboração, entre outros, com o Network da Oração Mundial do Papa e o Movimento global católico em favor do clima realizou o site internet www.SeasonofCreation.org em que os cristãos são convidados a participar, organizar e indicar as iniciativas de oração e a aderir às múltiplas campanhas de ação e sensibilização sobre a Criação promovidas pelas Igrejas nas cinco semanas entre a jornada de 1º de setembro e 4 de outubro, solenidade de São Francisco de Assis.

O site acolhe também os subsídios e o material colocado à disposição dos fiéis católicos pelo Movimento global católico em favor do clima, entre os quais, a Encíclica do Papa Francisco “Laudato si” sobre o cuidado da casa comum.

Dia da Criação nascido por iniciativa do Patriarcado de Constantinopla

O Dia da Criação nasceu por uma iniciativa do Patriarcado Ortodoxo de Constantinopla que a lançou em 1989. Ao longo dos anos foi progressivamente adotado por várias Igrejas protestantes, bem como por numerosas Conferências episcopais católicas, assumindo sempre mais um caráter ecumênico e é na esteira dessas iniciativas que em 6 de agosto de 2015 o Papa Francisco – no seguimento da “Laudato si” – instituiu para toda a Igreja o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, fixando como data o dia 1º de setembro.

A carta de convocação ressaltava o forte valor ecumênico da iniciativa convidando a sintonizar as iniciativas católicas também com as do Conselho ecumênico de Igrejas. (RL)

inizio pagina

Papa Francisco reza pela recuperação de Dom Geraldo

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco enviou na última semana uma mensagem em que afirma rezar pela recuperação do Arcebispo de Mariana (MG), Dom Geraldo Lyrio Rocha.

Dom Geraldo está internado no Hospital Madre Teresa, em Belo Horizonte (MG), desde o dia 4 de agosto. A mensagem foi transmitida pelo secretário da Congregação para os Bispos, Arcebispo Ilson Montanari, que falou por telefone com Dom Geraldo.

Emocionado, o Arcebispo de Mariana agradeceu a Dom Ilson pelo telefonema e disse que o gesto do Papa Francisco “manifesta consideração não só à sua pessoa, mas também à arquidiocese de Mariana”.

O Departamento de Comunicação da Arquidiocese de Mariana informou que, na manhã deste domingo, Dom Geraldo passou a respirar sem auxílio de aparelhos e caminhou um pouco pelo quarto.

Ao longo do dia, ele recebeu a visita de vários padres de Mariana. Por telefone, falou com vigário geral, Monsenhor Celso Murilo Sousa Reis, a quem encarregou de transmitir sua saudação aos membros do Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP), que estiveram reunidos no Centro de Pastoral, em Mariana.

 (VM/CNBB)

inizio pagina

Igreja no Brasil



Igreja recorda os 10 anos da morte do "santo" das favelas

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Um homem contemplativo nas ações, doce e simples. A vida pastoral de Dom Luciano foi sempre dedicada aos excluídos, os últimos da sociedade. 

Com um particular carinho pelos meninos de rua o jesuíta sempre dizia, "tornei-me bispo para seguir os pobres".

No dia da sua morte, 27 de agosto de 2006, o Cardeal Carlo Maria Martini o definira com essas palavras:

"Era verdadeiramente um santo, um homem que viveu a caridade heroica, sem nunca pensar em si mesmo, sempre pensando nos outros".

O "santo" das favelas

Dom Luciano Mendes de Almeida (1930-2006) foi Arcebispo de Mariana, no Estado de Minas Gerais e líder carismático durante alguns mandatos na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), como Primeiro-secretário (1979-1987) e, depois, como Presidente (1987-1995).

Dom Luciano ainda é lembrado por seu papel crucial de mediação e na elaboração do documento final da IV Conferência do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), em Santo Domingo em 1992.

A partir de 2011, impulsionanda pelo episcopado brasileiro, foi aberta a causa de beatificação de Dom Luciano, líder da Igreja latino-americana, em muitos aspectos semelhante a Dom Hélder Câmara, de quem ele era um amigo próximo.

"Ele veio como um jovem rico e saiu como um jovem pobre"

Luciano Mendes de Almeida nasceu em 5 de outubro de 1930 no Rio de Janeiro em uma família nobre e rica.

Aos 17 anos, entrou na Companhia de Jesus e foi durante a sua primeira experiência com os Exercícios Espirituais que se manifestaram as características mais salientes da sua futura vocação.

"Ele veio como um jovem rico - conta  José Carlos Brandi Aleixo, colega de estudos de Dom Luciano - e saiu como um jovem pobre".

Um sacerdote entre Martini e Bergoglio

Em 1958 foi ordenado sacerdote. Na Universidade Gregoriana em Roma, obteve o Doutorado em Filosofia com a tese: "A imperfeição intelectual do espírito humano. Introdução à uma teoria sobre o conhecimento do outro".

Porém, os pobres sempre interpelaram a consciência de futuro professor, apaixonado pela mística de São João da Cruz.

Em 1973, foi nomeado Delegado Interprovincial dos Jesuítas no Brasil e, no ano seguinte, participou da  XXXII Congregação Geral da Companhia de Jesus em Roma, junto com Bergoglio e Martini. 

O desafio de uma grande metrópole

Em 1976, por sugestão do Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, o Papa Paolo VI o nomeou bispo auxiliar de São Paulo.

Do Luciano dedicou o seu tempo para ajudar as crianças de rua e pessoas pobres das favelas. Foi responsável pelas mais importantes intuições na arquidiocese de São Paulo para uma "pastoral do menor" autêntica.

"A criança não é um problema – esse foi seu lema – o mais jovem é a solução."

Uma campanha e ação em favor das crianças impulsiona pelo UNICEF em 1986, rendeu a Dom Luciano o prêmio "Criança e Paz".

Com ele também nasceu a primeira rede de televisão católica no Brasil, a Rede Vida.

Como Bispo auxiliar da cidade de São Paulo, em nome do Episcopado brasileiro participou em março de 1980 do funeral do Arcebispo Oscar Arnulfo Romero, em El Salvador.

Um Arsenal de Esperança

Em 1988, de uma amizade nasce uma parceria com Ernesto Olivero, fundador do Sermig, uma associação nascida em Turim para promover a justiça e o desenvolvimento do mundo com a participação e protagonismo dos jovens.

E graças a essa amizade, se fez possível o nascimento do Arsenal da Esperança em São Paulo, uma casa na qual os moradores de rua, pessoas com necessidades, dificuldades financeiras encontram abrigo e assistência. E muito além disso, encontram dignidade, afeto e acolhida.

A caminho dos altares

Desde então, começou o seu longo calvário, vivido no silêncio e na simpatia pelos mais pobres. Poucos meses antes da sua partida, o homem da caridade, como o definiu o seu sucessor em Mariana (MG), Dom Geraldo Lyrio da Rocha, foi premiado com um doutorado Honoris Causa pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia de Belo Horizonte(FAJE):

"Para ele, teria sido o título mais apropriado - foi o comentário do grande teólogo João Batista Libânio -, causa magister amoris, isto é, mestre intelectual e espiritual, do amor e serviço. Ele era realmente para nós um professor da Igreja e da vida, especialmente dos pobres".

Em 2014, a Arquidiocese de Mariana-MG abriu oficialmente o processo de beatificação e canonização de seu ex-arcebispo. Em carta, a Congregação para a Causa dos Santos informou que “por parte da Santa Sé, não há nada que impeça para que se inicie a Causa de Beatificação e Canonização de Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida”.

 (Avvenire-VM)

inizio pagina

Igreja na América Latina



Bispos do Paraguai condenam emboscada a militares

◊  

Assunção (RV) – Os bispos paraguaios condenaram o ataque armado que matou 8 militares na região de Arroyito, a cerca de 450 km ao norte da capital Assunção, no sábado (27/08).

 

O ministro das Relações Interiores atribuiu a responsabilidade do ataque à guerrilha do Exército do Povo (EPP), um grupo rebelde de matriz marxista, em ação desde 2008 naquela zona do país, composto por uma centena de integrantes, que já havia perpetrado no passado ataques contra as forças do governo paraguaio.

Luto

Em uma breve declaração, os bispos disseram que “rezam pelas vítimas e são solidários aos familiares” e pedem o fim imediato dos atentados “contra a vida e a dignidade das pessoas seja qual for a condição ou função”, reiterando que “a vida é um valor supremo que não pode ser subordinado a nenhuma causa política, social ou econômica”.

“Parem! Chega de tanta dor e luto”, imploraram os bispos ao pedir às autoridades uma rápida identificação e punição dos autores do ataque para evitar novos derramamentos de sangue.

Insurgentes

Com o ataque de sábado, o número total das vítimas das mais de 100 ações armadas do EPP, que teria ligações com as guerrilhas colombianas, chega a 61, dos quais 32 civis, 18 policiais e 11 militares.

O grupo se formou em 1996 como uma quadrilha que roubava, sequestrava e traficava drogas. “Reciclou-se” como grupo armado insurgente associado a ex-integrantes do partido “Patria Libre” para finalmente autodenominar-se como grupo armado insurgente.

(lz/rb)

inizio pagina

Irmãs de Madre Teresa agredidas na Argentina. Profanado o Tabernáculo

◊  

Buenos Aires (RV) – Missionárias da Caridade residentes em Mar del Plata, na Argentina, foram agredidas e surradas na casa onde residem. Os criminosos também profanaram o tabernáculo e roubaram 50 pesos, todo o dinheiro que as religiosas possuíam.

Segundo a notícia divulgada pela diocese e citada pela Agência Fides, o crime foi cometido na noite de 25 de agosto. As irmãs foram intimidadas e maltratadas e tiveram os poucos bens da casa roubados.

Religiosas assistem doentes de AIDS

As Missionárias da Caridade estão em Mar del Plata há cerca de 20 anos, assistindo os doentes terminais de AIDS e desenvolvendo intenso trabalho de promoção humana em todo o vasto bairro onde residem.

(JE)

 

inizio pagina

Igreja no Mundo



Irmã Mary Prema: momento de exame de consciência

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Grande expectativa em todo o mundo pela canonização de Madre Teresa de Calcutá no próximo domingo, 4 de setembro, na Praça São Pedro. A cerimônia será um dos momentos culminantes do Jubileu da Misericórdia, proclamado pelo Papa Francisco.

A Rádio Vaticano entrevistou Irmã Mary Prema, terceira Superiora das Missionárias da Caridade depois de Madre Teresa e Irmã Nirmala:

“A canonização da nossa Madre é para nós uma grande honra. Nos dá a oportunidade de olhar para a sua vida de perto, para o seu trabalho e à grande atenção dada pelos outros, mas também de olhar para as nossas vidas. Este é realmente um momento de exame de consciência para ver mais profundamente como vivemos a vocação que recebemos como Missionárias da Caridade e, sobretudo, a nossa união com Deus na oração e a nossa união com Jesus nos mais pobres”.

RV: Madre Teresa recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1979. Em um mundo onde continuam a se disseminar os focos de guerra, como reevocar os valores daquele reconhecimento de 79 para o tempo atual?

“O reconhecimento do Nobel pela paz foi designado a ela pelos esforços em criar a união de todos os povos, como filhos de um único Pai Celeste. Este é um tema de grande atualidade. A paz é o desejo de cada um, mas é o resultado do perdão e do compromisso na escuta das pessoas, para poder entendê-las”.

RV: Na sua opinião, a Igreja de hoje é a Igreja que Madre Teresa desejava?

“A Madre não usava o seu tempo para fazer pedidos deste tipo: a Igreja deveria ou não deveria ser assim... A Madre não analisava, mas empregava o seu tempo para transmitir a sua responsabilidade, levando Jesus a sério. A Madre dizia: “A Igreja somos tu e eu. Se queres que a Igreja seja Santa, é teu dever, e meu, ser santos”. E viveu isto desta forma”.

RV: Madre Teresa tornou-se uma espécie de “santinho” ?

“Nós vivemos com ela e a conhecemos. Venerar a sua imagem sem buscar nela um modelo a ser imitado seria injusto. A Madre é a vida e permaneceu conosco. Ela reza por nós. Foi atuante na vida de muitos; vi este particular na sua casa em Calcutá onde os restos mortais da Madre são visitados por milhares e milhares de peregrinos, gente pobre. Rezam e a Madre ouve as suas orações. E retornam com a paz no coração, com a confiança e a esperança de que a vida possa ser melhor. A Madre não é um santinho! A Madre é viva, atuante, em todos os lugares. Nós temos necessidade dela, de seus ensinamentos, da sua intercessão”.

RV: Ela foi capaz de falar claramente, em alto e bom tom, com os líderes de todos os níveis...

“A Madre não andava prá lá e prá cá para pregar ou ensinar às outras pessoas o que elas deveriam fazer. Quando ela falava, o fazia com a clareza de seu coração. Não importava com quem falasse, o seu falar era com convicção, sobre valores da vida: a espiritualidade, a oração, a família onde, às vezes, as relações são sustentadas pela aceitação do sofrimento e pelo perdão. O valor da vida religiosa como continuação da vida de Jesus. Ela levava consigo os valores dos mais pobres entre os pobres, que são pessoas grandes, porque nos ensinam muito, nos ensinam a aceitar aquilo que a vida nos oferece. A Madre nunca deu um passo atrás ao defender a dignidade das pessoas”.

RV: Ainda está muito viva nas mentes e nos corações a morte das quatro irmãs, massacradas em março passado no Iêmen por um comando de homens armados. “Mártires da indiferença”, comentou o Papa. Vendo as perseguições contra as minorias religiosas em  várias partes do mundo, a esperança de que um martírio do gênero possa servir para alguma coisa corre o risco de desiludir...

“Se olharmos com os olhos do mundo para a morte das irmãs, é um desperdício de jovens vidas. Se olharmos com os olhos da fé, é um grande privilégio dar a própria vida por aqueles que estamos servindo. As perseguições fizeram parte do cristianismo desde as origens. As perseguições são necessárias para que alcancemos o melhor da nossa vocação. As nossas irmãs, livremente e conscientemente permaneceram a serviço dos doentes de Aden, no Iêmen. É uma grande dor, mas ao mesmo tempo uma grande honra saber que elas atingiram o objetivo da sua vocação, que é a união com Deus, amando Jesus como Ele nos amou, perdoando àqueles que não sabem o que fazem”.

(AP/JE)

inizio pagina

Calcutá: "Simplicidade" deve marcar festejos pela canonização de Madre Teresa

◊  

Calcutá (RV) - A simplicidade deverá marcar as celebrações em Calcutá, nas próximas semanas, pela canonização de Madre Teresa de Calcutá, a ser realizada na Praça São Pedro no domingo, 4 de setembro.

É o que explica à Agência espanhola Europa Press - citada pelo L'Osservatore Romano - a Superiora das Missionárias da Caridade, Irmã Pierick Mary Prema, ao falar da grande expectativa vivida na Índia pelo histórico acontecimento.

"Existe uma emoção muito grande em Calcutá. A cidade estará toda envolvida com a celebração da canonização", declarou a religiosa, que nestes dias está em Roma para colaborar na preparação do evento, junto a outras 30 irmãs da Congregação.

"A partir do momento em que o Papa estabeleceu a data da canonização de Madre Teresa - afirmou Irmã Prema - começamos a organizar o evento em Calcutá com a criação de um Comitê encarregado das atividades ligadas à celebração".

Entre as iniciativas que terão lugar na cidade indiana, capital do Estado de Bengala Ocidental, está um Festival Internacional de Cinema sobre Madre Teresa, concursos de desenhos para crianças, mostras fotográficas e de pintura, além de vários simpósios sobre sua figura.

As celebrações se concluirão em 2 de outubro, com uma Missa de Ação de Graças no grande Estádio de Calcutá, com capacidade para 120 mil pessoas. A Superiora Geral das Missionárias da Caridade frisou "a grande alegria" com a qual as religiosas estão vivendo as vésperas do evento. Mas como disse, o que irá predominar será a "simplicidade".

Para dia da canonização, em 4 de setembro, está prevista somente a celebração de uma Missa na casa da Madre, em Calcutá, após a Solene Liturgia no Vaticano, presidida pelo Papa Francisco e que será acompanhada pela televisão.

 

(JE/Ansa)

inizio pagina

Mongólia ordena primeiro sacerdote nativo

◊  

Cidade do Vaticano (RV) –  José Enkh se tornou no domingo (28/08) o primeiro sacerdote mongol a ser ordenado no país asiático.

Padre José foi ordenado na Catedral da capital Ulan Bator. 

"Após 24 anos o Evangelho é novamente plantado, principalmente depois a escuridão comunista que acabou com todas as experiências religiosas" celebrou o Prefeito Apostólico na Mongólia, Dom Venceslao Padilla.

“É uma bênção especial de Deus que visita o seu povo. É um dom para pequena Igreja na Mongólia, para todo o país e também para quem não é cristão", explicou.

Igreja na Mongólia

A cerimônia foi presidida por Dom Padilla e foi celebrada na língua mongol com tradução, sinal de uma Igreja que está plenamente imersa na vida desta nação da Ásia Central.

Os preparativos para a Celebração Litúrgica seguiram com grande entusiasmo: “É um passo histórico. É um momento importante, é um impulso para o trabalho missionário", destacou o bispo durante a homilia.

Além dos mais de 1.500 fiéis presentes, haviam 100 sacerdotes provenientes da Coreia (que tem um laço missionário especial com a Mongólia, com cinco sacerdotes fidei donum) e três bispos, incluindo o Núncio Apostólico, que levou uma mensagem do Papa Francisco. 

A Igreja Católica na Mongólia tem 1,3 mil batizados e 70 missionários entre religiosos e religiosas (20 homens e 50 freiras):

"É realmente o rosto da Igreja do mundo inteiro que contribui para a construção do Reino de Deus na Mongólia", disse Dom Padilla.

Mosaico de Fé

Os missionários estrangeiros formam um mosaico de raças, cores e línguas mesmo que o governo coloque uma condição:

"Para cada estrangeiro que entra no país, mesmo que um padre ou uma freira, é necessário criar alguns postos de trabalho para a população local. É como se o Estado criasse um método funcionalista e uma obra missionária utilitária. Mas que assim seja. A vida de fé segue em frente e acontece nas comunidades locais dispersas aonde era o lar dos Genghis Khan: Temos seis paróquias e cinco estações missionárias sem sacerdote residente, mas onde os batizados vivem uma experiência preciosa de fé", destacou o Prefeito Apostólico.

É grande a sede de espiritualidade deixada pela herança do ateísmo na época soviética. Recentemente, o país com pouco menos de três milhões de habitantes, teve a primeira Bíblia publicada na língua local.

"As pessoas continuam a ter um desejo implícito de Deus, começam querer conhecer a vida de quem tem fé. Então, para aqueles que nos perguntam sobre isso, dizemos "Vinde e vede". E aqueles que desejavam tornar-se cristãos começaram um caminho de catecumenato por dois anos", explicou Dom Padilla.

Frutos de um novo tempo

Neste sentido, o bispo indica claramente uma estrada:

"Rezamos com atitudes, anunciamos o Evangelho com a vida e exemplo, como dizia Francisco de Assis. A Igreja na Mongólia lançou mais de 30 institutos, centros e iniciativas na área social ou de caridade. Eles estão nas periferias das cidades, do lado dos marginalizados, necessitados e sofredores", contou.

Assim, os frutos da presença deste primeiro sacerdote local em breve poderá gerar outros frutos:

"Muitos jovens estão envolvidos em nossas obras, estamos confiantes de que o trabalho do Padre José vai ajudar toda a comunidade", concluiu o bispo.

José Enkh foi ordenado diácono em 11 de dezembro de 2014, em Daejeon (Coreia do Sul), onde recebeu sua formação inicial e retornou à Mongólia em janeiro de 2016, onde realizou trabalhos pastorais em diversas paróquias.

Na noite da segunda-feira, 29 de agosto, Padre José celebrará sua primeira missa na mesma Catedral de São Pedro e Paulo em Ulan Bator.

(Vatican Insider-VM)

inizio pagina

Na Mongólia existe uma grande sede de Deus, diz Diretor da Asianews

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - A Igreja na Mongólia, a mais jovem comunidade católica no mundo, festeja a ordenação de seu primeiro sacerdote autóctone. De fato, o jovem Joseph Enkee-Baatar foi ordenado este domingo (28/08) na capital Ulaanbaatar. Ele desenvolverá seu ministério na pequena comunidade católica de Arvaiheer, formada por apenas 21 pessoas.

A respeito deste histórico acontecimento, que confirma o crescimento da Igreja nos últimos anos no continente asiático, a Rádio Vaticano entrevistou o Diretor da Agência Asianews, Padre Bernardo Cervellera: 

"É um momento importante, porque é o primeiro sacerdote em uma comunidade que nasceu justamente das cinzas, que praticamente não existia. Os primeiros missionários começaram a criar relações de amizade com estas pequenas comunidades e o fato de que agora já tenha um sacerdote, é realmente um dom muito grande para a Igreja. Isto quer dizer que as sementes que foram lançadas pelos missionários são fecundas. Trabalhar na Mongólia significa deparar-se, por um lado, com uma cultura de religiosidade xamânica - portanto, veem os sacerdotes como um ponto de encontro entre o Céu e a terra, entre Deus e o homem -  e ao mesmo tempo, existe uma tradição budista, tibetana, muito forte. Por consequência, o fato de existir um sacerdote mongol, que faz parte desta cultura, e que, ao mesmo tempo, recebeu o anúncio de Jesus Cristo, pode realmente fazer aquele trabalho de inculturação, quer do ponto de vista da cultura, como da teologia, o que - naturalmente - é um pouco mais difícil e lento para um missionários estrangeiro".

RV: A Igreja na Mongólia tem crescido nestes anos? Não somente em termos numéricos, mas também - e sobretudo - em termos de apostolado e evangelização?

"Cresceu realmente muito lentamente e pacientemente, com relações de amizade, e também oferecendo às crianças a possibilidade de ter um local ou uma espécie de oratório onde podem brincar e estudar. Depois, deu uma ajuda também às mulheres, porque existe uma grande miséria. Neste sentido, buscou dar trabalho às mulheres e aos homens. A Igreja pode agir na Mongólia porque, pela lei, os agentes estrangeiros devem assumir um certo número de trabalhadores locais. Esta é uma situação em que a Igreja se encontra; porém, de fato, é um modo com que esta última, ajuda também o desenvolvimento do país. A Mongólia, depois da queda do Império soviético, garante a liberdade religiosa. Todavia, em relação às religiões, e sobretudo com aquelas estrangeiras, é um pouco cautelosa e tem medo de proselitismo. Por isto, são muito atentos, concedem licenças com dificuldades, querem verificar, colocam condições, etc. Porém, com muita paciência, a Igreja está crescendo".

RV: Este histórico acontecimento é o sinal de uma Igreja que, na Mongólia, mas também na Ásia em geral, poderá crescer ainda mais no futuro?

"O fato de que na Mongólia já tenha nascido a primeira vocação sacerdotal, revela que também na Mongólia, mas no geral em toda a Ásia, existe uma grande sede de Deus, uma grande busca de contato com o divino e a religião. Porque estes povos, por exemplo estes que viveram sob o comunismo, estavam acostumados ao materialismo; e ao invés disto, a fé, a religião, está renascendo. É necessário também recordar que o sacerdote foi educado na Coreia do Sul; e a Igreja coreana está muito comprometida em uma relação de fraternidade com a Igreja da Mongólia, para apoiá-la e ajudá-la. Portanto, o fato de que a Igreja coreana que está entre as mais vivas da Ásia e ajuda a pequena Igreja mongol, indica que na Ásia a evangelização tem ótimas perspectivas".

(JE)

inizio pagina

Pe. Samir: educação e concretude contra o extremismo islâmico

◊  

Roma (RV) - O verdadeiro Islã é tolerância e paz: nenhuma conivência com o autodenominado Estado Islâmico. A última tomada de posição da parte islâmica contra o fanatismo jihadista foi feita estes dias pelo Grão-Mufti da Croácia, Aziz Hasanovic, no âmbito do Encontro pela amizade entre os povos de Rimini, centro-norte da Itália, concluído na última quinta-feira (25/08).

  

Também estes dias o rei do Marrocos, Muhammad VI, falando a seus compatriotas, convidou-os a fazer uma frente comum, junto a cristãos e judeus, contra o ódio. É também destes dias uma carta do grande Aiatolá iraniano de Qom, Naser Makarem Shirazi, dirigindo-se ao Papa Francisco, na qual o líder muçulmano agradece ao Pontífice por ter feito distinção entre terrorismo e Islã.

“São sinais de esperança que devem ser traduzidos em ações”, comentou à Rádio Vaticano o islamologista Pe. Samir Khalil Samir, entrevistado pela emissora do Papa:

Pe. Samir Khalil Samir:- “Diria que a primeira coisa é um ato bonito que responde ao discurso do Papa que dizia que nós sabemos que o Islã não é, em sua essência, violento. E eles apreciaram isso e buscam em várias tendências ou países do Islã seguir nessa direção e tenho a convicção de que uma grande parte – a maioria – dos muçulmanos pensa assim, não quer guerras e não quer terrorismo. Por um outro lado, se deve dizer que no Alcorão existem frases de violência e no início do Séc. VII a violência fazia parte das tradições beduínas, digamos, para sobreviver. Portanto, que a opinião da maioria dos muçulmanos seja totalmente oposta ao terrorismo, creio que seja uma realidade correta, assertiva. Por outro lado, dizer que no Islã não há, não contém nenhuma violência, não corresponde à verdade. Ou seja, existem ambos os aspectos. Por fim, quando os muçulmanos em geral dizem: “Daesh e o terrorismo, não são muçulmanos, não têm nada a ver com o Islã”, não é exato. Então, se deve dizer que existe essa realidade: a maioria dos muçulmanos não quer isso. Não é de hoje que muitos muçulmanos propõem a solução, afirmam: devemos reinterpretar o Alcorão e a tradição maometana, ou seja, situá-la em seu contexto histórico, como fazemos nós com o Antigo Testamento. Devemos lê-lo com os olhos de hoje e com o pensamento atual e dizer: aquilo foi para um tempo passado. Muitos muçulmanos pensam isso para o Islã e dizem: não podemos pegar ao pé da letra, mas devemos interpretar. Posso testemunhar que eles buscam a paz, querem-na, mas não todos, infelizmente. Temos entre as correntes atuais entre os imames correntes extremistas – intelectualmente extremistas – dentro do Islã.”

RV: Mas neste momento, considerando estas tomadas de posição, se pode afirmar que há uma maior coragem por parte destes no querer dizer: busquemos nos distanciar de uma certa realidade?

Pe. Samir Khalil Samir:- “Espero que seja sincero e praticamente estabelecido concretamente, ou seja, não somente através de palavras, porque todos os muçulmanos na Europa dizem, por exemplo: “Não temos nada a ver com isso”. Porém, não é suficiente dizer isso, devemos dizer “como” combater esse terrorismo que se inspira nos textos islâmicos e que pretende ser o verdadeiro Islã... Dizer: devemos fazer algo contra Daesh. É fácil dizer palavras bonitas. Aquilo de que precisamos é, por primeiro, um ensinamento absolutamente oposto à violência, que seja declarado nos livros, no ensinamento, nos documentos e nos fatos. Nesse sentido, um trabalho a nível de educação é a primeira coisa.” (RL)

inizio pagina

Peregrinações ao Santuário de Walsingham em aumento no Jubileu

◊  

Londres (RV) - "São cerca de 300 mil a cada ano os peregrinos que visitam Walsingham; o número aumentou no decorrer dos últimos anos e é particularmente elevado neste ano do Jubileu da Misericórdia".

É o que afirma o Responsável pela Coordenação das Peregrinações, Julian Foord, ao comentar as presenças no Santuário mariano mais frequentado da Grã Bretanha, e que recentemente recebeu do Papa o título de Basílica.

Santuário original destruído em 1538 por ordem de Henrique VIII

A Igreja em Norkolk, região a duas horas a nordeste de Londres, tornou-se famosa a partir de 1061, quando Nossa Senhora apareceu a uma nobre senhora do lugar, Richeldis de Faverches, pedindo a ela para ali construir uma réplica da casa da Sagrada Família de Nazaré.

Destruída em 1538 por ordem do Rei Henrique VIII, o lugar de culto praticamente renasceu ao final do século XIX, não no local original, onde permanecem apenas ruínas, mas na assim chamada "Capela do chinelo", local onde os peregrinos tiravam os calçados para chegarem descalços na igreja.

Reconhecimento recente do status de basílica

"Trata-se de uma das capelas mais antigas do mundo dedicadas a Virgem Maria", explica Dom John Armitage, Reitor de Walsingham, citado pela Agência Sir.

Segundo ele, "o status de Basílica é um reconhecimento importante - uma afirmação por parte da Santa Sé deste lugar de culto - sobretudo para quem não conhece Walsingham".

 

(JE)

inizio pagina

Indonésia: simpatizante do EI fere sacerdote durante celebração

◊  

Sumatra (RV) - A polícia da Indonésia está investigando um suposto ataque terrorista perpetrado na manhã de domingo (28/08) por um agressor armado de faca contra um sacerdote que celebrava a Missa dominical em uma igreja na cidade de Medan, ao norte de Sumatra.

No ataque - referem as agências - não foram registradas vítimas. O Padre Albert Pandiangan teve ferimentos leves no braço, em função de uma facada.

Segundo algumas testemunhas, o atacante estava sentado entre os fieis, quando tentou acionar um artefato artesanal, que explodiu ainda na mochila. Ferido, lançou-se então contra o sacerdote.

A polícia evacuou a igreja, criando uma zona de segurança em toda a área. Na mochila do atacante foi encontrado o logotipo do autoproclamado Estado Islâmico.

A Indonésia é o maior país muçulmano no mundo pelo número de fieis. A maior parte da população professa um islã moderado, mas nos últimos anos verifica-se um aumento de grupos fundamentalistas, que levaram a uma série de ataques terroristas, sendo o mais grave a tragédia em Bali em 2002, quando morreram 202 pessoas.

(JE)

inizio pagina

Patriarca Sako: apelo aos muçulmanos moderados por cultura da paz

◊  

Bagdá (RV) - É chegado o momento para os muçulmanos e os não-muçulmanos de boa vontade do mundo inteiro de enfrentar seriamente e “não superficialmente” a difícil situação que veio a se criar com a entrada em ação de Daesh. É o que afirma o Patriarca de Babilônia dos Caldeus Louis Raphaël Sako I, numa carta publicada no site do Patriarcado e reportada pelo jornal vaticano “L’Osservatore Romano”.

Tomar uma posição nítida e unitária

Segundo o prelado, para frear o “câncer” do ISIS que leva ao ódio, isolamento, extremismo, violência e à rejeição da convivência, do progresso e da modernidade, os muçulmanos moderados deveriam tomar uma posição nítida e unitária.

“Os muçulmanos deveriam mostrar ao mundo o verdadeiro rosto do Islã e afirmar que seu credo é contrário a toda e qualquer forma de extremismo. O Islã é diferente daquilo que o ISIS reivindica. Sabemos que a mensagem de todas as religiões contêm o amor, a tolerância e o perdão”, afirma.

Daí, a necessidade de comprometer-se com maior determinação em veicular “a mensagem central do Islã, no respeito a Deus e às outras religiões”.

Combater o terrorismo com a difusão de uma cultura da liberdade

Na carta, o patriarca caldeu ressalta que os cristãos esperam poder colaborar e trabalhar lado a lado com os governos e as autoridades religiosas “para enfrentar e desmantelar o terrorismo e o extremismo mediante a difusão de uma cultura da liberdade, da religião, da tolerância, da convivência, do amor, do respeito pelos direitos humanos e pela diversidade”.

“Tudo isso pode ser alcançado mediante a reforma das escolas, que são atualmente a fonte principal de ensinamento do extremismo; a criação de mesas da paz e de cooperação; a adoção de um diálogo civil, pacato e corajoso para resolver tal crise que atingiu e devastou as pessoas e seus países; a criação de um Estado de direito”, acrescenta.

O cristianismo nasceu e cresceu no Oriente Médio

Por fim, ao ressaltar que “todas as pessoas têm o direito a gozar de uma vida estável e segura, a ter os mesmos direitos e deveres”, o Patriarca Sako recorda que “o cristianismo nasceu e cresceu no Oriente Médio”.

“Os cristãos representam uma parte essencial do tecido da sociedade médio-oriental. Construíram e desenvolveram a cultura e a civilização árabes. É pena que estes tenham sido injustamente atacados ameaçados repetidamente.” Portanto, é preciso que sejam ajudados a permanecer em suas terras. (RL)

inizio pagina

Formação



Piedade popular: forma genuína de evangelização

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, voltamos ao nosso quadro semanal “O Brasil na Missão Continental”, projeto de animação missionária fruto da Conferência de Aparecida (maio de 2007) que, como se tem ressaltado, deu novo impulso à ação evangelizadora da Igreja na América Latina e no Caribe. 

Na edição de hoje vamos nos ater a um dos temas de relevante importância na Conferência de Aparecida, ou seja, a religiosidade popular.

Traço característico da religiosidade dos nossos povos da América Latina e do Caribe, Aparecida buscou valorizar, resgatar e incentivar a piedade popular na ação evangelizadora da Igreja no âmbito da "Missão Continental".

Para tratar do assunto, partimos do discurso do Papa Francisco, em 21 de janeiro próximo passado, no Vaticano, a cerca de três mil participantes no Jubileu dos Agentes de Peregrinações e Reitores de Santuários, ocasião em que sublinhou a importância da peregrinação, “uma das expressões  mais eloquentes da fé do povo de Deus e que manifesta a piedade de gerações de pessoas”, disse o Pontífice.

“Esta religiosidade popular é uma forma genuína de evangelização, que precisa ser cada vez mais promovida e valorizada, sem minimizar a sua importância”, observou.

"Nos santuários, de fato, a nossa gente vive a sua profunda espiritualidade, aquela piedade que durante séculos moldou a fé com devoções simples, mas muito significativas.”

Seria, portanto, um erro pensar que aqueles que vão em peregrinação vivem uma espiritualidade não pessoal, mas "de massa", pois o peregrino leva consigo a própria história, a própria fé, luzes e sombras da própria vida, porque o santuário é realmente um espaço privilegiado para encontrar o Senhor e fazer a experiência da sua misericórdia, ressaltou o Santo Padre.

O Papa citou uma curiosidade: o Beato Paulo VI, na “Evangellii nuntiandi”, fala de “religiosidade popular”, mas diz que é melhor dizer “piedade popular”. E depois, disse Francisco, o episcopado latino-americano no Documento de Aparecida dá um passo a mais e fala de “espiritualidade popular”. "Os três conceitos são válidos, mas juntos", observou.

E a propósito do Documento de Aparecida, recorremos diretamente a ele para ver o que nos diz a respeito:

“Em nossa cultura latino-americana e caribenha conhecemos o papel tão nobre e orientador que a religiosidade popular desempenha, especialmente a devoção mariana, que contribuiu para nos tornar mais conscientes de nossa comum condição de filhos de Deus e de nossa comum dignidade perante seus olhos, não obstante as diferenças sociais, étnicas ou de qualquer outro tipo” (DA, 37).

“Esta maneira de expressar a fé está presente de diversas formas em todos os setores sociais, em uma multidão que merece nosso respeito e carinho, porque sua piedade reflete uma sede de Deus que somente os pobres e simples podem conhecer. A religião do povo latino-americano é expressão da fé católica. É um catolicismo popular, profundamente inculturado, que contem a dimensão mais valiosa da cultura latino-americana”, lê-se no DA, 258.

Por fim, em sua conclusão no nº 549 o documento afirma que “Para nos converter em uma Igreja cheia de ímpeto e audácia evangelizadora, temos que ser de novo evangelizados e fiéis discípulos. Conscientes de nossa responsabilidade pelos batizados que deixaram essa graça de participação no mistério pascal e de incorporação no Corpo de Cristo sob uma capa de indiferença e esquecimento, é necessário cuidar do tesouro da religiosidade popular de nossos povos para que nela resplandeça cada vez mais “a pérola preciosa” que é Jesus Cristo e seja sempre novamente evangelizada na fé da Igreja e por sua vida sacramental. É preciso fortalecer a fé “para encarar sérios desafios, pois estão em jogo o desenvolvimento harmônico da sociedade e da identidade católica de seus povos”.

E com esta passagem do Documento de Aparecida concluímos “O Brasil na Missão Continental de hoje”. Até a próxima, se Deus quiser. (RL)

Ouça clicando acima

inizio pagina

Atualidades



Migrações e misericórdia: inspiração da escultura para o Papa

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Com a bênção do Pároco de Fanano, Padre Michele Felice, teve início no último sábado (27/08) no pátio da Canônica, o trabalho de escultura da "Estátua para Francisco", obra de Marc Bertran. 

Com a escultura "Nicht Fallen" (trad. Não Cair), o artista alemão foi o vencedor de um Concurso que reuniu 11 artistas, provenientes de diversos países, entre os quais Argentina e Rússia.

O escultor, que chegou na cidade do Apenino de Módena na quinta-feira, permanecerá no local até 18 de setembro, data prevista para a conclusão da escultura, que até outubro, será presenteada ao Papa para ser colocado nos Jardins Vaticanos.

Bertran nasceu em Hildesheim, mesma cidade de São Gotardo e Oskar Schindler. Com trabalhos reconhecidos mundialmente, o artista já participou de Simpósios de Escultura na Bélgica, Bósnia, Alemanha, Coreia, Itália, Israel, Espanha e Hungria. É sua, a monumental escultura “A Oração” (Jubileu do ano 2000), que desde o Simpósio de Fanano em 2001, encontra-se no ingresso de Vignola.

Ao explicar a obra, citou o Hino alemão: “Não se pode cair mais embaixo do que nas mãos do Senhor, que Ele estende a todos pela Sua Misericórdia”. Duas mãos, de fato, como se uma ajudasse a outra, compõe a obra de Marc Bertran.

“Misericórdia pode também significar estender a mão àquele que está em busca de ajuda”, continua o autor. "Considerando a atual situação mundial, dedico esta escultura aos ajudantes na terra e no mar dos refugiados em busca de ajuda e a todos aqueles aos quais, infelizmente, a ajuda não chegou em tempo”.

A estátua será esculpida em pedra de arenito de Fanano e terá uma altura de dois metros por uma largura, entre a base e a obra, de 1,5 metros.

Fanano é considerada a "Cidade da Pedra Esculpida". E para estimular ainda mais as consciências em vista do Simpósio Internacional de Escultura em Pedra a ser realizado em 2017, a Prefeitura de Fanano e a Associação USSP (Urban Stone Sculpture Park), criaram o concurso, para doar a obra ao Pontífice.

(JE)

inizio pagina

29 de agosto, Dia Internacional do Combate às armas nucleares

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Em visita à sede da Organização das Nações Unidas, (em NY), em setembro de 2015, o Papa Francisco em seu discurso relembrou a Carta das Nações Unidas, na qual o preâmbulo e o primeiro artigo indicam as bases da construção jurídica internacional: a paz, a solução pacífica das controvérsias e o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações. Contrasta fortemente com estas afirmações – e nega-as na prática – a tendência sempre presente da proliferação das armas, especialmente as de destruição em massa, como o podem ser as armas nucleares.

"Neste Dia Internacional contra Testes Nucleares, convido o mundo a buscar um sentimento de solidariedade compatível com a urgente necessidade de acabar com o impasse perigoso sobre esta questão," diz o Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Histórico

Desde que se iniciaram os testes de armas nucleares, em meados do século XX, (o primeiro foi em 16 de julho de 1945), cerca de 2.000 foram realizados.

O Dia Internacional contra Testes Nucleares foi criado em 2 de dezembro de 2009 na 64ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, com a resolução 64/35, aprovada por unanimidade. A resolução, em particular, solicita uma maior conscientização "sobre os efeitos das explosões dos testes de armas nucleares ou quaisquer outras explosões nucleares, e a necessidade de interrompê-las, como um dos meios para atingir a meta de um mundo livre de armas nucleares e de todos  tipos de armas".

As armas nucleares são consideradas um pesadelo para o meio ambiente e para a saúde humana. A destruição de Hiroshima e Nagasaki pelas bombas atômicas marcou o fim da II Guerra Mundial e o início da era nuclear. Enquanto as tensões entre o Oriente e Ocidente se transformaram em uma Guerra Fria, os cientistas nos Estados Unidos, Grã-Bretanha, e União Soviética realizavam testes e desenvolviam armas nucleares mais potentes.

Tratado

Em todo o mundo, simpósios, conferências, exposições e competições estão sendo realizadas para sensibilizar o público e estimular ações para finalmente acabar com testes nucleares. Para atingir esse objetivo, os Estados que ainda não assinaram e ratificaram o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares devem fazê-lo sem demora. O Tratado [CTBT], que visa estabelecer uma proibição verificável, permanente e global sobre todos os tipos de testes nucleares explosivos, conta com apoio quase universal, mas ainda não entrou em vigor. A importância da realização deste projeto foi reafirmada na Conferência de Revisão do Tratado sobre a Não-Proliferação de Armas Nucleares de 2010.

"Até a entrada em vigor do Tratado, peço a todos os Estados que cumpram a atual moratória sobre todas as explosões de testes nucleares. As moratórias voluntárias em testes de armas nucleares existentes são essenciais – no entanto, elas não substituem uma proibição total e global", diz o Secretário-geral das Nações Unidas.

O Papa Francisco ainda disse: "O recente acordo sobre a questão nuclear, numa região sensível da Ásia e do Oriente Médio, é uma prova das possibilidades da boa vontade política e do direito, cultivados com sinceridade, paciência e constância. Faço votos de que este acordo seja duradouro e eficaz e com a colaboração de todas as partes envolvidas, produza os frutos esperados".

(ONU-Brasil - VM)

inizio pagina

JMJ: peregrinação intercontinental que fortalece a fé

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Para muitos jovens brasileiros que participaram da Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia, o caminho até a Polônia foi encarado como uma verdadeira peregrinação: uma peregrinação intercontinental.

Gabriela Espíndola saiu do Nordeste do Brasil e recorda sua experiência em Roma, na Basílica de São Pedro, assim como o momento que a levou às lágrimas em Assis.

“Ano passado eu tive uma história muito próxima a São Francisco de Assis. Eu li um livro chamado O Irmão de Assis, de Inácio Larranha, que fala dessa vida entregue a Deus, dessa alma plena em Deus. Eu não conseguia parar de chorar quando cheguei lá embaixo onde ele está, foi realmente uma experiência muito forte, de fé mesmo, de fortalecimento da minha fé”. 

(rb)

inizio pagina