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Sumario del 04/09/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Papa: Madre Teresa foi dispensadora generosa da misericórdia divina

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Cidade do Vaticano (RV) - A missão de Madre Teresa de Calcutá “permanece nos nossos dias como um testemunho eloquente da proximidade de Deus junto dos mais pobres entre os pobres”: disse o Papa Francisco na missa de canonização da religiosa fundadora das Missionárias da Misericórdia, cuja celebração foi presidida na Praça São Pedro, lotada por cerca de 120 mil fiéis e peregrinos provenientes de todas as partes do mundo. 

Uma dia de festa para a Igreja e para o mundo, para todos homens e mulheres de boa vontade que conheceram nesta religiosa de origem albanesa uma gigante da caridade dos nossos dias, apresentada pelo Pontífice ao mundo do voluntariado – que nestes dias celebra seu Jubileu – “como modelo de santidade para todos os Agentes de Misericórdia.

Partindo da passagem do livro da Sabedoria (9,13) em que o autor sapiencial pergunta “Qual o homem que conhece os desígnios de Deus?”, o Pontífice afirmou que esta interrogação presente na liturgia dominical apresenta a nossa vida como um mistério, cuja chave de interpretação não está em nossa posse.

“Os protagonistas da história são sempre dois: Deus de um lado e os homens do outro. A nossa missão é perceber a chamada de Deus e aceitar a sua vontade. Mas para aceitá-la sem hesitar, perguntemo-nos: qual é a vontade de Deus na minha vida?”, continuou Francisco.

“Para Deus são agradáveis todas as obras de misericórdia, porque no irmão que ajudamos, reconhecemos o rosto de Deus que ninguém pode ver (cf. Jo 1,18). Todas as vezes em que nos inclinamos às necessidades dos irmãos, dêmos de comer e beber a Jesus; vestimos, apoiamos e visitamos o Filho de Deus (cf. Mt 25,40).

“Somos chamados a por em prática o que pedimos na oração e professamos na fé.” Dito isso, o Santo Padre fez uma premente advertência: “Não existe alternativa para a caridade; quem se põe ao serviço dos irmãos, embora não o saibamos, são aqueles que amam a Deus.

A vida cristã, observou, não é uma simples ajuda oferecida nos momentos de necessidade. “Se assim fosse, certamente seria um belo sentimento de solidariedade humana, que provoca um benefício imediato, mas seria estéril, porque careceria de raízes. O compromisso que o Senhor pede, pelo contrário, é o de uma vocação para a caridade com que cada discípulo de Cristo põe ao seu serviço a própria vida, para crescer no amor todos os dias.”

Após ressaltar que na página do Evangelho proposto na liturgia do dia ouvimos que “seguiam com Jesus grandes multidões” (Lc 14,25), hoje, a “grande multidão” é representada pelo “vasto mundo do voluntariado, aqui reunido por ocasião do Jubileu da Misericórdia. Sois aquela multidão que segue o Mestre, e que torna visível o seu amor concreto por cada pessoa”, disse o Pontífice dirigindo-se diretamente a eles.

“Quantos corações os voluntários confortam! Quantas mãos apoiam; quantas lágrimas enxugam; quanto amor é derramado no serviço escondido, humilde e desinteressado! Este serviço louvável dá voz à fé e manifesta a misericórdia do Pai que se faz próximo daqueles que passam por necessidade.”

Francisco lembrou que seguir Jesus é um compromisso sério e ao mesmo tempo alegre; “exige radicalidade e coragem para reconhecer o divino Mestre no mais pobre e colocar-se ao seu serviço”.

“Para isso, os voluntários que servem os últimos e necessitados por amor de Jesus não esperam nenhum agradecimento ou gratificação, mas renunciam tudo isso porque encontraram o amor verdadeiro.”

Como o Senhor veio até mim e se inclinou sobre mim na hora da necessidade, continuou, “assim vou ao seu encontro e me inclino sobre aqueles que perderam a fé ou vivem como se Deus não existisse, sobre os jovens sem valores e ideais, sobre as famílias em crise, sobre os enfermos e os prisioneiros, sobre os refugiados e imigrantes, sobre os fracos e desamparados no corpo e no espírito, sobre os menores abandonados à própria sorte, bem como sobre os idosos deixados sozinhos.”

“Onde quer que haja uma mão estendida pedindo ajuda para levantar-se, ali deve estar a nossa presença e a presença da Igreja, que apoia e dá esperança”, afirmou Francisco com veemência.

“Madre Teresa, ao longo de toda a sua existência, foi uma dispensadora generosa da misericórdia divina, fazendo-se disponível a todos, através do acolhimento e da defesa da vida humana, dos nascituros e daqueles abandonados e descartados. Comprometeu-se na defesa da vida, proclamando incessantemente que «quem ainda não nasceu é o mais fraco, o menor, o mais miserável».”

Referindo-se ainda sobre a nova Santa, disse que a fundadora das Missionárias da Caridade se inclinou “sobre as pessoas indefesas, deixadas moribundas à beira da estrada, reconhecendo a dignidade que Deus lhes dera; fez ouvir a sua voz aos poderosos da terra, para que reconhecessem a sua culpa diante dos crimes da pobreza criada por eles mesmos.”

A misericórdia foi para ela, recordou Francisco, “sal”, que dava sabor a todas as suas obras, e a luz que iluminava a escuridão de todos aqueles que nem sequer tinham mais lágrimas para chorar pela sua pobreza e sofrimento.

“A sua missão nas periferias das cidades e nas periferias existenciais permanece nos nossos dias como um testemunho eloquente da proximidade de Deus junto dos mais pobres entre os pobres. Hoje entrego a todo o mundo do voluntariado esta figura emblemática de mulher e de consagrada: que ela seja o vosso modelo de santidade!”

“Que esta incansável agente de misericórdia nos ajude a entender mais e mais que o nosso único critério de ação é o amor gratuito, livre de qualquer ideologia e de qualquer vínculo e que é derramado sobre todos sem distinção de língua, cultura, raça ou religião.”

Madre Teresa gostava de dizer: «Talvez não fale a língua deles, mas posso sorrir». “Levemos no coração o seu sorriso e o ofereçamos a quem encontremos no nosso caminho, especialmente àqueles que sofrem. Assim abriremos horizontes de alegria e de esperança numa humanidade tão desesperançada e necessitada de compreensão e ternura”, concluiu o Papa.

Reveja a íntegra da canonização

(RL)

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Papa recorda aqueles que se colocam a serviço dos irmãos arriscando a vida

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Cidade do Vaticano (RV) - Ao término da celebração da missa de canonização de Madre Teresa de Calcutá, antes da bênção final, no Angelus, o Papa saudou e agradeceu a todos os presentes na Praça São Pedro, de modo particular, às Missionárias e aos Missionários da Caridade, que são a família espiritual da religiosa de origem albanesa. 

“A vossa Fundadora vele sobre o vosso caminho e obtenha para vós ser fiéis a Deus, à Igreja e aos pobres.”

Dirigindo-se também às autoridades presentes, em particular dos países ligados à figura da nova Santa, bem como às delegações oficiais e aos numerosos grupos de peregrinos vindos de tais países na feliz circunstância, pediu ao Senhor que abençoe as nações das quais provinham.

Saudando afetuosamente os voluntários e agentes de misericórdia, confiou-os – como já havia feito durante a homilia da celebração – à proteção de Madre Teresa: que “ela os ensine a contemplar e adorar todos os dias Jesus Crucificado para reconhecê-lo e servi-lo nos irmãos necessitados”, disse Francisco estendendo o pedido de graças a todos aqueles que se uniram à celebração através dos meios de comunicação de todas as partes do mundo.

Em seguida, o pensamento do Pontífice voltou-se para todos aqueles que, em contextos difíceis e arriscados, se colocam a serviço dos irmãos:

“Penso especialmente em tantas religiosas que dão a sua vida sem poupar-se. Rezemos, em particular, pela missionária espanhola, Irmã Isabel, assassinada dois dias atrás na capital do Haiti, um país que vive tão duras provações, pelo qual faço votos de que cessem tais atos de violência e haja maior segurança para todos. Recordemos também outras Irmãs que, recentemente, sofreram violências em outros países.” (RL)

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Papa oferece almoço no Vaticano a 1500 pobres e necessitados

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco ofereceu este domingo (04/09), após a missa de canonização de Madre Teresa de Calcutá, um almoço (a base de Pizza napolitana) a 1.500 pessoas. 

O almoço teve lugar na entrada da Sala Paulo VI, situada ao lado da Basílica Vaticana. Os convidados de honra de Francisco, todos eles, foram os pobres e necessitados, sobretudo, das casas (dormitórios) das Irmãs de Madre Teresa e eram provenientes  de toda a Itália: Milão, Bolonha, Florença, Nápoles e de todas as casas de Roma.

Os comensais do Pontífice tinham viajado durante toda a noite, em vários ônibus, para poder participar da canonização da fundadora das Missionárias da Caridade e, depois, participar do almoço.

Os convivas de Francisco foram servidos por 250 Irmãs de Madre Teresa, 50 Irmãos da Congregação masculina e por voluntários.

A pizza foi preparada por uma pizzaria napolitana com sua equipe de quase 20 pessoas utilizando seus equipamentos móveis (3 fornos), afirma um comunicado do esmoleiro do Santo Padre, Dom Konrad Krajewski. (RL)

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Papa conhece cão labrador que salvou menina soterrada

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Rádio Vaticano (RV) – Após “apertar” a mão da chanceler alemã Angela Merkel e do premiê italiano Matteo Renzi, Leo pode “cumprimentar” também o Papa Francisco.

 

Leo é o labrador que identificou a menina de 4 anos que foi resgatada viva em Amatrice após 16 horas sob os escombros.

Uma imagem de esperança em meio a destruição causada pelo terremoto de magnitude 6 que assolou a Itália em 24 de agosto.

O cão participou com uma equipe da polícia cinófila da região das Marcas do Jubileu dos Voluntários, celebrado no sábado (03/09), na Praça São Pedro.

(rb)

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Igreja no Brasil



Lançado livro sobre milagre que tornou santa Madre Teresa

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Rádio Vaticano (RV) – Por ocasião da canonização de Madre Teresa de Calcutá foi lançado o livro “O milagre de Teresa”. O autor da obra é Padre João Carlos Almeida, conhecido popularmente como Pe. Joãozinho, Teólogo Profissional e Sacerdote Católico, membro da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus (Dehonianos).

A obra refaz o caminho da Congregação para as Causas dos Santos do Vaticano, responsável legal pelo processo, que validou o milagre acontecido na cidade de Santos, em São Paulo.

Neste livro, que obteve o Nihil Obstat – aprovação da Igreja Católica para publicações oficiais –, será possível conhecer a história do milagre que tornou santa Madre Teresa de Calcutá. 

Relatos diretos do médico que presenciou a cura, dos padres envolvidos, dos peritos do caso e de outras pessoas que tiveram contato na época reconstroem a trajetória e apresentam, de maneira inspiradora, esta história de fé, amor e devoção.

É o relato de um viajante curioso em busca dos bastidores de um fato maravilhoso que a Igreja Católica chamado “milagre”.

Ouça o comentário do autor à Rádio Vaticano: 

Serviço

O Milagre de Teresa, 208 páginas.
Editora Planeta
R$: 29,90

(rb)

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Igreja no Mundo



Quadro oficial de Santa Teresa de Calcutá está em Nova Iorque

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Rádio Vaticano (RV) – O retrato oficial de Santa Teresa de Calcutá exposto na Basílica Vaticana durante a canonização no domingo (4/9) é obra o artista norte-americano Chas Fagan.

 

O quadro original foi revelado em 1º de setembro, no Santuário de São João Paulo II, em Washington, nos EUA. A pintura foi comissionada pelos Cavaleiros de Colombo.

Cerca de 1 milhão de santinhos foram distribuídos durante a canonização. Reproduções do retrato também foram doadas às Missionárias da Caridade.

Obras

O artista Chas Fagan retratou todos os presidentes dos EUA assim como uma escultura em bronze de Ronald Reagan exposta no Congresso em Washington.

O quadro de Madre Teresa foi exposto no Museu dos Cavaleiros de Colombo em Connecticut e, desde o dia 2 está na Catedral de São Patrício, em Nova Iorque, onde acontecerá uma missa de ação de graças pela canonização de Madre Teresa em 10 de setembro.

(vatican insider/rb)

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Formação



Pe. Elmiran: "Para Deus nada é impossível"

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Cidade do Vaticano (RV) – “Para Deus nada é impossível”, assegura o Padre Elmiran Ferreira, o sacerdote que chegou a administrar o sacramento da unção dos enfermos a Marcílio Andrino, o engenheiro de Santos miraculado por Madre Teresa de Calcutá.

O padre era amigo da noiva (e futura esposa) de Marcílio. Foi ele quem entregou à Fernanda a relíquia (um pedaço do hábito religioso) de Madre Teresa, para que ela rezasse pedindo a sua intercessão na cura de Marcílio.

O homem tinha hidrocefalia e oito abscessos espalhados pelo cérebro. Seu quadro era agravado pela saúde debilitada, uma vez que havia sido submetido a um transplante de rim anos antes. Estava desenganado.

Padre Elmiran, presente na Praça São Pedro para a canonização de Madre Teresa de Calcutá, relatou à RV o episódio. Ouça a entrevista clicando aqui: 

(CM)

 

 

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Pe. Mauro Zequin: o Concílio em tempos do Papa Francisco

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, a edição de hoje do quadro “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II traz a participação do sacerdote claretiano, Pe. Mauro Zequin Custódio, que durante quatro anos e meio esteve à frente do Programa Brasileiro da Rádio Vaticano, de 2003 a 2007. 

Como sacerdote da Congregação dos Missionários Claretianos, Pe. Mauro traz consigo uma ampla experiência pastoral em seus quase 40 anos de diferentes trabalhos no exercício de seu ministério sacerdotal. Sua última experiência pastoral deu-se na Paróquia de Nossa Senhora da Glória, na Arquidiocese de Londrina (PR), em cuja comunidade paroquial esteve durante um ano e meio conduzindo seus trabalhos pastorais.

De passagem por Roma estes dias, tivemos a alegria e a grata satisfação de receber sua visita a nossa redação. Aproveitamos a ocasião para colher de Pe. Mauro suas considerações sobre como ele vê hoje a realidade do Concílio ecumênico Vaticano II na vida da Igreja em tempos do Papa Francisco. Eis o que disse (ouça clicando acima).

(RL)

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