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Sumario del 08/09/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: não adianta falar de paz se o coração está em guerra

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Cidade do Vaticano (RV) - Pedir a Deus a “sabedoria” para promover a paz nas coisas quotidianas porque é a partir dos pequenos gestos que nasce a possibilidade da paz em escala global.

Com este pensamento, o Papa retomou as homilias na Casa Santa Marta nesta quinta-feira (08/09), após a pausa de verão. 

A paz não se constrói por meio de grandes consensos internacionais. A paz é um dom de Deus que nasce em lugares pequenos. Em um coração, por exemplo.

Ou em um sonho, como acontece a José, quando um anjo lhe diz que não deve ter medo de se casar com Maria, porque ela doará ao mundo o Emanuel, o “Deus conosco”. E o Deus conosco, diz o Papa, “é a paz”.

Trabalho contínuo

Deste ponto parte a reflexão, de uma liturgia que pronuncia a palavra “paz” desde a primeira oração.

O que atrai a atenção de Francisco em particular é o verbo que se ressalta na oração da coleta, “que todos nós possamos crescer na unidade e na paz”.

“Crescer” porque, destaca, a paz é um dom “que tem seu caminho de vida” e, portanto, cada um deve “trabalhar” para que este se desenvolva:

“E esta estrada de santos e pecadores nos diz que também nós devemos pegar este dom da paz e abrir-lhe caminho em nossa vida, fazê-lo entrar em nós, fazê-lo entrar no mundo. A paz não se constrói da noite para o dia; a paz é um dom, mas um dom que deve ser tomado e trabalhado todos os dias. Para isto, podemos dizer que a paz é um dom artesanal nas mãos dos homens. Somos nós, homens, todos os dias, que devemos dar um passo para a paz: é o nosso trabalho. É o nosso trabalho com o dom recebido: promover a paz”.

Guerra nos corações, guerra no mundo

Mas como é possível atingir esta meta, se questiona o Papa. Na liturgia do dia, explica, há uma outra palavra que fala de “pequenez”.

Aquela da Virgem, da qual se festeja a Natividade, e também aquela de Belém, tão “pequena que tampouco consta nos mapas”, ressalta Francisco:

“A paz é um dom, é um dom artesanal que devemos trabalhar, todos os dias, mas trabalhá-lo nas pequenas coisas: nas pequenezes cotidianas. Não são suficientes os grandes manifestos pela paz, os grandes encontros internacionais se depois não se realiza esta paz no pequeno. Aliás, tu podes falar da paz com palavras esplendidas, fazer uma grande conferência... Mas se no teu pequeno, no teu coração não há paz, na tua família não há paz, no teu bairro não há paz, no teu trabalho não há paz, não haverá tampouco no mundo”.

Questionar-se

É preciso pedir a Deus, sugere o Papa, a graça da “sabedoria de promover a paz nas pequenas coisas quotidianas todavia mirando ao horizonte de toda a humanidade”.

Justamente hoje – repete Francisco – quando “vivemos uma guerra e todos pedem a paz”. No entanto, conclui o Pontífice, será bom questionar-se:

“Como está teu coração hoje? Está em paz? Se não está em paz, antes de falar de paz, coloca teu coração em paz. Como está a tua família hoje? Está em paz? Se não és capaz de levar adiante a tua família, o teu presbitério, a tua congregação, levá-la adiante em paz, não bastam palavras de paz para o mundo... Esta é a pergunta que hoje gostaria de fazer: como está o coração de cada um de nós? Está em paz? Como está a família de cada um de nós? Está em paz? É assim, não? Para chegar a um mundo em paz”.

(adc/rb)

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Francisco: as religiões para dar esperança e tomar conta uma da outra

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Cidade do Vaticano (RV) – O crente defende a vida e a criação e não pode ficar “de braços cruzados perante tantos direitos aniquilados impunemente”. É o pedido enérgico que o Papa dirigiu aos participantes do I Encontro “América em diálogo. A nossa casa comum” na manhã desta quinta-feira (8) na Sala do Consistório, no Vaticano. Francisco espera, nesse sentido, uma profunda colaboração entre as religiões. 

O cuidado à casa comum, a partir da Encíclica Laudato si’, está no centro do evento. Francisco aprecia esse Primeiro Encontro: uma iniciativa importante não somente para o continente americano, mas para todo o mundo. E volta a sublinhar que é preciso apostar numa “ecologia integral” que respeite a criação e considere o ser humano como “ápice da criação”.

Para o Papa, as religiões são, então, fundamentais porque reconhecem Deus na beleza da criação e são chamadas a difundir uma atitude responsável. Devem, assim, promover uma “educação integral”.

As religiões na defesa da vida e dos direitos humanos

Central é sobretudo a “cooperação inter-religiosa”, baseada num diálogo de respeito e fundada na sua própria identidade. Assim, cada encontro poderá ser uma semente de onde crescerá uma árvore rica de frutos. “Se não existe respeito recíproco, não existirá diálogo inter-religioso”, disse o Papa insistindo que “o crente é um defensor da criação e da vida”: “Não pode permanecer mudo ou com os braços cruzados perante tantos direitos aniquilados impunemente”.

O homem e a mulher de fé devem, de fato, “defender a vida em todas as suas etapas”: da integridade física às liberdades fundamentais, como aquela de consciência, de religião e de pensamento, afirma Francisco. Deus é um artífice da criação e não “instrumentos nas suas mãos” para fazer com que todos sejam respeitados na sua dignidade e possam se realizar como pessoas.

Colaborar também com os não-crentes

O mundo nos observa como crentes para ver qual é a nossa atitude e “nos pede que colaboremos entre nós” e com os homens de boa vontade que não professam nenhuma religião. Isso para dar respostas efetivas às tantas pragas do nosso mundo: a fome, a miséria, a guerra, a crise ambiental, aquela da família e sobretudo “a falta de esperança”: “O mundo de hoje sofre e necessita da nossa ajuda conjunta, está nos pedindo”.

Infelizmente, “constatamos com dor que às vezes o nome da religião é usado para cometer atrocidade, como o terrorismo”: “é necessário condenar de uma forma conjunta e determinada essas ações abomináveis e ficar longe de todos aqueles que procuram envenenar os animais”. Encontros como esse são, então, importantes para mostrar realmente os valores positivos das religiões e dar esperança.

É necessário, de fato, compartilhar dores e esperanças para caminhar juntos, “tomando conta um do outro”: “Que bom seria deixar o mundo melhor em relação a como o encontramos hoje”. E Francisco lembra um diálogo de alguns anos atrás quando um entusiasta do cuidado da casa comum disse: “Devemos deixar os nossos filhos num mundo melhor!”. “Mas existirão filhos para isso?”, responde o outro.

“América em diálogo” em Ano Jubilar

O Encontro “América em diálogo” se realiza no ano dedicado ao Jubileu da Misericórdia: isso dá um valor universal que abraça também os não-crentes porque “o amor de Deus misericordioso não há limites”, explica o Papa. “Nem de cultura, nem de raça, nem de língua, nem de religião”, abraça “todos aqueles que sofrem no corpo e no espírito”.

O amor de Deus envolve toda a sua criação. O Papa lembra que, nesse sentido, os crentes têm uma responsabilidade e espera que o Ano Jubilar seja uma ocasião para ir ao encontro do irmão que sofre, assim como defender a casa comum: “cada ser humano é o maior presente que Deus pode nos dar”. O convite aos participantes é aquele de promover iniciativas conjuntas, construindo um mundo “mais humano” onde “todos sejam necessários”.

O Simpósio “América em diálogo” é promovido pela Organização dos Estados Americanos e do Instituto do Diálogo Inter-religioso de Buenos Aires, com a colaboração do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso. Durante o evento em Roma, o Auditorium Agostinianum reúne pessoas de distintas tradições religiosas e que vieram de vários países para discutir sobre a criação de um Instituto de Diálogo que tenha uma dimensão continental americana. (AC)

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Papa a Abades Beneditinos: mundo de hoje precisa sempre mais de misericórdia

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Cidade do Vaticano (RV) - A misericórdia é o coração da vida cristã e aquilo que nos torna atentos e solidários aos mais necessitados: foi o que disse o Papa Francisco na audiência concedida esta quinta-feira, na Sala Clementina, no Vaticano, aos participantes do Congresso dos Abades Beneditinos.

Francisco ressaltou que este Congresso Internacional se reveste de um significado particular no contexto do Jubileu da Misericórdia, lembrando que “é o próprio Cristo que nos convida a ser misericordiosos como o Pai é misericordioso”.

“Se é somente na contemplação de Jesus Cristo que se colhe o rosto da misericórdia do Pai, a vida monástica constitui o caminho por excelência para fazer tal experiência contemplativa e traduzi-la em testemunho pessoal e comunitário”, acrescentou.

“O mundo de hoje mostra cada vez mais claramente precisar de misericórdia”; mas ela não é um slogan ou uma receita, observou o Papa: “é o coração da vida cristã e, ao mesmo tempo, o seu estilo concreto, o respiro que anima as relações interpessoais e torna atentos e solidários aos mais necessitados”. Decididamente, a misericórdia “manifesta a credibilidade da mensagem da qual a Igreja é depositária e anunciadora”.

Neste tempo e nesta Igreja chamada a buscar sempre mais o essencial, os monges e as monjas custodiam por vocação um dom peculiar e uma responsabilidade especial: “manter vivos os oásis do espírito, onde pastores e fiéis podem haurir às fontes da divina misericórdia”. Em seguida, Dirigindo-se a todos os monges, disse:

“Seja ainda e sempre válido para vocês o lema da tradição beneditina ‘ora et labora’, que educa a encontrar uma relação equilibrada entre a tensão ao Absoluto e o empenho nas responsabilidades cotidianas, entre a quietude da contemplação e a vivacidade do serviço.”

Buscando, com a graça de Deus, viver como misericordiosos em suas comunidades, vocês anunciam a fraternidade evangélica de todos os seus mosteiros espalhados em todos os cantos do planeta, “e o fazem mediante aquele silêncio operoso e eloquente que deixa Deus falar na vida ensurdecedora e distraída do mundo”, acrescentou.

“O silêncio que vocês observam e do qual são custódios seja o necessário ‘pressuposto para um olhar de fé que colha a presença de Deus na história pessoal, na história dos irmãos e das irmãs que os Senhor lhes dá e nas vicissitudes do mundo atual’.”

Tendo reconhecido o apreciado e altamente qualificado empenho dos monges na formação e educação da juventude, o Santo Padre frisou que a vida contemplativa deles constitui também “um canal privilegiado para alimentar a comunhão com os irmãos das Igrejas Orientais”.

Antes de despedir-se, o Papa Francisco quis deixar aos monges uma palavra de encorajamento diante da crise de vocações que atinge também a vida monástica.

“Não se deixem desencorajar se os membros das comunidades monásticas diminuem ou envelhecem; pelo contrário, conservem o zelo do testemunho de vocês, inclusive naqueles países mais difíceis, com a fidelidade ao carisma e a coragem de fundar novas comunidades. O serviço de vocês à Igreja é muito precioso. Também o nosso tempo precisa de homens e mulheres que não antepõem nada ao amor de Cristo”, concluiu o Pontífice. (RL)

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Papa agradece ao Cardeal Scola serviço à Igreja

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Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre enviou uma carta ao Cardeal Arcebispo de Milão, Angelo Scola, por ocasião de seu 25º aniversário de ordenação episcopal.

O Papa se alegra pelo apoio do Cardeal Scola na missão de prover às necessidades da Igreja e recorda os momentos mais importantes de seu serviço eclesial: da Diocese de Grosseto à Universidade Lateranense, da guia da Diocese de Veneza à de Milão.

Francisco recorda ainda o empenho do Cardeal Scola em muitas instituições da Sé Apostólica. “Realmente grande são em ti os sinais de Deus”, escreve na mensagem.

Não deixa de ser recordada pelo Santo Padre o empenho do Cardeal Sacola, “em modo particular na suprema missão de anunciar às pessoas o Evangelho e difundir a presença da Igreja, assumindo todas as responsabilidades que dizem respeito ao colégio dos Pastores da igreja”.

“Rezemos a Deus – escreve o Papa – para que Ele torne jubiloso o dia de teu aniversário e te conceda de fortalecer a tua Igreja com o exemplo de uma vida santa, de admoestá-la com a palavra da pregação, de protegê-la com oração e súplicas, e de ser guia do povo com a sabedoria de tua palavra e a defesa das pessoas”.

O Papa conclui a mensagem, concedendo a Bênção Apostólica, estendida a todos os fieis da Diocese de Milão.

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Papa: ecumenismo de sangue fortalece caminho para a unidade

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco enviou em telegrama – assinado pelo Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin – aos participantes do Simpósio Ecumênico Internacional de Espiritualidade Ortodoxa, que se realiza de 7 a 10 de setembro na Comunidade Monástica de Bose. “Martírio e comunhão” é o tema deste XXIV Encontro.

Na mensagem endereçada ao Prior da Comunidade, Frei Enzo Bianchi, o Santo Padre formula votos “para que os dias de estudo e reflexão sejam uma ocasião propícia de encontro fraterno, de troca e de sincera partilha na escuta comum da palavra de Deus e no aprofundamento da tradição espiritual das Igrejas Ortodoxas”.

Francisco auspicia que “a reflexão sobre  o martírio, como preciosa herança evangélica que une todas as Igrejas, nos disponha a considerar o caminho privilegiado do ecumenismo de sangue que precede toda diferença e fortalece o caminho rumo à unidade”.

Por fim, o Santo Padre invoca a assistência do divino Espírito para os trabalhos, ao mesmo tempo que pede orações pelo seu serviço à Igreja, concedendo a todos sua Bênção Apostólica e implorando a todos a misericórdia do Senhor e a paz.

(JE)

 

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Guarda Suiça e Gendarmaria: ordem e vigilância, diz Parolin

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Cidade do Vaticano (RV) – “Assegurar ordem, tranquilidade e decoro” são “importantes funções” da Guarda Suíça e da Gendarmaria Vaticana.

Foi o que destacou o Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, ao presidir na tarde desta quinta-feira, na Basílica de São Pedro a Liturgia da Palavra por ocasião do Jubileu dos dois Corpos de Guarda Pontifícios.

“Com o seu trabalho cotidiano – acrescentou o Cardeal – garantem a segurança dentro do Estado da Cidade do Vaticano, especialmente em tempos onde é necessária a máxima vigilância.

“Atravessar a Porta Santa – explicou – significa deixar fora da casa do Senhor e da nossa consciência o mal, a corrupção, o mundo do pecado, a vã pretensão de poder viver como se Deus não existisse” e cumprir, pelo contrário, um gesto “comunitário”, em estreita relação com quantos o realizam hoje e o realizaram no decorrer dos séculos.

 

(JE)

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Papa na Suécia: Juntos na esperança na Arena Malmö

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Genebra (RV) – Em 31 de outubro, o Papa Francisco, o Presidente da Federação Luterana Mundial Bispo Munib A. Younan e o Secretário-geral Rev. Dr. Martin Junge participarão na Catedral de Lund e na Arena de Malmö, das cerimônias conjuntas em recordação aos 500 anos da Reforma Protestante.

O estádio tem capacidade para receber 10 mil pessoas e os ingressos para o evento passarão a ser vendidos a partir desta sexta-feiras, 9 de Setembro.

Venda de ingressos começa em 9 de setembro

Os primeiros bilhetes serão disponibilizados às 9 horas no site da Ticketmaster, ao preço de 100 coroas suecas (10 euros). Todo o valor arrecadado com a venda de bilhetes serão destinados a projetos da Federação Luterana Mundial (LFW) e Caritas Internationalis com refugiados sírios no Oriente Médio.

Catedral e Arena

A celebração ecumênica conjunta será composta de duas partes: uma oração comum na Catedral de Lund e um evento no Malmö Arena. O Papa Francisco, o Presidente da FLM Bispo Munib A. Younan e o Secretário-geral Rev. Dr. Martin Junge irão presidir a oração comum e o evento em Malmö, em cooperação com líderes da Igreja da Suécia e da Diocese Católica de Estocolmo.

Uma série de artistas, coros e convidados vão participar e realizar performances durante o evento na Arena de Malmö, com início previsto para às 13:20 e conclusão às 18:00. A Arena será aberta às 12h30.

"Do conflito para a Comunhão - Juntos na esperança"

A oração comum na Catedral de Lund será transmitida ao vivo para a Arena de Malmö, permitindo ao público na Arena acompanhar e participar da cerimônia. Após a celebração na Catedral, o Papa, o Presidente o Secretário da Federação Luterana Mundial irão ao Estádio, cujo encontro terá por tema "Do conflito para a Comunhão - Juntos na esperança".

O evento na Arena de Malmö Arena será palco para atividades com foco no compromisso do testemunho comum e serviço dos católicos e luteranos no mundo ferido e dilacerado por conflitos. Serão apresentados com destaque os trabalhos conjuntos do Serviço Mundial da FLM e da Caritas Internationalis incluindo os cuidados com os refugiados, a construção da paz e defesa da justiça climática.

Maiores informações sobre a celebração ecumênica comum estão disponibilizadas no website lund2016.net.

(JE)

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Papa na Suécia: Cruz em Lund, terá marca salvadorenha

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San Salvador (RV) - A pedido da Federação Luterana Mundial, a Cruz a ser colocada no local da oração comum em 31 de outubro em Lund, Suécia, durante a visita do Papa Francisco, será feita por Christian Chavarria Ayala.

A cruz é um sinal da vida e da esperança e o momento de reflexão e oração, quer ser um sinal de unidade, acima de qualquer diferença.

O artista salvadorenho tem o seu atelier em San Salvador, capital de El Salvador, um dos tantos países no mundo marcado por conflitos e violências internas. A história de Christian – contada no site da Federação Luterana Mundial - teve início na América Latina, continuou na Europa e por fim, retornou a El Salvador.

Guerra Civil

Durante a Guerra Civil em El Salvador, Christian foi obrigado a fugir dos esquadrões da morte. Sua família havia recebido diversas visitas de soldados. Seus desenhos - pombas brancas sobre cruzes - levantavam suspeitas.

Sua família conseguiu fugir para Honduras e dali, sua mãe conseguiu que fosse expatriado para a Suécia como refugiado, local onde sentiu-se inicialmente perdido, mas também extremamente feliz "por finalmente poder saborear a liberdade".

Suécia

Na Suécia, mas também em outros países escandinavos, o jovem salvadorenho colocou em prática toda a sua experiência na arte de produzir cruzes, sem nunca usar o preto ou o cinza. O colorido tropical, desde o início, sempre caracterizou sua arte. Os desenhos são típicos salvadorenhos, variando apenas as paisagens e os personagens.

Carreira

Sua carreira artística literalmente começa a voar, juntamente com suas pombas. Um dia presenteia um pastor finlandês com uma cruz. Pouco depois é contactado pela Igreja da Finlândia, que encomenda a ele 1000 crucifixos. Poucas semanas após a entrega, um novo pedido de mais 200 cruzes.

O retorno

Vencida a permissão para estar na Suécia, viu-se obrigado a retornar a El Salvador, no final das contas, um desejo guardado: "fui um refugiado por grande parte da minha vida, amo o meu país e ele não merece ser abandonado nas mãos de criminosos e exploradores".

Atelier

Residindo atualmente em San Salvador, Christian criou o seu próprio atelier no andar superior da Congregação luterana La Résurrection, que ele  mesmo ajudou a reconstruir. No domingo toca piano durantes os cultos e nos finais de semana é ajudado por sete pessoas para fazer as suas cruzes coloridas, mantendo assim sete famílias com a sua arte.

Papa Francisco

Sua arte já percorreu os quatro cantos da terra. Suas cruzes já foram presenteadas a bispos, ex-presidente e políticos.  O Papa Francisco recebeu do Presidente da Federação Luterana Mundial, Bispo Munib A. Younnan, uma das cruzes salvadorenhas, em uma audiência realizada em 2013.

"Sobre a cruz de Lund, gostaria de representar parte da minha visão de mundo, onde todos os povos da terra estejam representados, para além de qualquer diferença aparente, quer de cor, cultura, idade - como que convidados à mesa do Senhor para responder ao seu convite à unidade e ao amor".

 

(je/lutheranworld)

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Igreja no Brasil



Brasil e Santa Sé, 190 anos de amizade. Ouça o Card. Parolin

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Cidade do Vaticano (RV) – As relações diplomáticas entre o Brasil e a Santa Sé estão completando 190 anos. O início formal desta amizade foi no dia 23 de janeiro de 1826, quando Monsenhor Francisco Corrêa Vidigal, Plenipotenciário enviado por Dom Pedro I a Roma, entregou suas cartas credenciais ao Papa Leão XII. A Santa Sé apenas reconheceu a independência do Brasil depois que Portugal o fez, em agosto de 1825. O primeiro Núncio na América Latina foi Monsenhor Pedro Ostini acreditado junto ao Imperador Pedro I em 1829, e designado Delegado Apostólico para toda a América Latina. 

A diplomacia trabalhou muito ao longo destes anos e hoje, a relação entre Brasil e Santa Sé está ainda mais consolidadas, depois da assinatura do Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil em 13 de novembro de 2008.

Em entrevista exclusiva à RV, o Cardeal Secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, explica o significado das relações diplomáticas: 

Bem estar espiritual e material, principalmente dos mais pobres

“Existe um reconhecimento recíproco e a presença de um representante do Papa (no Brasil) serve precisamente para promover, favorecer e tutelar também o bem da Igreja e dos Católicos no país. Creio que é preciso destacar também o fato que as relações diplomáticas têm uma dimensão mais ampla: a Igreja não se interessa apenas pelos “seus”, por suas ovelhas, mas se interessa pelo bem de todo o país. Portanto, as relações diplomáticas têm também este sentido, o significado de cuidar do bem estar espiritual e material do país e de todos os seus habitantes, principalmente os mais frágeis e pobres e colaborar – outro aspecto que me parece importante ressalta – com a paz e a prosperidade do mundo. Assim sendo, é uma visão mais ampla, que supera o âmbito do país e contempla a comunidade internacional, onde a presença da Santa Sé sempre foi em favor da paz. Estes são os significados fundamentais das relações”. 

Na homilia proferida no Colégio Brasileiro, em 7 de setembro, o Senhor falou da ‘dupla cidadania’, a pertença às comunidades eclesial e estatal. Poderia desenvolver este conceito?

Contemplar a Pátria terrena e a Pátria celeste

“A dupla cidadania é uma expressão muito bela e data dos primeiros tempos do Cristianismo. Já se falava desta ‘dupla cidadania’: os cristãos que são cidadãos de uma pátria terrena, à qual nutrem lealdade, e que ao mesmo tempo, são cidadãos da Pátria celeste. Existe uma relação que é necessário sublinhar: ser cidadãos da Pátria celestes e olhar ao alto, ao Céu, aonde nos espera o Senhor e todos os Santos, Madre Teresa, canonizada neste domingo, não significa reduzir o nosso compromisso pela pátria terrena, não enfraquece a nossa pertença; ao contrário, a reforça, porque os cristãos têm motivações muito fortes, que provêm do Evangelho, para trabalhar em favor de todos os seus compatriotas e pelo bem de seus países. Existe, assim, esta dupla pertença, mas também esta relação muito estreita entre ser cidadãos do Céu e cidadãos de uma pátria na terra”. 

Que votos faria ao povo brasileiro, neste momento histórico?  

Paz e valores que embelezam a vida

“Os votos ao povo brasileiro são que a proteção de Nossa Senhora Aparecida – quando estive na América Latina, aprendi a apreciar a devoção a Maria, que faz parte do DNA da fé dos povos latino-americanos e do povo brasileiro em geral. Que o povo possa crescer realmente na paz, que significa – como nos diz o Concílio – todo o conjunto de bens e valores que permitem a cada homem e à comunidade civil gozarem de prosperidade, de bem estar, liberdade, democracia e todos os valores que embelezam a vida”. 

(CM)

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No dia da Independência, o Brasil se reúne em Roma. Ouça

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Cidade do Vaticano (RV) – Com a presença do Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano – que presidiu a missa – a comunidade brasileira celebrou neste 7 de setembro a festa nacional e os 190 anos de relações diplomáticas com a Santa Sé no Colégio Pio Brasileiro, em Roma. 

Padre Geraldo Maia 

“Ter aqui o Cardeal Parolin e ser anfitrião neste cenário foi uma honra para nós”, diz o Reitor do Colégio, Padre Geraldo Maia, segundo o qual, “somente com um grande esforço de união, e com a graça de Deus, podemos superar este momento de crise em nosso país”. 

Denis Pinto

Outro anfitrião do evento foi o Embaixador do Brasil junto à Santa Sé, Denis Pinto, que recebeu os convidados com sua esposa. Ele nos falou sobre os aspectos mais salientes da homilia do Cardeal Parolin. 

Padre Bruno Lins

Cerca de 150 pessoas participaram da missa e em seguida, da recepção a base de quitutes brasileiros. Estavam lá representantes de Corpos Diplomáticos de Portugal, Espanha, México e outros países. Muitas Congregações femininas estavam representadas. Todos unidos com o pensamento voltado ao nosso país e ao nosso povo. Uma preocupação única foi “a importância da concórdia, que neste momento triste, deve ser prioritária sobre os partidarismos”. É o comentário do Padre Bruno Lins, oficial da Secretaria de Estado. 

Dom Murilo Krieger

Representando a CNBB, Dom Murilo Krieger, arcebispo de Salvador (BA), e Primaz do Brasil, passou um 7 de setembro diferente, longe do país. Mas garante que mesmo distante, o Brasil esteve no coração de todos. “Rezar pela paz para que neste momento encontremos os caminhos certos, e para que os políticos entendam que o seu serviço deve ser à comunidade”. 

Cardeal Raymundo Damasceno Assis

E enfim, o Cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida, volta para sua diocese bastante satisfeito, sobretudo pelo gesto do Papa de abençoar o monumento de Nossa Senhora Aparecida nos jardins do Vaticano, sábado (03/09). Para ele, foi uma iniciativa que demonstra a simpatia do Papa pelo Brasil e também a sua devoção especial à nossa padroeira. 

 

(cm)

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Igreja no Mundo



Polícia chinesa sequestra Bispo coadjutor de Wenzhou

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Wenzhou (RV) – O Bispo coadjutor de Wenzhou (Zhejiang), Dom Pietro Shao Zhumin, foi sequestrado pela polícia e levado para fora da diocese, que se prepara para celebrar os funerais do Bispo ordinário falecido na quarta-feira, Dom Vincenzo Zhu Weifang.

Segundo os fieis do local, o sequestro ocorreu pouco antes da morte do prelado, com o objetivo de evitar que Dom Shao celebre os funerais e assuma como Ordinário da Diocese, do ponto de vista canônico. Fontes locais confirmaram à Agência Asianews, que o prelado foi levado pela polícia no nordeste da China, "para uma viagem".

Dom Shao é membro da comunidade católica não-oficial. Sua nomeação como bispo, mesmo com mandato da Santa Sé, não é reconhecida pelas autoridades de Pequim

Seu Secretário (e Chanceler da Diocese), Padre Paolo Jiang Sunian - também ele sacerdote não-oficial - foi escoltado pela Polícia no Yunnan; outro sacerdote foi preso em um hotel de Hangzhou, a capital da Província.

A polícia local também proibiu aos membros da comunidade subterrânea de participar aos funerais. Os membros da comunidade "oficial" devem ter uma "permissão" para participar das exéquias. As forças de ordem estabeleceram que a Missa poderá ter a participação de no máximo 400 pessoas.

A comunidade católica de Wenzhou - cerca de 120 mil fieis - há anos está dividida entre oficial e não-oficial. A Santa Sé, buscando incentivar a reconciliação dos dois lados, havia nomeado Dom Zhu, da Igreja oficial, como Bispo ortidnário, e Dom Shao, como Bispo coadjutor.

As tentativas de reconciliação foram interrompidas pelos membros das duas comunidades, mas sobretudo pelo governo que busca dividi-las e punir os membros da comunidade subterrânea. Som Shao e Padre Jiang foram presos em diversas ocasiões.

Na espera dos funerais, que terão lugar no dia 13 de setembro, são realizadas nas paróquias oficiais e em tantos locais de culto não-oficiais momentos de oração e missas nas intenções do pastor falecido.

O corpo está em uma câmara ardente em Maao, local de nascimento de Dom Zhu, para a última despedidas dos fieis.

(je/asianews)

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Jordânia, modelo único de coexistência entre muçulmanos e cristãos

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Amã (RV) – O Rei Abdullah II afirmou na quarta-feira (07/09), estar orgulhoso dos valores “do amor, da tolerância e da paz que compartilhamos". Ele acrescentou que a Jordânia tornou-se um modelo para a coexistência, fraternidade e moderação.

Desafios comuns para cristãos e muçulmanos

Durante o encontro com os membros do Conselho das Igrejas do Oriente Médio realizado no Al Husseiniya Palace -  na presença do Príncipe Ghazi Bin Mohammad, Conselheiro principal de Sua Majestade para Assuntos Religiosos e Culturais e enviado pessoal do Rei - Abdullah II afirmou que os árabes, tanto muçulmanos como cristãos, enfrentam os mesmos desafios, tendo em conta a atual situação na região, e compartilham a responsabilidade na resolução desses problemas.

O Rei recebeu a delegação de líderes religiosos cristãos, por ocasião da 11ª Assembleia Geral do Conselho das Igrejas do Oriente Médio, que se realiza pela primeira vez na Jordânia com a participação de líderes de Igrejas no Oriente Médio, e membros da Assembleia Geral representando confissões cristãs.

Cristãos, parte integrante do tecido social

"Os cristãos no mundo árabe são parte integrante do tecido social árabe e proteger os seus direitos é um dever de todos", reiterou o Rei.

Rei Abdullah repassou os esforços que têm sido realizados pela Jordânia a este respeito, incluindo iniciativas e conferências religiosas, como a conferência sobre os desafios que enfrentam os cristãos árabes, a fim de impulsionar o diálogo, a compreensão e coexistência.

Jordânia, modelo único de coexistência

Os membros do Conselho salientaram que a Jordânia, sob a liderança do Rei Abdullah II, representa um modelo único para a coexistência entre muçulmanos e cristãos.

Eles também elogiaram a visão do monarca em melhorar o diálogo entre os seguidores de diferentes religiões, e lançar iniciativas e diálogos para melhorar a tolerância e coexistência.

Durante a reunião de três dias em Amã, o Conselho debate questões relativas à presença dos cristãos na região, desafios que devem enfrentar à luz da atual situação no Médio Oriente, bem como o papel e a futura mensagem do Conselho das Igrejas do Oriente Médio.

(JE)

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Patriarca Youhanna: Basta de terrorismo e de mentiras!

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Roma (RV) - "Salvem os nossos países das garras do terrorismo, parem com o comércio desenfreado de armas e chamem de volta aos vossos portas vossos navios de guerra! Não nos sentiremos seguros nem com navios de guerra, nem com navios de emigração! Nos sentiremos protegidos somente se em nossas terras for semeada a paz. Nós estamos radicados aqui há dois mil anos, aqui nascemos, aqui vivemos, aqui também morreremos".

Este é o forte apelo lançado na manhã de quarta-feira pelo Patriarca de Antioquia e de todo o Oriente, Sua Beatitude Youhanna X (Yaziji), durante a abertura do XXIV Simpósio Ecumênico Internacional de Espiritualidade Ortodoxa sobre "Martírio e Comunhão", promovido pelo Mosteiro de Bose, em colaboração com as Igrejas Ortodoxas, e em curso até 10 de setembro.

Patriarca aos poderosos: Basta terrorismo, basta mentiras!

O Patriarca Youhanna X - reporta a Agência Sir - irmão de um dos metropolitas sequestrado na Síria em 2013 (Boulos Yaziji) confiou a sua palestra ao Decano da faculdade teológica da Universidade de Balamand, Porphyrois Georgi.

"Os nossos cristãos do Oriente - escreveu o Patriarca aos participantes do encontro de Bose - procuram hoje alguém que dê atenção aos seus gritos, mas não o encontram". "Não estamos em busca da piedade dos fortes deste mundo mas, em alta voz, gritamos a eles de frente: "Deixem de rotular-nos como incrédulos, basta de terrorismo, basta de mentiras! Deixem de exportar barbáries, de adotar slogans insensatos!".

Embargo a um povo faminto, mas não ao comércio de armas

"Não é chegada a hora de que o mundo desperte? - perguntou-se então o Patriarca sírio. Não é chegada ainda a hora em que a humanidade se dê conta de que o terrorismo e a intolerância religiosa (takfir), que agora moram as nossas populações e as nossas igrejas, chegarão em cada canto deste planeta? Não é chegada ainda a hora em que a política internacional se interesse pelo caso dos dois Metropolitas, Youhanna Ibrahim e Boulos Yaziji, e dos presbíteros sequestrados há mais de três anos? Não é chegada ainda a hora para a sociedade internacional perguntar-se, ao menos por uma vez, do por quê impõe um embargo a um povo faminto, fechando a ele as portas de seus mercados, enquanto as escancara ao mercado dar armas?". E concluiu: "Não consigo entender como os políticos desta terra conseguem estar com os braços cruzados, olhando como espectadores o palco de violência que está o nosso país, dando prioridade somente aos interesses econômicos e estratégicos quer servem às suas políticas desumanas".

Divisões entre os cristãos tornam estéril o nosso testemunho

É "chegado o tempo de os nossos diálogos teológicos superarem as barreiras e as complexidades da história" e compreenderem que "as nossas divisões tornam estéril o nosso testemunho", afirmou o Patriarca Youhanna.

"O mundo hoje, irmãos, está em um estado de perdição. Espera de nós cristãos rostos orantes, uma comunhão autêntica e uma verdadeira unidade que supere as barreiras da história, os seus pecados e as suas feridas. O mundo hoje tem uma premente necessidade de um testemunho cristão alicerçado no encontro e na compreensão, de uma voz cristã unificada e sincera que responda às interrogações que lançam um desafio ao homem de hoje em todas as crises sociais a que é chamado a enfrentar". "Como podemos ser protagonistas de paz e fazer ouvir a nossa voz em um mundo que em nós não vê outra coisa senão tensões, divisões, parcializações?", questiona-se Youhanna X.

Sofrimento dos cristãos, incentivo para a unidade

Em seu pronunciamento intitulado "O sangue dos mártires, semente de comunhão", o Patriarca nomeou, uma a uma, todas as vítimas da violência, repassando o longo rastro de sangue até chegar a Padre Jacques Hamel, morto na França, "assassinado entre o altar e o santuário" (Mt 35,23).

"Sem dúvida - afirmou - os sofrimentos dos cristãos nesta nossa última crise representam para nós o melhor incentivo para pensar atentamente em nossa unidade como cristãos e em dar prioridade a uma ação séria, voltada a concretizá-la".

Mas isto requer um ecumenismo da conversão, avalia. "Os mártires da Igreja dos nossos dias nos recordam que aquilo que nos une é mito maior daquilo que nos divide. Mas como podemos responder de maneira prática ao seu apelo? Cada um de nós está disposto em admitir a própria responsabilidade em alargar o abismo que divide as nossas Igrejas? Cada um de nós está disposto em admitir os próprios erros cometidos no decorrer da história, e em particular aqueles erros que contribuíram para dividir o Corpo de Cristo? Estamos prontos em cuidar, com honestidade, as feridas do passado e em nos libertarmos da memória da inimizade?", pergunta-se por fim o Patriarca.

(JE/RP)

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Laos: três novos padres e beatificação de 17 mártires

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Vientiane (RV) -  A pequena Igreja no Laos rejubila-se por dois iminentes acontecimentos históricos: a ordenação sacerdotal de três novos padres laosianos, no dia 16 de setembro, em Savannakhet e a solene beatificação em 11 de dezembro, em Vientiane, de 17 mártires entre sacerdotes, religiosos e leigos. Para ambas celebrações, a Igreja no Laos recebeu a aprovação oficial do Governo.

Enviado do Papa Francisco

A celebração de 11 de dezembro será presidida pelo Enviado do Papa Francisco, o Cardeal filipino Orlando Quevedo, Arcebispo de Cotabato. Já na Missa de ordenação sacerdotal em 16 de setembro, estarão presentes os Bispos laosianos dos Vicariatos Apostólicos de Vientianne,  Luang Prabang, Savannakhet e Paksè.

Abertura do país

"É um momento histórico para a nossa Igreja, um verdadeiro ano da graça", declarou à Agência Fides Dom Louis-Marie Ling Mangkhanekhoun, Vigário Apostólico de Paksé. "Estamos realmente muito felizes. Estamos empenhados na preparação destes dois importantes eventos. Constatamos com favor que o país está se abrindo sempre mais e que também nós estamos sendo beneficiados por esta nova abordagem".

Comunhão com a Santa Sé

"Esperamos - continuou - poder fortalecer uma profícua cooperação com as autoridades civis, pelo bem da Igreja e do povo do Laos. Estamos certos de que teremos visitas nas celebrações, como os Bispos e os representantes do Camboja (com quem compartilhamos a Conferência Episcopal) e esperamos também de outros países vizinhos. Será para nós um momento de plena comunhão com a Santa Sé e a Igreja universal. Agradecemos de coração ao Papa Francisco, que dispôs que a celebração dos mártires se realize no Laos. É um grande dom para todos nós", conclui.

Os três diáconos prestes a serem ordenados pertencem ao Vicariato Apostólico de Luang Prabang e têm o nome de Batismo de três grandes Santos: Paulo Lattana Sunthon, Agostinho Saegna Sii Bunti e Miguel Kanthak Vilae Luong Di.

Mártires

Os 17 mártires laosianos foram reconhecidos pelo Papa Francisco em 2015, em duas distintas causas: a primeira é a do missionário italiano Padre Mario Borzaga OMI e do primeiro catequista local, Paolo Thoj Xyooj, mortos in odium fidei em 1960.

A segunda diz respeito ao primeiro sacerdote     laosiano, José Thao Tien e outros 14 companheiros: dez são missionários pertencentes às Missões Exteriores de Paris (MEP) e aos Oblatos de Maria Imaculada (OMI). Junto deles, quatro leigos catequistas indígenas.

Os 15 foram assassinados entre 1954 e 1970 pelos guerrilheiros comunistas Pathet Lao.

(JE)

 

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Terremoto na Itália: Conferência Episcopal de Marche próxima às vítimas

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Cidade do Vaticano (RV) – Os bispos da região de Marche, onde aconteceu o terremoto de 24 de agosto e destruiu municípios inteiros, dedicaram uma ampla reflexão à situação das dioceses atingidas pelo sisma.

A presença da secretáriqa regional do Ministério dos Bens Culturais, Giorgia Muratori, permitiu focalizar algumas intervenções urgentes nessa primeira fase para a recuperação dos bens móveis nas igrejas atingidas pelo sisma e para colocar em segurança os edifícios mais danificados. Somente na província de Fermo, 63 igrejas foram danificadas, além de inúmeras casas e escolas. Os dados foram divulgados hoje pela Proteção Civil Regional Cesare Spuri.

A Conferência Episcopal expressou mais uma vez proximidade às pessoas atingidas pelo terremoto, assegurando a elas o apoio moral e material à espiritual. Convida ainda todos os fiéis à oração para as vítimas que morreram sob os escombros e a oferecer a própria contribuição em favor daquela região em ocasião da coleta promovida pela Caritas Italiana em 18 de setembro, um domingo.

Cerca de 4,5 mil pessoas das províncias de Rieti e Ascoli Piceno dormem em acampamentos e em outras instalações após o terremoto e temem em passar o inverno nestas condições na região da cordilheira dos Apeninos, onde neva em abundância. Segundo a Proteção Civil, só na região do Lazio estão sendo abrigadas cerca de mil pessoas entre 14 acampamentos e 60 tendas distribuídas em modo difuso em diversos municípios. Da mesma forma acontece na Úmbria, com a assistência de mais mil pessoas. (AC)

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Formação



Pe. Mauro Zequin: Brasil acompanha Magistério de Francisco

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” de hoje continua trazendo a participação do sacerdote claretiano, Pe. Mauro Zequin Custódio, ex-responsável pelo “Programa Brasileiro da Rádio Vaticano (de 2003 a 2007). 

De passagem por Roma dias atrás, Pe. Mauro partilhou-nos – na edição passada – suas considerações sobre como ele vê, hoje, a realidade do Concílio ecumênico Vaticano II na vida da Igreja em tempos do Papa Francisco.

Entre outras coisas, ressaltou que passados mais de 50 anos deste grande evento religioso do Séc. XX, a maioria do clero atual não experimentou o Vaticano II a não ser através de estudos, do conhecimento teórico, e após manifestar, em alguns casos, a tentação de se querer voltar ao passado, frisou a necessidade de o Concílio ser mais valorizado, mais estudado, lembrando a insistência do Papa Francisco de que este seja colocado em prática.

A propósito do Santo Padre, o religioso claretiano destacou o fato de o povo estar lendo os documentos de Francisco, “que são preciosos”, afirma, “as paróquias estão dando cursos, as dioceses estão estudando com os leigos os documentos do Pontífice, e isso vai no espírito do Concílio”, observou.

A edição de hoje dá prosseguimento às considerações do Pe. Mauro que, nesta linha, nos fala sobre a receptividade da mensagem do Papa Francisco, o acolhimento de seu Magistério na esteira do Concílio e o interesse com que os fiéis no Brasil acompanham seu Pontificado. Vamos ouvir (ouça clicando acima.

(RL)

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Atualidades



Faleceu Shear Yashuv Cohen, o primeiro Rabino a falar em um Sínodo

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Jerusalém (RV) – Faleceu em 5 de setembro, em Israel, o Rabino Chefe de Haifa,  Shear Yashuv Cohen, o primeiro Rabino a pronunciar-se em um Sínodo.

Nascido em 1927, era um dos mais conhecidos Rabinos de Israel, mesmo porque era filho de um Rabino muito conhecido, David Cohen, chamado o "Nazir".

Em 1975, foi nomeado Rabino Chefe Ashkenazi, de Haifa. Foi Presidente da Alta Comissão para o Diálogo entre o Grão Rabinato e a Santa Sé, e mais recentemente, também Presidente da Comissão para o Diálogo entre o Islã e o Hebraísmo.

Pronunciou-se em muitos eventos inter-religiosos como delegado do Grão Rabinato.

Em 4 de outubro de 2008, Shear Yashuv Cohen tornou-se o primeiro Rabino a proferir um discurso em um Sínodo dos Bispos.

(JE)

 

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Brasil ainda tem 13 milhões de analfabetos

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Nova Iorque (RV) – Celebra-se neste 8 de setembro o Dia Internacional da Alfabetização, que é promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU).

No Brasil, de acordo com a ONU, o analfabeto é, na sua maioria, nordestino, negro, com baixa renda e com faixa de idade entre 40 e 45 anos.

Nos últimos 14 anos, a taxa de analfabetismo caiu 4,3%. Todavia, os dados mais recentes do IBGE revelam que 8,3% da população com mais de 15 anos é analfabeta. Este percentual representa aproximadamente 13,2 milhões de brasileiros. 

Em zonas rurais, os dados do programa chamado “Educação para Todos”, da UNESCO, revelou que este índice chega a 25%.

Alfabetização

A alfabetização pode ser definida como “um processo no qual o indivíduo absorve a gramática e as variações da língua. Esse processo não se resume apenas na aquisição de habilidades mecânicas de saber ler e escrever, mas na capacidade de interpretar, compreender, criticar, dar significado e produzir conhecimento.

Todas essas capacidades só serão concretizadas se os alunos tiverem acesso aos matérias didáticos. O aluno precisa se deparar com os usos sociais da leitura e da escrita.

Linguagem

A alfabetização envolve também o desenvolvimento de novas formas de compreensão e de uso da linguagem de maneira geral.

A alfabetização de um indivíduo promove sua socialização, mediante o estabelecimento de novos tipos de intercâmbios com outros indivíduos, o acesso aos bens culturais e às facilidades oferecidas pelas instituições sociais.

A alfabetização é um fator propulsor do exercício consciente da cidadania e do desenvolvimento da sociedade como um todo.

(mt)

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Terra Santa: diálogo, um desafio

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Cidade do Vaticano – O convidado do nosso espaço ‘O Caminho da Misericórdia’ é o jesuíta Bruno Franguelli que recentemente fez uma experiência na Terra Santa. Bianca Fraccalvieri conversou com ele.  

“Toda história começou em Nazaré. Eu tive o privilégio de chegar à Terra Santa e ir diretamente para Nazaré. Foi realmente uma experiência, foi emocionante estar ali no local onde Nossa Senhora disse sim a Deus. Estive ali algum tempo, pude rezar, tocar os lugares santos e ter uma convivência também com os franciscanos, responsáveis pela Custódia da Terra Santa”, disse o colaborador do Programa Brasileiro. 

(MJ)

 

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